Integrando Saberes: Reflexões sobre a Gestão Democrática

September 17, 2017 | Autor: A. Schwertner | Categoria: Gestão Democrática, Estudo De Caso, Gestão Escolar, TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO
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II Semana da Matemática da UTFPR – Toledo Matemática em foco: integrando saberes, compartilhando experiências Toledo, 06 a 10 de outubro de 2014

INTEGRANDO SABERES: REFLEXÕES SOBRE A GESTÃO DEMOCRÁTICA

Clenir Fernanda Alba1 Universidade Tecnológica Federal do Paraná [email protected] Anderson Ervino Schwertner2 Universidade do Minho (Portugal) [email protected] Cezar Ricardo de Freitas3 Universidade Tecnológica Federal do Paraná [email protected]

INTRODUÇÃO A gestão da educação, seja ela desenvolvida na escola ou no sistema municipal de ensino, implica em refletir sobre as políticas de educação. Isto porque há uma ligação muito forte entre elas, pois “a gestão transforma metas e objetivos educacionais em ações, dando concretude às direções traçadas pelas políticas” (BORDIGNON; GRACINDO, 2004, p 147). Neste sentido devemos compreender quais são os mecanismos de gestão da escola, bem como, qual a concepção de gestão existente na escola: a defesa dos procedimentos Administrativos, seguindo método e os princípios da empresa capitalista ou a compreensão de que os problemas educacionais não se confundem com os problemas das empresas, “[...] uma vez que são instituições com natureza diferentes”. Dita de outra forma, a gestão da escola segue as Teorias da Administração ou os princípios da Gestão Democrática? Na tentativa de buscar elementos para responder essa questão, buscaremos analisar os procedimentos que foram realizados em uma escola pública da rede municipal de ensino de Toledo. A atividade teve três momentos: 1) Participação em uma reunião de conselho de Aluna do curso de Licenciatura em Matemática da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Câmpus Toledo. 2 Aluno do curso de Licenciatura em Matemática da Universidade do Minho. Bolsista do Programa de Licenciaturas Internacionais da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (PLICAPES). 3 Professor Mestre em Educação do curso de Licenciatura em Matemática da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Câmpus Toledo. 1

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classe; 2) Entrevista com o Diretor da escola; 3) Análise da concepção de escola do Projeto Político Pedagógico da escola. A compreensão dessa questão contribui, entre outras coisas, para a formação de um professor para além do técnico, mas um sujeito que compreende a escola como espaço coletivo de trabalho, que precisa da participação de todos os segmentos (alunos, pais, técnicos administrativos, professores) inclusive como uma forma de se identificar e valorizar o trabalho da escola. Segundo o Boletim da Sociedade Brasileira de Educação Matemática (SBEM), temas próprios da docência (como desenvolvimento curricular; planejamento; organização de tempo e espaço; gestão, entre outras) ganham espaço nas aulas das mais diversas disciplinas tratando de modo integrado os diversos conteúdos que compõem o curso de licenciatura em Matemática (SBEM, 2013, p. 12). O presente artigo foi desenvolvido no intuito de realizar uma análise das propostas curriculares da instituição, buscando analisar se sua utilização como ferramenta para o ensino é apresentada como uma teoria administrativa ou como uma gestão democrática. Optamos por participar da reunião de conselho de classe, em uma escola da rede municipal de ensino de Toledo. Fundada no fim da década de 1950, a escola possui cerca de 369 alunos matriculados e um corpo docente de 35 professores. A estrutura física da escola conta com 14 salas de aula, laboratórios de informática e de ciências, sala multidisciplinar, ginásio de esportes e demais dependências como sala da direção, secretaria, entre outras. Nesta instituição de ensino, o conselho de classe constitui-se de duas etapas: o préconselho e o conselho. Como metodologia de trabalho, adotamos a descrição do processo com base em observações realizadas, e a análise individual de cada etapa. A estrutura adotada pela escola para a realização dos conselhos de classe é composta basicamente de duas etapas, o pré-conselho e o conselho, porém podemos ampliar esta estrutura, abrangendo então os processos: pré-conselho, informatização inicial, conselho, informatização final, promoção de ações e arquivamento.

