MORGADO, Fernando. A força do rádio. Observatório da Imprensa, São Paulo, n. 654, 2011. Disponível em: <http://observatoriodaimprensa.com.br/interesse-publico/a-forca-do-radio>.

Share Embed


Descrição do Produto

Quinta-feira, 15 de Dezembro de 2016

Observatório

Seções

ISSN 1519-7670 - Ano 19 - nº928

OI na TV

Vídeos OI

OI no Rádio

Blogs OI

Serviços

Contato













Busca avançada Edição nº 928

Edição nº 927

Edição nº 926

Edição nº 925

Edição nº 924

Anteriores >>

ENTRE ASPAS > MÍDIA RADIOFÔNICA

A força do rádio Por Fernando Morgado em 08/08/2011 na edição 654 Tweetar

Curtir

0

0

0 comentários

Sendo a única mídia que ainda supera a audiência da televisão em algum momento do dia – no caso, pela manhã – e estando presente em 87,9% dos domicílios brasileiros (PNAD 2009), é indiscutível que o rádio mantém-se relevante enquanto atrator de público e gerador de negócios. Mais do que isso: é uma das únicas mídias a tratar a prestação de serviço público como um diferencial competitivo, e não como um estorvo. Tudo isso ca ainda mais evidente durante os momentos críticos vividos por uma sociedade – quando uma informação pode, literalmente, salvar milhares de vidas. Para comprovar isso, nem será necessário recorrer aos conhecidos exemplos da chamada “era de ouro”. Mesmo em tempos de iMacs, iPhones e iPads, nada supera a força do rádio como fonte onipresente de informação nas horas mais importantes, mesmo nos países tecnologicamente mais desenvolvidos. Em março de 2011, o Japão foi assolado por uma das maiores catástrofes naturais da sua história, deixando milhares de mortos, desaparecidos e refugiados, além de um acidente nuclear cujas consequências para o futuro ainda não podem ser medidas com exatidão. Naquele momento, todas as grandes corporações japonesas se mobilizaram para ajudar e a Sony – marca diretamente associada com a reconstrução do país após a II Guerra Mundial – também procurou fazer a sua parte, desenvolvendo um equipamento especí co para ser doado aos atingidos pela tragédia. Enganaram-se aqueles que pensaram num novo modelo de smartphone ou de tablet: toda a alta tecnologia da Sony foi concentrada num… radinho! Além de sintonizar AM/FM, o Sony ICF-B02possui lanternas, apito e pode funcionar tanto com pilhas quanto pela força gerada manualmente através de uma manivela. Com o auxilio de um adaptador, a energia produzida com o radinho pode ser usada também para carregar um telefone celular. Indispensável e insubstituível

Curadoria de Notícias

Redes sociais revolucionam cobertura de eleições Textos recomendados

Facebook e Twitter passaram a disputar com as grandes redes de TV as principais atenções de políticos e eleitores, como cou evidente na convenção do Partido Republicano, nos EUA. Saiba mais

Filme de Oliver Stone sobre Snowden estreia em setembro Textos recomendados

Depois de muitas peripécias técnicas e politicas, o lme do diretor Oliver Stone sobre o autor do mais badalado vazamento de segredos norte-americanos vai para as telas de cinemas em meados de setembro. Saiba mais

O Chile, outro país assolado pela fúria da natureza, também tem uma história importante com o rádio. Após o grande terremoto ocorrido em 2010, o OmnicomMediagroup realizou uma pesquisa para veri car como se deu o consumo de mídia durante a tragédia. Quando perguntados sobre qual meio consideravam o mais con ável para se informarem numa situação fora do normal ou limite, 67,8% dos entrevistados responderam: rádio. Em tempo: o meio jornal cou em 2º (13%), a TV em 3º (9,6%) e a internet em 4º (5,2%). Lembrando que o Chile possui um excelente sistema de televisão pública – conforme já abordado num artigo anterior–, quase 40% dos lares possuem TV paga e mais de 35% tem acesso à web – isso sem falar dos celulares 3G (segundo dados da Subsecretaria de Telecomunicações do governo chileno).

Mulheres jornalistas lançam portal Catarinas

Voltando um pouco mais no tempo, pode-se também citar como exemplo o apagão ocorrido em 2009, que deixou quase meio Brasil sem luz. Para a maioria esmagadora dos cidadãos, que cou sem poder ligar a TV ou não possuía notebooks nem telefones com conexão à internet, o rádio foi por onde descobriram as proporções do problema, caram sabendo das condições de trânsito e ainda foram informados das primeiras ações por parte do governo. Aqueles que puderam acessar as redes sociais – especialmente o Twitter – tiveram condições não apenas de repercutir os acontecimentos com seus amigos, mas também informar as emissoras de rádio sobre o que estava acontecendo na sua região. Segundo reportagem do Meio & Mensagem de 11 de novembro de 2009, a CBN “registrou um aumento de mensagens entre 200% e 300% em comparação com os dias normais”.

Textos recomendados

Interatividade, agilidade e mobilidade: as palavras de ordem da era digital, e que estão presentes desde o rádio de Galena, fazem a diferença nas horas em que a informação é mais necessária. Muito além das questões tecnológicas, a força do rádio nasce justamente dos diferenciais intrínsecos à sua linguagem e que fazem dela uma mídia ainda indispensável e insubstituível. *** [Fernando Morgado é professor convidado da ESPM-Rio, pesquisador e escritor]

Textos recomendados

O Catarinas é o primeiro portal de noticias online sobre a situação da mulher no Brasil. Saiba mais

Delegado insiste na censura a blog jornalístico O repórter independente Marcelo Auler, responsável pelo blog que leva o seu nome, voltou a ser alvo de uma ação judicial movida pelo delegado da Polícia Federal, Maurício Moscardi Grillo. Saiba mais

Jornais abandonam acesso pago por 6 razões Textos recomendados

Uma pesquisa divulgada pelo American Press Institute mostrou porque a maioria dos jornais que optaram pelo acesso pago já o abandonaram de forma provisória ou de nitiva Saiba mais

As notícias podem infartar? Textos recomendados

A imprensa foi responsabilizada pelo aumento, nos Estados Unidos, do número de enfartos sofridos por pessoas que abandonaram ou não iniciaram

Lihat lebih banyak...

Comentários

Copyright © 2017 DADOSPDF Inc.