MÉTODOS E TÉCNICAS DE INVESTIGAÇÃO Curso de Arte e Multimédia

2





Ver em ANEXO.p.9
Charlotte Brontë, também conhecida como Currer Bell. Escritora e poeta Inglesa. Nasceu a 21 de Abril de 1816 e faleceu a 31 de Março de 1855. Escreveu várias obras como: Jane Eyre e Villette.
Ver em ANEXO.p.22
Jean Rhys. Pseudónimo de Ella Gwendolen Rees Williams. Romancista da República Dominicana. Nasceu a 24 de Agosto de 1890 e faleceu a 14 de Maio de 1979. Escreveu várias obras como: Wide Sargasso Sea e Early Novels.
Ver em ANEXO.p.23
Doctor Dog é uma litografia a cores, 1982.
Stanley Jones, gráfico de litografia.
ROSENTHAL, T. G. paula rego obra gráfica completa, Lisboa: Cavalo de Ferro, 2ª Edição, 2004, p. 252
Galeria de arte, situada em Londres. Marlborough Fine Art fundada em 1946 por Frank Lloyd e Harry Fischer.
As Guardiãs
ROSENTHAL, T. G. paula rego obra gráfica completa, Lisboa: Cavalo de Ferro, 2ª Edição, 2004, p. 171
ROSENTHAL, T. G. paula rego obra gráfica completa, Lisboa: Cavalo de Ferro, 2ª Edição, 2004, p. 172
ROSENTHAL, T. G. paula rego obra gráfica completa, Lisboa: Cavalo de Ferro, 2ª Edição, 2004, p. 166
Entrevista com Paula Rego. [Consulta a 18.12.2003].
Wassily Kandinsky. Artista russo, professor na Bauhaus e introdutor da abstracção no campo das artes visuais. Nasceu a 16 de dezembro de 1866 e faleceu a 13 de dezembro de 1944.
Otto Dix. Pintor expressionista alemão. Nasceu a 2 de Dezembro de 1891 e faleceu a 25 de Julho de 1969.
Marcel Duchamp. Pintor, escultor e poeta francês. Nasceu a 28 de Julho de 1887 e faleceu a 2 de Outubro de 1968.
Allan Kaprow. Pintor, deputado e um dos pioneiros na concepção de performance. Nasceu a 23 de Agosto de 1927 e faleceu a 5 de Abril de 2006.
Land Art. É um conceito de arte que liga acontecimentos naturais com intervenções artísticas.
Robert Smithson. Artista americano, conhecido por fotografar a relação de escultura com Land Art. Nasceu a 2 de Janeiro de 1938 e faleceu a 20 de Julho de 1973.
Grant Wood. Pintor americano, conhecido pela sua famosa obra American Gothic. Nasceu a 13 de Fevereiro de 1891 e faleceu a 12 de Fevereiro de 1942.
Umberto Boccioni. Pintor e escultor italiano, do movimento futurista. É provavelmente o mais célebre futurista italiano. Nasceu a 19 de Outubro de 1882 e faleceu a 16 de Agosto de 1916.
Pablo Picasso. Pintor e escultor espanhol, também desenvolveu alguma poesia. Nasceu a 25 de Outubro de 1881 e faleceu a 8 de Abril de 1973.
Henri Matisse. Escultor e pintor francês. Nasceu a 31 de Dezembro de 1869 e faleceu a 3 de Novembro de 1954.
Paul Klee. Pintor e poeta suíço. Professor na Bauhaus. Nasceu a 18 de Dezembro de 1879 e faleceu a 29 de Junho de 1940.
Jackson Pollock. Pintor norte-americano é uma referência no movimento do expressionismo abstracto. Nasceu a 28 de Janeiro de 1928 e faleceu a 11 de Agosto de 1956.
Roy Lichtenstein. Pintor americano, ligado à Pop Art. Nasceu a 27 de Outubro de 1923 e faleceu a 19 de Setembro de 1997.
Andy Warhol. Empresário, pintor e cineasta norte-americano, provavelmente a maior figura da Pop Art. Nasceu a 6 de Agosto de 1928 e faleceu a 22 de Fevereiro de 1987.
Pieter Mondrian. Pintor holandês modernista, participou no movimento artístico Neoplasticismo. Nasceu a 7 Março de 1872 e faleceu a 1 de Fevereiro de 1944.
Jane Eyre Paula Rego

MÉTODOS E TÉCNICAS DE INVESTIGAÇÃO
Professor Fernando Rosa Dias









Jane Eyre



Francisca de Almeida Botelho Roseiro, nº 7744




Curso de Arte e Multimédia

FACULDADE DE BELAS ARTES
UNIVERSIDADE DE LISBOA
Ano lectivo 2013/2014
Índice

Introdução 3
Ficha Técnica 4
1.Desenvolvimento 5
1.1 Literatura e Realidade 5
1.2.Uma Técnica Trabalhosa 5
1.3.Jane Eyre 6
1.3.1.Falsa Inspiração 8
Conclusão 8
Bibliografia 9
Anexos 11
Biografia de Paula Rego 12
Cronologia comparada 13
A Arte Contemporânea 19
Jane Eyre – Charlotte Brontë 22
Wide Sargasso Sea – Jean Rhys 22
Litografia 23











