O Advento da Natureza: Conceitos e (Re)significações

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17/12/2014

história e­história

ISSN 1807­1783                atualizado em 13 de janeiro de 2014

 

 

Editorial Expediente De Historiadores

O Advento da Natureza: Conceitos e (Re)significações por Luis Fernando Tosta Barbato

Dos Alunos Arqueologia

Sobre o autor[1]

Perspectivas Professores

A natureza e a necessidade do conceito

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A natureza brasileira foi palco de debates e desejos, que começaram desde a chegada dos portugueses, nos idos de 1500, e que se acirraram no século XIX, momento no qual se pensava e se projetava uma ideia de Brasil, país jovem e em busca daquilo que marcava sua própria identidade. Nesse sentido, a historiografia é farta em elencar a natureza como um desses alicerces nos quais se firmou essa identidade nacional, calcada na imagem de um país formado por florestas e mares sem fim, capazes de despertar o orgulho dos de dentro e a inveja dos de fora, dando assim cores e vida a um país em busca de sua própria identidade.[2] Esse tema já foi fartamente debatido na historiografia, e não

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pretendemos aqui retransmitir os caminhos que levaram a natureza brasileira a

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se tornar elemento fundamental da brasilidade nesse momento dos oitocentos, o

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que queremos aqui é contribuir para o melhor entendimento dessa questão, trazendo um ponto recorrente, mas que normalmente se encontra ausente na historiografia sobre o tema: a própria conceitualização de natureza. Afinal, historiadores estudam a natureza, discorrem sobre a natureza, mostram como ela se tornou elemento chave dentro da própria concepção histórica, mas em grande parte dos seus trabalhos, acabam deixando o seu próprio significado, o seu próprio conceito, de lado. Assim, o que buscamos aqui é tratar o que é natureza, conceitualizá­la, e trazer como ela figurou como objeto da história no decorrer do tempo, além de mostrar como a sua relação com o homem se deu. O que é Natureza? Se procurarmos o significado da palavra "Natureza" no dicionário, encontraremos as seguintes definições:[3]

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1) conjunto de todos os seres e forças que formam o Universo e dos fenômenos que nele se produzem; 2) força ativa que estabeleceu e conserva a ordem natural de tudo o que existe; 3) conjunto de coisas visíveis enquanto meio onde o homem vive; 4) a condição do homem anteriormente à civilização.[4] Portanto, notamos que o termo se refere a algo bastante amplo e abstrato e que, por isso, não é fácil defini­lo. No entanto, podemos notar que o termo cabe a tudo aquilo que não é obra do homem e que opera sem sua intervenção. Nesse contexto, podemos chamar de natureza tudo o que se refere ao meio­ambiente, como a fauna, a flora, o relevo, o clima, o solo, a hidrografia, etc... Para Gilmar Arruda, entretanto, o conceito de natureza não se opera apenas no campo físico­geográfico, sendo também uma questão simbólica. O ambiente natural assim se torna aquele oposto ao urbano, ao artificial, ao civilizado.[5] Exemplos dessa distinção, tanto simbólica quanto terminológica, são as ciências naturais ​  a física, a química, a biologia, a geologia, entre outras ​ , que por definição, são as ciências que estudam os aspectos não humanos do planeta. Outro exemplo dessa oposição simbólica entre Homem e Natureza pode ser encontrado ao analisarmos o termo natural.[6] Afinal, se tomarmos uma das inúmeras acepções dessa palavra, veremos que ela representa aquilo que tem geração espontânea, em oposição ao artificial, que designa tudo o que foi produzido pela força humana. Assim, podemos ver que o assunto não é de fácil compreensão, pois, apesar de aparentemente haver limites claros entre o que é, e o que não é natureza, esses limites muitas vezes se aproximam, ficando deveras tênues. Exemplo disso é o ambíguo lugar que o indígena ocupava nos debates intelectuais sobre a definição da identidade nacional e do papel da natureza do Novo Mundo. Pois, apesar de humano, ele era considerado também um elemento natural, já que, segundo os olhos eurocêntricos do homem branco do período, ele ainda não havia sido tocado pela civilização e vivia em estado selvagem. Assim, o índio, nos diversos relatos sobre a América,[7] era descrito como mais um componente da paisagem natural do lugar. Portanto, é

