INICIAÇÃO À DOCÊNCIA E DIVERSIDADE: EXPERIÊNCIAS FORMATIVAS DO PIBID NOS ANOS INICIAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA

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INICIAÇÃO À DOCÊNCIA E DIVERSIDADE: EXPERIÊNCIAS FORMATIVAS DO PIBID NOS ANOS INICIAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA

Maria do Socorro da Costa e Almeida Professora Assistente II, Campus I, Salvador/BA – Universidade do Estado da Bahia – UNEB. Membro do GRAFHO (Grupo de Pesquisa Autobiografia, Formação e História Oral). Bolsista PAC/UNEB. E-mail: [email protected]

Eixo 4 – Relação Educação Básica e Universidade: iniciação à docência, pesquisa e extensão.

RESUMO O presente texto aborda as vivências pedagógicas e formativas desenvolvidas por estudantes universitários, Bolsistas de Iniciação à Docência PIBID, do Curso de Licenciatura em Pedagogia do Departamento de Educação I, da Universidade do Estado da Bahia – UNEB, na cidade de Salvador – Bahia – Brasil. Propõe a reflexão sobre as experiências formativas dos participantes de um Subprojeto do PIBID, realizado nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. As contribuições aqui trazidas se embasam em subsídios das abordagens (Auto) biográficas de pesquisa. O recorte debatido neste artigo envolve reflexões sobre os percursos experimentados pelos universitários bolsistas do PIBID, na abordagem e na vivência em diversidade

PALAVRAS-CHAVE: PIBID,

nas atividades realizadas nas classes dos Anos Iniciais. A problematização delineada no texto relaciona diferentes nuances teórico/metodológicas acerca da entrada e da aprendizagem da profissão docente. Contextualiza os sentidos dos processos de formação sobre/para/com o trabalho docente e relaciona as aprendizagens sobre a docência, desde as perspectivas auto e hetero formativas, considerando as evidências sinalizadas pelos sujeitos do PIBID, na interface Escola/Universidade/Comunidade. Vincula a aprendizagem da profissão à escuta das demandas da Escola, considerando-as em suas assimetrias e, também, convergências aos processos autoformativos inerentes à construção da profissionalização de futuros professores, egressos da Licenciatura em Pedagogia.

Diversidade, Formação, Aprendizagem da Docência.

INTRODUÇÃO

O estudo, objeto desta sistematização, tem como preocupação as produções dos sujeitos e suas injunções nos processos de iniciação à docência, assim como, as discussões sobre os elementos e tensões que compõem o trabalho do professor, particularmente, considerando o acervo imaterial de experiências, construído a partir da participação de II COLÓQUIO DOCÊNCIA E DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO BÁSICA: Políticas, práticas e formação 19 -21 DE MAIO DE 2015 ISSN: 2358-0151

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licenciandos bolsistas em um Subprojeto, do Programa Institucional de Iniciação à Docência – PIBID. Sobre o PIBID, vale ressaltar que se constitui em uma das Políticas vigentes de Formação de Professores, no Brasil; voltada para a Educação Básica e implementada pela Capes1 no final da primeira década deste milênio (BRASIL, 2010 e 2013). Trata-se de um empreendimento que articula sujeitos, saberes e práticas desenvolvidas na Universidade e na Escola Básica, com a finalidade de contribuir para formação de mais e melhores professores para o Ensino Fundamental e para o Ensino Médio (BRASIL, 2014). Um dos aspectos que tornam o PIBID singular e atrativo para investigação consiste em seu potencial articulador de uma tríade envolta de muitas contradições, constituída de profissionais de educação que se movem em instâncias e tempos distintos quanto à formação (CATANI, 2001); (CONTRERAS e LARA, 2010), a saber: o bolsista de Iniciação à Docência ou bolsista de ID (licenciando); o bolsista de Supervisão (professor experiente, regente da Escola Básica) e o bolsista Coordenador do Subprojeto de Iniciação à Docência (professor universitário com atuação na Licenciatura). Embora, o foco de suas ações se expresse na iniciação à docência, em longo prazo, no entanto, a expectativa se lança na possibilidade de formação de novos quadros profissionais para Educação Básica, interessados pelo investimento contínuo no desenvolvimento profissional (GATTI e NUNES, 2009). Quanto ao Subprojeto de Iniciação à Docência em destaque neste estudo, ele foi o primeiro a ser desenvolvido em um Curso de Pedagogia da Universidade no Estado da Bahia UNEB, principiando suas ações em 2011, com aliança colaborativa com uma Escola Pública Municipal que atende a estudantes do 1º ao 5º ano. Neste Subprojeto, os participantes, bolsistas de Iniciação à Docência, estudantes do Curso de Pedagogia desenvolvem atividades formativas na Universidade e na Escola, cumprindo uma agenda de atuação e reflexão sobre o trabalho docente, incluindo a apropriação das relações, os perfis de seus agentes e, sobretudo, alguns desafios e possibilidades para conceber novas abordagens e soluções didáticas para a melhoria da aprendizagem escolar (RAMALHO; NUÑES y GAUTHIER, 2003).

