MATRIZES Definição
November 8, 2017 | Autor: Guilherme Mauri | Categoria: N/A
Descrição do Produto
MATRIZES Definição Conjunto de números reais (ou complexos) dispostos em forma de tabela, isto é, distribuídos em m linhas e n colunas, sendo m e n números naturais não nulos. a11 a A = 21 ... a m1
a12 a 22 ... a m2
... a1n ... a 2 n ... ... ... a mn
Notação: A = ( a ij ) m×n com i = 1,2,..., m e j = 1,2,..., n
a ij
- elemento genérico da matriz A
i
- índice que representa a linha do elemento a ij
j
- índice que representa a coluna do elemento a ij
m × n - ordem da matriz. Lê-se “m por n”.
Representações:
A=(
)
A=[
]
A=
Exemplos: 1) A representação de um tabuleiro de xadrez pode ser feita por meio de uma matriz 8 × 8 . 2 3 4 2) A matriz A = ( a ij ) 2×3 onde a ij = i 2 + j é . 5 6 7 3) A matriz abaixo fornece (em milhas) as distâncias aéreas entre as cidades indicadas: cidade A cidade B cidade C cidade D 638 1244 957 cidade A 0
638 0 3572 2704 0 1036 cidade C 1244 3572 cidade D 957 2704 1036 0 Esta é uma matriz 4 × 4 (quatro por quatro). cidade B
4) A matriz abaixo representa a produção (em unidades) de uma confecção de roupa feminina distribuída nas três lojas encarregadas da venda. shorts blusas saias jeans
80 25 40 loja II 70 100 0 60 loja III 30 120 70 25 Esta é uma matriz 3 × 4 (três por quatro) pois seus elementos estão dispostos em 3 linhas e 4 colunas. loja I 50
1
Igualdade Duas matrizes de mesma ordem A = ( a ij ) m×n e B = (bij ) m×n são iguais quando a ij = bij
para todo
i = 1,2,..., m e para todo j = 1,2,..., n .
Matrizes Especiais 1. Matriz Linha Uma matriz A é denominada matriz linha quando possuir uma única linha. Notação: A = ( a ij ) 1×n
Exemplo: (− 8 3 4 )1×3
2. Matriz Coluna Uma matriz A é denominada matriz coluna quando possuir uma só coluna. Notação: A = ( a ij ) m×1 3 Exemplo: 9 1 3×1
3. Matriz Nula Uma matriz A é denominada matriz nula quando todos os seus elementos forem nulos, isto é, a ij = 0 para todo i = 1,2,..., m e para todo j = 1,2,..., n .
Notação: 0 m×n Exemplo:
0 0 0 0 0 0 2 ×3
4. Matriz Quadrada Uma matriz A é uma matriz quadrada quando possuir o mesmo número de linhas e de colunas, isto é, m = n . a11 a12 ... a1n a 21 a 22 ... a 2 n Notação: A = ( a ij ) n ×n = ... ... ... ... a n1 a n 2 ... a nn Diagonal Principal: são os elementos da matriz A onde i = j para todo i, j = 1,2,..., n . Diagonal Secundária: são os elementos da matriz A onde i + j = n + 1 para todo i, j = 1,2,..., n . Traço: é o somatório dos elementos da diagonal principal da matriz A, denotado por trA. n
trA = ∑ a kk = a11 + a 22 + ... + a nn k =1
Exemplo:
2 A= 5 10
3 4
7 0 − 1 9 3×3
Elementos da diagonal principal: 2, 7 e 9. Elementos da diagonal secundária: 4, 7 e 10. trA = 2 + 7 + 9 = 18 2
5. Matriz Diagonal Uma matriz quadrada A é chamada de matriz diagonal quando todos os elementos que não pertencem à diagonal principal são nulos, isto é, a ij = 0 quando i ≠ j para todo i, j = 1,2,..., n . 2 0 0 Exemplo: 0 1 0 0 0 3 3×3
6. Matriz Identidade Uma matriz diagonal A é chamada de matriz identidade quando os elementos da diagonal principal forem todos iguais a um. Notação: I n
1 0 Exemplo: I 2 = 0 1 2× 2 7. Matriz Triangular Superior Uma matriz quadrada A é uma matriz triangular superior quando os elementos abaixo da diagonal principal são nulos, isto é, a ij = 0 quando i > j para todo i, j = 1,2,..., n .
1 0 Exemplo: 0 0
2 5
4 7
3 6
0 −1 0 0 0 − 2 4×4
8. Matriz Triangular Inferior Uma matriz quadrada A é chamada de matriz triangular inferior quando os elementos acima da diagonal principal são nulos, isto é, a ij = 0 quando i < j para todo i, j = 1,2,..., n .
1 Exemplo: 4 7
0
0 0
8 0
−3
3×3
Operações com Matrizes 1. Adição Sejam A = ( a ij ) m×n e B = (bij ) m×n matrizes de mesma ordem, define-se a matriz soma C = A + B tal
que C = ( c ij ) m×n e c ij = a ij + bij para todo i = 1,2,..., m e para todo j = 1,2,..., n . Exemplos: 1 2 − 1 0 − 7 2,5 1) Sejam A = e B = . 5 5 3 4 − 4 0,5 1 + 0 2 − 7 − 1 + 2,5 1 − 5 1,5 Então A + B = = . 4 + 5 1 3,5 9 5 − 4 3 + 0,5
3
2) Um laboratório farmacêutico produz um certo medicamento. Os custos relativos à compra e transporte de quantidades específicas da substância necessárias para a sua elaboração, adquiridas em dois fornecedores distintos são dados (em reais) respectivamente pelas seguintes matrizes. preço custo compra transporte
3 15 substância B 12 8 substância C 5 2 Fornecedor 1
substância A
preço custo compra transporte
8 substância B 9 9 substância C 3 5 Fornecedor 2
substância A 6
A matriz que representa os custos totais de compra e de transporte de cada uma das substâncias A, B e C é dada por: 9 23 21 17 8 7 Propriedades da Operação de Adição A1. Associativa: para quaisquer matrizes A, B e C de mesma ordem, ( A + B ) + C = A + ( B + C ) .
