O caso Bruna. Preconceito e ambiguidade de gênero: opinião pública sobre corpos privados

July 19, 2017 | Autor: Ubirajara Caputo | Categoria: Transgender Studies, Preconceito, Identidade De Gênero
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O caso Bruna. Preconceito e ambiguidade de gênero: opinião pública sobre corpos privados

Ubirajara de None Caputo

O caso Bruna. Preconceito e ambiguidade de gênero: opinião pública sobre corpos privados

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(`)As bi, (`)as gay, (`)as trava e (`)as sapatão. Tá tudo organizada pra fazer revolução. (grito de guerra tradicional do movimento de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais – LGBT - no Brasil que, como se lê, propõe uma revolução “em feminino”. Crases do autor).

Foto disponível em: . Autor não citado.

Sumário Apresentação - O caso Bruna (baseado em fatos reais)........9 Capítulo 1 - Uma introdução ao Preconceito......................20 Alguns fatores subjetivos...............................................28 Alguns fatores objetivos.................................................35 Capítulo 2 - Estigma, sexo e ambiguidade de gênero.........42 Capítulo 3 - Opinião pública...............................................59 Sujeito.............................................................................62 Análise semântica...........................................................66 Discursos intolerantes.....................................................96 Interdiscursividade.........................................................99 Considerações finais..........................................................112 Referências bibliográficas.................................................116 Apêndice imagético...........................................................123 Anexo I – A reportagem....................................................135 Anexo II – Os comentários................................................139

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Apresentação O caso Bruna (baseado em fatos reais) Iiiiih meu amoooor [com o 'or' soando na garganta e soprado, como numa exalação ofegante], minha vida dava um romance. (Bruna, 2011).

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“dava” mesmo. Bruna nasceu no final da década de 1960. Quando começou a frequentar a escola já era um menino delicado. Falava baixo, era gentil com todos, gesticulava lentamente e movia seus dedos longos ao falar. A pele muito clara contrastava com o cabelo negro, com uma franjinha curta. De estatura média, magro, tinha um rosto forte onde costumava exibir um grande sorriso. Era aplicado nos estudos e o mais jovem de sua turma. Quando seus colegas entraram na puberdade, as coisas começaram a mudar. Passaram a ridicularizá-lo e a chamá-lo de mariquinha. Aos poucos, na hora do recreio, ele não sabia se deveria se aproximar dos rapazes, aos quais temia, ou das meninas, o que poderia aumentar sua fama de “mulherzinha”. Os professores e os inspetores de alunos observavam tudo e riam. Quando queria usar o banheiro, os garotos tentavam forçá-lo a beber a água da latrina. Bruna, então, passou a evitar líquidos e teve algumas complicações no aparelho

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10 urinário que persistem até hoje. As humilhações no vestiário tornaram-se tão insuportáveis que ele inventou que tinha um problema cardíaco para não precisar mais fazer aulas de Educação Física. O professor, mesmo sem comprovação alguma, aceitou a justificativa, possivelmente por sentir pena dele. Com muita vergonha, escondia-se na biblioteca da escola no intervalo das aulas e aproveitava esse tempo para pensar no que poderia fazer para evitar tudo aquilo. O que estaria fazendo, ou deixando de fazer, que provocava aquele comportamento hostil? Ao mesmo tempo, torcia para que seus pais não soubessem o que acontecia na escola. Porém, um dos inspetores de alunos acompanhava o caso com “especial” interesse. Começou a aproximar-se de Bruna e a molestá-lo sexualmente ameaçando contar para sua família o que se passava na escola. A crueldade psicológica, as dores emocional e física, as humilhações e as imundices sofridas por Bruna nessas ocasiões serão omitidas para o bem do leitor. Em casa, seu sorriso se apagou e ele não queria mais ir à escola. Seus pais acharam que era “coisa de adolescente” e foram severos. Durante algum tempo, ele ficou entre os estupros recorrentes, as humilhações dos colegas e a pressão dos pais, a quem não queria decepcionar. Não aguentando mais a situação, começou a fugir da escola. Assim que seus pais souberam do motivo das fugas, passaram a humilhá-lo dizendo que ele deveria ser mais homem e a espancá-lo “corretivamente”. Bruna então teve que escolher entre os estupros e a vergonha constantes e as surras dos pais. Sempre calado. Após algum tempo, ainda no início da

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11 adolescência, abandonou a escola, a família, a cidade e foi morar nas ruas de uma grande metrópole até ser acolhido pela dona de um meretrício, onde começou a prestar serviços domésticos. Ainda jovem, começou a tomar hormônios e a usar roupas femininas, assumiu o nome de Bruna e passou a se prostituir. Aos dezoito anos já havia adquirido o vírus da AIDS (HIV) e, sozinha, tentou acolhimento em várias casas de apoio mantidas por entidades religiosas. Foi rejeitada em todas elas por não ter uma aparência compatível com “os bons costumes”. Para que a aceitassem, era necessário que cortasse os cabelos, escondesse os seios e se comportasse como homem. Por fim, foi recolhida das ruas pela Brenda Lee1, em cuja casa de apoio pôde se recuperar, e passou a cuidar dos outros pacientes. Muitos anos se passaram e, ao ouvir uma gargalhada, Bruna ainda acha que é dela que se está rindo. Além disso, se sente responsável por tudo o que aconteceu em sua infância e por não ter conseguido encontrar uma solução para aquela situação. Eu a conheci quando lhe aplicava um pré-teste de questionário sobre homotransfobia, durante o ano de 2011. Ao perguntar se desejava falar um pouco sobre sua história, ela bateu palma, jogou a cabeça para trás, riu sacudindo os cabelos e emitiu a fala citada no início deste capítulo. O questionário investigava danos 1

Brenda foi uma travesti que, no início da epidemia de AIDS, nos anos 1980, transformou sua própria casa, na cidade de São Paulo, em um centro de acolhimento para travestis, presidiários e demais proscritos portadores do HIV. Para saber mais, acesse: . Acesso em: 28 jan. 2015.

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12 morais, sociais, psicológicos, físicos, sexuais e patrimoniais decorrentes de preconceito motivado por orientação sexual e/ou identidade de gênero. Durante as respostas ela reconheceu a existência e intensidade dos danos sofridos e, ao perguntar-lhe sobre os possíveis prejuízos patrimoniais, surpreendi-me com a resposta. Bruna contou que ainda tinha notícias de alguns ex-colegas dos tempos de escola e que eles haviam se tornado médicos, administradores, advogados etc. e que ela, só recentemente, havia conseguido sair da prostituição e encontrar um emprego de telefonista numa entidade beneficente que lhe rendia um salário-mínimo mensal. A visão dela sobre como o preconceito determinou as condições de sua vida e lhe impôs sérias restrições financeiras, me motivou a tentar compreender o papel do preconceito nas relações de trabalho de pessoas que apresentam ambiguidade de gênero. Histórias semelhantes à de Bruna não são incomuns, especialmente nas classes sociais mais pobres ou quando se perde o apoio da família. No entanto, há processos diferentes. Há casos em que a transição para outro gênero, embora intimamente possa ter se estabelecido desde sempre ou ter levado vários anos para se consolidar, manifesta-se socialmente na idade adulta, de forma abrupta, quando essas pessoas já conquistaram uma posição na sociedade. De certo, assumir publicamente outra identidade de gênero implica adaptações, notadamente nos ambientes familiar e profissional, mas, uma vez mantida a posição social conquistada, essas pessoas não recebem o mesmo tratamento dispensado a uma

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13 travesti “de rua”, como foi o caso de Bruna. Destacam-se duas características fundamentais no processo que resultou no ostracismo social de Bruna: o despreparo da escola e da família em lidar com sua delicadeza e o acolhimento pelo meretrício como única opção de sobrevivência. As famílias costumam experimentar sensação de fracasso e vergonha pelos entes que julgam anormais. A escola, salvo poucas exceções, não prepara bem os alunos para lidarem com a diversidade. Nem de pensamento, nem religiosa e nem sexual. Ao contrário, o ambiente escolar (incluindo professores, currículo, métodos e recursos) é fortemente policiado de modo a formar cidadãos que possam adaptar-se e reproduzir ideias e valores daqueles que o policiam. Talvez a prova mais explícita dessa vigilância tenha sido a suspensão da distribuição, por exigência do setor conservador do Congresso Nacional, de material contra homofobia que seria entregue aos professores do ensino médio de escolas públicas, em 2011, pelo Ministério da Educação, sob a alegação de que seria temerário fazer, nas palavras da presidente da república Dilma Rousseff, “propaganda de opção sexual 2”. O acolhimento social que Bruna poderia ter recebido dos órgãos oficiais de proteção à criança e ao adolescente, o levaria a ser recolhido das ruas, mas o obrigaria a conviver em ambiente possivelmente pior do que o de sua escola. O acolhimento pelo 2

A visão da sexualidade como opção e a ideia de risco de contágio foram desenvolvidas no século XIX, quando desejar sexualmente alguém do mesmo sexo era considerado doença.

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14 meretrício, nesses casos, é comum e certamente constituiu uma experiência, não necessariamente boa ou má, mas marcante em sua vida. Não é possível saber se Bruna teria, ou não, se tornado uma travesti caso tivesse tido outras condições de vida. Tampouco importa querer sabê-lo no intuito de descobrir se teria sido possível evitar que isso acontecesse, já que não cabe juízo de valor a qualquer situação de transgeneridade 3. Entretanto, é preciso ter em conta que essas condições de vida fazem parte de uma problematização que resultou na forma como Bruna expressa sua autopercepção de gênero, isto é, na sua travestilidade. As condições familiares, educacionais e sociais da infância e adolescência de Bruna integram um processo que faz com que pessoas como ela - saudáveis, capazes (ou capacitáveis) e probas sejam apartadas da vida em sociedade e confinadas a condições mínimas de sobrevivência. Investigar esse processo é tarefa necessária para entender, ainda que parcialmente, o preconceito que lastreia uma situação de vida tão desfavorável para aqueles(as) que apresentam ambiguidade de gênero. Um primeiro esforço nesse sentido, baseou-se na análise de documentos normativos decorrentes de negociações coletivas de trabalho, cujos resultados podem ser conhecidos no artigo Relações de trabalho de homossexuais, bissexuais, transgêneros e intersexuais no âmbito das negociações coletivas no Brasil 4 (CAPUTO, 2014). Foram investigadas a base de dados do 3

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Neste estudo, adotou-se o termo transgeneridade para expressar a condição de pessoas transgêneras e intersexuais, indistintamente. Disponível em: . Acesso em: 17 fev. 2015.

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15 Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), contendo cerca de 260 mil documentos celebrados desde 2005, e a do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) que, na ocasião da coleta dos dados, registrava mais de 3500 documentos referentes a negociações de grande representatividade, firmados a partir de 1992 e cobrindo todo o território nacional. O estudo deixa claro que os interesses de trabalhadores homossexuais e bissexuais aparecem nas negociações coletivas de trabalho de forma diferente dos de transgêneros e intersexuais. Enquanto 8,4% das negociações realizadas em 2013 registradas pelo DIEESE tratavam de não discriminação a homossexuais e bissexuais, reconhecimento de união afetiva entre pessoas de mesmo sexo e cuidados com seus filhos/família, o respeito à identidade de gênero do(a) trabalhador(a) e o direito de não ser discriminado(a) na contratação e na progressão profissional não foram mencionados. Mesmo a base de dados do MTE, que deve registrar todas as convenções e acordos coletivos celebrados no Brasil, possui apenas três documentos em que a identidade de gênero é citada. Os Acordos Coletivos do Sindicato dos Trabalhadores em Entidades Sindicais no Estado do Espírito Santo celebrados com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo, nos anos de 2010 e 2012, e com o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio, Conservação, Limpeza Pública e Serviços Similares do Estado do Espírito Santo, em 2013, proíbem discriminação em razão de “gênero, de etnia, de

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16 orientação sexual, de idade, de estado civil, identidade de gênero, de religião, de ter ou não filhos, de qualquer outra forma de discriminação” e de “sexo e identidade de gênero, origem, raça, etnia, orientação sexual, geracional, deficiência física, número de filho (as) [sic] e estado civil.”, respectivamente. Além do reconhecimento do direito constitucional à não discriminação, é necessário que os ambientes profissionais estejam preparados para acolher todos os trabalhadores e trabalhadoras, em geral, e aqueles(as) que apresentam ambiguidade de gênero, em particular. O uso do nome social, isto é, aquele escolhido pelo trabalhador(a) de acordo com sua autopercepção de gênero, independentemente de suas características somáticas, e a utilização de instalações sanitárias destinadas a tal gênero, são alguns exemplos de boas práticas no acolhimento a essa população. Mas, principalmente, é preciso enfrentar o problema de acesso ao mercado de trabalho formal por pessoas que apresentam ambiguidade de gênero. Sobre isso, se sabe muito pouco. O censo demográfico brasileiro, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), não capta o número de transgêneros e intersexuais vivendo no Brasil, sua faixa de renda, escolaridade etc. É presumível que essas pessoas tenham se “encaixado” nas categorias masculino ou feminino disponíveis no questionário. As pesquisas de emprego e desemprego, notadamente as realizadas pelo IBGE e pelo DIEESE, não buscam identificar quantos desses cidadãos e cidadãs estão em idade economicamente ativa e como

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17 estão atuando no mercado de trabalho. Os números disponíveis são controversos e será preciso algum esforço para se obter uma estimativa da quantidade de pessoas que apresentam ambiguidade de gênero, isto é, aquelas que são potencialmente prejudicadas pelo preconceito motivado por identidade de gênero, principal objeto deste estudo. Para tanto, serão necessárias algumas definições. Pessoas transgêneras são aquelas cuja autopercepção de gênero5 é discordante do gênero correlacionado ao seu sexo biológico. Essa autopercepção pode revelar-se através de elementos expressivos, como é o caso das travestis e crossdressers, e/ou identitários, como no caso das/dos transexuais6. Pessoas intersexuais7 possuem ambiguidade anatômica congênita que não permite que sejam associadas totalmente a um gênero. Tanto pessoas transgêneras como intersexuais quase sempre apresentam sinais exteriores que em parte conflitam com o gênero 5

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Não será possível discutir a grande produção acadêmica sobre gênero no escopo deste trabalho. Entretanto, neste contexto, o termo se refere à adequação social baseada no sexo biológico, conforme descrita pelo sistema sexo/gênero de Gayle Rubin: “o sistema sexo/gênero é um conjunto de arranjos através dos quais uma sociedade transforma a sexualidade biológica em produtos da atividade humana, e na qual estas necessidades sexuais transformadas são satisfeitas” (RUBIN apud SENKEVICS, 2012). Para informações complementares, consulte a Associação Brasileira de Homens Trans. Disponível em: . Acesso em: 11 jun. 2014. Para mais informações, consulte Intersex Society of North America. Disponível em: . Acesso em: 9 jun. 2014.

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18 masculino, em parte com o feminino. (CAPUTO, 2014) A prevalência de mulheres transexuais, isto é, que se percebem mulheres em discordância do seu sexo biológico, é da ordem de 1:500 e a de homens transexuais é cerca da terça parte, ou seja, 1:1500 (CONWAY, 20028). A intersexualidade pode ser caracterizada de inúmeras formas, no entanto a prevalência sugerida pela Intersex Society of North America vai de 1:1500 a 1:2000. Não foi possível encontrar estimativa sobre a prevalência de travestis e se considerará a mesma das mulheres transexuais. Até aqui, mesmo sem considerar a quantidade expressiva de homens efeminados e mulheres masculinizadas, o número de pessoas apresentando ambiguidade de gênero contínua 9, no Brasil, já passa de um milhão. As políticas públicas destinadas a suprir as necessidades educacionais e a inserção no mundo do trabalho dessa população são raras e atendem uma ínfima parte das pessoas que delas necessitam. A prefeitura da cidade de São Paulo, através do Projeto Inserção Social Transcidadania 10, atendeu 23 pessoas de abril a dezembro de 2014. O Projeto DAMAS11, da cidade do Rio de Janeiro, atende 20 usuárias a cada seis meses. 8 9

10 11

Disponível em: . Acesso em: 22 dez. 2014. Foram desconsiderados os casos de pessoas que se vestem/comportam em discordância do seu sexo biológico apenas eventualmente porque essas pessoas não necessariamente apresentam ambiguidade de gênero no ambiente profissional. Disponível em: . Acesso em: 24 dez. 2014. Disponível em: . Acesso em: 24 dez. 2014.

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19 A história de Bruna, a exemplo de tantas outras, e os elementos apresentados até aqui, caracterizam a resistência que a sociedade tem em lidar com esse segmento populacional que, de certo, repercute nos processos de contratação e progressão profissional. Como essa resistência se manifesta? O que a justifica? Essas são algumas questões que serão discutidas neste trabalho a partir da situação apresentada a seguir. No dia 4 de janeiro de 2014, Bruna foi com algumas amigas ao Shopping Center 3, na Avenida Paulista, em São Paulo, e precisou ir ao banheiro. Para ela isso não é algo simples, pois sua aparência e trajes femininos causam grande constrangimento. Elas entraram no banheiro feminino e se dirigiram aos reservados. Pouco tempo depois, foram expulsas do banheiro pelos seguranças que as encaminharam para a saída. Dessa vez, Bruna resolveu falar. Convocou, por uma rede social, uma manifestação de repúdio nesse shopping. A manifestação ocorreu no dia onze do mesmo mês. O ato repercutiu na imprensa e o site G1 12 recebeu uma quantidade de comentários de internautas muito acima do usual. Foram mais de 800 comentários em apenas três dias. Tais comentários foram coletados e serão analisados à luz da teoria da Análise do Discurso como forma de ilustrar o preconceito por identidade de gênero em ação na sociedade brasileira.

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Disponível em: . Acesso em: 24 dez. 2014.

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Capítulo 1 Uma introdução ao preconceito O que nóis faiz, que é o certo, eles acha que é errado. O que eles faiz, nóis acha que é errado, mais eles acha que é certo. (anônimo, 2014).

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trecho acima reproduz a fala que ouvi de um transeunte, de aproximadamente 45 anos, às pessoas que o acompanhavam (provavelmente esposa e filhos) ao avistarem um casal de homens andando de mãos dadas na Avenida Paulista, em São Paulo, no dia 1º de janeiro de 2014, às 15h. A intenção daquele senhor, claramente, era a de tentar explicar o que eles haviam visto e sua fala não parecia censurar o comportamento dos rapazes. Ao contrário, o senhor pareceu querer mostrar que aceitava facilmente a relação do casal observado e tentava cultivar nos que o ouviam valores antidiscriminatórios. Por ora, não importa o objeto analisado por ele, ou seja, a relação entre a moral sexual planejada para as pessoas que o acompanhavam e a hipotética moral sexual dos rapazes. Poder-se-ia estar tratando de diferentes escolhas religiosas, por exemplo, e mesmo assim o trecho referido seria útil para observar o tema do preconceito. Isso porque, conforme o

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21 prof. Crochík, uma das características do preconceito é que ele, em parte, independe do objeto. Ao considerar vários objetos, podem mudar as formas de manifestar o preconceito, uma vez que as características atribuídas a cada objeto mobilizam diferentes afetos do sujeito, mas há algo comum que enseja essas manifestações e é característica do indivíduo preconceituoso: [...] o indivíduo preconceituoso tende a desenvolver preconceitos em relação a diversos objetos – ao judeu, ao negro, ao homossexual etc. […] Assim, o preconceito ao mesmo tempo em que diz respeito mais do preconceituoso do que do alvo do preconceito, não é totalmente independente desse último [...] (CROCHÍK, 2011a).

A fala citada será útil porque é espontânea. Quando se tenta entender o preconceito a partir de uma manifestação verbal, a espontaneidade é um bem valioso, pois nem sempre ela é tão desvelada quanto a discriminação, isto é, uma ação concreta contra a vítima como: recusar atendimento, impedir acesso a bens e serviços, recusar matrícula em instituições de ensino etc. O prof. Florestan Fernandes (1972), ao analisar o racismo no Brasil afirmou: “o brasileiro tem preconceito de ter preconceito”. De fato, o senso comum parece depreciar o preconceito e desqualificar o preconceituoso mundo afora. Se o transeunte estivesse se dirigindo a mim e soubesse de meu interesse no tema, possivelmente teria se manifestado de forma diferente. A frase também é sutil porque, se analisada superficialmente, a ideia de um certo equilíbrio entre os pontos de vista de quem observa (sujeito) e dos observados (objeto), que ela contém, poderia dar a

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22 impressão de tratar-se de uma opinião livre de preconceitos. Ao dizer que uns acham errado o comportamento dos rapazes enquanto outros acham correto, o locutor parece admitir que as duas visões são igualmente aceitáveis e, com isso, imprime um tom conciliador ao discurso. Afinal, garantir as liberdades individuais é condição relevante para legitimar argumentos na sociedade brasileira. É comum que discursos com conteúdo preconceituoso tentem desvencilhar-se dessa condição (VAN DIJK, 2008) com frases como: “eu não tenho nada contra”, “cada um sabe de si”, “não se pode julgar ninguém”, “eu tenho amigos assim” etc., que quase sempre são seguidas por uma conjunção adversativa que antecede a ideia nuclear sobre o objeto observado. Assim, o locutor tenta adquirir um salvo-conduto para expressar sua opinião preconceituosa. Nosso locutor não deixa dúvida de que a sua moral sexual é a única lícita e, ao dizer “nóis”, diz também que ela deve ser aceita por todos de seu grupo. A vivência daqueles ouvintes foi assim descrita por Crochík: a criança pode, de fato, perceber que o outro é diferente dela, sem que isso impeça o seu relacionamento com ele. Essa percepção, contudo, é dificultada, pois é sob a forma de ameaça que o preconceito é introjetado 13. Incorporamos as representações dos objetos, aos quais devemos reagir preconceituosamente, por meio de nossas relações com as 13

“Cf. Horkheimer e Adorno (1971), o ensaio 'Sobre os preconceitos'”. A obra à qual o prof. Crochík se refere, está assim descrita na bibliografia da obra citada: “Horkheimer, M. e Adorno, T.W. (1971). Sociologica. Trad. Víctor Sánchez de Zavala. 2a.ed.Madrid: Taurus Ediciones.”.

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23 pessoas das quais dependemos, e as incorporamos por medo do que aconteceria se assim não o fizéssemos. (CROCHÍK, 2011a, p. 17).

E continua, citando Freud14: “o supereu - a consciência moral que adquirimos por identificação com nossos pais - é constituído para que não percamos o amor deles ou daqueles que amamos.” (CROCHÍK, 2011a). Nesse processo a criança consolida conceitos que, supostamente, devem valer para todos. Reformular tais conceitos, na idade adulta, requer a capacidade de criticá-los e negá-los, mesmo que parcialmente. Dessa forma, o prof. Crochík nos dá elementos para analisar a experiência daquelas crianças frente à relação dos adultos com elas e dos adultos com aqueles diferentes delas. Uma criança branca ouvindo um comentário de seu pai, também branco, sobre pessoas negras; uma criança rica ouvindo comentários de sua mãe, também rica, sobre pessoas pobres; uma criança de família cristã ouvindo os comentários de sua professora, também cristã, sobre crianças não-cristãs, são alguns exemplos. É muito importante, entretanto, não esquecer que os outros (observados pelo adulto) podem ser iguais às crianças que o ouvem. Esta situação ocorre frequentemente com as crianças e adolescentes homossexuais e transgêneros. O despertar para o desejo sexual, assim como a 14

“Cf. Freud (1986), capítulo VII”. A obra à qual o prof. Crochík se refere, está assim descrita na bibliografia da obra citada: “Freud, S. (1986). El malestar em la cultura. In: Braunstein, N. A. A medio siglo de el malestar em la cultura de Sigmund Freud. 4a.ed. México: Siglo Veintiuno Editores, p. 22-116.”.

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24 autopercepção de gênero, são fenômenos subjetivos que, em muitos casos, podem ser mantidos em segredo. O adulto pode estar falando preconceituosamente sobre homossexuais para um homossexual, sem sabê-lo, porque este mantém segredo sobre seu desejo sexual, e também, o ouvinte homossexual pode manter segredo sobre seu desejo porque ouve o adulto falando preconceituosamente sobre homossexuais. Outras vezes ainda, o discurso preconceituoso sobre a homossexualidade é intencional, como forma de tentar mudar a sexualidade do ouvinte ou de prevenir que ele se torne homossexual. Como a homossexualidade do ouvinte não imuniza contra a introjeção do preconceito, isto é, não impede que se interiorize uma visão depreciativa da homossexualidade, é provável que ele desenvolva um sentimento de autorrejeição e a necessidade de repressão com graves consequências. Como exemplo, cito um trecho de um depoimento real, realizado em 1984, em Walnut Creek (E.U.A.), pela Sra. Mary Griffith. Esta senhora presbiteriana foi a mãe de Bobby, que suicidou-se aos 20 anos por não aguentar a pressão da família sobre a sua homossexualidade15: 15

Essa história está contada no livro “Prayers for Bobby: A Mother's Coming to Terms with the Suicide of Her Gay Son”, de autoria de Leroy F. Aarons, publicado nos E.U.A., pela Harper Collins, em 1996; e no filme “Prayers for Bobby”, do diretor Russell Mulcahy, lançado em 2009. O depoimento está em ambos. Estudo promovido pela American Foundation for Suicide Prevention (2011), entre outros, atesta que: “Studies in the United States and abroad provide strong evidence of elevated rates of reported suicide attempts among lesbian, gay and bisexual individuals.”. Disponível em: . Acesso em: 31 mar. 2014.

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25 [...] Eu não sabia que, cada vez que eu repetia condenação eterna aos gays... cada vez que eu me referia ao Bobby como doente e pervertido e perigoso às nossas crianças... sua auto-estima [sic] e seu valor próprio estavam sendo destruídos. E finalmente seu espírito se quebrou alem [sic] de qualquer conserto. Não era desejo de Deus que o Bobby debruçasse sobre o corrimão de um viaduto e pulasse diretamente no caminho de um caminhão de dezoito rodas que o matou instantaneamente. A morte do Bobby foi resultado direto da ignorância e do medo de seus pais quanto à palavra “gay”. Ele queria ser escritor. Suas esperanças e seus sonhos não deveriam ser tomados dele, mas se foram. Há crianças como Bobby presentes nas suas reuniões. Sem que vocês saibam, elas estarão ouvindo enquanto vocês ecoam ‘amém’. E isso logo silenciará as preces delas. Suas preces para Deus por entendimento e aceitação e pelo amor de vocês. Mas o seu ódio e medo e ignorância da palavra ‘gay’ silenciarão essas preces. Então... Antes de ecoar ‘Amém’ na sua casa e no lugar de adoração, pensem. Pensem e lembrem-se. Uma criança está ouvindo. (PRAYERS FOR BOBBY, 2009, 01:20:56).