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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.

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As reflexões produzidas neste texto são operadas a partir de uma concepção epistemológica fundada, prioritariamente, considerando os subsídios teórico/metodológicos do campo da (Auto)biografia e da História de Vida (DOMINICÉ, 2002 e 2010), DELORYMOMBERGER, 2012), (SOUZA e PASSEGGI, 2008) pois, são confrontadas as narrativas de vida e de formação dos sujeitos do citado Subprojeto, revelando os sentidos elaborados por eles sobre os desafios da docência, especialmente, aqueles que ocorrem no contexto da iniciação profissional. A proposta de trabalho do citado Subprojeto de Iniciação à Docência, do qual deriva os insumos para as reflexões deste texto, se organizada em três Ciclos Formativos, integrados e norteados por estudos suscitados pelas categorias: Colaboração; Mediação e Práxis. E, o recorte aqui tratado se dá, considerando as indagações das estudantes, bolsistas de ID, acerca dos modos de abordar a temática diversidade na Escola. Nas reuniões semanais, ocorridas na Universidade, as quatorze bolsistas de ID trouxeram para a discussão, elementos que ultrapassam o que está explícito na proposta curricular da Escola ou nas falas das professoras, ou ainda, nas verbalizações das crianças. Nessas reuniões, os bolsistas do referido projeto, habitualmente, tratam dos elementos teóricos, metodológicos, relacionais, profissionais, investigativos, pedagógicos, dentre outros, que caracterizam os percursos da aprendizagem da docência, no contexto das dinâmicas e ritos, na Universidade e no contexto da Escola parceira. Assim, neste texto são explicitadas algumas nuances, tensões e descobertas realizadas pelos bolsistas do referido Subprojeto de Iniciação à Docência e, em especial, as injunções evidenciadas na construção de práticas pedagógicas que considerem as polifonias da Escola no tratamento das questões inerentes à diversidade, além de colocar em evidência as sutilezas da formação e da autoformação dos sujeitos que representam as três modalidades de bolsistas, já mencionadas.

BREVES APROXIMAÇÕES SOBRE OS PERCURSOS FORMATIVOS NO PIBID No percurso de aprendizagem da profissão docente, “a paisagem é da ordem do visível, mas, também, do invisível” ((FERRAROTTI, 2014, p. 40). O trabalho do professor II COLÓQUIO DOCÊNCIA E DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO BÁSICA: Políticas, práticas e formação 19 -21 DE MAIO DE 2015 ISSN: 2358-0151

