INFORMÁTICA APLICADA À EDUCAÇÃO NAS ESCOLAS PÚBLICAS: ESTUDO E PERSPECTIVAS DE EXTENSÃO COM IFG. DOS MUNICÍPIOS INHUMAS E REGIÃO – GOIÁS

August 3, 2017 | Autor: Wederson Xavier | Categoria: Educational Technology, Informatics, Teacher Education, Educational Research
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EIXO TEMÁTICO 6: Avaliação e qualidade da educação

INFORMÁTICA APLICADA À EDUCAÇÃO NAS ESCOLAS PÚBLICAS: ESTUDO E PERSPECTIVAS DE EXTENSÃO COM IFG. DOS MUNICÍPIOS INHUMAS E REGIÃO – GOIÁS

Wederson Xavier de Araújo Instituto Federal de Goiás – IFG [email protected]

RESUMO O presente trabalho refere-se a estudos estatísticos de dados coletados, realizados com questionários e entrevista, nas escolas públicas estaduais no município de inhumas e região, que foram contemplados pelo Programa Nacional de Tecnologia Educacional. Interagindo com os responsáveis pelas escolas, com alunos e professores. Foram extraídos dados estatísticos, aproximando-se da realidade do uso dos laboratórios de informática e formação dos professores, em relação ao uso da informática na educação. A inserção da informática no ambiente escolar faz-se necessária, permitindo o acesso dos indivíduos aos recursos tecnológicos, que deveria ser disponível para todos, pois o que se acessa com o uso da informática está cada vez mais valorizado e presente no dia-dia dos alunos e professores. Palavras-chave: Informática na educação, Exclusão digital, PROINFO.

EIXO TEMÁTICO 6: Avaliação e qualidade da educação

INFORMÁTICA APLICADA À EDUCAÇÃO NAS ESCOLAS PÚBLICAS: ESTUDO E PERSPECTIVAS DE EXTENSÃO COM IFG. DOS MUNICÍPIOS INHUMAS E REGIÃO – GOIÁS

Wederson Xavier de Araújo Instituto Federal de Goiás – IFG [email protected]

INTRODUÇÃO

Este trabalho deve-se ao empenho de investigar, discutir e refletir acerca da introdução da informática na educação e mais especificamente a analisar a utilização real do laboratório de informática pelos alunos e o conhecimento dos professores para ministrar aulas nos laboratórios das escolas da rede pública do município de inhumas e região. Estudo e perspectivas de extensão com IFG. A informática adquiriu importância econômica, a tecnológica e o consumismo mudaram as estratégias comerciais. Transformando-se em um dos fatores fundamentais para as transformações políticas e econômicas da atualidade. Afirma CASTELLS, que a sociedade vive os impactos de uma nova ordem econômica e social, na qual o cerne das transformações refere-se às tecnologias da informação e comunicação (TIC) (CASTELLS, 2003). De nada servirá a informática na educação, se os professores não tiverem preparo para ministrar as aulas utilizando os recursos de informáticas. O exemplo de DAHMER, em particular, a preparação de professores do ensino superior para ministrar cursos e ou disciplinas na modalidade a distância, tem sido discutido amplamente nestes últimos anos, (DAHMER, 2005).

QUEM FORAM OS RESPONSÁVEIS PARA INSERIR A INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO NO BRASIL?

O governo federal em 1997 criou, pela Portaria no 522/MEC, O Programa Nacional de Informática na Educação (PROINFO) criado para promover o uso pedagógico da informática na rede pública de ensino fundamental e médio. O programa é desenvolvido pela Secretaria de Educação a Distância (SEED), por meio do Departamento de Infraestrutura Tecnológica (DITEC), com participação dos estaduais e municipais. O PROINFO funciona de forma descentralizada. Sua coordenação é de responsabilidade federal, e a operacionalização é conduzida pelos estados e municípios. Em cada unidade da Federação, existe uma coordenação estadual PROINFO, cujo trabalho principal é o de introduzir as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) nas escolas públicas de ensino médio e fundamental, além de articular os esforços e as ações desenvolvidas no setor sob sua jurisdição, em especial as ações dos Núcleos de Tecnologia Educacional (NTE). Para apoiar tecnologicamente e garantir a evolução das ações do programa em todas as unidades da Federação, foi criado o Centro de Experimentação em Tecnologia Educacional (CETE), (NASCIMENTO, 2007). Os NTEs (Núcleo Tecnologia Estadual), são locais dotados de infraestrutura de informática que reúnem educadores e especialistas em tecnologia de hardware e software. Os profissionais que trabalham nos NTEs capacitados pelo PROINFO, para auxiliar as escolas em todas as fases do processo de incorporação das novas tecnologias. A capacitação dos professores é realizada a partir desses núcleos nos quais os agentes multiplicadores dispõem de toda a estrutura necessária para qualificar os educadores a fim de utilizar a internet no processo educacional. Em Goiás os Núcleos, com sede nos municípios de Aparecida de Goiânia, Ceres, Goianésia, Luziânia, Monte Alegre, Palmeiras de Goiás, Porangatu, Rio Verde, Silvânia, foram implementados como laboratórios de informática, posteriormente homologados e reconhecidos pelo MEC como NTE a partir de 2005. Em 2008, foi implantado mais um NTE na cidade de Inhumas, totalizando 22 NTE em Goiás,