É justamente nessa oposição “nós-eles” que está um elemento comum a todo discurso preconceituoso, já que o preconceito pode ser descrito como um dispositivo para marcar uma diferença entre o sujeito (agente do preconceito) e o objeto (sua vítima). É possível afirmar que o outro, que na fala citada está expresso pelo pronome “eles”, é sempre vítima pois tal discurso estabelece uma relação que necessariamente diminui o objeto, embora, às vezes, de forma dissimulada. Tomemos a associação banal que se faz entre o homem negro e o tamanho do

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26 pênis. Seria possível imaginar que tal associação fosse considerada elogiosa pelos homens negros. Entretanto, após perguntar a vários homens negros o que eles pensam da seguinte frase: “homens negros têm pênis grandes”, todos relataram desagradar-se com essa afirmação. No Seminário Feminismos e Masculinidades: percursos, propostas e desafios para a equidade de gênero16, o prof. Deivison Nkosi17 deixou claro que afirmações como essa demonstram grande preconceito. Segundo ele, o racismo entende que o homem branco está destinado à educação e ao comando da sociedade, enquanto os negros ao trabalho braçal. Por isso, a sexualização da raça negra está ligada à herança escravocrata, aos “serviços sexuais” prestados aos senhorios e à reprodução de mão de obra. Homens e mulheres negros estariam menos aptos a atividades intelectuais, aproximando-se de simples animais destinados aos trabalhos que envolvem força física. De todo modo, seja qual for o estereótipo utilizado no raciocínio preconceituoso, ele afasta o objeto de sua individualidade, isto é, nega a cada componente do outro a possibilidade de ser conforme si próprio, para reduzi-lo à ideia generalizante pré-concebida pelo sujeito, o que, por si só, constitui uma depreciação do objeto. O preconceito estabelece um juízo sobre o objeto mas não o “ouve”. Ao contrário, o discurso preconceituoso afirma características do objeto apenas a partir dos conceitos prévios 16

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Realizado dias 1 e 2 de outubro de 2013, na Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Sociólogo, professor da Universidade Federal de São Carlos, especializado em Relações Raciais e Racismo.

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27 (pré-conceitos) do sujeito. Tais conceitos existiam antes e permanecem inalterados, ou quase inalterados, após a experiência com o objeto, o que demonstra o caráter conservador do preconceito. No sentido oposto, quando o repertório do sujeito é utilizado para estabelecer associações com o que emana do objeto, surgem novos conceitos. Os pré-conceitos, assim, quando relacionados dialeticamente com o objeto, são indispensáveis ao processo de construção de novos conhecimentos, mas também podem ser usados para impedi-lo. É a forma como os pré-conceitos são utilizados que determina uma relação dinâmica e profícua ou estagnada e estéril com o objeto. O preconceito é, portanto, um juízo 18 em que o repertório (pré-conceitos) do sujeito dificulta a ressignificação do objeto. Na experiência com o objeto, fatores objetivos e subjetivos imprimem resistência à alteração da percepção do objeto, mantendo-o dentro dos limites pré-estabelecidos. O prof. Crochík defende que um desses fatores é uma fragilidade individual que faz com que o preconceituoso, diante de um mundo que lhe parece ameaçador, procure a autoconservação: “Numa cultura que privilegia a força, o preconceito prepara a 18

Vários idiomas utilizam palavras que denotam o preconceito como um “pré-juízo”. Préjugé, em francês, prejuicio, em espanhol, pregiudizio, em italiano e prejudice, em inglês. Em português, a etimologia do verbo prejudicar define que ele vem do Latim PRAEJUDICARE, emitir juízo antecipadamente, de PRAE-, “antes”, mais JUDICIUM, julgamento, de JUDEX, “juiz”. Disponível em: . Acesso em: 25 jan. 2014.

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28 ação da exclusão do mais frágil por aqueles que não podem viver a própria fragilidade.” (CROCHÍK, 2011a, p. 27). De fato. Nossa história é tão repleta de escravos, plebeus, vassalos, súditos e proletários, que o menosprezo de uns pelos outros parece essencial ao homem.

Alguns fatores subjetivos O preconceito é uma peculiaridade complexa da espécie humana e, como tal, sua investigação exige uma abordagem multidisciplinar. Na década de 1920, nos Estados Unidos, por conta do conflito racial, iniciaram-se estudos tentando entender os componentes psicológicos envolvidos no preconceito. Após a segunda guerra mundial, também nos Estados Unidos, pelo menos dois estudos (ADORNO, 1950; JAHODA; ACKERMAN, 1969) tentaram compreender a predisposição dos norte-americanos ao antissemitismo e à ideologia fascista. Ao discuti-los, entre outros estudos, o prof. Crochík pôde identificar alguns mecanismos internos de atuação do sujeito na composição do preconceito. Segundo ele, a formação da identidade se dá pela consciência da diferenciação entre o exterior e si mesmo, mas também pelo reconhecimento de valores morais introjetados. Em consonância com Freud, a cultura se forma por meio da renúncia aos desejos individuais. Nesse sentido, a parte consciente do eu representa também a cultura introjetada, mas que para se constituir é obrigada a exercer pressão sobre tudo aquilo que não pode ser manifestado ou

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29 exercido na cultura. A socialização, ou a educação, tem como tarefa a domesticação das pulsões. (CROCHÍK, 2011a).

O processo de socialização, portanto, compreende uma luta para acomodar desejos e cultura que, conforme o professor, propicia o menosprezo ao diferente, tido como fraco, como forma de valorizar os sacrifícios vividos pelo indivíduo. Certa vez, conversando com um colega, consegui entender o que o incomodava ao observar o comportamento de certos homens efeminados. “O problema é aquela 'vozinha'. Precisa falar daquele jeito? Pô, se o cara é homem tem que falar como homem.”, disse ele. É muito provável que em sua infância, assim como os demais garotos, ele também tenha tido aquela “vozinha”, isto é, um jeito de falar delicado, mais próximo do feminino. Seu processo de socialização, como o de quase todos os meninos, deve ter incluído um esforço para “falar como homem” que, no entanto, resultou diferente daqueles dos homens por ele observados. Ele não considerou que o “sucesso” que alcançou em “falar como homem” não ocorre com todos os meninos. Talvez ele não tenha sido capaz de pensar nisso, ou não tenha desejado fazê-lo, ou talvez não o tenha feito por não ver necessidade, uma vez que, quanto a esse aspecto da masculinidade hegemônica, encontra-se entre os “normais”. De todo modo, não admitir a viabilidade de diferentes resultados, ou atribuí-los a diferentes empenhos/capacidades dos indivíduos, denota uma personalidade autoritária. Marcar essa diferença reputando o objeto como

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30 inferior, frágil, fracassado é, de fato, uma tentativa de autovalorização por contraste, que demonstra, opostamente, uma fragilidade do sujeito. É possível, também, que o sujeito observe soluções mais amenas alcançadas pelos objetos no embate entre os desejos e a cultura. Como tais soluções não lhe foram possíveis devido à sua rigidez, esse tipo de constatação pode levar a um misto de admiração e inveja que resulta na necessidade de esconder sua frustração e menosprezar o objeto. Adorno e Horkheimer, tratando do preconceito e da personalidade autoritária, fazem as seguintes considerações: O pensamento e a sensibilidade dessas pessoas estão orientados hierarquicamente, submetem-se à autoridade moral idealizada do grupo a que julgam pertencer – o “in-group” - e estão continuamente alertas para condenar, sob os mais diversos pretextos, os que se encontram fora do grupo ou aqueles a quem se considera inferiores. […] para que se sintam alguém, essas pessoas têm necessidade de se identificar com a ordem estabelecida […] Esses tipos proíbem toda e qualquer reflexão, porque esta poderia por em risco a sua falsa segurança, e desprezam as faculdades especificamente subjetivas, a mobilidade intelectual, a imaginação e a fantasia. Aos seus olhos, de fato, o mundo está construído em branco e preto […] Há nessas pessoas um desejo inconsciente de destruição, até delas próprias. Mas o caráter totalitário não se atreve a confessar esse desejo de destruição e, por isso, projeta-o sobre o inimigo, escolhido ou inventado para esse fim […] e o caráter “decadente” das vítimas escolhidas intervém sempre como argumento dos carrascos totalitários de qualquer espécie, para justificar a eliminação daquelas. (ADORNO; HORKHEIMER, 1978, p. 178).

Os

estudos

sobre

o

antissemitismo,

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citados

31 anteriormente, comprovaram a hipótese de que a discriminação aos judeus se relacionava com a segregação de outros grupos e que seus agentes, de fato, não estavam em contato com judeus, mas sim, com a representação que faziam deles. Esse contato entre o sujeito e a representação do objeto, que Horkheimer e Adorno chamam de projeção, bem como o seu controle, são necessários para estabelecer a diferenciação entre sujeito e objeto. A negação de um ou de outro leva a duas diferentes maneiras de agir que resultam em preconceito. Quando o sujeito tende a anular-se, acaba por aderir a costumes e ideias vigentes, sem reflexão, em busca de aceitação social para compensar o sentimento de fragilidade: “quanto mais frágil o eu, mais o sujeito tenta compensar a fragilidade com a afirmação do grupo ao qual julga pertencer e a negação do grupo supostamente conflitante com aquele.” (CROCHÍK, 2011a). A angústia de ver o outro sendo humilhado, mesmo que suscite alguma solidariedade, fruto de uma relativa identificação, é suplantada pelo temor de estar no lugar dele e, neste caso, é necessário diferenciar-se, ocultando a própria fragilidade para dar lugar ao papel de forte, de algoz. Pessoas com tendência à autoanulação em busca de aprovação social, também são mais propensas a divertirem-se com o escárnio a grupos difamados. Um contraexemplo é o do cantor Criolo que, no programa Showlivre, veiculado na internet em fevereiro de 2014, foi ironicamente comparado ao cantor Freddie Mercury, sabidamente homossexual. Criolo, após agradecer a comparação, declarou: “Não vou rir, aí parece que é defeito o cara

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32 ser homossexual. Eu não sou homossexual e jamais vou usar como chacota esse termo.19”. Quando há a anulação do objeto, o sujeito projeta sem limites características suas, que não pode reconhecer como tais, sobre o objeto. Neste caso, o sentimento de fragilidade advém de não ter conseguido atingir os ideais do eu introjetados. Para aliviar o sentimento de culpa gerado por essa situação, que se expressa por o indivíduo não conseguir corresponder aos anseios paternos, o ímpeto destrutivo é dirigido para fora, buscando um objeto identificável com essa fragilidade e que apresente má adaptação àquilo que é socialmente exigido. (CROCHÍK, 2011a).

O prof. Crochík acrescenta que, quando essa projeção de si sobre o outro preserva as individualidades, isto é, o sujeito se reconhece diferenciado do objeto, pode advir certo grau de solidariedade. Entretanto, quando o sujeito não consegue se diferenciar do objeto, é possível que entenda que aniquilar o outro seja uma forma de destruir aquilo de seu que foi nele projetado. Esse mecanismo possivelmente está presente em grande parte dos ataques violentos a homossexuais20. O estudo dos profs. Henry E. Adams, Lester W. Wright, Jr., e Bethany A. Lohr, do Departamento de Psicologia da Universidade da Geórgia (EUA), 19

20

Disponível em . Acesso em: 3 mar. 2014. Para saber mais sobre a relação entre humor e preconceito, recomendo o documentário “O riso dos outros”, de Pedro Arantes. Disponível em: . Acesso em: 4 mar. 2014. A título de reflexão sobre esse tema, recomendo o filme American Beauty (EUA, 1999), dirigido por Sam Mendes e escrito por Alan Ball. Saiba mais em: . Acesso em: 3 mar. 2014.

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33 publicado em fevereiro de 1996, colabora com essa ideia. Sob o título “Is Homophobia Associated With Homosexual Arousal?”, ele investigou a relação entre homofobia e desejo sexual por pessoas do mesmo sexo em homens heterossexuais. Os participantes foram classificados em dois grupos: homofóbicos e não-homofóbicos e monitorados enquanto assistiam vídeos com cenas de sexo heterossexual, lésbico e gay. Entre as conclusões do estudo, destaca-se o seguinte: “Only the homophobic men showed an increase in penile erection to male homosexual stimuli. 21”. Além da dimensão psicológica, também a dimensão cognitiva do sujeito parece ter influência sobre sua tendência ao preconceito. O estudo “Bright Minds and Dark Attitudes: Lower Cognitive Ability Predicts Greater Prejudice22”, realizado em 2012 pelos profs. Gordon Hodson e Michael A. Busseri, da Universidade de Brock (Canadá), discute a associação existente entre baixa capacidade cognitiva23 e a experiência do preconceito. A hipótese, também presente em outros estudos, é a de que indivíduos com menor capacidade cognitiva fazem maior uso de modelos prontos e disponíveis, como forma de diminuir a necessidade de reflexão e aumentar sua condição de dar respostas à sociedade. No mesmo sentido, embora capacidade cognitiva não 21 22 23

Disponível em: . Acesso em: 7 mar. 2014. Disponível em: . Acesso em: 4 mar. 2014. É importante destacar que capacidade cognitiva não deve ser confundida com competência. O estudo citado define seus critérios para avaliar a habilidade cognitiva baseados em métrica científica sobre lógica formal.

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34 signifique nível de escolaridade, a pesquisa “Diversidade sexual e homofobia no Brasil”, publicada em 2011, revela que o nível de escolaridade é a variável que mais influi no preconceito à diversidade sexual. Entre as pessoas que não frequentaram a escola, havia 52% de homofóbicos e 48% de não-homofóbicos e, conforme aumentava o nível de escolaridade, o porcentual de homofóbicos diminuía constantemente enquanto o de não-homofóbicos aumentava constantemente até que, entre as pessoas que concluíram o nível superior, havia 10% de homofóbicos e 90% de não-homofóbicos (VENTURI; BOKANY, 2011)24.

24

É certo que o nível de escolaridade é uma variável que precisa ser considerada em conjunto com outras variáveis da pesquisa, mas ela indica a influência da vida escolar no combate à homofobia.

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Fonte: Pesquisa Diversidade Sexual e Homofobia no Brasil realizada pela Fundação Perseu Abramo.

Alguns fatores objetivos Um primeiro olhar sobre o preconceito geralmente leva a crer que se trata de um fenômeno meramente subjetivo, isto é, que se estrutura apenas em referências intrínsecas ao sujeito que o manifesta. Entretanto o prof. Borrillo (2010), estudando especificamente a homofobia, e o prof. Crochík, entre outros, identificam a influência da cultura como componente indispensável ao preconceito: “o indivíduo se apropria dos estereótipos e os modifica de acordo com suas necessidades; contudo, as idéias sobre o objeto do preconceito não surgem do

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36 nada, mas da própria cultura.” (CROCHÍK, 2011a, p. 14). Para ele, um estereótipo é um preconceito cultural, que se constitui por um conjunto de ideias prontas (modelo) sobre um objeto. Com ele é possível evitar a reflexão sobre o mundo social a fim de manter o status quo. Por exemplo: uma pessoa que está plenamente inserida no sistema social, ao ver uma criança usando drogas, dormindo ao relento e alimentando-se de restos, tende a lançar mão de um contexto pré-estabelecido socialmente sobre as condições de vida daquela criança de modo a diferenciá-la de seus próprios filhos. Trata-se de um estratagema que tenta falsear a realidade ao supor que a situação em que a criança se encontra a impregna de características que a tornam menos humana e, dessa forma, a criança abandonada não seria tão criança quanto a que se encontra protegida pela sociedade. A condição sub-humana atribuída ao objeto é um recurso que busca conciliar o repúdio moral ao preconceito, uma vez que ao sermos igualmente humanos deveríamos ser depositários das mesmas condições de vida, com o preconceito em si. Como membros de uma sociedade que produz e reproduz o preconceito, estamos destinados a vivenciá-lo, como agentes e como vítimas, de alguma forma e em alguma medida, dependendo dos grupos sociais aos quais pertencemos. Allport (1979), estudando a natureza do preconceito, busca caracterizar mais especificamente a influência do meio na formação do indivíduo. Para ele: “[...] one of frequent sources, perhaps the most frequent source, of prejudice lies in the needs and habits

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37 that reflect the influence of in-group memberships upon the development of individual personality.”. (ALLPORT, 1979, p. 41). O professor define in-group como um agrupamento social em que o pronome nós (we) tem um sentido compartilhado por todos os seus membros. Família, turma do colégio, sexo, país, grupo religioso, etnia e a própria espécie humana, são alguns exemplos. A existência de grupos nos quais nos inserimos, segundo ele, é essencial ao homem, uma vez que não foi necessário cultivar uma consciência de pertencimento para que o fizéssemos, e se justifica porque o que é familiar provê a base e o reforço indispensáveis à nossa existência. Da importância desses grupos em nossa constituição e manutenção, decorre a inclinação a defendê-los. Não é à toa que o mesmo modelo que colabora para naturalizar o abandono da criança pobre promove uma comoção nacional no caso do mendigo “gato” de Curitiba. No dia 17 de outubro de 2012, uma foto de um rapaz branco, de olhos azuis, alto, Autor desconhecido. muito bonito, que mendigava nas ruas de Curitiba – Paraná, foi postada em uma rede social por uma passante indignada com a situação do rapaz.

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38 No dia seguinte, após dezenas de milhares de visualizações, a história de Rafael Nunes foi contada em rede nacional por toda a grande mídia do país. O jovem passou por tratamento para curar sua adicção por drogas e foi reinserido na sociedade 25. Felizmente. É interessante notar que a situação de Rafael sensibilizou inclusive os desafortunados que vivem permanentemente na situação em que ele se encontrava. Os sem-teto, pobres, feios, sujos e miseráveis, apesar de esquecidos, também não se conformaram com a exclusão social a que ele estava submetido. Allport trata dessa tendência a assimilar características de grupos aos quais se gostaria de pertencer (reference groups). Quando se trata de distância social, frequentemente o reference group é também o da maioria (não necessariamente numérica) dominante. É preciso lembrar que essa “maioria” dominante está presente na política, na religião, na imprensa, na escola, nas empresas etc., cuidando de repercutir e perpetuar os valores e visão de mundo que sustentam sua posição no modelo societário vigente. Alguns exemplos são os grupos compostos por pessoas: brancas, do sexo masculino, atraentes, heterossexuais, ricas, intelectuais etc. Sendo assim, tanto o in-group, ao qual nem sempre se deseja pertencer, quanto o reference-group são importantes para a formação das atitudes (ALLPORT, 1979). Isto ajuda a entender as atitudes homofóbicas de alguns homossexuais, assim como outras manifestações de preconceito intragrupais. 25

Para saber mais acesse: . Acesso em: 1º abr. 2014.

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39 Lançar mão de modelos para atuar na sociedade tem sido prática cada vez mais recorrente porque com menos esforço intelectual se produzem respostas mais rápidas. As sociedades livres da atualidade dispõem a seus integrantes uma fabulosa quantidade de informações mas, inclusive por isso, diminuem a possibilidade de reflexão. O homem exemplar atual deve ter opiniões sobre muitos assuntos, pois não tê-las tornou-se quase uma falha de caráter. Também é preciso defendê-las como a si mesmo. A eficiência do homem passou a ser medida pela sua capacidade de associar-se a ideias pré-concebidas, geralmente de forma simplória envolvendo padrões binários como: bom ou mal, a favor ou contra, desprovidas de qualquer profundidade. Além disso, numa era dominada pelas ciências econômicas, o valor de uma pessoa se confunde com o que ela é capaz de produzir. Sem muito tempo para dúvidas, os processos educacionais aderiram à lógica do custo/benefício e, em muitos casos, tornaram-se meros trajetos para o mundo do trabalho. Em resumo: o que passa a estar em jogo é menos a verdade daquilo que se discute [e mais sua aceitação][...]aprendemos a desenvolver um tipo de pensamento que exclui a reflexão sobre outras possibilidades de vida, o que o torna re-acionário [sic] (CROCHÍK, 2011a, grifo do autor).

Assim, com a ajuda do mundo virtual, vamos criando realidades virtuais compostas de alguma verdade e muitas imprecisões/manipulações. O prognóstico não é bom. A insatisfação social propicia

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40 a ideia de que antes era melhor e que é preciso preservar algo que se está perdendo, mesmo sem saber o quê. Com a adesão irrefletida das massas a modelos conservacionistas, em particular quando estes professam uma ameaça à ordem social, pode-se criar grandes tragédias. Assim foi com o nazismo e assim está sendo em vários países do mundo com respeito à homossexualidade/transgeneridade. Essas tragédias baseiam-se em calúnias evidentes, como no caso da Rússia, que proíbe discussão pública sobre a homossexualidade sob a alegação de que ela pode destruir a família e influenciar crianças a se tornarem homossexuais, ou de Uganda, em que pastores neopentecostais projetam filmes em que homens praticam coprofilia, reputando-a como prática amplamente disseminada entre os homossexuais.

Cena do documentário "O Evangelho da Intolerância" realizado pelo New York Times, em janeiro de 2013. Disponível em: . Acesso em: mar. 2014.

Lamentavelmente, assim como na Alemanha hitlerista,

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41 tais calúnias resultam suficientes, já que os elementos da campanha nazista e da campanha de difamação e injúria a homossexuais e pessoas que apresentam ambiguidade de gênero são os mesmos. Ambas teceram uma argumentação superficial que é repetida continuamente e com grande intensidade. Elas elegeram inimigos que devem ser combatidos pelo bem de uma sociedade ameaçada. O prof. Crochík, recorrendo a Freud, esclarece essa estratégia política de exclusão: [...] somente com um inimigo comum, um grupo se une estabelecendo suas identificações. Um alvo em comum pode canalizar a hostilidade de vários indivíduos que se identificam entre si justamente por esta hostilidade. (FREUD apud CROCHÍK, 2011b, p. 35).

Ambas incitam a extinção, social e/ou física, de seus inimigos.

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Capítulo 2 Estigma, sexo e ambiguidade de gênero Na relação do indivíduo com o corpo, o seu e o de outrem, a irracionalidade e a injustiça da dominação reaparecem como crueldade, que está tão afastada de uma relação compreensiva e de uma reflexão feliz, quanto a dominação relativamente à liberdade. (ADORNO; HORKHEIMER, 1947).

P

ara compreender a base de sustentação de um preconceito numa sociedade ou cultura, como aquele motivado por identidade de gênero, é preciso conhecer o conceito de estereotipia. É com ela que se manipulam estigmas sociais, em benefício ou prejuízo de uns e de outros. Nas palavras do prof. Goffman: “A manipulação do estigma é uma ramificação de algo básico na sociedade, ou seja, a estereotipia ou o 'perfil' de nossas expectativas normativas em relação à conduta e ao caráter” (GOFFMAN, 2004, p. 46). Ao preconizar tais expectativas normativas, as sociedades por intermédio de suas instituições, asseguram espaço social aos indivíduos considerados normais e circunscrevem os “anormais” a grupos específicos. Com isso, tem-se a impressão de que cabe exclusivamente a esses grupos a responsabilidade pelo lugar desfavorecido que seus integrantes

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43 ocupam na sociedade. Como, neste estudo, a conduta e o caráter referidos no conceito de estereotipia são, necessariamente, de ordem sexual, vale perguntar por que o sexo – algo que nas sociedades contemporâneas se manifesta ordinariamente na esfera íntima e privada – é objeto de minuciosa prescrição moral? Uma rápida investigação sobre essa questão deixa claro que o direito ao próprio corpo, ao prazer sexual, assim como ao amor, não são considerados como intrínsecos à condição humana, mas sim conformados a interesses sociais não pacificados e, consequentemente, variam de acordo com as sociedades e evoluem/involuem em consonância com a correlação de forças em busca de poder. Mesmo no âmbito privado, muitas vezes as relações sexuais se constituem também como relações de poder, em que há um parceiro dominante, que se mostra mais propenso a receber prazer, e um parceiro predominantemente servil, que se mostra mais disposto a proporcionar prazer. Numa concepção machista, o papel dominante está associado à virilidade. Mas, no sexo pago, esse papel está associado ao(à) contratante, portanto a qualquer um que possa pagar por ele, mesmo que seja uma mulher ou um homem acentuadamente efeminado. Contudo, neste estudo, investigar qual seria a função do sexo na vida humana, formas de praticá-lo ou mesmo se ele teria alguma finalidade ideal, torna-se menos importante do que revelar a cooptação que essas questões sofrem para sustentar a ideologia dominante em um dado contexto histórico-social. Durante o Período Neolítico

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44 (até o surgimento da escrita), o homem observando seus rebanhos e a si mesmo consegue compreender a relação entre a atividade sexual e a procriação e, a partir de então, passa a se considerar proprietário da mulher e da prole. Os bens não deveriam mais ser partilhados com os descendentes de outros homens e o sexo começava a perder seu caráter espontâneo de simples satisfação de um desejo físico. A mulher tornou-se “mercadoria” e passou a ter sua sexualidade controlada pelo homem. Estavam lançadas as bases do sistema patriarcal que estrutura quase todas as sociedades desde então. Tal sistema determina claramente o que é masculino e o que é feminino e subordina todos - homens e mulheres – a esses dois conceitos (LINS, 2013, p. 24). Para subsistir, o patriarcado adota estratégias distintas para os processos de socialização de homens e mulheres. Nas meninas se estimula o recato, o zelo e a passividade, além de dirigir sua função sexual apenas à procriação. Nos meninos, ao contrário, se estimula a coragem, a força, a liderança e até certa rebeldia, de forma a mantê-lo tão afastado quanto possível da delicadeza, da sensibilidade e do feminino. Foucault (2014, p. 62), a partir de prescrições de filósofos da antiguidade, concluiu que a necessidade de um código moral ligado ao sexo não se devia à ideia de que a atividade sexual, inclusive entre pessoas de mesmo sexo, fosse um mal em si, mas sim porque ela seria dotada de uma força, de uma energia, “por si mesma levada ao excesso”. Ainda na antiguidade, entre os hebreus, um amplo código sanitário e comportamental condenava o onanismo e o sexo não procriativo

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45 (incestuoso, bestial ou estéril), de acordo com as necessidades de organizar a vida comum e ampliar a população. A ideia da homossexualidade como um pecado, entendido como um desrespeito a um preceito divino, só foi possível a partir da concepção de uma perfeição total, que propicia autoridade absoluta e indiscutível a um deus único e para todos. Na visão politeísta, majoritária à época, a homossexualidade está presente entre os deuses e os homens26 de forma banal e, talvez por isso, a consolidação da homossexualidade como um mal punível até no post mortem, levou vários séculos para se tornar hegemônica. O cristianismo “humilhou ainda mais a carne como fonte de todo mal” (ADORNO; HORKHEIMER, 1947) e focou o “comportamento sexual como a raiz da virtude” (SONTAG apud RUBIN, 19--, p. 13), restringindo-o à sua função procriativa, praticado com uma única pessoa por toda a vida e somente após a benção de Deus. A ideologia cristã promove uma espécie de sublevação da dor e do sofrimento, possivelmente apoiada no 26

A diferença entre a posição do homem e da mulher nas sociedades antigas não permite acreditar que as relações erótico-afetivas entre mulheres e entre homens tenham o mesmo papel para entendermos o significado da homossexualidade naquelas culturas. De fato, mesmo hoje em dia, as sociedades têm visões muito diferentes sobre a homossexualidade de homens e de mulheres. Enquanto relações sexuais entre mulheres são consideradas crime em 6 países (no Irã com pena de morte), as relações entre homens são punidas criminalmente em 78 países, sendo que no Irã, na Nigéria, na Mauritânia, na Somália, no Sudão e na Arábia Saudita com a morte. Disponível em: . Acesso em: jan. 2015.