A2. Comutativa: para quaisquer matrizes A e B de mesma ordem, A + B = B + A . Dem.: Considere matrizes de ordem m × n , A + B = C e B + A = D . c ij = a ij + bij = bij + a ij = d ij para todo i = 1,..., m e para todo j = 1,..., n . Assim, C = D . Logo, a operação de adição é comutativa. A3. Elemento Neutro: para toda matriz A, A + 0 m×n = 0 m×n + A = A . A4. Elemento Simétrico:para toda matriz A de ordem m × n existe uma matriz S de mesma ordem tal que A + S = S + A = 0 m×n . Sendo A = ( a ij ) m×n tem-se S = ( s ij ) m×n = −( a ij ) m×n . Notação: S = − A Assim, A + ( − A) = ( − A) + A = 0 m×n . Além disso, A + (− B) = A − B . A5. Para quaisquer matrizes quadradas A e B de mesma ordem, tr( A + B ) = trA + trB . Dem: Considere as matrizes de ordem n. tr ( A + B ) = ( a11 + b11 ) + ... + ( a nn + bnn ) = ( a11 + ... + a nn ) + (b11 + ... + bnn ) = tr ( A) + tr ( B )
4
2. Multiplicação por Escalar Sejam A = ( a ij ) m×n uma matriz e k ∈ R um escalar, define-se a matriz produto por escalar B = k ⋅ A
tal que B = (bij ) m×n e bij = k ⋅ a ij para todo i = 1,2,..., m e para todo j = 1,2,..., n . Exemplos: 0 1 1) Sejam A = 3 − 5 e k = −3 . −1 7
( −3).0 − 3 0 ( −3).1 Então ( −3) ⋅ A = ( −3).3 ( −3).( −5) = − 9 15 ( −3).( −1) ( −3).7 3 − 21
2) O quadro abaixo mostra a produção de trigo, cevada, milho e arroz em três regiões, em uma determinada época do ano.
REGIÃO I REGIÃO II REGIÃO III
TRIGO
CEVADA
MILHO
ARROZ
1200 600 1000
800 300 1100
500 700 200
700 900 450
Com os incentivos oferecidos, estima-se que a safra no mesmo período do próximo ano seja duplicada. A matriz que representa a estimativa de produção para o próximo ano é: 2400 1600 1000 1400 1200 600 1400 1800 2000 2200 400 900
Propriedades da Operação de Multiplicação por Escalar E1. Para toda matriz A e para quaisquer escalares k1 , k 2 ∈ R , ( k1 + k 2 ) ⋅ A = k1 ⋅ A + k 2 ⋅ A .
E2. Para toda matriz A e para quaisquer escalares k1 , k 2 ∈ R , ( k1 ⋅ k 2 ) ⋅ A = k 1 ⋅ ( k 2 ⋅ A) . E3. Para quaisquer matrizes A e B de mesma ordem e para qualquer escalar k ∈ R , k ⋅ ( A + B) = k ⋅ A + k ⋅ B . Dem.: Considere matrizes de ordem m × n , k ⋅ ( A + B ) = k ⋅ C = D e k ⋅ A + k ⋅ B = E + F = G . d ij = k ⋅ c ij = k ⋅ ( a ij + bij ) = k ⋅ a ij + k ⋅ bij = eij + f ij = g ij , para todo i = 1,..., m e para todo j = 1,..., n . Assim, D = G . Logo, vale a propriedade. E4. Para toda matriz A de ordem m × n , 0 ⋅ A = 0 m×n . E5. Para toda matriz A de ordem m × n , 1 ⋅ A = A . E6. Para toda matriz quadrada A e para todo k ∈ R, tr( k ⋅ A) = k ⋅ trA . 5
3. Multiplicação Sejam as matrizes A = ( a ij ) m× p e B = (bij ) p×n , define-se a matriz produto C = A ⋅ B tal que p
C = ( c ij ) m×n e c ij = ∑ a ik ⋅ bkj , isto é, c ij = a i1 ⋅ b1 j + a i 2 ⋅ b2 j + ... + a ip ⋅ b pj para todo i = 1,2,..., m e k =1
para todo j = 1,2,..., n . Exemplos: 1 0 1 2 3 1) Sejam A = 2 1 e B = . 1 0 − 1 − 1 4 1 .3 + 0 .0 1.1 + 0.( −1) 2 3 1 1 .2 + 0 .1 Então A ⋅ B = 2.2 + 1.1 2 .3 + 1 .0 2.1 + 1.( −1) = 5 6 1 ( −1).2 + 4.1 ( −1).3 + 4.0 ( −1).1 + 4.( −1) 2 − 3 − 5
Observe que A = ( a ij ) 3×2 , B = (bij ) 2×3 e C = ( c ij ) 3×3 . 2) A matriz abaixo nos fornece as quantidades de vitaminas A, B e C obtidas em cada unidade dos alimentos I e II. A B C alimento I 4 3 0 alimento II 5 0 1 Ao serem ingeridas 5 unidades do alimento I e 2 unidades do alimento II a quantidade consumida de cada tipo de vitamina é dada por:
(5
4 3 0 2 ) ⋅ = (5 ⋅ 4 + 2 ⋅ 5 5 ⋅ 3 + 2 ⋅ 0 5 ⋅ 0 + 2 ⋅ 1) = (30 15 2 ) 5 0 1
Serão consumidas 30 unidades de vitamina A, 15 unidades de vitamina B e 2 unidades de vitamina C. Propriedades da Operação de Multiplicação M1. Associativa: para quaisquer matrizes A, B e C de ordens m × p, p × l e l × n , respectivamente, ( A ⋅ B) ⋅ C = A ⋅ ( B ⋅ C ) . Dem.: Considere ( A ⋅ B ) ⋅ C = D ⋅ C = E e A ⋅ ( B ⋅ C ) = A ⋅ F = G . l
l
p
k =1
k =1
t =1
eij = ∑ d ik ⋅ c kj = ∑ ( ∑ a it ⋅ btk ) ⋅ c kj =
= ( a i1b11 + ... + a ip b p1 )c1 j + ( a i1b12 + ... + a ip b p 2 )c 2 j + ... + ( a i1b1l + ... + a ip b pl )c lj = a i1b11 c1 j + ... + a ip b p1 c1 j + a i1 b12 c 2 j + ... + a ip b p 2 c 2 j + ... + a i1 b1l c lj + ... + a ip b pl c lj = a i1 (b11 c1 j + b12 c 2 j + ... + b1l c lj ) + ... + a ip (b p1 c1 j + b p 2 c 2 j + ... + b pl c lj ) p
l
p
t =1
k =1
t =1
= ∑ a it ⋅ ( ∑ btk ⋅ c kj ) = ∑ a it ⋅ f tj = g ij para todo i = 1,..., m e para todo j = 1,..., n .
