MUSEU ACADÉMICO DE COIMBRA: UM EXEMPLO PARA PEDAGOGIA E INVESTIGAÇÃO

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Online em: http://www.pportodosmuseus.pt/?p=9090 acedido em 27 de Março de 2011.
Online em: http://www.museudaindustriatextil.org/appi/index2.php?1&it=agendapag&co=194&LG=0&SID= acedido em 27 de Março de 2011.
MUSEU ACADÉMICO DE COIMBRA, Livro de registo de visitantes, 2004-2011. Coimbra: Museu Académico de Coimbra. fl. 46v.
MUSEU ACADÉMICO DE COIMBRA, Livro de registo de visitantes, Coimbra: Museu Académico de Coimbra. 2004-2011, fl. 44v.
MUSEU ACADÉMICO DE COIMBRA, Livro de registo de visitantes, 2004-2011, Coimbra: Museu Académico de Coimbra. fl. 46v.
José Amado Mendes – «O papel educativo dos Museus: evolução histórica e tendências actuais». In Estudos do património. Museus e educação. Coimbra: Imprensa da Universidade, 2009. p. 31.
José Amado Mendes – «O papel educativo dos Museus: evolução histórica e tendências actuais». In Estudos do património. Museus e educação. Coimbra: Imprensa da Universidade, 2009. p. 33.
Peter Stanbury – «Les musées et les collections universitaires». In Museum International. Vol. 52: 6. N º 2. Paris: UNESCO, 2000. p. 4-9.
Glenn Willunson – «Quand le public des musées universitaires se transforme». In Museum International. Vol. 52: 15. N º 2. Paris: UNESCO, 2000. p. 15-18.
Alberto Sousa Lamy – A Academia de Coimbra: história, praxe, boémia e estudo, partidas e piadas, organismos académicos. Lisboa: Rei dos Livros, 1990. p. 160.
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Diamantino Calisto – Costumes académicos de antanho. Porto: Imprensa Moderna, 1950. p. 28.
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Via Latina, n º 96, 4 de Maio de 1959, p. 2.
Manuela Carvalhão Teixeira Santos – Joaquim Teixeira Santos: defensor e mensageiro das tradições académicas. Coimbra: Edição de Autor, 2009. p. 12.
"Queima das Fitas", Diário de Coimbra, n º 8281, 20 de Maio de 1955, p. 5.
António José Soares – Breve História da Tuna Académica da Universidade de Coimbra – Regentes, Repertório e Viagens. Coimbra: Edição da Biblioteca Municipal, 1962. p. 34.
"A Tuna Académica da Universidade de Coimbra embarca hoje no «Pátria», para uma digressão artística por Angola", Diário de Coimbra, n º 9432, 15 de Agosto de 1958, p. 7.
Online em: http://virtualandmemories.blogspot.com/2007/10/perfil-biogrfico-do-dr.html em 2 de Maio de 2011.
Manuela Carvalhão Teixeira Santos – Joaquim Teixeira Santos: defensor e mensageiro das tradições académicas. Coimbra: Edição de Autor, 2009. p. 14-15.
"MUSEU ACADÉMICO: Sonho com 20 anos dá lugar a Liga de Amigos", Diário As Beiras, n º 5218, 13 de Janeiro de 2011, p. 7.
"INICIATIVA LIMAUC: Visita guiada e canção de Coimbra no Museu Académico", Diário de Coimbra, n º 27360, 3 de Maio de 2011, p. 5.
"Visita ao Museu Académico", Diário as Beiras, n º 5316, 7 de Maio de 2011, p. [2].
"LIGA DOS AMIGOS DO MUSEU ACADÉMICO EVOCA 60 ANOS", Diário de Coimbra, n º 27378, 21 de Maio de 2011, p. 10.



MUSEU ACADÉMICO DE COIMBRA: UM EXEMPLO PARA PEDAGOGIA E INVESTIGAÇÃO


RUI PEDRO MOREIRA LOPES
COIMBRA
2011

INTRODUÇÃO
Ao elaborarmos o presente trabalho na disciplina de Museus, Investigação e Educação, pretendemos demonstrar que o Museu Académico de Coimbra através das suas colecções e peças, além da sua biblioteca, arquivo e documentação, tem utilidade para a pedagogia e investigação.
Desta forma, dividimos o trabalho em dois capítulos, o primeiro capítulo em que caracterizamos as valências do Museu Académico de Coimbra e demonstramos a sua importância para investigação e educação.
No segundo capítulo, caracterizamos o Museu Académico de Coimbra como espaço de investigação e educação, dando exemplos concretos, de como contribui para a aquisição e acumulação de conhecimento, nomeadamente, demonstrando que as colecções e peças do Museu Académico de Coimbra têm utilidade para num programa de uma disciplina de "História da Universidade", em que a abordagem à vida académica ser leccionada através de uma visita ao Museu.
Por fim, terminamos com a conclusão, assim como, a apresentação de fontes e bibliografia.










