Macroinvertebrados aquáticos de rios e riachos da Encosta do Planalto, na região central do estado do Rio Grande do Sul (Brasil)

July 18, 2017 | Autor: Bruna Braun | Categoria: Benthic macroinvertebrates, Rio Grande do Sul, Streams
Share Embed


Descrição do Produto

Artigo Original

DOI:10.5902/2179460X12949

Ciência e Natura, Santa Maria, v. 36 Ed. Especial II, 2014, p. 627-651 Revista do Centro de Ciências Naturais e Exatas - UFSM ISSN impressa: 0100-8307 ISSN on-line: 2179-460X

Macroinvertebrados aquáticos de rios e riachos da Encosta do Planalto, na região central do estado do Rio Grande do Sul (Brasil) Aquatic macroinvertebrates of rivers and streams from the Encosta do Planalto, in central region of the Rio Grande do Sul State (Brazil) Carla Bender Kotzian*1, Alcemar Rodrigues Martello2, Luciani Figueiredo Santin1, Bruna Marmitt Braun1, Mateus Marques Pires3, Elisangela Secretti1, Rosemary Souza Davansoa1 e Andrea Batalla Salavarrey1

1

Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil. 2 Universidade do Norte do Paraná, Londrina, Brasil. 3 Universidade Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo, Brasil.

Resumo A Encosta do Planalto, na região central do estado do Rio Grande do Sul, é uma área ainda bem preservada, pois sua declividade dificulta conversões no uso da terra. Contudo, a integridade ambiental de seus rios tem sido ameaçada por diversas atividades humanas, como barramentos. Com o intuito de contribuir para futuros programas de conservação do estado, este estudo apresenta uma revisão sobre os macroinvertebrados aquáticos que ocorrem nos rios e riachos na Encosta do Planalto. O levantamento foi realizado com base em dados de artigos, livros e também de dissertações e teses cujos espécimes encontram-se depositados na Coleção de Macroinverterbados Aquáticos, da UFSM. Ao todo, 355 táxons foram encontrados. A ocorrência de comunidades diversas e abundantes de Ephemeroptera, Plecoptera e Trichoptera indica que as águas na região estudada são bem oxigenadas e relativamente limpas. Outros grupos atestam a presença de substratos pedregosos e correnteza acentuada. Mollusca, Ephemeroptera, Odonata, Trichoptera e os dípteros Chironomidae estão representados por comunidades extremamente ricas, se comparadas às de rios de outras regiões do Brasil. A alta diversidade deve-se, provavelmente, à heterogeneidade ambiental dos rios e à origem evolutiva da maioria destes grupos em regiões de clima temperado, como o RS. Estes resultados mostram que os rios da Encosta do Planalto merecem atenção especial dos programas de conservação ambiental. Palavras-chave: insetos aquáticos, diversidade, comunidades, Região Neotropical

Abstract The Encosta do Planalto, in central region of the Rio Grande do Sul State, RS, is an area still well-preserved, because its declivity avoids changes in land use. However, the environmental integrity of its rivers has been threatened by human activities, such as damming. In order to contribute to future conservation programs, this study presents a revision of the aquatic macroinvertebrates that occur in rivers and streams of this region. The inventory was based on data obtained in scientific papers, book chapters, and also in dissertations and theses, whose specimens are deposited in the Coleção de Macroinverterbados Aquáticos of UFSM. Overall, 355 taxa were recorded. The occurrence of diversified and abundant Ephemeroptera, Plecoptera and Trichoptera communities indicates that river and stream waters in the region are well oxygenated and of good quality. Mollusca, Ephemeroptera, Odonata, Trichoptera and the dipteran Chironomidae are represented by very rich communities, when compared with communities from rivers of other Brazilian regions. This high diversity is probably related to the environmental heterogeneity of rivers and to the evolutionary origin of many of these groups in temperate climate regions, as RS. These results highlight that rivers from the Encosta do Planalto in central RS deserve special attention by future conservation programs. Keywords: aquatic insects, diversity, communities, Neotropical Region

*[email protected] Recebido: 18/02/2014 Revisado: 31/03/2014 Aceito: 23/04/2014

Ciência e Natura, v. 36 Ed. Especial II, p. 627-651

1 Introdução

H

eterogeneidade e complexidade ambiental são atributos importantes para a presença de uma fauna de macroinvertebrados rica e diversificada nos ecossistemas límnicos (Principe & Corigliano 2006; Kovalenko et al. 2012). O relevo e a geologia da Encosta do Planalto, (também conhecida como Escarpa da Serra Geral ou Rebordo do Planalto Meridional), localizada na região central do estado do Rio Grande do Sul (RS), fornecem essas condições às duas principais bacias hidrográficas da região, a do Ibicuí e a do Jacuí. Os basaltos da Formação Serra Geral, sobrepostos aos arenitos das formações Botucatu e Tupanciretã, permitem que o leito dos rios seja constituído por sedimentos com granulometria variada (Dantas et al. 2010; Robaina et al., 2010). Ao longo dos quase 500 metros de altitude da Encosta do Planalto na região (Dantas et al. 2010), o sedimento tende a distribuir-se em gradiente, variando de cascalho nas regiões mais altas até areia no sopé (Robaina et al. 2010). Próximo ao sopé, na Depressão Central, as planícies de inundação contém areias aluvionares, e a presença de remansos e canais abandonados é comum, onde lama e diversas espécies de macrófitas aquáticas podem ser encontradas (Spies et al. 2006). Essas características, somadas a declividade acentuada da encosta em alguns locais, impedem o uso da terra para diversas atividades humanas, principalmente agrícolas, favorecendo a existência de matas relativamente bem preservadas (Marcuzzo et al. 1998; Dantas et al. 2010). Contudo, historicamente, os rios do RS têm sofrido barramentos para diversos propósitos. Na Encosta do Planalto, por exemplo, a construção de usinas hidrelétricas é comum nos rios de maior tamanho (Müller 1995). Pequenos reservatórios, ou açudes, construídos às custas do represamento de riachos são muito frequentes, sendo usados para irrigação, dessedentação do gado e uso doméstico nas inúmeras pequenas propriedades rurais, existentes na região (Beskow 1984). Dessa forma, a integridade dos rios tem sido ameaçada pelas alterações no fluxo da água e em suas características físico-químicas, as quais afetam a fauna que neles habitam. Por outro lado, uma recente lei estadual (Portaria Estadual nº 94; ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, 2008) permite a construção de pequenos reservatórios sem a necessidade de estudos de impacto ambiental, ameaçando mais ainda a integridade dos ambientes lóticos do estado. Estudos sobre os macroinvertebrados que habitam os rios e riachos da Encosta do Planalto começaram a ser realizados de forma mais intensiva a partir de 1998, durante a construção da Usina Hidrelétrica Dona Francisca (UHDF), no curso médio do rio Jacuí (Itaqui 2002). Levantamentos prévios mostraram que comunidades diversificadas de macroinvertebrados estavam presentes nos rios e riachos desta região (Kotzian et al. 2002). A ocorrência de táxons bioindicadores, como Ephemeroptera, Plecoptera e Trichoptera (EPT), Chironomidae

628

e Megaloptera, atestava boa preservação ambiental, em termos de qualidade da água e de conservação de vegetação ripária (Siegloch et al. 2008; Floss et al. 2012). Desta forma, estudos sobre a diversidade de vários grupos foram conduzidos nas bacias dos rios Jacuí e Ibicuí, principalmente nas regiões de encosta, com intuito de se conhecer melhor os macroinvertebrados da região. O presente estudo tem como objetivo apresentar uma revisão dos trabalhos realizados com macroinvertebrados, conduzidos nas bacias dos rios Jacuí e Ibicuí, nas áreas de encosta da região central do RS, de forma a se conhecer melhor a diversidade existente nesta área, em termos de composição taxonômica e riqueza. Comentários sobre os táxons mais abundantes e/ou frequentes e seus significados ambientais também são apresentados, para que o estudo possa contribuir para futuras políticas de preservação e conservação da integridade dos rios do estado.

