Mídia, Opinião Pública e Comportamento Eleitoral (Plano de ensino)

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Mídia, Opinião Pública e Comportamento Eleitoral PPGCP-UFG Prof. Dr. Pedro Santos Mundim 4ª-feira, 9h às 12h40 Carga-horária: 60 h/a Atendimento: agendar por e-mail

1.

CA C – sala 108 Natureza: Obrigatória  [email protected]

Ementa Introdução às discussões teóricas e empíricas sobre os processos de formação e mudança da opinião pública e da decisão do voto. Compreensão dos principais conceitos e instrumentos, sejam eles quantitativos ou qualitativos, para acompanhar, analisar e construir explicações sobre o voto e os resultados das eleições presidenciais no Brasil e em outros países. A competição espacial pelo voto, as estratégias de retórica e persuasão dos candidatos. A propaganda política e eleitoral. O papel, o desenvolvimento e o uso dos meios de comunicação e das novas tecnologias nas campanhas eleitorais. As teorias sobre efeitos da mídia.

2. Objetivos Apresentar aos alunos do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política trabalhos e discussões sobre os eixos temáticos “Mídia, Opinião Pública e Comportamento Eleitoral”. Proporcionar-lhes uma visão científica sobre esses temas. Aprimorar sua capacidade para análises políticas mais sofisticadas e menos embasadas em “achismos” e visões do senso comum. 3. Conteúdo Os tópicos abaixo apresentam os temas que serão discutidos na disciplina, mas eles não estão em ordem cronológica.            

A teoria sociológica do voto A teoria psicológica do voto O modelo economicista do voto A abordagem da Escolha Racional Emoções e voto Informação e formação das preferências As teorias de efeito da mídia em uma perspectiva histórica Campanhas eleitorais e formação das preferências Imprensa e voto nas eleições Imagem pública e voto Novas polarizações políticas e voto Governos, elites políticas e opinião pública

1

4. Metodologia Apresentações do professor. Apresentações do(a)s aluno(a)s em sala de aula. 5. Processos de avaliação 5.1. Trabalho final O trabalho final da disciplina corresponderá a 70% da nota final. As instruções serão repassadas posteriormente. 5.2. Apresentações As apresentações do(a)s aluno(a)s em sala de aula corresponderão a 30% da nota final. Haverá apresentações em todas as aulas, com exceção da primeira. Por isso, todas as leituras são obrigatórias. As apresentações dos textos serão individuais. Os textos serão distribuídos a partir de sorteio na primeira aula. Todas as apresentações serão avaliadas pelo professor numa escala de 0-10, sendo 0 um indicador de que fiquei “totalmente insatisfeito” com a apresentação e 10 um indicador de que fiquei “totalmente satisfeito” com a apresentação e as discussões em sala. Elas devem não apenas mostrar que os alunos leram criticamente os textos, mas que foram capazes de levantar questões que nos permitam pensar sobre o nosso próprio contexto político, além de estimular uma discussão em sala. As apresentações dos textos não devem durar mais que 20 minutos, individualmente. Deve-se atentar, principalmente, para os métodos utilizados e os resultados. Atenção! Opiniões, análises e avaliações sobre eventos políticos concretos (eleições, campanhas, manifestações, etc.) levantados em sala de aula devem obrigatoriamente estar embasados pela teoria. Adaptando o que escreveu Charles Sanders Pierce sobre seu Pragmatismo: a lógica científica apresentada nesta disciplina “é para aqueles que querem perquirir (...) há botequins filosóficos em todas as esquinas, graças a Deus, graças a Deus”. 6. Presença A presença regular na disciplina é uma exigência do PPGCP da UFG. Passarei lista de chamada em todas as aulas. Ausências não serão abonadas em hipótese alguma, mesmo que justificadas. Atenção! Alunos que não alcançarem o percentual mínimo de presença exigido pelo programa serão reprovados na disciplina e excluídos do PPGCP, de acordo com as normas da UFG. Início: As aulas começarão às 9h00. Intervalo: Caso haja intervalo, ele terá, no máximo, 10 minutos.

