Imago Agens: Memória, Esquecimento e Invenção

July 25, 2017 | Autor: Bruna Mibielli | Categoria: Artes, Esquecimento, Invenção, Arte da Memória
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Imago Agens: Memória, Esquecimento e Invenção Autor: Bruna Penna Mibielli Resumo Este artigo pretende refletir sobre a memória, o esquecimento e a invenção, buscando na filosofia, nas artes e na literatura inspiração e entendimento do universo das imagens. Dante, Aristóteles, Bergson, Bloom e outros autores fortes são evocados para apresentarem as suas teorias e eu entrelaço este material procurando um caminho para a prática artística e a pesquisa. Parece que pervagar pelas estâncias da memória é também visitar os lugares do esquecimento e deste movimento surgem brechas que possibilitam a manifestação da invenção. Será no inferno de Dante ou nas viagens do tempo de Aristóteles que se encontra a brecha da invenção? Pode ser que seja nas relações do homem com o mundo que o cerca por meio de imagens na teoria de Bergson ou na angústia da influência de Bloom. A memória está repleta de lembranças, algumas delas já veladas e opacas pelos efeitos do esquecimento. Quando surge no presente uma necessidade de busca de uma dessas lembranças, a memória abre uma brecha, a da invenção, que faz com que a lembrança opaca se transforme e se encaixe à necessidade do agora. Invenção! É com ela que a machina memorialis gira as suas engrenagens e renova a memória.

Aquele que se propuser a refletir sobre a memória há de visitar a deusa da memória Mnemosyne (em latim, memória), que está próxima à luz, ao sol. Ao lado dela vê-se Lete, a deusa do esquecimento, que, em forma de rio, é escura como a noite. Os humanos estão sempre a caminho de seus santuários para evocarem as deusas com pedidos de ajuda para a lembrança e para o esquecimento. Dante Alighieri, no seu livro “A Divina Comédia”, relata no poema Inferno, a presença do rio Lete, mas de cujas águas as almas nesse estágio de penação não podem usufruir para esquecer de seus pecados, pois têm de lembrar seus erros e por eles sofrer. “E ainda eu: “Mestre, aonde se confina Letes ou Flegetonte? De um te calas, D’outro contas da chuva que o origina”. “Com tuas questões por certo me regalas”, disse, “mas desta rubra água a fervura uma devia solver das que me falas. Letes verás, mas fora deste lura,

Lá onde se banha a alma penitente E, contrita, da culpa se depura”” (Alighieri, 2008, Canto: XIV, Estrofes: 130/133/136 - p.107) Partindo dessa abordagem alegórica se descobre a importância dos movimentos de reminiscência e de esquecimento que são apresentados de formas tão diversas no legado cultural literário, além disso este artigo pretende ressaltar ainda questões filosóficas e artísticas dentro do mesmo tema. Sobre os acessos à memória, fica claro o uso da machina memorialis, instrumento mental que une a lembrança puraI, que é aquela ligada à percepção imediata das coisas, à lembrança imagemII, que é um grande inventário de reconhecimentos do mundo. Visitando o edifício da memória, percebemos imagens agentes ou atuantes (imago agens) que fazem girar a máquina da memória. No processo de reminiscência (no latim reminiscentia), as lembranças aparecem devido às visitas aos lugares da memória (latim; permeare, pervagari, percurrere) e se apresentam como cintilações coloridas, phantasiai (imagens ícone, completas, que no grego entende-se por phantasmatha e no latim, imagines), que ultrapassam os véus do passado e aderem ao presente, agregando mais imagens a essa memória que se expande. “Há sempre algumas lembranças dominantes, verdadeiros pontos brilhantes em torno dos quais os outros formam uma vaga nebulosidade. Esses pontos brilhantes multiplicam-se à medida que se dilata nossa memória” (Bergson, 2010, p.200). Em latim, Inventio está relacionado a invenção e inventário. A invenção e a criação, por sua vez, estão ligadas à manifestação da memória em função de um inventário, uma organização, uma ordem que coloca as coisas em seus devidos lugares. A partir desse material organizado é que se cria. Do ponto de vista mnemotécnico, tudo no mundo é imagem e resta-nos identificar as relações entre elas. O corpo é uma imagem que se relaciona com outras imagens, que podem ser externas ou internas, e é também um centro para qual as outras imagens convergem e onde buscam uma representação. A percepção é a manifestação da sensação, que liga a imagem externa ao nosso corpo; e as sensações são um elo entre o externo e o interno, a que quase podemos desperceber do corpo que se mostra, nesse caso, sendo um mediador. As imagens internas são as imagens mentais, a memória; já o cérebro é um condutor, uma máquina, que faz a ligação entre as imagens externas e as internas. Não se sabe ao certo, contudo, onde é que a memória em si, a lembrança, habita.III Parecem existir dois tipos de memória: a memória de fatos do passado, que se apresenta sob a forma de imagens-lembranças; e a memória relacionada a movimentos, exercícios, ligada às memórias do presente. Dessas duas memórias, uma é de caráter imaginativo e reminiscente, e a outra repetitiva, como algo que se decora. É possível, ainda, identificar dois tipos de lembrança: uma é a lembrança