OBJETIVO

Esse trabalho tem como objetivo principal, realizar pesquisas, qualitativas e quantitativas, nas escolas estaduais no município de Inhumas e região, interagindo com os responsáveis das escolas, técnicos e com os docentes. Através de entrevistas e questionários. Com o intuito de verificar a utilização dos laboratórios de informática pelos alunos e professores e profissionais da educação, podendo levantar dados para aprimorar a informática na educação. Pesquisas desenvolvidas no Brasil e no exterior, segundo (BONA, 2010) informam que escolas que utilizam computadores no processo de ensino aprendizagem

apresentam melhorias nas condições de estruturação do pensamento do estudante com dificuldades de aprendizagem.

JUSTIFICATIVA

A busca da realidade de como estão sendo utilizados os laboratórios de informática, nas escolas públicas de Inhumas e região, se faz necessário, para verificar a qualidade do ensino fundamental e médio em relação às tecnologias, principalmente para saber se os alunos e professores consigam usufruir e acompanhar as tecnologias existentes nas escolas e as tecnologias que virão. Verificando se os alunos e professores fazem parte da sociedade com exclusão digital, segundo Neri: Provavelmente a melhor forma de combater o apartheid digital a longo prazo é investir diretamente nas escolas, de modo que os alunos possam ter acesso desde cedo às novas tecnologias. O combate à exclusão digital pode provocar melhoras substanciais do desempenho escolar e da inserção trabalhista futura dos estudantes de hoje (NERI, 2003).

Este trabalho levantará o quanto os alunos e professores estão em relação a exclusão digital. Sendo a informática um ótimo recurso de tecnologia, que pode ser inserido na educação e no campo de trabalho. A informática colabora para a aprendizagem de conceitos matemáticos, já que o computador pode constituir-se em um bom gerenciador de atividades intelectuais, desenvolver a compreensão e promover o contexto simbólico capaz de proporcionar o raciocínio sobre ideias matemáticas abstratas, além de tornar a criança mais consciente dos componentes do processo de escrita, valendo-se das tecnologias digitais online, como apontam as pesquisas (BORBA E PENTEADO, 2011).

Com o intuito de aproximar das escolas públicas do município de Inhumas, Assim, de acordo com (CYSNEIROS, 2000), a inserção da informática no ambiente escolar faz-se necessária, permitindo o acesso dos indivíduos a um bem cultural que deveria ser disponível para todos. É da responsabilidade da escola pública propiciar às crianças e jovens e adolescentes a apropriação dessa tecnologia. É preciso haver investimento por parte das autoridades governamentais na melhoria da educação pública, que vise à formação de uma geração capaz de competir no mercado de trabalho e, sobretudo, na sociedade globalizada (GONÇALVES, 1999). O Ministério da Educação (MEC), em parceria com os governos estaduais e municipais, promove a utilização de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) em nossas escolas por meio do Programa Nacional de Tecnologia Educacional (Proinfo Integrado).

LOCAL E PERÍODO DA REALIZAÇÃO

Os questionários foram aplicados no quarto bimestre de 2014, no período de uma semana, em 13 escolas e em 11 cidades. De acordo com o objetivo da Tab. 1, foram recolhidos dados de algumas escolas de Inhumas e região (subordinadas a subsecretaria estadual de Inhumas) informando a quantidade de questionários aplicados às cidades e escolas, a distância em Km da cidade de Inhumas e as cidades pesquisadas.