Assim, E = G . Logo, vale a propriedade associativa para multiplicação de matrizes. 6
M2. Distributiva da Multiplicação em relação à Adição: para quaisquer matrizes A e B de ordem m × p , para toda matriz C de ordem p × n e para toda matriz D de ordem l × m , ( A + B) ⋅ C = A ⋅ C + B ⋅ C e D ⋅ ( A + B) = D ⋅ A + D ⋅ B . M3. Elemento Neutro: para toda matriz quadrada A de ordem n, A ⋅ I n = I n ⋅ A = A M4. Para quaisquer matrizes quadradas A e B de mesma ordem, tr ( A ⋅ B ) = tr ( B ⋅ A) . M5. Para quaisquer matrizes quadradas A e B de mesma ordem e para todo k ∈ R , k ⋅ ( A ⋅ B ) = ( k ⋅ A) ⋅ B = A ⋅ ( k ⋅ B ) M6. Para toda matriz quadrada A de ordem n, A.0 n ×n = 0 n ×n ⋅ A = 0 n ×n Em geral, não vale a propriedade comutativa para a operação de multiplicação. Assim, A ⋅ B ≠ B ⋅ A . Quando A ⋅ B = B ⋅ A , diz-se que A e B são matrizes comutáveis, ou ainda que A e B são matrizes que comutam entre si. Por M6, qualquer matriz quadrada comuta com a matriz quadrada nula de mesma ordem. Exemplos: 1) Sejam as matrizes A = ( a ij ) 2×3 e B = (bij ) 3×2 .
A ⋅ B = C = ( c ij ) 2×2 ≠ ( d ij ) 3×3 = D = B ⋅ A . 2) Sejam as matrizes A = ( a ij ) 2×3 e B = (bij ) 3×1 .
A ⋅ B = C = ( c ij ) 2×1 e a matriz produto B ⋅ A não é definida. 1 2 − 1 0 3) Sejam A = e B = . 3 4 1 2 1 4 − 1 − 2 A ⋅ B = ≠ = B ⋅ A 1 8 7 10 1 2 1 − 1 4) Sejam A = e B = . 1 − 2 1 1 3 1 Assim, A ⋅ B = = B ⋅ A . − 1 3 Logo, as matrizes A e B comutam entre si. Potência de uma Matriz Quadrada de Ordem n. A0 = I n
A1 = A A2 = A ⋅ A ..................................... A k = A ⋅ A k −1 = A k −1 ⋅ A Toda matriz quadrada A comuta com qualquer potência natural de A. 7
Exemplos: 1 3 1) Seja A = . 0 1 1 3 1 3 1 6 Então A 2 = A ⋅ A = ⋅ = . 0 1 0 1 0 1 2 1 2) Sejam o polinômio f ( x ) = x 2 + 2 x − 11 e a matriz A = . 4 − 3 Determinando o valor f ( A) : f ( x ) = x 2 + 2 x − 11 = x 2 + 2 x 1 − 11x 0 f ( A) = A 2 + 2 ⋅ A1 − 11 ⋅ A 0 = A 2 + 2 ⋅ A1 − 11 ⋅ I 2 2 4 − 11 0 0 0 9 − 4 1 1 0 9 − 4 2 f ( A) = + 2 ⋅ − 11 ⋅ = + + = − 8 17 4 − 3 0 1 − 8 17 8 − 6 0 − 11 0 0 A matriz A é uma raiz do polinômio, já que f ( A) = 0 2×2 . Matriz Idempotente Uma matriz quadrada A é idempotente quando A 2 = A . 1 2 −1 Exemplo: A matriz − 3 4 − 3 é idempotente. (Verifique!) − 5 5 − 4
4. Transposição Seja a matriz A = ( a ij ) m×n , define-se a matriz transposta B tal que B = (bij ) n×m e bij = a ji , isto é, é a
matriz obtida a partir da matriz A pela troca de suas linhas pelas colunas correspondentes. Notação: B = A t Propriedades da Operação de Transposição T1. Involução: para toda matriz A, ( A t ) t = A .