CAPÍTULO I – CARACTERIZAÇÃO DAS VALÊNCIAS DO MUSEU ACADÉMICO PARA A EDUCAÇÃO E INVESTIGAÇÃO
Através do presente capítulo, tencionamos caracterizar as principais valências do Museu Académico de Coimbra, referindo a sua importância para a educação e o consequente percurso para a aquisição de conhecimento.
Desta forma, principiamos por referir exemplos do que são, de facto, as valências de um Museu. Assim, optámos por verificar na internet o caso específico do Museu Júlio Dinis, que dispõe de valências como: zona de atendimento e recepção, loja, sala polivalente, centro de documentação/biblioteca dinisiana, serviços de multimédia e de informática, cafetaria. Por outro lado, também o Museu da Industria Têxtil refere outras valências como: arquivos e exposições temporárias, ou seja, dos exemplos referidos, podemos mencionar que as valências são o que os Museus têm para "oferecer" aos visitantes nas mais diversas formas, incluíndo as que lhes poderão proporcionar a aquisição e acumulação de conhecimento, através da via educativa.
É certo que o Museu Académico de Coimbra, pelas suas características de Museu universitário na vertente de vida académica, não possui todas as valências que anteriormente mencionámos (atendimento, loja, sala polivalente, serviços de multimédia e de informática, cafetaria). No entanto, apesar das suas limitações financeiras consequentes da ausência de estatutos e, por isso, sem existência legal que não lhe permite ser incluído no orçamento da Universidade de Coimbra. De facto, possui valências importantes que, em alguns casos são uma via para obter e acumular conhecimento. Serão, pois, essas valências e as suas características que apresentamos seguidamente.
Iniciamos com o arquivo e documentação. Esta valência do Museu Académico de Coimbra é importante, não só para adquirir e acumular conhecimento, mas também, para a investigação da temática da vida académica, sendo necessário relembrar que, por exemplo, o arquivo e documentação da Associação Académica de Coimbra, assim como, de outros organismos académicos, se encontram no Museu Académico de Coimbra. Por isso, quem pretender investigar sobre a temática da vida académica, torna-se imperativo consultar o arquivo e documentação do Museu Académico de Coimbra. Semelhante argumento é aplicável ao espaço da biblioteca, atendendo ao facto de ali estarem acondicionadas as publicações relativas à temática já referida, que terão utilidade para a investigação como para a educação.
Não deixaremos de mencionar a importância da valência que representa o vasto núcleo discográfico, desde os raríssimos discos de vinil a exemplos de CDS, em larga maioria, relativos à canção de Coimbra. A verdade é que, este núcleo servirá tanto para a investigação como para educação da temática da canção de Coimbra, também incluída na temática da vida académica.
A recepção e guia também são, sem dúvida, valências imprescindíveis. Embora o Museu Académico de Coimbra, pelas suas características em termos de espaço não possua uma verdadeira recepção (na entrada do Museu existe uma mesa onde o guia aguarda os visitantes, fazendo assim o guia o duplo papel de guia e recepcionista). O guia do Museu é uma mais-valia. É certo que não tem estudos superiores, no entanto, é um entendido na temática da vida académica, além de possuir outro aspecto importante para um guia: é poliglota, pois, além de português, também fala francês, inglês e italiano. Este factor é relevante, de acordo com o que nos foi referido pelo Dr. Artur Ribeiro (coordenador do Museu Académico de Coimbra), na média de duas mil visitas anuais, grande percentagem são turistas estrangeiros. Assim, não restam dúvidas que o guia está adequado ao lugar que ocupa, pois saberá transmitir conhecimento sobre a vida académica aos visitantes em várias línguas. A tudo isto acresce outro factor, pois, ao consultarmos o livro de registo de visitantes, há testemunhos que atestam a competência do guia, de que apontamos os seguintes exemplos: "[…] uma visita guiada […] de forma competente e séria […]"e "[…] la visite avec un guide très intéréssant! […]", sendo estes dois casos exemplos de múltiplos elogios ao guia no desempenho do seu trabalho.
Outra mais-valia do Museu Académico de Coimbra, é a exposição permanente intitulada "o percurso do escolar de Coimbra". As colecções e peças que compõem a exposição têm um carácter didáctico, ou seja, o de fazer a recriação do percurso do escolar de Coimbra, do momento em que chega até mesmo após o terminus do curso com as Associações de Antigos Estudantes de Coimbra. Certo é que a exposição mencionada permite mostrar e ensinar/aprender o que é a vida académica de Coimbra.
Tendo em conta que o Dr. Artur Ribeiro nos referiu que grande maioria do público são turistas (com destaque para estrangeiros), além de também estudantes e antigos estudantes, ou seja, não existe um público específico a quem dirigir a exposição. Desta forma, compreendemos que a exposição funciona para um público generalizado, mostra um tema geral, conseguindo-se assim o objectivo pedagógico de demostrar o percurso do escolar de Coimbra, havendo êxito na concretização do mesmo, como demostra o seguinte testemunho: "Thanks for this wonderful introduction to the history of Academic life in Coimbra […]".
Deste modo, todas as valências são importantes para a educação, atendendo que uma das funções do Museu é "[…] educar e recrear, através de exposições e de outras actividades desenvolvidas […]". No século XVIII o Museu já era visto como "um excelente complemento da escola". Não podemos olvidar que no caso do Museu Académico de Coimbra, se trata de um Museu universitário, e, também, as características pedagógicas que estão adjacentes a esta especificidade de Museus, devido às suas colecções terem um papel determinante no ensino de uma determinada disciplina. Consequentemente, um vasto número Museus universitários estão conectados a departamentos universitários relacionados com as colecções que possuem. Ou seja, os Museus universitários servem para a investigação e ensino, proporcionando que seja possível uma grande acumulação de conhecimento.