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atravessa a preocupação deste estudo na medida em que a experiência dos bolsistas de ID, nas reuniões de estudo e tematizações, ocorridas na Universidade e no desenvolvimento da prática pedagógica na Escola, ajudam a problematizar a seguinte questão: como se dá a aprendizagem da docência na mediação de um projeto didático, no ensino fundamental? A investigação, portanto, relaciona o explícito e o subjacente, o dito e o silenciado, o negado e o conquistado, o conhecido e o surpreendente, gerando profícuas dualidades complementares; antagonismos construtivos e estruturantes da complexidade do viver a formação, nas dimensões: pessoal e profissional. (SOUZA e MIGNOT, 2008) Com essa questão como norteadora, os bolsistas de ID são orientados a realizar leituras de textos, imagens e filmes com a finalidade de construir um embasamento conceitual para subsidiar a entrada na escola, a observação, a preparação de aulas e o acompanhamento de suas tramas de relações, rotinas, ritos de aprendizagem, estratégias de convivência e de gestão de demandas e sentidos, tecidas a partir/no próprio ambiente escolar. Nos encontros formativos semanais, na Universidade, os bolsistas partilham distintas impressões sobre a realidade da atuação docente, extraídas dos textos e das visitas à escola; mediadas pela professora – bolsista de Supervisão do Subprojeto; assim como, compartilham trechos das revelações das professoras regentes e, das narrativas das crianças e adolescentes, estudantes dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, sobre as vivências construídas na Escola. Assim, no contexto escolar, os bolsistas de ID levantaram as intenções de trabalho didático das professoras das classes acompanhadas pelo citado Subprojeto, destacando os conteúdos curriculares que seriam estudados de maio a outubro de 2014. As bolsistas de ID, também, realizaram observações dirigidas de algumas aulas e fizeram a escuta das narrativas dos estudantes sobre o cotidiano na Escola, suas relações com a professora, com os colegas e com as propostas das aulas, nas quais eles são participantes.

Perfil dos Estudantes da Escola Municipal parceira do Subprojeto - PIBID

Vale destacar alguns aspectos que compõem o perfil dos estudantes da Escola parceira,

pois,

embora

representem

condições

socioeconômicas

heterogêneas,

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autodenominam: ‘populares’ ou oriundos de famílias de ‘baixa renda’. Para caracterizar essa condição de oriundos de comunidade popular, os pais e familiares dos estudantes revelam que são assistidos/contemplados por Programas Sociais, como o ‘Bolsa Família’, e que as condições de suas moradias são muito precárias, localizadas nas circunvizinhanças da própria Escola. Estabelecem relações produtivas por meio de inserção informal no mundo do trabalho com ausência de vínculos formais ou regularidade de modelo de geração de renda. Por outro lado, partilham interesses por bens materiais contemporâneos, como celulares e outras mídias, além de valorizarem a aquisição de dispositivos que garantam a produção de fotos, vídeos e participação em redes sociais. Essas classes regulares de 2º, 3º e 4º anos possuem de 24 a 30 crianças, em média, matriculadas, por sala de aula. Quanto ao gênero, nessas classes, no diurno, há uma maioria quantitativa de meninas. E, embora representem uma multiplicidade étnica no fenótipo, há uma predominância de sujeitos negros e pardos nas classes. Sobre as relações interpessoais, as observações dos bolsistas de ID, indicam que os estudantes operam algumas estratégias colaborativas entre eles, sobretudo, no que diz respeito ao uso partilhado dos materiais. No entanto, o tratamento verbal, multilateral, se evidencia por formas ameaçadoras, hostis ou marcadas pela intimidação, refletindo conteúdos pouco respeitosos ou não inclusivos, com relevante carga de palavras e expressões desqualificadoras para os colegas, muitas vezes, com anuência dos adultos. ‘De como nasceram algumas concepções’ ou ‘Vozes da Escola’: o que emerge das narrativas dos Sujeitos?

Com os elementos obtidos por meio das observações dos bolsistas de ID e pela escuta das ‘Vozes da Escola’, surgiu a necessidade de se tematizar em um Projeto Didático a vivência de valores de autodescoberta e de respeito às diferenças (FREIRE, 1996) com vistas à problematização das ênfases reveladas nas narrativas (FERRAROTTI, 2014) e nas atitudes dos integrantes da comunidade escolar, especialmente, dos estudantes das classes do 2º, 3º e II COLÓQUIO DOCÊNCIA E DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO BÁSICA: Políticas, práticas e formação 19 -21 DE MAIO DE 2015 ISSN: 2358-0151

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4º anos, participantes deste Subprojeto do PIBID, considerando que suas falas foram marcadas, predominantemente, por: - dificuldade de aceitar o outro em sua condição de direitos, de gênero e de raça; - rejeição à condição social de origem do outro; - resistência a se reconhecer no perfil ou na dor do outro; - construção de autoimagem desfavorável; - situações de humilhação relacionadas a episódios de alienação parental; - discriminação estética; - preconceito religioso; - humilhação relacionada ao tipo de moradia; - expressões vexatórias relacionadas ao tipo de calçado, acessório, mochila e outros materiais utilizados pelos colegas; - pouco acolhimento aos menores e mais fracos; - utilização de expressões de intimidação ligadas ao mundo do crime e à marginalidade como forma de isolamento e exclusão dos mais frágeis fisicamente; - constrangimento aos estudantes maiores na classe ou que apresentem dificuldade de acompanhamento do ritmo de aprendizagem dos demais; - ... E aí, se configuram tensionamentos entre iniciação à docência e o tratamento da diversidade na Escola: o que fazer com as significações oriundas das narrativas?

