NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS COMO A INTERFACE ENTRE O EMPREENDEDORISMO E A SUSTENTABILIDADE: UM CASO APLICADO DO MÉTODO GAIA EM UMA RECICLADORA DE PLÁSTICOS

June 2, 2017 | Autor: Daiana Leripio | Categoria: Recycling, Waste recycling, Sustainable Business, Gaia Methodology, Plastics
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XV Encontro Internacional sobre Gestão Empresarial e Meio Ambiente

NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS COMO A INTERFACE ENTRE O EMPREENDEDORISMO E A SUSTENTABILIDADE: UM CASO APLICADO DO MÉTODO GAIA EM UMA RECICLADORA DE PLÁSTICOS. Daiana Paulina da Luz Censi Leripio Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI [email protected] Geraldo Luiz de Oliveira Silva Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI [email protected] Ricardo Luis Barcelos Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI [email protected] Alexandre de Avila Leripio Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI [email protected]

Resumo: A sustentabilidade pode ser traduzida como uma ampla tática de gestão de riscos, baseada em dimensões econômicas, sociais e ambientais. Aliando a capacidade de prever e assumir riscos dos empreendedores, com a incerteza dos mercados e os níveis de resiliência dos ecossistemas, as temáticas empreendedorismo e sustentabilidade convergem para a possibilidade de geração de negócios sustentáveis. Estudos demonstram uma lacuna teórica relacionada à congruência dessas abordagens (COHEN & WINN, 2007; DEAN & MCMULLEN, 2007; HALL, DANEKE & LENOX, 2010; BOSZCZOWSKI & TEIXEIRA, 2012), portanto o objetivo do presente artigo foi analisar a interface do empreendedorismo com a sustentabilidade. Para isso foi utilizado o método GAIA – Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais, o qual permite a identificação de oportunidades de melhoria no nível da sustentabilidade nas organizações (LERIPIO, 2001). O objeto de estudo consistiu em uma empresa de reciclagem de plásticos, situada no município de Penha, Santa Catarina (Brasil), na qual foi possível observar que os aspectos críticos para o alcance da sustentabilidade do negócio se configuraram em oportunidades de negócios sustentáveis, constituindo a interface entre os constructos mencionados. Palavras-chave: empreendedorismo, sustentabilidade, negócios sustentáveis, reciclagem de plásticos.

Abstract: Sustainability can be translated as a wide tactical risk management, based on economic, social and environmental dimensions. Combining the entrepreneurs ability to predict and take risks, with the markets uncertainty and the level of resilience of ecosystems, themes entrepreneurship and sustainability converge on the possibility of generating sustainable business. Studies demonstrate a theoretical gap related to the convergence of these approaches (COHEN & WINN, 2007; DEAN & MCMULLEN, 2007; HALL, DANEKE & LENOX, 2010; BOSZCZOWSKI & TEIXEIRA, 2012), therefore the aim of this study was to analyze the interface of entrepreneurship with sustainability. For this was used GAIA method (Environmental Aspects and Impacts Management), which allows the identification of opportunities for improvement in the sustainability level in organizations (LERIPIO, 2001). The object of study was a plastics recycling company, located in the municipality of Penha, Santa Catarina (Brazil), in which it was observed that the critical aspects for achieving business sustainability is configured in sustainable business opportunities, providing the interface between the constructs mentioned. Key-words: entrepreneurship, sustainability, sustainable business, plastics recycling.

