METODOLOGIA DE CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO BASEADO NA PESQUISA COMO MOTOR DINAMIZADOR DA AUTONOMIA

June 3, 2017 | Autor: A. da Conceição P... | Categoria: Educational Technology, Educational Administration, Educational Research
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METODOLOGIA DE CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO BASEADO NA PESQUISA COMO MOTOR DINAMIZADOR DA AUTONOMIA
ALBERTO PABLO
Mestre em Ciências da Educação
Resumo
Esta reflexão, apoiada nalguma literatura, nalguns estudos direccionados para a promoção da autonomia dos alunos e da virtualidade da área pedagógica com recurso a metodologias activas, como sejam a de trabalho de projecto, baseadas nos problemas, no aprender fazendo, na aprendizagem em acção, reivindica acções que levam o docente e o aprendente a investigar e a pesquisar. Sobressai a importância da metodologia de trabalho de projecto, baseada em problemas, entre outras opcções, que permite o estabelecimento de um projecto pedagógico que abrange problemas relevantes para gerar um processo de interconexão entre as aprendizagens, englobando o aprender a pesquisar, investigar, conhecer, fazer, elementos essenciais para o ensino superior.
Palavras-chave: metodologias activas, metodologia da problematização, promoção da autonomia.

Introdução
A complexidade crescente dos diversos sectores da vida em sociedade tem vindo a demandar, cada vez mais, o desenvolvimento das capacidades humanas de pensar, sentir e agir de uma forma cada vez mais rápida, mais ampla e mais profunda.
Uma das missões das instituições de ensino é contribuir para que tal desenvolvimento ocorra. O professor tem a incumbência de actuar para promover o desenvolvimento humano, o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico do escolar.
A aprendizagem baseada nos problemas, pode ser um contributo significativo para o aumento e incremento da autonomia do aluno, pois a partir desta prática pedagógica poderá ser acelerada a produção de conhecimento, e conduzir à formação da cidadania para a transformação da sociedade.
Metodologia de Investigação
O projecto de aprendizagem é uma pedagogia construtivista que tem por objectivo principal promover uma aprendizagem mais profunda através de um método baseado em indagações, em perguntas, em problemas, e que conduz ao envolvimento e motivação do aprendente, e à dinamização da sua autonomia.
Pode definir-se metodologia de trabalho de projecto como "(…) uma abordagem pedagógica centrada em problemas". (Vasconcelos, 2006, p.3).
Esta metodologia, à semelhança de outras similares, é tudo menos recente. Data da mais remota antiguidade. Os gregos já recorriam a este procedimento. Sócrates (469-399 a.C.), propôs a maiêutica, enquanto educação problematizadora, com o objectivo de fazer nascer ideias a partir do problema, de perguntas dirigidas aos discípulos com o fito de encontrar possíveis respostas que conduzissem à aprendizagem. A maiêutica consiste em fazer perguntas e analisar as respostas de maneira sucessiva até chegar à verdade ou à contradição do enunciado.
Os problemas identificados pelos escolares estão na base desta abordagem. O aprendente deve ser envolvido no problema, ele tem que investigar, registrar dados, formular hipóteses, tomar decisões, resolver o problema, tornando-se sujeito do seu próprio conhecimento. O professor deixa de ser o único responsável pela aprendizagem do aluno e torna-se um pesquisador, o orientador do interesse dos seus alunos.
"O professor abdica do seu papel central de transmissor de conhecimento e de avaliador supremo da qualidade da tradução e passa a desempenhar a função de facilitador, organizador, fornecedor de recursos, ou seja, gestor de projectos pedagógico-didácticos." (Escaleira, M., Bizarro, R., 2009, p. 129).
Um dos grandes propósitos desta pedagogia é encontrar um caminho, através da pesquisa, para dar resposta às questões suscitadas pelos aprendentes.
Segundo Vygotsky (1978), é, através desta abordagem, analisado em profundidade um determinado tópico, permitindo ao escolar mover-se para além do seu desenvolvimento.