CAPÍTULO II – O MUSEU ACADÉMICO COMO ESPAÇO DE EDUCAÇÃO INVESTIGAÇÃO
No presente capítulo, pretendemos demonstrar que o Museu Académico de Coimbra poderá servir como espaço educativo e de investigação.
É certo que o Museu Académico de Coimbra pelas suas características não possui um departamento educativo, no entanto, não deixa de cumprir a função educativa se repararmos que através da exposição permanente "o percurso do escolar de Coimbra", as suas colecções e peças são úteis para uma aula sobre a vida académica, que poderá ser um ponto do programa de uma disciplina de História da Universidade. Por outro lado, a valência de biblioteca, arquivo e documentação, será o verdadeiro local de trabalho de investigadores da temática da vida académica. Também não podemos esquecer a valência que tem o guia em termos educativos, pois acrescentará o que é necessário em termos pedagógicos à compreensão da exposição.
Assim, no ponto do programa da disciplina de História da Universidade, propomos uma visita ao Museu Académico de Coimbra como forma de os alunos acumularem conhecimento e compreenderem a vida académica.
Iniciamos a visita com a temática do traje académico. Existe uma colecção com seis peças que demonstram a evolução do traje académico (Cf. Anexo I, fig. 1 e 2), o que nos permite explanar como o traje académico se foi desenvolvendo em cada época, até chegarmos ao modelo actual. No entanto, reparando que cada modelo tem uma data ou século em que foi usado. Desta forma, cumprimos o objectivo pedagógico de demonstrar ao aluno como evoluiu o traje académico.
Seguidamente, detemo-nos na estátua do estudante de Coimbra, que representa o estudante de Coimbra no século XIX. Neste momento, cumpre-nos referir a importância da Universidade de Coimbra como a única Universidade do país até 1911, sem esquecer o pormenor que já existiam as escolas médicas de Lisboa e Porto. Ou seja, demonstrar, que Coimbra era frequentada pela elite pensadora que, inúmeras vezes, era quem ia governar o país, por isso, a pose da estátua demonstra bem a "pose de poder" (Cf. Anexo I, fig. 3).
Na vitrine seguinte, sobre as sebentas, mencionaremos que as "sebentas" (Cf. Anexo I, fig. 4) era por onde os alunos estudavam, podendo ser por disciplina ou professor, deixando até célebres quem as fazia (Manuel das Barbas) ou quem as distribuía (Maria Marrafa) sendo as sebentas classificadas de "[…] instituição bemdita e misericordiosa!", não sendo de descurar que os próprios estudantes de Coimbra homenagearam a "sebenta" com um centenário em 1899.
Passamos seguidamente para os "badalos da cabra". Neste ponto, referimos que os toques da "cabra" regulavam a vida na Universidade e até mesmo na cidade, contudo, havia um aspecto, é que no dia em que a cabra não tocava, não havia aulas. Assim, houve várias tentativas (algumas consumadas) dos alunos roubarem os badalos da "cabra" para não terem aulas. Os dois badalos constantes na exposição são exemplos dos que foram devolvidos na "Tomada da Bastilha" de 1952 muitos anos após o seu roubo com o intuito de não haver aulas.
Seguidamente, transpomos para as repúblicas de estudantes de Coimbra. É certo que as colecções de fotografia, cerâmica e de jornais editados pelas repúblicas expostos dão uma imagem do universo das repúblicas estudantis, no entanto, neste ponto, sugerimos aos alunos que façam uma visita mesmo a uma república, pois, in locco, será mais fácil compreender o universo das repúblicas de estudantes de Coimbra. Porém, também sugerimos a leitura de várias publicações acerca da temática repúblicas de estudantes de Coimbra, dando como exemplo a seguir a publicação de Teresa Carreiro. Tudo isto, com o objectivo dos alunos adquirirem conhecimento sobre o tema e compreenderem melhor esta realidade da vida académica.
Avançamos para a vitrine dedicada à praxe académica de Coimbra. Começamos por chamar a atenção do aluno para que, no século XIX a praxe era violentíssima, através do famoso "canelão". Por outro lado, além dos códigos da praxe expostos, em que chamaria a atenção para a importância dos mesmos como mecanismo regulador da praxe académica de Coimbra de que foram elaboradas várias actualizações, sendo o primitivo de 1957 sendo a edição mais recente de 2008. Contudo, sugerir atenção redobrada para os instrumentos da praxe académica de Coimbra: a tesoura, para cortar cabelo, a moca, instrumento de poder do "chefe da troupe" e a colher de pau para dar palmatoadas, chamando a atenção dos alunos para o facto da colher de pau exposta ter pertencido a Antero de Quental (Cf. Anexo I, fig. 5).
Terminada a exposição acerca da praxe, avançamos para a sala do Fado de Coimbra (Cf. Anexo I, fig. 6). É certo que as serenatas fazem parte do universo estudantil de Coimbra. Notamos a existência de uma excelente colecção de guitarras, imagens e pautas que nos remetem para nomes célebres do Fado de Coimbra, sem que, contudo, haja uma forma cronológica. Assim, optamos por referir as várias fases do Fado de Coimbra e quem as celebrizou, não esquecendo de referir os dois filões que, segundo Jorge Cravo, estão na origem da Canção de Coimbra: futrica e académico, representados pelas guitarras de Flávio Rodrigues da Silva (futrica) e pelas guitarras dos outros estudantes. No final desta sala, também sugeria aos alunos alguma bibliografia sobre a temática do Fado de Coimbra, de forma a ampliarem os seus conhecimentos acerca do tema.