1. Pré-Conselho Consistiu de uma reunião privada entre a coordenação, o professor regente de cada uma das turmas e os professores de Artes e Educação Física, a qual dura cerca de duas horas e meia, porém que pode prolongar-se por até quatro horas. O pré-conselho de cada

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uma das turmas ocorreu em dias diferentes, consistindo de uma análise geral onde foram considerados os aspectos positivos e negativos, e logo após, foi realizada uma análise individual de cada aluno da classe, levando em consideração sua performance em sala de aula,

desenvolvimento,

dificuldades

de

aprendizado,

convivência,

e

demais

particulariedades. No caso dos alunos inclusos, além das observações habituais, foram discutidas diversas situações, promovendo também a discussão sobre o que pode ser melhorado e como isto pode ocorrer. Já no caso dos que apresentam maiores dificuldades, ao final das análises individuais, o professor regente disponiblizou para a coordenação seus cadernos de produção textual e suas provas, de modo a fornecer material para a coordenação realizar suas próprias observações. Os argumentos dos professores foram sintetizados e transcritos pela coordenação.

2. Informatização Inicial As observações dos professores, uma vez transcritas pela coordenação, foram informatizadas e organizadas em forma de tabelas, separadas por turmas e professor responsável. Este processo secundário está a cargo da coordenação da escola.

3. Conselho Tratou-se de uma reunião composta por professores, coordenadores e a direção, com duração média de 2 à 4 horas. Iniciou-se com uma mensagem de reflexão e um pequeno debate sobre a mensagem, logo após foram repassados os recados e demais informações pertinentes ao início do próximo bimestre letivo. Em seguida, os professores regentes de cada uma das turmas da escola analisaram as transcrições da coordenação, fazendo as observações necessárias e corrigindo eventuais erros. Os trabalhos foram orientados pela coordenação e a direção supervisionou o andamento das discussões, realizando apontamentos, quando necessário.

4. Informatização Final Ao findar o conselho, a coordenação recolheu as tabelas e realizou a sua correção, considerando as observações realizadas pelo corpo docente.

5. Promoção das ações

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Com base nas transcrições finais, foram realizadas reuniões com os pais (gerais ou individualmente) e, para os casos que necessitam de maior atenção, como alunos com déficit de atenção. Os pais foram avisados e orientados a encaminhar seus filhos para profissionais que possam auxiliá-los com suas dificuldades. Nestes casos, tanto o corpo docente, quanto a coordenação, passam a acompanhar proximamente o aluno e a realizar apontamentos. 6. Arquivamento Uma vez orientada a promoção de ações, todas as atas e observações de turma foram arquivadas para posterior consulta e documentação. 7. Aspectos Didáticos Ao analisarmos didaticamente a escola, notou-se a inserção da Teoria Empírico Ativista4, no que tange a utilização de diversos materiais manipuláveis, como massa de modelar e jogos educativos, como uma forma de instigar a construção do conhecimento pelo educando. Ressaltou-se também o fato da escola dispor de uma sala específica para a utilização destes materiais, denominada Sala Multifuncional, onde não somente os alunos da instituição podem utilizar os materiais ali presentes, mas também crianças da comunidade. Acerca de sua visão sobre o desenvolvimento cognitivo humano, revelou-se ligada ao interacionismo do Modelo Piagetiano, a qual pode-se notar em diversos aspectos, a busca por conhecer a realidade cognitiva de cada aluno, dispondo por exemplo, do estudo e utilização de um Kit de Provas Piagetianas. UMA

ANÁLISE

DA

GESTÃO

DA

ESCOLA

A

PARTIR

DAS

TEORIAS

DA

ADMINISTRAÇÃO

A Teoria Empírico – Ativista trás a pedagogia como negação da escola tradicional. Na pedagogia nova o professor deixa de ser o elemento fundamental do ensino. Torna-se orientador da aprendizagem e aluno centro da aprendizagem. Para Carl Roger (1952), a educação centrada no sujeito significa aprendizagem centrada no aluno. Os ambientes de ensino e de aprendizagem devem ser estimulantes e incentivadores à realização de jogos e experimentos com materiais manipuláveis. Esta tendência não rompe com a concepção idealista do conhecimento, pois para os empíricoativistas, o conhecimento matemático é obtido por descobertas. BRUM, M. A. Tendência Pedagógica na Educação Matemática Escolar: Segundo Estudos de Fiorentin. Disponível em: . Acesso em: 29 Set. 2014. 4

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Kuenzer (1984), destaca que Jules Henri Fayol (1841-1925) lançou as bases da sistematização da divisão do trabalho, das funções de planejamento, supervisão funcional e execução, assim como teve destaque em sua obra o papel da hierarquia e a afirmação de que entre capitalistas e operários há um objetivo comum: o lucro. Com base nesta visão, a escola é vista como uma empresa e não como uma instituição baseada em uma gestão democrática. Na escola analisada percebeu-se esta ideia, pois: 

Cada servidor ou funcionário possui suas atribuições próprias definidas. A alienação do processo educacional5, se comparado ao processo produtivo, causa igualmente a desumanização do indivíduo e pode gerar diversos conflitos entre os segmentos.