Quadro 1: Quantidade total de questionários por Cidades QUESTIONÁRIO (Unidade)

DISTÂNCIA IHMUMAS (Km)

55

29,9

2 Brazabrantes Colégio Estadual de Brazabrantes

24

22

3 Caturaí

22

13

4 Damolândia Colégio Estadual Dom Emanuel

26

25,5

5 Goianira

Colégio Estadual José Rodrigues Naves

34

19,5

0 Inhumas

CPMG - Manoel Vilaverde (Militar)

22

0

0 Inhumas

Colégio Estadual Ary Ribeiro Valadão Filho

19

0

6 Itauçu

Colégio Estadual de Itauçu

21

22,9

6 Itauçu

Escola Estadual Ary Demosthenes de Almeida

16

22,9

Colégio Estadual Francisco Alves

24

23,8

Colégio Estadual Santa Rosa

21

35,6

Colégio Estadual Padre Alexandre de Morais

27

38

Colégio Estadual Princeza Izabel

23

42

334

-



CIDADE

1 Araçu

7

Nova Veneza

8 Santa Rosa 9

Santo Antônio

10 Taquaral

ESCOLA Colégio Estadual Hermogenes Coelho Colégio Estadual Moises Santana

Total de questionários Fonte: Próprio autor, 2014.

Segue na Figura 1, o mapa onde foram aplicados os questionários.

Figura 1: Localização das cidades, que foram aplicados os questionários. Fonte: Próprio autor, 2014.

METODOLOGIA

A metodologia adotada para a condução desta pesquisa iniciou-se, com um levantamento de quais cidades e escolas seriam pesquisadas. Com a orientação de alguns professores do IFG-Inhumas, foram escolhidas as escolas públicas estaduais da cidade de

Inhumas e região. O primeiro critério para escolha das escolas foi de possuir laboratório de informática. Sendo escolhidas as salas de aulas de algumas turmas do nono ano do ensino fundamental e terceiro ano do ensino médio. Pelo grande volume de alunos e professores, decidiu-se utilizar questionário quantitativo para ser aplicado mais rápido, por se tratar de perguntas objetivas. Decidiu-se aplicar aos coordenadores, um questionário quantitativo e um questionário qualitativo, por se tratar de um número menor de pessoas e extrair melhores resultados. As perguntas foram elaboradas com auxilio dos professores e de leitura de artigos científicos relacionados à informática na educação. Além de indicar fatores considerados relevantes no uso de computadores e mídias na Educação. Para o levantamento de dados, foram produzidos três questionários com questões objetivas – um destinado aos professores das escolas públicas do município de Inhumas e região, que será denominado QUESTIONÁRIO PROFESSOR, outro destinado aos coordenadores, das escolas em questão, chamado a partir de agora QUESTIONÁRIO COORDENAÇÃO e outro destinado aos alunos, do nono ano do ensino fundamental e do terceiro ano do ensino médio, das escolas públicas do município de Inhumas e região, chamado a partir de agora QUESTIONÁRIO ALUNO. É importante informar que foram pensados três tipos de questionários, embora com o mesmo objetivo, mas de forma que pudessem coletar dados, às vezes diferentes. Foi produzido um questionário com questões subjetivas, que será denominado ENTREVISTA COORDENAÇÃO, que foi aplicado em forma de entrevista, apenas para os coordenadores, levando em conta que todos os coordenadores também eram professores. Os alunos submetidos aos questionários foram escolhidos as turmas do nono ano do ensino fundamental e do terceiro ano do ensino médio, pelo motivo de que poderiam se engessar na IFG, que também foi estudo da pesquisa. Os questionários foram elaborados para analisar o que os profissionais da educação e alunos vivenciam na escola, em relação a informática aplicada à educação. Na etapa de aplicação dos questionários foram selecionadas as escolas pesquisadas, realizando contato com as Secretarias de educação do Estado e do Município, para ter acesso às escolas e aos seus representantes. Selecionando-as de acordo com a existência de laboratório de informática. Foi estudado a realidade das escolas públicas, em relação a informática aplicada à educação, pesquisado artigos e atualidades que devem ou poderão ser utilizadas nas escolas. A qualificação/orientação dos docentes, com auxilio do questionário aplicado, realizado levantamento dos conhecimentos em relação a informática aplicada à educação. Os resultados das avaliações das questões objetivas foram tabulados e apresentados por um software, em gráficos, figuras, quadros e tabelas. Os resultados das questões discursivas serão apresentados através de passagens retiradas dos textos descritos pelo profissional da educação, para comparar aos resultados das questões quantitativas. Verificou-se a possibilidade de interação do IFG com as escolas públicas, a fim de aprimorar a informática na educação e ao desenvolvimento tecnológico do município. Assim, podendo realizar estudo e perspectivas de extensão no município de Inhumas e região.

IF (INSTITUTO FEDERAL)

Os Institutos Federais, são instituições que atuam na educação do ensino técnico e superior, é uma das instituições mais valorizadas no Brasil. E com maior numero de unidades espalhada em todo território nacional: Estas instituições têm suas bases em um conceito de educação profissional e tecnológica sem similar em nenhum outro país. São 38 institutos, com 314 campi espalhados por todo o país, além de várias unidades avançadas, atuando em cursos técnicos (50% das vagas), em sua maioria na forma integrada com o ensino médio, licenciaturas (20% das vagas) e graduações tecnológicas, podendo ainda disponibilizar especializações, mestrados profissionais e doutorados voltados principalmente para a pesquisa aplicada de inovação tecnológica (PACHECO, 2011).