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Introdução Segundo Capra (1996), um dos grandes desafios ainda não superados pela sociedade é a criação de comunidades sustentáveis, isto é, ambientes sociais e culturais nos quais as necessidades e aspirações contemporâneas possam ser realizadas sem diminuir as chances das gerações futuras. Contudo, as tendências consumistas influenciadas pelo poder industrial e comercial que impulsionam o consumidor a obter produtos e serviços, além de constituir parte de uma perda de identidade ocasionada pela modernidade e não uma forma eficiente de satisfazer as necessidades de indivíduos autônomos, ainda incrementam as externalidades geradas pelo modelo econômico vigente (SLATER, 2001). A sociedade do consumo se caracteriza predominantemente por estar relacionada à oferta de produtos e ao consumo excessivo. O crescimento vertiginoso do consumo tem provocado como consequência, o descarte de resíduos sólidos em grande escala, o que contribui sobremaneira para o aumento da degradação ambiental. Para Pereira et al (2012), proteger e melhorar o bem-estar futuro requer um uso mais sábio e menos destrutivo do capital natural. Isto, por sua vez, envolve drásticas mudanças no modo como são tomadas e implantadas decisões nos mais diversos âmbitos das cadeias de produção, buscando soluções inovadoras e sustentáveis para uma sociedade que passe a consumir de forma mais consciente. Uma das mais importantes bases teóricas da sustentabilidade foi desenvolvida por Ignacy Sachs em 1976, com o sentido de auxiliar comunidades a alcançarem organização e educação, para que estas pudessem repensar seus problemas, identificarem necessidades e recursos, resultando na promoção da justiça e prudência com relação aos recursos naturais (SACHS, 1986). No decorrer dos anos, a sustentabilidade vem se consolidando como uma pauta permanente na agenda empresarial, sendo considerada como um fator de sobrevivência para o negócio. A definição de negócio sustentável é aplicável a todo empreendimento que conserve o meio ambiente, gere trabalho saudável e renda, traga benefícios para as comunidades locais envolvidas, divisas para o Estado, retorno para os investidores e esteja inserido em uma cadeia produtiva sustentável (LERIPIO, 2001). Uma empresa sustentável procura elaborar suas estratégias de negócios levando em consideração os aspectos associados ao atendimento das suas próprias necessidades e de suas partes interessadas, considerando as melhores práticas aplicáveis à cadeia produtiva em que está inserida (BARBIERI & CAJAZEIRA, 2009). Para desenvolver tais estratégias, a sustentabilidade passa a ser manifestada como uma ampla tática de gerenciamento de riscos, na qual os aspectos econômicos, sociais e ambientais dos negócios são analisados por meio de suas interações, aliados aos níveis de resiliência dos ecossistemas e de incerteza dos mercados (SMERALDI, 2009; ANDERIES et al, 2013; WU, OLSON & BIRGE, 2013). Perante esse contexto, os empreendedores apresentam um diferencial que caracterizam seus perfis: a capacidade de prever e assumir riscos, na forma de referência dinâmica e geradora de oportunidades de negócios, bem como vantagens competitivas. Uma das definições mais utilizadas acerca do empreendedor é proveniente do economista Joseph Schumpeter, o qual ressalta a qualidade do indivíduo inovador que altera o estado de equilíbrio da economia e proporciona um crescimento diferenciado (SCHUMPETER, 1988). Análises de periódicos realizadas por Cohen & Winn (2007) e posteriormente por Hall, Daneke & Lenox (2010), observaram que publicações nas principais revistas internacionais de empreendedorismo abordando a temática da sustentabilidade eram escassas, apesar destes aspectos parecerem bastante relacionados neste contexto. Conforme analisado por Boszczowski & Teixeira (2012), no âmbito nacional poucos estudos teóricos e empíricos foram desenvolvidos para buscar essa integração. A convergência desses campos é expressa pelo empreendedorismo sustentável, o 2

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qual se baseia na premissa da identificação de oportunidades rentáveis de negócio nas falhas de mercado que ocasionam impactos ambientais (DEAN & McMULLEN, 2007). O empreendedorismo sustentável pode contribuir com a mudança de paradigma necessária para se construir um novo padrão de consumo. O contexto do empreendedorismo na economia baseada em conhecimento e inovação está igualmente propiciando modificações que levam a eficiência na utilização dos recursos humanos e materiais (MORTAZAVIA & BAHRAMI, 2012). O empreendedorismo sustentável apoiado em ações coletivas e intervenções políticas de educação ambiental e responsabilidade social pode estruturar uma tendência de consumo mais equitativa e a custos menores (PORTILHO, 2005). O objetivo do presente artigo foi analisar a interface do empreendedorismo com a sustentabilidade. Para isso foi utilizado o Método GAIA – Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais, o qual permite a identificação de oportunidades de melhoria no âmbito da sustentabilidade nas organizações (LERIPIO, 2001). O objeto de estudo consistiu em uma empresa de reciclagem de plásticos, situada no município de Penha, Santa Catarina (Brasil), na qual foi possível observar que os aspectos críticos para o alcance da sustentabilidade do negócio se configuraram em oportunidades de negócios sustentáveis, constituindo a interface entre as temáticas abordadas. 2.