2 Material e Métodos Esta revisão baseou-se em artigos publicados em revistas e capítulos de livros, e também em monografias, dissertações e teses, cujo material examinado encontrase depositado na Coleção de Macroinvertebrados do Departamento de Biologia, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Alguns dados inéditos, com base em material adicional, depositado nesta coleção, também são apresentados. O enfoque do estudo é qualitativo, não apresentando caráter quantitativo ou de meta-análise. Desta forma, comentários sobre abundância ou freqüência de táxons baseiam-se nas informações citadas nos estudos consultados. Os casos de sinonímias de gêneros e espécies foram avaliados, assim como a equivalência de morfotipos citados nos estudos consultados. Os morfotipos de Chironomidae, inclusive de indivíduos de material adicional, foram identificados por um único pesquisador (E. C. S. Floss). Assim, quando um mesmo nome de gênero é seguido por designações diferentes (e.g., sp. 1 e sp. A), estes tratam-se, certamente, de táxons distintos, e seguem procedimento explicado em Floss et al. (2012). Da mesma forma, classificações indeterminadas (e.g., Gen. et sp. A, Gen. B, Gênero M etc.), por também terem sido identificadas por um único autor especialista, são considerados táxons distintos e contabilizados na estimativa de riqueza da área de estudo. Apenas dados de amostragens conduzidas entre os anos de 1998 e 2010, no curso médio da bacia do rio Jacuí e nos cursos superior (rio Toropi) e médio-inferior da bacia do rio Ibicuí (Fig. 1), foram utilizados.

3 Macroinvertebrados Aquáticos Ao todo, 355 táxons, identificados, principalmente, até gênero, ocorrem nos rios e riachos das bacias do

629

Kotzian et al.: Macroinvertebrados aquáticos de rios e riachos da Encosta do Planalto...

Figura 1. Localização das bacias dos rios Jacuí e Ibicuí, alvo do estudo, RS, Brasil. Jacuí e do Ibicuí. Algumas informações sobre os grupos mais estudados, como moluscos e certas ordens de insetos são apresentadas a seguir. A lista completa dos táxons encontrados é apresentada na Tabela 1, ao final do trabalho.

3.1 Mollusca O primeiro inventário sobre moluscos límnicos nos rios da Encosta do Planalto foi feito por Simões (2002) na bacia do rio Jacuí. Este estudo foi conduzido de junho a outubro de 2000 e 2001, e registrou a ocorrência de nove táxons de gastrópodes e seis de bivalves. Os gastrópodes foram mais diversos do que os bivalves, refletindo as condições de rios de áreas de encosta (Sá et al. 2013). Mais tarde, em um inventário feito na região da Quarta Colônia de Imigração Italiana (Kotzian et al. 2002), 22 táxons foram registrados. No entanto, tal estudo não informou quais deles foram encontrados, exclusivamente, em rios e riachos e quais foram registrados em açudes e lagos apenas. Os táxons mais comuns no curso médio da bacia do rio Jacuí foram Potamolithus sp., Potamolithus catharinae Pilsbry, 1911 e

Chilina parva Martens, 1868, que ocorreram com muita freqüência e altas densidades (Simões 2002). Corbicula fluminea (Müller, 1774), uma espécie invasora, típica de rios com fundo arenosos (Santos et al. 2012) foi o bivalve mais abundante, ocorrendo principalmente nos rios de maior ordem (Simões 2002). Na bacia do rio Ibicuí, o primeiro inventário foi realizado por Indrusiak (1983), em um importante contribuinte do Ibicuí, o rio Ibicuí Mirim. Sua bacia está localizada nas cercanias do sopé da Encosta do Planalto, ocupando a Depressão Central, uma área de baixa altitude. Neste estudo, 31 táxons foram registrados, incluindo unionóides raros como Mycetopoda legumen (Martens, 1888), Leila blainvilliana (Lea, 1834) e Fossula fossiculifera d’Orbigny, 1835. Mais tarde, Sá et al. (2013) fizeram um inventário na bacia do rio Toropi, outro importante tributário do Ibicuí, localizado na Encosta do Planalto. Neste estudo, 18 táxons foram registrados. Como no Jacuí, os gastrópodes também foram mais diversos que os bivalves, predominando P. catharinae e Uncancylus concentricus (d’Orbigny, 1835). Entre os bivalves, C. fluminea e Pisidium sterkianum Pilsbry, 1897 foram mais abundantes. Posteriormente, Martello (2013)

Ciência e Natura, v. 36 Ed. Especial II, p. 627-651

e Martello et al. (2014) realizaram estudos mais amplos, incluindo coletas em alguns riachos de encosta no curso médio do Ibicuí, assinalando 32 táxons. Santin (2014) revisou os Unionoida da região hidrográfica do Ibicuí, e encontrou três espécies, Anodontites patagonicus (Lamarck, 1819), Castalia ambigua inflata d’Orbigny, 1835 e Monocondylaea corrientesensis Orbigny, 1834 em áreas de encosta. Os dados desses trabalhos mostraram que nos rios da bacia do Ibicuí que percorrem a Encosta do Planalto, ocorre um total de 53 táxons. As mais frequentes, ou seja, bem distribuídas na região e abundantes, são U. concentricus, P. catharinae, Anisancylus obliquus (Broderip & Sowerby, 1832), Eupera klappenbachi Mansur e Veitenheimer-Mendes, 1975 e P. sterkianum. Ao todo, 26 gêneros e 59 espécies de moluscos foram registrados para os rios da Encosta do Planalto, na região central do Rio Grande do Sul. Desta forma, esta região possui uma das malacofaunas mais diversas no país, uma vez que o estado detém um quarto (95 espécies nativas) da malacofauna brasileira (Simone 2006). Além disso, alguns táxons são importantes por representarem espécies: i) ameaçadas de extinção, como L. blainvilliana, Anodontites iheringi (Clessin, 1882), Anodontites trapesialis (Lamarck, 1819), F. fossiculifera, Monocondylaea paraguayana d’Orbigny, 1835, Diplodon martensi (Ihering, 1893) e M. legumen, ii) vetoras de doenças, como Biomphalaria tenagophila (d’Orbigny, 1835), Drepanotrema depressissimum (Moricand, 1839), Drepanotrema kermatoides (d’Orbigny, 1835) e Lymnaea columella (Say, 1817), e iii) invasoras ou exóticas como C. fluminea (Mansur et al. 2003; Hahn et al. 2007; Santos et al. 2012). Adicionalmente, muitas das espécies encontradas são abundantes entre os macroinvertebrados ou importante item alimentar de outros animais (Hepp 2005; Fagundes et al. 2008; Britto 2013).

3.2 Insecta Ephemeroptera Na bacia do rio Jacuí, o primeiro estudo feito na região foi o de Siegloch et al. (2008). Cinco famílias e 18 gêneros foram assinalados, e as famílias mais diversas foram Leptohyphidae e Baetidae. Mais tarde, Salvarrey et al. (2010) assinalaram mais dois gêneros para os riachos da região, perfazendo um total de 20 para esta bacia. Os mais frequentes e/ou abundantes, conforme os autores, foram Americabaetis (Kluge, 1992), Baetodes (Needham & Murphy, 1924) e Traverhyphes (Molineri, 2001). O efemeróptero Americabaetis possui uma ampla distribuição no Brasil e pode ser encontrado em vários tipos de habitats, desde locais com presença de vegetação ripária (Dominguez et al. 2006) e aquática (Goulart & Callisto 2005), até locais impactados (Siegloch et al. 2008). Os indivíduos do gênero Baetodes são encontrados em locais bem oxigenados e associados a pedras. Assim, apresenta-se como indicadora ecológica de ambientes com elevada integridade (Domínguez & Fernandez