Com a reunião desses elementos derivados de uma complexa rede de sentidos, durante os encontros formativos semanais, emergiram indagações, tais, como: como poderemos sistematizar os valores e conteúdos subjacentes aos aspectos evidenciados? Por que é tão difícil admitir as singularidades e respeitar as diferenças? Como a Escola tem abordado as narrativas sobre diversidade em suas práticas e organização curricular?; dentre outras questões. Provavelmente

essas

indagações

incomodam

os

debates

dos

educadores

contemporâneos, comprometidos com melhores oportunidades e com a construção de uma Escola que recrie a docência e se reinvente, acima de tudo, ‘com o outro’. Por isso, o percurso formativo aqui em discussão compreendeu o exercício de materialização de informações, organizadas pelos participantes, bolsistas do PIBID, em uma rede de concepções (Figura 1.) que podem ser operadas pelo professor em formação, disposto a superar as

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anestesias e indiferenças às temáticas sociais que atravessam os processos didáticos, principalmente, na Escola. Ao problematizar as implicações entre Iniciação; Experiências Formativas; Docência e Diversidade possibilita-se a restauração do debate sobre o aparato epistemológico da aprendizagem da docência, compreendendo seu potencial agregador de práticas sociais apoiadas em pressupostos mais humanistas e hermenêuticos, visando desconstruir crenças segregadoras que alienam o trabalho na Escola (FEIRE, 1996); (IMBERNÓN, 2005). Portanto, empreender reflexões sobre a construção da docência em sua etapa de iniciação pode se constituir em uma oportunidade cidadã e autoral aos bolsistas do PIBID, para restaurar algumas concepções fundantes sobre os desafios da educação escolar, interrompendo o fluxo de reprodução de valores que reforçam a discriminação e intolerância às diferenças. Desse modo, experimentar a construção de redes de significações como a exposta na Figura 1., considerando um coletivo de produções, leituras e inquietações vai deslocar o bolsista de ID e demais participantes do Subprojeto para uma condição de agentes de Investigação/Atuação/Inovação. Essas práticas constituem o percurso de formação, singularizando as experiências de iniciação (LAROSSA, 1995), de modo especial, porque ao pensar em contribuir para a aprendizagem de novos valores pelas crianças e adolescentes se percebe que se delineiam, também, possibilidades concretas de validar os tensionamentos entre os pressupostos aprendidos na Licenciatura, os desafios impostos pela realidade da Escola e as apropriações futuras sobre os modos de compreender a diversidade, impactando na qualidade dos processos de hetero e autoformação dos futuros egressos da Licenciatura em Pedagogia (SOUZA e MIGNOT, 2008). Assim, a Figura 1. se denomina: “Unindo pontas”, tendo em vista que o desafio se dá na reunião autoral de distintos saberes que podem ampliar a perspectiva sobre os sistemas de significações operados na Escola e na Universidade, de maneira a qualificá-los, tendo os sujeitos como seus legítimos agentes e intérpretes.

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Figura 1. UNINDO PONTAS, da iniciação à docência aos diálogos sobre diversidade: algumas concepções que emergem dos Encontros Formativos 2 INICIAÇÃO Envolve o principiar, a atitude favorável ao risco, ao desvelar, desvendar, passar por experiências novas ou ritualísticas. Pressupõe imersão e consciência de uma modificação imanente ou um diálogo profícuo entre o conhecido e o devir. Traduz oportunidades de releituras e reinvenções sobre si e sobre a realidade. Aproxima o conhecido do desconhecido. É processo de dor e prazer nos percursos de descobertas, pois, ativa memórias e relaciona emergências até, então, desconhecidas.