O Empreendedorismo e o Contexto da Sustentabilidade O constructo do empreendedorismo evoluiu de acordo com os contextos históricos, principalmente em função dos modelos econômicos vigentes. Nas considerações de Richard Cantillon, no século XVIII, o empreendedor se caracterizava pelo agricultor, comerciante ou artesão que assumia os riscos em seus negócios com preços incertos. Ao longo dos anos esta situação se consolidou por meio da formalização desses empresários, fator este que associou fortemente o indivíduo empreendedor à sua própria organização (COSTA, BARROS & CARVALHO, 2011). Após a Primeira e Segunda Guerras Mundiais, nos períodos de 1914-1918 e 1939-1945 respectivamente, a configuração do empreendedorismo se alterou, transferindo a prerrogativa da mudança econômica para as grandes empresas monopolistas. No entanto, a importância do indivíduo empreendedor em aspectos como inovação e eficiência são ainda relevantes na atualidade, principalmente em estudos nas áreas do intraempreendedorismo (GAPP & FISHER, 2007; PISCOPO, 2011; LENZI et al, 2011; GÜNDOĞDU, 2012; HASHIMOTO, 2013). O surgimento da sustentabilidade foi oficializado em 1987 na Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento das Nações Unidas, através do manifesto intitulado de “Nosso Futuro Comum”, o qual descreveu a importância do equilíbrio entre o crescimento econômico e a conservação ambiental através da definição de desenvolvimento sustentável como aquele que atende suas necessidades sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atenderem as suas próprias (CMMAD, 1988). No contexto empresarial, a discussão da evolução da sustentabilidade e as suas interfaces com as teorias científicas formam um embasamento consolidado e necessário para a elaboração de ferramentas que auxiliem as empresas a construírem uma atuação alinhada com as expectativas das partes interessadas. Apesar das críticas às fórmulas prescritivas do funcionalismo na gestão (PIERCE & NEWSTRON, 2002; DE PAULA e WOOD JR, 2003; CLARK & GREATBATCH, 2004), este permite aproximar os conceitos teóricos das necessidades da resolução de problemas práticos das organizações. O empreendedorismo sustentável está alinhado com esta premissa, ou seja, incentivar a criação de empresas e instituições baseadas em inovações sustentáveis e nas externalidades da economia atual, além de garantir a sobrevivência em longo prazo das mesmas,

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com interação e dinamismo com os stakeholders (PARRISH, 2007; 2010; ZAMAN, VASILE & CRISTEA, 2012; KARDOS, 2012; WOOLTHUIS et al, 2013). A orientação para sustentabilidade corrobora as proposições de autores seminais do empreendedorismo como Schumpeter (1988), pois o papel do empreendedor como provedor de inovações tecnológicas e gerenciais para a criação de contextos de prosperidade econômica é fundamental para a construção de novas perspectivas de rentabilidade. Um problema para um empresário comum, como os resíduos provenientes do seu processo produtivo, deve ser percebido como uma oportunidade de negócio pelo empreendedor sustentável, tal como matéria-prima para um novo produto (DELGADO et al, 2008; AUSTIN, STEVENSON & WEI-SKILLERN, 2012). 2.1.

Negócios Sustentáveis Senge et al (2006) acredita que a sustentabilidade é um termo amplo, citado pelo autor como um “guarda-chuva”, o qual contempla soluções que contribuem para as organizações lidarem de forma eficaz com suas externalidades causadas pela visão de lucro no curto prazo. Callenbach et al (1993) já haviam sistematizado as principais razões que motivaram as empresas a assumirem a responsabilidade quanto à conservação dos recursos, tais como as exigências legais e a proteção dos interesses específicos do negócio. Na Figura 2 é possível analisar as demais motivações elencadas pelos autores.