630

2009). Os indivíduos de Traverhyphes são encontrados em substrato composto por pedras, coberto pela macrófita incrustante Podostemum A. Michaux, 1803 (Podostemaceae) (Siegloch et al. 2008). Na bacia do rio Ibicuí, Salvarrey (2010) registou quatro famílias e 12 gêneros em dois riachos. Braun (2014) assinalou mais 12 gêneros, na bacia do rio Toropi, que ocupa essencialmente a região de encosta, elevando para 24 o número de ocorrências, na bacia do Ibicuí. As famílias e os gêneros mais diversos e frequentes são os mesmos da bacia do Jacuí. Ao todo, 29 gêneros de efemerópteros são registrados para os rios de encosta da região central do RS. Plecoptera Em um riacho da bacia do rio Jacuí, o Vacacaí Mirim, Salvarrey (2010) registrou duas famílias, Gripopterygidade e Perlidae, representadas por quatro gêneros. Esse autor também registrou essas mesmas duas famílias e cinco gêneros em riachos do Ibicuí. Braun (2014) registrou mais um gênero para esta bacia, elevando para sete o número de gêneros no Ibicuí. Dessa forma, ao todo, oito gêneros ocorrem nos rios de encosta da região central do RS. Destes, o mais frequente ou mais abundante na região, conforme os autores supra citados, é Paragripopteryx Enderlein, 1909. Este gênero é característico de ambientes com águas claras, bem oxigenadas e elevada correnteza (Bispo et al. 2002). Odonata Pires et al. (2013) compilaram os dados de ocorrência de larvas de Odonata em riachos tributários da bacia do rio Jacuí nas fases pré e pós-enchimento da UHE Dona Francisca (2000-2002) e anos depois (2008-2009). Oito famílias e 25 gêneros foram assinalados para a bacia. Os gêneros mais representativos foram Argia Rambur, 1842 (Coenagrionidae), Hetaerina Hagen, 1853 (Calopterygidae) e Navicordulia Machado e Costa, 1995 (Corduliidae). As altas frequência e abundância dos três gêneros supracitados na região foram favorecidas pelos seus hábitos. Os indivíduos destes gêneros apresentam hábitos reptantes e agarradores (Carvalho & Nessimian 1998), os quais permitem sua movimentação junto ao substrato pedregoso e a fixação nas macrófitas, respectivamente. Figueiredo et al. (2013), trabalharam também com larvas, porém em uma área que cobria os cursos superior e médio-inferior da bacia do rio Ibicuí. Neste estudo, sete famílias e 34 gêneros foram registrados para a bacia. Entretanto, a composição dos gêneros mais frequentes diferiu entre os cursos. No curso superior (bacia do rio Toropi), os gêneros mais frequentes foram Progomphus Selys, 1854 (Gomphidae) e Argia. No curso médio-inferior (leito principal do Ibicuí e tributários), Progomphus Hetaerina e Navicordulia foram mais frequentes,

631

Kotzian et al.: Macroinvertebrados aquáticos de rios e riachos da Encosta do Planalto...

assim como todos os gêneros pertencentes à família Gomphidae. Características do substrato (tipicamente pedregoso no superior, e predominantemente arenoso no médio-inferior) contribuíram de maneira decisiva para este resultado. A frequência de Argia no curso superior se explica conforme explicitado no parágrafo anterior, assim como as de Hetaerina e Navicordulia no médio-inferior, pois seu hábito reptante também permite uma boa adaptação a áreas deposicionais (arenosas) (Carvalho & Nessimian, 1998). A maior ocorrência de Gomphidae neste curso arenoso se explica pelo hábito fossador da maioria dos seus indivíduos (Carvalho & Nessimian 1998). Progomphus, que foi frequente no curso superior, também pode ser encontrado em áreas pedregosas (Assis et al. 2004), pois não apresenta tubo respiratório alongado, o que não o obriga a enterrar-se. Ao todo, 41 gêneros ocorrem nos rios e riachos da Encosta do Planalto na região central do RS. Este conjunto contabiliza aproximadamente um terço do total de gêneros registrados para o Brasil (Souza et al. 2007), ressaltando a importância desta área para contribuição da diversidade da ordem. Como visto, fatores relacionados ao substrato dos ecossistemas lóticos estão intimamente relacionados com a diversidade destas comunidades e de seus gêneros dominantes.

oito gêneros de Elmidae. Como na bacia do rio Jacuí, Neoelmis foi o gênero mais abundante. Ao todo, 12 gêneros de Elmidae e um gênero de Psephenidae ocorrem nos rios de encosta da região central do RS.

Heteroptera (Naucoridae)

Nos rios de encosta da região, Salvarrey (2010) realizou um inventário tanto na bacia do rio Jacuí (rio Vacacaí-Mirim) no qual foram registrados 42 táxons. Posteriormente, em um estudo conduzido no curso médio da bacia do rio Jacuí entre abril 2000 e maio 2002, envolvendo segmentos de 1ª a 7ª ordem, Floss et al. (2012) registraram 97 táxons. Em estudo sobre a distribuição temporal dos Chironomidae desta mesma região, realizado com dados das quatro estações do ano (agosto e novembro/2001, e fevereiro e maio/2002), mas com um menor número de locais de coleta (Floss et al. 2013), 68 táxons foram encontrados. Todos haviam sido, previamente, citados em Floss et al. (2012). Os morfotipos mais comuns foram Polypedilum (Polypedilum) sp. 1, Polypedilum (Polypedilum) sp. 2, Rheotanytarsus sp. 1, Rheotanytarsus sp. 2, Cricotopus sp. 1 e Cricotopus sp. 2. Todos ocorrem com ampla distribuição e altas densidades em ambientes lóticos (Trivinho-Strixino 2011). Polypedilum sp. e Rheotanytarsus sp. são indicadores de habitats de corredeiras, caracterizados por substrato grosso e fluxo turbulento (Principe et al. 2008). Além disso, um inventário conduzido em 2011, em riachos de encosta de 1ª a 2ª ordem da bacia do rio Jacuí (dados inéditos) registrou 17 táxons, sendo os mais comuns Ablabesmyia (Karelia), Tanytarsus van der Wulp, 1874 e o morfotipo Endotribelos sp. 1. Esses quironomídeos são típicos de ambientes lênticos e substratos arenosos, sendo tolerantes a certo grau de degradação ambiental, como ausência de mata ciliar (Epler 2001; Salvarrey et al. 2014). Nos rios de encosta da região, Salvarrey (2010) realizou inventários na bacia do rio Ibicuí (rios Toropí e

Poucos Heteroptera são típicos de rios e riachos de encosta, como os da família Naucoridae. Estes insetos foram registrados, até o momento, no curso médio do rio Jacui, no qual duas espécies foram encontradas, Ambrysus teutonius La Rivers, 1951 e Cryphocricos vianai De Carlo, 1951, as quais foram abundantes e bem distribuídas (Neri et al. 2005). Os Naucoridae são mais bem adaptados à vida em águas correntes (Nieser & Melo 1997), e segundo Baptista et al. (1998), os Cryphocricinae (Cryphocricos Signoret, 1850) são importantes representantes da fauna associada à fundos pedregosos. Coleoptera (Elmidae e Psephenidae) Poucos estudos no RS fornecem dados sobre a diversidade de gêneros das famílias de Coleoptera em rios da região central. Salvarrey (2010) registrou cinco gêneros de Elmidae no rio Vacacaí-Mirim, tributário bacia do rio Jacuí. Mais tarde, em estudo foi realizado por Braun et al. (2014), no curso médio da bacia do rio Jacuí, sete gêneros de Elmidae foram registrados. O gênero mais abundante foi Neoelmis Musgrave, 1935. Os indivíduos deste gênero possuem preferência por locais com forte correnteza e substrato pedregoso (Passos et al. 2003). Ao todo, sete gêneros desta família ocorreram na bacia. Para a bacia do rio Ibicuí, na Encosta do Planalto, Salvarrey (2010) registrou dois gêneros de Elmidae nos rios Tororaipí e Ibicuí Mirim. Braun (2014) registrou um gênero de Psephenidae, Psephenus Hinton, 1936, e mais

Trichoptera Na bacia do rio Jacuí, Spies et al. (2006) registraram no curso médio do rio, a ocorrência de 25 gêneros e nove famílias de Trichoptera, sendo Smicridea McLachlan, 1871 o gênero mais abundante. Indivíduos de Smicridea são encontrados em locais com substrato pedregoso e grande velocidade da corrente (Spies & Froehlich 2009). Braun (2014) realizou um estudo na bacia do rio Ibicuí, no tributário Toropi, encontrando 18 gêneros e dez famílias. Smicridea também foi o gênero mais abundante na área estudada, seguido de Itauara Müller, 1888, os indivíduos deste gênero vivem sob pedras de riachos com água corrente e possuem hábito alimentar raspador (Merritt & Cummins 1996). Ao todo, 31 gêneros de tricópteros ocorrem nos rios de encosta da região central do RS. Diptera (Chironomidae)