EXPERIÊNCIAS FORMATIVAS Considera o investimento intencional na aprendizagem sobre a docência e nas marcas e movimentos inerentes aos percursos pessoais de leituras, relações e aprendizagens sobre a profissão docente. Abrange aproximações entre sujeitos, teorias e realidades, atravessados pelas injunções dos percursos de apropriação e interpretação sobre o que já se sabe e o que se pretende saber acerca da profissão de professor.

DOCÊNCIA: Processo de exercício da profissão de professor, envolve iniciação, expansão, desenvolvimento, pesquisa, aperfeiçoamento, mudança e permanência no contexto de exploração e vivência das práticas pedagógicas. Revela subjetividades e materialidades nos percursos da constituição do sujeito como profissional de educação, pressupondo intimidade com o locus: sala de aula, seus sujeitos e relações. E, na perspectiva crítica, a docência se constitui a partir do diálogo com a discência (FREIRE, 1996), em interação, tensões e descobertas com os sujeitos das relações delineadas a partir da escola.

DIVERSIDADE: Compreende os valores e interrelações: pessoais, culturais, políticas, linguísticas e interétnicas que articulam condições para a transposição de fronteiras, restaurando singularidades em dinâmicas dialógicas. Tem como pressuposto que cada um carrega um pouco do ‘outro’ em si, contudo, não se confunde e não se torna este ‘outro’, pois, é nesta diferença (MCLAREN, 1997 e 2000), que nascem as possibilidades de crescimento, tensões, superações e, sobretudo, respeito. Experimentando a alteridade pressupõe-se a condição de se reconhecer no ‘outro’, se anulá-lo, fortalecendo-se por meio das singularidades emergentes, plásticas e constitutivas do vir a ser, no contexto de práticas sociais não lineares. 2

Sistematização construída no âmbito do Subprojeto X, desenvolvido no Curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade do Estado da Bahia, Campus I, em 2014. 2. Fonte: Acervo da Autora.

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RELAÇÕES ENTRE A ESCOLA E OS PROCESSOS DE APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA: cenas do percurso formativo de Vivência em Diversidade A escuta das narrativas dos sujeitos da Escola possibilitou reflexões e organização de redes de sentidos (Figura 1.) acerca das emergências que articulam a aprendizagem da profissão docente, a partir da experiência no PIBID frente aos desafios de revisitar as próprias concepções elaboradas pelos integrantes do Subprojeto, sobre: o mundo, a docência, a escolarização ou, ainda, ampliar a compreensão sobre as abordagens acerca da diversidade (MCLAREN, 2000).

E, considerando, também, as narrativas (FERRAROTTI, 2014) esboçadas pelos próprios licenciandos, bolsistas de ID, sobre a existência de um sentimento de impotência didática ou de pouca segurança para gerenciar os tensionamentos entre os percursos formativos da docência e as necessárias vivências em Diversidade, optou-se por acolher a proposição de grupo: promover a elaboração de um Projeto Didático, com ênfase em aprendizagens sobre a citada temática, pois, as carências percebidas nas crianças respingavam, também, nos próprios licenciandos. Por conseguinte, vale destacar que a aprendizagem da docência na mediação de um projeto didático, no ensino fundamental, pode ser muito promissora, todavia, requer uma avaliação contínua do processo, pois, os sujeitos não podem esperar uma fórmula, e sim, modos distintos de apreender a realidade, atuar sobre ela para conhecer a si mesmos, explorar suas nuances e tornar o ‘fazer docente uma possibilidade’ constante de recriação. Desse modo, as bolsistas de ID foram desafiadas a pesquisar insumos e subsídios para construir um “Circuito de Práticas” para vivências em Diversidade. Merece realce que durante as reuniões de estudo e de preparação de materiais, os participantes indagavam: Por que tratar a diversidade na Escola? Como abordar a diversidade em um Projeto Didático, propiciando situações de aprendizagem contextualizadas? O que clama a Escola? A quem interessa abordar Diversidade na Escola? (MCLAREN, 1997 e 2000) Assim, em meio a tensões, reunião de estudos, crises e discussões foram construídas e implementadas as sequências didáticas que compõem o Projeto: “Ser Diferente é Normal!”.