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preciso levar em consideração a representação do indígena contida nestas descrições, quando tomamos por objeto de estudo a Natureza em geral. Em suma, definimos até aqui que a natureza pode ser designada como o meio­ambiente, em todas suas vertentes, pois ela é aquilo que não foi construído pelas mãos humanas, e nem delas depende para gerir­se. Uma Breve História da Relação Homem­Mundo Natural Simon Schama, em seu Paisagem e Memória, traz um interessante símbolo criado pelo autor inglês Lynn White Jr. para representar a mudança da relação entre o homem e o mundo natural: a invenção de um arado de arreios fixos no século VII, que tem sua materialidade associada ao avanço da técnica de exploração da terra. Segundo Schama, o arado simboliza a faca, que serve para rasgar e ferir o solo. Quer dizer, se no passado o homem havia sido parte da natureza, com o avanço da técnica e com as mudanças decorrentes disso, ele passou a "atacar" este ambiente natural, usando a natureza para tirar proveito próprio, sem se preocupar com seu futuro ou bem­estar.[8] Exemplo maior disso, segundo Schama, foi a agricultura intensiva, que possibilitou todo tipo de males modernos à natureza. Ela "rasgou" a terra para alimentar populações, cujas demandas ​  por necessidade ou luxo ​ impulsionaram a criação de outras tecnologias para explorar com mais vigor a terra, criando um ciclo sem fim de exploração dos recursos naturais ao longo da História.[9] Keith Thomas concorda com Schama no que diz respeito à exploração da terra pelo homem ao longo do tempo. Segundo ele, até o início da Modernidade, na Europa, era usual considerar que o mundo fora criado para o homem, e que todos os recursos e demais espécies estavam subordinados a ele. No entanto, Thomas afirma que essa mentalidade foi se alterando gradativamente, graças principalmente ao desenvolvimento da história natural, no decorrer da Idade Moderna.[10] Segundo este autor, desde a Antiguidade Clássica, as ciências naturais pouco se desenvolveram na Europa. Na Idade Média ocorreram alguns estudos relativos a elas, mas eles eram poucos e esparsos. Foi só a partir do momento que os homens começaram a olhar a natureza com traços mais imparciais, objetivos e menos antropocêntricos, pelos idos do século XVI, que essa situação começou a mudar. No início, esses estudos se desenvolveram de uma maneira bastante prática, tanto que eram basicamente dedicados às plantas medicinais, http://historiaehistoria.com.br/materia.cfm?tb=alunos&id=530

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que influíam diretamente na vida humana, só depois outros interesses surgiram. Desses estudos também surgiram os primeiros naturalistas da modernidade. Esses naturalistas classificavam os animais e plantas de acordo com sua utilidade para o homem, como animais para carne, animais para se extrair couro e animais de transporte, por exemplo. Mas aos poucos, e cada vez mais, os seres­vivos eram estudados por si só, e não por sua utilidade.[11] Nos finais do século XVII, essas mudanças, até então graduais, passaram a acontecer de maneira mais incisiva. Ocorreu aí o que Thomas chama de "revolução nas percepções". O estudioso inglês considera isso uma revolução porque marcou a separação decisiva entre a visão popular, marcada por superstições, e a visão científica, que buscava a objetividade e a isenção nos estudos das plantas e animais.[12] Existe uma frase de finais do século XVIII, de autor desconhecido, que é muito representativa desse período: Em um século lançou­se mais luz sobre esta ciência[a biologia] que o que fora inferido no período precedente de cerca de 5.700 anos.[13] Pode­se perceber, então, que esta cientificização das ciências naturais acabou criando um fosso entre as classes populares e os cientistas, principalmente no que se refere ao monopólio desse "novo" conhecimento. E isso aumentou ainda mais quando o naturalista sueco Carl von Linnaeus, já no século XVIII, introduziu a terminologia latina em seu extenso conjunto de regras para classificar os seres vivos. Contudo, Thomas ressalta que a visão popular da natureza continuou existindo, incluindo a noção de que ela fora criada por Deus para o deleite humano,[14] principalmente nas áreas rurais. No entanto, essa convicção não tinha mais o apoio dos cientistas, que viam o mundo natural como tendo uma existência própria e independente.[15] Mas Thomas mostra que, enquanto essa relação homem­ natureza estava sendo contestada, surgiu entre os poetas, artistas e viajantes românticos uma visão bastante diferente da pregada pelos cientistas. Segundo aqueles, a natureza servia como uma espécie de espelho para seu próprio estado de espírito e suas emoções. Era difícil para eles compreender que o mundo natural era autônomo do mundo humano.[16] Márcia Naxara aprofunda essa tese de Thomas. Segundo esta historiadora, a partir do momento em que as cidades se desenvolveram e mais http://historiaehistoria.com.br/materia.cfm?tb=alunos&id=530