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46 martírio e sacrifício de Jesus, que leva a “uma certa 'elisão' do prazer (desvalorização moral através da injunção dada na pastoral cristã a não buscar a volúpia como fim da prática sexual; desvalorização teórica que se traduz pela extrema dificuldade em dar lugar ao prazer na concepção da sexualidade)” (FOUCAULT, 2014). A conformidade de interesses entre igreja cristã e Estado, reconhecida pela adoção do cristianismo como religião oficial de Roma no século III D.c., deu aos pecados sexuais o status de crime27, sendo que a sodomia chegou a ser equiparada aos crimes de lesa-majestade (MOTT, 2010, p. 163). Não por acaso, à medida que a moral sexual cristã se tornava mais rígida, mais frequentes e cruéis se tornavam os castigos dos crimes sexuais. Lembremos que na Idade Média tais crimes eram julgados por pessoas que impunham a si mesmas rígida conduta. Um castigo exemplar, além de destacar as virtudes dos que o aplicavam, a pretexto de purificação, aniquilava aqueles que se permitiam o pecado do prazer. O avanço das ciências médicas, no século XIX, formulou um novo discurso para invalidar a prática do sexo por prazer, concebendo-o como nocivo tanto ao corpo quanto à mente: Pode ser, muito bem, que a intervenção da Igreja na sexualidade conjugal e sua repulsa às “fraudes” contra a procriação tenham perdido, nos últimos 200 anos, muito de sua insistência. Entretanto, a medicina penetrou com grande aparato nos prazeres do casal: inventou toda uma patologia orgânica, funcional ou mental, originada nas 27

A primeira lei contra homossexuais foi promulgada em 342 D.c. pelo imperador Constâncio II. (BORRILO, 2010).

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47 práticas sexuais “incompletas”; classificou com desvelo todas as formas de prazeres anexos; integrou-os ao “desenvolvimento” e às “perturbações” do instinto; empreendeu a gestão de todos eles.” (FOUCAULT, 1988).

Foucault (1988), em sua História da Sexualidade, descreve detalhadamente o processo em que, a partir da confissão como prática superestimulada, a ciência criou modelos do que seria sexo saudável ou patológico, e os impôs aos próprios confessantes, atribuindo-lhes identidades criadas para esse fim. Assim, em 1869, a palavra “homossexual” apareceu na literatura médica pela primeira vez. Já Rubin (19--), enfrenta a questão a partir de um ângulo sociopolítico. A antropóloga entende a sexualidade como um produto da atividade humana no qual o estado intervém num nível que não seria tolerado em nenhuma outra área da vida social. Ela concebeu a moral sexual como estruturante de uma pirâmide onde se hierarquizam valores sexuais. No topo, heterossexuais casados, monogâmicos e procriativos, seguidos pelos heterossexuais em união informal. Ao centro, pessoas solteiras seguidas por homossexuais em relação estável e de longa duração. Na base, estão os homossexuais promíscuos, mas ainda assim acima dos(das) transexuais, travestis, intersexuais, trabalhadores(as) do sexo, fetichistas, sadomasoquistas e os que transgridem as fronteiras geracionais. À medida que se percorre essa pirâmide descendentemente, vai-se perdendo respeitabilidade e suporte social. Essa hierarquização, segundo ela, é necessária

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48 para que se possa traçar uma linha imaginária separando o bom sexo do mau sexo. Com isso, utilizando-se do medo do desconhecido, os discursos religiosos, psiquiátricos, populares e políticos disseminam o pânico moral ao afirmar que a sociedade perderia os limites se a fronteira entre a ordem e o caos sexual se dissipasse. Sendo assim, os regimes políticos do passado e da atualidade, em especial os totalitários, de qualquer matriz ideológica, perseguiram/perseguem os desviantes sexuais. Rubin também propõe um modo de qualificar o sexo de acordo com o bem-estar psíquico, emocional e físico que ele pode proporcionar: Este tipo de moralidade sexual [a hegemônica] concede virtude aos grupos dominantes e relega o vício aos não privilegiados. Uma moralidade democrática deveria julgar os atos sociais pela forma através das quais um parceiro trata o outro, o nível de consideração mútua, a presença ou ausência de coerção, e a quantidade e qualidade dos prazeres que eles proporcionam. Quer os atos sexuais sejam héteros ou gays, em casal ou em grupo, nus ou com roupa íntima, comercial ou não comercial, com ou sem vídeo, não deveriam ser preocupações éticas. (RUBIN, 19--).

Não obstante as considerações feitas até aqui, vê-se que o problema do preconceito em razão de orientação sexual e/ou identidade de gênero persiste e continuará existindo por tempo indeterminado. Neste início do século XXI, o prof. Borrillo nos fala da tolerância institucional com o preconceito a homossexuais nas sociedades modernas: O homossexual sofre sozinho o ostracismo associado à sua homossexualidade, sem qualquer apoio das pessoas a

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49 sua volta e, muitas vezes, em um ambiente familiar também hostil. […] Sublinhemos, também, que a orientação sexual, por si só, é ainda evocada oficialmente como empecilho legítimo ao reconhecimento de direitos; ou, dito em outras palavras, a homossexualidade permanece como a única discriminação inscrita fortemente na ordem jurídica. Nenhuma outra “categoria” da população é excluída da fruição dos direitos fundamentais em razão da sua filiação a uma raça, religião, origem étnica, sexo ou a qualquer outra designação arbitrária. Além disso, enquanto o racismo, o antissemitismo, a misoginia e a xenofobia são fortemente condenados pelas instituições, a homofobia continua sendo considerada quase uma opinião de bom senso. (BORRILLO, 2010, p. 40).

Na atualidade, é possível testemunhar a expansão de um movimento religioso, de base neopentecostal, que parece almejar o prestígio político-social e o poder repressivo que a igreja católica teve na Europa medieval. Ele tem avançado com especial facilidade em ambientes políticos descomprometidos com os direitos humanos. Alguns de seus líderes lutam para estabelecer um modelo societário conforme sua livre interpretação de textos bíblicos. A partir de uma leitura seletiva desses textos, pregam o ideal do sexo procriativo como forma de manter sua liderança sobre grupos conservadores que os sustentam econômica e politicamente. Esses grupos querem que a moral sexual hegemônica, que os contempla, não se amplie. Eles argumentam que a humanidade acabaria se se reconhecesse a atividade sexual entre pessoas de mesmo sexo como algo normal, e que isso

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50 abriria caminho para admitir-se qualquer parafilia, ignorando que o sexo consentido entre adultos nada tem a ver com distúrbios de ordem sexual, que relações erótico-afetivas entre pessoas de mesmo sexo sempre existiram, independentemente de aceitação social, que elas não alteram as relações heteroafetivas e que nunca prejudicaram, outrossim, contribuíram para um certo equilíbrio populacional. Ocorre que relações homoafetivas, assim como heteroafetivas, implicam amor e, consequentemente, desejo de partilhar, de constituir um núcleo de convivência comum, muitas vezes com filhos. A sociedade, portanto, é demandada a garantir condições idênticas para relações homoafetivas e heteroafetivas, o que caracteriza uma afronta ao modelo conservador de família. Talvez, na intimidade, pessoas sexualmente conservadoras considerem o sexo anal como uma extravagância condenável em sua prática sexual e entendam que disto deve decorrer a condenação a essa prática por toda a sociedade. De todo modo, a estratégia expansionista desses líderes político-religiosos prescinde de melhores argumentos, uma vez que é direcionada a pessoas conservadoras que os têm como intérpretes da fé delas próprias e que, portanto, veem tais argumentos como justificativa e reforço às suas convicções subjetivas já estabelecidas. Ao tomar a condenação à homossexualidade como dogma, inviabilizam-se quaisquer argumentos em contrário. No premiado documentário “For the bible tells me so” (2007, 03:08:75)28, o reverendo Laurence C. Keene esclarece essa estratégia: 28

Disponível em: . Acesso em: 17 fev. 2015.

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51 Por muito tempo a Bíblia foi mal usada para apoiar preconceitos. O Apartheid, segregações, escravidão, subordinação das mulheres. E agora vem sendo mal usada para condenar os gays. É tudo um truque. Os cristãos fundamentalistas a usaram por séculos. E agora a estão usando de novo.

É paradoxal que tenham sido formulados e propalados, a partir do Ocidente, vários sistemas de ideias para reputar como natural apenas a atividade sexual destinada à procriação, já que a necessidade de formular e manter esses sistemas, e os decorrentes aparelhos de vigilância e repressão em diferentes esferas da sociedade – com destaque à família, à escola e às leis demonstram, justamente, que mais natural parece ser a multiplicidade de práticas aplicáveis ao sexo 29. Paradoxal e ineficiente. Ao considerar que a repressão à sexualidade é capaz de reduzir a prevalência de homossexuais, é necessário admitir que a inexistência dessa repressão tende a aumentar essa prevalência. No entanto, a desembargadora Maria Berenice Dias, em seu artigo “União homossexual: aspectos sociais e jurídicos”30, cita vários estudos científicos que comprovam que filhos de casais homossexuais, em cujo processo de socialização a 29

30

O amplo estudo intitulado Patterns of Sexual Behavior, em que se investigou o comportamento sexual em 191 culturas na Oceania, Eurásia, África, América do Norte e América do Sul em contraste com várias espécies de animais, traz como uma de suas conclusões o seguinte: “there is a 'basic mammalian capacity' for same-sex behavior” (FORD, 1951). Disponível em: . Acesso em: 17 fev. 2015.

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52 repressão à homossexualidade é nula ou incipiente, têm a mesma probabilidade de serem homossexuais que os filhos de casais heterossexuais (DIAS, 2000). A repressão social à homossexualidade tem sido eficiente, entretanto, para preservar o modelo heterossexista e excludente de sociedade e para tornar muitas pessoas infelizes. Para delimitar qual dos possíveis estereótipos ligados ao sexo e à conduta sexual atinge pessoas que apresentam ambiguidade de gênero, é preciso considerar o seguinte conjunto de normas: pessoas nascem homens ou mulheres; homens devem ter desejo sexual exclusivamente por mulheres e vice-versa 31; homens devem parecer homens e ter modos viris e mulheres devem parecer mulheres e ter modos femininos. Este conjunto de normas compõe um estereótipo que constitui o que Goffman chama de identidade social virtual. Homens e mulheres heterossexuais, em acordo com seu sexo de nascimento, apresentam uma identidade social real coincidente com essa identidade social virtual e, portanto, não são estigmatizados com base no estereótipo especificado 32, já que o estigma ocorre justamente quando há discordância entre esses tipos de identidade 31

32

Os estudos sobre pessoas que não apresentam desejo sexual (assexuais) são muito recentes. A bibliografia que trata dessa questão relacionando-a ao preconceito é incipiente. Por isso, essa categoria não foi considerada nesse conjunto de normas. É certo que pessoas heterossexuais também estão sujeitas a normas ligadas ao gênero. Por exemplo: se um homem assumir o protagonismo dos cuidados com os filhos ou uma mulher for a principal provedora da família, sem motivo de força maior, estariam rompendo normas referentes às atribuições de gênero.

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53 (GOFFMAN, 2004). Entretanto, há pessoas que nascem com o sexo indefinido e há as que nascem com genitália masculina e se consideram mulheres e/ou querem ter aparência feminina, transitória ou continuamente, e vice-versa, assim como há homens efeminados e mulheres masculinizadas. Todas essas situações costumam ter relação, embora não necessariamente, com o desejo sexual das pessoas envolvidas. Também há um número bastante considerável de pessoas 33 que têm desejo sexual por outras de seu sexo. Não é raro que, ao se tornarem públicas, relações entre pessoas do mesmo sexo sejam alvo de especulações a respeito de quem assumiria o papel “do homem” e “da mulher” no ato sexual. Trata-se de uma tentativa de encaixar a atividade sexual dessas pessoas num padrão heterossexista, como se homossexuais fossem quase homens ou quase mulheres, ignorando que o alvo do desejo independe do gênero daquele que deseja. No entanto, a real compreensão sobre a atividade sexual entre pessoas do mesmo sexo revela que ela não se coaduna com a ideia de papéis fixos e pré-definidos. Outra influência do heterossexismo na observação de tais relações, aponta que o papel “da mulher” numa relação entre dois homens seria mais condenável por afastá-lo de uma vocação “natural” à virilidade. Mesmo numa relação entre duas mulheres, esse mesmo papel 33

O estudo da prevalência de AIDS, realizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), considera porcentuais de 2% a 10% de homossexuais na população brasileira. Disponível em: . Acesso em: 2 jan. 2015.

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54 também é desvalorizado. Isso revela uma tentativa de imputar às relações homoeróticas os mesmos padrões de machismo, misoginia e inferiorização da mulher. E o que dizer das situações em que homens viris buscam por travestis para serem por elas penetrados? A realidade mostra, então, que o sexo, o desejo sexual, a aparência e os modos de interação com a sociedade baseados no sexo são, na verdade, gradientes mais ou menos amplos de possibilidades. Pelo tempo que uma pessoa portar identidade social real em desacordo com a identidade social virtual designada pelo estereótipo descrito, será estigmatizada. Em outras palavras, uma pessoa é estigmatizada porque transgride expectativas normativas da sociedade em que vive e por definição, é claro, acreditamos que alguém com um estigma não seja completamente humano. Com base nisso, fazemos vários tipos de discriminações, através das quais efetivamente, e muitas vezes sem pensar, reduzimos suas chances de vida: construímos uma teoria do estigma; uma ideologia para explicar a sua inferioridade e dar conta do perigo que ela representa [...] (GOFFMAN, 2004, grifo do autor).

Embora todas as pessoas cuja identidade social real, em alguma medida, não corresponda ao estereótipo descrito sofram as consequências de serem estigmatizadas, isso não ocorre da mesma maneira com todas elas. Parte delas pode manter suas características ligadas ao estigma em segredo. É o caso de muitos homens homossexuais masculinos e muitas mulheres homossexuais femininas. Outras, entretanto, têm tais características necessariamente conhecidas, como as que

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55 apresentam ambiguidade de gênero. Goffman denomina as primeiras de desacreditáveis e as segundas de desacreditadas. Umas têm que lidar com o segredo sobre sua orientação sexual e as outras com a tensão de terem visíveis seus símbolos de estigma. É inegável que a sociedade é mais compreensiva com os homossexuais do que com aqueles(as) que transgridem ao gênero “recebido” no nascimento. Carícias íntimas entre crianças de mesmo sexo, como o chamado troca-troca, muitas vezes são entendidas pelos adultos como uma etapa não prejudicial da descoberta da sexualidade. Até porque muitos desses adultos a vivenciaram. Seria possível esperar entendimento semelhante a respeito de um menino que queira vestir-se de cor-de-rosa, usar um laço nos cabelos ou assumir o papel de esposa ao brincar de casinha, uma vez que a construção da masculinidade se dá justamente pela negação do feminino? O prof. Kinsey, autor de um amplo e famoso estudo sobre a sexualidade humana, teve que se valer de uma escala com sete graus para classificar o desejo sexual. A Escala Kinsey descreve a seguinte matiz: Exclusivamente heterossexual; Predominantemente heterossexual, apenas eventualmente homossexual; Predominantemente heterossexual, embora homossexual com frequência; Bissexual; Predominantemente homossexual, embora heterossexual com frequência; Predominantemente homossexual, apenas eventualmente heterossexual; Exclusivamente homossexual. Os resultados do estudo estão em dois volumes: Sexual Behavior in the Human Male e Sexual Behavior in the

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56 Human Female, publicados em 1948 e 1953, respectivamente. O professor dedicou-se a população dos Estados Unidos da América mas, dada a ubiquidade do desejo sexual, seus resultados devem ser considerados mesmo quando se estuda outras populações. A pesquisa conclui que o comportamento sexual sofre variações ao longo da vida e que, quanto à homossexualidade, 37% dos homens e 13% das mulheres tiveram relações sexuais, em que atingiram o orgasmo, com alguém de mesmo sexo34 (KINSEY, 1948 e 1953). Há certa tolerância às relações sexuais entre homens que se consideram heterossexuais, desde que mantidas em segredo, sejam eventuais e apenas para a satisfação sexual. A expressão homens que fazem sexo com homens (HSH) foi cunhada pelo Ministério da Saúde para referir-se aos profissionais do sexo que não querem ser associados à homossexualidade. O afeto entre meninos e entre eles e seus pais, traduzido na forma de competições e brincadeiras, é fundamental para a construção da masculinidade. Entretanto, nessas ocasiões, ele não se apresenta como uma possibilidade de constituir uma relação erótico-afetiva. Talvez disso decorra a resistência em admitir que homens possam viver maritalmente entre si. Entre as mulheres a resistência parece ser menor. As relações erótico-afetivas na população encarcerada são bastante comuns. O prof. Goffman (2004, p. 7) menciona três tipos de estigma. O primeiro é proveniente das “abominações do corpo”, como é o caso dos deficientes físicos. O segundo é ligado ao 34

Disponível em: . Acesso em: 29 dez. 2014.

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57 caráter individual, isto é, fraqueza moral, desonestidade, vícios etc. E o terceiro é transmitido por linhagem, como é o caso da raça e da etnia. Seguindo-se essa categorização, os homossexuais são estigmatizados pelo seu caráter individual. Com as pessoas que apresentam ambiguidade de gênero, a realidade é bem diferente. Elas acumulam dois estigmas: o ligado ao caráter individual e o proveniente das “abominações do corpo”. Enquanto os homossexuais transgridem a expectativa normativa relativa ao comportamento sexual, que é apenas um dos elementos que os constituem como indivíduos, os transgêneros e intersexuais transgridem o próprio existir, uma vez que ser homem (ou mulher) é uma condição que perpassa as expectativas normativas quanto às características psíquicas, biológicas, comportamentais e emocionais do indivíduo, ou seja, quanto ao indivíduo como um todo. Sendo assim, situar-se fora de um desses dois padrões (homem ou mulher) implica ser colocado fora da existência humana compreensível pelo modelo binário vigente. Na prática, essas pessoas são socialmente desprezadas, muitas vezes relacionadas à prostituição e a mal feitos de toda ordem, cientificamente classificadas como doentes mentais e, diferentemente daqueles que desejam sexualmente alguém de mesmo sexo, historicamente repudiadas. Foucault (2014) nos oferece muitas comprovações disso: […] tal como vê Sêneca, com grande repugnância, ao seu redor: 'a paixão doentia de cantar e dançar enche a alma de nossos efeminados; ondular os cabelos, tornar a voz

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58 suficientemente tênue para igualar as carícias das vozes femininas, rivalizar com as mulheres através da lassidão das atitudes' […] uma viva repugnância a respeito de tudo o que pudesse marcar uma renúncia voluntária aos prestígios e às marcas do papel viril […] desprezo pelos jovens demasiado fáceis ou demasiado interessados, desqualificação dos homens efeminados, dos quais Aristófanes e os autores cômicos zombavam frequentemente.

Não obstante, é possível encontrar dezenas de estudos antropológicos, sobre sociedades em todo mundo, que relatam a existência de homens utilizando ornamentos e ferramentas típicos das mulheres, sem sofrerem hostilidades e mesmo ocupando posições de grande prestígio social (OKITA, 2007, p. 27). Parece que o acentuado desprezo a homens efeminados, em culturas ancestrais, se deve ao culto à força física e à virilidade indispensáveis à defesa e às guerras expansionistas. Passados milhares de anos, como a sociedade brasileira contemporânea vê essas pessoas e como isso impacta as condições de vida dessa população? É o que se tentará entender a seguir.

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Capítulo 3 Opinião pública A linguagem é lugar de confronto constituído por processos histórico-sociais que lhe configura como espaço privilegiado de manifestação da ideologia. (BRANDÃO, 2010).

O

s dados analisados foram colhidos no dia 15 de janeiro de 2014, junto ao Portal G1 de notícias (www.g1.com.br). Inicialmente, formavam um conjunto com 829 comentários de internautas a respeito da reportagem sobre um protesto realizado por travestis, transexuais e simpatizantes em shopping center na Avenida Paulista, em São Paulo. Segue transcrição do texto da reportagem. Seu inteiro teor, com imagens, encontra-se no Anexo I. 11/01/2014 17h53 - Atualizado em 11/01/2014 19h05 Transexuais protestam em shopping na Avenida Paulista Manifestantes alertavam para preconceito em banheiros públicos. Segundo a Polícia Militar, 50 pessoas participaram do ato. Protesto contra a transfobia realizado na tarde deste sábado no shopping Center 3, na Avenida Paulista, centro de São Paulo. O ato foi organizado pelas redes sociais depois que transexuais foram expulsas do banheiro feminino do shopping por seguranças.

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60 Manifestação acontece na tarde deste sábado (11), na praça de alimentação do Shopping Center 3, em São Paulo (SP), tendo como objetivo alertar para a discriminação sofrida pelas transexuais, no momento de utilizar banheiros públicos. Participante do protesto ergue cartaz [com a inscrição: “Não se nasce mulher, torna-se. Simone de Beauvoir” ver Anexo I] em frente ao banheiro feminino do Shopping Center 3, na Avenida Paulista

Os comentários coletados passaram por uma primeira filtragem, que os separou em dois grupos. O primeiro, composto pelos comentários feitos diretamente sobre a reportagem publicada, e o segundo, contendo respostas aos comentários do primeiro grupo ou a alguma de suas respostas. Nos exemplos abaixo, os comentários do primeiro grupo estão em preto e os do segundo (comentários-resposta) estão indentados, em cinza. Os nomes são fictícios. Ronaldo Borges Qual pai aqui se sentiria seguro sabendo que sua filha pode dividir o banheiro com um travesti que faz programa na rua. • Carina C eu sei que eu nunca me sentiria seguro se uma hipotética filha minha compartilhasse o banheiro com uma pessoa preconceituosa e intolerante. é muito perigoso. • Ronaldo Borges Carina C essa é a diferença entre nós dois, eu tenho filho de verdade e não filhos hipotéticos.

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61 • Carlos Mendes •

deve que uma "mulher" dessas que te pariu David Santana Querido acho que você não frequentou as aulas de português.... São TRANSEXUAIS não TRAVESTIS. Pena que ainda existe pessoas feito você, e seria ótimo sua filha gostar de mulher assim ela também seria uma aberração?

Nádia Ribeiro Quantos comentários preconceituosos. Tantos problemas nesse país e vocês preocupadas em impedir que mulheres, sim, MULHERES, usem o banheirofeminino. Santa ignorância, Batman. • Ricardo Ozi Mulheres de tromba huahuahauahau.

Os comentários-resposta, em certa medida, limitaram-se a atacar o comentarista a quem respondiam e não a contrapor as ideias dele e, mesmo quando o fizeram, pouco foi acrescentado à discussão do tema principal, isto é, o uso do banheiro feminino por pessoas que apresentam ambiguidade de gênero. Além disso, os comentários do primeiro e do segundo grupos não são equivalentes. Os do primeiro grupo respondem diretamente à reportagem e foram produzidos numa situação semelhante à da aplicação de um questionário anônimo, aberto a todos e contendo um único item: Comente a reportagem. Mesmo que esse

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62 respondente tenha lido vários comentários, sua motivação principal foi a própria reportagem, caso contrário ele teria produzido uma resposta e não um novo comentário. Já os comentários do segundo grupo respondem a vários estímulos e não se pode afirmar que o estímulo principal tenha sido a reportagem em si. Ao contrário, ao produzir uma resposta, o comentarista estabelece uma relação indireta com a reportagem e toma o item ao qual responde como estímulo principal. Por essas razões, todos os comentários-resposta foram descartados e apenas os 477 comentários do primeiro grupo foram selecionados 35 para análise. A metodologia utilizada baseia-se em teoria da Análise do Discurso e se estrutura em quatro eixos conexos: sujeito, análise semântica, discursos intolerantes e interdiscursividade. Uma primeira leitura do material chamou a atenção para o fato de que, em muitos casos, os comentários expressavam a necessidade de qualificar (ou, melhor, desqualificar) as pessoas que protestavam. Sendo assim, além de classificação do conteúdo, pareceu adequado dar tratamento próprio ao léxico utilizado para referir-se às pleiteantes.

Sujeito Nesse tipo de prática discursiva, os autores dos 35

Ver lista completa no Anexo II. Nas citações, os comentários foram convertidos para letras minúsculas.

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63 enunciados não são conhecidos. Tampouco se sabe como chegaram até a reportagem ou por que se sentiram motivados a comentá-la. Também não é certo se estiveram atentos apenas à matéria ou se tiveram contato com os comentários de outras pessoas. Essa situação, se por um lado não permite saber o perfil dos comentaristas, por outro assegura que as manifestações tenham sido espontâneas. No caso de um tema controverso como o tratado aqui, isso é, o uso de instalações sanitárias tradicionalmente destinadas às pessoas que nasceram com genitália feminina ser estendido a pessoas que apresentam ambiguidade de gênero e que se autodeclaram femininas, a espontaneidade é um elemento valioso. Conforme foi explorado no capítulo 1, há certa resistência em emitir opiniões que possam parecer preconceituosas e, possivelmente, se os enunciadores estivessem identificados, não teriam se manifestado com a mesma liberdade. Na verdade, os comentários não são propriamente anônimos. O que se conhece de seus autores é tão somente o apelido que usam para identificar a si próprios. A partir dele é possível, correndo grande risco de imprecisão e admitindo que ao criar um apelido para si tenda-se a fazê-lo segundo o próprio gênero, obter uma estimativa de quantos comentaristas seriam homens, mulheres ou não-identificáveis. Totalizou-se 380 apelidos masculinos, 52 femininos e 45 indeterminados.

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Gráfico II Distribuição dos comentaristas pelo gênero do nome que os identifica

Fonte: desenvolvido pelo autor.

Desconhecer os autores dos enunciados, no entanto, não inviabiliza a análise do corpus deste estudo. Não se está interessado em identificar quem disse o que, de modo a estabelecer associações entre esses elementos ou a verificar se uma mesma pessoa (mesmo apelido) realizou mais de uma intervenção, mas sim em analisar o que foi dito, de que maneira foi dito e tentar entender como tais formulações adquirem sentido social.

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65 Não se deve confundir aquele que enuncia, isto é, que concretiza em termos de enunciado seus entendimentos e sentimentos sobre o tema, com o sujeito do discurso. Quanto ao sujeito, entre diversas abordagens, adotou-se a concepção empregada pelo prof. Fiorin (2007, p. 49), segundo a qual “o sujeito inscrito no discurso é um 'efeito de sentido' produzido pelo próprio discurso, isto é, seus temas e suas figuras é que configuram a 'visão de mundo' do sujeito”. Tal visão de mundo, segundo Fiorin, filia-se a uma formação ideológica e é materializada pela correspondente formação discursiva, que determina o que dizer. Esse sujeito, que emana do enunciado e é a partir dele percebido, é um elemento disperso constituído por “um espaço a ser preenchido por diferentes indivíduos que o ocuparão ao formularem o enunciado” (BRANDÃO, p. 35). Ao tratar de um corpus que conta com centenas de enunciadores, parece útil conhecer algumas das principais características de um sujeito resultante, que transpassa o discurso e dá indícios de si mesmo, registrados nos enunciados. O sujeito em questão dificilmente esquiva-se de emitir opinião ou esforça-se para torná-la indireta. Comentários como: “há países em que há um terceiro banheiro” são raros. Ele, em geral, fala por si. Poucas vezes se associa a um grupo, como nos excertos “somos normais” ou “somos a maioria”, possivelmente por não precisar de reforço para sua posição de normalidade. Tal sujeito quase só tem certezas. As poucas perguntas enunciadas ocorrem geralmente por ironia, como em “essa aí do cartaz

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66 menstrua?”, ou apenas como recurso enfático, como nos exemplos: “que que nois ganha? O fusquete?” ou “como levar a sério um homem de calcinha?”. Também raramente ele se dirige às pleiteantes diretamente. Há alguns casos, entretanto, em que se lê: “vão carpir” ou “vão roubar pra ser presos”. Tendo em conta possíveis equívocos de interpretação e eventuais lacunas, o sujeito resultante dos enunciados analisados tem opinião formada e pessoal sobre os temas suscitados pela reportagem.