Ciência e Natura, v. 36 Ed. Especial II, p. 627-651

Ibicuí-Mirim), nos quais foram registrados 51 táxons. Os morfotipos mais comuns foram Polypedilum (Polypedilum) sp. 1, Polypedilum (Polypedilum) sp. 2, Cricotopus sp. 1 e Cricotopus sp. 2. Esses morfotipos pertencem a gêneros característicos de ambientes lóticos com substrato pedregoso e deposição de litter (Sanseverino & Nessimian 2001). Ao todo, 133 táxons de Chironomidae são registrados para os rios de encosta da região central do RS. Desta forma, os rios desta região apresentam uma das comunidades de Chironomidae mais diversa do país. A alta riqueza encontrada pode estar relacionada com a condição de transição de relevo da Encosta do Planalto. Outro fator que pode ter sido determinante para a alta riqueza registrada é a heterogeneidade ambiental (substrato cascalhoso a arenoso associado à vegetação incrustante aquática), que caracterizou vários locais amostrados. Habitats heterogêneos podem oferecer um grande número de nichos para os invertebrados, como refúgios e condições adequadas para a alimentação, uma vez que diminuem a probabilidade de predação (Principe & Corigliano 2006). A família Chironomidae é considerada uma das mais importantes integrantes dos ecossistemas aquáticos, devido à riqueza das suas comunidades, alta densidade de certos táxons e amplo espectro ecológico (Sonoda 2005). Larvas, pupas e adultos também integram a cadeia alimentar, servindo de alimento para peixes, anfíbios, aves e, inclusive, outros invertebrados (Paggi 2009). Além disso, alguns táxons são importantes bioindicadores da qualidade ambiental. Os gêneros Chironomus Meigen, 1803, Dicrotendipes Kieffer, 1913, Kiefferulus Goetghebuer, 1922 e Goeldichironomus Fittkau, 1965, também encontrados na Encosta do Planalto, são típicos de águas em processo de eutrofização (Trivinho-Strixino 2011), indicando alguma interferência humana.

4 Outros macroinvertebrados Vários outros táxons de macroinvertebrados também foram registrados nos rios da Encosta do Planalto, na região central do RS. Alguns deles, até o momento, foram classificados apenas até família ou em categorias taxonômicas mais altas, como os do filo Nematoda e classe Hirudinea (Annelida). Famílias de Platyhelminthes, com as planárias Dugesiidae, e famílias de Oligochaeta (Annelida), como Alluroididade, Enchytraeidae e Tubificidae, e ainda os dípteros Culicidae e Simuliidae, podem conter espécies bioindicadoras e merecem ser melhor estudadas. Os Tubificidae, por exemplo, estão relacionados a urbanização e com valores elevados de condutividade elétrica (Salvarrey et al. 2014). Já os Simuliidae, definidos como organismos sensíveis à poluição, são relacionados a ambientes com baixo impacto ambiental (Salvarrey et al. 2014) e, também, são típicos de ambientes com correnteza, refletindo as

632

características dos rios da Encosta do Planalto. Os gêneros Corydalus Latreille, 1802 (Megaloptera) e Aegla Leach, 1820 (Crustacea) são comuns nos rios da área estudada e típicos de áreas com correnteza e mata ripária bem preservada. Contudo, alguns dos gêneros encontrados são acidentais, pois são característicos de ambientes lênticos, como os Heteroptera Buenoa Kirkaldy, 1904 e Trepobates Uhler, 1883 (Neri et al. 2005) e os Coleoptera Tropisternus Solier, 1834 e Berosus Leach, 1817, embora possam ocorrer em rios (Merritt et al. 2008).

5 Conclusões Os 355 táxons aqui registrados representam uma parte da comunidade de macroinvertebrados que ocorre na região central do RS, uma vez que a Encosta do Planalto estende-se de leste a oeste no estado, com cerca de 450 km de extensão, e muitos rios não foram inventariados. Além disso, grupos importantes e diversos ainda não foram estudados até gênero, categoria em que as formas larvais de vários insetos pode ser identificada, como a dos Simuliidae e de outras famílias. À medida que estes grupos forem sendo melhor estudados, e quando adultos de gêneros com ciclo de vida exclusivamente aquáticos, como os de várias famílias de Oligochaeta e de Coleoptera, a exemplo de Elmidae, forem identificados até o nível de espécie, a riqueza específica de macroinvertebrados na região deverá aumentar, sendo bem maior do que a aqui registrada. Para diversos grupos, a riqueza de gêneros (Ephemeroptera, Odonata, Trichoptera e Diptera) ou de espécies (Mollusca) é uma das mais altas registradas em rios do Brasil. Esta alta diversidade deve estar relacionada à heterogeneidade ambiental dos rios e riachos da Encosta do Planalto, e à razões histórico-evolutivas (Floss et al. 2012; Braun 2014a). Em outras palavras, as regiões de encosta do RS devem merecer atenção especial de programas de preservação ambiental, voltados à proteção de rios e/ ou da fauna que os habita no estado.

x

HIRUDINEA

12

10

6

x

x

5

Ampullariidae

GASTROPODA

Tubificidae

Naididae

Lumbriculidae

x

Slavina Vejdovsky, 1883

Pomacea americanista (Ihering, 1919)

Pomacea sp.

Asolene spixii d’Orbigny, 1838

Asolene sp.

x

Pristina Ehrenberg, 1828

x

x

Homochaeta Bretscher, 1896

x

x

x

x

11

x

13

Haplotaxidae

14

Enchytraeidae

x

x

x

15

x

4

Alluroididae

x

x

OLIGOCHAETA

x

NEMATODA

Dero (Dero) Oken, 1815

Táxons

Dugesiidae

TURBELLARIA

Família

CLASSE OU ORDEM

3

5

2

Artigo

1

Jacuí

Bacia

x

x

7

Ibicuí

x

x

8

7

9

x

x

16

Tabela 1 – Diversidade de macroinvertebrados nas bacias dos rios Jacuí e Ibicuí, na Encosta do Planalto Riograndense, na região central do Rio Grande do Sul. (Fontes: 1 – Salvarrey, 2010; 2 – Floss et al. 2012; 3 – Floss et al. 2013; 4 – Simões 2002; 5 – Pires et al. 2013; 6 – Figueiredo et al. 2013; 7 – Martello 2013 e Martello et al. 2014; 8 – Sá et al. 2013; 9 – Santin 2014; 10 – Braun 2014; 11 - Braun et al. 2014; 12 - Siegloch et al. 2008; 13 - Spies et al. 2006; 14 - Neri et al., 2005; 15 - dados adicionais; 16 - Indrusiak 1983).

633 Kotzian et al.: Macroinvertebrados aquáticos de rios e riachos da Encosta do Planalto...

Táxons

3

4

x

x

Chilina parva Martens, 1868

Heleobia sp.

Cochliopidae

6

x

5

7

Ibicuí

x

8

x

7

9

16

Corbiculidae

BIVALVIA x

x

Biomphalaria tenagophila (d’Orbigny, 1835)

Corbicula largillierti (Philippi, 1844)

x

x

x

Drepanotrema kermatoides(d’Orbigny, 1835)

Corbicula fluminea(Müller, 1774)

x

Drepanotrema depressissimum (Moricand, 1839)

Drepanotrema sp.

x

Biomphalaria straminea (Dunker, 1848)

Biomphalaria oligoza Paraense, 1975

x

x

x

x

x x

x

x

x

Biomphalaria sp.

x

x

x

Antillorbis sp.

x

x

Aplexa marmorata (Guilding, 1828)

x

Planorbidae

x

Physidae

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

Potamolithus ribeirensis Pilsbry, 1911

x

x

Potamolithus aff. buschi (Frauenfeld, 1865)

Potamolithus sp.

x

x

x

Potamolithus catharinae Pilsbry, 1911

Lithoglyphidae

x

Lymnaea columella (Say, 1817)

Lymnaea sp.

Heleobia bertoniana Pilsbry, 1911

x x

Uncancylus concentricus (d’Orbigny, 1835)

Lymnaeidae

10

x

12

x

11

x

13

Hebetancylus moricandi (d’Orbigny, 1837)

14

x

15

Gundlachia sp.

Chilinidae

Família

CLASSE OU ORDEM

Jacuí 2

5

1

Bacia

Artigo

Tabela 1. Continuação

Ciência e Natura, v. 36 Ed. Especial II, p. 627-651 634

3

4

Pisidiidae

Mycetopodidae

Castalia ambigua inflata d’Orbigny, 1835

Hyriidae

11

12

10

6

5

x

8

x

x

9

x

x

x

16

x

x x

Eupera sp.

