Influência do pulso de inundação sobre duas espécies simpátricas do gênero Tococa Aubl. (Melastomataceae) ocorrentes em um trecho do rio Juruena - 2015

June 7, 2017 | Autor: Adarilda Benelli | Categoria: Plant Ecology, Tropical Ecology, Forest Ecology, Tropical Forest Ecology
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CURSO DE ECOLOGIA DE CAMPO VOLUME 2

Apoio:

Roberto de Moraes Lima Silveira Thiago Junqueira Izzo

Editora: O.N.F. Brasil

Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação da Biodiversidade

Cuiabá, 2015

maior a profundidade, maior espaço para abrigar peixes maiores, possíveis predadores de Nannorhamdia.

Conclusão Embora a profundidade e quantidade de liteira não apresentem relação direta com a presença de Nannorhamdia, a velocidade da correnteza foi importante. Isto demonstra que este grupo seleciona micro habitats com certas características pertinentes as suas necessidades. Dentre estas características, foi constante a presença de Nannorhamdia em locais arenosos e límpidos, que favorecem sua rápida locomoção e camuflagem para fuga de predadores.

Referências bibliográficas FORMAN, RTT. & GODRON, M. 1986. Landscape ecology. John Wiley & Sons, New York. 619p. GREENBERG, LE. & STILES, RA. A descriptive and experimental study of microhabitat use by young-of-the-year benthie stream fisches. Ecology of Freshwater Fishes, 1993, volume 2, pp. 40-49. RICÓN, PA. Uso do micro-hábitat em peixes de riachos: métodos e perspectivas. Ecologia de Peixes de Riachos. Série Oecologia Brasiliensis, 1999, volume VI, pp. 23-90. ZUANON, J; BOCKMAN, FA. & SAZIMA, I. A remarkable sand-dwelling fish assemblage from central Amazonia, with comments on the evolution of psammophily in South American freshwater fishes. Neotropical Ichtiology, 2006, volume 4, n°. 1, pp. 107-118.

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INFLUÊNCIA DO PULSO DE INUNDAÇÃO SOBRE DUAS ESPÉCIES SIMPÁTRICAS DO GÊNERO DE TOCOCA Aubl. (MELASTOMATACEAE) OCORRENTES EM UM TRECHO DO RIO JURUENA

Algumas plantas mirmecófitas ocorrem próximas a cursos d’água. E, neste caso, estão sujeitas à maiores amplitudes na variação abiótica do ambiente (Benson, 1985). A cota máxima de inundação pode ser um fator que determine a distribuição espacial destas mimercófitas, separando a região de ocorrência das espécies que não suportam as condições impostas pelo aumento do nível da água. Desta forma este estudo teve como objetivo Silvana Cristina Hammerer de Medeiros3, Adarilda Petiavaliar se a cota máxima do pulso de inunni Benelli2, Leide Laura Almeida Ribeiro de Paiva2, Midação influencia a distribuição espacial e a quéias Ferrão da Silva Junior altura da primeira domácea produzida em Orientador: Dr. Thiago Junqueira Izzo duas espécies simpátricas do gênero Tococa. 1Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, UFMS.

2Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação da Biodiversidade, Universidade Federal de Mato Grosso, UFMT.

Introdução Mirmecófitas são plantas que apresentam uma estreita relação com formigas. O desenvolvimento de estruturas ocas, conhecidas como domáceas, proporcionam moradia para estas formigas que em contra partida, oferecem proteção a planta (Izzo & Vasconcelos, 2002). Segundo Beattie (1985) as domáceas podem variar quanto ao formato (arredondado, alongado e amorfo) e a localização na planta (folhas, pecíolo, raiz e tronco). A herbivoria e/ou a competição por recursos, são fatores que alteram a capacidade ótima de desenvolvimento do indivíduo vegetal. Assim, a proteção proporciona maiores investimentos para o crescimento e conseqüente desenvolvimento de domáceas (Yu et al., 2001). Acreditava-se que a única troca de benefícios estava na relação moradia-proteção, mas estudos apontaram que algumas plantas, incluindo espécies do gênero Tococa Aubl. (Melastomataceae), além da proteção, podem obter nutrientes através dos restos orgânicos deixados pelas formigas dentro das domáceas (Janzen, 1974).

Materiais e métodos O estudo foi realizado no mês de outubro, final da época da vazante, na margem do rio Juruena, fazenda São Nicolau, município de Cotriguaçu, Mato Grosso, em um trecho de 500 metros de distância onde Tococa coronata Benth. e Tococa cf. bullifera Mart. & Schrank ex DC. co-ocorreram. O trecho foi percorrido e todos os indivíduos das duas espécies foram marcados. De cada indivíduo das duas espécies de Tococa medimos as seguintes variáveis: (1) altura total; (2) altura da primeira domácea; (3) distância da margem do rio; (4) altura da base do indivíduo em relação à cota atual; (5) altura da cota máxima atingida pelo rio Juruena na última cheia; e (6) biomassa das três primeiras folhas integras e das domáceas separadamente. Para as análises estatísticas utilizamos o teste t na relação das espécies com a altura da cota e a altura da primeira domácea. Quanto a altura da cota da primeira domácea e sua ocorrência foi feita uma regressão logística.

Resultados A cota máxima observada foi de 1,60 metros acima do nível atual do rio, sendo que os indivíduos de Tococa. cf. bullifera só ocorriam acima da cota máxima (T=????; p
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