Introdução

Este trabalho foi desenvolvido no âmbito da disciplina de MTI- Métodos e Técnicas de Investigação. O objectivo proposto é a crítica e análise de uma obra de arte. Escolhi a obra da pintora portuguesa, Paula Rego, atraída pela profundidade e pelo grotesco dos quadros e pelas bruscas obras que pinta, pelas reproduções de contos e pela crítica de assuntos que inquietam também o meu lado feminino. Como tema base deste meu trabalho, escolhi uma das suas litografias, Jane Eyre, que pertence à série litográfica The Guardians. É, a meu ver, uma obra muito inquietante, pois trata-se de uma realidade que vai muito para além do que os nossos olhos vêem, literalmente. Nesta série, tanto valoriza o papel da mulher como também a humilha.
Esta obra é baseada, mais ou menos, livremente no drama de Charlotte Brontë, assim como também é baseado no romance de Jean Rhys, Wide Sargasso Sea. Nestes dois livros o papel da mulher é tanto valorizado como também é humilhado.
A análise está dividida em quatro: Literatura e Realidade, onde contextualizo a pintora no tempo; Uma técnica trabalhosa, onde explico a técnica empregue pela artista; Falsa inspiração, critico a base de inspiração de Rego e Jane Eyre, analiso a obra, a nível formal e simbólico. Devido a ser tão complexo, insiro nos anexos, alguns textos para uma maior compreensão do mundo Rego.
A minha análise foi feita com base nos livros paula rego obra gráfica completa de T. G. Rosenthal, Paula Rego Pintores Portugueses de Emília Ferreira e Paula Rego Jane Eyre de Marina Warner.










Ficha Técnica


















Título: Jane Eyre
Autora: Paula Rego
Ano: 2001/2002
Técnica: Litografia
Dimensões: 88 x 64.5 cm
Estilo: Contemporâneo

Desenvolvimento
Literatura e Realidade

No fim de 2001 e durante o ano de 2002, Paula Rego, executa uma série litográfica de vinte e cinco imagens, Jane Eyre, baseada na grande narrativa de Charlotte Brontë com o mesmo nome.
Contudo em 2000, Rego, já tinha produzido uma das suas maiores obras-primas, o pastel Wide Sargasso Sea. Mais tarde, em 2002, faz uma litografia a cores o mesmo nome, Wide Sargasso Sea, com base num romance pós-colonial britânico, Wide Sargasso Sea, de Jean Rhys, inspirado no drama de Charlotte Brontë, Jane Eyre.
A obra, da qual me ocuparei, Jane Eyre, que pertence à série The Guardians que faz parte de um conjunto de 25 litografias, em que a artista dividiu em várias séries: Getting Ready for the Ball – um tríptico a cores; The Sensuality of the Stone – sete litografias desenhadas em pedra; The Guardians – um conjunto de nove litografias; Poetry and Story – uma série de seis litografias, mais narrativas no seu conteúdo e The Fearfulness of the Night – um díptico.
Uma Técnica Trabalhosa

Nesta obra, é através da litografia que nos deixa mais uma vez hipnotizados pela mestria desta técnica. Algum do impacto da sua mestria no desenho deriva das usas marcas extremamente pessoais feitas por lápis litográficos sobre pedra; Paula Rego delira com o método macio e pegajoso que realmente destaca o seu desenho e louva a metodologia que o seu impressor, Stanley Jones aperfeiçoou ao longo dos anos.
Não é pela primeira vez que utiliza esta técnica, nos anos 80 já tinha feito algumas experiências em Dr. Dog e outros.
Quando Rego teve a sua primeira grande exposição em Nova Iorque, na Marlborough, em 1996, teve a oportunidade de conhecer o impressor Maurice Sanchez. Que lhe sugeriu que trabalhasse sobre película mas após duas semanas de árduo trabalho, não gostou do resultado final pois não era aquilo que procurava.
Paula Rego, teve outro interessado para colaborar com ela, Stanley Jones, da Curwen Studio, o único problema era que a sua oficina era à saída de Cambridge, ou seja, a distância seria um obstáculo. À excepção de Wide Sargasso Sea, Rego achou a maioria das outras tipografias e litografias agradáveis, contudo não eram suficientemente bons, a não ser que os colorisse à mão. A artista acabou por conseguir resolver o problema com Jones e estabelecer uma ordem de trabalhado. Utilizando um papel especial trabalhado pelo próprio Stanley, a artista superou as dificuldades que alguns artistas têm com o papel de transporte litográfico de fabrico comercial. Paula Rego conseguiu dominar esta técnica com uma perfeição e precisão impressionante, com o auxílio de Jones, na sequência Jane Eyre o produto final ficou excepcional.
Paula Rego faz parte de um grupo raro de excelentes artistas gráficos, como Giorgio Morandi, que nunca trabalharam para alcançar inovações técnicas ou para alargar as fronteiras de arte gráfica.
Paula Rego, realizou vinte e cinco estampas, no estúdio de Curwen, esta série foi apresentada em Outubro de 2003 pela Marlborough Graphics, em Londres.
Jane Eyre