Eupera elliptica Ituarte & Mansur, 1993

x

Monocondylaea paraguayana d’Orbigny, 1835 x

x x

Mycetopoda legumen (Martens, 1888)

Monocondylaea corrientesensis d'Orbigny, 1834

x

Mycetopoda sp.

x x

Anodontites trapezeus (Spix, 1827)

x

x

Anodontites trapesialis (Lamarck, 1819)

x

Leila blainvilliana (Lea, 1834)

x x

Anodontites tenebricosus (Lea, 1834)

Fossula fossiculifera d’Orbigny, 1835

x x

Anodontites patagonicus (Lamarck, 1819)

x

Anodontites lucidus (d’Orbigny, 1835)

x x

Anodontites felix (Pilsbry, 1896)

Anodontites iheringi (Clessin, 1882)

x

x

x

7

Diplodon uruguayensis (Lea, 1860)

x

x

x

7

x

13

Diplodon rhuacoicus (d’Orbigny, 1835)

14

x

x

15

Ibicuí

Diplodon martensi (Ihering, 1893)

Diplodon delodontus(Lamarck, 1819)

Diplodon charruanus (d’Orbigny, 1835)

Castalia undosa martensi (Ihering, 1891)

Castalia inflata d’Orbigny, 1835

Táxons

Família

CLASSE OU ORDEM

5

2

Artigo

1

Jacuí

Bacia

Tabela 1. Continuação

635 Kotzian et al.: Macroinvertebrados aquáticos de rios e riachos da Encosta do Planalto...

Táxons

3

4

x

x

12

x

10

x

5

7

x x

x x

Caenis Stephens, 1835

Haplohyphes Molineri, 2001

Leptohyphes Eaton, 1882

Caenidae

Leptohyphidae

x

Tricorythodes Ulmer, 1920

x x

Atopophlebia Flowers, 1980

x

Askola Peters, 1969

x

x

x

x

Tricorythopsis Traver, 1958

x

x

Traverhyphes Molineri, 2001

x

x

x

Leptohyphodes Ulmer, 1920

x

x

x

x

Paracloeodes Day, 1955

x

x

x

x

x

x

x

x

Cloeodes Traver, 1938

x

Baetodes Needham & Murphy, 1924

Camelobaetidius Demoulin, 1966

x

Apobaetis Day, 1955

Americabaetis sp. Kluge, 1992

Sphaerium sp.

Pisidium sterkianum Pilsbry, 1897

x

x

x

x

x

x

x

x

x x

Pisidium punctiferum (Guppy, 1867) x

Pisidium dorbignyi Clessin, 1879

Pisidium sp.

x

Leptophlebiidae

6

x

11

Musculium argentinum(d’Orbigny, 1835)

13

x

14

Ibicuí

Eupera klappenbachi Mansur & Veitenheimer, 1975 x

15

Caelibaetis Eaton, 1881

Baetidae

EPHEMEROPTERA

Família

CLASSE OU ORDEM

5

2

Artigo

1

Jacuí

Bacia

Tabela 1. Continuação

x

x

x

8

x

x

7

9

x

x

x

16

Ciência e Natura, v. 36 Ed. Especial II, p. 627-651 636

Táxons

3

4

Coenagrionidae

Calopterygidae

ODONATA

Perlidae

Gripopterygidae

PLECOPTERA

Polymitarcydae

Família

CLASSE OU ORDEM

x

x

11

x

x

12

x

Anacroneuria Klapálek, 1909

x

x

x

x

Argia Rambur, 1842

Homeoura Kennedy, 1920

x x

x

x

6

Acanthagrion Selys, 1876

x

x

x

x

x

x

x

x

x

10

Mnesarete Cowley, 1934

Hetaerina Hagen, 1853

Macrogynoplax Enderlein, 1909

x

x

Tupiperla Froehlich, 1969

Kempnyia Klapálek, 1914

x

Paragripopteryx Enderlein, 1909

x

Campsurus Eaton, 1868 x

x

Asthenopus Eaton, 1871

Gripopteryx Pictet, 1841

x

Ulmeritus Traver, 1956

Ulmeritoides Traver, 1956

x

13

Thraulodes Ulmer, 1920

14

x

x

15

Needhamella (Domínguez & Flowers, 1989)

Miroculis sp.

Microphlebia Savage & Peters, 1983

Massartella Lestage, 1930

Hagenulopsis sp.

Farrodes Peters, 1971

Jacuí 2

5

1

Bacia

Artigo

Tabela 1. Continuação

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

5

7

Ibicuí 8

7

9

16

637 Kotzian et al.: Macroinvertebrados aquáticos de rios e riachos da Encosta do Planalto...

Táxons

3

4

x

10

x

x

6

x

Peristicta Hagen, 1860

Castoraeschna Calvert, 1952

Archaeogomphus Williamson, 1919

Libellulidae

x x

Aphylla Selys, 1854

x x x

Phyllocycla Calvert, 1948

Progomphus sp.

Tibiogomphus Belle, 1992

Brechmorhoga Kirby 1894

x x

Dythemis Hagen, 1861

x

x

x

Dasythemis Karsch 1889

x

x

Desmogomphus Williamson, 1920

x

x x

x

Cacoides Cowley, 1934

x

x x

Gomphidae

x

Navicordulia Machado e Costa, 1995

Agriogomphus Selys, 1869

Corduliidae

x x

Remartinia Navás, 1911 x

x

Epipleoneura Williamson, 1915

Coryphaeschna Williamson, 1903

x x

Oxystigma Selys, 1862

x

12

x

11

x

x

Telagrion Selys, 1876

13

Heteragrion Selys, 1862

x

Oxyagrion Selys, 1876

14

Telebasis Selys, 1865

x

Ischnura Charpentier, 1840

15

Rhionaeschna Förster, 1909

Aeshnidae

Protoneuridae

Megapodagrionidae

Família

CLASSE OU ORDEM

5

2

Artigo

1

Jacuí

Bacia

Tabela 1. Continuação

x

5

7

Ibicuí 8

7

9

16

Ciência e Natura, v. 36 Ed. Especial II, p. 627-651 638

Táxons

3

4

x

x x

Pantala Hagen, 1861

Perithemis Hagen, 1861

Rhagovelia sp.

x x x

Cylloepus Erickson, 1847

Heterelmis Sharp, 1882

Hexacylloepus Hinton, 1940

Austrolimnius (Carter & Zeck, 1929)

Berosus sp.

Buenoa sp.

Vellidae

x

x

Notonectidae

x

Cryphocricos vianai De Carlo 1951

x

x

x

x

Tramea Hagen, 1861

Ambrysus teutonius La Rivers, 1951

x x

Tauriphila Kirby, 1889 x

x

x

Orthemis Hagen, 1861

x

x x

Oligoclada Karsch, 1890

x

Micrathyria Kirby, 1889

x

Naucoridae

Elmidae

x

x

6

Idiataphe Cowley, 1934

x

Hydrophilidae

10

Gynothemis Calvert in Ris, 1909

Trepobates sp.

COLEOPTERA

12

x

x

11

x

x

13

Erythrodiplax Brauer, 1868

x

14

Erythemis Hagen, 1861

Elasmothemis Westfall, 1988

15

Gerridae

HETEROPTERA

Família

CLASSE OU ORDEM

5

2

Artigo

1

Jacuí

Bacia

Tabela 1. Continuação

x

x

x

x

5

7

Ibicuí 8

7

9

16

639 Kotzian et al.: Macroinvertebrados aquáticos de rios e riachos da Encosta do Planalto...

Táxons

3

4

x

Tropisternus sp.

x

Protoptila Banks, 1904

Helicopsiche Siebold, 1856

Atopsyche Banks, 1905

Blepharopus Kolenati, 1859

Helicopsychidae

Hydrobiosidae

Hydropsychidae

Synoestropsis Ulmer, 1905

Macronema Pictet, 1836

x

x

Mexitrichia Mosely, 1937

x

x

x

x

Itaura Müller, 1888

Glossosomatidae

Leptonema Guérin, 1843

x

x

Austrotinodes Schmid, 1955

Ecnomidae

x

x

x

x

x x

Phylloicus Müller, 1880

Calamoceratidae

TRICHOPTERA

x

Hydrocanthus sp.