Na sala da Queima das Fitas (Cf. Anexo I, fig. 7), chamar a atenção para a ordem cronológica dos cartazes, embora referindo que não estão todos expostos, assim como, para o penico com o "grêlo" da cor de cada Faculdade, assim como, chamar a atenção para vários objectos representativos desta realidade expostos, como plaquetes de caricaturas, selos da queima, venda da pasta, entre outros.
Seguimos então para a colecção de condecorações da Associação Académica de Coimbra (Cf. Anexo I, fig. 8). Nesta vitrine, apercebemo-nos das inúmeras condecorações da Associação Académica de Coimbra, como resultado da sua múltipla vertente cultural, humanista e desportiva. Destacamos a mais alta de todas as condecorações (Torre e Espada), embora devamos salientar a "Ordem da Liberdade", como resultado da intervenção cívica da Associação Académica de Coimbra nas crises académicas de 1962 (resultante da proibição do dia do estudante) e de 1969, resultante da inauguração do edifício das Metemáticas. Tudo isto, com o objectivo pedagógico de demonstrar a vertente cultural, cívica e desportiva da Associação Académica de Coimbra.
Na sala dos Lentes (Cf. Anexo I, fig. 9), notamos a existência do que caracteriza o professor universitário: trajes e insígnias. Neste momento, destacamos ao aluno que cada Faculdade tem uma cor na borla e capelo, sendo, no caso demonstrado a borla e capelo legados ao Museu Académico de Coimbra pelo Dr. Arthur Wallis Excell que foi doutorado Honoris Causa pela Universidade de Coimbra. Isto fará compreender ao aluno que cada Faculdade tem uma cor, assim como, a borla e o capelo representam as insígnias académicas dos professores da Universidade de Coimbra.
Posteriormente, avançamos para as pastas académicas e a evolução destas. Neste momento, explicaremos aos alunos que, as pastas académicas no século XIX serviam para transportar os livros e tinham as fitas, que eram queimadas no final do curso. No entanto, chamaremos a atenção para o aspecto de ostentação de riqueza traduzido na ornamentação de algumas pastas académicas de luxo (Cf. Anexo I, fig. 10), ou seja, simbolizava mais uma vez o "poder".
Avançamos para os livros de curso através da evolução dos mesmos. Notamos no início as "orlas de fotografias" do século XIX (Cf. Anexo I, Fig. 11) onde constam os estudantes identificados pelo nome e naturalidade, assim como os professores sendo de destacar numa das orlas um estudante natural da Bahia, Brasil e outro natural de Luanda, Angola, que dá também a entender a Universidade de Coimbra como centro do saber da lusofonia (não esquecendo que a primeira estudante brasileira na Universidade de Coimbra – América do Sul Fontes Monteiro – tem a sua primeira matrícula na Faculdade de Letras em 1917), passando pelos livros de curso no início do século XX até chegarmos às actuais plaquetes de caricaturas.
Posteriormente, observamos a colecção de diplomas, que significa o termo do curso, ou seja, que o aluno cumpriu o objectivo de concluir o curso e levará o diploma como prova de detentor do curso para poder exercer as suas competências.
Seguidamente, obervamos as colecções das Associações dos Antigos Estudantes de Coimbra, onde transmitiremos aos estudantes que, após o final do curso, a vivência académica continua nestas agremiações, sendo de notar pelas colecções e peças que existem agremiações tanto em Portugal como no espaço lusófono, com destaque para o Brasil, donde provém grande parte das colecções e peças.
Posteriormente, já que visionámos a vertente cultural no Fado de Coimbra, avançamos para a componente desportiva com a visita à sala de troféus das secções desportivas da Associação Académica de Coimbra (Cf. Anexo I, fig. 12), com destaque para a Taça de Portugal de 1939. Isto demonstrará aos alunos que, para além das aulas e estudo, a academia tem também a componente desportiva e cultural, através das secções da Associação Académica de Coimbra e organismos autónomos, como anteriormente mencionámos.
Por outro lado, na visita é conveniente não descurar a componente de investigação. Assim, direccionamos a atenção para a sala de arquivo e documentação onde visionaremos documentos vários como por exemplo, actas da Direcção Geral, Assembleia Magna e Conselho Cultural da Associação Académica de Coimbra, as plaquetes da queima das fitas. Posteriormente direccionamo-nos para a biblioteca do Museu, que possui todas as obras indispensáveis ao estudo da vida académica de Coimbra. Tudo isto com o objectivo de demonstrar ao aluno que poderá também fazer investigação da vida académica de Coimbra com o que consta no Museu, essencialmente na biblioteca e arquivo.
Após a visita, apelamos para o aluno fazer um relatório da mesma, assim como, grupos de trabalho, escolher uma temática da vida académica para um trabalho de investigação breve a elaborar. Os alunos terão como fontes para o trabalho as colecções e peças, documentação do arquivo e obras sobre a temática existentes na biblioteca Museu Académico de Coimbra.