Análise semântica Não há dúvida de que cada possibilidade de análise semântica avalizada pela Linguística traria importante contribuição para este estudo. Ao considerar que o principal objetivo da análise é revelar a dimensão informacional (CANÇADO, 2013) do discurso em questão, utilizando suas referências ao que está fora de si, se pode prescindir de noções objetivamente linguísticas, como propriedades sintáticas e estruturação das sentenças. Com isso, produz-se conhecimento menos especializado linguisticamente e mais cognoscível. É bom que se esclareça, a priori, que uma pequena quantidade de comentários (28, ao todo) precisaram ser desconsiderados por serem incompreensíveis ou completamente desvinculados do tema. Conteúdos como: “Senhor moderador? Why?” ou “Nossa é tanto comentário ridículo. O meu some. Não vale a pena mesmo.”, foram classificados como exceção e

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67 descartados do total de comentários selecionados. Observou-se que um comentário pode conter mais de uma ideia atinente às travestis/transexuais/intersexuais ou às suas reivindicações. Para referenciá-las, isto é, para nomear cada uma das ideias desse tipo que se pôde apreender a partir do conteúdo de um comentário, utilizou-se o termo manifestação. Por exemplo, no comentário “Imagina a cena. O camarada ou o camarado, sei lá, sai do box do banheiro e dá uma ajeitada na ferramente na frente de outras mulheres, crianças e idosas. Só me faltava essa. Não tô falando que essa corja não quer direitos, mas carta branca para fazer o que quiser!!” foi possível identificar a intenção de expressar repulsa, pelo uso da palavra “corja”; sarcasmo, ao utilizar as expressões “o camarada ou o camarado”; a necessidade de proteger pessoas “normais”, em “ajeitada na ferramente na frente de outras mulheres, crianças e idosas” e a ideia de conspiração em “essa corja não quer direitos, mas carta branca para fazer o que quiser”. A partir da definição do conceito de manifestação, foi possível estabelecer um conjunto de núcleos semânticos baseados no que pareceram ser as intenções principais dos comentaristas. Tais núcleos mostraram-se fundamentais para investigar a seguinte questão basilar: como o material coletado se expressa a respeito do uso de banheiros femininos abertos ao público pelas travestis, intersexuais e mulheres transexuais? A maioria das manifestações foi contrária ao uso do banheiro feminino pelas pleiteantes. Não foram localizados comentários indiferentes ao

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68 tema. Tampouco contraditórios, isto é, contendo manifestações que apoiam e que não apoiam a reivindicação que ocasionou o protesto. Encontrou-se 38 (7,1%) manifestações de apoio, 35 (6,5%) que buscaram a conciliação de interesses e foram 463 (86,4%) as manifestações contrárias ao uso do sanitário feminino por essa população. Os principais argumentos contidos nas manifestações de apoio demonstram maior conhecimento sobre a situação das pleiteantes e ideais relativos à equidade de direitos, como nos seguintes exemplos: ridiculo esses comentarios preconceituosos, são todos seres humanos, devem ser tratados pelos que são se seus corpos são femininos são mulheres sim, ou será que os machões ou as senhoras ai gostariam de ve-las andando mostrando os seios pq segundo a lei sendo consideradas masculinos podem andar sem camisetas nas ruas sem ser atentado ao pudor, então sinceramente engulam esse preconceito e comecem a raciocinar com clareza e a serem humanos, transex, travestis, homos, gays, lesbiscas enfim, todos são seres humanos e merecem ser respeitados como tal!; As pessoas transgêneras merecem todo o nosso respeito, pois são seres humanos como quaisquer outras pessoas e diferentemente de como muitas pessoas pensam, elas não escolheram viver como pessoas transgêneras e sim nasceram com a identidade de gênero feminina ou masculina, conforme a particularidade de cada pessoa, e merecem todo o nosso respeito, sem preconceitos e nem discriminações!!!; Essas pessoas, quer você concorde com as escolhas delas ou não, têm o direito de fazer xixi e, para isso, usar o banheiro. Eu não tenho problema algum em dividir o

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69 banheiro com elas, até porque em banheiro feminino todas ficam fechadinhas no seu respectivo vaso. Se elas se consideram mulheres, pq não? Ou vcs acham que elas e os homens ficariam mais confortáveis dividindo o banheiro masculino?????; O problema aqui é simplesmente um: o preconceito! Transsexuais são demonizadas pela sociedade, sendo vistas simplesmente como bandidas, violentas, brutas, mau caráter, que só pensam em sexo. Será que a grande maioria das transsexuais vê a prostituição como o único caminho de vida apenas porque tem um desejo irrefreável por sexo ou porque, historicamente, nossa sociedade nunca aceitou que essas pessoas tivessem uma vida considerada normal? Vamos, eu quero ver quem tem a cara de pau de dizer que aceitamos essas pessoas como qualquer outra em todos os âmbitos de nossa vida social!; Eu não gostaria que minha filha pequena entrasse em um banheiro com pessoas assim" bla bla bla. Caros, eu não gostaria que meu filho convivesse com igrejeiros, com reaças lixos feito vocês, com racistas, com homofobicos, com gente classista...... Já pensou se eu resolvesse privar meu filho do contato com tudo que eu adoraria que ele não visse, e não convivesse? É só olhar os comentarios do g1. Ia ter que prende-lo em casa.

Quatro das manifestações de apoio (0,7% do total), poderiam ser consideradas ofensivas aos que se declararam contrários ao uso do banheiro feminino pelas pleiteantes, como no exemplo: “O preconceito das pessoas aqui nos comentarios só reflete uma coisa: Se realmente existir inferno, os cristãos e sua moral, vão lotar todas as vagas.”. Todas as manifestações conciliatórias propõem a criação

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70 de um banheiro específico, mas nem sempre devido às necessidades das travestis, transexuais e intersexuais. Em 71,4% das manifestações conciliatórias, a criação de um banheiro especialmente destinado às pleiteantes mostrou-se uma proposta para evitar que elas usassem o banheiro feminino, como fica claro nos seguintes comentários: Criado na marra a terceira lâmina. As mulheres reclamam qdo um homem transformado estar no banheiro destinado as FEMININAS. Sugiro que os Shopping construam banheiro para a terceira lâmina, mas lá nos fundos.; Somente criar um banheiro para Travesti, separado! Agora querer utilizar o banheiro feminino é somente para roubar as mulheres! Nas ruas eles fazem assaltos diretamente mesmo contra homens! Somente lembrando que Travesti é homem que veste saia, mas é homem e tem força de um homem normal, por esse motivo vai praticar roubos com toda a facilidade do mundo! 90% viciados em crack somente procurar no google!; sem preconceito mas na boa se eu fosse mulher nao me sentiria confortavel em usar um banheiro feminino com um homem disfarsado de mulher e caso ele nao fosse um transsexual e sim um golpista disfarsado de mulher para estuprar a mulherada eu tenho mulher e filhas estou pensando nelas para sua segurança ou entao que eles tenham um banheiro exclusivo assim todos ficam em paz.

Nas manifestações contrárias foram localizados os seguintes núcleos semânticos: repulsa, sarcasmo, proteção, normalidade e conspiração. Parte delas demonstra grande repulsa às travestis, intersexuais e mulheres transexuais. Tal repulsa se traduz pelo emprego de unidades lexicais ofensivas para referir-se

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71 às pleiteantes, tais como: nojentas, aberrações, ratos do inferno, lepra humana, demônios, vermes etc. Essas unidades lexicais podem ser conhecidas nas Tabelas 2 e 3.

Gráfico III Posição dos comentaristas quanto ao uso do banheiro feminino pelas pleiteantes

Fonte: desenvolvido pelo autor.

Verifica-se que os comentaristas que apoiam as pleiteantes não precisaram fazer uso do léxico para (des)qualificá-las. As pleiteantes foram por eles reconhecidas simplesmente como pessoas e, como tal, estavam suficientemente qualificadas. Entre os que propõem a solução conciliatória de construir um banheiro próprio, apenas dois (5,7% dos

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72 comentários de conciliação) comentários utilizaram o léxico para desqualificar as pleiteantes. As unidades lexicais utilizadas para esse fim foram: terceira lâmina e mulher de tromba. A necessidade de explicitar “o que”/quem seriam os entes pleiteantes foi contumaz entre aqueles que não conseguiram reconhecê-los como pessoas. Uma vez filiados resistentemente ao binarismo de gênero e, portanto, compreendendo que humanos só podem ser homens ou mulheres in totum, muitos comentaristas valeram-se do léxico, possivelmente para acomodar uma ansiedade diante da situação. Questionando e subvertendo os limites estabelecidos entre homem e mulher, masculino e feminino, homo e heterossexualidade, surge no século XIX a figura do pseudo-hermafrodita, longe dos deuses e do universo mágico e divino, filho da modernidade, da medicina e da ciência sexual. Não mais um prodígio da natureza, mas um 'desvio' dessa. Passa-se agora a buscar o 'verdadeiro sexo' que irá definir quem é homem e quem é mulher, sem os 'perigosos' riscos de interpretações equivocadas. Dessa forma, a ambiguidade sexual não perde lugar, mas é principalmente interiorizada. Nasce assim o 'hermafrodita psíquico'. Dele irão se originar todos os tais perversos e pervertidos sexuais e, principalmente, as identidades (para uns) e/ou patologias (para outros), criadas no século XX, de travestis, transexuais e intersexuais, ou seja, todas essas classificações já se originaram da concepção de certo tipo de monstro. (LEITE JÚNIOR, 2012, grifo do autor).

A percepção dessa monstruosidade aparece em comentários de cunho estético e, de forma literal e com frequência acima da média, nas escolhas lexicais utilizadas para fazer referência à essa população. Por exemplo: “so eles que nao

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73 si enxergam e dao conta,,,que sao uma vergonha para a sociedade,,,cada um mais horrivel que o outro,,,a palavra feio,eu estaria ajudando a eles,,,verdadeiros monstros e demonios [...]” Entre os comentários que desaprovam o uso do banheiro feminino pelas pleiteantes, foi possível encontrar 31,2% de manifestações expressando repulsa, 14,6% utilizando sarcasmo para ridicularizar as pleiteantes, 9,5% demonstrando a preocupação de proteger alguém que correria perigo se o uso do sanitário fosse permitido àquelas pessoas, 21,1% procurando preservar o que seria a normalidade social, que exclui as pleiteantes, e 10,1% com a intenção de denunciar o que seria uma conspiração para transformar a sociedade.

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Gráfico IV Categorias dos núcleos semânticos das manifestações contrárias ao uso do banheiro feminino pelas pleiteantes

Fonte: desenvolvido pelo autor.

A cada uma dessas categorias corresponde um halo de sentido constituído pela irradiação de um núcleo semântico próprio. Nas manifestações de repulsa, as pleiteantes aparecem frequentemente como inconcebíveis. Os enunciadores, por repugnância, tentam situá-las socialmente distantes de si ou revogar-lhes a existência. O núcleo semântico correspondente está expresso na frase: “Eles(as) não deveriam existir.”. As manifestações de sarcasmo buscam ridicularizar as travestis, transexuais e intersexuais e evitam emitir opinião objetiva sobre o uso do sanitário feminino. Ao negar seriedade à questão,

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75 entretanto, favorecem a posição conservadora sobre a situação. Adotou-se a frase “Isso é ridículo.” para fazer referência a esse núcleo semântico. As manifestações de proteção resistem à ideia de readequar o uso do sanitário feminino para preservá-lo como um espaço em que mulheres e crianças estão a salvo de ataques dos homens. A frase “Mulheres e crianças estão em risco.” corresponde a tal núcleo semântico. As manifestações de normalidade são aquelas que querem manter o que os enunciadores entendem como a “ordem das coisas”, pelo menos no campo da sexualidade humana e da identidade de gênero. A frase “Homem é homem e mulher é mulher.” é relativa a esse núcleo semântico. As manifestações de conspiração tratam de denunciar um risco (presumido) de quebra das normas sociais. Usou-se “A sociedade está em risco.” para referir-se a esse núcleo semântico.

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76 Tabela 1 – Núcleos semânticos presentes nas manifestações contrárias ao uso do banheiro feminino pelas pleiteantes Núcleos semânticos relativos a

Núcleos semânticos e trechos dos comentários

repulsa

Núcleo semântico: Eles(as) não deveriam existir. Esses lixos tinham que ter sido expulsos na porrada. Que falta faz Hitler, campo de concentração química, lançar essas pestes que estão pesteando o mundo; tem que morre tudo queimado; Erva daninha que tem que ser exterminada; [...]pode fazer um teste nestes monstros aloprados que 99.9% dessas criaturas tem doenças tramissiveis!!!!; aberrações da natureza, anormais; só faltava essa,um punhadinho de ameba; Travestis nem frequentar lugares públicos deveria, já acho um absurdo as pessoas terem que conviver com esse tipo de gente, e ainda querem forçar a todos a aceita-los como se fossem mulheres, Ah vai a me%$&

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77 Tabela 1 – Núcleos semânticos presentes nas manifestações contrárias ao uso do banheiro feminino pelas pleiteantes Núcleos semânticos relativos a

Núcleos semânticos e trechos dos comentários

sarcasmo

Núcleo semântico: Isso é ridículo. Essa torcida do Curintias as Gayvotas estão descontrolada; kakakakaka!!! "não se nasce rico torna-se" "não se nasce pobre torna-se" kakakakak "não se nasce palmeirense, torna-se" kakakak " Não se torna Corintiano, torna-se"; Imagina ,ele(ela) ,mãe ,já lavou minha calcinha???E o pai sentado no sofá,olhando aquela cena crítica...; Essa loira da primeira foto era zagueiro do time aqui da vila.. jogava muito ai começou a andar com uns má companhia, ela tava até bem só dava quando bebia, mas pensa numa pessoa que bebe pra caramba....kkkk; essa ruela é parafuso!kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.

proteção

Núcleo semântico: Mulheres e crianças estão em risco. Absurdo. Cada um tem a opção sexual que quiser, mas querer forçar os demais a concordar, e aceitar

continua...

O CASO BRUNA

78 Tabela 1 – Núcleos semânticos presentes nas manifestações contrárias ao uso do banheiro feminino pelas pleiteantes Núcleos semânticos relativos a

Núcleos semânticos e trechos dos comentários

proteção

que filhas, esposa, mãe, irmã use o mesmo banheiro é o cúmulo; Imagino minha filha de oito anos dividindo um banheiro com um homem deste tamanho num shopping. Estes caras estão perdendo a noção; O perigo ainda ronda a família e a educação dos nossos filhos; Vcs deixariam suas esposas, irmãs e filhas dentro de um banheiro com um homem travestido de mulher????; você deixaria sua esposa e sua filha de 10 anos juntas com uns caras deste no mesmo banheiro??? se você deixa!! e problema seu, + te garanto que muitos não deixaria. que me garante se ele é mesmo travesti ou um estuprador que está aproveitando a oportunidade; é correto crianças no banheiro , e entra uma aberraçao desta e tira as calças ?; quantos tarados e pederastas irão se vestir de mulher para entrar nos banheiros e sabe lá o que fará lá dentro com mulheres e meninas...............;

continua…

O CASO BRUNA

79 Tabela 1 – Núcleos semânticos presentes nas manifestações contrárias ao uso do banheiro feminino pelas pleiteantes Núcleos semânticos relativos a

Núcleos semânticos e trechos dos comentários

proteção

não gostaria de ir em banheiro e topar com coisas assim, nem que minha esposa vá ao banheiro e encontre alguma dessas "mulheres" de penca ... acho que só aquelas com traços femininos deveria ser permitido usar o banheiro de mulheres[...] para não confundir a mente das crianças. ; Acho que não pode mesmo pois algum homem pode aproveita e se vestir de mulher só para ir no banheiro feminino e mexer com as mulheres; Quando travesti começar a usar banheiros feminino principalmente em lugares pobres, vai ser uma onde de roubos a céu aberto! A maioria fuma crack e normalmente pratica roubos! Agora imagina um homem dentro do banheiro feminino, com uma faca na mão? Vai cometer vários crimes com ajuda da lei?

normalidade Núcleo semântico: Homem é homem e mulher é mulher. só existem mulheres e homens o resto é mutante , continua… arrumem uma vaga no filme x-men;

O CASO BRUNA

80 Tabela 1 – Núcleos semânticos presentes nas manifestações contrárias ao uso do banheiro feminino pelas pleiteantes Núcleos semânticos relativos a

Núcleos semânticos e trechos dos comentários

normalidade deus fez o homem e a mulher o resto eh tudo gambiarra, só digo...cromossomo xx e xy.... e vão carpir.....; nunca serão !; nasceu homem e sempre será homem ... podem se travestir de qualquer coisa mas no fundo é homem esse ai com seus modos indecentes ofendem a deus terrivelmente.; deus fez o homem e a mulher, o resto é coisa do santanas; há séculos existem locais para necessidades fisiológicas denominados na entrada de "mulher" e "homem". tratem de olhar no meio das pernas que saberão do que se trata um e outro; somos normais....somos a maioria.....entubem; podem trocar de sexo, aumentar as mamas, colocar peruca,porém a genética é a mesma desde o momento em que nasceu até virar pó!!!!; acho que só aquelas com traços femininos deveria ser permitido usar o banheiro de mulheres. já, as continua... com muitos traços masculinos, deveria ser dado o

O CASO BRUNA

81 Tabela 1 – Núcleos semânticos presentes nas manifestações contrárias ao uso do banheiro feminino pelas pleiteantes Núcleos semânticos relativos a

Núcleos semânticos e trechos dos comentários

normalidade direito de fazerem plástica na cara (com o dinheiro internacional que financia ongs gays e não com dinheiro público) para então ficar uma coisa menos agressiva; pode mudar o nome para travestir, mais nunca ficara gestante como uma mulher de verdade, deus fez o homem para a mulher e a mulher para o homem, o que passar disso é procedência do maligno. ; podem fazer a cirurgia que quiserem . nasceu homem morrerá homem, nasceu mulher morrerá mulher é questão de dna. coisa diabólica essas aberrações contra a lei de deus. vão de retro satanás! conspiração

continua…

Núcleo semântico: A sociedade está em risco. Gayzismo é assim: um barbado coloca peruca e quer ser tratado como mulher. Se dissermos que mulher é mais que roupa e fetiche de se passar de mulher, somos linchados; Do jeito que a coisa vai, nós heteros é que

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82 Tabela 1 – Núcleos semânticos presentes nas manifestações contrárias ao uso do banheiro feminino pelas pleiteantes Núcleos semânticos relativos a

Núcleos semânticos e trechos dos comentários

conspiração

seremos discriminados....; esse povo não querem direitos e sim privilégios …; Pronto, ditadura gay! agora, as mulheres que se sentirem constrangidas por terem mulheres de tromba no mesmo banheiro, terão que se lixar?! ou seja, uma minoria (travestis) quer ter mais privilégio que uma maioria (mulheres)???; Está sendo criada a cultura do heterofobia, ou seja, se você diz que é heterossexual isso desperta a ira de alguns que te esculacham e querem te arrebentar e prender. isso faz parte da estrategia q pretende criar um caos social no pais; todos os dias este site da globo abre espaço para tentar empurrar na sociedade que essas aberrações são normais.; daqui uns dias vão querer matar todas as mulheres do mundo; o perigo ainda ronda a familia e a educação dos nossos filhos... não votem nos politicos

continua…

O CASO BRUNA

83 Tabela 1 – Núcleos semânticos presentes nas manifestações contrárias ao uso do banheiro feminino pelas pleiteantes Núcleos semânticos relativos a

Núcleos semânticos e trechos dos comentários

conspiração

sabidamente favoraveis à ditadura lgbt e simpatizantes... este papo que ser homem ou mulher não se nasce mas vira é coisa da suplici... cuidado... senão votarem pela familia os nossos filhos homens serão obrigados a aceitarem caricias nas escolas por estas aberrações e se um pai protestar será preso... abram os olhos enquanto a tempo... o projeto deles é subjulgar a todos.; mais dois anos...e nós héteros seremos excluídos da sociedade, seremos marginalizados por sermos normais.; por causa desse demonio que chama homosexual,,,gays,,,o brasil esta a beira de uma catastrofe; deviam é tomar vergonha na cara e parar de querer mudar a sociedade; esta "minoria" busca supremacia, vingança, superioridade.

Fonte: desenvolvida pelo autor.

O CASO BRUNA

84

Todos esses núcleos semânticos, como se vê, respondem a alguma ameaça e à necessidade de proteção, de autoconservação, que é um aspecto subjetivo nuclear do preconceito, conforme discutido no capítulo um. É preciso que haja distância para diferenciar o “nós” do “eles”, o que faz com que tais manifestações se articulem perfeitamente com a interjeição: fique longe!, como nesses exemplos que estão presentes no discurso analisado: fique longe porque você é um verme! (repulsa); fique longe porque você é uma mulher de tromba! hahaha (sarcasmo); fique longe de minha esposa e filha! (proteção); fique longe de tentar alterar a regra: Deus fez o homem e a mulher! (normalidade); fique longe senão daqui a pouco vêm as cotas! (conspiração). Mas de que ameaça se está falando? O prof. Cohen (2000), responde a essa indagação substantiva: Essa recusa a fazer parte da “ordem classificatória das coisas” vale para os monstros em geral: eles são híbridos que perturbam, híbridos cujos corpos externamente incoerentes resistem a tentativas para incluí-los em qualquer estruturação sistemática. E, assim, o monstro é perigoso, uma forma – suspensa entre formas – que ameaça explodir toda e qualquer distinção. […] eles exigem um repensar radical da fronteira e da normalidade. As demasiadamente precisas leis da natureza tais como estabelecidas pela ciência são alegremente violadas pela estranha composição do corpo do monstro. […] há a perturbadora sugestão de que esse corpo incoerente, desnaturalizado e sempre sob risco de desagregação, pode muito bem ser o nosso próprio corpo. (COHEN, 2000)

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85 Os resultados da análise dos comentários colaboram sobejamente com a afirmação de Foucault (2001): “O monstro humano combina o impossível com o interdito”. Escolheu-se tratar aqui de dois aspectos que perpassam o discurso analisado para exemplificar os elementos dessa afirmação: a esterilidade (como impossibilidade de concepção) e o extermínio (como interdição à própria existência, seja ela física ou social). Quanto à esterilidade, relativamente à homossexualidade, mas de forma perfeitamente aplicável ao caso das pessoas que apresentam ambiguidade de gênero, o prof. Borrillo afirma: qualquer forma de sexualidade dissociada da reprodução aparece como suspeita, por fazer preceder a sobrevivência do indivíduo à da espécie. […] a mera evocação das uniões do mesmo sexo provoca uma ansiedade que não passa da angústia da morte e manifesta-se sob a forma de uma hostilidade contra homossexuais, julgados como responsáveis pelo risco imaginário do desaparecimento da espécie. Tal dimensão fantasmática é que instaura e alimenta a homofobia36. (BORRILO, 2010). 36

Borrillo define homofobia como “uma consequência psicológica de uma representação social que outorga o monopólio da normalidade à heterossexualidade” (2010, p. 23). No entanto, esse termo tem adquirido novos usos e significados, distanciando-se da ideia de fobia, de um traço psicológico, e se aproximando da de uma atitude, de ação preconceituosa. Num sentido amplo, a homofobia, quer seja praticada por uma instituição, por uma pessoa ou grupo e mesmo contra si próprio, se revela como a aplicação de um ideário que defende a hegemonia do modelo cisgênero-heterossexista, que estaria sob ameaça. Dela resultam hostilidades, em diferentes graus, a homossexuais e bissexuais, ou pessoas presumidas como tal, e a

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86 Travestis, transexuais ou intersexuais representam uma espécie de interrupção na cadeia de nascimentos que garante a perpetuação da espécie. A possibilidade de produzir novos seres humanos traz conforto diante da finitude da vida. Para muitas pessoas, ter suas características físicas (pela procriação) e de caráter (pela educação) reproduzidas é uma forma de continuar a existir, uma vitória sobre a própria morte. Essa interrupção se dá em dois pontos da cadeia. Como filho(a), por não se constituir como uma continuação crível dos genitores, e como pai/mãe, pela improvável possibilidade de gerar outro ser conforme si mesmo e por negar a si próprio(a) as condições para gerar a vida. Homens transexuais que extirpam os seios e o útero e mulheres transexuais que passam por processos de redesignação genital, obviamente, não podem ter filhos naturais e, dessa forma, afrontam os dois principais pilares que estruturam o binarismo de gênero: a capacidade feminina de gestar e amamentar, muitas vezes percebida como sagrada, e o falo como símbolo masculino de força e poder. Nada impede, entretanto, que travestis, pessoas transexuais que não tenham passado por processo de redesignação do aparelho reprodutor e, em certos casos, intersexuais, venham a ter filhos congênitos, embora isso seja pouco frequente. Observou-se nas manifestações discursivas que a capacidade de gerar vida é vista como sine qua non para qualificar as pleiteantes: “se der conta de pari um filho...pode frequentar a pessoas que apresentam ambiguidade de gênero, mas também a seus familiares, amigos e simpatizantes. O movimento social LGBT tem preferido usar o termo homotransfobia.

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87 vontade.....”; “Querem ter x ana, mas não querem menstruar, ter cólica, engravidar, ter dor do parto...kkk.”; “O dia que um homem que faz uma cirurgia para se tornar mulher, e desenvolver útero, óvulos e ter um ciclo menstrual, pode dizer que é uma mulher, do resto, continua sendo homem em corpo transformado.” e “[...] Ok, então quando se tornarem mulheres capazes de gerar a vida humana em seu útero, dádiva essa celestial, peçam então um banheiro só pra vcs...”. As manifestações de repulsa foram majoritárias e, muitas vezes, revelam a incapacidade dos comentaristas reconhecerem as pleiteantes como humanas. Essa incapacidade se traduz em comentários que desconsideram a necessidade básica (fisiológica) de utilizar um sanitário, como: “Não há lugar melhor que o bueiro da rua, lá é ideal”, “[...] o governo deveria distribuir fraldas”, “pq não vão urinar no rio logo?” ou “Não sei pra que tanta polemica por causa de banheiros, tantos postes por ai, é só levantar a perninha e pronto”, e naqueles que lhes nega a própria existência física, como: “é só por fogo e pronto” e “tem que morre tudo queimado”. A ideia de extermínio, seja ele social ou físico, é o estado mais extremo do preconceito. Quando o pensamento preconceituoso, entendido como um julgamento em que o que se acredita impõe resistência para ressignificar um objeto, confronta a concretude das pleiteantes com a ideia de que seres humanos só podem ser homens ou mulheres por determinação biológica, pode advir a necessidade de readequação, não dos conceitos, mas do próprio objeto, extinguindo-o. No caso

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88 do extermínio social, entende-se que a pessoa transgênera/intersexual não pode conviver com os humanos porque não é humana, e deve ser afastada da sociedade, como se comprova por comentários como: “Vão viver no mundo de vcs trancado dentro de casa fazendo programa” e “Travestis nem frequentar lugares públicos deveria, já acho um absurdo as pessoas terem que conviver com esse tipo de gente”. Essa dimensão do discurso analisado (extermínio) perpassa vários comentários e será abordada novamente no item dedicado à interdiscursividade. Sobre isso, o prof. Leite Jr. esclarece: Ao ser considerada parafílica, perversa, transtornada, psicótica ou possuidora de distúrbios e anomalias, a completa humanidade de travestis, transexuais e intersexuais já é questionada e posta em xeque, pois todas as classificações já pressupõem um 'desvio' de algo sadio e 'normal' – o humano - , restando como meio habitável e inteligível para elas a categoria de monstros. […] O que causa a agressiva reação com que essas pessoas são tratadas não é o fato de elas se apresentarem como 'mulher de verdade', 'homem vestido de mulher' ou qualquer coisa do tipo, mas o fato de já serem compreendidas dentro de uma categoria (científica, religiosa ou jurídica) de desvio, de 'monstruosidade' que legitima e autoriza a violência contra elas. (LEITE JÚNIOR, 2012).