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Conjunto de Fotos 1 - Projeto: “Ser Diferente é Normal!”: Vivências de Práticas em Diversidade

Fonte: Acervo de pesquisa da autora deste texto.

No desenvolvimento do Projeto: “Ser Diferente é Normal!” (Conjunto de Fotos 1.) a relação entre iniciação à docência e a abordagem sobre diversidade se articularam em três dimensões, tomando a aprendizagem em sua centralidade, a saber: aprendizagem sobre si, aprendizagem sobre a profissão e aprendizagem sobre diversidade. Na articulação entre essas três perspectivas de aprender, os sujeitos do Subprojeto foram mobilizados em suas crenças e certezas, desconstruindo mitos e produzindo novas inferências; dessa forma, validando outras lentes para a leitura da realidade da Escola, com experiências distintas que levam a apostar em cada um, como sujeito aprendente, singular, capaz de reinventar relações, criar novos elos, desconstruir barreiras físicas e imateriais, aproximar propósitos e, sobretudo, relacionar oportunidades de crescimento compartilhado, como pessoa, profissional e cidadão. II COLÓQUIO DOCÊNCIA E DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO BÁSICA: Políticas, práticas e formação 19 -21 DE MAIO DE 2015 ISSN: 2358-0151

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Portanto, os percursos formativos no PIBID partem do pressuposto que todos os sujeitos são passíveis de aprendizagem, logo, são passíveis de experimentar os papéis de aprendizes e de formadores, assim como, serem enriquecidos em suas experiências partilhadas, dentro e fora da Escola. Figura 2. Sobre o Projeto: “Ser Diferente é Normal!”: algumas características Sujeitos

Estudantes do 2º, 3º e 4º anos de uma Escola Municipal de Salvador.

Elaboradores

Equipe de um Subprojeto de Pedagogia da UNEB, Salvador-BA.

Orientadores

Professoras: bolsista de Coordenação de Área e bolsista de Supervisão

Responsáveis execução:

Aprendizagens partilhadas

Eixos Explorados

Tensões

pela Bolsistas de ID, professora bolsista de Supervisão e demais integrantes da Equipe do Subprojeto. Bolsistas de ID: Estudo, apropriação e elaboração de concepções e práticas pedagógicas que articulam o trabalho do docente às vivencias em diversidade. Aprendizagem sobre a docência concomitante à investigação sobre as demandas da Escola e a construção de novos dispositivos de formação e autoformação profissional. Bolsista Coordenadora de Área: Criação e desenvolvimento de percursos criativos e investigativos de formação de professores em iniciação. Mediação de debates de base epistemológica sobre a aprendizagem contemporânea da docência. Bolsista de Supervisão: Ressignificação do lugar de docente da Educação Básica com a ampliação de seu papel com investigadora e professora experiente que se movimenta nas produções que ocorrem na interface Universidade Escola, sobretudo, orientando, os bolsistas de ID. Estações do conhecimento: “Eu”; ‘Você” e “Nós”, desenvolvida por meio de em um Circuito de Práticas de Vivência em Diversidade. Traduziram-se pela insegurança no tratamento de novas concepções, conceitos e práticas, assim como, na organização das etapas de estudo e produção da culminância vivencial, com o circuito de Práticas em Diversidade. Além, de situações de fragilidade nas relações de autonomia para: estudo e gerenciamento de diferenças de interesses, distribuição de tarefas, uso racional do tempo e, em especial, um desafio muito próximo daquele enfrentado na Escola: respeitar as diferenças e aprender a produzir colaborativamente. Quanto à participação das crianças: houve total adesão e entusiasmo. Trabalharam juntos, construíram regras e refletiram sobre respeito às diferenças. Quanto ao engajamento e condução do trabalho pedagógico pelas