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homens passaram a habitá­las, surgiu a nostalgia pelo campo e, consequentemente, pelo meio natural que o compunha.[17] Schama complementa que a vida campestre era encarada como um corretivo perante os males da Corte e das cidades.[18] Naxara também toca nisso que podemos chamar de "crise" de consciência, que se abateu sobre os homens modernos.[19] Segundo ela, o homem civilizado já não era mais capaz de viver feliz no meio criado por si mesmo, a cidade. Já que nesta, ele estava sendo acometido por um tipo de barbárie que tirava sua bondade, e por consequência, sua condição humana. Nesse contexto, a natureza passou a ser valorizada e apreciada pelos citadinos, e o seu contato começou a ser visto como uma forma de aguçar a sensibilidade e as emoções de seus corpos e de suas almas. Exemplo disso foi o Arcadismo, escola literária surgida no século XVIII, que tinha como principal característica a exaltação da natureza e de tudo o que lhe dizia respeito. Vale ressaltar que, segundo Thomas, esse súbito interesse pela natureza não constituiu uma vitória da espontaneidade e da intuição humanas, mas sim foram frutos da educação clássica vigente em diversas sociedades européias do período. Observar a natureza exigia um olhar instrumentalizado que somente os colégios e universidades podiam proporcionar.[20] As formas encontradas por esses citadinos para saciar seus anseios por natureza foram principalmente a contemplação e a apreciação de jardins paisagísticos e as viagens pitorescas. Contemplar jardins consistia em atividades mais simples, já que não exigia grandes esforços dos seus apreciadores. E por isso, foram as primeiras atividades realizadas por esses homens que buscavam a natureza. No entanto, Naxara ressalta que, por volta de finais do século XVIII, essas observações in­loco já não eram capazes de suprir as necessidades emocionais desses admiradores da natureza. Isso levou a grandes deslocamentos de homens em busca de paisagens naturais e intocadas, consideradas berços da civilização e do romantismo. Esses deslocamentos ficaram conhecidos como viagens pitorescas. Os custos dessas viagens eram bastante elevados, e por isso elas foram praticadas principalmente pelas classes mais educadas e de maior poder econômico.[21] Segundo Naxara, essa interação do homem com a natureza está estritamente vinculada à construção das identidades e histórias nacionais, na medida em que contribuiu para a exploração de novos territórios geográficos e para a incorporação de valores intelectuais, espirituais e estéticos.[22] http://historiaehistoria.com.br/materia.cfm?tb=alunos&id=530

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Naxara vai ainda mais longe ao analisar as consequências dessa interação homem­natureza, ocorrida principalmente nos séculos XVII, XVIII e XIX. Segundo a autora, o conhecimento da natureza, juntamente com o dos homens, se tornou mais um elemento de justificação, explicação e legitimação do poder que se estabeleceu sobre regiões consideradas atrasadas e selvagens. Nesse contexto, a concepção ocidental de civilização foi tomada como universal e levada à força ­ na maioria dos casos ­ a países e povos considerados "mais atrasados" em relação aos europeus. Enormes barbáries foram cometidas nesse processo, um contrassenso se notarmos que combatê­la era exatamente o objetivo desses "civilizadores". As ciências em geral tiveram papel fundamental na identificação desses povos tidos como selvagens.[23] Concluímos, então, que na Idade Moderna as ciências promoveram uma mudança na relação homem­mundo natural, pelo menos para uma parcela da população, os cientistas. Se entre as classes menos instruídas a natureza ainda era vista como um bem para o homem usufruir, entre as classes letradas essa passou a ser estudada e admirada por si só, como algo independente e complementar da vida humana. E, com o tempo, mais que outros objetos de estudos, ela passou também a figurar nos imaginários daqueles que nela viviam, ganhando os ares e as representações que a colocariam no cerne de questões culturais, como é o caso das identidades nacionais, que, como no caso da brasileira, tem na natureza agente fundamental. Referências Bibliográficas ­ ARRUDA, Gilmar. Cidades e sertões: entre a história e a memória.Bauru: EDUSC, 2000. ­ BARBATO, Luis Fernando Tosta. Brasil, um país tropical: o clima na construção da identidade nacional brasileira. Campinas: [s. n.], 2011. Dissertação (Mestrado em História) ​  Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas. ­ FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio Século XXI: o dicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. ­ NAXARA, Márcia Regina Capelari. "Natureza e Civilização: Sensibilidades românticas e representações do Brasil no século XIX" In. BRESCIANI, Maria Stella Martins & NAXARA, Márcia Regina Capelari (orgs.). Memória e (re)Sentimento: Indagações sobre uma questão sensível. Campinas: Editora da Unicamp, 2001. ­ ORTIZ, Renato. Cultura Brasileira e Identidade Nacional. São Paulo: Editora