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Atenção! Evitem ao máximo sair da sala de aula durante o período das atividades letivas. Além de ser uma falta de cortesia com o professor e com o(a)s colegas que chegaram no horário, o entra e sai de aluno(a)s atrapalha o andamento da disciplina, pois tira a atenção do(a)s aluno(a)s e do professor. Atenção! Preciso dizer que a hora que vale é a do meu relógio? 7. Cronograma O cronograma abaixo é uma referência, i.e., está sujeito a mudanças de conteúdo no decorrer do semestre. Caso ocorram, essas mudanças serão avisadas e um novo cronograma será disponibilizado aos alunos pelo professor. Alguns dos capítulos de livros serão indicados no decorrer das aulas. Textos complementares serão utilizados na preparação das aulas e poderão vir a ser incluídos na bibliografia da disciplina. Cronograma da disciplina “Mídia, Opinião Pública e Comportamento Eleitoral”, ministrada pelo Prof. Dr. Pedro Santos Mundim, para o Programa de Pós-graduação em Ciência Política, no 1º semestre de 2016. Mês

Dia

Aula

Conteúdo Opinião pública e comportamento eleitoral

06

1

13

2

O eleitor racional e o cálculo do voto

20

3

Avaliação de governo, economia e voto retrospectivo

27

4

Ideologia, opinião pública e voto

04

5

Classe e voto

11

6

Opinião pública e polarização política

18

7

Informação e opinião pública

25

8

A informação (não) importa?

01

9

Emoções e voto

Abr.

Mai.

Jun.

3

Leituras Price 1992; Lazarsfeld 1957; Converse 1987; Bartels 2008 Downs 1999; Riker and Ordeshook 1968; Popkin 1991; Edlin, Gelman, and Kaplan 2007 Downs 1999; Fiorina 1978; Kiewiet 1981; Fiorina, Abrams, and Pope 2003 Downs 1999; Converse 1964; Lewis-Beck et al. 2008 Lazarsfeld, Berelson, and Gaudet 1948; Przeworski 1985; Gelman 2008 Fiorina, Abrams, and Pope 2006; Abramowitz and Saunders 2008; Iyengar and Hahn 2009; Druckman, Peterson, and Slothuus 2013; Iyengar and Westwood 2015 Downs 1999; Popkin 1991; Lau and Redlawsk 2006 Althaus 2003; Lupia 1994; Bartels 1996; Gilens 2001; Kuklinski et al. 2000; Nyhan and Reifler 2010 Marcus 2000; Marcus and MacKuen 1993; Brader 2005

08

10

Imagem pública e voto

Lawson et al. 2010; Popkin 1991; Lenz and Lawson 2011; Boas 2014

15

11

Mídia e formação da opinião pública

Zaller 1992; Zaller 2001; Zaller 2012

22

12

Cobertura da imprensa, opinião pública e voto

29

13

“Soft News Goes to War”

06

14

As campanhas importam

20

15

Governos, elites políticas e opinião pública

Jul.

Boas 2005; Boas and Hidalgo 2011; Mundim 2010; Mundim 2014; Stein 2013 Baum 2003; Prior 2003; Prior 2005 Lazarsfeld 1944; Gelman and King 1993; Holbrook 1996; Vavreck 2009; Lau and Rovner 2009 Manza and Cook 2002; Erikson, Mackuen, and Stimson 2002; Jacobs and Shapiro 2002; Gilens and Page 2014

Além dos textos indicados, também sugiro fortemente a leitura dos seguintes livros: Figueiredo 1991; Singer 2000; Carreirão 2002; Mundim 2013; Lavareda and Telles 2011; Telles and Moreno 2013; Telles and Lavareda 2015.

Bibliografia Abramowitz, Alan I., and Kyle L. Saunders. 2008. “Is Polarization a Myth?” The Journal of Politics 70 (2): 542–55. Althaus, Scott L. 2003. Collective Preferences in Democratic Politics. Cambridge University Press. Bartels, Larry M. 1996. “Uninfored Votes: Information Effects in President Elections.” American Journal of Political Science 40 (1): 194–230. ———. 2008. “The Study of Electoral Politics.” Mimeo. Disponível Em: . Baum, Matthew A. 2003. Soft News Goes to War: Public Opinion and American Foreign Policy in the New Media Age. 1st ed. Princeton: Princeton University Press. Boas, Taylor C. 2005. “Television and Neopopulism in Latin America: Media Effects in Brazil and Peru.” Latin American Research Review 40 (2): 27–49. ———. 2014. “Pastor Paulo vs. Doctor Carlos: Professional Titles as Voting Heuristics in Brazil.” Journal of Politics in Latin America 2: 39–72. Boas, Taylor C., and F. Daniel Hidalgo. 2011. “Controlling the Airwaves: Incumbency Advantage and Community Radio in Brazil.” American Journal of Political Science 55 (4): 869–85. Brader, Ted. 2005. “Striking a Responsive Chord: How Political Ads Motivate and Persuade Voters by Appealing to Emotions.” American Journal of Political Science 49 (2): 388–405. Carreirão, Yan. 2002. A Decisão Do Voto Nas Eleições Presidenciais Brasileiras. Rio de Janeiro, Florianópolis: Editora FGV, Editora da UFSC. Converse, Philip E. 1964. “The Nature of Belief Systems in Mass Politics.” In Ideology and Discontent, edited by David E. Apter, 206–61. New York: The Free Press. ———. 1987. “Changing Conceptions of Public Opinion in the Political Process.” Public Opinion Quarterly 51: S12–24. Downs, Anthony. 1999. Uma Teoria Econômica de Democracia. São Paulo: EDUSP.