Mas, se está claro que a maioria dos comentaristas não outorga às pleiteantes a condição humana, a quais conceitos eles as teriam associado? Para essa exploração, organizou-se um quadro com frequências do uso do léxico referencial.

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89 Tabela 2 – Frequência das unidades lexicais usadas para fazer referência às travestis, intersexuais e mulheres transexuais em ordem decrescente Unidades lexicais

Frequência

aberração

25

sem vergonha

9

demônio

8

diabo

7

bizarro, inferno

6

lixo, monstro, coisa/coisas

5

anormal, bando, doente, nojento

4

cambada, satanás

horrível,

imundo,

ladrão,

safado,

3

baderneiro, bibinha, corja, desocupado, desordeiro, drogado, gambiarra, mutante, prostituto, raça, repugnante, resto, retardado, ridículo, sujo, transmissor doença

2

abominação, abusado, afrontador, andróides, 1 anomalia, arrombada, bandalho, bicharia, bicho feio, blasfemo, cão, capeta, caricatura de satanás, classe podre, coisa diabólica, criatura, criatura que se adultera, criatura que se mutila, delinquente, desfigurado, desrespeitador, dupla personalidade, epidemia de caráter, errado, erva daninha, escória continua ...

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90 Tabela 2 – Frequência das unidades lexicais usadas para fazer referência às travestis, intersexuais e mulheres transexuais em ordem decrescente Unidades lexicais

Frequência

da humanidade, esse povo, fétido, filho do cachorro, gentalha, gente horrível, idiota, imoral, lamentável, lepra humana, leviatã, louca, lúcifer, maligno, marginal, marmanjo fantasiado, marmota, medíocre, minoria, minoria ridícula, miserável, monstro aloprado, monte de desgraça, morto-vivo, mulher de penca, mulher de pinto, mulher de tromba, mutação, objeto, obra prima de lúcifer, pervertido, peste, pior espécie, pior que animal, pior que zumbi, pirokudo, porco, povinho feio, procedente do maligno, punhadinho de ameba, qualquer coisa, raça ruim, ratos do inferno, sem caráter, sem identidade, sem personalidade, terceira lâmina, tranqueira, traveco, travestido, vagabundo, vergonha, vergonha para a sociedade, verme, vexame para a sociedade, zoófilo

1

Fonte: desenvolvida pelo autor.

Após analisar os campos semânticos continentes do léxico referencial, organizando-os devido a seus aspectos físicos/saúde, de caráter, religiosos e de desqualificação coletiva,

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91 pode-se ordenar as naturezas do incômodo dos comentaristas e da sua animosidade. A cada campo semântico vinculou-se um arquilexema37. Ao campo relacionado a aspectos físicos/saúde atribui-se o arquilexema aberração, aos aspectos de caráter o arquilexema mau-caráter, ao campo associado aos aspectos religiosos o arquilexema demônio e à desqualificação coletiva usou-se escória . Concluiu-se que o aspecto que causa maior impacto, isso é, que provoca maior reação contra as pleiteantes é o aspecto físico/saúde (48,4%), seguido pelo de caráter (19,3%), de desqualificação coletiva (16,6%) e religioso (15,7%). Esses dados indicam que a resistência à ambiguidade de gênero é principalmente de ordem estética.

37

Um arquilexema é uma unidade [item lexical] cujo conteúdo corresponde ao conjunto de traços semânticos (semas) comuns a vários elementos de um campo. Disponível em: . Acesso em: abr. 2015.

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92

Gráfico V Distribuição dos campos semânticos que contêm as unidades lexicais usadas para referência às pleiteantes

Fonte: desenvolvido pelo autor.

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93 Tabela 3 – Unidades lexicais usadas para fazer referência às travestis, intersexuais e mulheres transexuais, agrupadas por campo semântico Campos Unidades lexicais e frequência semânticos e arquilexemas Campo semântico relativo a aspectos físicos/saúde. Arquilexema: aberração.

continua…

aberração (25), bizarro (6), coisa/coisas (5), lixo (5), monstro (5), anormal (4), doente (4), nojento (4), horrível (3), imundo (3), drogado (2), mutante (2), repugnante (2), retardado (2), ridículo (2), sujo (2), transmissor doença (2), abominação (1), andróides (1), anomalia (1), bicho feio (1), criatura (1), criatura que se adultera (1), criatura que se mutila (1), desfigurado (1), fétido (1), gente horrível (1), idiota (1), lepra humana (1), louca (1), marmanjo fantasiado (1), marmota (1), monstro aloprado (1), morto-vivo (1), mulher de penca (1), mulher de pinto (1), mulher de tromba (1), mutação (1), peste (1), pirokudo (1), porco (1), povinho feio (1),

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Total

108

94 Tabela 3 – Unidades lexicais usadas para fazer referência às travestis, intersexuais e mulheres transexuais, agrupadas por campo semântico Campos Unidades lexicais e frequência semânticos e arquilexemas

Total

punhadinho de ameba (1), ratos do inferno38 (1), traveco (1), travestido (1), verme (1) Campo semântico relativo a aspectos de caráter. Arquilexema: mau-caráter.

38

sem vergonha (9), ladrão (3), safado (3), baderneiro (2), bibinha (2), desocupado (2), desordeiro (2), prostituto (2), abusado (1), afrontador (1), arrombada (1), bandalho (1), bicharia (1), delinquente (1), desrespeitador (1), dupla personalidade (1), epidemia de caráter (1), imoral (1), marginal (1), medíocre (1), pervertido (1), sem caráter (1), sem identidade (1), sem personalidade (1), vagabundo (1), zoófilo (1)

43

Nota: embora a expressão “ratos do inferno” contenha traços semânticos relativos a aspectos religiosos (inferno), pareceu estar mais fortemente vinculada a “ratos”, como na expressão “ratos de esgoto”. Por isso, foi considerada como componente do campo semântico relativo a aspectos físicos/saúde.

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95 Tabela 3 – Unidades lexicais usadas para fazer referência às travestis, intersexuais e mulheres transexuais, agrupadas por campo semântico Campos Unidades lexicais e frequência semânticos e arquilexemas

Total

Campo semântico relativo a aspectos de desqualificação coletiva. Arquilexema: escória.

bando (4), cambada (3), corja (2), gambiarra (2), raça (2), resto (2), classe podre (1), errado (1), erva daninha (1), escória da humanidade (1), esse povo (1), gentalha (1), lamentável (1), minoria (1), minoria ridícula (1), miserável (1), monte de desgraça (1), objeto (1), pior espécie (1), pior que animal (1), pior que zumbi (1), qualquer coisa (1), raça ruim (1), terceira lâmina (1), tranqueira (1), vergonha (1), vergonha para a sociedade (1), vexame para a sociedade (1)

37

Campo semântico relativo a aspectos religiosos.

demônio (8), diabo (7), inferno (6), satanás (3), blasfemo (1), cão (1), capeta (1), caricatura de satanás (1), coisa diabólica (1), filho do cachorro (1), leviatã (1), lúcifer (1),

35

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96 Tabela 3 – Unidades lexicais usadas para fazer referência às travestis, intersexuais e mulheres transexuais, agrupadas por campo semântico Campos Unidades lexicais e frequência semânticos e arquilexemas Arquilexema: demônio.

Total

maligno (1), obra prima de lúcifer (1), procedente do maligno (1)

Total Geral

223

Fonte: desenvolvida pelo autor.

Discursos intolerantes A palavra que melhor representa o discurso analisado neste estudo é intolerância. A profª Diana de Barros (2011) identifica quatro características próprias dos discursos intolerantes, que serão discutidas simplificadamente a seguir. Discursos intolerantes promovem sanção a um grupo que estaria infringindo uma norma social, são passionais, apresentam percursos temáticos e figurativos peculiares e pretendem legitimar a intolerância. Esse tipo de discurso contém sanções àqueles que seriam maus cumpridores do que a profª chama de “acordos sociais”. Como exemplos, ela cita o branqueamento da sociedade, a pureza da língua e a heterossexualidade. Correspondentemente,

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97 pretos ignorantes, maus usuários da língua e homossexuais pervertidos seriam maus cidadãos punidos com a perda de direitos, de emprego, ou até mesmo com a morte. (DE BARROS, 2011). Sob essa perspectiva, pessoas que apresentam ambiguidade de gênero seriam punidas por romperem o binarismo de gênero. Quanto às paixões, o discurso intolerante contrapõe paixões malevolentes, como a xenofobia, por exemplo, às benevolentes, como o amor à pátria. No discurso analisado neste estudo, essa questão se apresenta na oposição entre a homotransfobia e a preservação do bem-estar social. “É esse jogo entre o querer fazer mal e o querer fazer bem que caracteriza passionalmente o sujeito apaixonado intolerante.” (DE BARROS, 2011). O professor Crochík (2011a) também trata do aspecto passional do preconceito. Para ele, embora o preconceituoso se valha de argumentos racionais para justificar suas impressões a respeito do objeto, os argumentos externos, que poderiam alterar tais impressões, não são recebidos com a mesma racionalidade. Com o uso da paixão, o preconceituoso consegue validar seus argumentos e situá-los acima dos que provêm de seus objetos. Só assim é possível a uma pessoa branca supor que sabe mais das condições de vida de um indígena do que o próprio indígena, por exemplo. Nos discursos intolerantes, os temas, de forma abstrata, e as figuras, de forma sensorial, ocupam-se da oposição semântica entre a igualdade e a diferença. Para tanto, enunciam a diferença

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98 de suas vítimas empregando expressões vinculadas à antinaturalidade, ao caráter doentio, à animalidade e à imoralidade. A expressão “pentear macaco” (animalidade) no discurso racista ou “aberração da natureza” (caráter doentio) no discurso homotransfóbico, são alguns exemplos. “O diferente, o 'outro' é, portanto, nos discursos preconceituosos e intolerantes, não humano ou animalizado, antinatural e anormal, doente, sem estética e sem ética.” (DE BARROS, 2011). Mas o discurso intolerante só se efetiva se persuadir o enunciatário. Por isso, não basta recorrer a argumentos subjetivos ou desvinculados de razão objetiva. A intolerância contida nesse tipo de discurso precisa se justificar. É preciso lhe dar causa. Não raro, tais discursos procuram apoio na ciência (biologia, medicina etc.) e vão ajustando seus argumentos de acordo com a evolução de cada área de conhecimento. Como exemplo, basta observar que debates sobre equiparação de direitos civis aos homossexuais frequentemente acabam por discutir as causas da homossexualidade. Como fica claro, o discurso analisado neste estudo é inequivocamente intolerante e preconceituoso, como tantos outros. Conhecer algumas das características desse tipo de discurso contribui para reconhecê-los, evitá-los e, de preferência, combatê-los.

O CASO BRUNA

99 Interdiscursividade Segundo Courtine e Marandin (apud Brandão, 2010, p. 91), “o interdiscurso consiste em um processo de reconfiguração incessante no qual uma formação discursiva é conduzida […] a incorporar elementos pré-construídos produzidos no exterior dela própria [...]”. A análise dos comentários permitiu identificar conexões com elementos de vários outros discursos conhecidos. Essa parece ser uma característica típica dos discursos impregnados de preconceito, uma vez que indivíduos tidos como preconceituosos tendem a direcioná-lo a vários objetos. Há uma clara imbricação entre o discurso de ódio a pessoas que apresentam ambiguidade de gênero e os discursos racista e xenófobo, em comentários como: “[...] Essa raça só quer é criar confusão”, “[...] essa raça ruim quer tomar conta de tudo [...]”, “É por isso que esse pais vai de mal a pior. Essa raça só envergonha a nação.”, “Vermes paulistas”, “[...] a torcida da gaivotas da fiel é enorme tem até lá no rio grande do norte. e é fiel mesmo até vem para SP protestar” ou “Vem la do norte fazer baderna aqui !!!!!!!!!!!!!!” Também é evidente a interdiscursividade entre o conteúdo analisado e o discurso religioso cristão, em comentários como: “o satanás que a todo custo fazer da imagem do homem uma aberração, ta repreendido em nome de jesus...” ou “DEUS criou Adão e Eva. O diabo querendo usurpar o lugar de DEUS juntamente com alguns anjos foram lançados do céu abaixo, o diabo sempre quis imitar a

O CASO BRUNA

100 criação de DEUS quis tomar o lugar de DEUS e criou o homossexualismo sentimentos homossexuais para destruir as pessoas, destruir sentimentos, iludir, enganar, criar depressão e fazer o ser humano de escravo. A missão dele é destruir tudo que DEUS fez destruir a criação de DEUS; o homem. Criou vícios, doenças, o mal, artifícios mentais, físicos e biológicos para enganar milhões de seres humanos. O sentimento homossexual é obra prima de lúcifer.”. Um “argumento” que vem sendo comumente utilizado nas pregações, inclusive televisivas, de líderes religiosos conservadores para justificar o ostracismo social ao qual deveria ser recolhida e mantida a população LGBT, está sintetizado no seguinte comentário: “Deus criou Adão e Eva e não Adão e Ivo”. No entanto, escolheu-se destacar a interdiscursividade com o discurso nazista de extermínio, já que ambos baseiam-se num ideal estético que se configurou como a mola mestra da repulsa aos que apresentam ambiguidade de gênero (quase 50% dos termos usados para repudiar as pleiteantes estão ligados a características físicas e de saúde). A obsessão estética hitlerista, ligada às artes e à Antiguidade, e o ideal de higidez nórdico podem ser conhecidos nos dispositivos de propagação da ideologia antissemita desenvolvidos pela máquina de propaganda nazista. Esse ideal estético, bem como sua propagação, podem ser conhecidos no documentário audiovisual, produzido em 1989, “Arquitetura da destruição”. A obra traz citações do próprio Hitler, extraídas de pronunciamentos e de seu livro Mein Kampf

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101 (Minha luta). Nelas, os judeus são comparados a ratos, parasitas, monstros repulsivos, vermes, sugadores de sangue, pestes, bactérias e insetos. Hitler os descrevia como um câncer que se alastrava e, em suas palavras, enaltecia os próprios feitos (esses sim) monstruosos: “Sinto-me como um Robert Koch da política. Ele descobriu um bacilo e mudou a medicina. Eu expus o povo judeu como uma bactéria.” (HITLER apud Arquitetura da destruição, 1989, 01:01:49). O prof. Cohen (2000) assim esclarece tal enunciado: “Representar uma cultura prévia como monstruosa justifica seu deslocamento ou extermínio, fazendo com que o ato de extermínio apareça como heroico.”. Ao considerar os seguintes excertos do documentário “Arquitetura da Destruição” (1989): •

''O maior princípio de beleza é a saúde!'', declara Hitler. (00:18:45)



Na Reunião Nacional do Partido, em 1935, Hitler conta para Wagner [Gerhard Wagner – médico chefe do Terceiro Reich] sua intenção de eliminar os ''doentes incuráveis''. (00:21:04)



O povo alemão mal sabe a extensão dessa peste [referindo-se aos loucos]. […] lndivíduos que são inferiores a qualquer animal. (00:23:32)



O embelezamento do mundo é um dos princípios do Nazismo. (00:24:30)



Os pacientes eram agrupados na câmara de gás. Os

O CASO BRUNA

102 corpos eram eliminados no crematório. (00:48:49) •

''Em todo lugar que uma mácula surge no corpo do povo eles se fixam, alimentando-se do organismo em decomposição. Eles lucram com a doença do povo. Empenham-se em perpetuar toda condição patológica. […] Assim os judeus se comportam através de História. Os ratos espalham a destruição à sua volta estragando os alimentos e a propriedade. Assim disseminam doenças como a peste, lepra, tifo, cólera, disenteria. Covardes e cruéis, preferem andar em grandes grupos. De todos os animais, são os mais destrutivos e nocivos. Assim também são os judeus e sua mentalidade. Mas são mais perigosos quando podem ter acesso a atividades sagradas, como cultura, religião e arte transmitindo a essas seu julgamento arrogante. A idéia nórdica de beleza, devido à natureza do judeu é incompreensível para ele e assim permanecerá para sempre. [...] O que ele chama de arte, agrada a nervos degenerados. Precisa exalar o mau cheiro da podridão e da doença, precisa ser grotesco, perverso e patológico. Essas fantasias de mentes doentes foram mostradas aos alemães pelos judeus teóricos em arte como revelações artísticas sublimes. '' (citação do audiovisual de propaganda nazista intitulado “O Judeu eterno”, 01:21:36)



No outono de 1941, seguindo o programa T4, cerca de 70 mil doentes mentais foram assassinados. (01:14:30)

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103 •

Hitler confiou o extermínio a uma organização a SS, que era a frente de vanguarda do Nazismo. (01:16:23)



''A descoberta da bactéria dos judeus é a grande revolução do mundo'', dizia Hitler. ''Devemos continuar a luta de Pasteur e Koch. lnúmeras doenças têm uma só causa: o judeu! Seremos saudáveis quando eliminarmos os judeus.'' Esse pronunciamento foi feito em fevereiro de 1942. (01:18:48)



São realizados testes em Auschwitz com um inseticida à base de cianeto. (01:20:02)



A química nos proporcionou uma arma efetiva: gás venenoso. Por dois anos, usariam monóxido de carbono em doentes mentais. Três anos depois, esse gás seria usado em Auschwitz. O gás era chamado Zyklon B. O cianeto, gás altamente tóxico, é eficiente como inseticida. (01:24:58)



Himmler [Heinrich Himmler, comandante da SS] discursa para os oficiais da SS: ''O anti-semitismo é como se livrar de piolhos. Eliminar piolhos é mais que uma filosofia. É uma questão de limpeza. Desse modo, o anti-semitismo é uma medida higiênica que fomos forçados a adotar. Logo não teremos mais piolhos. Sobraram apenas 20 mil piolhos. Logo serão extintos da Alemanha.'' […] Não por coincidência, o inseticida foi a arma adotada pelos nazistas contra os judeus. Durante

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104 anos, a propaganda usou a seguinte metáfora os judeus são bactérias, insetos e vermes. (01:25:46) •

A matança era uma missão biológica um tributo sagrado ao sangue puro. As fábricas de morte faziam saneamento antropológico. Eram o instrumento de embelezamento. (01:30:16)



Ele [Hitler] via os judeus como um câncer que se alastrava. […] Quanto maior o número de baixas na guerra mais importante se tornava o extermínio. (01:35:15)



É árdua a tarefa de definir o Nazismo em termos políticos pois sua dinâmica está repleta de um conteúdo diverso daquilo que comumente chamamos de Política. Em grande parte, esta força motora era estética. Sua maior ambição era o embelezamento violento do mundo. Das mortes de doentes mentais ao extermínio dos judeus não houve um verdadeiro motivo político. Não eliminaram os inimigos ou oponentes do regime mas sim, pessoas inocentes, cuja existência não estava de acordo com os ideais nazistas. (01:49:57)



Hitler passou das palavras à ação. Sem restrições, ele transformou uma ideologia absurda em uma realidade infernal. (01:51:48)

e a seguinte seleção de comentários:

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105 •

Saudades de Hitler e do nazismo, estariam todos fuzilados, inclusive esses gays nojentos!;



começa assim....daqui a pouco vem as cotas....louvado seja Hitler;



quando esse monte de bandalho se reúne um homem bomba faz falta....;



Esse povo n respeita nada nem ninguém e querem exigir direitos? Erva daninha q tem q ser exterminada;



bando de lixo;



lixo da pior espécie;



mutantes que a medicina produz;



bala de borracha neles;



escória da humanidade;



Que falta faz Hitler, sem duvida, tinha que haver um campo de concentração química pra lançar essas pestes que estão pesteando o mundo.;



só resolve isso na porrada;



Na hora que tem que chegar com borrachada, bala de borracha e cavalaria, a PM não faz nada;



Morro de saudade do Hitler numa hora dessas;



pode fazer um teste nestes monstros aloprados que 99.9% dessas criaturas tem doenças tramissiveis!!!!;



quanta lepra humana;



um punhadinho de ameba;

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106 •

tem que morrer tudo queimado;



é só por fogo e pronto;



a polícia tinha que tirar na porrada;



vermes paulistas;



aberrações da natureza;



30 caras com tacos de baseball resolveria isso em 2 minutos;



onde está as “SS” quando precisamos deles;



nessas horas queria ter só meio litro de sarin ou zyclon B;



ratos do inferno;

é possível constatar uma série de afinidades entre esses discursos. Entre elas, destacam-se: referências diretas ao nazismo nos comentários (em laranja) e termos semelhantes para (des)qualificar os objetos de preconceito (em verde) e ligados a ações de extermínio (em azul), nos dois discursos. A maneira de referir-se aos doentes mentais e aos judeus, no discurso nazista, e às travestis, intersexuais e transexuais, nos comentários destacados, revela que tais objetos não apenas se situam abaixo dos seres humanos, mas sim, nas formas mais primitivas de vida e, portanto, tão afastadas quanto possível dos sujeitos do preconceito (esses sim, humanos). Termos como: ameba, bactérias, insetos, piolhos e vermes foram usados e, não por acaso, as ações de extermínio propõem o uso de inseticidas em ambos os discursos. As pessoas desprezadas por esses discursos de ódio e preconceito foram constantemente

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107 associadas a ratos, animal extremamente desprezado, ou ainda consideradas “inferiores a qualquer animal”, quando associadas a doenças e outras abjeções, como em: peste, lepra, tifo, cólera, disenteria, câncer, erva daninha, lixo, mutantes, escória, monstros e aberrações.

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108 Tabela 4 – Comparativo entre unidades lexicais usadas para fazer referência aos objetos de preconceito nos discursos analisados Unidades lexicais selecionadas entre os comentários coletados

Unidades lexicais selecionadas entre as citações sobre o nazismo/nazistas

nojentos; lixo; erva daninha; mutantes; escória; monstros; doenças; pestes; lepra; ameba; vermes; aberrações; ratos

doentes incuráveis; pestes; inferiores a qualquer animal; doentes mentais; bactéria; doenças; condição patológica; ratos; lepra; tifo; cólera; disenteria; animais; podridão; piolhos; bactérias; insetos; vermes; câncer

Obs.: termos comuns às duas seleções foram grifados pelo autor. Fonte: desenvolvida pelo autor.

As ações que os dois discursos propõem com respeito

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109 aos objetos, doentes e judeus em um, e pessoas apresentando ambiguidade de gênero em outro, são bastante claras. Para expressá-las, são usados, repetidamente, termos como: eliminar, eliminados, assassinados, extermínio, matança, morrer tudo queimado, por fogo, fuzilados, homem bomba, bala de borracha, porrada, borrachada, tacos de baseball, inseticida e gás sarin e Zyclon B. Outra comparação eloquente entre as manifestações analisadas e o discurso nazista, pode ser feita ao considerar a carta escrita por Heinrich Himmler, em 18 de fevereiro de 1937, em que o comandante da SS, que também foi responsável pela supervisão dos campos de concentração, trata especificamente da homossexualidade39. Desejo explorar algumas ideias sobre o assunto da homossexualidade. Entre certos homossexuais existe o seguinte ponto de vista: o que eu faço não tem nenhuma importância para mais ninguém, é uma questão pessoal e privada. Tudo que diz respeito a assuntos sexuais deixa de ser privado, quando a vida ou a morte de uma nação depende disso. É a diferença entre dominação mundial ou aniquilação. Uma nação com muitas crianças pode ganhar supremacia e domínio do mundo. Uma raça pura com poucas crianças já está com um pé na sepultura; em cinquenta ou cem anos não terá nenhuma significância; em duzentos anos estará extinta. É essencial perceber que se nós permitirmos que essa infecção continue na Alemanha sem podermos combatê-la, será o fim do nosso país, do mundo 39

Disponível em: . Acesso em: 31 jan. 2015.

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110 germânico. Infelizmente, esta não é a simples questão que era para nossos antepassados. Para eles, os poucos casos isolados eram simplesmente anormalidades; eles os afogaram nos pântanos. Aqueles que achavam corpos no lodo não sabiam que em 90% dos casos se achavam cara a cara com um homossexual que havia sido afogado com todos os seus pertences. Isso não era nenhum castigo, mas a simples eliminação dessa anormalidade particular. É vital nós nos libertarmos deles; como erva daninha, temos que os arrancar, temos que os lançar ao fogo e queimá-los. Isso não parte de um espírito de vingança, mas da necessidade; essas criaturas devem ser exterminadas. (HIMMLER, 1938).

Tal carta expressa mais que similitude. Em boa medida, o léxico referencial e as ações propostas para as vítimas nesse trecho da carta são idênticos aos das manifestações analisadas. É interessante observar que o ódio feroz expresso por esses discursos, tanto pelo léxico de referência quanto pelas ações de extermínio propostas, destina-se a preservar uma higidez social associada a um ideal estético, uma beleza pré-concebida e partilhada pelos emissores desses discursos. Investigar como e por que essa “urgência estética” se sobrepõe a uma concepção ética de solidariedade humana, é uma tarefa que, lamentavelmente, excede as possibilidades deste estudo. Por ora, proponho lembrar das palavras da profª Jane Elliott no famoso documentário “Blue Eyed” (1996, 00:22:35)40: [o nazismo aconteceu] numa das mais civilizadas sociedades da Terra. Alguns dos maiores filósofos nasceram na Alemanha. Esse homem inteligente 40

Disponível em: . Acesso em: 16 jan. 2015.

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111 [Mengele, médico nazista] nos ensinou que pessoas inteligentes e poderosas podem matar outras pessoas também inteligentes mas sem poder, por causa de características físicas que elas não podem controlar ou uma religião diferente da sua. É um pensamento assustador. Já aconteceu uma vez e pode acontecer de novo, a não ser que as pessoas leiam essas coisas e percebam que ele [Mengele] não era um monstro. Era um homem fazendo o que achava certo e que tinha o poder para fazê-lo.

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Considerações finais

U

ma primeira vista sobre o vácuo social em que habitam travestis, homens e mulheres transexuais e intersexuais aponta para uma permanente deficiência das políticas educacionais, sociais e médicas, assim como da legislação pertinente. De fato, a adequação de tais políticas e a formulação de leis que os(as) atenda são imprescindíveis. É preciso que haja um sistema educacional que possa compensar a baixa escolaridade dessa população41. As políticas sociais precisam esclarecer a sociedade sobre a importância vital do uso do nome social e melhorar a empregabilidade dessas pessoas. Mas as vagas não devem se restringir às atividades exercidas às escondidas e têm que colocar essa população em contato direto com os demais cidadãos e cidadãs. A formação médica deve contemplar as particularidades dessas pessoas. As leis devem dar conta de garantir sua cidadania e, mais do que tudo e emergencialmente, seu direito à vida. Enquanto a média de vida do brasileiro atualmente é de 73 anos, a expectativa de vida das travestis varia de 30 a 40 anos 42. É verdade que várias travestis 41

42

A primeira, e talvez única, travesti a tornar-se doutora no Brasil, foi a profª Luma Andrade, no ano de 2012. Disponível em: . Acesso em: 18 jan. 2015. Disponível em: . Acesso em: 18 jan. 2015.

