O Belo e o Simples: O Poder na Liberdade dos Desenhos de Niemeyer

May 25, 2017 | Autor: Shakil Rahim | Categoria: Architecture, Drawing, Oscar Niemeyer, Architects, Arquitetura Brasileira, Draughtsperson
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foi produzida pelo Centro de Letras e Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro em dezembro de 2015, pela Coordenação de Integração Acadêmica de Pós-Graduação Cidade Universitária – Edifício da Reitoria – Térreo – cep: 21949-900 – Rio de Janeiro – RJ Tels.: (21) 3938-1700 / (21) 3938-1703 / Fax: (21) 3938-1709

universidade federal do rio de janeiro

Roberto Leher Reitor

Flora De Paoli Faria Decana do Centro de Letras e Artes Celina Maria Moreira de Mello Coordenadora de Pós-graduação do Centro de Letras e Artes Tiragem 500 exemplares Edição

Ermelinda Azevedo Paz Zanini (1998-2002) – Margareth da Silva Pereira (2002-2006) – Flora De Paoli Faria e Sonia Cristina Reis (2007-2010) – Celina Maria Moreira de Mello, Sonia Cristina Reis e Pedro Paulo Garcia Ferreira Catharina (2011-2015) Conselho Executivo Faculdade de Letras – Profa Angela Maria da Silva Corrêa Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – Profa Maria Ângela Dias (PROARQ), Profa Eliane de Almeida da Silva Bessa (PROURB). ESCOLA DE MÚSICA – Prof. Pauxy Gentil-Nunes ESCOLA DE BELAS ARTES –Prof. Carlos A. M. da Nóbrega CONSELHO EDITORIAL – Alejandra Vitale (Univ. de Buenos Aires, argentina), Anna Gural-Migdal (University of Alberta, CANADÁ), Annateresa Fabris (USP), Carlos Eduardo Falcão Uchôa (UFF), Carole Gubernikoff (UNIRIO), Cecília Conde (CBM), Claudia Poncioni (Université Sorbonne Nouvelle – Paris 3, frança), Cristiane Rose de Siqueira Duarte (UFRJ), Dinah Maria Isensee Callou (UFRJ), Evanildo Bechara (UERJ), Flora De Paoli Faria (UFRJ), Francesco Guardiani (University of Toronto, CANADÁ), Geraldo Ramos Pontes Júnior (UERJ), Jean-Yves Mollier (Univ. Versailles Saint-Quentinen-Yvelines, FRANÇA), Jean-Pierre Blay (Université de Paris Ouest-Nanterre-La Défense, FRANÇA), José Luiz Fiorin (USP), Joseph Jurt (Univ. Freiburg, ALEMANHA), Leonardo Mendes (UERJ), Luiz Paulo da Moita Lopes (UFRJ), Márcio Doctors (UNESCO), Márcio Venício Barbosa (UFRN), Maria Antonieta Alba Celani (PUC-SP), Maria José Chevitarese de Souza Lima (UFRJ), Marilena Giammarco (Univ. Pescara, ITÁLIA), Mauro César de Oliveira Santos (UFRJ), Mauro Porru (UFBA), Meri Torras Francés (Univ. Autónoma de Barcelona, espanha), Orna Messer Levin (UNICAMP), Paulo Venâncio Filho (UFRJ), Sheila Ornstein (USP), Sylvia Ficher (UnB), Vera Lúcia Casa Nova (UFMG). secretaria geral – Deise Cerqueira.

issn 1516-0033

interfaces número 23 – vol. ii – julho-dezembro / 2015

O artista, o poeta e o poder Centro de Letras e Artes Universidade Federal do Rio de Janeiro

issn 1516-0033

Revista Interfaces © 2015 Centro de Letras e Artes – Universidade Federal do Rio de Janeiro Esta publicação segue as normas do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, adotado no Brasil em 2009. revisão

Celina Maria Moreira de Mello, Leonardo Mendes, Pedro Paulo Garcia Ferreira Catharina produção editorial e gráfica

7Letras

catalogação: sistema de bibliotecas e informação – sibi/ufrj R349 Revista Interfaces / Universidade Federal do Rio de Janeiro, Centro de Letras e Artes – Ano 21, nº 23 (julho-dezembro 2015) – Rio de Janeiro: UFRJ/CLA, 2015 – semestral issn 1516-0033 1. Arte – Periódicos brasileiros. 2. Arquitetura, Urbanismo e Design – Periódicos brasileiros. 3. Literatura e Linguística – Periódicos brasileiros. 4. Música – Periódicos brasileiros. I. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Centro de Letras e Artes. cdd: 705