Noteridae

x

x

x

x

5

x

6

Haliplus sp.

x

x x

x

x

x

x

x

10

Gênero M

12

Psephenus Hinton, 1936

Xenelmis Hinton, 1936

x

x

x

11

Stegoelmis (Hinton, 1939)

13

x

Neoelmis Musgrave, 1935

14

Phanocerus Sharp, 1882

x x

Microcylloepus Hinton, 1935

Macrelmis Motschulsky, 1859

15

Haliplidae

Curculionidae

Psephenidae

Família

CLASSE OU ORDEM

5

2

Artigo

1

Jacuí

Bacia

Tabela 1. Continuação

7

Ibicuí 8

7

9

16

Ciência e Natura, v. 36 Ed. Especial II, p. 627-651 640

Táxons

3

4

x

x x

Chimarra Stephens, 1829

Cyrnellus Banks, 1913

Philopotamidae

Polycentropodidae

Chironomidae

Chaoboridae

Ceratopogonidae

DIPTERA

x x

Aedokritus Roback, 1958

Axarus Roback, 1980

Polyplectropus Curtis, 1835 x

x

x

Marilia Müller, 1880

Odontoceridae

Cernotina Ross, 1938

x

Triplectides Kolenati, 1859

x

x

x

x

Nectopsyche sp. Müller, 1879

Leptoceridae

x

x

x

Ochrotrichia Mosely, 1934

Oxyethira Eaton, 1873

x

x

x

x

x

x

x

x

x

Neotrichia Morton, 1905

x

x

x

10

Metrichia Ross, 1938

12

x

x

Leucotrichia Mosely, 1934

11

Leucotrichini

x

x

x

x

x

x

13

Hydroptila Dalman, 1819 x

x

14

Ceratotrichia Flint, 1992

Celaenotrichia Mosely, 1934

Abtrichia Mosely, 1939

Smicridea McLachlan, 1871

15

Grumichella Müller, 1879

Hydroptilidae

Família

CLASSE OU ORDEM

Jacuí 2

5

1

Bacia

Artigo

Tabela 1. Continuação

6

x

x

x

x

x

5

7

Ibicuí 8

7

9

16

641 Kotzian et al.: Macroinvertebrados aquáticos de rios e riachos da Encosta do Planalto...

Táxons

3

4

Família

CLASSE OU ORDEM

x

Beardius sp. 1

x

Caladomyia sp.

x x

Dicrotendipes sp. 2

Dicrotendipes sp. 3

Endotribelos Grodhaus, 1987

x

Dicrotendipes sp. 1

x

x

x

x

Cryptochironomus Kieffer, 1918

Dicrotendipes Kieffer, 1913

x

Cladopelma Kieffer, 1921

x x

x

Chironomus gr. salinarius Kieffer, 1915

Chironomus gr. riparius (Downe e Caspary 1973)

x

Chironomini Gen. D x

x

Chironomini Gênero 3 x

x

Chironomini Gênero 2

Chironomus gr. decorus Johannsen, 1905

x

Chironomini Gênero 1

Chironomus Meigen, 1803

x x

Cf. Pelomus

x

x

Caladomyia ortoni Säwedal, 1981

Cf. Dicrotendipes

x x

Caladomyia friederi Trivinho-Strixino & Strixino, 2000

x

Caladomyia sp. A

Beardius sp. 3

x

Beardius sp.

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

5

2

Artigo

1

Jacuí

Bacia

Tabela 1. Continuação

x

x

x

x

x

15

14

13

11

12

10

6

x

x

x

x

x

x

5

7

Ibicuí 8

7

9

16

Ciência e Natura, v. 36 Ed. Especial II, p. 627-651 642

Táxons

3

4

Família

CLASSE OU ORDEM

x x

Goeldichironomus xiborena Reiss, 1974

Harnischia (?) Kieffer, 1921

Phaenospsectra Kieffer, 1921

Paratendipes Kieffer, 1911

x

x

x

Paralauterborniella Lenz, 1921 x

x

Parachironomus sp. 3

Paratanytarsus Thienemann & Bause, 1913

x

x

x

Parachironomus sp. 1

Parachironomus sp. 2

x

x

Nilothauma sp. 2 (?) x

x

Nilothauma sp. 1

Oukuriella Epler, 1986

x

Manoa Fittkau, 1963

Nimbocera sp. 3

x

x

Kiefferulus (?) Goetghebuer, 1922

Lauterborniella Thienemann & Bause, 1913

x

Harnischia (?) sp. 3

Harnischia (?) sp. 2

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

Goeldichironomus holoprasinus (Goeldi, 1905)

Goeldichironomus serratus Reiss, 1974

x

x

Goeldichironomus gr. pictus Reiss, 1974 x

x

x

x

Fissimentum Cranston & Nolte, 1996

Goeldichironomus sp.

x

Endotribelos cf. hespellium Sublette, 1960 x

5

2

Artigo

1

Jacuí

Bacia

Tabela 1. Continuação

x

15

14

13

11

12

10

6

x

x

x

x

x

x

x

5

7

Ibicuí 8

7

9

16

643 Kotzian et al.: Macroinvertebrados aquáticos de rios e riachos da Encosta do Planalto...

Táxons

3

4

Família

CLASSE OU ORDEM

x x

Zavreliella sp. 2

Ablabesmyia (Karelia)

6

x

x

x

x

5

x

x

Tanypus punctipennis Meigen, 1803

Thienemannimyia (gr.) Fittkau, 1962

x

Procladius (?) sp. 2

x x

x

x

x

Procladius Skuse, 1889

Cf. Pentaneura Johannsen, 1938

x x

x

Pentaneura Philippi, 1865

Larsia Fittkau, 1962

Monopelopia Fittkau, 1962

x x

Labrundinia Fittkau, 1962

x

10

x

12

Gen et sp. indet. A

11

x

13

x

x

x

14

Fittkauimyia Karunakaran, 1969 x

x

x

x

x

15

Djalmabatista pulcher Fittkau,1968

x

x

Zavreliella sp. 1

x

x

complexo Xestochironomus

x

x

Xestochironomus Borkent, 1984

Djalmabatista sp. 2

x

Complexo Xenochironomus x

x

Tribelus sp.2

x

x

Tanytarsus rhabdomantis Trivinho-Strixino & Strixino, 1991

x

x x

x

Tanytarsus van der Wulp, 1874

x

Tanytarsus sp.

x

Tanytarsini Gênero D

5

2

Artigo

1

Jacuí

Bacia

Tabela 1. Continuação

7

Ibicuí 8

7

9

16

Ciência e Natura, v. 36 Ed. Especial II, p. 627-651 644

Táxons

3

4

Família

CLASSE OU ORDEM

x

Polypedilum (Asheum) Trivinho-Strixino & Strixino,1995

x

Pseudochironomus? Malloch, 1915

x

Cf. Stenochironomus

Tanytarsini Gen. 1

Tanytarsini Gênero C

Tanytarsini Gênero B

x

x

Stenochironomus Kieffer, 1919

x

x

Complexo Stenochironomus

Tanytarsini Gênero A (cf. Roback, 1966)

x x

Rheotanytarsus sp. 2

x

x

Pseudochironomini sp. A

x

x

Pseudochironomini Gênero 1

x

x

Pseudochironomini

Rheotanytarsus sp. 1

x

Polypedilum (Tripodura) Townes, 1945

Rheotanytarsus sp. A

x

Polypedilum (Polypedilum) spp.

x

x

Polypedilum (Polypedilum) sp. 2

Polypedilum (Polypedilum) sp. 3

x

Polypedilum (Polypedilum) sp. 1 x

x x

Polypedilum (Polypedilum) sp. B

x

Polypedilum (Polypedilum) sp. A

Polypedilum fallax (Johannsen, 1905)

x

Polypedilum Kieffer, 1912

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

Jacuí 2

5

1

Bacia

Artigo

Tabela 1. Continuação

x

x

x

15

14

13

11

12

10

6

x

x

x

x

x

x

x

x

x

5

7

Ibicuí 8

7

9

16

645 Kotzian et al.: Macroinvertebrados aquáticos de rios e riachos da Encosta do Planalto...

Táxons

3

4

Família

CLASSE OU ORDEM

x x

Orthocladiini Gênero 1

Paracladius Hirvenoja, 1973

x

x

Cf. Orthocladius van der Wulp, 1874

Paracladius aff. sp. A

x

Onconeura sp.

x x

Nanocladius Kieffer, 1913 x

Metriocnemus van der Wulp, 1874

x

x x

6

x

x

x

x

x

x

5

x

x

x

x

x

x

x

x

10

Lopescladius Oliveira, 1967

12

x

11

x

13

x

14

Gen et sp. indet B

Cricotopus spp.

x

x

x

x

15

Gen et sp. indet A

x x

Cricotopus sp.