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113 recorrem ao meio violento da prostituição, por que querem ou por que precisam, mas também há homens e mulheres que se prostituem, e não se tem notícia de que sejam, como as travestis o são, caçados, de forma intencional, organizada e sistemática, para serem exterminados com violência e crueldade 43. A análise dos dados demonstra que o desprezo a essas pessoas é majoritariamente de ordem estética. Adquirir uma aparência que se harmonize com o gênero autopercebido, a despeito das características biológicas, não é tarefa fácil. Exige um esforço contínuo e depende da compleição física, da idade, da resposta do organismo a várias intervenções cirúrgicas e de um tratamento complexo, que pode incluir procedimentos arriscados e mal sucedidos. Sendo assim, o custo para aproximar o corpo real de uma concepção idealizada é elevadíssimo, o que impõe restrições ainda maiores às pessoas de baixa renda. Mesmo nas raras ocasiões em que esse processo tenha resultados espetaculares, como no caso de Roberta Close, Léa T. ou Telma Lip, a pessoa deixa de ser repulsiva para tornar-se uma “curiosidade”. Os dados também revelam desinformação generalizada sobre a transgeneridade. Sobre ela, não há questionamentos conceituais, só afirmações descabidas. Para entender como isso se 43

Para saber mais, consulte o Relatório 2014: assassinatos de homossexuais (LGBT) no Brasil, publicado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB). Disponível em: . Acesso em: 3 jan. 2015.

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114 dá, será preciso recorrer ao prof. Goffman: É provável que o mais afortunado dos normais tenha o seu defeito semi-escondido, e para cada pequeno defeito há sempre uma ocasião social em que ele aparecerá com toda a força, criando uma brecha vergonhosa entre a identidade social virtual e a identidade social real. Portanto, o ocasionalmente precário e o constantemente precário formam um continuum único, sendo a sua situação de vida passível de ser analisada dentro do mesmo quadro de referência. (Daí porque as pessoas que só têm uma pequena diferença acham que entendem a estrutura da situação em que se encontram os completamente estigmatizados […]). (GOFFMAN, 2004, p. 108).

Esse desconhecimento sobre a transgeneridade tende a imputar-lhe, equivocadamente, um conceito ligado a comportamento e não a identidade ou a característica essencial do indivíduo. Se por um lado, algumas sociedades começam a entender a homossexualidade como uma vivência possível da sexualidade, por outro, a trajetória para entender a transgeneridade como uma possível expressão/identidade de gênero, ainda não começou. Dessa forma, pessoas transgêneras restam muito visíveis fisicamente e quase invisíveis socialmente. Há muito a aprender. Recentemente, conversando com uma amiga que é mulher transexual, ela me perguntou: - Quando você percebeu que era menino? - ao que eu, obviamente, respondi: - Não sei. Ela continuou: - Você lembra o que sentiu quando te contaram que você era menino porque tinha pênis?

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115 - Não, eu disse. Mas imagino que nada ou muito pouco, já que eu sempre soube que era menino. Ela, então, explica: - Eu também não lembro quando entendi que era menina. Nunca mudei minha percepção sobre meu gênero. Sempre fui menina. Entretanto, lembro bem do choque que senti quando me disseram que meu pênis significava que eu era menino. Na verdade, essa lembrança, que para mim é violenta, é revivida a cada instante, em cada olhar curioso, em cada riso escondido, em cada comentário hostil, no mercado, na casa de meus pais, na rua etc. A partir dessa vivência de Daniela, é possível compreender que respeito é a atitude que atribui maior importância ao direito do outro ser como é do que à opinião sobre como ele deveria ser, e que a questão da conquista de condições equânimes de existência para pessoas que apresentam ambiguidade de gênero dialoga com a capacidade humana de olhar para o outro conforme ele mesmo. Aproximando-me da coda, volto a lembrar da história de Bruna, e da Lana, da Lola, da Makiba, da Brenda, da Maika, e de tantas, tantas, outras companheiras cujas vozes foram ouvidas com rara acuidade pelo prof. Cohen: Eles [os monstros] nos pedem para reavaliarmos nossos pressupostos culturais sobre raça, gênero, sexualidade e nossa percepção da diferença, nossa tolerância relativamente à sua expressão. Eles nos perguntam por que os criamos. (COHEN, 2000).

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117 (119 min), color. Documentário sobre os ideais estéticos nazistas e sua propagação, na primeira metade do século XX. Disponível em: . Acesso em: 22 jan. 2015. BLUE Eyed/Olhos Azuis. Direção Bertram Verhaag. EUA, 1996. Produção DENKmal Filmgesellschaft. 1 filme (96 min), color. Documentário sobre experimento da profª Jane Elliott a respeito do racismo. Disponível em: . Acesso em: 16 jan. 2015. BRANDÃO, Helena H. Nagamine. Introdução à análise do discurso. Campinas: Editora da UNICAMP, 2010. BORRILLO, Daniel. Homofobia: história e crítica de um preconceito. Belo Horizonte: Autêntica, 2010. CANÇADO, Márcia. Mini-curso: a semântica lexical. In: Congresso Nacional de Estudos Linguísticos, 2013, Vitória. Disponível em: . Aceso em: 17 abr. 2015. CAPUTO, Ubirajara de None. Relações de trabalho de homossexuais, bissexuais, transgêneros e intersexuais no âmbito das negociações coletivas no Brasil. Revista Ciências do Trabalho, São Paulo, n. 3, p. 01-31, 2014. Disponível em: . Acesso em: 17 fev. 2015.

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COHEN, Jeffrey Jerome. A cultura dos monstros: sete teses. In: _____ et al. Pedagogia dos monstros: os prazeres e os perigos da confusão de fronteiras. Belo Horizonte: Autêntica, 2000. Disponível em: . Acesso: 21 jan. 2015. CONWAY, Lynn. How frequently does transsexualism occur?, 2002. Disponível em: . Acesso em: 22 dez. 2014. CROCHÍK, José Leon. Preconceito, indivíduo e cultura. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2011a. _____. Preconceito e inclusão. WebMosaica, v. 3, n. 1, 2011b. DE BARROS, Diana Luz Pessoa. A construção discursiva dos discursos intolerantes. [S.l.: s.n.], 2011. Disponível em: . Acesso em: 17 abr. 2015. DIAS, Maria Berenice. União homossexual: aspectos sociais e jurídicos. Revista brasileira de direito de família, [S.l.], n. 4, p. 07-13, 2000. Disponível em: . Acesso em: 17 fev. 2015. FERNADES, F. O negro no mundo dos brancos. São Paulo: Difel, 1972.

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120 GOFFMAN, Erving. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. [S.l.; s.n], 2004. Material digitalizado. Tradução do original: Stigma: notes on the management of spoiled identity, 1963. HODSON, Gordon; BUSSERI, Michael A. Bright minds and dark attitudes: lower cognitive ability predicts greater prejudice through right-wing ideology and low intergroup contact. Psychological Science. 02 feb. 2002. Disponível em: . Acesso em: 04 mar. 2014. HORKHEIMER, Max; ADORNO, Theodor W. Preconceito. In: _____. Temas básicos da sociologia. São Paulo: Cultrix, 1978. p. 172-205. JAHODA, M.; ACKERMAN, N. W. Distúrbios emocionais e anti-semitismo. São Paulo: Perspectiva, 1969. KINSEY, Alfred C. et al. Sexual Behavior in the Human Male. Philadelphia: W.B. Saunders; Bloomington, 1948. Disponível em: . Acesso em: 1º fev. 2015.

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121 KINSEY, Alfred C. et al. Sexual Behavior in the Human Female. Philadelphia: W.B. Saunders; Bloomington, 1953. Disponível em: . Acesso em: 1º fev. 2015. LEITE JÚNIOR, Jorge. Transitar para onde? monstruosidade, (des)patologização, (in)segurança social e identidades transgêneras. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 20, n. 2, p. 559-567, maio/ago. 2012. LINS, Regina Navarro. O livro do amor: da pré-história à renascença. v. 1, Rio de Janeiro: BestSeller, 2013. MOTT, Luiz. Bahia: inquisição & sociedade. Salvador, EDUFBA, 2010. OKITA, Hiro. Homossexualidade: da opressão à libertação. São Paulo: Sundermann, 2007. PRAYERS for Bobby/Orações para Bobby. Direção Russell Mulcahy. EUA, 2009. Produção Daniel Sladek Entertainment; Once Upon a Time Films; Permut Presentations. 1 filme (90 min), color. Documentário sobre a reação de Mary Griffith à homossexualidade de seu filho Bobby. Disponível em: . Acesso em: 19 fev. 2015.

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122 RUBIN, Gayle. Pensando o sexo: notas para uma teoria radical das políticas da sexualidade: as guerras sexuais. [S.l.; s.n, 19--?]. Material digitalizado. Tradução do original: Thinking Sex: Notes for a Radical Theory of the Politics of Sexuality, 1984. SENKEVICS, Adriano. O conceito de gênero por Gayle Rubin: o sistema sexo/gênero,16 abr. 2012. Blog Ensaios de Gênero. Disponível em: . Acesso em: 11 jun. 2014. VAN DIJK, Teun A. Racismo e discurso na América Latina. São Paulo: Contexto, 2008. 383 p. VENTURI, Gustavo; BOKANY, Vilma (Org.). Diversidade sexual e homofobia no Brasil. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2011.

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as

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Anexo I – A reportagem

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Anexo II – Os comentários 11/01/2014 17h53 - Atualizado em 11/01/2014 19h05

Transexuais protestam em shopping na Avenida Paulista Manifestantes alertavam para preconceito em banheiros públicos. Segundo a Polícia Militar, 50 pessoas participaram do ato. • Nestor Neira Não sei como o tiozão da segunda foto continuou comendo com essas nojentas aberrações atrás dele!! A fome devia estar grande mesmo!!

• Mary Melo Melhor evitar ir em banheiro público,(todos, h,m,g,l)ai fica tudo bem.

• Professor Francisco 50 pessoas participaram do ato, 50 e um destaque no site da globo. Ta dificil, ta muito dificil. Pederastas tem ajuda do imprensa

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140 • Davi Durães Saudades de Hitler e do nazismo, estariam todos fuzilados, inclusives esses gays nojentos!

• Ana Moreira Eu me sentiria constrangida e desconfiada se estivesse em um banheiro e entrasse um travesti, sei lá se é travesti mesmo ou um tarado pronto a atacar, hoje em dia não se pode confiar em ninguém!

• Calcinha Freada Esse protesto é pra portuguesa não cair?

• Rodrigo Carvalho acho que alguns comentários, deveriam ser rastreados e levar um processo na fuça, pra aprender!

• Everaldo Silva Nossa, cada comentario baixo. porque nao tentar entender a causa desses seres humanos? Ja pensaram nisso? A gente acabou de celebrar o Natal, e um comeco de um ano novo. porque nao tentamos ser pessoas melhores, com um pouco mais de amor no coracao e mais sensíveis com as causas e lutas alheias. Assim talvez vcs possam ter um pais melhor pra vcs e para seur familiares. A violencia cibernética tambem e um tipo de violencia. Moro em pais de primeiro mundo a anos a maioria das pessoas que eu conheco aqui seriam incapaz de usar os termos que aqui li.Como os brasileiros sao pobres...de espirito!

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• Samuel Dias Esse aí do cartaz menstrua?

• Tibúrcio Silva O pessoal está forçando heim...Daqui há pouco vão querer que todos sejam gays, seria o preconceito invertido? A Lei vale para ambos os lados...

• Edinei Tacla Li vários comentários aqui sugerindo a criação de um terceiro banheiro. Criando o tal terceiro banheiro veremos manifestações dizendo que isso é discriminação e homofobia. Essa raça só quer é criar confusão.

• Ariosto Spadoni Há séculos existem locais para necessidades fisiológicas denominados na entrada de "mulher" e "homem". Tratem de olhar no meio das pernas que saberão do que se trata um e outro. Se acha que não é nenhum dos dois, ache uma moita ou vai embaixo da ponte.

• D.lima Há países em que há um terceiro banheiro.

• Ronaldo Borges Qual pai aqui se sentiria seguro sabendo que sua filha pode dividir o banheiro com um travesti que faz programa

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142 na rua.

• Wesley Mariano "não se nasce mulher, torna-se".... Ok, então quando se tornarem mulheres capazes de gerar a vida humana em seu útero, dádiva essa celestial, peçam então um banheiro só pra vcs...

• Bruno Costa Deus fez o Homem e a Mulher o Resto eh tudo gambiarra,

• Renilson Júnior O mais divertido nesses comentários é a quantidade de gente que apoia a discriminação contra mulheres transexuais, pois segundos eles essas pessoas são drogadas, pervertidas, bandidas, criminosas e que por isso devem morrer, levar socos e chutes, receber xingamentos e ser proibidas de frequentarem espaços públicos, pois são aberrações e inúteis. A pessoa transexual foi aqui total e absolutamente desmoralizada pelo fato de ser o que é: uma pessoa que age de acordo com o que se identifica ser. Troque essas pessoas por nazistas e os transexuais por judeus: nada mudou na cabeça das pessoas...

• Fabiana Andrade O mais correto seria criar mais banheiros unisex. Eu não me incomodaria em dividir o banheiro feminino mas muitas mulheres se sentiriam desconfortáveis, então para

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143 evitar barracos, amplie-se o número de banheiro unisex.

• Ozimar Sa Ser transexual é uma escolha uma opção sexual, não dá direitos a eles de escolherem banheiros e nem os shoppings tem que se adaptar aos transexuais, então as lésbicas terão que frequenta o banheiro dos homens? acho que daqui alguns anos teremos que fazer protesto colocando cartazes com está frase: HETEROFOBIA É CRIME.

• Nádia Ribeiro Quantos comentários preconceituosos. Tantos problemas nesse país e vocês preocupadas em impedir que mulheres, sim, MULHERES, usem o banheiro feminino. Santa ignorância, Batman.

• Renilson Júnior E outra: historicamente a divisão de banheiros por sexo (masculino, feminino) foi criada principalmente e sobretudo para evitar estupros e crimes de cunho sexual contra mulheres. Se a pessoa não se reconhece como homem, mas sim como mulher, provavelmente ela não sente atração sexual por outras mulheres, não havendo risco de crimes sexuais contra as outras mulheres. Dizer que homens irão se passar por transexuais para abusar mulheres é ridículo e muito fraco para alguém realmente levar a sério.

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144 • Tonny Silva Não concordo em usarem banheiros femininos. Absurdo.

• Luis Pereira Falam de travestis que fazem programas, mas e sempre os eteros procurando para fazser sexo bizzaro...

• Valdir Junior na frança os banheiro são abertos , na holanda tem na rua, mas aqui no brasil não pode'se fazer nem top less, aqui o povo não usa nem a seta do carro , outra cultura né.

• Rodrigo Teixeira Morte aos evangélicos!!!

• Marcelo Castro Só acho que todas as pessoas que fizeram comentários odiosos deveriam parar e pensar pois independente da sua ideologia, deve-se respeitar SERES HUMANOS cada um dotado de liberdade de expressão e livre arbítrio para ser quem desejar ser. Não julguem para não serem julgados. Elas estão no direito delas, é sim inadmissível que diante de tanta diversidade um shopping localizado no centro da cidade mais moderna desse país, palco da parada do orgulho LGBTT, não está preparada para receber esse público "diferenciado" que na verdade só luta para ter os mesmos direitos de todo mundo....

• Obtivarius Dytus Vai fazer este banheiro lá fora bem longe do shopping , e

O CASO BRUNA

145 não quero ver estes demonios quando estiver andando por ai.Eu tenho preconceito sim eu sei ver diferenças, E outra isto é baderna anarcocomunismo

• Aparecida Martins ridiculo esses comentarios preconceituosos, são todos seres humanos, devem ser tratados pelos que são se seus corpos são femininos são mulheres sim, ou será que os machões ou as senhoras ai gostariam de ve-las andando mostrando os seios pq segundo a lei sendo consideradas masculinos podem andar sem camisetas nas ruas sem ser atentado ao pudor, então sinceramente engulam esse preconceito e comecem a raciocinar com clareza e a serem humanos, transex, travestis, homos, gays, lesbiscas enfim, todos são seres humanos e merecem ser respeitados como tal!

• Sabbotay isso faz parte da estrategia q pretende criar um caos social no pais, por isso o g1 deixa na capa

• Obtivarius Dytus E u ja não tenho mais paciência com estas coisas, tem gente aqui que quer 3 banheiros outros querem 2 banheiros, eu realmente não sei porque esta situação destes demonioseu não tenho mais idade , oque te acontecendo com o mundo?

• Roberto Perez O CASO BRUNA

146 Engravidem e passarei a vê-los como mulheres. Caso contrário não passam de uns zerruelas querendo vitrine.

• Abdominésio Halteres Todos sabem que os doze discípulos praticavam sodomia em Jesus. Os 13 se reuniam em um quarto e passavam horas dialogando sobre o amor de cristo, um por um. Você acha que a cruz servia para que? Com um preservativo, era inserida na extremidade traseira de Lucas e Mateus, ao mesmo tempo.

• Claudia Ramos porque eu como hetero sou obrigada a aceitar guela abaixo e ficar quieta porque é preconceito sou homofobica posso ir até presa... estão cheias de leis para se defender e onde fica meus direitos de ir e vir onde está a democracia e o direito de pensar tenho meus valores e não sou uma pessoa retrógrada mas não aceito e pronto

• Ariosto Spadoni Tive que (tentar) explicar para minha filha de 8 anos essas fotos, e dizer que são homens vestidos de mulher, dizer o que é transsexual e travesti e gay. Cruel. Desculpa, mas é difícil não ser homofóbico.

• Matheus Nascimento parte2-Então o seguinte,nao se esqueçam,de que todos vcs aqui,provavelmente 90% dos que comentaram coisas ridiculas como as que eu vi são BRASILEIROS,e

O CASO BRUNA

147 nós,BRASILEIROS,somos uma GRANDE MISTURA,temos nas nossas veias sangue AFRICANO,DE INDIO,EUROPEU,PORTUGUES,e tbm uma boa parcela aqui deve ser negra tbm,então entendam uma coisa,se hitler um dia "volta-se" pode ter certeza de que quase 80% da população brasileira seria exterminada(como expliquei na parte 1)entao nao pense vcs que so pq são crentes,que estariam livres,vcs seriam vistos como impuros de qualquer jeito.Então pq não vão estudar?hm?

• Sander Wolf Um homem que afirma ser Napoleão, e considerado louco e necessitado de tratamento psicológico adequado. Agora um homem que afirma ser uma mulher, o relativismo moral"do politicamente correto" diz que que temos que concordar. Ideologia de indentidade de gênero e bater palmas para ver louco dançar.

• Paulo Cezar É sempre os travestis que fazem bagunça o pessoal lesbico não criam tumulto assim usam normalmente os wc feminino.

• Jose Geraldo imundos , nojentos

• Paulo Cezar Deus criou Adão e Eva não Adão e Ivo, desse a borracha

O CASO BRUNA

148 nessa corja que eles vira homen.

• Lindomar Moraes Infelizmente, são todas aberrações da natureza !!! Deus criou o homem e a mulher !!! Quem não estiver satisfeito com o sexo que nasceu, está desrespeitando Deus, está sendo blasfemico !!! E ainda dizem é que os outros é que os desrespeitam !!!

• Edu Farias DEUS criou Adão e Eva. O diabo querendo usurpar o lugar de DEUS juntamente com alguns anjos foram lançados do céu abaixo, o diabo sempre quis imitar a criação de DEUS quis tomar o lugar de DEUS e criou o homossexualismo sentimentos homossexuais para destruir as pessoas, destruir sentimentos, iludir, enganar, criar depressão e fazer o ser humano de escravo. A missão dele é destruir tudo que DEUS fez destruir a criação de DEUS; o homem. Criou vícios, doenças, o mal, artifícios mentais, físicos e biológicos para enganar milhões de seres humanos. O sentimento homossexual é obra prima de lúcifer.

• Roberto Perez MULHERES!!!! Tenho a saída para o problema. Levem uma garrafa vazia de óleo Liza na bolsa. Toda vez que quiserem urinar façam uso dela. Está escrito na embalagem: LIVRE DE TRANS.

O CASO BRUNA

149 • Ronaldo Lima Santo Pai ! Só não me mandem esses andróides para o banheiro masculino . . . imaginem só o susto !

• Alexandre Dutra Devia trocar o gênero nos banheiros: Macho e fêmea. Fazendo isso resolve esse problema rapidinho. E chega de dar mídia pra essa minoria ridícula, o Brasil tem tanta coisa pra se preocupar do que dar ibope pra essa categoria "transgênica".

• Alexandre Dutra Alguma mulher sensata que fosse, entraria em um banheiro em que tivesse um elemento desses? Ou pior, se essa mulher fosse sua mãe, irmã, namorada ou esposa? Tenho certeza que nenhuma mulher entraria mais em banheiros públicos.

• Goleador A torcida do cornointians não sai da mídia a torcida da gaivotas da fiel é enorme tem até lá no rio grande do norte. e é fiel mesmo até vem para SP protestar

• Nilton Vanini niguem é precisa dividir o baheiro com um objeto desse dá ate medo

• Jose Geraldo De uma coisa eu tenho certeza , isto nao é doença, isto è

O CASO BRUNA

150 pura sem vergonhice , provado e comprovado , este negocio de dar a caixinha de camarukaio rsrs tem um nome VIADISSE KKKKKKKKKKKK

• ANTONIO IMPERIALE Não sei aonde vão parar estas manifestações de torcidas...Os cidadãos nem podem mais sair, que os torcidas organizadas sãopaulinas invadem tudo!!! Por que não ficam se manifestando só no Morumbi, onde os banheiros são UNISEX???

• Obtivarius Dytus Tolerancia zero é um bom caminho, pensem nisto

• Eduardo Veiga começa assim....daqui a pouco vem as cotas....louvado seja Hitler

• Rogerio Calasans Esses lixos tinham que ter sido expulsos na porrada. pessoas de bem com crianças almoçando e essas tranqueiras fazendo baderna. Vão viver no mundo de vcs trancado dentro de casa fazendo programa.

• Mari Melo Piada né, não se nasce mulher???????!!!!!!!! Eu nasci mulher, sou do sexo feminino, não tive que fazer cirurgia nenhuma para "ser" mulher. Além da juventude bestializada, agora também a polícia tem mais essa "turma" para dar trabalho a eles.

O CASO BRUNA

151 • Olimpio Leite quando esse monte de bandalho se reúne um homem bomba faz falta....

• Gabriel S Bando de retardado mental

• Alexandre Pinheiro Só digo...CROMOSSOMO XX E XY.... E VÃO CARPIR.....

• Adriano Aparecido O rapaz da primeira foto parece um leão rugindo.

• Estevão Freitas "elas" que cortem o "excesso" e depois podem entrar nos banheiros femininos

• Estevão Freitas nunca vi tantos torcedores do tricolor juntos

• Marcelo Barbosa ridículo

• Mauricio vai corinthians a torcida toda do corinthians protestando , o precusor desse protesto e o emerson sheik kkkkkk

• Mario Souza Essa loira da primeira foto era zagueiro do time aqui da

O CASO BRUNA

152 vila.. jogava muito ai começou a andar com uns má companhia, ela tava até bem só dava quando bebia, mas pensa numa pessoa que bebe pra caramba....kkkk

• Leonidas Silva A TORCIDA CORINGAY TA NA ATIVA, sempre em ALTA COM A MIDIA!!!

• São 90 Uma mais gata que a outra !!!! Vai tricolor !!!!

• Leonidas Silva Boicotou O MEU COMENTARIO POR QUÊ????? TAMBEM É DO TIME??? SEU CENSURADOR INCOMPETENTE!!!! OU TEM ALGUM PARENTE SEU NO PROTESTO???

• Idemar Tozatti Distribuem vibradores de 40cm , que as loucas sossegam.

• Gustavo Moreira Devolve minha chuteira João!!!

• Dilson Junior AINDA ESSE POVO LUTANDO POR DIREITOS, HO POVO DA JUSTIÇA BRASILEIRA DÁ LOGO O QUE ELES QUEREM. QUI PROGUIÇA....

• Obtivarius Dytus eu nunca pensei que iria ver isto na minha vida

O CASO BRUNA

153 • Renato Passos GLOBO vai ficar boicotando meu comentário porque? Tem piores aqui, inclusive apologia a ataques violentos aos gay's. Cadê meu comentário? O veículo de publicação é de vcs mas a responsabilidade do que esta escrito é minha!

• Obtivarius Dytus O TERCEIRO BANHEIRO TEM QUE EXISTIR

• William Araujo criaturas???todos nos somos criacao de um ser superior ; e se este ser criou estas criaturas ele sabia o que estava fazendo, e quem e' vc pra ta julgando esta criacao???sera que vc e' DEUS

• Maria Joaquina Esse povo n respeita nada nem ninguém e querem exigir direitos? Erva daninha q tem q ser exterminada.

• Alessandro Reis Daqui a pouco as meninas que se vestem igual homem vão querer usar banheiro masculino.

• Giovane Souza Deus é gay, Jesus era gay...

• D.lima O rolezinho impediram, alegando assustar as pessoas.

O CASO BRUNA

154 Essa demostracao no centro alimentício nao assusta?

• Isabela Isabelalag Aaarrasaram meninas!!! Parabéns pela coragem, que continuemos forte na luta contra a opressão!!! TRANSFOBICOSNÃOPASSARÃO

• Luis Pereira Eles(as) fazem de tudo para nos acrdedir, isso e uma ensegurança com as Trânsexuais, existirmos e somos muitas, so precisamos nos unir, para nos fortalecer... Eu não estava presente por compromissos pessoais, mas proximas estarei com vocêis... Parabêns atodas presentes no manifesto...

• Bruno Costa Aposto qt vc quiser,SE BOTAR BANHEIRO PRÓPRIO PRA ESSE POVO aposto q o shopping vira Hotel

• Bernardo Claraval Repugnante! Mesmo que as palavras não digam, a consciência em cada um berra: REPUGNANTE!

• FABIO ALMEIDA DO JEITO QUE A COISA VAI, NÓS HETEROS É QUE SEREMOS DISCRIMINADOS....E OLHA LÁ UM HETERO,ONDE ESSE MUNDO VAI PARAR....

• Rafael Alves Nada contra, mas que são esquisitos, isso são! Quanto a ir

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155 a banheiros femininos, não acho que as mulheres se sentiriam à vontade com homens frequentando-os.

• Claudia Ramos o "Diabo veste Lílas"

• Profeta vai trabalhar pra construir banheiro só pra vcs, pensa que foi facil!!! o homem demorou 5000 mil anos para fazer pra homem e mulher e vcs ja querem de graça... que que nois ganha? o fusquete?

• Profeta vai trabalhar pra construir banheiro só pra vcs, pensa que foi facil!!! o homem demorou 5000 mil anos para fazer pra homem e mulher e vcs ja querem de graça... que que nois ganha? sexo ?

• Valéria Silva Êh São Paulo! Na boa, sem ofensa!Uma amiga paulista q mudou pro Rio há três anos, fala q a única diversão do paulista são os shoppings. E agora? Como ficará a distração da galera paulista? Os shopping além de "arrastões" com apelido de "rolezinhos" tem que se encarar protestos desnecessários? Antes de me ofenderem, nada contra a opção sexual de cada um, mas existem prioridades a serem protestadas e jamais dentro de um shopping, onde as pessoas estão ali para um lazer ou comer, haja vista o senhor ali almoçando.As pessoas

O CASO BRUNA

156 devem ter se assustado achando q é mais um arrastão, respeito né?3,2,1

• Ederval Policarpo gente..... TRANS É MULHER ESTUDOS COMPROVAM!!! CRITICAR AGORA É TOLICE JULGAR É FACIL DIFICIL É ESTAR DENTRO DA SITUAÇÃ0O!!! HOMENS PAI DE FAMILIA COMO EU RESPEITEM A SITUAÇÃO!!!!!!!