2015 Centro de Letras e Artes da Viveiros de Castro Editora Ltda. Universidade Federal do Rio de Janeiro Rua Visconde de Pirajá, 580/sl. 320 | Ipanema Cidade Universitária – Edifício da Reitoria – Térreo Rio de Janeiro | rj | cep 22410-902 cep: 21949-900 – Rio de Janeiro – RJ Tel. (21) 2540-0076 Tel.: (21) 3938-1700 / Fax: (21) 3938-1709 [email protected] [email protected] www.7letras.com.br

sumário

Apresentação9 Le pouvoir symbolique de la littérature : une exception française ? Joseph Jurt (Universidade de Freiburg – Alemanha) Loucura e morte em Alice no país das maravilhas: alteridade e revolução na escrita de Carrol e no inconsciente freudiano Augusto Rodrigues da Silva Junior (Universidade Federal de Brasília) Maura Cristina de Carvalho (Universidade Federal de Brasília) O algoritmo como poeta do ciberespaço: da idealização do mesóstico de John Cage à programação computacional Gabriela Bruschini Grecca (Universidade Estadual de Maringá) Márcio Roberto do Prado (Universidade Estadual de Maringá) Representações e apropriações da música na poesia: um caso de intermidialidade? Flavio Barbeitas (Universidade Federal de Minas Gerais) Liberdade, liberdade: as lições da tradição e do distanciamento Tarsilla Couto de Brito (Universidade Federal de Goiás)

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O meio na construção da narrativa: um estudo sobre Memórias Póstumas e Clara dos Anjos77 Cinthia Tragante (Universidade Federal de São Carlos) Poder, melancolia e o “ser qualquer” em Drummond Alemar Silva Araújo Rena (Universidade Federal de Minas Gerais) Poesia, minha vida verdadeira: um itinerário antológico de Manuel Bandeira Roberto Doring Pinho da Silva (Université Sorbonne Nouvelle – Paris 3)

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resenhas O belo e o simples: o poder na liberdade dos desenhos de Niemeyer Shakil Yussuf Rahim (Universidade de Lisboa) Ana Leonor Madeira Rodrigues (Universidade de Lisboa)

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Teoria do Fantasma: o poder do artista na (re)definição da realidade Maria Leonor Camarinha Parada de Figueiredo (Universidade do Porto)

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Duas ou três páginas despretensiosas140 Vicentônio Regis do Nascimento Silva (Universidade Estadual de Londrina)

contents

Presentation9 The symbolic power of litterature : a french exception ? Joseph Jurt (Universidade de Freiburg – Alemanha) Madness and death in Alice in wonderland: alterity and revolution in Carroll’s writting and in freudian unconscious Augusto Rodrigues da Silva Junior (Universidade Federal de Brasília) Maura Cristina de Carvalho (Universidade Federal de Brasília) The algorithm as poet of cyberspace: from the idealization of John Cage’s mesostic to computer programming Gabriela Bruschini Grecca (Universidade Estadual de Maringá) Márcio Roberto do Prado (Universidade Estadual de Maringá) Representations and appropriations of music in poetry: a case of intermediality? Flavio Barbeitas (Universidade Federal de Minas Gerais) Freedom, freedom: the lessons of tradition and distance Tarsilla Couto de Brito (Universidade Federal de Goiás)

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The mesology theory in narrative: a study of Memórias póstumas and Clara dos Anjos 77 Cinthia Tragante (Universidade Federal de São Carlos) Power, melancholy, and the “whatever being” in Drummond Alemar Silva Araújo Rena (Universidade Federal de Minas Gerais) Poetry, my true life: an anthology itinerary of Manuel Bandeira Roberto Doring Pinho da Silva (Université Sorbonne Nouvelle – Paris 3)

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reviews The beautiful and the simple: the power in the freedom of Niemeyer’s drawings Shakil Yussuf Rahim (Universidade de Lisboa) Ana Leonor Madeira Rodrigues (Universidade de Lisboa)

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Phantom theory: the power of the artist in (re)defining reality Maria Leonor Camarinha Parada de Figueiredo (Universidade do Porto)

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Two or three unpretentious pages 140 Vicentônio Regis do Nascimento Silva (Universidade Estadual de Londrina)

o belo e o simples: o poder na liberdade dos desenhos de niemeyer the beautiful and the simple: the power in the freedom of niemeyer’s drawings Shakil Yussuf Rahim1 Ana Leonor Madeira Rodrigues2