T2. Para quaisquer matrizes A e B de mesma ordem, ( A + B ) t = A t + B t . Dem.: Considere matrizes de ordem m × n , ( A + B ) t = C t = D e A t + B t = E + F = G . d ij = c ji = a ji + b ji = eij + f ij = g ij para todo i = 1,..., m e para todo j = 1,..., n . Assim, D = G . T3. Para toda matriz A e para todo escalar k ∈ R , ( k ⋅ A) t = k ⋅ A t . T4. Para toda matriz A de ordem m × p e para toda matriz B de ordem p × n , ( A ⋅ B ) t = B t ⋅ A t . T5. Para toda matriz quadrada A, tr ( A t ) = trA . 8
Classificação de Matrizes Quadradas 1. Matriz Simétrica Uma matriz quadrada A é denominada simétrica quando A t = A . 4 3 − 1 Exemplo: 3 2 0 −1 0 5
Os elementos da matriz dispostos simetricamente em relação à diagonal principal são iguais. 2. Matriz Anti-simétrica Uma matriz quadrada A é denominada anti-simétrica quando A t = − A . 3 − 1 0 Exemplo: − 3 0 7 1 −7 0
Todos os elementos da diagonal principal são iguais a zero e os elementos simetricamente dispostos em relação à diagonal principal têm sinais contrários. 3. Matriz Invertível ou Não-singular Uma matriz quadrada A de ordem n é dita invertível se existir uma matriz quadrada B de mesma ordem tal que A ⋅ B = B ⋅ A = I n . A matriz B é dita matriz inversa da matriz A.
Notação: B = A −1 A ⋅ A −1 = A −1 ⋅ A = I n Exemplos: 2 5 3 − 5 1) A matriz é invertível e sua inversa é pois: 1 3 −1 2 2 5 3 − 5 3 − 5 2 5 1 0 ⋅ = ⋅ = 2 − 1 2 1 3 0 1 1 3 − 1 2 − 1 2) Obtendo a matriz inversa da matriz A = 1 0 x z Considere B = y t 2 − 1 x z 2 x − y 2 z − t 1 0 Se A ⋅ B = I n então ⋅ = = z 0 1 1 0 y t x 2 x − y = 1 x = 0 Assim, 2 z − t = 0 z = 1 0 1 Desta forma, B = − 1 2 9
Verifica-se também que B ⋅ A = I n . 0 1 Então a matriz inversa da matriz A é A −1 = . − 1 2 1 2 3 3) A matriz 4 5 6 não possui inversa. 7 8 9
Propriedades das Matrizes Invertíveis I1. Involução: ( A −1 ) −1 = A .
I2. ( A ⋅ B ) −1 = B −1 ⋅ A −1 . dem.: ( A ⋅ B ) ⋅ ( B −1 ⋅ A −1 ) = ( A ⋅ ( B ⋅ B −1 )) ⋅ A −1 = ( A ⋅ I n ) ⋅ A −1 = A ⋅ A −1 = I n . Analogamente, ( B −1 ⋅ A −1 ) ⋅ ( A ⋅ B ) = ( B −1 ⋅ ( A −1 ⋅ A)) ⋅ B = ( B −1 ⋅ I n ) ⋅ B = B −1 ⋅ B = I n . Logo, o produto é invertível. I3. ( A t ) −1 = ( A −1 ) t . Semelhança de Matrizes Duas matrizes A, B ∈ Mat n (R ) são semelhantes quando existe uma matriz invertível P∈ Mat n (R )
tal que B = P −1 AP .
0 1 1 0 e são semelhantes. Exemplo: As matrizes 1 0 1 − 1 13 13 1 0 13 2 − 1 −1 Considere P = e P = − 1 2 . Assim, 1 − 1 = − 1 1 1 3 3 3
1 3 2 3
0 1 2 − 1 ⋅ ⋅ . 1 0 1 1
4. Matriz Ortogonal Uma matriz quadrada A de ordem n invertível é denominada ortogonal quando A −1 = A t .
cos θ Exemplo: senθ
− senθ cos θ
5. Matriz Normal Uma matriz quadrada A de ordem n é dita normal quando comuta com sua matriz transposta, isto é, A ⋅ At = At ⋅ A .
6 − 3 Exemplo: 6 3
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Operações Elementares São operações realizadas nas linhas de uma matriz. São consideradas operações elementares: OE1. A troca da linha i pela linha j. Li ↔ L j OE2. A multiplicação da linha i por um escalar k ∈ R não nulo. Li ← k ⋅ Li OE3. A substituição da linha i por ela mesma mais k vezes a linha j, com k ∈ R não nulo. Li ← Li + k ⋅ L j
0 0 Exemplo: 2 4 L1 ↔ L3 1 5
1 5 1 5 1 2 4 L2 ← L2 1 2 L2 ← L2+(-1)L1 2 0 0 0 0
5 1 0 − 3 0 0
Matriz Equivalente por Linha Sejam A e B matrizes de mesma ordem. A matriz B é denominada equivalente por linha a matriz A, quando for possível transformar a matriz A na matriz B através de um número finito de operações elementares sobre as linhas da matriz A. 0 0 5 1 Exemplo: A matriz 2 4 é equivalente a matriz 0 − 3 , pois usando somente operações 0 0 1 5 elementares nas linhas da primeira matriz foi possível transformá-la na segunda.
Matriz na Forma Escalonada Uma matriz está na forma escalonada quando o número de zeros, que precede o primeiro elemento não nulo de uma linha, aumenta linha a linha. As linhas nulas, se existirem, aparecem abaixo das não nulas.