Paula Rego tem realizado imagens de histórias inventadas desde que era uma criança e se alguma coisa pode ser dita no sentido de estabelecer um fio condutor através da sua surpreendente, fértil e multi-facetada produção é esta: ela tem sido uma contadora de histórias desde sempre, mas histórias não são reproduções ou lembranças fiéis da vida mas sim acções/acontecimentos reproduzidos através de memórias fotográficas de recordações.
Na última década, Paula Rego, tem trabalhado com modelos, a artista desenvolveu uma técnica de desenho e pintura realista, intensa e poderosa, transformando a textura e as dobras dos vestidos e tecidos, os pés sujos e as mãos enrugadas em expressões das suas personagens. Mas toda esta interiorização do que se passa no mundo a três dimensões e com pessoas reais está por detrás de atos extremos de imaginação visual, por vezes impossíveis de representar noutra dimensão.
Charlotte Brontë e Paula Rego, partilham um ardor imaginativo que afasta o véu entre o que é real e o que é fantasia. Como contadoras de histórias, parecem quase do mesmo sangue, Rego reproduz o drama psicológico do livro através de distorções subjectivas de escalas a expressividade cruel do gesto.
Com este drama de Charlotte Brontë e com o romance de Jean Rhys, Rego pretende criticar as injustiças que as mulheres ainda sofrem. Estando sempre a par dos movimentos feministas, apesar do seu feminismo não ser estridente, demonstra a sua opinião com firmeza através das suas obras. A afronta da série sobre o aborto, a altivez das Mulheres-Cão, a submissão de Jane Eyre ou de Bertha Rochester são estas as obras que abordam este assunto. Paula Rego explorou numa miríade de diferentes sequências de imagens, as condições das sua própria educação em Portugal, a sua formação enquanto rapariga e mulher e a oscilação entre as sufocantes expectativas sociais e os libertadores estratagemas femininos.
A Jane Eyre é a primeira estampa de nove, da série The Guardians, Paula Rego descreve:
Nas casas portuguesas, quando temos um painel de azulejos, entre eles costumamos ter alguns azulejos com uma figura maior, de pé.
Geralmente são criadas, ou mulheres, e são uma espécie de guardiãs da casa. São maiores do que as outras. São figuras recortadas, feitas em azulejo, que se evidenciam no meio de uma parede caiada e têm sempre uma presença muito particular.

A sumptuosa imagem de Jane Eyre de costas demonstra as excelentes competências de Rego: o jogo de luz no tecido, o contraste das sombras moldando a sua cabeça e o seu corpo, e a escuridão que vai progressivamente de encontro com a luz, formam uma perfeita harmonia na representação da isolação, desespero e determinação em resistir da heroína. Paula Rego mostra Jane de costas (3 vezes), incentivando-nos a nós leitores, tornados espectadores, a entrar na sua vida interior. De todas as 25 imagens da série, esta é a única em que a face de Jane não está à vista. Esta imagem tem um pouco de vitoriana – o cabelo, as roupas escuras, as mãos a saírem do vestido, o pescoço rijo – é tudo uma metáfora para a tristeza, dependência.
Rego conseguiu inventar a sua própria língua, sem qualquer perda de significado. Esta litografia personifica Brontë, e é no final de contas uma imagem cheia de ousadia. Esta é a Jane que luta com garra e contra si mesma e que acaba por salva Rochester.
Rego esclareceu:
Esta foi a primeira que fiz para Stanley Jones, da Curwen Studio, em papel de transporte litográfico. Jones é um mestre do transporte de litografias. Consegue Transpor todos os traços de desenho que fizemos. Ela está a ir para o quarto escuro… para o Quarto Vermelho, na verdade. É uma coisa terrível quando a Jane é castigada e atirada lá para dentro. Ela está aterrorizada, e pensa que vai ter um ataque lá dentro.
Falsa Inspiração

Ao contrário do que muitas pessoas pensam esta série litográfica, Jane Eyre, não é totalmente inspirada no drama de Charlotte Brontë, mas sim no romance pós-colonial de Jean Rhys, Wide Sargasso Sea.
Isso é perceptível no seguinte comentário de Rego:

Cheguei à Jane Eyre através de Wide Sargasso Sea, de Jean Rhys. Wide Sargasso Sea conta a história de Bertha (a mulher de Rochester) antes de ela chegar a Inglaterra e ser encerrada em Thornfield Hall. Bertha é louca. Ela é uma vítima. A infância dela tinha sido cheia de violência e de magia num ambiente exótico. Já a infância de Jane não podia ter sido mais negra. Ela foi atormentada pelo primo, constantemente castigada e humilhada na escola. Ambas as crianças conheceram o terror. Mas a Jane, apesar de ser feroz por dentro, sabia conter a sua raiva. Disciplinada e determinada, ela era capaz de usar do bom senso e da inteligência. Sabia que, para conseguir sobreviver, teria de conter a sua natureza apaixonada, e foi isso que fez. Ela é uma mulher independente que trabalha muito para ganhar um pouco de dinheiro, mas que mesmo assim mantém o sangue frio. Estas imagens são sobre estas duas mulheres, e ambas foram representadas pela mesma modelo.