Para iniciar um bom trabalho de projecto ou de investigação é importante fortalecer as predisposições dos escolares para se interessarem, se ocuparem e se envolverem numa observação aprofundada, e na representação de fenómenos do ambiente que as rodeia merecedores de atenção (Katz & Chard, 2009, p. 123).
A abordagem de diferentes tópicos através da Metodologia de Trabalho de Projeto é uma mais-valia, uma vez que "(…) poderá criar ambientes propícios à iniciação do pensamento científico e à linguagem específica [das diferentes áreas do conhecimento], mas também contribuir para o desenvolvimento da linguagem, numa perspectiva de literacia linguística (…)" (Ramos & Valente, 2011, p. 17).
A abordagem de projectos promove o conhecimento acerca do tópico do trabalho de investigação e, agregado a isso, outras aprendizagens são realizadas, uma vez que o caminho para encontrar a resposta a determinada questão é muito amplo. Segundo Katz e Chard (2009), através desta pedagogia não são apenas adquiridos conhecimentos acerca do tópico do projecto mas também ajuda a "(…) fornecer contextos para outros tipos de aprendizagem (…)" (p. 3).
O educador deve ser capaz de selecionar os tópicos dos projectos através de critérios que sejam transversais à promoção de "(…) saberes, competências, a sensibilidade estética, emocional, moral e social (…)" (Katz & Chard, 2009, citado por Vasconcelos, 2011, p.18). Assim, a escolha do tópico deve partir de curiosidades que os aprendentes tenham, de forma a desmistificar dúvidas e criar um caminho para alcançar os conhecimentos pretendidos, ou seja "(…) um bom trabalho de projecto pode estimular a mente das crianças de forma a fortalecer as suas predisposições intelectuais e a apoiar a sua competência em destrezas básicas (…)" (Katz & Chard, 2009, p.31).
Os conhecimentos científicos adjacentes a um projecto são importantes, mas para além disso é relevante que os escolares, através desta metodologia, desenvolvam "(…) hábitos da mente que serão duradouros: a capacidade de imaginar, de prever, de explicar, de pesquisar, de inquirir (…)" (Vasconcelos, 2011, p.18).
Esta metodologia opõe-se à concepção tradicional de educação "(…) o mesmo para todos, ao mesmo tempo (…)" (Rangel & Gonçalves, 2010, p.22), ou seja, o ensino e a aprendizagem não são realizados num único sentido, mas sim em vários. Isto significa que os aprendentes através desta metodologia são agentes participativos em todo o percurso do projecto, mostrando interesses e curiosidades por diferentes assuntos possíveis de serem estudados.
Para Oliveira (2006), no modelo tradicional de ensino, que se desenvolveu ao longo do século XIX, e ainda hoje subsiste em muitas organizações escolares, baseado em metodologias expositivas e na fixação e memorização, o conteúdo tem pouca aplicabilidade na realidade, na vivência do escolar. É um ensino basicamente livresco, com baixo nível de interação do sujeito com o objecto de conhecimento.
A aquisição isolada de saber intelectual, tendendo muitas vezes a impedir o sentido social que só a participação em uma actividade de interesse comum pode dar, deixa de ser educativa, contradizendo o seu próprio fim. O que é aprendido, sendo aprendido fora do lugar real que tem na vida, perde com isso seu sentido e seu valor (Deway, 1967, p.27). Este autor não aceitava a educação pela instrução e propunha a educação pela ação; criticava severamente a educação tradicional, principalmente no que se refere à ênfase dada ao intelectualismo e à memorização. Defendia uma educação com a finalidade de propiciar ao escolar condições para que resolvesse, por si próprio, os seus problemas.
Contrapondo ao modelo tradicional de educação, alguns autores destacaram uma maior proximidade entre os aprendentes e os docentes, uma educação integral que prepare para a vida. O professor no papel de sujeito que dinamiza o processo educativo e o aluno participante na construção do conhecimento.
