O amor a beleza e o dinheiro

May 29, 2017 | Autor: Danillo Macedo | Categoria: Literature, Poetry, Poems
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O amor, a beleza e o dinheiro

O amor é a mimese do invisível
Imago falsificada da razão
É o desejo de que tudo durasse
Mais que a velocidade do espirro
É fogo que se apaga e a gente vê
Se perder na ferida que se abre
E por mais que ele dure uma noite
Sempre vem um novo dia

O amor é um fantasma obtuso
Que persegue o coração vazio
De uma mente dilapidada

O amor, do sibarita e de hetaira, é o amor de etiqueta
De joguetes transitórios

E assim, alguns arrumam o cabelo para serem mais amados
Outros são mais destemidos e arriscam tudo arrumando o caráter...

E assim, aquelas inúmeras sandices conjugais não resultam em nada de
amor...
Embora, desesperadamente, o idealizem...

E assim, chego ao seu pretenso desfecho
E recomeço...

Para ver que o que não sabemos será sempre maior
Que cada um de nossos supostos conhecimentos...

Para ver que o vazio infinito das coisas não diminui
A pequenez de tudo quanto pretende existir
E o amor talvez exista... nas coisas além-terra e além-céu
Como diria Drummond
Que também dizia que o amor foge a dicionários

Podemos não saber o que ele, o amor, significa
Não sabendo onde possa estar precisamente
Mas, sabemos, muita vez, onde ele não está
Na beleza da mulher...
No dinheiro do empresário...

E assim...
Beleza e dinheiro
Quanto mais você os tem
Menor a possibilidade de alguém realmente te amar
E meu erro não foi dizer que te amava
Mas, fazê-lo sem saber se enganava a mim ou a você
Pois, então, me perdoe...


- Danillo Macedo -
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