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Druckman, James N., Erik Peterson, and Rune Slothuus. 2013. “How Elite Partisan Polarization Affects Public Opinion Formation.” American Political Science Review 107 (1): 57–79. Edlin, Aaron, Andrew Gelman, and Noah Kaplan. 2007. “Voting as a Rational Choice: Why and How People Vote To Improve the Well-Being of Others.” Rationality and Society 19 (3): 293–314. Erikson, Robert S., Michael B. Mackuen, and James A. Stimson. 2002. “Public Opinion and Policy Causal Flow in a Macro System Model.” In Navigating Public Opinion: Polls, Policy, and the Future of American Democracy, edited by Jeff Manza, Fay Lomax Cook, and Benjamin I. Page, 33–53. Oxford University Press. Figueiredo, Marcus Faria. 1991. A Decisão Do Voto: Democracia E Racionalidade. São Paulo: Editora Sumaré. Fiorina, Morris P. 1978. “Economic Retrospective Voting in American National Elections: A Micro-Analysis.” American Journal of Political Science 22 (2): 426–43. Fiorina, Morris P., Samuel J. Abrams, and Jeremy C. Pope. 2006. Culture War? The Myth of a Polarized America. New York: Pearson Longman. Fiorina, Morris P., Samuel Abrams, and Jeremy Pope. 2003. “The 2000 US Presidential Election: Can Retrospective Voting Be Saved?” British Journal of Political Science 33 (2): 163–87. Gelman, Andrew. 2008. Red State, Blue State, Rich State, Poor State: Why Americans Vote the Way They Do. Princeton: Princeton University Press. Gelman, Andrew, and Gary King. 1993. “Why Are American Presidential Election Campaign Polls so Variable When Votes Are so Predictable?” British Journal of Political Science 23 (4): 409–51. Gilens, Martin. 2001. “Political Ignorance and Collective Policy Preferences.” American Political Science Review 95 (2): 379–96. Gilens, Martin, and Benjamin I. Page. 2014. “Testing Theories of American Politics: Elites, Interest Groups, and Average Citizens.” Perspectives on Politics 12 (3): 564–81. Holbrook, Thomas M. 1996. Do Campaings Matter? London: Sage Publications. Iyengar, Shanto, and Kyu S. Hahn. 2009. “Red Media, Blue Media: Evidence of Ideology Selectivity in Media Use.” Journal of Communication 59: 19–39. Iyengar, Shanto, and Sean J. Westwood. 2015. “Fear and Loathing across Party Lines: New Evidence on Group Polarization.” American Journal of Political Science 59 (3): 690–707. Jacobs, Lawrence R., and Robert Y. Shapiro. 2002. “Politics and Policymaking in the Real World: Crafted Talk and the Loss of Democratic Responsiveness.” In Navigating Public Opinion: Polls, Policy, and the Future of American Democracy, edited by Jeff Manza, Fay Lomax Cook, and Benjamin I. Page, 54. Oxford University Press. Kiewiet, D. Roderick. 1981. “Policy-Oriented Voting in Response to Economic Issues.” American Political Science Review 75 (2): 448–59. Kuklinski, James H., Paul J. Quirk, Jennifer Jerit, David Schwieder, and Robert F. Rich. 2000. “Misinformation and the Currency of Democratic Citizenship.” The Journal of Politics 62 (3): 790–816. Lau, Richard R., and Ivy Brown Rovner. 2009. “Negative Campaigning.” Annual Review of Political Science 12: 285–306. Lau, Richar R., and David P. Redlawsk. 2006. How Voters Decide: Information Processing during Election Campaigns. Cambridge: Cambridge University Press. Lavareda, Antonio, and Helcimara Telles. 2011. Como O Eleitor Escolhe O Seu Prefeito: Campanha E Voto Nas Eleições Municipais. Edited by Antonio Lavareda and Helcimara de Souza Telles. Rio de Janeiro: Editora FGV. Lawson, Chappell, Gabriel S. Lenz, Andy Baker, and Michael Myers. 2010. “Looking Like a Winner: Candidate Appearance and Electoral Success in New Democracies.” World Politics 62 (4): 561–93. Lazarsfeld, Paul F. 1944. “The Election Is Over.” Public Opinion Quarterly 8: 317–39.