7 0 Exemplos: 0 0
1 1 0 0
0 3 0 5 2 6 0 − 1
2 0 0 0
0 0 5 1 − 2 0 5 1 2 3 0 0 3 1 1 4 0 0 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
1 0 0 0 1 0 0 0 1
11
Escalonamento por Linha de uma Matriz Dada uma matriz qualquer, é possível obter uma matriz equivalente por linhas a esta matriz na forma escalonada:
Exemplos: 1 2 1) 4 5 7 8
3 6 L2 ← L2 + (−4) L1 9
2 3 1 0 − 3 − 6 L3 ← L3 + (−7) L1 7 8 9 2 3 1 L3 ← L3 + (−2) L2 0 − 3 − 6 0 0 0
2 3 1 0 − 3 − 6 0 − 6 − 12
2 1 2 1 2 0 0 0 3 0 0 − 6 0 0 L2 ← L2 + (−3) L1 L4 ← L4 L1 ↔ L3 2 0 0 2 0 0 2 3 3 0 − 1 3 0 − 1 0 1 2 0 0 1 2 0 0 1 0 0 1 0 1 L2 ← ( − 6 ) L 2 L ← L + ( − 2 ) L L ← L + ( − 5 ) L 3 3 2 4 4 2 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 5 0 0 5
0 0 3 0 2) 0 1 0 − 1
0 0 + L1 0 0 1 2 0 1 0 0 0 0
1 2 0 − 6 0 2 0 5
A escolha de operações em um escalonamento não é única. O importante é observar que o objetivo é aumentar o número de zeros, que precede o primeiro elemento não nulo de cada linha, linha a linha. Posto de uma Matriz O posto de uma matriz A pode ser obtido escalonando-se a matriz A. O número de linhas não nulas após o escalonamento é o posto da matriz A. Notação: PA
Exemplo: Nos dois exemplos anteriores o posto das matrizes é igual a dois.
Aplicações de Operações Elementares 1. Cálculo da Inversa de uma Matriz Quadrada A de ordem n. Passo 1: Construir a matriz ( A | I n ) de ordem n × 2n .
Passo 2: Utilizar operações elementares nas linhas da matriz ( A | I n ) de forma a transformar o bloco A na matriz identidade I n . Caso seja possível, o bloco I n terá sido transformado na matriz A −1 . Se não for possível transformar A em I n é porque a matriz A não é invertível.
2 1 2 2 −1 0 −1 Exemplo: Seja A = 3 1 0 . A matriz inversa é A = 3 1 − 6 . 1 1 1 − 2 −1 5 12
2 2 1 1 2 2 1 0 0 1 3 1 0 0 1 0 L2 ← L2 + (−3) L1 0 − 5 − 6 − 3 1 1 1 0 0 1 1 1 1 0 2 2 1 0 0 2 2 1 0 1 1 0 − 5 − 6 − 3 1 0 L2 ↔ L3 0 − 1 − 1 − 1 0 0 − 1 − 1 − 1 0 1 0 − 5 − 6 − 3 1 2 2 1 0 0 1 1 1 1 0 − 1 L3 ← L3 + 5L2 0 0 − 5 − 6 − 3 1 0 0 −1 0 2 1 0 1 1 1 0 − 1 L3 ← (−1) L31 0 0 1 0 0 − 1 2 1 − 5 0 2 1 0 0 −1 0 3 1 − 6 0 1 0 0 0 1 − 2 − 1 5
2 1 2 1 0 1 0 0 − 1 0 0
−1
1 1
1
0 1 −2
0 0 1 0 L3 ← L3 + (−1) L1 0 1 0 1 L2 ← (−1) L2 0 1 0 0 1 0 − 1 L1 ← L1 + (−2) L2 2 1 − 5 0 2 0 − 1 L2 ← L2 + (−1) L3 −1 5
Justificativa do Método para o Cálculo da Matriz Inversa Teorema: Uma matriz quadrada A de ordem n é invertível se e somente se a matriz A é equivalente por linha a matriz I n . Desta forma, a seqüência de operações elementares que reduz a matriz A na matriz I n , transforma a
matriz I n na matriz A −1 . 1 2 Exemplo: Considere a matriz A = . 0 3 A redução da matriz A à matriz identidade é: 1 2 1 0 1 1 2 L 2 ← L 2 L 1 ← L 1 + ( −2) L 2 3 0 1 0 3 0 1 Aplicando em I n a mesma seqüência de operações: 2 1 − 1 0 1 1 0 3 1 L 1 ← L 1 + ( −2 ) L 2 L 2 ← L 2 0 1 0 1 3 0 3 3 2 1 − 3 é a inversa da matriz A. Assim, a matriz 1 0 3
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2. Cálculo do Determinante A qualquer matriz quadrada A podemos associar um certo número real denominado determinante da matriz. Notação: det A ou A
É importante observar que: a) Quando trocamos duas linhas de uma matriz A, seu determinante troca de sinal. b) O determinante da matriz fica multiplicado pelo escalar não nulo k quando todos os elementos de uma certa linha forem multiplicados por k. c) O determinante não se altera quando utilizamos a operação elementar do tipo L i ← L i + k ⋅ L j . (Teorema de Jacobi). d) O determinante de uma matriz triangular é igual ao produto dos elementos da diagonal principal. O cálculo do determinante de uma matriz quadrada, utilizando-se operações elementares nas linhas da matriz, consiste em encontrar uma matriz triangular equivalente por linha à matriz dada, respeitando-se as propriedades de determinantes acima. Exemplos: 1 5 1 5 3 0 0 1 − 2 3 1 −2 1) det 3 − 6 9 = 3 det 1 − 2 3 = (−3) det 0 1 5 = (−3) det 0 1 5 = 2 2 2 0 10 − 5 6 1 6 1 6 1 3 1 −2 (−3) det 0 1 5 = (−3) ⋅ 1 ⋅ 1 ⋅ (−55) = 165 0 0 − 55
2 2 2) det 1 0 1 0 det 0 0
3 −4 1 1 0 0 − 3 2 = − ( 1 ) det 2 1 − 2 − 5 0 1 2 3 1 − 2 − 5 1 1 1 0 11 0 1 = det 0 0 −2 4 7 0 0 1 2 3
1 0 (−2) det 0 0
1 1 0 0
1 − 2 − 5 1 − 2 − 5 1 0 0 − 3 4 7 0 − 2 = (−1) det = 3 −4 1 0 1 0 11 0 1 2 3 1 2 3 − 2 − 5 1 1 − 2 − 5 0 11 0 11 0 1 = (−1) det = 4 29 0 0 2 − 8 0 0 2 − 8 4 29 − 2 − 5 1 1 − 2 − 5 0 11 0 11 0 1 = (−2) det = (−2) ⋅ 1 ⋅ 1 ⋅ 1 ⋅ 45 = −90 1 − 4 0 0 1 − 4 0 0 4 29 0 45
Outras informações sobre este tópico encontram-se no Apêndice A.