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Avaliação

Proposições

bolsistas de ID: revelou-se a capacidade resiliente do grupo de usar suas diferenças, para, na ‘reta final’, produzir um bom trabalho, articulado, inovador e esteticamente atraente. Quanto à atuação da Bolsista Supervisora: totalmente implicada, criativa, responsável e proativa, resolvendo questões pedagógicas, administrativas e afins, como: seleção, compra e produção de materiais. Além de sensibilizar a Escola para o bom acolhimento das bolsistas de ID e da temática, criando clima favorável, imprescindível para as aprendizagens da equipe. Quanto à atuação da Bolsista Coordenadora do Subprojeto: organizada, fundamentada, muito disponível para o enriquecimento da gestão das aprendizagens por meio da realização do empreendimento: Projeto Didático. Oferece segurança ao grupo por sua liderança humanizada e rigorosa. Desenvolve uma ‘boa escuta’ das sugestões e torna a avaliações um processo de autoconhecimento e revisão de rotas para os participantes do Subprojeto, sobretudo, para aqueles que evidenciam resistência inicial em trabalhar com rigor e com implicação colaborativa. Quanto à forma: aperfeiçoar a proposta, construindo um Circuito Vivencial em Diversidade, envolvendo ações para/com os professores e para/com os pais. Quanto ao aporte teórico: ampliar e atualizar a discussão, superando os pressupostos hegemônicos de uma ética normativa, buscando os subsídios freireanos que pressupõe o empoderamento sociopolitico e o multiculturalismo que considera: ‘diferença como força e poder’. Quanto à distribuição de responsabilidades: descentralizar mais as tarefas para que a coordenação tenha mais tempo para a gestão prospectiva.

Ao problematizar

o

conteúdo da indagação:

“quais

as

implicações

do

desenvolvimento de um Projeto Didático sobre Diversidade no âmbito da formação inicial de professores, dentro de um Subprojeto do PIBID?”, considera-se as inferências reveladas na observação do processo de planejamento, organização e realização de cada etapa; as narrativas verbais dos participantes e os textos dos relatórios do Subprojeto, no período dessas atividades. Ao participarem das três Estações do Conhecimento, denominadas: “Eu”; ‘Você” e “Nós”; desenvolvidas no Circuito de Práticas de Vivência em Diversidade, do Projeto caracterizado na Figura 2., os estudantes da Escola parceira, assim como, as bolsistas de ID que atuaram como mediadoras dos processos de aprendizagem (Conjunto de Fotos 1.), operaram, considerando dispositivos cognitivos, afetivos, sociais, motores e culturais na II COLÓQUIO DOCÊNCIA E DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO BÁSICA: Políticas, práticas e formação 19 -21 DE MAIO DE 2015 ISSN: 2358-0151

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gestão implicada do conhecimento, propiciada por situações didáticas desafiadoras propostas ao longo das vivências. As atividades desenvolvidas em cada estação foram planejadas para que em uma sequência cada participante pudesse entrar em contato, primeiro, consigo mesmo, ativando seus sentidos em experimentações, nas quais, de olhos vendados, faziam exploração de cheiros, texturas e temperaturas. Em outras atividades, os meninos e meninas foram colocados de forma coercitiva em contato com outros colegas, em situações como na dinâmica denominada: “Nó humano”. E, nas práticas da Estação: “Nós”, os estudantes foram levados a interagir uns aos outros e, também, a serem tocados e ajudados, com aproximação corporal e exercício da escuta, além da necessária experimentação da confiança, para que de forma interdependente cumprissem as tarefa. Assim, trabalhando juntos e produzindo soluções compartilhadas, vivenciaram relações mais virtuosas, nas quais, ‘o outro’ torna-se um necessário aliado, ao contrário do tratamento recorrente dado aos colegas e observados pelas bolsistas de ID, fator determinante para a proposição do Projeto (Figura 2.), em questão. Desse modo, alguns relatos dos bolsistas de ID desvelaram o surgimento de maior entusiasmo e motivação para pensar sobre o ‘que pode a sala de aula...’. Certas narrativas realizadas no dia da culminância do Projeto (Conjunto de Fotos 1. e Figura 2.), ressignificaram os conteúdos estudados no decorrer da elaboração do empreendimento (Figura 2.) e deslocaram a questão: “Por que abordar diversidade na sala de aula?” para um cenário de demandas e possibilidades que convergem para uma teia de novas compreensões sobre si e sobre a iniciação à profissão docente (Figura 1.), considerando, com relevância, a partir desta experiência, as perspectivas dos estudantes do Ensino Fundamental na produção de sentidos atribuídos às dinâmicas, discursos, relações e ritos ocorridos na Escola, que muitas vezes, são invisibilizados aos olhares menos apurados. Por outro lado, o desenvolvimento das etapas articuladas do Projeto (Figura 2.) possibilitou a emergência da necessidade de estudo e aprofundamento sobre outras categorias que atravessam a discussão, como, por exemplo, a alteridade, tendo em vista que os estudantes participantes da proposta expressaram em suas narrativas que “para alguém nós somos ‘os outros’”. II COLÓQUIO DOCÊNCIA E DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO BÁSICA: Políticas, práticas e formação 19 -21 DE MAIO DE 2015 ISSN: 2358-0151