Após estas considerações, é importante referir que o Museu Académico de Coimbra serve para a educação e investigação nos termos referidos, pelo património e documentação que possui. Porém, segundo nos informou o Dr. Artur Ribeiro, coordenador do Museu Académico de Coimbra, tem actualmente uma média de dois mil visitantes por ano, sendo que, destes muitos são portugueses (estudantes e turistas), assim como, estrangeiros, destacando-se os brasileiros e espanhóis. Mas, como referimos, pelo património que possui, o número de visitantes poderia ser maior, porém, o Museu Académico de Coimbra não tem tido a divulgação merecida, sendo mesmo ignorado pela comunidade académica como refere a imprensa estudantil "[…] poucos são os estudantes que ouviram falar dele [Museu Académico]. Menos ainda os que o visitaram", decerto pelas dificuldades que atravessa por não terem sido elaborados os estatutos do mesmo. Consequentemente, está impossibilitado de ter orçamento. Não sendo de estranhar as palavras do Dr. Artur Ribeiro:"[…] prefiro que as pessoas digam umas às outras […] não vou ser eu a dizer para virem cá e que isto é uma maravilha, até porque o Museu nunca esteve da maneira que quisemos."se bem que, nas décadas de 1950 em 1960 o Museu Académico de Coimbra teve bastante divulgação com publicidade na imprensa estudantil através da revista "Via Latina" ou mesmo através de exposições temporárias que realizava, sobretudo na queima das fitas, destacamos em 1953 uma exposição, orientada e dinamizada por Joaquim Teixeira Santos, António José Soares, Abel de Oliveira e Alberto Fontes, em 1955 a exposição de "[…] pintura, fotografia e cerâmica, de motivos académicos, no Museu Académico.". Em 1958, assistimos a uma exposição itinerante durante a digressão a Angola da Tuna Académica da Universidade de Coimbra, em que o "Dr. António José Soares e Arquitecto Deolindo Plácido dos Santos são organizadores da Exposição Itinerante". Em 1960, o Dr. António José Soares, um dos fundadores do Museu Académico de Coimbra, promoveu uma exposição sobre a alta demolida durante as comemorações dos oitenta anos do Orfeão Académico de Coimbra. Na década de 1990, com iniciativa do Dr. Joaquim Teixeira Santos assistimos a exposições temporárias como: "Evolução do Traje Académico" ou "A Comunidade Lusófona em Coimbra". Recentemente, assistimos a exposições temporárias realizadas no âmbito da semana cultural da Universidade de Coimbra, como por exemplo o "Núcleo da República", em 2010. Estes exemplos servem para referir que as exposições temporárias, além de serem didácticas, é essa uma das funções de uma exposição, também divulgam o Museu. Outro factor importante para divulgar o Museu surgiu no início de 2011 quando "[…]27 antigos e actuais estudantes da Universidade de Coimbra (UC) uniram-se para criar a LIMAUC – Liga de Amigos do Museu Académico […]"através de escritura notarial. Certo é que a Liga dos Amigos do Museu Académico de Coimbra em curto espaço de tempo já promoveu duas actividades que divulgaram o Museu Académico de Coimbra, uma em sete de Maio de 2011, através de "[…] uma visita guiada ao Museu Académico de Coimbra […] antecedida por uma actuação do grupo "Raízes de Coimbra" […]" estando esta também "[…] integrada nas actividades da "Requeima", promovida pela Rede UC", outra, a 21 de Maio de 2011 na Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra, durante as comemorações dos sessenta anos do Museu Académico de Coimbra, promovendo "[…] comunicações de Carlos Carranca – "Coimbra, o Canto a Guitarra e a Poesia" – e de Rui Lopes – "Museu Académico de Coimbra: das origens à actualidade" […]" além de também ter contado com uma Serenata pelos "Raízes de Coimbra". Ou seja, através da visita guiada no dia 7 de Maio de 2011 e das comunicações no dia 21 de Maio de 2011, que foram didácticas e o público adquiriu conhecimento, a Liga dos Amigos do Museu Académico de Coimbra - LIMAUC também atingiu outro objectivo: divulgou o Museu Académico de Coimbra, evitando que o mesmo caia no esquecimento como tem acontecido recentemente.
Notando este empenho da Liga dos Amigos do Museu Académico de Coimbra cujo objectivo geral, segundo refere o artigo 4 dos estatutos da mesma é "[…]promover o engrandecimento do Museu Académico de Coimbra e o estudo e a divulgação do Espírito e Vivência Académica de Coimbra em todas as suas vertentes." ou, mais propriamente a alínea g do artigo 5 "Incentivar a valorização cultural dos seus associados, providenciando-lhes acções didáctico-pedagógicas e sócio-culturais e, bem assim, actividades de lazer." (Cf. Anexo II), a Liga dos amigos do Museu Académico de Coimbra - LIMAUC poderá promover mais actividades como as que já realizou, assim como, exposições temporárias capazes de cativar o público, que serão as acções didáctico-pedagógicas referidas nos estatutos.
Assim, propomos que no futuro o Museu Académico de Coimbra realize exposições com as seguintes temáticas:
- "A Canção de Coimbra: os nomes, as guitarras e a discografia". Além de ser uma temática atraente que, se tiver comunicações sobre a temática e uma serenata no Museu Académico de Coimbra, cumpre o objectivo de atrair mais público e a consequente divulgação do Museu.
- "Os cartazes da Queima das Fitas: dos primórdios à actualidade", neste caso, que a exposição permanente seja realizada durante a Queima das Fitas para atrair mais publico (sobretudo estudantes) ao Museu Académico de Coimbra, que assim, aprenderão a evolução dos cartazes e da própria Queima das Fitas ao longo dos tempos.
- "As Repúblicas de estudantes de Coimbra" que será articulada com as Repúblicas de estudantes.
Todos os temas relacionados com a vida académica de Coimbra para as exposições temporárias são óptimos para cumprir dois objectivos primaciais: a divulgação e a pedagogia, no entanto, para que não se esgotem logo as temáticas a Liga dos Amigos do Museu Académico de Coimbra poderia calendarizar várias temáticas por ano de exposições a desenvolver, estes casos são um bom exemplo.