real, de fatos ou coisas marcantes, que é como um ponto brilhante e de coloração viva. A outra é a inventada, que nasce quando a lembrança real, em meio aos véus da memória, tenta se enganchar ao presente, mas fica um pouco turva, por não ser uma lembrança forte, e acaba se transformando, muitas vezes, em invenção. Portanto, a invenção é grande amiga da memória. Elas peregrinam juntas pelo edifício da memória. É com a invenção que nos prevenimos do esquecimento. Quando se esquece algo muito importante do passado, procura-se por uma dica ou pequena lembrança, que leve a um de muitos enganchamentos possíveis e assim a memória se reinventa a cada acesso. Consideramos a amnésia de fatos importantes da nossa vida como um esquecimento do conhecimento que temos de nós mesmos, mas, por outro lado, esse esquecer, que lembra um arquivamento, também é importante para que se dê espaço às novas memórias. Esse processo é a letotécnica, uma técnica do esquecimento fundada em Lete, o rio do esquecimento. O tratado Memoria Artificial ou Modo para Acquirir Memoria per Arte de Álvaro Ferreira de Véra aborda o esquecimento por meio de alegorias, no qual lemos: “Regras para nos esquecermos. Estes espaços hão de servir somente como de estalagem para uso daquelas coisas que depois de ditas e recitadas uma vez, em público ou em segredo, não são mais necessárias na memória. E porque umas se confundem com outras e as imagens que primeiro se puseram, impedem as que de novo queremos pôr, se necessário, lançar fora estas figuras, quando quisermos pôr outras em seu lugar. O primeiro remédio será imaginar que naqueles painéis estão umas cortinas negras e quando quiser esquecer-me, corrê-las-ei com a imaginação (…)”

IV

(VÉRA,

1631, p.75) Sobre as técnicas do esquecimento, um ponto que parece se repetir é o esquecimento via escrita, pois atuando no suporte, a escrita aprisiona de certa forma uma memória. Será que o ato de escrever algo em um papel pode estimular a memória mas também ao contrário favorecer o esquecimento?V O autor pode, mediante o exercício, reter o texto e jamais esquecê-lo ou, tirada sua responsabilidade sobre ele, jamais lembrá-lo novamente. É claro que após a invenção da escrita passamos a ter acesso a uma enorme memória cultural, mas, se formos relacionar à memória natural das pessoas que passavam o conhecimento geração por geração via oral, claramente a escrita as dispensou dessa tarefa. Sobre as questões da invenção, parece que pervagar pelas estâncias da memória é também visitar os lugares do esquecimento. Ambos situados no passado, só aparecem para aqueles que tenham consciência de seu lugar no tempo. “Corollaries. But for this, memory would not belong to animals