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Portanto, nesta perspectiva, um dos pontos-chave do trabalho aqui em debate consiste em reconhecer o potencial de ampliação contínua de possibilidades de aprendizagem da profissão docente, destacando as nuances da iniciação, ao tempo que pode aproveitar as interconexões dialógicas oriundas das trocas qualificadas e intencionais com professores mais experientes e, principalmente, com os saberes do quais a comunidade escolar é portavoz. CONSIDERAÇÕES CRÍTICAS

Estudar a experiência de iniciação à docência numa perspectiva de compreensão de percursos formativos possibilita a assunção do desafio de atingir cada sujeito ao “...reativar a experiência vivida por dentro” (FERRAROTTI, p.36, 2014). Aprimorar essa experiência é um dos desafios do PIBID e, mais destacadamente, neste recorte de pesquisa, ativar os movimentos para a interpretação e vivência da diversidade na Escola e para além do contexto escolar. O PIBID, ao se constituir como política de formação: ‘locus’ de aprendizagem da docência, na qual os sujeitos são “elaboradores de estruturas de sentidos, depositários de um destino...” (FERRAROTTI, p. 41, 2014), passa a articular experiências de iniciação ao desenvolvimento pessoal, bom como, ao conhecimento acerca da profissão e à busca das complementariedades que produzem a autoformação. Desse modo, vale destacar como conquistas decorrentes da concepção e implementação do Projeto Didático (Figura 2.), aprendizagens multidimensionais de conceitos, sentidos e atitudes, propiciando a emergência de novas significações sobre as condições de iniciação à vida profissional do professor. Outro aspecto positivo evidenciado, se refere ao fomento do ‘gostar da profissão’, superando os vitimismos e a tendência à paralisia frente ao discurso sobre a precarização das condições para realização do trabalho docente. Todavia, faz-se necessário ressaltar que investir na profissionalização do professor para a realização da gestão dos processos de ensino/aprendizagem, implica não ignorar as condições materiais e simbólicas adversas encontradas na Escola, assim como, as armadilhas e silenciamentos impostos pelos currículos hegemônicos normativos, sexistas e excludentes, II COLÓQUIO DOCÊNCIA E DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO BÁSICA: Políticas, práticas e formação 19 -21 DE MAIO DE 2015 ISSN: 2358-0151

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predominante vivenciado nas Licenciaturas e, algum grau, também, na Escola (MCLAREN, 1997 e 2000).

Embora, envolvidos por essa rede de contradições, a participação dos bolsistas do PIBID nos estudos e em todas as etapas do Projeto (Figura 2.) os facultou, como seus sujeitos, um visível amadurecimento no tratamento de questões e concepções relacionadas à formação pessoal e ao desenvolvimento profissional, nas fronteiras estabelecidas entre a Universidade e a Escola, respaldando a elaboração de novas incursões investigativas e parcerias; tencionando operar com as concepções a partir da articulação entre as manifestações que envolvem sentir/refletir/transformar. Ao ocupar a Escola, portanto, provoca-se a desequilibração da legitimidade do que se estuda canonicamente na Universidade. E, ao se penetrar nas tessituras do currículo das Licenciaturas capilarizam-se: ideias, visões, procedimentos e dispositivos que podem provocar mudanças multilaterais em ambos os contextos: Escola e Universidade, alinhando seus sujeitos em simetrias mutáveis e itinerantes, voltadas para os interesses dos coletivos, porém, respeitando as vozes e as histórias singulares de cada um que dialoga com a construção dos alicerces para profissionalidade docente. REFERÊNCIAS

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