Apresenta uma hierarquia bem definida (Diretor, coordenador, secretário, ...).



O docente é visto como um operário e, portanto, está submetido às ordens autoritárias do diretor, demonstrando que a função administrativa tem precedência sobre a pedagógica. Neste âmbito, convêm citar que nas reuniões realizadas pela administração da

escola, há certa flexibilidade em sua pauta, além do estímulo a constante interação, reflexão e troca de experiências entre os docentes. Nota-se também, que buscam compreender as necessidades de cada docente e turma, revelando assim a preocupação com o objetivo de seu trabalho, o ensino.

ANÁLISE DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO Fundamentados no texto “Projeto Político-Pedagógico da Escola – Fundamentos para a sua realização” de Moacir Gadotti (2004), realizamos a seguinte análise. Com base em nossas observações, não soubemos concluir se o Projeto PolíticoPedagógico – PPP - é visto somente como um plano, ou trata-se efetivamente de um projeto. Tal situação se dá pela inconstância das informações prestadas durante a entrevista e pela falsa ideia que nos foi passada acerca da escola e de sua gestão, quando comparadas a real situação observada no estágio ali realizado. O conceito de alienação é assumido aqui no sentido de “estranhamento”. O sujeito não se reconhece no processo de trabalho e também não reconhece seus semelhantes como coletivo: “[...] o trabalho é exterior ao trabalhador, quer dizer, não pertence à sua natureza; portanto, ele não se afirma no trabalho, mas nega-se a si mesmo, não se sente bem, mas infeliz, não desenvolve livremente as energias físicas e mentais, mas esgota-se fisicamente e arruína o espírito” (MARX, K. O trabalho alienado. In: MARX, K. Manuscritos econômico-filosóficos. Trad. de Artur Morão. Lisboa: Edições 70, 1963, p. 162). 5

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Gadotti (2004, p. 34) afirma que “ao se eleger um diretor de escola, o que se está elegendo é um projeto para a escola”, no caso da escola analisada, assim como nos demais escolas do município de Toledo, o diretor não é eleito, mas sim escolhido pela gestão municipal. Nota-se com clareza, que do mesmo modo que se dá a inserção autoritária do novo diretor, o mesmo com relação à gestão da escola, monopoliza a função deliberativa e aplica pequenas doses homeopáticas da mesma aos demais segmentos da escola conforme seu apreço ou necessidade. Apesar de não possuir uma gestão democrática, a escola visa formar cidadãos, porém não dá o exemplo, resumindo a cidadania e a democracia ao ensino teórico delas. Vê-se a preocupação do corpo docente e do gestor, em melhorar constantemente o ensino ao verificar alguns indicadores, tais como o IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), o qual nos informa que a taxa de crescimento do índice foi de 14% (2011) entre as duas últimas avaliações e o atual valor atingido pela escola é de 7.4 pontos (2011), muito acima da média nacional, que é de apenas 5.0 pontos (2011). Cabe perguntar, em que medida o IDEB revela uma formação democrática-cidadã?

ANÁLISE DO CONSELHO DE ESCOLA Baseados no texto “Conselhos de Escola – Coletivos instituintes da Escola Cidadã”, de Ângela Antunes Ciseki e José Eustáquio Romão, buscamos analisar o conselho escolar ali instituído. Segundo os autores, conselho escolar é “um colegiado formado por pais, alunos, professores, diretor, pessoal administrativo e operacional para gerir coletivamente a escola” (p. 66).

Porém observa-se que na escola analisada, tal fato não ocorre, pois somente

professores, a direção e a coordenação participam efetivamente de sua realização, sendo a participação da comunidade restrita a certas ocasiões. Tomando-se os pressupostos da gestão democrática, nota-se que: 

A Secretaria Municipal de Educação promove a capacitação docente e dos demais segmentos da escola. A instituição de ensino colabora com estas práticas, dispensando-os nos dias de curso.



O caráter consultivo do conselho estende-se somente aos professores e esta classe frequentemente possui direito deliberativo sobre assuntos de menor importância, porém as decisões estão centralizadas nas mãos da direção e coordenação

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pedagógica. O restante da comunidade escolar é somente comunicada das decisões tomadas no âmbito da direção. 