lower than man, and perhaps to no mortal animals. Even as it is, it does not belong to those animals which lack perception of time.” (ARISTÓTELES, 2006, p. 49) A invenção é um processo que se dá quando, em um acesso à memória, só se consegue enganchar lembranças turvas ou veladas, ou seja, que já estão atordoadas pelos efeitos do esquecimento, sendo assim é esquecendo que se cria. A criação não pode partir do nada, ela começa com o inventário de memórias veladas e misteriosas que, quando são percebidas assim, tentam trazer do presente novos brilhos para se adornarem e se tornarem fortes e brilhantes. No final do processo de invenção o que temos é uma lembrança inventada e ao longo da vida precisamos ir renovando a memória dessa forma, para que as antigas lembranças sejam úteis no reconhecimento do presente e este, por sua vez, seja parte da memória em expansão. A invenção em si deve ser uma necessidade nascida no passado, já que o que nasce no presente é a necessidade do lembrar, e deve também partir deste material arquivado na memória que, depois de recriado, passa a atuar no presente. “It is apparent, then, to which part of the soul memory belongs, namely the same part as that to which imagination belongs. And it is the objects of imagination that are remembered in their own right, whereas things that are not grasped without imagination are remembered in virtue of an incidental association” (ARISTÓTELES, 2006, p. 49) A imagem velada que vem da memória ocultada pelos véus do esquecimento pode ser chamada de phantasmata, nome este que está diretamente ligado com a origem de outro termo grego: phantasia cujo entendimento em latim é dado pela palavra imaginatio, portanto, é possível se aceitar a relação entre as imagens phantasmata e o universo da invenção, imaginação e fantasia. A invenção, portanto, é um processo que recolore as lembranças veladas, que já sofreram atuação do esquecimento. Essa cor é trazida do presente, é uma atualização em relação às novas imagens que se apreendem da experiência, da percepção do mundo que nos cerca. O nosso olhar sob o presente sofre sempre a angústia da influênciaVI do passado. O corpo que apreende a experiência no presente não é livre, pois precisa se remeter ao passado para conseguir entender o que está a sua frente. Quando a experiência do presente só consegue se remeter a memórias turvas e enfraquecidas, abre-se uma brecha para a construção de uma nova memória e isso é inventar. A invenção é portanto um processo de afastamento do passado e das experiências já vividas, por outro lado a invenção só acontece tendo como matéria prima o material do passado, mesmo que este esteja parcialmente ou completamente velado. Estudar a memória é assumir um movimento constante no tempo de imagens da mente que deslizam do presente para o passado e vice-versa, agregando ocasionalmente imagens inventadas que participam igualmente do processo de reminiscência. Ainda executamos o movimento