Conclusão

Esta obra, mudou a minha visão em relação ao drama de Charlotte Brontë. Quando Paula Rego interpreta esta obra põe em questão uma série de aspectos que à primeira vista não tinha realizado. Rego joga com os diferentes mundos da litografia dando importância à caracterização do tecido e do ambiente que envolve esta litografia, dando uma leitura diferente da obra de Brontë.
Paula Rego, é mais uma vez uma excelente contadora de histórias e faz jus à história de Brontë. Não nos deixa entrar no mundo dela mas faz com que entremos no nosso próprio tentando interpretar o dela. Tira partido da imaginação para interagir com o leitor.
Somos obedientes e fazemos por trás o que queremos.
Bibliografia

ALLEN, Virginia; LIEBERMAN, William S., Tamarind: Homage to Lithography, Nova Iorque: The Museum of Modern Art, 1969
BRONTË, Charlotte, Jane Eyre, Londres: Smith, Elder & Co., 1847
FERREIRA, Emília, Paula Rego: Pintores Portugueses, Portugal: Quidnovi, 2010
KENT, Sarah, Rego's Girls, Art in America, 1989
McEWEN, John, Paula Rego, Londres: Phaidon Books, 1997
ROSENGARTEN, Ruth, Compreender Paula Rego: 25 perspectivas, Portugal: PÚBLICO e Fundação de Serralves
ROSENTHAL, T. G., Paula Rego: obra gráfica completa, Reino Unido: Thames & Hudson, Ltd., 2003
WARNER, Marina, Paula Rego: Jane Eyre, Londres: Enitharmon Editions, 2003
A Chronology of World Political History, página consultada em 14 de Dezembro de 2013, http://chowkafat.net/Chrone.html
Casa das Histórias Paula Rego, "Biografia" página consultada em 18 de Dezembro de 2013, http://www.casadashistoriaspaularego.com/pt/paula-rego-e-victor-willing/paula-rego/biografia.aspx
ExpressARTE, "Direitos das Mulheres – Século XIX", página consultada em 14 de Dezembro de 2013,
http://www.perfil.com.pt/equal/expressarte/Powerpoint%20IG%20-%20Cronologia%20Direitos%20Mulheres.pdf




















Anexos














Biografia de Paula Rego

Paula Rego nasce a 26 de Janeiro de 1935. Em 1937 os pais vão viver para Inglaterra, deixando-a em Lisboa ao cuidado dos avós paternos e a tia da sua mãe.
Rego muda-se para perto do mar, Estoril. Entre 1945 e 1951, é educada na St. Julian's Angelican School, uma escola inglesa em Carcavelos. Adquire um English School Certificate.
Um ano mais tarde frequenta a Slade School of Fine Art, em Londres. Onde conhece o (ainda estudante) artista inglês Victor Willing com quem viria a casar e teria três filhos. Recebe o primeiro prémio em conjunto com o David Storey, pela pintura de 1954 Under Milk Wood. Entre 1957 e 1963, Paula Rego e a sua família vivem na Ericeira, Portugal.
Em 1962, recebe uma bolsa de dois anos da Fundação Calouste Gulbenkian.
Três anos mais tarde Paula Rego faz a sua primeira exposição individual, e primeiro sucesso significativo, na Galeria de Arte Moderna da Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa. No ano seguinte morre o pai de Paula Rego e Victor Willing é diagnosticado com esclerose múltipla.
Entre 1985 e 1987, a Tate Gallery de Londres adquire o seu primeiro quadro, Nanny Small Bears na Bogeyman (1983).
No ano seguinte morre Victor Willing. Paula Rego faz uma retrospectiva na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, e na Serpentine Gallery, em Londres.
A 9 de Junho de 1995 foi feita Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.1 Impõe a sua consciência cívica em Aborto (1997-1999), numa crítica ao resultado do primeiro referendo a essa matéria, realizado em Portugal em 1997.
Em Junho de 2010 recebeu da Rainha Isabel II a Ordem do Império Britânico com o grau de Oficial, pela sua contribuição para as artes. A par de Maria Helena Vieira da Silva, Paula Rego é a pintora portuguesa mais aclamada a nível internacional, estando colocada entre os quatro maiores pintores vivos em Inglaterra.
Em 2009, inaugura, em Cascais, a Casa das Histórias Paula Rego. No ano seguinte, é lhe concedido o título de Dame do Império Britânico.
Em 2010, recebe o título de Doutora honoris causa proposto pela Faculdade de Belas-Artes, Universidade de Lisboa, Portugal. A sua obra Looking Back (1987) é arrematada pelo valor record de 866,175€/£769,250.
Este ano, foi eleita Membro Honorário do Murray Edwards College. Recebeu o grande Prémio Amadeo de Souza-Cardoso.
Paula Rego continua a viver e a trabalhar em Londres.