O questionamento crítico surge no âmbito de diversas metodologias, destacando-se a do "Problem Based Learning" (PBL) que ocorre em 1969, num Curso de Medicina, da Universidade de MacMaster, no Canadá. Este método de aprendizagem tentou superar a proposição do currículo linear centrado nas especialidades.
"Métodos de projetos, centros de interesse, trabalho por temas, pesquisa do meio, projetos de trabalho são denominações que se utilizam de maneira indistinta, mas que respondem a visões com importantes variações de contexto e conteúdo (…)" (Hernandez, 1998, p.67).
O "PBL" tem vindo a ser utilizado também nos cursos de Engenharia, de Direito, de Enfermagem e de Medicina Dentária.
Esta Metodologia empreende a investigação, a sistematização e a produção de conhecimentos dos aprendentes, provocando a reflexão, a discussão colectiva, e a procura de eventuais soluções para os problemas.
Segundo Horta, R. (2009, p.3113), a implementação de Metologias centradas no PBL, em Trabalhos de Projecto, Baseada em Problemas, de Pesquisa/Investigação, depende de alguma mudança, de alguma reestruturação dos conteúdos e dos Programas das cadeiras. E depende, essencialmente, de uma radical mudança da postura de alguns docentes, pois o núcleo essencial destas Metodologias é ultrapassar a visão reducionista e disciplinar da aprendizagem e promover a procura de respostas para os problemas, e a criação de um espírito de investigação nos escolares que conduza à sua formação para a pesquisa.
A "(…) investigação científica, a inovação e a criação individual e colectiva nos domínios das artes, das letras, das ciências e das técnicas (…) e da informação científica e técnica, valorizando os resultados da investigação e comunicar o saber através do ensino, de publicações (…) na política de desenvolvimento científico e tecnolológico, melhorando o potencial científico, (…) estabelecer a ligação necessária entre as actividades de ensino e de investigação (…)" são alguns dos objectivos da Lei do Ensino Superior de Macau (Decreto-Lei Nº.11/91/M, de 4 de Fevereiro).
Estas Metodologias até aqui referidas inserem-se nos objectivos legais estruturados e regulados para o Ensino Superior de Macau, os quais passam pela investigação, pela inovação e pela criação individual e colectiva.
Estas pedagogias são essenciais para o desenvolvimento criativo dos aprendentes. Têm suporte legal e poderão ser importantes para o desenvolvimento da autonomia dos escolares, podendo vir a contribuir – em sede de mercado de trabalho - para uma eventual diversificação da economia de Macau.

O Problema
A Metodologia da Aprendizagem Baseada em Problemas centra-se na criação da independência e autonomia do aprendente.
O questionamento constante provoca a necessidade de interconexão dos saberes advindos das diversas disciplinas, permitindo desta forma a visão global como um todo, por forma a superar a divisão linear colocada nos currículos conservadores. (Horta, R., 2009, p. 3114).
A investigação-ação é também ela uma forma de questionamento reflexivo e colectivo de situações sociais, realizado pelos participantes, com vista a melhorar a racionalidade e a justiça das suas próprias práticas sociais ou educacionais bem como a compreensão dessas práticas e as situações nas quais aquelas práticas são desenvolvidas; trata-se de investigação-ação quando a investigação é colaborativa, por isso é importante reconhecer que a investigação-ação é desenvolvida através da acção (analisada críticamente) dos membros do grupo (Kemmis & McTaggart, 1988, referido por Matos, 2004, p. 26).
O Problema é o ponto de partida do processo de aprendizagem que vai possibilitar ao escolar novas actividades e novas maneiras de aceder e produzir conhecimento e, assim, aprender a aprender.
"O novo paradigm exige que se dê ênfase à abordagem pela descoberta, à criatividade, em que o professor é o moderador, o encenador, e a criança é o ator da sala de aula. A prática letiva deve, pois, ser considerada numa ótica de resolução de problemas." (Xavier, L., 2015, p.32).