Os institutos Federais são construídos em locais estratégicos onde são realizados vários estudos locais das regiões, para garantir à verdadeira necessidade dos cursos oferecidos a população local: O desafio colocado para os Institutos Federais no campo da pesquisa é, pois, ir além da descoberta científica. Em seu compromisso com a humanidade, a pesquisa, que deve estar presente em todo trajeto da formação do trabalhador, representa a conjugação do saber na indissociabilida pesquisa, ensino e extensão (PACHECO, 2011).

A presença do IF em Inhumas, não surgiu por acaso, É resultado do esforço da comunidade local, seus representantes e instituições envolvidas no seu processo de construção e está inserido no histórico contemporâneo da educação profissional no Estado de Goiás (BARTHOLO, 2011). Os cursos oferecidos pela instituição, foram resultados das necessidades, de estudos e pesquisas efetuado nas regiões do município de Inhumas. O IF de Inhumas oferece o curso Bacharelado em Informática para atender à demanda regional por profissionais que tenham conhecimentos em computação para aplicar, adaptar, projetar e desenvolver sistemas. Para beneficiar o município de inhumas e região com pesquisa, ensino e extensão.

RESULTADOS OBTIDOS DOS QUESTIONÁRIOS APLICADOS

Durante as viagens às cidades, para aplicação dos questionários nas escolas, a recepção dos Diretores ou Coordenadores das escolas, foi de boa cooperação. Entenderam os objetivos das pesquisas e colaboraram, direcionando aos professores das salas de aulas que foram realizados a aplicação dos questionários. Foi uma experiência boa, os professores foram muito amigáveis, aplicaram os questionários, nos relataram suas realidades com os alunos nas escolas, pontos positivos e negativos da vida profissional dos docentes.

RESULTADO QUESTIONÁRIO ALUNO

Treinamento dos alunos para utilizarem computadores: Perguntou-se aos alunos se eles já tiveram algum treinamento para utilizarem computadores, em instituição particular ou na escola pública. 51.72% dos alunos "não" fizeram treinamentos em instituição particular e 48.28% “sim” fizeram. Dos mesmos alunos pesquisados, 72.76% dos alunos "não" fizeram treinamentos nas escolas públicas e 27.24% “sim” fizeram (Fig. 1).

Figura 1: Treinamento dos alunos sobre informática Fonte: Próprio autor, 2014.

Nota-se que a maioria dos alunos não fez nenhum treinamento para uso de computadores para utilizarem o laboratório de informática da escola.

O uso do laboratório de informática pelos alunos: Esta foi a pergunta mais crítica ou com as respostas menos esperada. Perguntou-se aos alunos se já tinham usado e da periodicidade em que era utilizado o laboratório de informática. Constatou-se que a maior porcentagem de alunos nunca tiveram aulas no laboratório de informática ou o utilizaram no máximo “2 vezes ao ano”, sendo: 37.50% responderam que "não", 25.17% “de 1 a 2 vezes por ano”, 14.83% “de 3 a 5 vezes por ano”, 13.45% “de 6 a 10 vezes por ano” e apenas 8.97% “mais de 10 vezes por ano”. Veja Figura 2

. Figura 2: Porcentagem de uso dos alunos nos laboratório de informática Fonte: Próprio autor, 2014. Lembrando-se que foram pesquisadas várias escolas e cidades diferentes. E que a maioria dos alunos já estudava nessas escolas de 3 à 5anos.

Uso de mídia nas salas de aula pelos alunos. Perguntou-se aos alunos se já tinham feito uso de mídia e da periodicidade em que era utilizado essas mídias na sala de aula, sendo TV, vídeo, DVD, Projetor, etc. Foi constatado que a maior porcentagem de alunos tiveram aulas com algum tipo de mídia, as respostas foram: 30.69% “mais de 10 vezes por ano”, 20.69% “de 1 à 2 vezes por ano”, 20% “de 6 à 10 vezes por ano”, 18.62% “de 3 à 5 vezes por ano”, mas 10.34% responderam que “nunca tiveram aulas com mídias”. Veja Figura 3.

Figura 3: Porcentagem de uso de mídias nas salas de aulas Fonte: Próprio autor, 2014.

É uma porcentagem considerável de alunos que responderam que não, nunca tiveram aulas com qualquer tipo de mídias. Pois todas escolas pesquisadas tinham recursos de mídias para serem utilizadas.