Figura 1 - Motivações das empresas para conservar o ambiente. Fonte: Callenbach et al, 1993. Nesse contexto, a sustentabilidade se converte em estratégias e práticas organizacionais, delimitadas por um conjunto de condicionantes socioambientais, na qual a gestão dos riscos envolvidos depende não somente da capacidade técnica e econômica das empresas, mas também de como se organizam para responder a tais condicionantes (AMATO NETO, 2011). De tal modo, que o presente artigo propõe uma reflexão sobre a contribuição do empreendedorismo para a habilidade de se manter ou conservar um modelo de gestão empresarial capaz de se adaptar às mais diversas situações, identificando nas imperfeições de mercado oportunidades de negócio. Para Scharf (2004), os negócios sustentáveis apresentam vantagens que influenciam diretamente na sobrevivência do negócio, tais como redução dos custos de seguro, devido à redução dos riscos no negócio; maior produtividade, em função dos investimentos em eficiência e do maior grau de aproveitamento da matéria-prima; redução de gastos com multas, conflitos legais e descarte de resíduos, entre outros. No entanto, esses benefícios não são suficientes para que os empreendedores reconheçam as oportunidades de negócio nesse âmbito. 4

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Inicialmente, o empreendedor precisa identificar uma problemática social ou ambiental e a partir dessa, uma forma de atendê-la, ou seja, de solucioná-la agregando valor econômico por meio da criação de um serviço ou produto específico, formando assim uma oportunidade de negócio sustentável (BOSZCZOWSKI & TEIXEIRA, 2012). Dentre os estudos que analisaram situações análogas de empreendedorismo sustentável e oportunidades de negócios sustentáveis, destacam-se Pimentel, Reinaldo & Oliveira (2010) que avaliaram o nível de incorporação da sustentabilidade empresarial e intraempreendedorismo em trinta e três empreendedores do setor industrial da Região Metropolitana de Fortaleza (Ceará) e Tavernard & Lisboa (2010) que propuseram a organização de comunidades baseada no desenvolvimento sustentável e empreendedorismo para realização de beneficiamento e comercialização de sementes da Amazônia no município de Porto Velho (Roraima). 3.

Método de Pesquisa Para Silva & Menezes (2005), a pesquisa consiste em um conjunto de ações e propostas, as quais visam encontrar a solução para um problema, com base em procedimentos sistemáticos e lógicos. As autoras estabelecem quatro maneiras de classificação de uma pesquisa científica: quanto à natureza, quanto à forma de abordagem dos problemas, quanto aos objetivos e quanto aos procedimentos adotados. Quanto à natureza os trabalhos científicos são classificados em Pesquisa Básica ou Pesquisa Aplicada, sendo que se pode classificar o presente trabalho como Pesquisa Aplicada (SILVA & MENEZES, 2005). Segundo Parra Filho & Santos (2000) a Pesquisa Aplicada possui objetivos imediatistas em função da utilização prática de seus resultados. É bastante utilizada para fins econômicos, como por exemplo, no desenvolvimento de novos produtos e em estudos para melhorias de eficiência e desempenho, como é o caso da análise do empreendedorismo sustentável. Quanto à forma de abordagem dos problemas, o presente trabalho pode ser classificado como Pesquisa Qualitativa, pois segundo Silva & Menezes (2005) o ambiente é a fonte direta para a coleta dos dados e o pesquisador é o instrumento principal, o qual não requer a utilização de metodologias estatísticas. Quanto aos objetivos, o artigo pode ser classificado em Pesquisa Exploratória, pois segundo Gil (1991), este tipo de pesquisa tende a proporcionar maior esclarecimento sobre o problema em questão, permitindo o aprimoramento de ideias e a construção de hipóteses. Quanto aos procedimentos técnicos, o presente trabalho pode ser classificado como Pesquisa Bibliográfica, elaborada a partir de materiais já publicados, como livros, artigos de periódicos e materiais disponibilizados na Internet e ainda, como Estudo de Caso, definido por Triviños (1987) como “uma categoria de pesquisa cujo objeto é uma unidade que se analisa aprofundadamente”. 3.1. Método GAIA – Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais O Método GAIA – Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais, de acordo com Leripio (2001), “é um conjunto de instrumentos e ferramentas gerenciais com foco no desempenho ambiental aplicável aos processos produtivos de uma organização e no alcance da sustentabilidade plena”. O Método GAIA foi baseado em referenciais teóricos clássicos da Gestão Ambiental, tais como a Avaliação do Ciclo de Vida (CHEHEBE, 1998), o Gerenciamento de Processos (HARRINGTON, 1993) e a Emissão Zero (PAULI, 1996). Na tabela 1 são descritas as Fases e Atividades do Método GAIA.