no espaço, do corpo que se oferece ao seu entorno buscando representações e interiorizando-as. “(...) o espaço parecendo então conservar indefinidamente coisas que aí se justapõem, enquanto o tempo destruiria, pouco a pouco, estados que se sucedem nele.”(BERGSON, 2010, P.168) O passado impera portanto sob o presente, mas quando o esquecimento abre as brechas o material do presente consegue dar mais brilhos às memórias veladas, fazendo isso por meio da invenção. Esse parece ser um processo rotineiro, já que a memória está sempre sofrendo os efeitos do esquecimento e também, com o mesmo peso, ela se renova a cada instante. Além disso, as experiências do presente não poderiam criar uma nova lembrança a cada instante desvinculada das lembranças precedentes, porque desta forma possivelmente elas não se ligariam à memória e se perderiam. Por isso o esquecimento é necessário, para que a memória possa se renovar, inclinar-se sobre o presente e também inventar, criar imagens para preencher as lacunas que o esquecimento criou. Na teoria da relação do corpo com a mente proposta por Bergson, temos essencialmente uma relação entre imagens, na qual o nosso corpo é uma imagem central para a qual as imagens externas se convergem, acessando por meio da percepção as memórias-imagem que descem ao encontro das imagens do presente, unindo-se, modificando-se e ampliando-se em função da utilidade atual e subindo novamente aos confins da memória, em um movimento contínuo e idas e vindas.VII Concluindo, o material que se encontra na memória deve ser composto pelas experiências anteriores, pelas atuais e pela invenção, uma espécie de conteúdo múltiplo e rico em detalhes, que se une e se transforma em novas imagens, em lembranças atualizadas. Caminhamos para o futuro nos inclinando sobre o passado e o presente quase não se percebe pois é um instante muito rápido. Fazemos este movimento no tempo, misturando as novas experiências vividas no presente, buscando entendimento no passado e, quando nos deparamos com memórias veladas, fracas e esquecidas, ativamos o potencial inventivo para conseguir jogar essas imagens no presente a fim de torná-las parte da experiência e adorná-las com novos brilhos, para quando elas retornarem ao passado sejam novamente memórias fortes e cintilantes. As imagens e os movimentos mnemônicos são uma bela metáfora para a prática artística e literária. As imagens que o artista cria ou os textos que o autor escreve são fruto de um esforço incansável por misturar o material do passado com o do presente. São resultado de um apelo que parte do presente, corre até à coleção de imagens do passado, depara-se eventualmente com o esquecimento e dispara o potencial inventivo, criativo. O artista está sempre em débito com os seus predecessores e sob a angústia da influência da obra desses últimos. Isso porque percebe que só se inclinando sobre o passado e entendendo os seus mestres é que vai conseguir achar a brecha para a criação. Na teoria de Bloom, essa brecha é o desvio, isto é, quando o artista-autor já se entregou para o seu mestre a ponto

de “entender mal” os seus ensinamentos, como que um processo de generalizaçãoVIII ou esquecimento da sua teoria e, só depois de se entregar, é que ele consegue se desviar do mestre. “A Influência Poética — quando diz respeito a dois poetas fortes, autênticos—, processa-se sempre através de uma leitura má do poeta anterior, um acto de correção criativa que é realmente e necessariamente uma interpretação errônea.” (BLOOM, 1991, p.43 e 44) Caso o artista-autor não se desvie, morre com o mestre, com a teoria e as imagens desse último, pois não foi capaz de achar um novo caminho. Academicamente ele ficaria preso ao revisionismo eterno da obra do mestre. Portanto a prática artística possivelmente nasce do tumultuoso e incerto dialogo entre o passado e o presente, entre a memória e a experiência atual, das relações entre complexo corpo e mente. Caso o ponto de partida da experiência do viver e do criar seja um material previamente apreendido, estocado na memória em forma de imagens, este material deve ser a consciência que temos de nós e do mundo a nossa volta, assim poderíamos chamar todo o resto de inconsciente, este, por sua vez, formado por todo o material ainda não experenciado, ou seja, aquilo que não percebemos com o nosso corpo e que não estabelece contato com a nossa mente. Se colocarmos porventura o nosso corpo em contato com as coisas do inconsciente, traremos as imagens que previamente estavam longe, para perto do nosso centro perceptivo e assim podemos começar a estabelecer o contato com o consciente, que é aquela coleção que já se conhece, e que se encontra no passado e, portanto, não mais no corpo, mas na mente, porque o corpo atua unicamente no presente. A imaginação deve nascer do movimento das imagens do presente caminhando em direção às imagens do passado e assim o artista é capaz de realizar a obra ou o autor de escrever o texto. A obra criada, inventada, nasceu com certeza no passado e terá que percorrer o caminho inverso e vir se deparar com o presente novamente. Ou seja, o artista não só usa o potencial criativo para renovar suas memórias, mas também aprende a percorrer este caminho da criação e invenção para gerar suas obras e devolver ao mundo um material modificado pela sua criação. A invenção que acontece nos movimentos da memória pode ter, então, relação com a invenção e a criação do universo do artista e, se o artista busca no passado suas influências e seus predecessores para descobrir o seu próprio caminho, ele faz exatamente o mesmo movimento de um corpo no presente buscando no passado entendimento. Ele se entrega totalmente ao legado de outro artista ou autor do passado, mas precisa se afastar pois senão será consumido por este autor forte. O afastamento é como um esquecimento da obra do predecessor. Assim é possível caminhar em direção à criação. Se este artista do presente se afasta, desvia-se, ele achou a brecha para a invenção, para a criação da sua própria obra, quando ele pode misturar o passado com o presente e ser autor do seu futuro. Avaliada dessa forma, a criação é para o artista algo muito similar ao que a invenção é para a memória.