CONCLUSÃO
Após a elaboração do trabalho é-nos possível retirar as conclusões que apresentamos seguidamente.
Para cumprir o objectivo da investigação na temática da vida académica, o Museu Académico de Coimbra possui as mais-valias da biblioteca, arquivo e documentação. Sendo conclusivo que as valências referidas são indispensáveis a qualquer investigador que pesquise sobre o tema da vida académica, fazendo do Museu Académico de Coimbra uma referência nesta área temática.
No que respeita à educação, concluímos que a exposição permanente "o percurso do escolar de Coimbra" tem um carácter pedagógico, útil para uma aula sobre a vida académica numa disciplina de História da Universidade. Por outro lado, também é concludente que o guia complemente bastante a função pedagógica do Museu Académico de Coimbra.
Resta-nos concluir que o Museu Académico de Coimbra possui um património único, útil à acumulação de conhecimento, apenas faltando a divulgação que deveria ter. Será necessário mais divulgação do Museu Académico de Coimbra para que este possa ser ainda mais útil do que já é.










FONTES E BIBLIOGRAFIA

FONTES IMPRESSAS:
- A Cabra (2009).
- Diário as Beiras (2011).
- Diário de Coimbra (1955, 1958, 2011).
- Jornal de Notícias (2008).
- MENDES, José Amado – «O papel educativo dos Museus: evolução histórica e tendências actuais». In Estudos do património. Museus e educação. Coimbra: Imprensa da Universidade, 2009. p. 29-48.
- O Comércio do Porto (1952).
- STANBURY, Peter – «Les musées et les collections universtaires». In Museum International. Vol. 52: 6. N º 2. Paris: UNESCO, 2000. p. 4-9.
- Via Latina (1959).
- WILLUNSON, Glenn – «Quand le public des musées universitaires se transforme». In Museum International. Vol. 52: 15. N º 2. Paris: UNESCO, 2000. p. 15-18.

FONTES MANUSCRITAS:
- ARQUIVO DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA, AUC-1ªD-5-3-12, Cx. 2, Certidões de Idade (1901-1925).
- MUSEU ACADÉMICO DE COIMBRA, Livro de registo de visitantes, 2004-2011.

OBRAS PUBLICADAS:
- ANDRADE, Mário Saraiva de; BARROS, Vítor Dias – Código da Praxe Académica de Coimbra. Coimbra: Coimbra Editora, 1957.
- CALISTO, Diamantino – Costumes académicos de antanho. Porto: Imprensa Moderna, 1950.
- CARREIRO, Teresa – Viver numa República de Estudantes de Coimbra: Real República Palácio da Loucura: 1960-1970. Porto: Campo das Letras, 2004.
- CRUZEIRO, Celso – Coimbra, 1969. Crise Académica, o debate de ideias e a prática. Porto: Afrontamento, 1989.
- GARRIDO, Álvaro – Movimento estudantil e crise do Estado Novo: Coimbra, 1962. Coimbra: Minerva Coimbra, 1996.
- LAMY, Alberto Sousa – A Academia de Coimbra: história, praxe, boémia e estudo, partidas e piadas, organismos académicos. Lisboa: Rei dos Livros, 1990.
- MAGNUM CONSILIUM VETERANORUM – Código da Praxe: Universidade de Coimbra. Coimbra: Conselho de Veteranos da Universidade de Coimbra, 2008.
- ROSA, J[oão] Mendes – Pad' zé: o cavaleiro da utopia. [S. L.]: Junta de Freguesia de Aldeia de Joanes, 2000.
- ROSMANINHO, Nuno – O poder da arte: o estado novo e a cidade universitária de Coimbra. Coimbra: Imprensa da Universidade, 2005.
- SANTOS, Manuela Carvalhão Teixeira - Joaquim Teixeira Santos: defensor e mensageiro das tradições académicas. Coimbra: Edição de Autor, 2009.
- SOARES, António José – Breve História da Tuna Académica da Universidade de Coimbra – Regentes, Repertório e Viagens. Coimbra: Edição da Biblioteca Municipal, 1962.
- VASCONCELLOS, Antão de – Memórias do Mata-Carochas. Porto: Empreza Litterária e Typográphica, s.d..

WEBGRAFIA:
- http://www.acabra.net/artigos/museu-acadmico-ganha-amigos acedido em 15 de Junho de 2011.
- http://www.capasnegras.com/historia_fado.html acedido em 27 de Março de 2011.
http://www.museudaindustriatextil.org/appi/index2.php?1&it=agendapag&co=194&LG=0&SID= acedido em 27 de Março de 2011.
- http://www.pportodosmuseus.pt/?p=9090 acedido em 27 de Março de 2011.
- http://virtualandmemories.blogspot.com/2007/10/perfil-biogrfico-do-dr.html em 2 de Maio de 2011.



