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Tabela 1 – Fases e atividades do Método GAIA.

Fonte: Leripio, 2001. A primeira fase do método é denominada de Sensibilização e é caracterizada por quatro atividades principais: Avaliação da Sustentabilidade do Negócio; Análise Estratégica Ambiental; Comprometimento da Alta Administração, e; Programa de Sensibilização de Partes Interessadas. O principal instrumento das atividades mencionadas é a Lista de Verificação, composta por perguntas fechadas que induzem a respostas do tipo sim ou não. A avaliação leva em consideração quatro critérios que se dividem em grandes grupos fundamentados nas etapas da metodologia de avaliação de ciclo de vida: fornecedores, processo produtivo, utilização do produto/serviço, destinação do produto/serviço pós-consumido. As respostas da Lista de Verificação são classificadas em três cores, vermelho, verde e amarelo, de acordo com seu significado em relação à sustentabilidade da organização. Portanto, uma pergunta cuja resposta está associada a uma boa prática desenvolvida pela empresa, será classificada como verde e uma resposta que representar uma oportunidade de melhoria será classificada como vermelha. Quando a pergunta não se aplicar à realidade da organização será classificada como amarela (LERIPIO, 2001). Para Leripio (2001) o cálculo do nível de sustentabilidade de uma empresa é aferido da seguinte maneira: total de quadros verdes X 100 dividido pelo número de respostas subtraindo-se o 6

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total de quadros amarelos. Por meio desse resultado, são iniciadas as ações para a adesão e comprometimento da alta administração da empresa com a melhoria contínua do desempenho ambiental. É válido ressaltar que a Lista de Verificação do Método GAIA possui 79 perguntas, para este estudo foi utilizada a versão reduzida da Lista de Verificação, com 40 perguntas. A fase seguinte é denominada de Conscientização e aborda as atividades de Mapeamento da Cadeia de Produção e Consumo, Mapeamento do Macrofluxo do Processo, Estudo de Entradas e Saídas, e Inventário de Aspectos e Impactos Ambientais. As atividades mencionadas foram realizadas para o objeto de estudo deste artigo, com o objetivo de identificar a interface entre o empreendedorismo e a sustentabilidade. A fase final, denominada de Capacitação, considera a identificação de soluções criativas para as oportunidades de melhoria identificadas na etapa anterior, bem como o treinamento dos colaboradores para a implantação das soluções consideradas viáveis nos âmbitos técnico, econômico e ambiental. Portanto, as atividades que compõem a fase de Capacitação são a Identificação Criativa de Soluções, Estudo de Viabilidade Técnica-Econômica e Ambiental, e Planejamento. O método reforça a importância da percepção dos gestores sobre a sustentabilidade para que ocorram ações de gerenciamento sobre os impactos gerados pelas organizações, portanto, os resultados do GAIA, promovem oportunidades de negócio para os empreendedores sustentáveis. 3.2. Objeto de Estudo A empresa objeto desse estudo está situada no município de Penha, em Santa Catarina, atuando no setor de reciclagem de plásticos há mais de 20 anos, considerada de pequeno porte (90 funcionários). A produção média mensal de polietileno (PEAD – alta densidade) e polipropileno (PP) reciclados é de 175 toneladas mensais cada, sendo o poliéster (PET - politereftalato de etila) de 250 toneladas/mês. A empresa possui três seções de triagem terceirizadas para a separação dos plásticos coletados em todo o Brasil, porém com maior ênfase nos estados do Sul. Com a variação das estações do ano, são perceptíveis as mudanças no consumo de refrigerantes e garrafas de água mineral, sendo que nos meses de verão chegam a ser coletadas 900 toneladas de materiais plásticos mensalmente. 4.