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3. Resolução de Sistemas Outra aplicação de operações elementares é na resolução de sistemas, que será visto com detalhes no próximo capítulo.
Exercícios b + c 8 1 a−b 1) Resolva a equação matricial = , indicando os valores para a, b, c e d. d c a d 3 + 2 − 4 7 6 2 − 1 3 8 − 3 − 5 0 − 2 3 2) Considere A = 0 4 5 , B = 0 1 2 , C = 1 7 4 e k = 4 . Verifique se: − 2 4 − 7 3 1 4 6 9 9 a) ( A ⋅ B ) ⋅ C = A ⋅ ( B ⋅ C ) b) k ⋅ ( B − C ) = k ⋅ B − k ⋅ C c) tr ( A + B ) = trA + trB d) tr ( A ⋅ C ) = trA ⋅ trC
1 2 3) Seja A = . Indique uma matriz quadrada B de ordem 2 não nula tal que A ⋅ B = 0 2×2 . 3 6 2 1 4) Seja A = . Resolva a equação matricial A ⋅ X = I 2 , onde X = ( x ij ) 2×2 . 1 1 5) Mostre que, em geral, ordem.
A 2 − B 2 ≠ ( A − B ) ⋅ ( A + B ) , sendo A e B matrizes quadradas de mesma
1 2 6) Seja A = . Encontre A n . 0 1 0 3 7) Verifique que a matriz é uma raiz do polinômio f ( x ) = x 2 − 2 x − 3 . 8 − 1 2 0 8) Considere A = . 4 1 a) Indique a matriz A 2 − 2 ⋅ A + I 2 b) A matriz A é invertível? Em caso afirmativo, indique A −3 = ( A −1 ) 3 . 1 0 9) Mostre que as únicas matrizes quadradas de ordem 2 que comutam tanto com a matriz 0 0 0 1 quanto com a matriz são múltiplas de I 2 . 0 0
1 2 10) Determine todas as matrizes de ordem 2 que comutam com a matriz . − 2 1 15
2 1 5 0 11) Sejam A = e B = . Verifique a igualdade ( A ⋅ B ) t = B t ⋅ A t . 3 − 4 − 6 7 12) Mostre que se a matriz quadrada A for invertível e A ⋅ B = A ⋅ C então B = C . (Lei do Corte) 2 − 1 3 1 13) Sejam A = 1 0 2 e B = 2 . É possível calcular X, na equação A ⋅ X = B ? 0 3 0 1
14) Sejam A, B, C e X matrizes quadradas de mesma ordem e invertíveis. Resolva as equações, considerando X a variável. a) A ⋅ B ⋅ X = C b) C ⋅ A ⋅ X t = C c) A ⋅ X 2 ⋅ C = A ⋅ X ⋅ B ⋅ C d) A ⋅ B −1 ⋅ X = C ⋅ A e) A 2 ⋅ X t = A ⋅ B ⋅ A 15) Seja A uma matriz de ordem n tal que a matriz ( A t ⋅ A) é invertível. A matriz A ⋅ ( A t ⋅ A) −1 ⋅ A t é simétrica? E idempotente? cos θ 16) Mostre que a matriz senθ
− senθ é uma matriz ortogonal. cos θ
1 17) Determine a, b e c de modo que a matriz 0 a
0 1 2 b
0 1 seja ortogonal. 2 c
18) Mostre que a soma de duas matrizes simétricas é também uma matriz simétrica. 19) Mostre que o mesmo vale para matrizes anti-simétricas. 20) Se A e B são matrizes simétricas que comutam entre si então a matriz B ⋅ A 2 também é simétrica? Justifique. 21) Toda matriz ortogonal é também uma matriz normal? Justifique. 22) O produto de duas matrizes ortogonais é uma matriz ortogonal? Justifique. 23) Em uma pesquisa onde foram consideradas 3 marcas de refrigerante, Gelato, Delícia e Suave, o elemento a ij da matriz abaixo indica a possibilidade de uma pessoa que consuma o refrigerante i passar a consumir o refrigerante j. O elemento da diagonal principal representa a possibilidade de uma pessoa que consuma um determinado refrigerante permaneça consumindo o mesmo refrigerante.