Uso da internet pelos alunos, fornecido pelas escolas: Em relação a internet, perguntou-se aos alunos se já utilizaram internet fornecida pela escola e com qual periodicidade. Responderam da seguinte forma: 50.52% responderam que "não", 29.97% “de 1 à 2 vezes por semana”, 9,76% “de 3 à 5 vezes por semana”, 5.57% “de 6 à 10 vezes por semana”, 4.53% “mais de 10 vezes por semana” (Fig. 4).

Figura 4: Uso da internet pelos alunos, fornecido pela escola

Fonte: Próprio autor, 2014.

Constatou-se que mais de 50% dos alunos nunca utilizou internet fornecida pela escola. Conforme verificado anteriormente, que os laboratórios não estão sendo explorados pelos alunos.

Quantidade de aulas em laboratório de informática e a satisfação do aluno: Foi realizado um cruzamento entre duas perguntas. Primeiro foi perguntado quanto ao número de aulas no laboratório de informática, foi perguntado se as aulas no laboratório de informática foram satisfatórias. Constatou-se que em relação a quantidade de aulas, as respostas dos alunos foram: 36 alunos responderam “está bom”, 236 “poderia ter mais aulas” no laboratório, 5 “poderia ter menos aulas” no laboratório e 9 não responderam. Foi constatado que em relação as aulas nos laboratórios foram satisfatórias, as respostas dos alunos foram: 145 “não” e 141 "sim". Confira detalhes na Tabela 1.

Tabela 1: Relação de quantidade de aulas em laboratórios e aulas satisfatórias. AULAS SATISFATÓRIAS QUANTIDADE DE AULAS

TOTAL GERAL Nº

SIM (%)

NÃO (%)

Está bom.

16,31

8,97

36

Poderia ter mais aulas no laboratório.

81,56

83,45

236

Poderia ter menos aulas no laboratório.

1,42

2,07

5

Não responderam

0,71

5,52

9

Total Geral (Nº)

141

145

286

Fonte: Próprio autor, 2014.

Lembrando que em perguntas anteriores que 37.59% dos alunos nunca tiveram aulas no laboratório de informática e que 25.17% o utilizaram no máximo de 1 à 2 vezes por ano.

RESULTADO QUESTIONÁRIO PROFESSOR

Analise desse trabalho apresentado baseia-se no tratamento estatístico das respostas a um questionário objetivo aplicado aos professores do nono ano do ensino fundamental e dos professores do terceiro ano do ensino médio, das escolas das 11 cidades pesquisadas.

São dados de informações sobre informática e seu uso na escola. Os questionários foram aplicados apenas aos professores que estavam nas salas de aulas, em que foi aplicado o questionário aos alunos e alguns que propuseram a preencher o questionário. Para enfatizar a compreensão das analises, ao decorrer da apresentação das amostras estatísticas, foram citados alguns trechos retirados das entrevistas realizadas pelo questionário qualitativo, que foram aplicados aos coordenadores que também são professores.

Uso do laboratório de informática e treinamento dos professores para utiliza-lo: Conforme a Tabela 2. Foi realizado um cruzamento entre duas perguntas. Primeiro perguntouse aos professores se eles já tiveram algum curso ou treinamento para utilizar o laboratório de informática. Foram perguntados se já tinham utilizado o laboratório de informática com os alunos. Em relação a treinamentos constatou-se que: 50% dos professores “não tiveram treinamento”, 35% apena “de 1 à 2 vezes”, 10% “de 3 à 5 vezes” e 5% “mais de 5 vezes”. Em relação ao uso do laboratório de informática com os alunos. Constatou-se que: 30% dos professores “nunca tinham utilizado”, 25% “de 1 à 2 vezes ao ano”, 5% “de 3 à 5 vezes ao ano”, 15% “de 6 à 10 vezes ao ano” e 25% “mais de 10 vezes ao ano”, confira detalhes na Tabela 6.

Tabela 2: Uso do laboratório de informática e treinamento dos professores TREINAMENTO LABÓRATÓRIO (Nº) USO DO LABORATÓRIO (VEZ AOANO)

T NÃO

N DE 1 A 2

Não

3

2

De 1 a 2

3

1

De 3 a5 De 6 a 10

DE 3 A 5

MAIS DE 5

TOTAL GERAL

1

6

1

5

1

1

1 2

3 5

Mais de 10

3

2

TOTAL GERAL

10

7

2

1

2 0

Fonte: Próprio autor, 2014.

Essa foi uma das questões mais críticas, verificou-se que 85% dos professores tiveram no máximo de 1 à 2 treinamentos, durante sua carreira, e desses a maioria nunca haviam sido treinados para utilizar o laboratório de informática da escola.