Análise e Discussão dos Resultados Por meio da aplicação do Método GAIA, foi possível atender ao roteiro metodológico apresentado por Leripio (2001), sendo que os resultados mais relevantes para a identificação das oportunidades de negócios serão descritos na sequência. 4.1. Macroprocesso de Produção, Por meio de visita técnica e entrevistas, foi possível identificar os processos produtivos e as respectivas entradas e saídas de insumos, matérias-primas e resíduos, bem como os aspectos e impactos associados, conforme a Figura 2.

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Processo

Saídas

Aspectos 



Fardos de materiais plásticos diversos (resíduos)

Recebimento de Matéria-Prima

   

Materiais plásticos Papelão dos fardos Barbantes Emissões atmosféricas





   

Materiais plásticos Energia elétrica Óleos lubrificantes

Moagem

 

Plásticos moídos Resíduos de óleo

 



   

Plásticos moídos Água Energia elétrica Detergente biodegradável

  Lavagem  

Plásticos limpos Tampas de garrafas Rótulos de garrafas Efluentes líquidos

 



   

Plásticos limpos Energia elétrica Óleos lubrificantes

Secagem

 

Plásticos secos Resíduos de óleo





     

Plásticos secos Energia elétrica Água Óleos lubrificantes Embalagens (big bags)

 Extrusão  

Grãos (pellets) de plástico reciclado embalados (big bags) Efluentes líquidos Resíduos de óleo

 

 

Geração de resíduos sólidos recicláveis das embalagens. Geração de emissões atmosféricas do consumo de óleo diesel dos transportes. Descarregamento das cargas.

Impactos

 



Consumo de energia elétrica. Geração de resíduos sólidos contaminados (borra de óleo). Manutenção dos esquipamentos.



Consumo de energia elétrica. Geração de efluentes líquidos. Geração de resíduos sólidos (rótulos). Manutenção dos equipamentos.



Consumo de energia elétrica. Geração de resíduos sólidos contaminados (borra de óleo). Manutenção dos equipamentos.



Consumo de energia elétrica. Geração de resíduos sólidos contaminados (borra de óleo). Geração de efluentes líquidos. Geração de emissões atmosféricas. Altas temperaturas e ruído dos equipamentos.





  





 

  

Poluição edáfica e hídrica. Poluição atmosférica. Risco de acidente.

Esgotamento de recursos não renováveis. Poluição edáfica e hídrica. Risco de acidente.

Esgotamento de recursos não renováveis. Poluição hídrica. Poluição edáfica e hídrica. Risco de acidente.

Esgotamento de recursos não renováveis. Poluição edáfica e hídrica. Risco de acidente.

Esgotamento de recursos não renováveis. Poluição edáfica e hídrica. Poluição hídrica. Poluição atmosférica. Risco físico.

Figura 2 - Fluxograma de entradas e saídas. 8

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Como é possível observar, em todos os processos são gerados resíduos ou efluentes que são traduzidos pela ineficiência das tecnologias utilizadas na reciclagem dos plásticos pela empresa alvo do estudo. Nota-se igualmente, no processo de Lavagem, a saída de subprodutos como as tampas e rótulos das garrafas plásticas. Para cada processo produtivo, foram elencados os possíveis aspectos e impactos para a sustentabilidade do negócio, visando auxiliar a sensibilização dos gestores (Figura 2). 4.2. Indicadores de Ecoeficência Para o cálculo dos indicadores de ecoeficiência, foram solicitados dados absolutos (Tabela 2) associados aos principais aspectos e impactos dos processos descritos na Figura 2. Tabela 2 - Indicadores absolutos do processo produtivo. INDICADORES ABSOLUTOS Produção de pellets reciclados (t – toneladas) Consumo de água (m³ – metros cúbicos) Consumo de energia (R$ - reais) Consumo de óleo diesel (l – litros) Resíduos sólidos (rótulos) ( t – toneladas)