Cronologia comparada



Biografia

Obra

Política
internacional

Movimento Feminista
1935
Nasce em Lisboa, em Portugal, a 26 de Janeiro.


São eleitas em
Portugal
as primeiras
deputadas à Assembleia Nacional.
1939


Fim da guerra
civil Espanhola.
Início da Segunda Guerra Mundial.

1945
Matricula-se na St. Julian's Anglican School, uma escola inglesa em Carcavelos.

Queda da
primeira bomba nuclear na Hiroshima.
Fim da Segunda Guerra Mundial.
A igualdade de direitos entre homens e mulheres é reconhecida em
documento internacional, através da Carta das Nações Unidas.
1949


Os países
Europeus estabeleceram o Conselho
Europeu.
As Nações Unidas aprovaram a Declaração Universal dos direitos humanos.

Portugal subscreve nas Nações Unidas
a Declaração Universal
dos Direitos Humanos.
Simone du Beauvoir
publica o Segundo
Sexo, cuja tese
dominante é "Não se
nasce
mulher, fazem-nos mulheres."
1952
Frequenta a Slade School of Fine Art, em Londres. Nos próximos quarto anos conhece o seu futuro esposo.



O Parlamento Britânico vota a favor da
teoria do salário igual para as mulheres.
1954
Primeiro prémio de pintura para o quadro Under Milk Wodd.
Under Milk Wood


1957
Rego e Willing vão viver para a Ericeira.

USSR lançou o primeiro satélite artificial da terra. Desde então, EUA e URSS estão envolvidos numa concorrência sobre tecnologia aeronáutica.
Resolução da UNESCO reclamando
direitos políticos e igualdade salarial para as
mulheres.
1960


Guevara, propõe a sua teoria de centros insurreccional, que ajuda a impulsionar as actividades de guerrilha em países da América Latina. No mesmo ano apareceram de guerrilheiros na Guatemala, que marcou o início da Guerra Civil da Guatemala.
Sirimawo Bandaranaiko torna-se a 1ª
mulher a ser eleita 1ª Ministra (Ceilão).
1962
Recebe uma bolsa de dois anos da Fundação Colouste Gulbenkian.



1967
Victor Willing é diagnosticado com esclerose múltipla.

Entrada em vigor do novo Código Civil,
segundo o qual o marido é o chefe de família.

1970



1ª mulher no governo em Portugal;
secretária de estado Maria Teresa Lobo.
1975



Margaret Tatcher torna-se a 1ª mulher
líder de um partido conservador.
1976
Londres torna-se a sua residência permanente.
Representa Portugal na XIII Bienal de São Paulo, Brasil.
Recebe uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian para estudar ilustração de livros infantis no British Museum.

Entrada em vigor da nova constituição
Portuguesa, que estabelece a igualdade entre
homens e mulheres em todos os domínios.
Abolido o direito do marido abrir a
correspondência da mulher.
Um sistema democrático foi restaurado em Espanha, que depois adotou um sistema de gabinete parlamentar.
1978
Exibe 11 pinturas em «Portuguese Art since 1910», na royal Academy of Arts, em Londres.



1985
Representa o Reino Unido na XVIII Bienal de São Paulo.
Primeira exposição a
solo nos EUA,
no The Art Palace, em
Nova Iorque.
A Tate Gallery
de Londres adquire o seu primeiro
quadro, Nanny Small Bears and Bogeyman .

Nanny Small Bears and Bogeyman
Regime militar
terminou e a democracia foi restaurada no Brasil, começou, então, o período da "Nova República".

1987
Série Girl and Dog exibida na Edward Totah Gallery.






Girl with Little Man and Dog

Uma em cada
quatro mulheres é
agredida pelo
marido (Estudo publicado em
Inglaterra).
1988
Morre Victor Willing.
Retrospectiva
na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, e na Serpentine Gallery, em Londres.
The Artist's Eye, o filme de Jake Auerbach sobre Rego, é
Apresentado
na BBC TV.




1989
Realiza a série
de gravuras
Nursery
Rhymes.
A Tate Gallery, Londres,
adquire a
pintura
A Dança. Nomeada
Senior Fellow
do Royal College of Art.

Little Miss Muffet


1995
Após as mulheres-cão, inicia-se um período de influência da Disney.
Nascem as
séries das Avestruzes Bailarinas, Branca de Neve e Peter Pan, inspirado na estória de
Barrie.

As avestruzes bailarinas (tríptico)


1998
«O Crime do Padre Amaro»
de Rego é exibido na Dulwich Picture Gallery,
Londres.
Na companhia das mulheres

Portugal realiza o 1º referendo sobre a
despenalização do aborto, vencendo o não a essa
despenalização.
1999
O Crime do
Padre Amaro,
de Eça de Queiroz, e
Sem Título 2, sobre o
problema do aborto clandestino, são mostrados no Centro de Arte Moderna, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa.
Recebe o título de Doutora honoris causa em Letras pela University of
East Anglia, Norwich, Inglaterra.