Veja alguns relatos retirados das entrevistas qualitativas:

“Não, o pouco que sei, aprendi pela curiosidade com auxilio dos meus filhos e colegas.” “Raramente temos cursos ministrados pelo NTE da SREI para o uso de computadores. As demais tecnologias aprendemos manusear com os próprios alunos ou colegas de trabalho.” Enquanto ao uso do laboratório com os alunos, 55% os professores utilizaram no máximo de 1 à 2 vezes ao ano, desses a maioria nunca haviam utilizados os laboratórios de informática da escola. Outros relatos retirados das entrevistas qualitativas: “Há mais de dois anos, quando era utilizado, os alunos gostavam e avaliavam positivamente as aulas ministradas nesse ambiente.” “No decorrer deste ano não usamos, pois os computadores estão com defeito.” “sim, como foi dito anteriormente a frequência às vezes não é maior, devido falta de manutenção.”

Uso de mídias na sala de aula pelos professores: Perguntou-se aos professores se já tinham feito uso de mídia e da periodicidade em que era utilizado essas mídias na sala de aula, sendo TV, vídeo, DVD, Projetor, etc. Foi constatado que a maior porcentagem dos professores tiveram utilizados algum tipo de mídia em sala de aulas, as respostas foram: 50% “mais de 10 vezes por ano”, 15% “de 1 à 2 vezes por ano”, 20% “de 6 à 10 vezes por ano”, 15% “de 3 à 5 vezes por ano” (Fig. 5).

Figura 5: Uso de mídias na sala de aula pelos professores Fonte: Próprio autor, 2014.

A maior porcentagem de professores respondeu que sim, utilizam mídias mais de 10 vezes por ano. Nenhuns dos professores responderam a alternativa “não", que nunca tiveram aulas com mídias. Porém, fica incompatível com as respostas dos questionários dos alunos, que responderam que mais de 10% dos alunos nunca tiveram aulas com mídias em salas de aulas. Veja alguns relatos retirados das entrevistas qualitativas: “Eu não, mas temos alguns profissionais que usam para projeção de filmes relacionados a seus conteúdos.” “Sim, sempre que possível, conforme o “estado” dos equipamentos.”. “Tenho sim, mas não com frequência.”

Uso da internet pelos professores, fornecido pelas escolas: Em relação a internet, perguntou-se aos professores eles já utilizaram internet fornecida pela escola. Responderam da seguinte forma: 25% responderam que "não", 75% responderam que "sim", já utilizaram internet fornecida pela escola (Fig. 6).

Figura 6: Uso da internet pelos professores, fornecido pelas escolas Fonte: Próprio autor, 2014.

Constatou-se que de 75% dos professores já utilizaram internet fornecida pela escola. Porém, a uma parcela considerável de 25% que nunca utilizou. Conforme verificado anteriormente, que os laboratórios não estão sendo explorados por todos. Veja alguns relatos retirados das entrevistas qualitativas: “Quando ela está funcionando sim. No momento não, além de ser poucos computadores a internet é muito lenta.” “O laboratório não é utilizado, pois os professores não dominam o vírus.”

Aquisição dos softwares utilizados pelos professores: Em relação à uso e aquisição de software, perguntou-se aos professores se eles utilizavam algum tipo de software/programas para aplicarem em suas aulas. Foi apurado que 36.84% responderam que "sim", fornecido fora da escola, 31.58% "sim", fornecido pela escola e que 31.58% "não". A Figura 7 apresenta.

Figura 7: Aquisição dos softwares utilizados pelos professores. Fonte: Próprio autor, 2014.

Foi constatou-se que boa parte dos professores, 31,58%, nunca teria utilizado qualquer software, então se entende que eles não utilizaram os laboratórios de informática, divergindo de questões anteriores. Verificou-se ainda, que apenas 36,84% dos professores que utilizavam softwares os conseguiram fora escola.

Quantidade de aulas em laboratório de informática e a satisfação dos professores: Foi realizado um cruzamento entre duas perguntas. Primeiro foi perguntado aos professores quanto ao número de aulas no laboratório de informática, foi perguntado se as aulas no laboratório de informática foram satisfatórias com o objetivo das aulas. Constatou-se que em relação à quantidade de aulas, as respostas dos professores foram: 3 professores responderam “está bom”, 15 “poderia ter mais aulas no laboratório” e 2 não responderam. Foi constatado que em relação às aulas nos laboratórios foram satisfatórias, as respostas dos professores foram: 11 "sim", 7 "não" e 2 não responderam. Confira detalhes na Tabela 7.

Tabela 7: Quantidade de aulas em laboratório de informática e a satisfação dos professores AULAS SATISFATÓRIAS

QUANTIDADE DE AULAS

SIM (Nº)

NÃO (Nº)

TOTAL GERAL (Nº)

Está bom.

