Mobilidade jovem no concelho de Braga: proposta de trajeto para transporte público urbano noturno em ambiente SIG

September 21, 2017 | Autor: R. Nogueira Martins | Categoria: Mobility/Mobilities, Geographic Information Systems (GIS), Braga
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Departamento de Geografia Universidade do Minho

Mobilidade jovem no concelho de Braga: proposta de trajeto para transporte público urbano noturno em ambiente SIG MARTINS, Ricardo1 ; VIEIRA, ANTÓNIO2

Figura 1. ENQUADRAMENTO GEOGRÁFICO

Introdução A promoção de ofertas de mobilidade vocacionadas para o público jovem e para as atividades de diversão noturna tem constituído um aspeto subvalorizado nas urbes atuais, em Portugal. Assim, e tendo como caso de estudo a cidade de Braga, Capital Europeia da Juventude em 2012, considerámos pertinente apresentar uma proposta de circuito de transportes públicos que servisse este público-alvo na sua deslocação para os espaços de lazer, fomentando uma maior mobilidade urbana, e promovendo uma maior segurança geral e sustentabilidade urbana. Através deste trabalho pretendeu-se promover uma solução que permita revitalizar e promover o fluxo de passageiros em transporte público no período noturno em ambiente urbano; a diminuição da sinistralidade rodoviária associada a estes fluxos noturnos; a sensibilização para o uso do transporte público; a melhoria da qualidade do ar urbano pela diminuição do uso do transporte individual; a promoção de um fluxo de trânsito mais ágil; e, por fim, a consequente promoção turística da cidade pelo uso externo deste mesmo trajeto.

Figura 2. POPULAÇÃO JOVEM E FAMÍLIAS POR SUBSECÇÃO NO CONCELHO DE BRAGA

Metodologia/Critérios Orientadores A investigação utilizou numa primeira fase as ferramentas do Software ArcGIS 10 da ESRI, como o Spatial Analyst, de forma a comparar e interpolar resultados das analises espaciais, como no caso das análises de cariz social e delimitação de paragens, e em segunda instância o Network Analyst, na criação da rota ótima. Na procura de resultados pretendidos para a proposta de trajeto, foram definidos diversos critérios, baseando-se o estudo em : Freguesias de população jovem: identificação das freguesias com maior rácio de população jovem num ciclo etário entre os 15 e os 24 anos. Freguesias por maior número de famílias por subsecção estatística: identificação das freguesias com maior rácio de famílias por subsecção Paragens: definição do traçado que percorresse vias servidas desde já por paragens TUB (Transporte Urbanos de Braga) e seleção das paragens mais próximas das subseções com maior número de famílias e mais população jovem. Identificação, individualização e tratamento através da análise cartográfica do edificado como possíveis áreas de atração e fornecedora de clientes:  Pólos de Ócio nocturno: Bares, cafés discotecas, centros culturais  Equipamentos turísticos (Hoteis, pousadas, pensões…)  Equipamentos multimodais (Central de Camionagem, Caminhos-de ferro)  Equipamentos Académicos (Campus de Gualtar da Universidade do Minho e Residências)

Apuramento dos resultados

Figura 3. PROPOSTA DE TRAJETO NO CONCELHO DE BRAGA

 Os critérios definidos neste estudo permitiram encontrar a melhor solução para a implementação do circuito nocturno de transporte público.  Os critérios sociais como a população jovem e o numero de famílias foram fulcrais para a seleção de áreas (freguesias) de atuação.  A aposta no serviço público de transporte deve ser uma aposta primordial nas urbes atuais, associada à avaliação da mobilidade à escala local.  A análise espacial de redes afigura-se como promissora no planeamento dos municípios. No entanto, ressalvamos a necessidade de disponibilização de dados de qualidade por parte das entidades produtoras de informação geográfica.  A inadequação da informação geográfica produzida pela maioria das entidades para a análise de redes foi, entre outros, a principal barreira com que nos deparámos.  Consequentemente, consideramos fundamental a adequação da informação de cariz geográfica produzida pelas entidades responsáveis à modelação de redes (nomeadamente de transporte), de acordo com os padrões em vigor. Referências de Pesquisa Alves, Teresa (2009) - Geografia da noite : conhecer, compreender e repensar os territórios, Provas de habilitação ao título de professor agregado, Geografia (Geografia Humana) (Relatório), Universidade de Lisboa. Costa,V., Soares,T. (2007) - Estudo de Mobilidade da População Residente no concelho de Braga, Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres, I.P.

1– Mestrando em Geografia – Planeamento e Gestão do Território, Departamento de Geografia, Universidade do Minho. [email protected] 2 – CEGOT, Departamento de Geografia, Universidade do Minho. [email protected]

Dias, Rodrigo; Nassi, Carlos ( 2010) - Procedimento para Elaboração do Índice de Acessibilidade com Apoio de Sistema de Informação Geográfica – SIG, XVI PANAM,, Lisboa ESRI (2010) - Network Analyst Tutorial Toralles, P.C; Polidori C.M; et al(s.d) - A medida de acessibilidade como identificadora de diferenciação sócio-espacial: o caso de cidades do extremo sul do Brasil, Universidade Federal de Pelotas.

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