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Brasiliense, 2006. ­ PAZ, Francisco de Moraes. Na poética da História: a revitalização da Utopia Nacional Oitocentista. Curitiba: UFPR, 1996. ­ SAID, Edward. Cultura e Imperialismo. São Paulo: Cia. Das Letras, 1995. ­ SCHAMA, Simon. Paisagem e Memória. São Paulo: Cia. das Letras, 1996. ­ SCHIAVINATTO, Iara Lis. "Imagens do Brasil: Entre a natureza e a História" In JANCSÓ, Istvan. Brasil: Formação do Estado e da Nação. São Paulo: HUCITEC; Ed. Unijuí; Fapesp, 2003. ­ SÜSSEKIND, Flora. O Brasil não é longe daqui: o narrador, a viagem. São Paulo: Cia. Das Letras, 1990. ­ THOMAS, Keith. O Homem e o Mundo Natural: mudanças de atitudes em relação às plantas e aos animais(1500­1800). São Paulo: Cia. Das Letras, 1988. ­ VENTURA, Roberto. Estilo Tropical: História Cultural e Polêmicas literárias no Brasil 1870 ​  1914. São Paulo: Cia. Das Letras, 1991.

[1] Doutorando em História pela Universidade Estadual de Campinas, bolsista da

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo ​  FAPESP. [2] Há uma série de autores que trabalham a questão da formação da identidade

nacional brasileira e que trazem a natureza como ponto­chave nessa formação identitária do Brasil. Podemos citar aqui, como exemplos: VENTURA, Roberto. Estilo Tropical: História Cultural e Polêmicas literárias no Brasil 1870 ​  1914. São Paulo: Cia. Das Letras, 1991; SÜSSEKIND, Flora. O Brasil não é longe daqui: o narrador, a viagem. São Paulo: Cia. Das Letras, 1990; SCHIAVINATTO, Iara Lis. "Imagens do Brasil: Entre a natureza e a História" In. JANCSÓ, Istvan. Brasil: Formação do Estado e da Nação. São Paulo: HUCITEC; Ed. Unijuí; Fapesp, 2003; PAZ, Francisco de Moraes. Na poética da História: a revitalização da Utopia Nacional Oitocentista. Curitiba: UFPR, 1996; ORTIZ, Renato. Cultura Brasileira e Identidade Nacional. São Paulo: Editora Brasiliense, 2006; NAXARA, Márcia Regina Capelari. "Natureza e Civilização: Sensibilidades românticas e representações do Brasil no século XIX" In. BRESCIANI, Maria Stella Martins & NAXARA, Márcia Regina Capelari (orgs.). Memória e (re)Sentimento: Indagações sobre uma questão sensível. Campinas: Editora da Unicamp, 2001; BARBATO, Luis Fernando Tosta. Brasil, um país tropical: o clima na construção da identidade nacional brasileira. Campinas: [s. n.], 2011. Dissertação (Mestrado em História) ​ Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas. http://historiaehistoria.com.br/materia.cfm?tb=alunos&id=530

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[3] Entre as 10 acepções que encontramos sobre o termo, listamos apenas as que

se referiam ao nosso objeto de estudo. [4] FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio Século XXI: o dicionário

da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. p. 1394 [5] ARRUDA, Gilmar. Cidades e sertões: entre a história e a memória. Bauru:

EDUSC, 2000. p.13 [6] FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Op. Cit. p. 1394 [7] Como exemplos desses relatos, temos as extensas descrições dos indígenas

feitas pelos viajantes que percorreram o Brasil, as cartas dos jesuítas que aqui viveram, que continham descrições do elemento indígena em meio à caracterização do ambiente local, e também nos relatos das expedições científicas que por aqui passaram, que não deixaram de notar os povos nativos. [8] SCHAMA, Simon. Paisagem e Memória. São Paulo: Cia. das Letras, 1996. p.

23 [9] Idem, pp. 23­24 [10] THOMAS, Keith. O Homem e o Mundo Natural: mudanças de atitudes em

relação às plantas e aos animais(1500­1800). São Paulo: Cia. Das Letras, 1988. pp. 61­62 [11] Idem, pp. 61­64 [12] Idem, pp. 84­93 [13] Idem, p. 106 [14] Vale frisar que as monarquias nacionais da Idade Moderna também não

deixaram de ver a natureza sob a óptica da exploração, no entanto, a partir dessa chamada "revolução das percepções" de Thomas, essa exploração será feita com o respaldo e com os métodos da ciência, como veremos um pouco mais adiante. [15] THOMAS, Keith. Op. Cit. p. 108 [16] Idem, p. 109 [17] NAXARA, Márcia Regina Capelari. Op. Cit.p. 42 [18] SCHAMA, Simon. Op. Cit. p. 21

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[19] NAXARA, Márcia Regina Capelari. Op. Cit. p. 25 [20] THOMAS, Keith. Op. Cit. 314 [21] NAXARA, Márcia Regina Capelari. Op. Cit.pp. 42­43 [22] Idem, p. 43 [23] SAID, Edward. Cultura e Imperialismo. São Paulo: Cia. Das Letras, 1995.

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