3

3

Poderia ter mais aulas no laboratório.

8

7

15

TOTAL GERAL (Nº)

11

7

18

Fonte: Próprio autor, 2014.

Constatou-se que 83% dos professores que responderam, estão de acordo que poderia ter mais aulas no laboratório de informática. Veja alguns relatos retirados das entrevistas qualitativas: “O ideal hoje seria que cada sala de aula funcionando com um computador para cada aluno.” “Sim, porém não há pessoas preparadas para conduzirem aulas no laboratório.” “Quando a turma é grande eles se sentam de dois a dois.” “Não, pois nossas salas têm em media quarenta alunos e contamos com mais de vinte computadores, mas funcionando apenas seis computadores no laboratório.” “A quantidade de computadores (são dezoito) não é compatível para a sala superlotada temos salas com quarenta de dois alunos.” Verificado ainda que 61.11% ficaram satisfeitos com objetivos e rendimento das aulas nos laboratórios. “a aprendizagem dos alunos com as tecnologias são mais significantes.” “Sim, as aulas ficam mais ricas e prazerosas.” “É de suma importância. É um método inovador.” “Eles gostam muito, só reclamam que nunca tem como usar.”

RESULTADO QUESTIONÁRIO PROFESSOR

Essa analise apresentada baseia-se no tratamento estatístico das respostas a um questionário com perguntas objetivas aplicadas aos coordenadores das escolas das 11 cidades pesquisadas. São dados de perfil socioeconômico dos coordenadores e informações sobre informática e seu uso na escola. Os questionários foram aplicados apenas aos coordenadores que estavam presentes na escola. Para enfatizar a compreensão das analises, ao decorrer da apresentação das amostras estatísticas, foram citados alguns trechos retirados das entrevistas realizadas pelo questionário qualitativo, que foram aplicados aos coordenadores.

Foi constatado que 100% dos coordenadores entrevistados foram do sexo feminino, que 100% trabalham na sua área de formação.

Treinamento/reciclagem de informática aos coordenadores: Perguntou-se aos coordenadores se eles tiveram algum treinamento/reciclagem para utilizar os equipamentos de informática na escola. Constatou-se que 44.44% dos coordenadores responderam que "não", 44.44% “de 1 à 2 vezes” e que11.11% “de 3 à 5 vezes”, durante a sua carreira na escola. Figura 8.

Figura 8: Treinamento/reciclagem de informática aos coordenadores, pela escola. Fonte: Próprio autor, 2014.

. Foi apurado que a mais de 80%, dos coordenadores tiveram no máximo de 1 à 2 treinamento durante toda a sua carreira na escola. E que 44,44% nunca tiveram nenhum treinamento. Lembrando em perguntas anteriores que (77.78%) tinham mais de 6 anos de trabalho na escola entrevistada. Veja alguns relatos retirados das entrevistas qualitativas no Quadro 2:

Quadro 2: Relatos dos coordenadores sobre treinamento/reciclagem de informática. RELATOS DOS COORDENADORES SOBRE TREINAMENTO DE INFORMÁTICA “Sim. As maiorias dos profissionais não sabem utilizar as tecnologias educacionais.” “A equipe docente precisa muito de cursos com maior periodicidade. É frustrante a nossa defasagem em relação aos conhecimentos dos alunos.” “A maioria dos profissionais não sabem utilizar as tecnologias educacionais.” “Sim. No Núcleo de Tecnologia Educacional de Inhumas e Especialização em Tecnologias Educacionais PVC (Rio de Janeiro).” “Precisamos de formação continuada de metodologias educacionais com o uso da informática” Fonte: Próprio autor, 2014.

Manutenções e condições dos equipamentos de informática: Foi realizado um cruzamento entre duas perguntas. Primeiramente perguntou-se aos coordenadores entrevistados, se os equipamentos pertencentes à coordenação e do laboratório de informática estão em boas condições de uso. Perguntou-se, sobre as manutenções preventivas e corretivas nos equipamentos pertencentes à coordenação e do laboratório de informática. Foi constatado que em relação às condições dos equipamentos que 44.44% dos coordenadores responderam que "sim" estavam em boas condições, 55.56% que "não". Em relação as manutenções, constatou-se que 55.56% dos coordenadores responderam que “somente quando os computadores estragavam”, 22.22% “de 1 à 2 por ano” e 22.22% “de 3 à 5 vezes por ano”. Confira na Tabela 10.

Tabela 11: Manutenções e condições dos equipamentos de informática EQUIPAMENTOS MANUTENÇÃO

EM BOAS CONDIÇÕES (%)

CORRETIVA PREVENTIVA

SIM

NÃO

TOTAL GERAL

Não, Somente quando computadores estragam.