ANEXOS










ANEXO I – ANEXO DE IMAGENS


Figura 1 – Evolução do traje académico. (Foto do autor).



Figura 2 – Evolução do traje académico. (Foto do autor).





Figura 3 – A imagem do estudante de Coimbra no século XIX, a "pose de poder". (Foto do autor).

Figura 4 – As sebentas. (Foto do autor).



Figura 5 – Os instrumentos da praxe. Salienta-se a palmatória que pertenceu a Antero de Quental. (Foto do autor).


Figura 6 – Sala do Fado de Coimbra. (Foto do autor).

Figura 7 – A sala da Queima das Fitas. (Foto do autor).


Fig. 8 – Condecorações da Associação Académica de Coimbra. (Foto do autor).




Fig. 9 – Sala dos Lentes. (Foto do autor).

Fig. 10 – Pasta de Luxo. (Foto do autor).



Figura 11 – Orla de Fotografias. (Foto do autor).


Figura 12 – Troféus das secções desportivas da Associação Académica de Coimbra. Fonte: Online em: http://www.acabra.net/artigos/museu-acadmico-ganha-amigos acedido em 15 de Junho de 2011.



ANEXO II – ESTATUTOS DA LIGA DOS AMIGOS DO MUSEU ACADÉMICO DE COIMBRA – LIMAUC

Capítulo I
Denominação, Sede e Objectivos
Artigo 1 º
A Associação adopta a denominação de Liga dos Amigos do Museu Académico de Coimbra, adiante designada de LIMAUC, constituindo-se como associação de direito privado, sem fins lucrativos, de duração indeterminada, regida pela lei portuguesa e pelos preceitos desde Estatuto.
Artigo 2 º
A LIMAUC tem a sua sede em Coimbra, no Museu Académico de Coimbra, Colégio de S. Jerónimo, Praça D. Dinis, Freguesia de Sé Nova, podendo por deliberação da Assembleia Geral deslocar a sua sede social para outro local dentro da cidade de Coimbra.
Artigo 3 º
A LIMAUC é estranha a qualquer actividade política ou religiosa.
Artigo 4 º
A LIMAUC tem como objectivo geral promover o engrandecimento do Museu Académico de Coimbra e o estudo e a divulgação do Espírito e Vivência Académica de Coimbra em todas as suas vertentes.
Artigo 5 º
Para a prossecução do artigo 4 º, a LIMAUC propõe-se a realização dos seguintes objectivos específicos:
Divulgar o Museu Académico e o seu património, estimulando a apetência e o gosto da comunidade em geral pela visita a Museus enquanto pólos difusores da cultura.
Promover e incentivar a investigação e a edição de estudos sobre a Universidade de Coimbra e o Espírito e Vivência Académica de Coimbra.
Participar e promover iniciativas que visem a conservação e a divulgação das tradições académicas coimbrãs.
Providenciar a obtenção de peças ou núcleos de peças que possam ampliar ou inovar as colecções do Museu e que reflictam de forma permanente a Evolução da Sociedade Académica de Coimbra face ao futuro.
Colaborar em actividades do Museu Académico.
Cooperar com outras instituições em tudo quanto seja consentâneo com estes objectivos.
Incentivar a valorização cultural dos seus associados, providenciando-lhes acções didáctico-pedagógicas e sócio-culturais e, bem assim, actividades de lazer.
Estimular a auto-estima de pertencer a Coimbra e à sua Universidade.

Artigo 6 º
Constituem receitas da LIMAUC as quotas do Sócios, donativos, receitas dos eventos que promova e outros.

Capítulo II
Dos Associados
Artigo 7 º
A LAMAC tem sócios efectivos e sócios honorários.
Podem ser associados da LIMAUC, pessoas singulares ou colectivas de natureza pública ou privada que estejam interessadas na prossecução dos seus fins.
Os associados que sejam pessoas colectivas terão de designar uma pessoa singular que as represente para todos os efeitos junto da LIMAUC.
Artigo 8º
A LIMAUC tem as seguintes categorias de associados:
Fundadores, as pessoas singulares ou colectivas que subscrevam a acta da assembleia constitutiva.
Efectivos, as pessoas singulares ou colectivas que subscreveram o respectivo boletim de inscrição, por proposta de um sócio efectivo ou fundador ou por auto proposta e cuja admissão mereça aprovação da Direcção.
Beneméritos, as pessoas singulares ou colectivas que prestarem contributos de grande relevância na prossecução dos fins da LIMAUC ou do Museu Académico e cuja designação seja proposta pela Direcção ou por um vigésimo do conjunto de sócios efectivos e fundadores à Assembleia Geral e mereça aprovação desta nos termos dos estatutos.
Honorários, as pessoas singulares ou colectivas que pelos contributos prestados à LIMAUC, e cuja designação seja proposta pela Direcção ou por um vigésimo do conjunto de sócios efectivos e fundadores à Assembleia Geral e mereça aprovação desta nos termos dos estatutos. O estatuto de sócio honorário pode ser atribuído a título póstumo sempre que tal distinção seja justificada.