Sem Título 2
Portugal "devolve" Macau, à China. Macau tornou-se uma região administrativa
especial na China.
A lei portuguesa
que regula o serviço
militar não
estabelece
quaisquer
diferenças
entre homens e mulheres.
2000
Recebe o título de Doutora honoris causa em Letras pela Rhode Island School of
Design, Rhode Island, Estados Unidos da América.



2002
A Tate Britain compra o tríptico After Hogarth.
Os doze
trabalhos encomendados pelo Presidente português, são expostos na
Tate British
antes de Rego
os doar à
capela da residência presidencial de Lisboa.
Importante entrevista filmada para a BBC Four Television, conduzida por Joan Bakewell.
Paula Rego, de Fiona Bradley,
é publicada na série Modern Artists da Tate Publishing.




After Hogarth(tríptico)
Ratificação do Protocolo Opcional à
Convenção sobre Eliminação de Todas as Formas
de Discriminação Contra as Mulheres.
É aprovado o II Plano Nacional Contra
a Violência Doméstica.
É aprovado o II Plano Nacional para a
Igualdade.
Parlamento passa medidas que permitem a casais de lésbicas e solteiros adotar crianças.


2003
Exposição das litografias de «Jane Eyre»
em Janeiro na Marlborough, Nova Iorque,
4 dos trabalhos são comprados pelo
Metropilitan Museum of Art.
Publicação de Paula Rego: Obras Gráficas Completas, de T. G. Rosenthal, em Outubro, pela Thames & Hudson.
Jane Eyre
Alegando que o Iraque estava a armazenar armas de destruição maciça, os EUA e a Grã-Bretanha lançaram a Guerra do Iraque e invadiram o Iraque.

2004
Grande retrospectiva
da sua obra na Fundação de Serralves,
Porto. Sucesso de público,
torna-se uma das exposições mais vistas em Portugal.


Depois de anos de campanha de
activistas transexuais, o Reconhecimento de Género de
Lei permite que as pessoas transexuais que tomaram passos decisivos para viver plenamente e
permanentemente
no seu género, tem reconhecimento legal no género que escolheram.
2009
Abertura da Casa das Histórias Paula Rego, Cascais, Portugal, um museu dedicado à obra de Paula Rego e Victor Willing, com projecto arquitectónico de Eduardo Souto de Moura.
Esboço de Souto Moura
Casa das Histórias Paula Rego

Obama foi inaugurado como presidente de EUA e se tornou o primeiro presidente americano Africano dos EUA.
Uma crise financeira eclodiu na Grécia e posteriormente, se espalhou para outros países europeus, tornando-se a "European Sovereign Debt Crisis".
2010
Nomeada Dame Commander of the Order of the British Empire pela sua contribuição
para as Artes pela Rainha do Reino Unido.
Recebe o
prémio Penagos de Dibujo atribuído pela Fundación MAPFRE, Madrid, Espanha.



2011
Recebe o título de Doutora honoris causa proposto pela Faculdade de Belas-Artes, Universidade
de Lisboa, Portugal.
A sua obra Looking Back (1987) é arrematada
pelo valor de 866,175€/£769,250.
Looking Back
Os rebeldes líbios capturaram a capital Trípoli e derrubaram o governo de al-Kadafi. Depois de al-Qaddafi
ser morto em.10.20, a Guerra Civil Líbia chegou ao fim.

2013
Eleita Membro Honorário do Murray
Edwards
College.
Grande Prémio Amadeo de Souza-Cardoso.
Paula Rego continua a
viver e a trabalhar em Londres.





