Notas sobre urbanização dispersa e novas formas de tecido urbano - Resumo

August 12, 2017 | Autor: Helena Violin | Categoria: CIDADE, Urbanismo
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Centro Universitário Senac







RESUMO: "Notas sobre urbanização dispersa e novas formas de tecido urbano"-
(pág. 58-73)
Nestor Goulart




Helena Violin
Desenho Urbano – Loteamento
Profª Rita e Profº Kazuo
25/02/2013


São Paulo - SP
As mudanças nas formas de tecido urbano, nos modos de vida da população e na organização do mercado imobiliário não podem ser explicadas pela forma dos condomínios horizontais e de loteamentos fechados, pois se trata de um processo muito mais amplo. O conhecimento desse processo de mudança só pode ser alcançado com analises de suas características em dois níveis de ocorrência: o das formas de dispersão na dimensão regional e do tecido urbano. Mas a compreensão do processo exige o estudo das relações entre esses dois níveis, que são apenas recortes sobre a realidade.
Podemos definir tecido urbano pela relação dada entre espaços públicos e espaços privados, bem como seus usos. Trata-se de uma de uma definição geométrica de relações de propriedade e uma definição social das formas de uso.
Antigamente, o espaço público se limitava a ruas e praças e o mercado imobiliário tinha basicamente um caráter comercial. Porém, em todas as épocas havia a necessidade e existência de formas e espaços urbanos de uso coletivo, distintas dos espaços públicos, das ruas e praças. Uma forma de espaço privado de uso coletivo e publico surgiu, os edifícios de uso coletivo, com galerias no térreo, abertas ao público. Anteriormente, quem executava esses conjuntos urbanísticos, eram órgãos estatais. Agora, são empresários, ou promoters.
Cada sociedade elabora, em cada época, suas próprias formas de tecido. As mudanças nesse tecido, acompanhadas das mudanças da vida urbana, provocam sempre resistências de vários tipos. Mas estas devem ser eficientes no ponto de vista social, como do ponto de vista técnico, em atendimento aos objetivos de todos os seguimentos sociais, especialmente os de mais baixa renda.
O Movimento Moderno propunha a solução dos problemas habitacionais de interesse social com a construção de edifícios verticalizados, dispostos em terrenos de uso coletivo, tendo em vista, a redução de custos, para viabilizar projetos sociais.
No centro comercial de Brasília, as ruas de pedestres atravessam edifícios, permitindo a integração dos espaços públicos, também nesse caso com uma evidente integração entre os espaços de uso publico e de uso coletivo. A coletivização também ocorre em shoppings, conjuntos de escritórios e também em pavilhões de indústrias.
A organização coletiva da propriedade imobiliária não foi promovida pelos comunistas, como a população pensou inicialmente, mas pelos setores mais dinâmicos do empresariado do setor imobiliário. É o que se poderia chamar de uma coletivização comercial.
Com índices de urbanização entre 5% e 10%, as cidades eram locais de reunião e moradia de setores sociais privilegiados e dos setores indispensáveis à sua existência. Estas, certamente eram cercadas de muitos pobres e miseráveis. Mas essa relação começou a mudar quando a industrialização deslocou contingentes cada vez maiores de trabalhadores para as cidades. A história do urbanismo, parte fundamental desse processo, percorre os mesmo caminhos.
Com o aumento das densidades e, sobretudo em decorrência dos congestionamentos, à vista da melhoria do sistema de transporte rodoviário, quase todas as atividades até então localizadas nas áreas centrais da metrópole e ao seu redor, em bairros industriais, de comercio atacadista e de serviços, foram sendo deslocadas para áreas periféricas.
Para compreender essas mudanças, é necessário observa-las como parte de amplos processos de concentração e desconcentração, de fuga dos problemas de congestionamento, que afetam as áreas de maior atividade econômica nas sociedades industriais.
Na fase de concentração houve uma enorme valorização das áreas centrais. Mas a descentralização desvalorizou-as em alguns aspectos. O esvaziamento dos locais de convivência, dificultou uma identidade comum de vida cívica.
O centro era conhecido como "a cidade" e era frequentado por camadas de renda média e alta, que era atraídas pelos teatros, livrarias, restaurantes e etc. Quando se iniciou o deslocamento das atividades e das pessoas e o aumento de pessoas de outras faixas de renda, houve duas mudanças importantes: O entretenimento se deslocou para dentro das casa, com o advento das televisões. Com isso os centros das cidades foram esvaziados à noite e nos fins de semana, o que permanece até os dias de hoje. A outra mudança foi o crescimento de usos de veículos próprios, que incentivou as pessoas a irem ao campo, como outra forma de entretenimento.
A situação atual das cidades se dá pela convivência próxima de áreas de luxo e de miséria, ou seja, é a intensa riqueza e grandes favelas, dividindo muros.


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