Resenha do livro: OSCAR, Niemeyer. Conversa de Arquitecto. Porto: Campo das Letras, 2007 [1993]. 54 p. O livro apresenta o discurso de Niemeyer na voz activa. O verbo e o traço são da sua autoria. Divide-se em doze pequenos textos e está ilustrado com desenhos de diversas obras. A primeira frase do livro resume as origens e a importância da liberdade gráfica na arquitectura de Oscar Niemeyer. A segunda frase apela à beleza e à surpresa, como objectivos do arquitecto que ao se sentir desenhador procura a experiencia da produção artística: “De um traço nasce a arquitectura. E quando ele é bonito e cria surpresa, ela pode atingir, sendo bem conduzida, o nível superior de uma obra de arte” (NIEMEYER, 2007, p. 9). Essas duas frases ilustram a necessidade do traço que ilumina a ideia. Uma ideia que procura concentrar na simplicidade da linha a complexidade dos problemas técnicos, construtivos, ambientais, legais e financeiros de um produto de arquitectura. Nesse quadro, a critica ao funcionalismo e ao racionalismo é agressiva. Reforçada pelas limitações conceptuais da Bauhaus, que tornou a arquitectura monótona, rígida e mecanizada. Defendida pelos textos de Argan e de Gideon: “Lembro Gropius, depois de visitar minha casa nas Canoas: ‘Sua casa é muito bonita mas não é multiplicável’. E eu a olhá-lo condescendente, pensando: ‘Como se diz bobagem com ar de coisa séria’ ” (NIEMEYER, 2007, p. 14). 1 Doutorando em Arquitectura, especialidade Desenho na Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa (FA/UL). Investigador do CIAUD – Centro de Investigação em Arquitectura, Urbanismo e Design. [email protected] 2 Doutora em Arquitectura, especialidade Comunicação Visual na Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa (FA/UTL). Investigadora do CIAUD – Centro de Investigação em Arquitectura, Urbanismo e Design. [email protected] Shakil Yussuf Rahim e Ana Leonor Madeira Rodrigues | O belo e o simples: o poder na liberdade dos desenhos...

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Por outro lado, Le Corbusier é o mestre, que compreendeu a necessidade da beleza e da surpresa na arquitectura. Niemeyer aponta o convívio e os almoços diários com o mestre em Nova Iorque e as possibilidades das novas modernidades. A ideia do novo é uma marca da arquitectura de Niemeyer. As diferenças com a arquitectura colonial são demarcadas e a procura de uma nova escala, novas técnicas e novos materiais é conscientemente defendida. Aponta os novos caminhos da arquitectura, nos quais a parede adquiriu outras funções e a estrutura se tornou independente. Niemeyer procurava com urgência o presente. Porque, para ele, a arquitectura representa um tempo, o do agora. Para pensar o “espaço arquitectural”, Niemeyer se refere à Poética do Espaço, de Gaston Bachelard. A memória do sótão da casa, da rua velha, do espaço familiar e do calor humano. O exterior e o interior são dependentes. O espaço entre as coisas também. Niemeyer cita Rilke que anota a beleza da árvore mas demarca como sublime o espaço entre elas. Modelar o vazio. A importância do espaço que sobra, que se torna bem visível nos seus desenhos. Com a amplitude do branco do papel, Niemeyer desenha verdadeiramente o espaço. As linhas são apenas os limites possíveis. Os croquis representam a velocidade do seu pensamento. O desejo de ver a obra. A fantasia do que vai acontecer. O desenho para o arquitecto é a pressa de quem não consegue esperar, até encontrar o que reconhece como legítimo para resolver o problema que tem em mãos. Os desenhos de Niemeyer assumem uma dupla adjectivação, que dá título a esta resenha: são belos e simples. Serão belos pela simplicidade? Ou serão simples por exigência da beleza? Provavelmente não haverá uma única resposta tão livre como a lição que Niemeyer nos dá com o desenho. Os seus croquis respondem a estas atrevidas perguntas de frente, sem hesitar, com precisão e simultânea variabilidade de uma identidade física e fenomenológica, que nos faz pensar: Como é que ele consegue fazer isto tão bem? Como comprime a informação sem alterar o significado? E porque nos dá prazer ver estes desenhos simples? Niemeyer elogia a Pirâmide do Louvre de I. M. Pei, pelo retorno às formas fundamentais do desenho na arquitectura. O uso da cúpula por Niemeyer é o reflexo desse desejo de recriar uma memória com intervenções novas. A cúpula do Senado, a cúpula do auditório do edifício do Partido Comunista em Paris ou a inversão da forma no Museu de Niterói surgem da manipulação do desenho do arquétipo. No documentário A Vida É um Sopro (2007), de Fabiano Maciel, ver Niemeyer a desenhar é uma abertura ao seu processo de ver um novo mundo. Os desenhos de Niemeyer são enérgicos, orgânicos, gestuais. Linha com marcador preto. Compressão da linha às suas direcções fundamentais. Desvia com subtileza o riscador, num tremer de mão, para depois regressar ao alinhamento e voltar a 132