600 t/mês 1344 m³/mês 50.000,00 R$ /mês 20.000 l/mês 60 t/mês

Por meio das informações apresentadas na Tabela 2 e de acordo com a metodologia de Produção mais Limpa da UNEP/UNIDO (1991), foi possível calcular a ecoeficiência dos processos da empresa objeto de estudo (Tabela 3). Tabela 3 - Indicadores de ecoeficiência do processo produtivo. INDICADORES DE ECOEFICIÊNCIA Consumo de água/produção 2,24 m³/t Consumo de energia/produção 83,33 R$ /t Consumo de óleo diesel/produção 33,33 l/t Resíduos sólidos (rótulos)/produção 100 kg/t De acordo com a Tabela 3 nota-se que o consumo de água e por consequente a geração de efluentes é um fator relevante para a Recicladora e que também está relacionado com a tecnologia adotada pela empresa. Da mesma forma, o consumo de óleo diesel, sendo um recurso não renovável, pressupõe novamente oportunidades de negócio para empreendedores inovadores e sustentáveis. Conforme mencionado anteriormente, para Leripio (2001) o cálculo do nível de sustentabilidade de uma empresa é aferido por meio do total de quadros verdes X 100 dividido pelo número de respostas subtraindo-se o total de quadros amarelos. A partir da verificação dos critérios para o cálculo da sustentabilidade, foram identificados 22 quadros verdes, 18 vermelhos e nenhum amarelo.

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O valor calculado de 55% para a sustentabilidade do negócio na empresa analisada é considerado um resultado Adequado, alcançando o nível amarelo. Segundo Leripio (2001), empresas que apresentam esta classificação possuem um nível de desempenho baseado em controle e correção, como é possível observar no esquema apresentado na Figura 3.

Figura 3 - Correlações entre sustentabilidade e desempenho ambiental das organizações. Fonte: Leripio, 2001. Os aspectos considerados críticos identificados pelo Método GAIA foram dispostos na Tabela 4 e analisados frente às possíveis oportunidades de negócios associadas, as quais poderiam ser desenvolvidas por intraempreendedores, gerando lucro para a organização, ou por empreendedores autônomos, configurando possíveis fornecedores de soluções.

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Tabela 4 - Oportunidades de negócio por meio da avaliação da sustentabilidade do Método GAIA. ASPECTOS CRÍTICOS OPORTUNIDADES DE NEGÓCIO Insumos oriundos de recursos não - Fornecimento de Biodiesel; renováveis (óleo diesel). - Gerador a Etanol. - Ciclo de capacitação para a cadeia de reciclagem de Os fornecedores não possuem plásticos; certificações ambientais. - Programa de certificação da qualidade de centros de coleta e triagem de resíduos (público e privados). - Implantação de setor de pesquisa & desenvolvimento. Os processos produtivos apresentam - Pesquisa de alternativas tecnológicas (lubrificação potencial poluidor significativo centralizada, particulado). Geração de resíduos perigosos durante - Utilização do resíduo perigoso como matéria-prima para o processo produtivo novo produto. Alto consumo de água no processo - Pesquisa de alternativas tecnológicas. produtivo Alto consumo de energia no processo - Pesquisa de alternativas tecnológicas. produtivo Geração de subprodutos não - Formatação de novo produto para a empresa aproveitados Através da Tabela 4, é possível notar que as lacunas que o objeto de estudo apresentou no âmbito da sustentabilidade, através da avaliação do Método GAIA, podem se configurar em oportunidades de negócio para empreendedores receptivos e conscientes das soluções associadas, conforme mencionado por Boszczowski & Teixeira (2012). 5.

Considerações Finais A sustentabilidade como premissa para os negócios implica no gerenciamento de riscos nas dimensões ambiental, social e econômica, considerando a garantia e a responsabilidade perante as partes interessadas. O empreendedorismo como fator de prosperidade financeira para o modelo econômico vigente apresenta papel fundamental no equilíbrio das relações de produção e consumo. Este papel é representado por uma lacuna de aprofundamento nos estudos científicos brasileiros, definido como empreendedorismo sustentável, ou seja, aquele alinhado com inovações sustentáveis e disposto a solucionar as externalidades provenientes da economia tradicional. O empreendedorismo sustentável pode contribuir com a substituição de insumos, desenvolvimento de tecnologias, manutenção e controle de processos, reaproveitamento de resíduos e subprodutos, bem como uma mudança nos padrões de produção e consumo. O objetivo do trabalho consistiu em analisar a interface do empreendedorismo com a sustentabilidade. Através da aplicação do Método GAIA, foi possível identificar os aspectos críticos para a sustentabilidade da empresa objeto de estudo, os quais proporcionaram insights de oportunidades de negócios, que permitiram afirmar que a interface entre o empreendedorismo e a sustentabilidade são os negócios sustentáveis provenientes da convergência dos temas, alcançando o objetivo proposto e