• Vicente imagine a mãe e sua filhinha de 4 anos indo ao banheiro de um shopping e tendo que explicar - " mamãe o que é aquilo ali daquela moça? Ela é mulher mamãe?". Lugar de bizarrice é em circo!

• Bruney Trindade Lamentável!

• Caio Sousa A VERDADE QUE OS GAYS TEM PRECONCEITO CONTRA ELES MESMO, COLOCAM UMA COISA NA CABEÇA DE VCS, GAYS NUNCA VÃO SER MULHER, VCS NÃO ENGRAVIDAM, NÃO MENSTRUAM, VIRAM HOMENS E PAREM DE BANCAR O RIDÍCULO

• José Silva Mulher com pinto não dá. E ainda nos pagamos pelo SUS a mudança de sexo. Bando de lixo.

O CASO BRUNA

157 • Thiago Domingues Alguem ai na globo poderia me explicar porque o meu comentario com mais de 90 votos positivos não esta entre os mais populares?

• Osmar Almeida quem perde a virgindade nunca mais vai voltar a ser virgem não existe cirurgia e nada capaz de voltar, assim do mesmo modo quem nasce homem ou mulher ainda que faça cirurgia ou mude de identidade para mudar de sexo, diante daquele ( DEUS ) cujo o qual todos os joelhos vão se dobrar inclusive o meu, jamais vai ser considerado de outro sexo.e não adianta confundir o fato de uma pessoa ter uma vida de sucesso em todos os sentidos que Deus estará aprovando a sua conduta.

• Kamilla UM CONSELHO MENINAS. NAO ADIANTA DISCUTIR COM IGNORANTES..O MELHOR É LUTAR POR UMA LEI DE IDENTIDADE DE GENERO! PORK ESSA GENTALHA ESCONDE O ROSTO PRA COMENTAR E NEN SAO CAPAZES DE LUTAREM POR UM PAIS MELHOR... ESSES POVO SANTINHO DEVIA ERA LUTAR POR MELHOR ESCOLARIDADE OU SAUDE PUBLICA

• Alberto Fernandes Nossa, é tanto comentário ridículo. O meu some. Não

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158 vale a pena mesmo.

• Jacquelyne Sylver As pessoas transgêneras merecem todo o nosso respeito, pois são seres humanos como quaisquer outras pessoas e diferentemente de como muitas pessoas pensam, elas não escolheram viver como pessoas transgêneras e sim nasceram com a identidade de gênero feminina ou masculina, conforme a particularidade de cada pessoa, e merecem todo o nosso respeito, sem preconceitos e nem discriminações!!!

• Mary Melo Enquanto isso...na segunda foto ...um senhor 'tenta' almoçar em paz..................

• Alberto Fernandes Vou protestar por subtração de comentário. Senhor moderador? Why?

• Niemeyer Franco Antes eu fui obrigado a respeitar: agora, querem que eu apoie. Tá querendo demais.

• José Cruz Já já teremos teremos que mudar de planeta, pois só haverá lugar para banheiros e mais banheiros para tantos mutantes que a medicina produz.

• Ronaldo Borges O CASO BRUNA

159 Ai a milha filha menor de idade entra no banheiro do shopping e tem que presenciar um travesti, que provavelmente faz programa na Augusta ou Consolação trocando de roupa ou mijando em pé, os gays precisam aprender que os direitos deles param quando afetam o direto de todos nós.

• Carlos Almeida Antes de partir para ofensa, algumas pessoas aqui deveriam parar um pouco para pensar no sofrimento que essa minoria da sociedade sofre no nosso país. Normalmente não são aceitos no próprio lar, quando vão para alguma entrevista de emprego recebem alguma desculpa e perdem a vaga, sofrem agressões verbais e físicas de pessoas que nunca viram antes na vida em ambientes públicos etc. A religião prega "amor",mas o que mais vemos desses seguidores do cancro chamado "cristianismo" é ódio e segregação. Cadê o amor e o respeito pelo próximo? Até quando identidade de gênero vai ser motivo de chacota?

• FABIO ALMEIDA SÓ EXISTEM MULHERES E HOMENS O RESTO É MUTANTE , ARRUMEM UMA VAGA NO FILME X-MEN

• Welton Neris Tem palmito nessa salada aí.

O CASO BRUNA

160 • Sanchez essa torcida do corintias,sempre aprontando.ta loko

• Reinaldo Bastos Olha a falta de respeito da Globo com as mulheres brasileiras... Você mulher gostaria de dividir o banheiro com uma coisa dessas?

• Marcos Barbosa Bala de borracha neles!!!

• Renato Silva Para ter respeito é preciso respeitar, o que não fizeram, visto que não se importam em constranger pessoas que queriam simplesmente almoçar em paz numa praça de alimentação.

• Ronaldo Borges Se é homem usa banheiro de homem, concordo que os gays tem seus direitos, mas acho que já estão querendo extrapolar.

• Preira Lobo esses lixos são a escoria da humanidade!!!!!

• Anderson Castro é só fazer um terceiro banheiro, um banheiro livre, pronto ... acabou, resolvido

• Osmar Almeida O CASO BRUNA

161 um transexual nada mais é do que um homem sem órgão genital e o banheiro como já diz o nome é feminino. para bom entendedor uma virgula já basta. eu não gostaria que a minha mãe e a minha filha de 6 anos estivesse neste banheiro e desse de encontro com esta situação.

• Benjamim Santos essa ruela é parafuso!kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.

• Julio Messias Se o transexual já mudou seu nome de nascimento perante a lei, ninguém poderá negar seus direitos , se alguém vier falar alguma é só transexual mostrar sua identidade, tá aqui perante a lei sou mulher e ninguém pode me mandar sair daqui, se não está errado, o que que um homem vestido de mulher , que perante a lei também é homem está fazendo no banheiro feminino. Não me considero preconceituoso, mas como os homossexuais não aceita que ninguém impor seu preconceito sobre eles, também não deveriam impor sua opção sexual aos outros

• Licak Ai não concordo, querem se transformar mas não sou obrigada a entrar no mesmo banheiro é constrangedor, são muito abusados viu

• Reinaldo Bastos Todos os dias este site da globo abre espaço para tentar empurrar na sociedade que essas aberrações são normais.

O CASO BRUNA

162 É tão absurdo que não merecia destaque algum. E em relação ao cartaz vai a correção: "Não se nasce gay ou lésbica". Deus criou homem e mulher.

• Aldebaran Lei de Newton também vale para a sociedade. Toda ação atrai uma reação. Essa gentalha fica pressionando pessoas que estão na sua vida normal, com suas famílias, e vão ver só. O primeiro resultado que vão ver é que nas próximas eleições haverá um crescimento gigantesco da bancada evangélica. Quanto mais gritarem de um lado, mais haverá gente gritando do outro. E num futuro próximo a natureza irá se vingar do gênero humano, pelas desordens e sujeiras físicas e morais que causam no Universo.

• Everaldo Costa Ta muito complicado! esse raça ruim que tomar conta de tudo, falta pouco pra eles exigirem um shop so pra eles.

• Val Gomes Essas pessoas, quer você concorde com as escolhas delas ou não, têm o direito de fazer xixi e, para isso, usar o banheiro. Eu não tenho problema algum em dividir o banheiro com elas, até porque em banheiro feminino todas ficam fechadinhas no seu respectivo vaso. Se elas se consideram mulheres, pq não? Ou vcs acham que elas e os homens ficariam mais confortáveis dividindo o banheiro masculino?????

O CASO BRUNA

163 • Eduardo Cavalcanti "Não se nasce mulher, torna-se!" kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkk

• Andre Silva o pecado atrofia tudo isso e resultado do pecado a biblia diz q/ isso e espirito de imundicia

• Suely Seretti Poderíamos pedir que fizessem quatro banheiros Homem e gay, Mulher e lésbicas. Seria mais honesto.

• Silvio Viana Muitos se transformam e entram no banheiro do sexo oposto só pra dar uma curtida (fantasia) e.....

• Roque Andrade Que falta faz Hitler, sem duvida, tinha que haver um campo de concentração química pra lançar essas pestes que estão pesteando o mundo.

O CASO BRUNA

164 • Loko Zoeiro Gramsci approves.

• Max Caldeira Não falta mais nada para eu ver nesta vida, querem dividir banheiro com mulheres? Que façam banheiros transex.

• Marcos Sousa ARRASARAM MENINAS EU APOIO..OLHA EU SOU CRUZEIRO E VOU LEVAR UMA CAMISA PRA TODAS VOCES DO CRUZEIRO ..AZUL COM ROSA..AUTOGRAFADA PELO NOSSO MAIOR IDOLO..FABIO..E VOCES QUANDO VIR AQUI NA TOCA DA RAPOSA VOCES PODEM USAR O BANHEIRO QUE VOCES QUISEREM..NAO IMPORTA SOMOS TODOS IGUAIS....SAUDACOES CRUZEIRENSE.

• Marcos Lima só podem estár de brincadeira, tem membro masculino entre as pernas e quer usar o banheiro feminino?,cara isso não é preconceito não, antes do preconceito vem uma coisa chamada CONCEITO !!!,tomem vergonha na cara

• Suely Seretti E são mulheres só porque não se aceitam, fazem sexo diferente, fazem xixi diferente, eu vou ao ginecologista, eles ao proctologista e são mulheres... Pelo menos eles

O CASO BRUNA

165 dão à cara a tapa, não são dissimulados. "Ele(as)" usarem o banheiro feminino, de mulher feminina, de menina, de mocinha, de senhora....Usem mesmo. Tem homens, maridos e pais que os consomem, eles estão amparados por homens que tem família e gostam deles. Os chamados hipócritas.

• Nato Silva Que frase burra! Se uma pessoa quer se tornar outra é por que ela não é o que quer se tornar. Tão simples entender. Se uma pessoa é mulher , então, não precisa se tornar mulher, pois já é. Se este pessoal quer se tornar mulher, é por que eles não são mulher, ou seja, nasceram homens mesmo. Que frase mais burra!

• José Teixeira Um dia Deus vai da um jeito nisso, vamos lutar para construir banheiros para quatro tipo de sexo, ou então mistura tudo logo! Eu nuca vi se tornar mulher pela mão do homem.

• Douglas Oliveira Cara na moral... não é preconceito!!!! mas esse ''' SER ''' de vestido lilás fugiu do The Walking Dead???? kkk

• Citnes Inbotre ATENÇÃO... AS ELEIÇÕES SE APROXIMAM... VEJAM BEM EM QUEM VÃO VOTAR... A PL 122 FOI ABSORVIDA PELO NOVO COD PENAL A SER

O CASO BRUNA

166 APROVADO... O PERIGO AINDA RONDA A FAMILIA E A EDUCAÇÃO DOS NOSSOS FILHOS... NÃO VOTEM NOS POLITICOS SABIDAMENTE FAVORAVEIS À DITADURA lgbt e simpatizantes... ESTE PAPO QUE SER HOMEM OU MULHER NÃO SE NASCE MAS VIRA É COISA DA SUPLICI... CUIDADO... SENÃO VOTAREM PELA FAMILIA OS NOSSOS FILHOS HOMENS SERÃO OBRIGADOS A ACEITAREM CARICIAS NAS ESCOLAS POR ESTAS ABERRAÇÕES E SE UM PAI PROTESTAR SERÁ PRESO... ABRAM OS OLHOS ENQUANTO A TEMPO... O PROJETO DELES É SUBJULGAR A TODOS.

• Eddie Algumas escolas de samba do RJ já tem banheiros para travestis isso é fácil de resolver.

• Moises Fidelix Eu nunca vi uma mulher que se diz lesbica entrar num banheiro masculino . porque gay quer entrar em banheiro femenino.

• Valdey Araujo O SATANÁS QUE A TODO CUSTO FAZER DA IMAGEM DO HOMEM UMA ABERRAÇÃO, TA REPREENDIDO EM NOME DE JESUS...

• Jose Ricardo O CASO BRUNA

167 No final vai ser um troca troca,

• Sidnei Fonseca Não se nasce mulher, torna-se. Como assim ?!?!?!?!?!

• Junior Guimarães Chuta que é macumba.

• Pablo Santos Complicado. O sujeito tem direito de mijar, mas tanto os homens quanto as mulheres podem ficar incomodados em compartilhar um banheiro com alguém que está entre dois sexos. Faz mais um banheiro, sem definir nada nele, e entra quem quiser.

• Medrado Santos "Transfobia" ?..só faltava essa,um punhadinho de ameba junta-se pra fazer uma manifestação pífia dessa,ai e tem logo o apoio da grobo.Quando o assunto é educação,saúde e segurança,ou outras necessidades q seja para o benefício da população em geral,ai fica no esquecimento,e jogado para o escanteio...e a hétorofobia praticada pela grobo,nos rotulando de homofóbicos por não aceitarmos q a pouca vergonha tome conta do país,algum interesse tem nisso aí,coloca uma aberração no big lixo brasil,o promove e hoje ele esta onde esta graças a grobo,ele é o cabeça de toda essa pouca vergonha.

O CASO BRUNA

168 • Alexandre Macedo Sumanta de pau resolve.

• Cidadão Brasileiro Vergonha! Qualquer casa comum hétero se respeita e guarda sua vida pessoal pra si próprio e seus familiares. Vejo nos olhos dessas pessoas a falta de amor próprio, quero ver ter coragem de protestar levando o nome de Deus, mostrar o que Deus espera de nos, constituir família que renda frutos (filhos)! Pensem e tomem vergonha, querer aparecer na mídia é uma coisa, defender os direitos é outra!!!

• São Castilho Só resolve isso na porrada...

• Flu Penta No Brasil a minoria que quer ter razão e direitos

• Luis Jogaib Daqui a pouco vai ter transformista exigindo disputar as Olímpiadas como mulher! Covardia demais!

• Marcello Silva Engraçado é o vovô na praça da alimentação se acabando na batata frita. Isso ninguém vê. E o colesterol dele, como fica?

• Vagner Ferreira a torcida do curintias ai genteeeeeeeee

O CASO BRUNA

169 • Mestre Yoda Gayzismo é assim: um barbado coloca peruca e quer ser tratado como mulher. Se dissermos que mulher é mais que roupa e fetiche de se passar de mulher, somos linchados. É como se eu dissesse que sou um avestruz e exigisse que todos concordassem que sou um avestruz, sob o risco de serem taxados como "avestruzfóbicos".

• Moises Fidelix Sei que muitos nao concorda comigo, Mas se minha filha ou esposa estiver em um banheiro , e eu ver um homem vestido de mulher entrar atras dela no mesmo recinto eu mesmo retiro ele , nao vou enquanto estiver vivo aceitar que homem ocupe ao mesmo tempo um banheiro que minha filha ou mulher estiver usando.se outra pessoas nao se importam problemas delas.

• Marilene Pereira ai ai ai !

• Trimegisto Sapiens Caiu a PL 122.....acabou aberrações....somos normais....somos a maioria.....ENTUBEM

• Vagner Santos COMO TEM GENTE IGNORANTE AQUI!

• Alexandre Alves Fala- se muito do constrangimento sofrido pelos homens

O CASO BRUNA

170 travestidos. Mas alguém já parou para pensar no constrangimento que seria para as mulheres. Sem falar que o banheiro coletivo entram mulheres e crianças. Pergunta se um pai aceitaria tal aberração? Só no Brasil.

• Israelleite vão roubar para ser PRESOS cambada de desocupados ......

• Rodrigo Teixeira acho que alguns comentários deveriam ser rastreados e tomar um processo na fuça, pra aprender!

• Rafael Martinez Vergonha é ler que padres abusam de crianças, pastores roubam dízimos, pai de santo charlatão... vergonha são os políticos corruptos, é fome e miséria que mata milhares de pessoas. Vergonha é viver num país que se preocupa com as escolhas dos outros e n respeitam as diferenças. Horrível? Feio? O que é a beleza pra vcs? Será vcs uns bitolados que padroniza a estética e acredita q devemos viver seguindo o padrão europeu. Acorda! Feio é o ser humano n respeitar o outro, os direitos do outro. Século XXI, o que vc chama de sociedade e família está bem heterogênea. Ignorantes!

• Juarez Faria SO ELES QUE NAO SI ENXERGAM E DAO CONTA,,,QUE SAO UMA VERGONHA PARA A

O CASO BRUNA

171 SOCIEDADE,,,CADA UM MAIS HORRIVEL QUE O OUTRO,,,A PALAVRA FEIO,EU ESTARIA AJUDANDO A ELES,,,VERDADEIROS MONSTROS E DEMONIOS ,,,VEXAME PARA A NOSSA SOCIEDADE,,,FAMILIA E NOSSAS CRIANCAS.

• José D. Além de trans são burras também. Olha o absurdo : "não se nasce mulher, torna-se". Quem nasce com o sexo feminino não é mulher ? Éo quê então? Agora eu vi a cobra de calcinha.....

• Maria Joaquina forma de fazer c a p e t a.

• Jair Silva Só não entendo o que isso acrescentaria ao bem coletivo.Acho que este grupo deveria economizar energia e lutar pela coletividade em busca de melhoria da saúde,educação,transporte e segurança.

• Suely Seretti É lei, se falar alguma coisa é presa, discriminação é crime, eles tanto fizeram que se chamam de mulher, dizem ser mulher, e são, usam nossas roupas, agora nossa intimidade é invadida por homens que são mulheres, é o mundo, no mundo é assim, lá fora isso é comum faz muito tempo.

O CASO BRUNA

172 • Jackson Queiróz Fala sério, um bando de marmotas no banheiro feminino. Isso é um disparate. Essas sei lá o quê estão querendo direito demais. Não só deveriam ser expulsas ou expulsos do banheiro feminino, mas também serem surrados para deixarem de ser idiotas.

• Leandro Machado Na hora que tem que chegar com borrachada, bala de borracha e cavalaria, a PM não faz nada. Essas pessoas estão perturbando a paz do ambiente, olha aquele senhor ali tentando fazer sua refeição em paz e essas pessoas criando tumulto em volta. O pior é que se criar um banheiro exclusivo pra esses indivíduos ai sim que eles vão gritar aos sete ventos esse dito preconceito. Querem impor a vontade deles a qualquer custo se escondendo atrás de um preconceito inventado e mentiroso. Ridículo.

• Ricardo Sacco Exatamente por TORNAREM-SE...é que devem estar prontos (as) pra enfrentar problemas como esse e assumir não apenas a sexualidade, mas a decisão tomada e saber que ainda vivem numa sociedade que ou se é homem (banheiro masculino) ou é mulher (banheiro feminino)...todos tomam atitudes durante a vida...nem todas serão aplaudidas...então sejam fortes nas consequências assim como foram fortes nas decisões.

• Rodrigo Teixeira O CASO BRUNA

173 kkkkkkkkkkkkkkkk

• Suely Seretti Mais dois anos...e nós héteros seremos excluídos da sociedade, seremos marginalizados por sermos normais.

• Tomara Caia fico me perguntado.como tem homem que coloca a ferramenta nesse bicho feio.prefiro a morte

• Darlan Melo FALANDO FRANCAMENTE, como vc pode levar a serio conversar com um "homem" vestido de mulher e usando calcinha?

• Antonia Rodritgues Cara maquiada, roupa feminina, mas com uma baita "ferramenta" dentro da calcinha! Me poupe! Tem que usar banheiro de marmanjo sim

• Patrick Moraes Imagina a cena. O camarada ou a camarado , sei lá, sai do box do banheiro e dá uma ajeitada na ferramente na frente de outras mulheres, crianças e idosas. Só me faltava essa. Não tô falando que essa corja não quer direitos, mas carta branca pra fazer o que quiser!!

• Julio Messias Se o transexual já mudou seu nome de nascimento

O CASO BRUNA

174 perante a lei, ninguém poderá negar seus direitos , se alguém vier falar alguma é só transexual mostrar sua identidade, tá aqui perante a lei sou mulher e ninguém pode me mandar sair daqui, se não está errado, o que que um homem vestido de mulher , que perante a lei também é homem está fazendo no banheiro feminino. Não me considero preconceituoso, mas como os homossexuais não aceita que ninguém impor seu preconceito sobre eles, também não deveriam impor sua opção sexual aos outros

• Alexandre Venci Seria interessante quando vc estivesse na praça de alimentação uma protituta viesse na sua mesa oferecer um cardápio com fotos delas e deles. Imagina um garotão de 15 anos iria ficar bem interessado, enquanto os pais almoçam o filho come tambem ou é comido?

• Ricardo Ozi Nossa tomei um susto com este da 1 foto e da ultima foto,sera que eles cobram quanto pra assustar.

• Vivian Mac Os gays querem impor a vontade deles de qualquer jeito ,não aceito de forma nenhuma dividir o banheiro com um transexual ,o melhor a fazer é construir um banheiro só para eles.

• Kleiber Rodrigues Se tiver em algum lugar e um homem deste entrar no

O CASO BRUNA

175 banheiro feminino, minha filha tem não poderá entrar. Então que se faça banheiro aparte para este gênero, afinal se não são homens, muito menos são mulheres.

• Tárcio Valois Podem trocar de sexo, aumentar as mamas, colocar peruca,porém a genética é a mesma desde o momento em que nasceu até virar pó!!!!

• Claudia Ramos e quem disse que todos que entrarem no banheiro serão homo,,,travestis...pode entrar um tarado vestido de mulher e abusar sexualmente e daí como fica?

• Força CADE OS MEUS COMENTARIOS GLOBO?

• Força ESSES CARAS NÃO TEM O QUE FALAR E COLOCAM JESUS CRISTO NO MEIO , A MINHA OPINIÃO É A SEGUINTE . QUER SAIR NA PORRADA COMIGO É SÓ MARCAR BANDO DE FDPT.

• Espectronic Maluco ta todo mundo louco aqui...

• Aldebaran Um gay é um homem que gosta de outro homem. Uma

O CASO BRUNA

176 lésbica é uma mulher que gosta de mulher. Ok, não é a regra comum da natureza, mas pelo menos não negam a PRÓPRIA natureza. Já um travesti é uma criatura que se adultera, se mutila, para fazer se passar por algo que ele ACREDITA que é. Engraçado que metem a lenha nas religiões por insuflar crenças improváveis fisicamente, e depois vão e apoiam alguém que FANTASIA muito mais que qualquer maluco religioso. Travesti dá para tolerar, mas NÃO DÁ PARA ACEITAR COMO NORMAL. E por isso eles tentam se impor no GRITO, que é o único argumento que possuem

• João Nogueira Baixariaaaaaaaaaaaa

• Andre L CREDO !!!!!!

• Orlando Basil "não se nasece mulher, torna-se" kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk ai ai peraí... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

O CASO BRUNA

177 kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk ai kkkkkkkk...

• Samuel Andrade Que protesto mais rídiculo!!!!!!

• Samuel Andrade Mais uma reportagem que observamos a qualidade bossal nos comentários, o qual são bossais incultos falando asneiras, pois só disso entendem.

• Israelleite na boa , cade a TROPA DE CHOQUE nessas horas ???

• Pylade Neto Todo homem que se transforma em mulher, é um sem vergonha!

• Marcos Rodrigues Não há lugar melhor que o bueiro da rua, lá é ideal

• Izequiel Rocha Esta classe podre com frases medíocres não respeita nem o almoço das pessoas...

• Marcos Sousa OLHA ESSE DESSA ULTIMA FOTO..QUE BICHU FEIO...FICO IMAGINANDO MINHA MULHER E MINHA FILHA ENTRANDO NO BANHEIRO E UM

O CASO BRUNA

178 MONSTRO DESSE ENTRANDO ATRAS .....PELO AMOR DE DEUS NE...CAI NA REAL NE SEUS HORRIVEIS..

• George Ribeiro Mulher é desunida por natureza, mas essas travestis até que conseguiram se reunir.

• Força É SÓ POR FOGO E PRONTO

• Alexandre Alves vai tudo queimar no caldeirão.

• Wendel Formaggine Vão pegar uma enxada e ir capinar cambada! Preferem lavar uma louça né! Quer usar banheiro feminino? Embucha então que eu quero ver se é FEMININA mesmo!

• Gilson Pereira pra que usar banheiro feminino se estes caras mijam de pé e quanto embrominésio halterado vá para o infernos se juntar com demo e seus anjos.

• George Ribeiro Confesso que fiquei excitado com essas meninas.....mentira...mas que quase fiquei, fiquei.

• Tomara Caia kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

O CASO BRUNA

179 kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

• Emanuelle Bento A aberração Thamy pode urinar em qual banheiro???!

• Gimar Viahna Tem homossexual ativo e passivo,como usar um benheiro feminino onde senhoras ,meninas utilizam ,complicado

• Tomás Faria não quero essas coisas no banheiro com minha esposa. cruz credo!

• William Atala O negócio é a gente dizer também que é trans-sei-o-la-o-que e usar o banheiro,feminino. Tô nessa.

• Emanuelle Bento Daqui uns dias os banheiros serão separados da seguinte forma... 1- destinado a quem urina de pé, 2- destinado a quem urina sentado... mundo louco!

O CASO BRUNA

180 • David Assunção Criado na marra a terceira lâmina. As mulheres reclamam qdo um homem transformado estar no banheiro destinado as FEMININAS. Sugiro que os Shopping construam banheiro para a terceira lâmina, mas lá nos fundos.

• Tomara Caia o povinho feio.tudo que errado fica feio.

• Anderson Cleyton Façam então um banheiro para "êlas"

• Alexandre Venci Igualdade para todos vamos fazer uma campanha para ter vitrines de prostritutas nos shoppins, assim nossos filhos poderiam escolher melhor, qual caminho escolher.

• Gimar Viahna anatomicamente são homens,como usar um banheiro feminino.

• Flavio Nascimento Agora vão querer que todo o mundo gaste dinheiro p/ eles terem banheiros exclusivos???? Isso não é mulher, isso é homem, da pior espécie, mas é homem.

• Alessandra Costa Monstros!!!!

• Israelleite O CASO BRUNA

181 até onde eu saiba e graças a DEUS , mulher tem o dom que DEUS somente a ela procriar a raça humana na Terra , Deus fez o homem e a mulher ambos para ambos o RESTO é falta de vergonha na cara e falta de ter apanhado de espada de são jorge na infancia

• Robson Brito eu pego !!! e você pegaria?????????.

• Tomara Caia esse cara tenhe um p-i-n-t-o e queren se mulher.pode isso arnaldo?

• Sidnei Menegossi Não sei pra que tanta polemica por causa de banheiros, tantos postes por ai, é só levantar a perninha e pronto.

• Vivi Girl Ok, eu sou mulher, vou raspar meu cabelo me vestir como homem e vou entrar no banheiro masculino, já que vale pra homem tb vale pra mulher, não acham? Para meu! Já tem tantos assédios com mulheres, vai que um homem entra no banheiro se fingindo ser trans... nem quero pensar, melhor cada um no seu lugar.

• Alexandre Alves Hora que apertar a dor de barriga acaba essa frescura toda. Duvido dar tempo de escolher, vai em qualquer banheiro mesmo e até no mato.

O CASO BRUNA

182 • Tabatta Silva Façam um banheiro para os trans.

• Flavio Silva BESTEIRA FAZ COMO O CORINTHIANS FAZ UM TERCEIRO BANHEIRO ASSIM Q SERA OS BANHEIROS DO ITAQUERAO

• Saleia Barcelo Que faça os banheiros para elas e para eles separadamente !!!!!!!!!