Quanto à transparência fiscal e agilização das informações, nota-se que ocorre o acesso de toda a comunidade a tais informações.



Observou-se que o conselho escolar é essencialmente consultivo, sendo o processo deliberativo confiado a direção, coordenação e por vezes, atribui-se tal função aos docentes, como no caso da revisão do Projeto Político-Administrativo-Pedagógico, que ocorre uma vez ao ano.



O conselho reúne-se bimestralmente no intuito de avaliar as necessidades surgidas na prática escolar, tanto de professores quanto de alunos.



Quanto a sua composição, não há paridade nem proporcionalidade dos membros. Participam do conselho escolar a direção, a coordenação e o corpo docente, não havendo representatividade dos pais ou alunos.



Não há eleição dos membros que irão compor o conselho escolar, todo o corpo docente é convocado.



Nesta escola, a função da APM (Associação de Pais e Mestres) é gerir o lucro dos eventos realizados, não possuindo outra atribuição. Pode-se concluir então, que este estabelecimento de ensino não possui uma gestão

democrática, mas sim centralizada nas mãos da direção e coordenação. Nesse sentido, entendemos que o conselho de classe não deve ser uma instância que tem como função reunir-se ao final de cada bimestre ou do ano letivo para definir a aprovação ou reprovação de alunos, mas deve atuar em espaço de avaliação permanente, que tenha como objetivo avaliar o trabalho pedagógico e as atividades da escola. Não obstante isso, a avaliação não avalia apenas o aluno, avalia também o sistema educativo globalmente, a gestão escolar, o professor e os procedimentos de ensino e aprendizagem (SBEM, 2013, p. 40). Nessa ótica, é fundamental que se reveja a atual estrutura dessa instância, rediscutindo sua função, sua natureza e seu papel na unidade escolar. O Projeto Político Pedagógico não é garantia de democratização, mas instrumentos para o exercício democrático. As eleições escolares, para diferentes cargos devem ser canais de participação e de aprendizado político da gestão democrática, compreendida como construção de cidadania, de luta política, que não se circunscreve aos limites da prática educativa, mas vislumbra a transformação das relações sociais autoritárias da sociedade. Podendo ser caracterizada como uma postura teórico-metodológica, a gestão

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democrática requer do professor um posicionamento diferenciado e o desenvolvimento de questionamento ante a certas concepções pedagógicas historicamente difundidas no fazer cotidiano da escola e à própria concepção que se tem do ato de conhecer. Do esforço consciente de decisão, compromisso e ação depende a ocorrência de situações favoráveis à plena realização do indivíduo, professor, coordenador ou aluno, pela força das relações interpessoais. Tais fatores ofereceriam resultados positivos quanto um ensino de matemática aliado a construção do saber.

REFERÊNCIAS BRUM, M. A. Tendência Pedagógica na Educação Matemática Escolar: Segundo Estudos de Fiorentin. III EIEMAT, 2012. Disponível em: . Acesso em: 29 Set. 2014. CISEKI, Â. A.; ROMÃO, J. E. Conselhos de escola: coletivos instituintes da escola cidadã. In: GADOTTI, M.; ROMÃO, J. E. Autonomia da escola: princípios e propostas. São Paulo: Cortez, 2004. GADOTTI, M. Projeto Político Pedagógico da para sua realização. In: GADOTTI, M.; ROMÃO, escola: princípios e propostas. São Paulo: Cortez, 2004. IDEB - Índice de Desenvolvimento da Educação . Acesso em: 30 Set. 2014.

Escola: fundamentos J. E. Autonomia da

Básica.

Disponível

em:

KUENZER, A. Z. Teoria da Adminstração educacional: ciência e ideologia. Cadernos de Pesquisa. São Paulo, Fev. 1984. MARX, K. O trabalho alienado. In: MARX, K. Manuscritos econômico-filosóficos. Trad. de Artur Morão. Lisboa: Edições 70, 1963, p. 162. NEVES, R. da S. P., et al. A Formação do Professor de Matemática no Curso de Licenciatura: Reflexões Produzidas pela Comissão Paritária SBM/SBEM. Boletim da Sociedade Brasileira de Educação Matemática, n.21, Fev. 2013. OLIVEIRA, J. F.; MORAES, K. N.; OLIVEIRA, J. F.; DOURADO, L. F. Gestão Escolar Democrática: definições, princípios e mecanismos de implementação. UFG, 2012. Disponível em: . Acesso em: 18 Set. 2014.

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