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corroborado pela literatura (DEAN & McMULLEN, 2007; PARRISH, 2010; BOSZCZOWSKI & TEIXEIRA, 2012; WOOLTHUIS et al, 2013). Como sugestão para trabalhos posteriores, indica-se a replicação do estudo em cadeias produtivas completas, visando a compilação de um Banco de Oportunidades de Negócios Sustentáveis. 6. Referências AMATO NETO, J. Os Desafios da Produção e do Consumo sob Novos Padrões Sociais e Ambientais. In: AMATO NETO, J. Org. Sustentabilidade e Produção: teoria e prática para uma gestão sustentável. São Paulo: Atlas, 2011. ANDERIES, J. M.; FOLKE, C.; WALKER, B.; OSTROM, E. Aligning Key Concepts for Global Change Policy: Robustness, Resilience, and Sustainability. Ecology and Society, v. 18, n. 2, 2013. AUSTIN, J.; STEVENSON, H.; WEI‐SKILLERN, J. Social and commercial entrepreneurship: same, different, or both?. RAUSP – Revista de Administração da Universidade de São Paulo, São Paulo, v.47, n.3, p.370-384, jul./ago/set. 201. BARBIERI, J.C.; CAJAZEIRA, J. E. R. Responsabilidade social empresarial e empresa sustentável: da teoria à pratica. 1. Ed. São Paulo: Saraiva, 2009. BOSZCZOWSKI, A. K.; TEIXEIRA, R. M. O Empreendedorismo Sustentável e o Processo Empreendedor: Em Busca de Oportunidades de Novos Negócios como Solução para Problemas Sociais e Ambientais. Revista Economia & Gestão, v. 12, n. 29, mai./ago. 2012. CAPRA, F. A teia da vida: Uma nova compreensão científica dos sistemas vivos. Trad.: Newton Roberval Eichemberg. São Paulo: Cultrix, 1996. CALLENBACH, E. et al. Gerenciamento Ecológico - (Eco - Management) - Guia do Instituto Elmwood de Auditoria Ecológica e Negócios Sustentáveis. São Paulo: Cultrix, 1993. CHEHEBE, J.R.B. Análise do Ciclo de Vida de Produtos: Ferramenta Gerencial da ISO 14.000. Rio de Janeiro: Qualitymark. 1998. CMMAD Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento das Nações Unidas. Nosso Futuro Comum. Rio de Janeiro: Ed. da FGV, 1988. CLARK, T.; GREATBATCH, D. Management Fashion as Image-Spectacle The Production of BestSelling Management Books. Management Communication Quarterly, v. 17, n. 3, p. 396-424, 2004. COHEN, B.; WINN, M. I. Market Imperfections, Opportunity and Sustainable Entrepreneurship. Journal of Business Venturing, v.22, n.1, p. 29-49, 2007. COSTA, A. M.; BARROS, D. F.; CARVALHO, J. L. F. A Dimensão Histórica dos Discursos acerca do Empreendedor e do Empreendedorismo. RAC – Revista de Administração Contemporânea, Curitiba, v. 15, n. 2, art. 1, p. 179-197, Mar./Abr. 2011. DEAN, T. J; McMULLEN, J. S. Toward a theory of sustainable entrepreneurship: Reducing environmental degradation through entrepreneurial action. Journal of Business Venturing, v. 22, n.1, p. 50-76, jan. 2007. DELGADO, N. A.; CRUZ, L. B.; PEDROZO, E. A.; SILVA, T. N. Empreendedorismo orientado para a sustentabilidade: as inovações no caso na Volkmann. Cad. EBAPE. BR, v. 6, n. 3, p. 1-21, 2008. DE PAULA, A. P. P.; WOOD JR, T. Viagem epistemológica às livrarias dos aeroportos. Administração em Diálogo, São Paulo, nº5, p. 77-86, 2003. GAPP, R; FISHER, R. Developing an intrapreneur:led three-phase model of innovation. International Journal of Entrepreneurial Behaviour & Research. V. 13, No. 6, p. 330-348, 2007. XV ENGEMA 2013

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