5

———. 1957. “Public Opinion and the Classical Tradition.” Public Opinion Quarterly 21 (1): 39– 53. Lazarsfeld, Paul F., Bernard Berelson, and Hazel Gaudet. 1948. The People’s Choice: How the Voter Makes up His Mind in a Presidential Election. 6th ed. New York: Columbia University Press. Lenz, Gabriel S., and Chappell Lawson. 2011. “Looking the Part: Television Leads Less Informed Citizens to Vote Based on Candidates’ Appearance.” American Journal of Political Science 55 (3): 574–89. Lewis-Beck, Michael S., William G. Jacoby, Helmut Norpoth, and Herbert F. Weisberg. 2008. The American Voter Revisited. Ann Arbor: The University of Michigan Press. Lupia, Arthur. 1994. “Shortcuts Versus Encyclopedias: Information and Voting Behaivior in California Insurance Reform Elections.” American Political Science Review 88 (1): 63–76. Manza, Jeff, and Fay Lomax Cook. 2002. “The Impact of Public Opinion on Public Policy: The State of the Debate.” In Navigating Public Opinion: Polls, Policy, and the Future of American Democracy, edited by Jeff Manza, Fay Lomax Cook, and Benjamin I. Page, 17–32. Oxford University Press. Marcus, George E. 2000. “Emotions in Politics.” American Review of Political Science 3: 221–50. Marcus, George E., and Michael MacKuen. 1993. “Anxiety, Enthusiam, and the Vote: The Emotional Underpinnings of Learning and Ivolvement During Presidential Campaigns.” American Political Science Review 87 (3): 672–85. Mundim, Pedro Santos. 2010. “Cientistas Políticos, Comunicólogos E O Papel Da Mídia Nas Teorias Da Decisão Do Voto.” Política Hoje (UFPE) 19 (2): 338–64. ———. 2013. Imprensa E Voto Nas Eleições Presidenciais Brasileiras de 2002 E 2006. Goiânia: Editora UFG. ———. 2014. “Mídia, Voto E Eleições Presidenciais No Brasil.” In O Voto Para Presidente No Brasil: Condicionantes E Fatores Explicativos, edited by Robert Bonifácio, Gabriel Casalecchi, and Cleber de Deus, 217–56. Íthala/Edufpi. Nyhan, Brendan, and Jason Reifler. 2010. “When Corrections Fail: The Persistence of Political Misperceptions.” Political Behavior 32: 303–30. Popkin, Samuel L. 1991. The Reasoning Voter: Communication and Persuasion in Presidential Elections. 2nd ed. Chicago and London: The University of Chicago Press. Price, Vincent. 1992. Opinión Pública. Universidad de Guadalajara. Prior, Markus. 2003. “Any Good News in Soft News? The Impact of Soft News Preference on Political Knowledge.” Political Communication 20: 149–71. ———. 2005. “News vs. Entertainment: How Increasing Media Choice Widens Gaps in Political Knowledge and Turnout.” American Journal of Political Science 49 (3): 577–92. Przeworski, Adam. 1985. Capitalism and Social Democracy. Cambridge University Press. Riker, William H., and Peter C. Ordeshook. 1968. “A Theory of the Calculus of Voting.” American Political Science Review 62 (1): 25–42. Singer, André. 2000. Esquerda E Direita No Eleitorado Brasileiro. São Paulo: EDUSP. Stein, Elizabeth A. 2013. “The Unraveling of Support for Authoritarianism: The Dynamic Relationship of Media, Elites, and Public Opinion in Brazil, 1972–82.” The International Journal of Press/Politics 18 (1): 85–107. Telles, Helcimara, and Antonio Lavareda. 2015. Voto E Estratégias de Comunicação Política Na América Latina. Curitiba: Appris. Telles, Helcimara, and Alejandro Moreno. 2013. Comportamento Eleitoral E Comunicação Política Na América Latina. Belo Horizonte: Editora UFMG. Vavreck, Lynn. 2009. The Message Matters: The Economy and Presidencial Campaigns. Princeton: Princeton University Press. Zaller, John R. 1992. The Nature and Origins of Mass Opinion. 13th ed. Cambridge: Cambridge University Press.

6

———. 2001. “Monica Lewinsky and the Mainsprings of American Politics.” In Mediated Politics: Communication in the Future of Democracy, edited by W. Lance Bennett and Robert M. Entman, 252–78. Cambridge University Press. ———. 2012. “What Nature and Origins Leaves Out.” Critical Review 24 (4): 569–642.

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