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Gelato Delícia Suave
0,8 0,1 0,1 Delícia 0,4 0,5 0,1 Suave 0,6 0,2 0,2 Gelato
a) Qual a possibilidade de uma pessoa que consumia o refrigerante Gelato passar a consumir o refrigerante Suave? E a de quem consumia Suave passar a consumir Gelato? b) Escreva a matriz que indica a possibilidade de se mudar de marca após duas pesquisas. 1 2 − 4 24) Verifique se a matriz − 1 − 1 5 é invertível. Em caso afirmativo, indique a matriz inversa. 2 7 − 3 1 2 − 1 25) Para que valores de a a matriz 0 1 1 admite inversa? 1 1 a 0 1 3 26) Dada a matriz A = 2 5 − 1 . Indique a matriz ( A | I 3 ) e determine A −1 . 0 1 2 3 − 3 1 27) Dada a matriz A = 0 − 1 2 . Indique a matriz A. 1 − 2 1 −1
1 1 1 28) Determinar o valor de a a fim de que a matriz 2 1 2 seja invertível. 1 2 a
1 − 2 4 3 0 1 29) Calcule o determinante das matrizes 2 −3 5 e 2 4 6 . 3 −4 6 − 4 1 2 30) Sabendo que A é uma matriz quadrada de ordem n e que det A = 5 , determine: a) det(3 ⋅ A) b) det A t c) det( − A) d) det A 2 5 a −1 31) Encontre todos os valores de a para os quais det = 0. a + 3 0
17
Respostas 1) a = 5, b = −3, c = 4, d = 1
23) a) 0,1 e 0,6
3 − 16 − 11 7 5 24) A = 2 − 12 2 1 −5 −3 2 2 2 25) a ≠ −2
− 2 z − 2t 3) B = ,t,z ∈ R * t z
−1
1 − 1 4) X = − 1 2 1 2n 6) A n = 0 1 1 0 8) a) b) 4 0 − x 10) − y
0,74 0,15 0,11 b) 0,58 0,31 0,11 0,68 0,20 0,12
6 3 − 11 26) A = 4 − 2 − 1 −2 1 1 1 12 12 2 1 2 27) A = 3 3 − 13 1 5 − 1 6 6 6 −1
1 8 7 2
0 1
y ,x,y ∈ R x
28) a ≠ 1
− 4 13) Sim, X = 0 3
14) a) X = B −1 ⋅ A −1 ⋅ C b) X = ( A −1 ) t c) X = B d) X = B ⋅ A −1 ⋅ C ⋅ A e) X = ( A −1 ⋅ B ⋅ A) t 15) Sim. Sim. 17) b = 22 e c = − 22 ou b = −
29) 0 e 24, respectivamente. 30) a) 3 n ⋅ 5 b) 5 5 se n for par c) − 5 caso contrário d) 25 31) a = 1 ou a = −3 2 2
ec=
2 2
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Apêndice A - Determinante Permutações
Seja um conjunto finito A qualquer, uma permutação em A é qualquer função bijetora f : A → A . Sendo n a cardinalidade do conjunto, existem n! permutações possíveis. Exemplos: 1) Seja A = {a, b} e as bijeções abaixo: a
a
a
a
b
b
b
b
A notação usual é: a b a b
a b b a
Nesta notação matricial, a primeira linha indica os elementos originais e a segunda os elementos reorganizados. 2) Seja A = {1,2,3} . 1 2 3 1 2 3 1 2 3 e são três das seis permutações possíveis em A. , 2 1 3 1 3 2 3 1 2 3) Seja A = {a, b, c, d } . a b c d é uma das 24 permutações possíveis. b c d a Se A for um conjunto munido de uma relação de ordem, as permutações podem ser classificadas como permutações pares e permutações ímpares. Uma permutação é par quando o número de elementos dentre os elementos reorganizados - “fora de ordem” for par e é ímpar quando este número for ímpar. Exemplos: 1) Seja A = {1,2,3} com a ordem numérica usual, isto é, 1 ≤ 2 ≤ 3 . 1 2 3 1 2 3 1 2 3 e são permutações ímpares e é par. 2 1 3 1 3 2 3 1 2 2) Seja A = {a, b, c, d } com a ordem lexicográfica (alfabética) usual. a b c d é uma permutação ímpar. b c d a Além disto, às permutações pares é associado o sinal positivo e às ímpares o sinal negativo.
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O Determinante Dada uma matriz quadrada A de ordem n é possível fazer corresponder um certo número denominado determinante da matriz A. Notação: det A
A
det( a ij ) n ×n
a11 Considere, por exemplo, uma matriz quadrada de ordem 3, A = a 21 a 31
a12 a 22 a 32
a13 a 23 , e as permutações a 33
possíveis no conjunto de índices {1, 2, 3}. 1 2 3 A partir da permutação ímpar associa-se o produto “ − a11 a 23 a 32 ” , tal que os índices linha 1 3 2 correspondem a primeira linha da representação da permutação, os índices coluna são obtidos da segunda linha e o sinal negativo da classificação da permutação. O determinante de uma matriz de ordem 3 é obtido a partir de todas as seis permutações possíveis no conjunto de índices {1, 2, 3} classificadas e sinalizadas. Assim, o determinante é dado por: det A = a11 a 22 a 33 − a11 a 23 a 32 − a12 a 21 a 33 + a12 a 23 a 31 + a13 a 21 a 32 − a13 a 23 a 31 Genericamente, para uma matriz de ordem n, o determinante é o número obtido do somatório dos produtos sinalizados de elementos a ij da matriz, combinados de acordo com as permutações do conjunto de índices {1, 2,..., n}. Exemplos: 1) det(6) = 6 − 1 0 2) det = a11 a 22 − a12 a 21 = ( −1).7 − 0.2 = −7 2 7 2 5 − 2 3) det − 1 0 4 = a11 a 22 a 33 − a11 a 23 a 32 − a12 a 21 a 33 + a12 a 23 a 31 + a13 a 21 a 32 − a13 a 22 a 31 0 1 0 2 1 1 = 2.0.0 − 2.4. − 5.( −1).0 + 5.4.0 + ( −2).( −1). − ( −2).0.0 2 2 = −3
20
Desenvolvimento de Laplace Seja uma matriz quadrada de ordem n, a11 a A = 21 .... a n1
a12 a 22 ... an2
.... a1n .... a 2 n ..... .... .... a nn
Considere um elemento a ij qualquer, com i, j = 1,..., n e a submatriz Aij de ordem ( n − 1) obtida a partir da matriz A retirando-se a i-ésima linha e a j-ésima coluna. O determinante da submatriz Aij sinalizado por ( −1) i + j é denominado o cofator do elemento a ij . 2 5 − 2 Exemplo: Seja a matriz − 1 0 4 . 0 1 0 2 2 5 1 = ( −1).1 = −1 O cofator do elemento a 23 , isto é, de 4 é : ( −1) 2 + 3 . det 0 2 5 − 2 O cofator do elemento a 31 = 0 a31 é: ( −1) 3+1 . det = 1.20 = 20 4 0
Considere uma certa linha i fixada. O determinante da matriz A fica definido por: n
det A = ∑ a ij ⋅ ( −1) i + j ⋅ det Aij j =1
A expressão é uma fórmula de recorrência (faz uso de determinantes de matrizes de ordem menores) conhecida como desenvolvimento de Laplace. Este desenvolvimento pode ser feito fixando-se uma certa coluna j e a expressão passa a ser: n
det A = ∑ a ij ⋅ ( −1) i + j ⋅ det Aij i =1
Exemplos: − 1 0 1) A = fixada a linha 2. 2 7 det A = a 21 ( −1) 2 +1 det A21 + a 22 ( −1) 2 + 2 det A22 = 2.( −1) 3 . 0 + 7.( −1) 4 . − 1 = 2.( −1).0 + 7.1.( −1) = −7 2 5 − 2 2) A = − 1 0 4 fixada a linha 1. 0 1 0 2 det A = a11 ( −1) 1+1 det A11 + a12 ( −1) 1+ 2 det A12 + a13 ( −1) 1+ 3 det A13
0 = 2 .1 . 1 2
4 0
+ 5.( −1).