A Arte Contemporânea

Esta era da história da arte, apareceu em meados do século XX e prolonga-se até aos dias de hoje, insinuando-se imediatamente após a Segunda Guerra Mundial. Esta época acarreta diferentes hábitos, diferentes concepções, a industrialização em massa, que instantaneamente desempenha uma profunda influência na pintura, nos movimentos literários, na esfera cinematográfica, e nas restantes vertentes artísticas. Esta tendência cultural com certeza aparece das rápidas alterações sociais sucedidas neste instante.
Arte contemporânea, é uma fusão de uma considerável variedade de estilos, movimentos e técnicas. Devido a essa variedade, é problemático interpretar a arte contemporânea abrangendo toda a arte originada no século XX. Para alguns críticos, a característica mais relevante da arte contemporânea é a tentativa de conceber pinturas e esculturas voltadas para elas próprias e, assim, evidenciar-se das formas de arte prévias, que transmitiam ideias de instituições políticas ou religiosas poderosas. A arte contemporânea é traçada não necessariamente com o novo e o original, como surgia no Modernismo e nos movimentos vanguardistas. Caracteriza-se sobretudo pela liberdade de actuação do artista, que não tem convenções institucionais que o limitem, portanto pode exercer o seu trabalho sem se preocupar em estampar as suas obras com um determinado carácter religioso ou político. Como os artistas contemporâneos já não eram suportados por essas instituições, possuíam mais independência para atribuir sentidos pessoais às suas obras. Essa atitude é frequentemente intitulada segundo arte pela arte, um ponto de vista sensivelmente analisado como arte sem ideologia política ou religiosa. Ainda que as instituições governamentais e religiosas não amparassem a maioria das artes, imensos artistas contemporâneos pretendiam comunicar mensagens políticas ou espirituais.
O pintor russo Wassily Kandinsky, achou que a cor juntamente com a abstracção teria a capacidade de revelar uma realidade espiritual diferente, enquanto que o pintor alemão Otto Dix desenvolveu obras de marca abertamente política que criticavam as diretrizes do governo alemão.
Outra especulação defende que a arte contemporânea é insubordinada por natureza e que essa insubordinação fica mais evidente na procura da singularidade e da intenção de maravilhar. O termo vanguarda, atribuído à arte contemporânea com bastante frequência, vem da expressão militar avant-gard — que em francês significa vanguarda — e insinua o que é moderno, recente, único ou ousado. Muitos artistas do século XX tentaram redefinir o significado de arte ou aumentar a explicação de maneira a abranger conceitos, materiais ou técnicas nunca antes a ela relacionadas.
Em 1917, o artista francês Marcel Duchamp expôs uma produção de grande quantidade de objectos utilitários, inclusivamente uma roda de bicicleta e um urinol.
Nas décadas de 1950 e de 1960, o artista americano Allan Kaprow utilizou o seu corpo como veículo artístico em espetáculos espontâneos que, segundo ele, eram reproduções artísticas. Nos anos 1970, o artista americano que adotava a índole do earthwork, Robert Smithson, usou componentes do meio ambiente — terra, rochas e água — como material para suas esculturas. Como consequência, muitas pessoas agregaram a arte contemporânea com aquilo que é fundamental e inquietante. Ainda que a especulação da revolta pudesse ser apropriada para decifrar a procura por singularidade que motivava um grande número de artistas do século XX, seria complicado aplicá-la a um artista como Grant Wood, cuja obra American Gothic recusou claramente o exemplo da arte vanguardista da sua época. Outra característica básica da arte contemporânea é a sua atracão pela tecnologia moderna e o uso de processos mecânicos de reprodução, como a fotografia e a impressão tipográfica.
No princípio da década de 1910, o artista italiano Umberto Boccioni pretendeu glorificar a exatidão e a rapidez da era industrial nas suas pinturas e esculturas. Por volta da mesma era, o pintor espanhol Pablo Picasso adicionou às suas pinturas uma nova técnica, a colagem, onde empregava recortes de jornais e outros materiais impressos. Seguindo a mesma linha, diversos artistas contemporâneos inspiraram-se nos impulsos espontâneos da arte infantil e na averiguação das tradições estéticas tradicionais de culturas que não fossem industrializadas ou ocidentais.
O artista francês Henri Matisse e o suíço Paul Klee foram influenciados por desenhos de crianças; Picasso observou com precisão máscaras africanas e Pollock alargou a sua técnica de salpicar tinta sobre a tela, inspirando-se nas pinturas com areia dos índios norte-americanos. Sob um panorama diferente, afirma-se que a causa básica da arte contemporânea é conceber um diálogo com a cultura popular. Com esse objetivo, Picasso colou pedaços de jornal nas suas pinturas.
Roy Lichtenstein acarretou tanto o estilo quanto o tema das bandas desenhadas para as suas pinturas; enquanto que Andy Warhol fez a figuração das sopas enlatadas Campbell. No entanto, ainda tentando abater as dificuldades entre a arte de elite e a cultura popular algo típico de Picasso, de Lichtenstein e de Warhol, não é característico de Mondrian, Pollock ou da maioria dos abstraccionistas.
Os artistas nunca possuíram tanta liberdade criativa, tantos diversos recursos e materiais nas suas mãos. As oportunidades e os caminhos são variados, as inquietações são mais profundas, o que possibilita à Arte Contemporânea alargar seu espectro de atuação, pois não atua somente com objetos concretos, mas sobretudo com conceitos e atitudes. Refletir sobre a arte é bastante mais valorizado que a própria arte em si, que agora já não é o objetivo final, mas sim uma via para que se possa meditar sobre os novos assuntos impressos no quotidiano pelas rápidas transformações vivenciadas no mundo atual.
Jane Eyre – Charlotte Brontë