A problematização como estratégia de ensino/aprendizagem, conduzem à motivação do aprendente, pois diante do problema ele detém-se, examina, reflecte e passa a dar significado às suas descobertas. A problematização pode levar o escolar ao contacto com as informações e à produção de conhecimento, principalmente com a finalidade de solucionar os impasses e promover o seu próprio desenvolvimento (Mitre et al., 2008).

Fases da Metodologia
A Metodologia tem várias fases no processo de aprendizagem. Segundo Vasconcelos (2011) podemos encontrar quatro fases distintas nesta abordagem: definição do problema, planificação e desenvolvimento do trabalho, execução e avaliação e divulgação.
Existem diversos pontos de partida que dão início a um projecto, no entanto devem salvaguardar a importância de irem de encontro ao interesse dos aprendentes.
Na fase de planificação e desenvolvimento do trabalho, a elaboração de mapas conceptuais deve ser feita, pois através destes consegue-se ter noção do percurso que o projecto vai tomar. Nestes mapas formulam-se questões às quais se pretende dar resposta ao longo da execução do projecto.
Através destas perguntas os escolares conseguem encontrar as etapas que constituem o trabalho de projecto e que percurso devem percorrer. Com estas tabelas a metodologia e os instrumentos necessários são definidos e a divisão de tarefas ajudará na organização do projecto.
Pretende-se nesta etapa também criar uma previsão do que será feito e calendarizado para tornar mais claro para os aprendentes o caminho do projecto e ajudar o docente a orientar-se acerca das actividades.
Na última fase, como forma de divulgar o projecto, os escolares "(…) podem convidar os encarregados de educação e os colegas para virem ver o seu trabalho e contarem como o fizeram, explicarem o que aprenderam e como aprenderam, e os procedimentos que utilizaram para levarem a investigação a bom termo (…)" (Katz & Chard, 2009, p. 106). É crucial que os alunos divulguem o trabalho como forma de consolidarem e exporem os conhecimentos que foram promovidos durante o projecto.
"Os alunos aprendem entre si mutuamente no âmbito das acções desenvolvidas dentro e fora da sala de aula, através de iniciativas e esforços de comunicação, interacção e cooperação." (Escaleira, M., Bizarro, R., 2009, p. 129).
Autonomia
Autonomia é definida pelo Infopédia (Enciclopédia e Dicionários Porto Editora) como a "(…) possibilidade que uma entidade tem de estabelecer as suas próprias normas."
O conceito de autonomia, aparentemente moderno, é tão antigo como as sociedades humanas (Rilay, 1985, p.171).
Piaget (1962) dizia ser a autonomia um fim da educação. Contudo, este autor entende que para a conquista da autonomia o sujeito deve ter a oportunidade de usufruir de relações sociais de cooperação, pois "(…) autonomia é um procedimento de educação social que tende, como os demais, a ensinar os indivíduos a sair do seu egocentrismo para colaborar entre si e submeter-se às regras comuns." (p. 16).
O conceito 'autonomia' não está relacionado com isolamento. O epistemólogo entende que a construção do pensamento autónomo, é paralelo ao surgimento da capacidade de estabelecer relações cooperativas. Nesse prisma de análise, ser autónomo significa estar apto a, cooperativamente, construir o sistema de regras morais e operatórias necessárias à manutenção de relações permeadas pelo respeito mútuo.
É bastante frequente a exigência do estado de actividade por parte do aprendente. Actividade que não se restringe à actividade física, ao fazer ou ao agir, mas no sentido de actividade mental que leva o escolar a sair de si mesmo em busca do saber. O estar passivo entendido como um estado de ausência, apatia, distanciamento, desinteresse ou desatenção apresenta-se como empecilho à aprendizagem.
Cabe então ao professor aprofundar o seu objecto de conhecimento, o ensino e a aprendizagem para melhor chegar ao seu objetivo.