Notas I e II - “Lembrança pura” e “lembrança imagem” são termos trabalhados por Henri Bergson na obra Matéria e Memória, no capítulo III, “Da sobrevivência da imagens. A memória e o espírito.” III - As relações entre corpo e alma são tratadas mais profundamente por Bergson na obra Matéria e Memória nos capítulos I, II e IV e também no diagrama apresentado na página 178. IV - Tradução minha do texto em português arcaico. V - Sobre o esquecimento via escrita, ver o capítulo IV do livro Lete: Arte e Crítica do Esquecimento de Harald Weinrich, mais especificamente o tópico 4: Por que é preciso esquecer completamente o nome Lampe? (Kant), no qual o autor descreve o caso de Immanuel Kant que escreveu em um papel o nome do criado Lampe na tentativa de esquecer. VI - Termo cunhado por Harold Bloom no seu livro A Angústia da Influência, no qual ele defende para o campo literário a presença de uma influência poética entre autores mestres e seus sucessores. Na minha pesquisa eu desloco essa teoria para as questões da memória e a relação entre o passado e o presente e também para o campo artístico. VII - Consultar o livro Matéria e Memória, de Henri Bergson entre as páginas 173 e 191, nas quais o autor apresenta os movimentos da memória e do corpo em relação ao universo e ainda apresenta dois diagramas esquematizando a sua teoria. VIII - Aqui faço uma aproximação entre os conceitos de “interpretação errônea” ou o “ler mal” sugerido por Bloom e os entendimentos entorno de generalização estabelecidos em Bergson.

Bibliografia ALIGHIERI, Dante. A Divina Comédia. São Paulo: Editora 34, 1998. ARISTÓTELES. De Memoria et Reminiscentia, traduzido para Aristotle on Memory. (trad.) R. Sorabji, 2a.ed. EUA: The University of Chicago Press, 2006. BERGSON, Henri. Matéria e Memória. (Trad) Paulo Neves. São Paulo: Martins Fontes, 2010. BLOOM, Harold. A Angústia da Influência. Lisboa: Cotovia, 1991. BOLZONI, Lina. La Estancia de la Memoria. Modelos Literários e Iconográficos en la Época de la Imprenta. (Trad.) Giovanna Gabriele. 1a.ed. Madrid: Cátedra, 2007. CARRUTHERS, Mary. The Craft of Thought. Meditation, Rethoric, and the Making of Images, 400 – 1200. New York: Cambridge University Press, 2008. CICERO. De Inventione. De Optimo Genere Oratorum. Topica. (Trad.) H.M. Hubbell, Cambridge, Massachusetts: Harvard University Press – London: William Heinemann Ltd, 1960. OLIVEIRA, Maria do Céu Diel. Escritos. Campinas: Império do livro, 2011. MACIEL, Maria Esther. A Memória das Coisas: Ensaios de Literatura, Cinema e Artes Plásticas. Rio de Janeiro: Lamparina Editora, 2004. ROSSI, Paolo. O Passado, a Memória, o Esquecimento - Seis Ensaios da História das Idéias. (Trad.) Nilson Moulin. São Paulo: Unesp, 2010. VÉRA, Alvaro Ferreira de. Memoria Artificial ou Modo para Acquirir Memoria per Arte. Lisboa: Mathias Rodriguez, 1631.

WEINRICH, Harald. Lete: Arte e Crítica do Esquecimento. (Trad.) Lya Luft. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001.

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