Artigo 9 º
Os sócios Beneméritos e Honorários estão isentos de todos os outros deveres sociais, e gozam de todos os direitos, com excepção do direito de discutir, participar e votar as deliberações nas Assembleias Gerais e de exercer cargos sociais.
Artigo 10 º
Constituem direitos dos sócios fundadores e efectivos, entre outros, a estabelecer em regulamento interno aprovado em Assembleia Geral, sob proposta da Direcção:
Discutir, participar e votar as deliberações nas Assembleias Gerais;
Participar nas iniciativas e demais actividades da LIMAUC;
Votar e ser votado em eleições para os órgãos sociais da LIMAUC.
Artigo 11 º
Constituem deveres dos sócios fundadores e efectivos, entre outros a estabelecer em regulamento interno aprovado em Assembleia Geral, sob proposta da Direcção:
Pagar pontualmente a quota anual que for fixada pela Assembleia Geral;
Desempenhar os cargos sociais para que forem eleitos;
Cumprir e fazer cumprir os Estatutos da LIMAUC
Artigo 12 º
Deixa de ser sócio da LIMAUC todo aquele que o solicite por vontade própria ou que seja excluído pela Assembleia Geral por incumprimento dos Estatutos.
Capítulo III
Dos Órgãos Sociais
Artigo 13 º
A LIMAUC tem como órgãos sociais:
Assembleia Geral;
Direcção;
Conselho Fiscal.
Artigo 14 º
Da Assembleia Geral
A Assembleia Geral da LIMAUC é constituída por todos os sócios no pleno uso dos seus direitos, sob a presidência da Mesa da Assembleia Geral.
A Assembleia Geral reunirá em sessão ordinária a realizar no mês de Janeiro de cada ano civil para eleição dos corpos sociais da LIMAUC, no caso de fim de mandato e aprovação do Relatório Anual e Contas do ano findo.
A Assembleia Geral reunirá em sessão extraordinária sempre que convocada por iniciativa da Mesa ou a requerimento da Direcção ou, ainda, a requerimento de um décimo dos sócios.
Se, à hora estipulada na convocatória, não estiverem presentes cinquenta por cento mais um dos sócios, A Assembleia Geral funcionará passados trinta minutos, com qualquer número de sócios, devendo o facto ser referido na respectiva Acta.
A Assembleia Geral delibera por maioria absoluta dos votos dos sócios presentes, salvo o disposto nos números seguintes.
Qualquer deliberação sobre a alteração dos Estatutos da LIMAUC exige o voto favorável de três quartos do número de sócios presentes.
A deliberação sobre a dissolução da LIMAUC exige o voto favorável de três quartos do número total dos sócios.
Artigo 15 º
Das competências da Assembleia Geral.
Eleger a Mesa da Assembleia, a Direcção e o Conselho Fiscal;
Aprovar o Regulamento Interno;
Discutir e aprovar alterações aos Estatutos e ao Regulamento Interno;
Apreciar e Votar o Relatório e as Contas do exercício de cada ano fiscal apresentados pela Direcção e depois de ouvido o Conselho Fiscal;
Deliberar sobre a dissolução da LIMAUC fixando o destino a dar ao seu património.
Artigo 16 º
A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário.
Artigo 17 º
Compete ao Presidente da Assembleia Geral:
a) Convocar, nos termos legais, estatutários e do presente regulamento, as sessões da Assembleia Geral;
b) Declarar a abertura e o encerramento das sessões;
c) Dirigir e orientar os trabalhos da Assembleia Geral, assegurando que a mesma decorra segundo preceitos legais, estatutários e regulamentares e a validade das suas deliberações;
d) Dar posse aos associados eleitos para os órgãos associativos;
e) Autenticar os livros oficiais da associação.


Artigo 17 º
A Direcção da LIMAUC é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente, um Primeiro Secretário, um Segundo Secretário, um Tesoureiro e dois Vogais.
Artigo 18 º
O Conselho Fiscal é constituído por um Presidente, um Secretário e um Relator.

Capítulo IV
Das Eleições
Artigo 19 º
A eleição dos titulares dos órgãos de gestão faz-se por escrutínio secreto, no decurso do mês de Janeiro, mediante a apresentação de listas de candidatos.
As listas deverão ser subscritas por um numero mínimo de dez sócios e ser apresentadas antes dos quinze dias que antecedem a data das eleições.
Artigo 20 º
O mandato dos Órgãos Sociais é de três anos.
Artigo 21 º
Os membros cessantes dos Órgãos Sociais exercerão as suas funções até à tomada de posse dos novos elementos eleitos.

Capitulo V
Disposições Finais
Artigo 22 º
A LIMAUC poderá filiar-se como Sócio de outras organizações, cujos princípios identitários se enquadrem na letra destes estatutos e sejam um garante de prossecução dos seus objectivos.
Artigo 23 º
O Ano Social coincide com o ano Civil em tudo quanto se refere às actividades da LIMAUC.
Artigo 24 º
Sem prejuízo de outras formas de divulgação a convocatória para as Sessões da Assembleia Geral será remetida a cada associado por via postal, com a antecedência mínima de oito dias, devendo o aviso mencionar o dia, a hora, o local e a respectiva ordem de trabalhos.
Artigo único
A Lei Geral e o Regulamento Interno da LIMAUC suprirão as situações em que estes estatutos sejam omissos.

Capítulo VI – Foro
Artigo 25 º - Em caso de litígio entre sócios e a LIMAUC, é competente para a sua resolução unicamente o foro da Comarca de Coimbra.


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