Ensino que não é apenas a transmissão do já conhecido, mas o processo que leva à capacidade de observação e de reflexão crítica.
O bom professor é o que se preocupa com o ensino e com a aprendizagem. Para isso, deve aprimorar-se, buscar novas técnicas, pesquisar sobre o tema. Outra modalidade de actividade é a pesquisa propriamente dita. Um excelente professor pode não ser um bom pesquisador e vice-versa.
A universidade moderna, ao ensinar a pensar, a criticar, a analisar, a sintetizar, está a cumprir a sua missão de promover o aprimoramento humano, a transformação social e a preparação do sujeito para a produção de conhecimento. Divulgar saberes existentes e ao mesmo tempo promover a reflexão crítica, é o melhor modo de propiciar a produção do conhecimento e dinamizar a autonomia dos escolares.

Conclusão
Ao finalizar esta reflexão sobre o processo de construção do conhecimento emergem algumas considerações.
Assim como ocorre com a teoria, uma metodologia, por mais promissora que seja pelas suas características, por si só, não transforma o mundo ou a educação, nem mesmo consegue promover a motivação autónoma dos alunos (Sanchez Vasquez (1977, p.206-207).
A "construção do conhecimento", é entendida como constituição de saberes aceites em determinado tempo histórico e/ou como processo de aprendizagem do sujeito.
Ressalta então a importância do ensino ser adequadamente realizado como desenvolvimento da capacidade de crítica, de análise e de síntese.
A actividade de rever a literatura existente implica um processo de transformação, uma passagem da informação ao conhecimento. A informação está nos livros, artigos e outros suportes hoje disponíveis (…). O conhecimento está nas pessoas. O analista trabalha a informação para a transformar em conhecimento e, nesse processo, tece de novo os fios que desenlaçou para os reelaborar num texto que resulte do seu conhecimento sobre o assunto e sirva de informação a quem o lê (Cardoso, T., Alarcão, I. Celorico J., 2010, p.22).
Na maior parte das vezes é nesse sentido que se pode dizer que professores e alunos "constroem" o conhecimento. O desenvolvimento científico e tecnológico que supõem o conhecimento básico propiciado pelas instituições de ensino é produzido, em geral, pela comunidade científica.
Desse ponto de vista, o ensino torna-se extremamente importante e as pesquisas visando o seu aprimoramento, desejáveis e oportunas. "É importante (…) propiciar contextos de liberdade para pensar e resolver problemas, bem como permitir construir conhecimento através da descoberta e da criatividade (…)" (Xavier, L., 2015, p.35).
A aprendizagem baseada na pesquisa e na investigação, pode ser um contributo significativo para o aumento e incremento da autonomia do escolar, pois a partir desta prática pedagógica poderá ser acelerada a produção de conhecimento e a capacidade selectiva e crítica (Perrenoud, 2001).
Nesse sentido, o professor contribui para promover a autonomia do aluno em sala de aula, quando nutre os recursos motivacionais internos (interesses pessoais), oferece explicações racionais para o estudo de determinado conteúdo ou para a realização de determinada actividade, usa linguagem informacional, não controladora, é paciente com o ritmo de aprendizagem dos alunos, e reconhece e aceita as expressões de sentimentos negativos dos aprendentes (Reeve, 2009).
E não podemos, sob nenhum pretexto, deixar para trás qualquer aluno, criança, jovem ou adulto; a educação de qualidade para todos é possível, está a ser desenvolvida, basta-nos incentivar e premiar todos os que já o fazem, acompanhar e avaliar as dinâmicas existentes, promover novos incentivos à melhoria contínua da educação que já está em curso e à que pode edificar-se de novo, e re-focar a formação inicial e contínua dos professores. É possível e necessário fazermos o luto do fracasso escolar como fatalidade social, colectiva e individual (Perrenoud, 2001).
Cabe, portanto, ao professor organizar-se para obter o máximo de benefícios das metodologias activas de investigação para a formação dos seus aprendentes.

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