Cricotopus sp. 3

x

x

x

x

x

x

Cricotopus sp. 2

x

Cricotopus sp. 1

x

x x

x

Corynoneura sp. 2

x

x

x

Cricotopus van der Wulp, 1874

x

Corynoneura sp. 1

Corynoneura Winnertz, 1846

x

Cardiocladius (?) Kieffer, 1912

x x

Antillocladius Saether, 1981

Zavrelimyia Fittkau, 1962

x x

x

Thinemannimyia (?) sp. 2

Thienemannimyia (gr.) sp. 1

Jacuí 2

5

1

Bacia

Artigo

Tabela 1. Continuação

7

Ibicuí 8

7

9

16

Ciência e Natura, v. 36 Ed. Especial II, p. 627-651 646

Táxons

3

4

Parastacidae

DECAPODA

Pyralidae

LEPIDOPTERA

Corydalidae

MEGALOPTERA

x x

Parastacus brasiliensis (von Martens, 1869)

Parastacus pilimanus (von Martens, 1869)

Nymphulinae

x

Tabanidae

x

x

Simuliidae

Tipulidae

x

Sciomyzidae

x x

Corydalus sp.

Gen et sp. indet. B

Gen et sp. indet. A

Thienemanniella sp.

Thienemanniella (?) Kieffer, 1911 x

x

x

x

x

x

Thienemanniella sp. 1

Thienemanniiella sp. 3

x

Rheocricotopus Thienemann & Harnish, 1932

x

x

Thienemanniiella sp. 2

x

x

próx. Nanocladius

próx. Cricotopus

Parametriocnemus Goteghebuer, 1932

Psychodidae

Culicidae

Família

CLASSE OU ORDEM

x

x

x

x

5

2

Artigo

1

Jacuí

Bacia

Tabela 1. Continuação

x

x

15

14

13

11

12

10

6

x

x

x

x

x

x

x

x

x

5

7

Ibicuí 8

7

9

16

647 Kotzian et al.: Macroinvertebrados aquáticos de rios e riachos da Encosta do Planalto...

Ciência e Natura, v. 36 Ed. Especial II, p. 627-651

648

16

Referências

7

BAPTISTA, D. F. et al. Distribuição de comunidades de insetos aquáticos no gradiente longitudinal de uma bacia fluvial do sudeste brasileiro. In: NESSIMIAN, J. L.; CARVALHO, A. L. (Org.). Ecologia de insetos aquáticos. Séries Oecologia Brasiliensis, v. 5, Rio de Janeiro: PPGE-UFRJ, 1998. p. 191-207.

12

10

6

5

Ibicuí

8

7

9

ASSIS, J. C. F.; CARVALHO, A. L.; NESSIMIAN, J. L. Composição e preferência por microhábitat de imaturos de odonata (Insecta) em um trecho de baixada do Rio Ubatiba, Maricá-RJ, Brasil. Revista Brasileira de Entomologia, Curitiba, v. 48, p. 273282, 2004.

14

13

11

BESKOW, P. R. A formação da economia arrozeira do Rio Grande do Sul. Ensaios FEE, Porto Alegre, v. 4, n. 2, p. 55-84, 1984.

5

x

x

BRAUN, B. M. Efeito de pequenas variações na altitude e na ordem de riachos sobre a estrutura de comunidades de insetos aquáticos. 68 f. (Mestrado em Biodiversidade animal)-Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2014.

Tricodactylus panoplus (von Martens, 1869)

Aegla platensis Schmitt, 1942

BRAUN, B. M. et al. Diversity and distribution of riffle beetle assemblages (Coleoptera, Elmidae) in montane rivers of Southern Brazil. Biota Neotropica, Campinas, 2014. No prelo.

Tricodactylidae

x Aegla longirostri Bond-Buckup & Buckup, 1994 Aeglidae

Família

CLASSE OU ORDEM

Artigo

Bacia

Tabela 1. Continuação

Táxons

1

2

3

4

Jacuí

15

BISPO, P. C.; FROEHLICH, C. G.; OLIVEIRA, L. G. Stonefly (Plecoptera) fauna of streams in a mountainous area of Central Brazil: abiotic factors and nymph density. Revista Brasileira de Zoologia, Curitiba, v. 19, p. 325-334, 2002.

BRITTO, V. O. Ecologia alimentar do colhereiro (Platalea ajaja) e da garça-branca-grande (Ardea alba) em ambiente límnico e estuarino no Sul do Brasil. 2013. 84f. Dissertação (Mestrado em Biologia de Ambientes Aquáticos Continentais)Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande, 2013. CARVALHO, A. L.; NESSIMIAN, J. L. Odonata do Estado do Rio de Janeiro, Brasil: Habitats e hábitos das larvas. In: NESSIMIAN, J. L.; CARVALHO A. L. (Org.). Ecologia de Insetos Aquáticos. Séries Oecologia Brasiliensis, v. 5, Rio de Janeiro: PPGEUFRJ, 1998. p. 3-28. DANTAS et al. Origem das paisagens. In: VIERO, A. C.; SILVA, D. R. A. (Org.). Geodiversidade do Estado do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: CPRM, 2010. p. 35-50.

649

Kotzian et al.: Macroinvertebrados aquáticos de rios e riachos da Encosta do Planalto...

DOMÍNGUEZ, E. et al. Ephemeroptera of South America. In: ADIS, J.; ARIAS, J. R.; RUEDADELGADO, G.; WANTZEN, K. M. (Org.). Aquatic Biodiversity in Latin America (ABLA). v. 2, SofiaMoscow: Pensoft, 2006. 646 p. DOMÍNGUEZ, E.; FERNÁNDEZ, H. R. Macroinvertebrados Bentônicos Sudamericanos: Sistemática y Biologia. San Miguel de Tucumán: Fundacion Miguel Lillo, 2009. 654p. EPLER, J. H. Identification manual for the larval Chironomidae (Diptera) of North and South Carolina. Orlando: Departament of Enviromental and Natural Resources: Division of Water Quality. 2001, 526p. ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. Secretaria do meio ambiente. Portaria n. 94, de 16 de dezembro de 2008. SEMA, Porto Alegre, 1-5, dez. 2008. FAGUNDES, C. K.; BEHR, E. R.; KOTZIAN, C. B. Diet of Iheringichthys labrosus (Siluriformes, Pimelodidae) in Ibicuí River, Southern Brazil. Iheringia, Série Zoologia, Porto Alegre, v. 98, p. 1 6, 2008. FIGUEIREDO, N. S. B. et al. Diversidade de larvas de Odonata (Insecta) da Bacia do Rio Ibicuí, Rio Grande do Sul, Brasil. Ciência e Natura, Santa Maria, v. 35, n. 2 p. 084-094, 2013. FLOSS, E. C. S. et al. Diversity of non-biting midge larvae assemblages in the Jacuí River basin, Brazil. Journal of Insect Science, Tucson, v. 12, p. 1-33, 2012. FLOSS, E. C. S. et al. Spatial and temporal distribution of non-biting midge larvae assemblages in streams in a mountainous region in southern Brazil. Journal of Insect Science, Madison, v. 13, p. 1-27, 2013. GOULART, M.; CALLISTO, M. Mayfly Diversity in the Brazilian Tropical Headwaters of Serra do Cipó. Brazilian Archives of Biology and Technology, v. 48, n. 6, p. 983-996, nov. 2005. HAHN, S. D. et al. Moluscos límnicos. In: BECKER, F. G.; RAMOS, R. A.; MOURA L. A. (Org.). Biodiversidade da região da Lagoa do Casamento e dos Butiazais de Tapes, Planície costeira do Rio Grande do Sul. Brasília: MMA/SBF, 2007. cap. 18, p. 252-261. HEPP, L. U. Fauna de invertebrados aquáticos na Bacia Hidrográfica do Rio Jacutinga, Jacutinga-RS. 2005. 91f. Dissertação (Mestrado em Biodiversidade