11,11

44,44

55,55

De 1 a 2 vezes por ano

22,22

De 3 a 5 vezes por ano

11,11

11,11

22,22

TOTAL GERAL

44,44

55,55

100

22,22

Fonte: Próprio autor, 2014.

Verificou-se que os equipamentos de informática mais de 55% "não" estavam em boas condições de uso. E mais de 50% responderam sobre se existem manutenções, que "não", Somente quando computadores estragam. Isso é preocupante. Veja alguns relatos retirados das entrevistas qualitativas Tabela 12.

Tabela 12: Manutenções e condições dos equipamentos de informática. RELATOS DOS COORDENADORES SOBRE MANUTENÇÕES E CONDIÇÕES DOS EQUIPAMENTOS DE INFORMÁTICA “Os computadores estão funcionando, pois são maquinas novas.” “Sim, os computadores estão funcionando portanto internet lenta. Sempre tem manutenção pelo instrutor da subsecretaria.” “Computadores estragados com frequência e a escola por si não consegue conserta-los por falta de verba.” “Apenas parte dos computadores funcionam e quanto a manutenção, a própria escola precisa dar seus pulos. Achamos que o estado precisava nos enviar técnicos pelo menos duas vezes no ano.” “Estão funcionando, salvo dois. As manutenções estão precárias.” “Nenhum dos computadores estão funcionando no momento. Estamos aguardando um técnico da SRE.” Fonte: Próprio autor, 2014.

CONCLUSÃO

Após os estudos realizados, constatou-se que a informática aplicada à educação, é um assunto já bem discutido e trabalhando, não só em Brasil, mas no mundo todo. O governo brasileiro tem investido muito. E em Goiás, não está diferente, com muitos programas de auto nível e bem consistentes, como o PROINFO, juntamente com o NTE. O trabalho envolveu estudos para elaboração de questionários quantitativos, qualitativos, entrevistas e pesquisas. Foram alcançados os objetivos propostos, pode-se conhecer a realidade da informática aplicada à educação, nas escolas de Inhumas e região, que foram pesquisadas. Após a apuração dos resultados obtidos, chegou-se a conclusão que a maioria das escolas públicas de Inhumas e região, tem seus laboratórios de informática, bem estruturado com todos equipamentos de mídias, computadores e equipamentos necessários para serem aplicados à educação, conforme o programa do PROINFO. Porém, tem-se a impressão de que os programas do governo direcionado a informática na educação, não foram aplicados completamente nas escolas das cidades pesquisadas, dar-se a impressão que só importava instalar os laboratórios e pronto. Os professores pedem socorro, os principais problemas encontrados foram, a falta de treinamentos, incentivos e motivações para os professores. Os alunos adoram as aulas que envolvem todos os meios de mídias, mas são poucos que tem essas aulas. Os poucos laboratórios que estão funcionando, logo vão parar por falta de manutenção, já tem laboratório parado por isso, foram encontrados laboratórios intactos, novinhos, instalado a mais de ano, porém não tem pessoas com conhecimento em informática para poder usa-los. A maioria dos professores, coordenadores e profissionais da educação, dessas escolas, acreditam "sim", na importância da informática na educação, porém sem suporte e formação continuada constantemente, eles não conseguirão ensinar nem menos acompanhar os alunos dessas escolas. Ficando na esperança de futuras perspectivas de projetos com IFG.

REFERÊNCIAS

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DAHMER, A. et al. A educação a distância no Unilasalle: um relato de experiência. Diálogo: Centro Universitário La Salle, Canoas, n.6, p. 103-119, jan. 2005. NASCIMENTO, João Kerginaldo Firmino do. Informática aplicada à educação. Brasília, UnB, 2007. Disponível em: Acesso em 14 de set. 2014. NERI, Marcelo. Mapa da Exclusão Digital .Rio de Janeiro : FGV/IBRE, CPS, 2003. BORBA, M.; PENTEADO, M. Informática e educação matemática. Belo Horizonte: Autêntica, 2011. CYSNEIROS, Paulo Gileno. A gestão da Informática na Escola Pública. In: XI Simpósio Brasileiro de Informática na Educação. Maceió - AL: Anais SBIE 2000. PACHECO, Eliezer. Fundamentos da Proposta Político-pedagógica. In:______. Os Institutos Federais uma Revolução na Educação Profissional e Tecnológica. Brasília: Moderna, 2011. p. 14-15. GONÇALVES, Irlen Antônio. Informática e Educação: Um diálogo com a produção intelectual brasileira dos últimos vinte anos. Belo Horizonte, Cefet-MG, 1999.

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