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desviar. A mesma linha apresenta materiais de construção com expressões diferentes. A ausência voluntária de um troço de linha ou a variabilidade de intensidade e pressão da mão criam as condições físicas para que o desenho mude e se adapte à forma e à materialização da arquitectura. De particular interesse é o desenho da figura humana que é comum nos arquitectos para dar o sentido de escala à obra. Em Niemeyer a figura é produzida com poucos traços, que por serem curvos apresentam movimento, impulso para a acção. As pessoas não estão paradas, estáticas. A actividade dos seus corpos dão movimento ao desenho. De notar no desenho 14 da página 23 ou no desenho 18 da página 24, o corpo com braço direito estendido para cima, em citação ao Modulor de Le Corbusier. Com Niemeyer o concreto tornou-se leve, e com ele a arquitectura. O concreto tinha um vocabulário novo, que podia ser esticado até à curva. Permitiu a fantasia, liberdade e criatividade que a rigidez do metal não tinha. Permitia criar vãos maiores, volumes imensos, gestos ousados. E por isso o traço do desenho também se transformou. Porque o concreto para Niemeyer é uma plasticina que se curva, que se enrola e que se espreguiça. A linha curva da mulher que acompanha a plasticidade da nova engenharia. Diversificar os vãos para aproveitar as diferenças espaciais; aumentar de forma crítica e monumental o balanço do vão livre. Uma dinâmica entre volumes e apoios. Fazer o betão flutuar, através da elegância do cálculo. Encontrar a tangente que resolve a forma suspensa. Era a afirmação de um Brasil moderno, capaz de sair da periferia técnica e criativa. Niemeyer recorda-se: Lembro-me de uma ponte projectada por Freyssinet, cujas ligações eram tão finas, tão delicadas, que só à noite, sem dilatação diurna, puderam ser concluídas. Abram um livro dos velhos mestres da arquitectura e vejam como Palladio perseguia a leveza arquitectural preferindo grupos de três colunas de apoio único mais robusto, que a técnica daquele tempo exigia. (NIEMEYER, 2007, p. 33)

O livro apresenta dois textos específicos sobre materiais: o pré-fabricado de concreto e o vidro. O contraste dos dois materiais é evidente: peso físico e visual, espessura, permeabilidade e resistência. A composição espacial guia-se por esta integração entre cheios e vazios. A fachada cega e a fachada aberta. A composição da luz é orientada ao grande envidraçado que envolve o exterior. O sol recortado, pela adequada orientação e através da proteção por brises-soleil, é o protagonista que quebra a monotonia da forma e do espaço. Na apologia da fachada de vidro, Niemeyer reflecte sobre os cuidados a ter na gestão da privacidade. Por outro lado, o pré-fabricado de concreto tem objectivos modulares, financeiros e de optimização de recursos. Muitas vezes em detrimento da riqueza espacial. Para Niemeyer um dos problemas mais graves do urbanismo é a unidade urbana. A harmonia. Um problema ancestral que a cidade moderna tem de evitar. Shakil Yussuf Rahim e Ana Leonor Madeira Rodrigues | O belo e o simples: o poder na liberdade dos desenhos...

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O protagonismo arquitectónico em detrimento da urbanidade é um flagelo que Niemeyer reconhece e sublinha. A produção de denominadores comuns (volumes, cores, cotas, materiais, acabamentos) ajudam a minimizar o impacto na cidade. O plano de Brasília teve essa preocupação na definição da matriz. No plano geral, a arquitectura serve a sociedade. Com esta dilatação conceptual ultrapassa a escola de Le Corbusier, preocupada na construção da comunidade e da cidade. A sociedade é um valor político. E é dessa forma que Niemeyer entende o serviço que a arquitectura presta ao materializar as políticas públicas que criem igualdade de oportunidades. A sua doutrina política ligada ao partido comunista é assumida. Serve em muitos casos de panfleto para pensar um mundo melhor, menos desigual. Idealista. Em defesa das suas posições, estabeleceu pontes com outras forças de poder, com o objectivo de ultrapassar o contexto e ligar pela arquitectura as pontas sociais perdidas. Afirma: Interessado em genética, considero os homens como uma casa. Uma casa que pode ser melhorada mudando portas e janelas, pintando a fachada, acertando o telhado [...] Na minha vida de arquitecto, no contactos que a profissão exige com homens de governo, das indústrias e do poder, lembrei-me sempre dessa imagem. [...] Nunca deixei que problemas políticos influíssem nas minhas amizades. Tenho amigos de todas as tendências. Até integralistas os tenho. [...] Hoje quando lembro essas ligações de trabalho, vejo nelas um denominador comum de solidariedade humana. (NIEMEYER, 2007, p. 50)

Neste sentido, Niemeyer aponta direcções para o ensino da arquitectura. Maior foco nas artes plásticas e no desenho figurativo, com fortes ligações com a pintura e com a escultura. Ultrapassar a limitação do ensino sectorial, que tem ênfase apenas na arquitectura, mas unir esta à cultura. Um visão global da ética social, com o objectivo de servir todos na procura de uma sociedade sem classes.

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