animal)-Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2005. INDRUSIAK, L. F. Inventário da fauna malacológica do rio Ibicuí-Mirim, RS. Ciência e Natura, Santa Maria, v. 5, p. 127-134, 1983. ITAQUI, J. Quarta Colônia- Inventários TécnicosFlora e Fauna. Santa Maria: Condesus Quarta Colônia, 2002, 256 p. KOTZIAN, C. B. et al. Moluscos. In: J. Itaqui. (Org.). Quarta Colônia - Inventários Técnicos - Flora e Fauna. Santa Maria: Condesus Quarta Colônia, 2002. p. 167-174. KOVALENKO, K. E. et al. Habitat complexity: approaches and future directions. Hydrobiologia, The Hague, v. 685, p. 1–17, 2012. MANSUR, M. C. D. et al. Moluscos. In: FONTANA, C. S.; BENCKE, G. A.; REIS, R. A. (Org.). Livro Vermelho da Fauna Ameaçada de Extinção no Rio Grande do Sul. 1 ed. Porto Alegre: Edipucrs, 2003. p. 49-71. MARCUZZO, S.; PAGEL, S. M.; CHIAPPETTI, M. I. S. A reserva da biosfera da Mata Atlântica no Rio Grande do Sul: situação atual, ações e perspectivas. São Paulo: Consórcio da Mata Atlântica e Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, São Paulo. 1998, 60 p. MARTELLO, A. R. Distribuição espacial de fidelidade quantitativa de associações vivas x mortas de moluscos na Bacia do Rio Ibicuí, Brasil. 2013. 85f. Tese (Doutorado em Biodiversidade animal)Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2013. MARTELLO, A. R.; HEPP, L. U.; KOTZIAN, C. B. Distribution and additive partitioning of diversity in freshwater mollusk communities in Southern Brazilian streams. Revista de Biologia Tropical, v. 62, n. 1, p. 33-44, mar. 2014. MERRITT, R. W. et al. An Introduction to the Aquatic Insects of North America. Dubuque: Kendall/Hunt, 2008, 862 p. MERRITT, R. W.; CUMMINS, K. W. An introduction to the aquatic insects of North America. Dubuque: Kendall/Hunt, 1996, 722 p. MÜLLER, A. C. Hidrelétricas, meio ambiente e desenvolvimento. São Paulo: Makron, 1995, 412 p.

Ciência e Natura, v. 36 Ed. Especial II, p. 627-651

NERI, D. B.; KOTZIAN, C. B.; SIEGLOCH, A. E. Composição de Heteroptera aquáticos e semiaquáticos na área de abrangência da U.H.E. Dona Francisca, RS, Brasil: fase de preenchimento. Iheringia, Série Zoologia, Porto Alegre, v. 95, p. 421-429, 2005. NIESER, N.; MELO, A. L. Os heterópteros aquáticos de Minas Gerais - Guia introdutório com chave de identificação para as espécies de Nepomorpha e Gerromorpha. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1997, 177 p. PAGGI, A. C. Diptera Chironomidae. In: DOMÍNGUEZ, E.; FERNÁNDEZ, H. R. (Org.). Macroinvertebrados bentónicos sudamericanos: Sistemática y biologia. Tucumán: Fundación Miguel Lillo, 2009. p. 383-409. PASSOS, M. I. S.; NESSIMIAN, J. L; DORVILLÉ, L. F. M. Distribuição espaço-temporal da comunidade de Elmidae (Coleoptera) em um rio na Floresta da Tijuca, Rio de Janeiro, RJ. Boletim do Museu Nacional, Rio de Janeiro, v. 509, p. 1-9, 2003. PIRES, M. M. et al. Diversity of Odonata (Insecta) larvae in streams and farm ponds of a montane region in southern Brazil. Biota Neotropica, Campinas, v. 13, p. 259-267, 2013. PRINCIPE, R. E.; BOCCOLINI, M. F.; CORIGLIANO, M. C. Structure and spatial-temporal dynamics of Chironomidae fauna (Diptera) in upland and lowland fluvial habitats of the Chocancharava River Basin (Argentina). Hydrobiology, The Hage, v. 93, p. 342-357, 2008. PRINCIPE R. E.; CORIGLIANO, M. C. Benthic, drifting and marginal macroinvertebrate assemblages in a low river: temporal and spatial variations and size structure. Hydrobiologia, The Hague, v. 553, p 303–317, 2006. ROBAINA, L. E. S. et al. Compartimentação geomorfológica da bacia hidrográfica do Ibicuí, Rio Grande do Sul, Brasil: Proposta de classificação. Revista Brasileira de Geomorfologia, São Paulo, v. 11, p. 11-23, 2010. SÁ, R. L. et al. Diversidade de moluscos em riachos de uma região de encosta no extremo sul do Brasil. Biota Neotropica, Campinas, v. 13, n. 3, p. 213-221, 2013. SALVARREY, A. V. B. Distribuição espacial de macroinvertebrados bentônicos em riachos da região central do Rio Grande do Sul, Brasil. 2010.

650

71f. Dissertação (Mestrado em Biodiversidade animal)-Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2010. SALVARREY, A. V. B. et al. The influence of natural and anthropic environmental variables on the structure and spatial distribution along longitudinal gradient of macroinvertebrate communities in southern Brazilian streams. Journal of Insect Science, Madison, v. 14, article 13, 2014. SANSEVERINO, A. M.; NESSIMIAN, J. L. Habitats de larvas de Chironomidae (Insecta, Diptera) em riachos de Mata Atlântica no Estado do Rio de Janeiro. Acta Limnologica Brasiliensia, Campinas, v. 13, p. 29-38, 2001. SANTIN, L. F. Diversidade e distribuição de mexilhões de água doce (Unionoida: Hyriidae, Mycetopodidae) na região hidrográfica da Bacia do Rio Ibicuí, RS, Brasil. 2014. 112f. Monografia de Bacharelado- Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2014. SANTOS, S. B. et al. Espécies de moluscos límnicos invasores no Brasil. In: MANSUR, M. C. D.; SANTOS, C. P.; PEREIRA, D.; PAZ, I. C. P.; ZURITA, M. L.; RODRIGUEZ, M. T. M.; NEHRKE, M. V.; BERGONCI, P. E. A. (Org.). Moluscos límnicos invasores no Brasil: biologia, prevenção e controle. Porto Alegre: Redes Editora, 2012. cap 2, p. 25-49. SIEGLOCH, A. E.; FROEHLICH, C. G.; KOTZIAN, C. B. Composition and diversity of Ephemeroptera (Insecta) nymph communities in the middle section of the Jacuí River and some tributaries, southern Brazil. Iheringia, Série Zoologia, Porto Alegre, v. 98, p. 425-432, 2008. SIMÕES, R. I. Comunidade de moluscos bentônicos na área de abrangência da Usina Hidrelétrica de Dona Francisca, Rio Jacuí, Rio Grande do Sul, Brasil: fase de pré e pós-enchimento do reservatório. 218f. Dissertação (Mestrado em Biologia Animal), Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2002. SIMONE, L. R. L. Land and freshwater molluscs of Brazil. São Paulo: EGB/Fapesp. 2006. 390 p. SONODA, K. C. Relação entre o uso da terra e composição de insetos aquáticos de quatro bacias hidrográficas do estado de São Paulo. 2005. 124p. Tese de Doutorado (Doutorado Ecologia em Ecossistemas)-Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo,

651

Kotzian et al.: Macroinvertebrados aquáticos de rios e riachos da Encosta do Planalto...

Piracicaba, 2005. SOUZA, L. O. I.; COSTA, J. M.; OLDRINI, B. B. 2007. Odonata. In: C. G. Froehlich (Org.). Guia on-line: Identificação de larvas de Insetos Aquáticos do Estado de São Paulo. Disponível em: . SPIES, M. R.; FROEHLICH, C. G. Inventory of caddisflies (Trichoptera: Insecta) of the Campos do Jordão State Park, São Paulo state, Brazil. Biota Neotropica, Campinas, v. 9, p. 211-218, 2009. SPIES, M. R.; FROEHLICH, C. G.; KOTZIAN, C. B. Composition and diversity of Trichoptera (Insecta) larvae communities in the middle section of the Jacuí River and some tributaries, State of Rio Grande do Sul, Brazil. Iheringia, Série Zoologia, Porto Alegre, v. 96, p. 389-398, 2006. TRIVINHO-STRIXINO, S. Larvas de Chironomidae. Guia de identificação. São Carlos: UFSCar, 2011, 371p.

Lihat lebih banyak...

Comentários

Copyright © 2017 DADOSPDF Inc.