Escrito por Charlotte Brontë e publicado pela primeira vez em 1847, este clássico da literatura inglesa combina, de uma forma magnífica, ingredientes da literatura gótica com paixão, mistério e suspense.
Jane Eyre é a autobiografia ficcional da personagem principal. Jane, órfã de pai e mãe, vive tempos infelizes na casa de uma tia que a detesta. Após um confronto com esta, Jane é enviada para um colégio interno. Após seis anos como aluna e mais dois como professora, decide procurar uma nova orientação. Encontra-a em Thornfield Hall, como preceptora da jovem Adèle, a pupila de Edward Rochester.
Quando finalmente conhece Rochester, ambos se apaixonam. Ele propõe casarem-se. Jane aceita. Todavia, no dia do casamento, Jane descobre que Rochester já era casado, com uma mulher chamada Bertha, que conhecera na Jamaica e que entretanto enlouquecera. Para que ninguém soubesse, ele mantinha-a escondida no sótão de Thornfield Hall. Perante isto Jane decide fugir. Após alguns dias de fome, é encontrada por St John Rivers e suas irmãs. Mais tarde vem a descobrir que não só herdou dinheiro de um tio, como os seus anfitriões são na realidade também seus primos diretos (algo que todos desconheciam) e, decidida a recompensá-los, divide a herança com estes. St John Rivers decide partir como missionário e levar a prima consigo, como esposa. Jane hesita e resolve descobrir o que se passara com Rochester (pois havia um ano que fugira de sua casa), antes de dar uma resposta ao primo.
Encontra Rochester cego e ao cuidado de dois criados fiéis, pois Thornfield Hall ardera em um incêndio provocado pela esposa enlouquecida, e ele perdera a vista e uma das mãos ao tentar salvar todos que lá viviam. Como Bertha se suicida jogando-se de cima da casa que está em chamas, Jane decide assim casar finalmente com ele.
Wide Sargasso Sea – Jean Rhys

Em 1966, a escritora britânica Jean Rhys, escreveu o romance pós-colonial, Wide Sargasso Sea. O romance é prequel para Charlotte Brontë famoso romance 1847 Jane Eyre .
O romance abre um curto espaço de tempo após 1833, a emancipação dos escravos na propriedade britânica-jamaicana. A protagonista Antoinette relata a história da sua vida desde a infância até seu casamento arranjado com um inglês sem nome (implícito como o Sr. Rochester de Jane Eyre). Enquanto o casamento deles progride, Antoinette, que ele renomeia (para Bertha), mantém-na encarcerada num quarto trancado, o que origina loucura. O romance é dividido em três partes. A primeira parte passa-se em Coulibri, na Jamaica e é narrado por Antoinette. Descrevendo as suas recordações de infância, ela recorda vários aspectos de sua vida, incluindo a instabilidade mental da sua mãe e a morte trágica do seu irmão deficiente mental.
Na segunda parte alterna entre dois pontos de vista, do seu marido e o seu durante a sua 'lua-de-mel' para Granbois, Dominica. Estímulos que provavelmente contribuíram para a queda de Antoinette são as suspeitas mútuas que se desenvolvem entre os dois e as conspirações de Daniel, que alega ser (ilegítimo) irmão de Antoinette, ele contesta a reputação de Antoinette e estado mental exigindo um suborno. A velha ama de Antoinette, Christophine, suspeita do inglês e da sua crença acerca dos ditos odiosos sobre Antoinette agravando a situação, ele torna-se infiel. A sensação de paranóia aumenta em Antoinette e a amargura do seu casamento desequilibra o estado mental e emocional já precário de Antoinette.
A terceira parte é a mais curta, é novamente a partir da perspectiva de Antoinette, agora conhecida como Bertha. Ela agora está confinada ao sótão de Thornfield Hall, a mansão Rochester que ela chama de "Grande Casa". A história traça a sua relação com Graça, a criada que tem a tarefa de a manter trancada, como se fosse a sua vida, mantendo-a afastada e escondida do mundo. Ele faz promessas vazias para estar mais perto dela, o que realmente não ajuda, aventurando-se noutros relacionamentos com outras mulheres e, eventualmente, com o jovem governanta Jane Eyre.
Ouvindo as suas vozes, Antoinette/ Bertha, com plena consciência decide acabar com a própria vida.
Litografia

Litografia (do grego-lithos [pedra] - graféin [grafia, escrita]) é um tipo de gravura. Vocábulo proveniente do grego formado por lithos (pedra) e graphein (escriturar). Descoberta no final do século XVIII por Aloys Senefelder, dramaturgo da Bavária que procurava um meio económico de estampar as suas peças de teatro.
Trata-se de um processo de impressão a partir da imagem desenhada sobre um suporte, normalmente de um calcário característico, denominado por "pedra litográfica". Após o traçado com materiais gordurosos (lápis, pau, pasta etc.), a pedra é tratada com resoluções químicas e água que fincam as zonas oleosas do desenho sobre a face. A impressão da imagem é concebida por meio de uma prensa litográfica que resvala sobre o papel.
A ligeireza do processo litográfico possibilita efeitos variados em função dos materiais empregues: em vez da utilização da pedra, cada vez mais são utilizadas chapas de plástico ou metal, em particular de zinco. O desenho, por sua vez, altera a sua estrutura de acordo com o uso de pena, lápis ou pincel. Testes de cor, texturas, graus de luminosidade e transparência conferem às litografias diferentes leituras.