−1 4 0 0
+ ( −2).1.
−1 0
0 1 2 21
Fixando ainda a linha 1 para as submatrizes: det A = 2.1.[0.( −1) 1+1 . det A11 + 4.( −1) 1+ 2 . det A12 ] + 5.( −1).[( −1).( −1) 1+1 . det A11 + 4.( −1) 1+ 2 . det A12 ] + ( −2).1.[( −1).( −1) 1+1 . det A11 + 0.( −1) 1+ 2 . det A12 ] 1 1 = 2.1.[0.1. 0 + 4.( −1). ] + 5.( −1).[( −1).1. 0 + 4.( −1). 0 ] + ( −2).1.[( −1).1. + 0.( −1). 0 ] 2 2 1 = 2.1.( −2) + 5.( −1).0 + ( −2).1. = −4 + 1 = −3 2
Propriedades
Considere A e B matrizes quadradas de ordem n e k ∈ R não nulo. D1. Se A é uma matriz triangular superior (inferior) então det A = a11 a 22 ...a nn . a11 0 dem: Considere a matriz A = ... 0
a12 a 22 ... 0
a1n .... a 2 n . ..... .... .... a nn ....
Fixando a coluna 1 para o cálculo dos determinantes, n
det A = ∑ a i1 ( −1) i +1 det Ai1 = a11 ( −1) 1+1 det A11 + a 21 ( −1) 2 +1 det A21 + ... + a n1 ( −1) n +1 det An1 i =1
a 22 a 23 ... a 2 n n −1 0 a 33 ... a 3n i +1 = a11 det = a det Ai1 11 ∑ a i1 ( −1) ...................... i =1 0 0 ... a nn 1+1 = a11 [a 22 ( −1) det A11 + ... + a nn ( −1) n −1+1 det A( n −1)1 ] a 33 a 34 ... a 3n n −2 0 a 44 ... a 4 n i +1 = a11 a 22 det = a a det Ai1 11 22 ∑ a i1 ( −1) ...................... i =1 0 0 ... a nn = a11 a 22 [a 33 ( −1) 1+1 det A11 + ... + a nn ( −1) n − 2 +1 det A( n − 2 )1 ]
= a11 a 22 ...a nn Corolários: i) det 0 n = 0 ii) det I n = 1 iii) Se A é uma matriz diagonal então det A = a11 a 22 ...a nn . D2. D3. D4. D5. D6.
det A = 0 , quando A possuir uma linha (ou coluna) nula. det A = 0 , quando A possuir duas linhas (ou colunas) iguais. det( k ⋅ A) = k n ⋅ det A det( A ⋅ B ) = det A ⋅ det B
det A = det A t 22
D7.Considere a matriz A e B a matriz obtida a partir de A por aplicação de operações elementares: a) Li ↔ Lj : det B = − det A b) Li ← k.Li : det B = k ⋅ det A a11 a12 ... a1n ......................... dem: Considere a matriz A = a i1 a i 2 ... a in . ........................ a a n1 n 2 ... a nn Fixando a linha i para o cálculo dos determinantes, n
det A = ∑ a ij ( −1) i + j det Aij j =1
a11 a12 ... a1n ......................... Seja a matriz B = ka i1 ka i 2 ... ka in obtida pela operação elementar Li ← k.Li. ........................ a n1 a n 2 ... a nn n
det B = ∑ ( ka ij )( −1) j =1
i+ j
n
det Aij = k ⋅ ∑ a ij ( −1) i + j det Aij = k ⋅ det A j =1
c) Li ← Li + k.Lj : det B = det A D8. A é uma matriz invertível se e somente se det A ≠ 0 . 1 D9. Se A é uma matriz invertível então det A −1 = . det A D10. Se A e B são matrizes semelhantes então det A = det B . D11. Se A é uma matriz ortogonal então det A = ±1 .
Exercícios 1) Calcule o determinante usando permutações. 1 4 7 1 2 a) b) 2 5 8 3 4 3 6 9 2) Calcule o determinante usando desenvolvimento de Laplace. 1 0 1 1 1 4 7 5 1 1 2 a) 2 5 8 b) 3 − 1 4 1 3 6 9 1 2 0 1 3) Indique o valor de x para que as matrizes sejam invertíveis. 1 1 2 3 x 1 a) 4 5 6 b) − 1 1 x 7 8 x x 1 − 1 23
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