• Miss Lonely sou mulher e sou contra o uso de banheiro feminino por homossexuais e isso não tem nada a ver com preconceito em relação a sexualidade deles. Sou contra pq além do desconforto que isso pode causar, do jeito que aqui no Brasil ninguém respeita nada, é capaz de tarados se valerem disso para atacar e estuprar mulheres. Uma alternativa é criar um banheiro para homossexuais, não importando se é do sexo masculino ou feminino.

• Leonardo Gonzalez O BRASIL ta pior que sodoma e gomorra,temos que orar por essa galera de gays porque-ELES NAO SABEM O QUE FAZEM...

• Mestre Yoda Fetiche agora é gênero? Outra coisa: quem garante que um homem não poderia pôr peruca e saia para se

O CASO BRUNA

183 aproveitar de mulheres no banheiro feminino?

• Medrado Santos Guerra Mundial Z da vida real não vai ser o apocalipse zumbi,e sim o apocalipse dos Transexuais...meu Deus,eu preferia os zumbis.

• Jusivanio Assis A sociedade não acha que a bíblia é ultrapassada.. Deus nos deixou suas leis porque sabia que sem seus princípios as pessoas perderiam a noção das coisas. Tá aí... agora resolvam sem ter que usar os princípios bíblicos.

• Juarez Faria TODOS AI QUEREM APOIAR,,,MAS NINGUEM QUER E NEM ACEITA TER UM EM CASA.,,,POR CAUSA DESSE DEMONIO QUE CHAMA HOMOSEXUAL,,,GAYS,,,O BRASIL ESTA A BEIRA DE UMA CATASTROFE,,,DEUS VAI TRATAR DESSA TURMA,,,INFELISMENTE,,,E NAO VAI DEMORAR...LAMENTAVEL,,DEPOIS VAI SER TARDE

• Robson Brito eu pego !!! e você pegaria?????????

• Antonio Bezerra isso não é mulher, e sim aberração, era pra ter uma banheiro exclusivo para esses lixos proliferarem DSTs

O CASO BRUNA

184 • Henrique Silva É cada uma...

• Francisco Silva mulher é mulher e homem é homem foi isso que deus deixou

• Beleza Doce SE DER CONTA DE PARI UM FILHO...PODE FREQUENTAR A VONTADE.....

• Klaus Silva A coisa ta feia, a coisa ta preta, quem não for filho do cão e filho do cachorro...

• Medrado Santos Daqui uns dias vão querer matar todas as mulheres do mundo,e vai ter todo apoio da sangue suga da grobo,...como será o símbolo da porta do banheiro feminino? ...deveria colocar a foto do Ronaldo.

• Miguel Avila Não muito para se debater. Transexuais e homossexuais com genitais femininos têm que usar banheiro feminino, e com genitais masculinos tem que usar banheiro masculino. Só o que não pode é abusos, taras ou exibicionismos, como vi num banheiro público 2 meses atrás. Um gay ao usar o mictório, arriou a roupa até os pés, e ficou fazendo pose com as nádegas. Merecia é ser preso.

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185 • Vitor Sério, a primeira foto é assustadora. BURN!

• Jeremias Dias Se VC escolheu um caminho VC terá que arcar com as consequência da sua escolha. Infelizmente a hipocrisia dessa sociedade se acha que tem o direito de mudar essa regra. O certo é obrigar a construção de banheiros para esse tipo de gente.

• Antonio Martins essa coisa dizer q não se nasce mulher, é de uma idiotice sem tamanho.vcs não tem persona,bando de mutações.

• Samur Lima Morro de saudade do Hitler numa hora dessas

• Antonio Martins essas coisas não são hms e tão pouco mu,são mutantes sem identidades!com dupla personalidade,não tem q ir em banheiros onde mulheres decentes usam,pois vc não sabe qual vai ser a reação dessas coisas

• Matusalen Vem la do norte fazer baderna aqui !!!!!!!!!!!!!!

• Marcelo Jacob "Eu não gostaria que minha filha pequena entrasse em um banheiro com pessoas assim" bla bla bla. Caros, eu não

O CASO BRUNA

186 gostaria que meu filho convivesse com igrejeiros, com reaças lixos feito vocês, com racistas, com homofobicos, com gente classista...... Já pensou se eu resolvesse privar meu filho do contato com tudo que eu adoraria que ele não visse, e não convivesse? É só olhar os comentarios do g1. Ia ter que prende-lo em casa.

• Leonardo Gonzalez Minha mae e mulher desde quando nasceu,por isso estou aqui...

• Hamilton Oliveira Meus queridos, querem usar banheiro feminino ? Operam a Bengala !

• Leonardo Se virar lei as mulheres terão que ir ao banheiro sem bolsas, pois caso contrário serão roubadas!

• Michele Onofre é só criar um banheiro para todas essas aberrações.............

• Maria Com essas historia de preconceito, estão tirando o direitos das crianças e as donas de casa.

• Leonardo Somente criar um banheiro para Travesti, separado! Agora querer utilizar o banheiro feminino é somente para

O CASO BRUNA

187 roubar as mulheres! Nas ruas eles fazem assaltos diretamente mesmo contra homens! Somente lembrando que Travesti é homem que veste saia, mas é homem e tem força de um homem normal, por esse motivo vai praticar roubos com toda a facilidade do mundo! 90% viciados em crack - somente procurar no google!

• Marcos Sousa fico eu aqui pensando...tadinhu do Pai e Mae dessas criaturas,,,,que desprezo...

• Davi Peixoto Quando for eleito vou criar um projeto para disponibilizar banheiros químicos em Shoppings e espaços públicos para quem não quiser se enquadrar na classe de Macho e fêmea. vote DAVI PEIXOTO.

• Rodrigues Cade meu comentário globooo ??

• Robson Eduardo imagine sua mulher entrando no banheiro com 3 travestis, imagina a desgraça que iria acontecer, cara só em pensar nisso eu fico tenso, se querem ser respeitados respeitem os pensamentos dos outros, querem mudar o mundo na força.

• Marcos Sousa O POVINHO

O CASO BRUNA

188 FEIUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU UU.......VIRA HOMEM,,,

• Alexandre Canelo Eu não tenho preconceito contra gays, mas eles não são mulheres e ponto. Nem se fizerem operação de mudança serão

• José Williams Algumas pessoas comentam sem noção: existem héteros sem caráter, sem moral, sem ética, sem senso de amor ao próximo, etc. Isso, como essas pessoas dizem, não é exclusividade dos homos.

• Henrique Lima Fico imaginando a situação da pessoa estar se alimentando e esses seres bizarros gritando na orelha de quem está comendo!

• Samuel Dias Ué...mas se não há preconceito por parte dos fulanos, pq não usam o banheiro masculino normalmente? Ou vc acha que uns monstros desses todos desfigurados vão ser reconhecidos como mulher em algum lugar?

• Bruno Nardini Imagina você batendo um rango na praça de alimentação e de repente aparece um monte de des.graça dessas.

• César Sousa O CASO BRUNA

189 Que saudades do mano Errnesto Geizel

• Nilo Ribeiro esse terceiro sexo alternativo,ja esta passando dos limites,ser tudo bem mas querer implantar aceite,po esta rapaziada enviadada já estão extrapolando,e aimda da mídia,porque que estes novos alternados não reivindiquem ao prefeito e ao governo federqal a bolsa trans.acento exclusivo,vaga na faculdade de preferencia na usp(com certeza serão bem aceito e com moradia grátis) fila preferencial e coisas q

• Marcos Silva kakakakaka!!! "não se nasce rico torna-se" "não se nasce pobre torna-se" kakakakak "não se nasce palmeirense, torna-se" kakakak " Não se torna Corintiano, torna-se" kakakaka era só o que me faltava!!!!!! Brasil esta virando uma piada.

• Pedro Podre Um absurdo que uma mulher normal não tenha mais sossego sequer para ir ao banheiro, é o final dos tempos mesmo...

• Alcides Néto Sem comentários

• Tony Stark Querem ter x ana, mas não querem menstruar, ter cólica,

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190 engravidar, ter dor do parto...kkk.

• Renato Souza rodrigo fiori resumiu com inteligencia o ocorrido..se o homem quer se vestir de mulher, o problema é dele....ele ainda é homem...

• Diego Rosa Acabei de vomitar vendo essas fotos. QUE NOJO!!

• Pedro Podre Deus fez ADÃO E EVA, o resto é gambiarra.

• Marry Oliverrah Se eles/elas entram, eu saio. Melhor seria um banheiro para o terceiro sexo.

• Rodrigo Fiori A questão é que o shopping é um estabelecimento privado, embora seja de livre acesso ao público. Portanto, não podem forçar o proprietário do shopping a construir banheiros para travestis ou quem quer que seja. Só existem 2 gêneros, o masculino e feminino. Homem vestido de mulher tem que ir no banheiro masculino, pois é homem. Mulher vestida de homem tem que ir no banheiro feminino, pois é mulher. Daqui a pouco vão querer forçar as pessoas a ter banheiros específicos para homossexuais, trans, travestis, etc...Se querem direitos iguais, devem se submeter às mesmas obrigações.

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191 • Thalita nao aceito!

• Marcone Pereira Um homem (hétero) não deve entrar em um banheiro feminino porque causaria constrangimento nas mulheres, pois o homem fatalmente ficaria exitado nestas condições. Como fica um gay em um banheiro masculino e uma lésbica no wc feminino? Neste ponto nós héteros ficamos em desvantagem!

• Roseli Dark Tem uma coisa que cirurgia nenhuma pode imitar ou criar: O cheiro! Mulher é mulher e tem cheiro de mulher e vice e versa!

• Jony Limao kkkkkk os transexuais são conhecidos com gambiarra. Essa foi boa!

• Adriano Camara quanta lepra humana

• Alcides Néto Toma vergonha nessa cara , o que vcs gostam mesmo tá no banheiro masculino

• Bruno Barbosa Imagino minha filha de oito anos dividindo um banheiro

O CASO BRUNA

192 com um homem deste tamanho num shopping. Estes caras estão perdendo a noção.

• Renilson Júnior Não sou transexual, mas não necessito ser uma para defender os direitos de quem quer que seja.Tudo o que te faz feliz e que não prejudique os outros deve ser buscado incansavelmente.Mulheres e homens, de todos os tipos físicos, cores, orientação sexual, sexo biológico, de qualquer região geográfica, religiosos ou não, lutem, lutem e lutem por seus direitos! Não deixem que os outros vos digam o que é certo ou não, pois vocês é que decidem isso!Por mais que o mundo queira desabar sobre vocês, não abaixem seus punhos contra a arbitrariedade e o mal.Não existe um mundo pronto,nós é que o fazemos!

• Ricardo Alexandre Xiiiii! vai sujar tuda a tampa do vaso. Mija fora não.

• Fernando Luiz Agora o errado virou certo, e o certo é taxado como criminoso, vai intender... Se eu fosse policial, já chegava dando tiro de borracha, acabando com essa algazarra aí... vão trabalhar!

• Marcus eu não daria as costas,fazendo xixi....amigoooo....hehehehe,respeito!

• Minhaopinião O CASO BRUNA

193 problema tão fácil de resolver, gente ... faz um banheiro só para eles e pronto! Se existe banheiro para homens, banheiro para mulheres, basta criar um banheiro para transsexuais e fica tudo resolvido, todo mundo convive pacificamente, sem polêmicas, cada um no seu quadrado!!!

• Rafael Costa A policia tinha que tirar na pancada esses delinquentes marginais, as famílias almoçando e esses marmanjos fantasiados de mulher achando que são, só pode ser doença, não é possível!

• Maria Ramalho Q FAÇAM BANHEIROS EXCLUSIVOS.SÃO DESRESPEITADORES E AFRONTADORES. SE EU TBM TIVESSE CRIANÇAS NÃO DEIXARIA USAREM O MESMO BANHEIRO.

• Elvis Daniel "Os caras esquece que um homem pode se vestir de mulher só pra entrar no banheiro e abusar das mulheres.È uma raça que gosta de uma de confusão"

• Rafael Metzeller nunca serão mulher ... podem ser gays, trans, e que nomenclatura quiserem, mas mulher não serão, nunca ... isso é fato. Nasce-se homem, mulher ou em casos raros hermafroditas, o resto é qualquer outra coisa. Querem

O CASO BRUNA

194 banheiros exclusivos é? Concordo, não gostaria de ir em banheiro e topar com coisas assim, nem que minha esposa vá ao banheiro e encontre alguma dessas "mulheres" de penca ... Deviam é tomar vergonha na cara e parar de querer mudar a sociedade ... Esse povo não querem direitos e sim PRIVILÉGIOS ...

• Edu Farias DEUS criou Adão e Eva. O diabo querendo usurpar o lugar de DEUS juntamente com alguns anjos foram lançados do céu abaixo, o diabo sempre quis imitar a criação de DEUS quis tomar o lugar de DEUS e criou o homossexualismo sentimentos homossexuais para destruir as pessoas, destruir sentimentos, iludir, enganar, criar depressão e fazer o ser humano de escravo. A missão dele é destruir tudo que DEUS fez destruir a criação de DEUS; o homem. Criou vícios, doenças, o mal, artifícios mentais, físicos e biológicos para enganar milhões de seres humanos. O sentimento homossexual é obra prima de lúcifer.

• Carlos Júnior pensei que era festa fantasia homem vestida de mulher que coisa mais ridículo .e outra . Lugar de bizarrice é em circo!

• Henrique Criar banheiro exclusivo para travestis! VOCÊS ESTÃO FICANDO LOUCOS?? Eles só querem confusão. Tem

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195 que botar na cadeia por desordem pública. Depois que criarem tal banheiro aí vem um cara que faz sexo com a cabra e vai querer que sua cabrinha use o banheiro das mulheres também. E por aí vai, bizarrice atrás de bizarrice. Dá corda mesmo para ver onde isso vai parar.

• Rodrigo Santos Porcos.

• B.junior Abriram as porteiras do inferno.

• Mendes Italo Não gostaria de minha filhinha de 3 anos frequentando o mesmo banheiro que trasvestis.

• Xis Silva se uma pessoa parecer com uma mulher e entrar de boa for lá mijar como tem que fazer e sair normal , não vejo problema algum até por que como vão saber quem é quem?

• Natalia Bessa Deveria existir banheiro somente para homossexuais (separando o feminino do masculino) e outro para transexual. Não concordo que usem o mesmo banheiro que as mulheres.

• Renato Santos O CASO BRUNA

196 Mais uma aberração desse Brasil. Não se discute opção sexual de quem quer que seja! Usar banheiro feminino, entretanto, é um absurdo! Fisicamente, não secundam de mulheres. Apenas isto. Nada mais.

• Waldscleivilson Almeida É como àquele episódio do ano passado com o cartunista Laerte (um machão) travestido, que está processando um restaurante porque uma menininha de 10 anos se assustou com sua presença no banheiro feminino levando sua mãe a reclamar para o dono. Por isso acho que só aquelas com traços femininos deveria ser permitido usar o banheiro de mulheres. Já, as com muitos traços masculinos, deveria ser dado o direito de fazerem plástica na cara (com o dinheiro internacional que financia ONGs gays e não com dinheiro público) para então ficar uma coisa menos agressiva e não confundir a mente das crianças.

• Abdominésio Halteres O banheiro do shopping é propriedade do dono do shopping. Se ele decidir que não quer saber de transexuais no banheiro feminino, isso é uma escolha dele. Não curtiu? Não frequente o shopping.

• Guilherme Imagina ,ELE(ELA) ,mãe ,já lavou minha calcinha???E o pai sentado no sofá,olhando aquela cena crítica...

• Paulenir Barros O CASO BRUNA

197 Esse é o resultado das novelas da Globo!!

• Carlos Júnior aonde que isso dai é mulher

• The Zuera NÃO TENHO NADA CONTRA NINGUÉM, MAS SHOPPING NÃO E LUGAR DE FAZER MANIFESTAÇÃO. OS SEGURANÇAS DEVERIAM DESCER A PORRADA. OLHA QUE IMAGEM BIZARRA, O TIOZINHO COMENDO E ESSA GENTE ENCHENDO O SACO.

• Costa Cesar o que é aquilo mama?? aquilo é a mulher do novo milênio, da era de aquários. É igual do papa i!!

• Fernando Cesar Uai se estão reclamando, que vão fazer suas necessidades na RUA ! Bando de aberrações !

• Manoel nuss!! o travesti da primeira foto tá fazendo cara de demônio Leviatã

• Julio Messias Tentar impor suas vontades ao outros não é o caminho mais correto, igual a gays e lesbicas que se beijam em público, impondo sua opção sexual , tipo , eu também sou

O CASO BRUNA

198 cidadão e vçs vão ter que aceitar que eu me relacione com uma pessoa do mesmo sexo na frente de todo mundo, e as coisas não são bem assim, seu direito termina aonde começa o meu , até mesmo casais héteros se pegando no meio da rua é errado e vulgar, se o homossexualismo fosse algo natural , pessoas do mesmo sexo poderiam gerar outro ser humano de forma naural

• Eduardo S Nunca serão !

• Natalia Bessa Acho que deveria ter banheiro somente homossexuais (separando o feminino do masculino) e outro para transexual. Não concordo que usem o mesmo banheiro que as mulheres.

• Luis Abreu E o Véio só comendo...kkkkk

• Marcia Campos Não se nasce mulher, transforma-se?!!... eu nasci... mulher de verdade nasce mulher sim...

• Ricardo Alexandre Pô, o pessoal curtindo um sossego e um rango legal e vem como sobremesa uma indigestão de bicharia, melhor, baixaria.

• Leandro Barbosa O CASO BRUNA

199 Deus fez o Adão e Eva... o resto mé tudo safadesa e pessoas q não tem ergonha na cara...

• Orlando Alves É o Brasil descendo a ladeira.....não há respeito. O que há é uma infantilização perversa da sociedade onde cada um quer ter seus fetiches e visões peculiares tuteladas pelo estado.

• Tibúrcio Silva Vivam vossas vidas como quiserem, mas parem de encher o saco dos outros!

• Ferrarista Safadeza e sem vergonhice tem limite. No dia em que forem julgados por Deus, ou pelo diabo, não adianda chorar dizendo que estão arrependidos de terem levado essa vida suja e implorar clemência pois o que vão ganhar vai ser uma passagem só de ida pra passarem o resto da eternidade no inferno.

• Acacio Francisco Nada de violencia contra os transsexuais, isto serria ótimo, como tambem contra qualquer pessoa e até mesmo animais, mas daí a querer impor-se, ja é demais, se cada um souber colocar-se na sociedade, sem afrontar as convicções dos outros teremos um bom começo.

• Oswaldo Paula O CASO BRUNA

200 você deixaria sua esposa e sua filha de 10 anos juntas com uns caras deste no mesmo banheiro???se você deixa!! e problema seu, + te garanto que muitos não deixaria. que me garante se ele é mesmo travesti ou um estuprador que está aproveitando a oportunidade

• Bruno Corrente não sei o que é mais ridículo esse protesto ou essa reportagem, 50 pessoas? na primeira foto da pra perceber que é mais...

• Flavio Silva VAI CORINTHIANS

• André Campos O Senhor Deus criou Adão pois ele moldou com suas mãos com carinho e o fez pelo barro,depois soprou nas suas narinas o ar, oxigênio e assim foi criado a Adão. Isso é verídico depois logo Deus o Todo Poderoso pois só ele poderia fazer isso deu uma ajudadora a Adão mas antes disso Deus um sono profundo a Adão e retirou-lhe uma costela e assim veio Eva. Somos descendentes de Adão fomos criados pelo Poderoso Deus, então abram a bíblia e procurei isso em Gênesis, veram que é verdade. 1Co vc pode ver que Deus não aceita esses tipos de coisas e é abominação será q VC ira contra Deus? Acordemmmmmmm.

• Costa Cesar O CASO BRUNA

201 Uma coisa todo mundo tem certeza, ninguém aqui nasceu de Adão e Adão.

• Josi Oliveira O que me choca é esse preconceito nos comentários!! Quanto a transexuais utilizando banheiro feminino, como mulher, não vejo problema. Se o problema é a questão de violência sexual contra a mulher, ela já corre solta por aí e não é cometida por transexuais.

• Ariosto Spadoni Na praça de alimentação se eu vejo essas figuras eu vomito.

• Logan Wolf BANHEIRO PRA MULHER É PRA MULHER.SE QUEREM TER BANHEIRO QUE LUTEM POR UM BANHEIRO PRÓPRIO!

• Samuel Neris pode mudar o nome para travestir, mais nunca ficara gestante como uma mulher de verdade, Deus fez o homem para a mulher e a mulher para o homem, o que passar disso é procedência do maligno.

• Renato Passos Olha só, recortar um pinto e dizer que é perereca, alterar documento e mudar de roupa NÃO FAZ de um homem uma mulher. O pinto será sempre pinto e estará apenas

O CASO BRUNA

202 recortado e alterado em seu estado original. Convenhamos, esse pessoal ta muito bestinha querendo tudo. Apenas esquecem que para todo direito existe de forma direta uma obrigação. Cumpram com suas obrigações de respeito para com aqueles que não apreciam suas práticas e dai reivindiquem os direitos que acham justos. Eu disse JUSTOS. Não queiram ser tratados como iguais, porque iguais não são e isso é fato!

• Ronaldo Lima Se minha esposa e filha estivessem no banheiro, eu mesmo iria colocá-los para fora, nem precisaria de segurança não !

• Roberto Moreira QUEREM MEIA HORA DE FAMA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

• Rafael Oliveira Onde vamos parar, eles querem mudar tudo, lei pra isso lei para aquilo.Pior disso tudo é que a mídia fica dando ibope pra isso. Lembrando, TRAVESTI não é MULHER, não tem direito a ir banheiro feminino, entendam isso.

• Veriano Modena No Brasil as pessoas estão começando a emitir suas opiniões por causa do medo e da repressão. Minha opinião é que trans ou travestis nunca serão mulheres. As pessoas devem saber se colocar em seus lugares, e nós, jamais devemos deixar de expressar nossas opiniões por

O CASO BRUNA

203 medo. Não gosto, não concordo com o ponto de vista destes Homens, e ponto final.

• Wendell Ribeiro Quer usar banheiro feminino tem que fazer cirurgia de mudança de sexo! Se não vai abrir brechas para oportunistas passar-se por trans para observar as mulheres. Se elas são um terceiro gênero, tem elas que lutarem para que os comércios instituam um banheiro exclusivo para elas e não utilizarem o banheiro feminino, uma vez que biologicamente são diferentes.Se a classe quer respeito, antes tem que respeitar as mulheres que podem se sentir constrangidas com a situação.

• Eduarda Furacao Não se nasce mulher kkkkkk é cada uma viu ,se não nasce mulher nasce o que então .Inventem outra frase para se justificar essa loucura ,não sou a favor de um transexual usar o banheiro feminino ,e se um dia um tarado travestido de mulher entrar no banheiro e violentar uma mulher ,construir banheiro para os transexuais é a melhor solução.

• Cláudio Henrique Lá no fundo da primeira foto está o time do flor e do curintia...

• Leonardo Moraes Vermes paulistas!!!

O CASO BRUNA

204 • Rodrigo Na placa "Sou Travesti". Sério? Nem percebi, kkkkkkkkkk, nem precisava dessa placa nota-se a falta de feminilidade sem precisar de aviso.

• Hilton Massa Fala Romário e ronaldo fenômeno ...tem que ter um banheiro coluna do meio ....vcs entendem do assunto...

• Max Santos ISSO E MULHER CHINESA...TEM TROMBRA, QUE USAR BANHEIRO DE MULHER DEPOIS BALANCAR..TEMOS MAIS COISA PARA CRITICAR, ALGUEM SABE ONDE ENCONTRO UMA RECEITA DE BOLO DE MANDIOCA? A LOUCA..

• Ede Carlos É por isso que esse pais vai de mal a pior. Essa raça só envergonha a nação.

• Thiago Lobato Porque não perguntam as mulheres se elas querem esse lixo em seus banheiros?

• Luiz Rongetta Enquanto a midia der brecha pra esses (as) caras aparecerem em fotos nos jornais e TV, eles (as) vão fazer de tudopra aparecer. Daqui alguns dias iram fazer passeata pra engravidar,e ai sera gravidofobia ?

O CASO BRUNA

205 • Renilson Júnior É uma ilusão acreditar que banheiros (geralmente lugares de grande circulação de pessoas) seja um ponto de estupradores. Se o argumento de que mulheres transexuais não poderem entrar em banheiros femininos ser levado a sério por causa de estupros, então vamos ter que controlar rigidamente todos os espaços públicos ou mesmo privados. Já pensou: proibir que uma mulher entre num corredor para a fila num prédio para entrevista de emprego só porque nesta fila só há outros homens? Porque o banheiro é tão mais perigoso que nesse caso, por exemplo?!

• Lorenço Silva os Valores estão todos trocados, até onde sei, Homem transa e tem filhos com mulher....não foi criado Adão e Ivo e sim Adão e Eva

• Leonardo Moraes KKKKKKKK paulistada revoltada!!!Uii

• Santastico racho com os comentarios

• Anderson Silva MULHERES, VOCÊ PERMITIRAM ISSO???????????????????????

• Francisco Filho O CASO BRUNA

206 A primeira vista pensei que fosse a torcida do Vasco protestando contra o rebaixamento do clube. Mas falando sério, tem que lembrar como que essas pessoas podem utilizar o banheiro masculino sendo vítimas de preconceito e ofensas? Está mais que correta a manifestação. Se você pensou em responder "nossa, você tá defendendo eles porque é gay", tô nem aí para o que pensam, o ódio que alguns sentem por travestis é apenas um mal estar causado por pessoas que assumem sua sexualidade e isso desperta algo estranho em pessoas que passaram a vida toda lutando contra uma força interna.

• Costa Cesar E as mulheres vão deixar isso acontecer??? Vc que é mulher ficaria a vontade com um homem do seu lado travestido de mulher no banheiro??

• Fernando Cesar Aberrações da natureza !

• Edmoerts Kane SEM ESSA NÃO QUERO MINHAS FILHAS DIVIDINDO BANHEIROS COM HOMEM QUE RESOLVE SE VESTIR DE MULHER, É UM CONSTRANGIMENTO PARA AS TRANSVESTIDAS CERTO ENTÃO SOU A FAVOR SIM DE ANEXAR BANHEIROS ONDE A PESSOA SEXO A OU B PODE OPTAR POR ENTRA, DEEM O NOME QUE QUISER, NÃO SOU HOMOFOBICO MAIS TENHAM

O CASO BRUNA

207 PACIÊNCIA.

• Benedito Junior vai curintxa!!!!

• Mestre Yoda Saquei: aí é só um homem mais malandro colocar saia e perua e estuprar as mulheres no banheiro... TRAVESTI NÃO É MULHER; FETICHE NÃO É GÊNERO.

• Mateus Dambroz Jamais terão uma ALMA feminina!

• Guilherme Muito estranho isso.Homem querer virar ,ah sei la,o que....Cada um na sua ..mas que é estranho ,é ..

• Ricardo Ozi Para de me censurar globo lixo,que empurrar para sociedade que aceite estes bandos de aberrações.

• Ricardo Ozi Para de me censurar globo lixo,que empurrar para sociedade que aceite estes bandos de aberrações.

• Tsidle Rolezinho Gay agora?! hahaha

• Sandro Ferreira nunca vi tamanha asneira "Não se nasce mulher torna-se"

O CASO BRUNA

208 Só um jumento pra escrever uma besteira dessas, QUE ME PERDOE O ANIMAL.

• Everton Santos kkkk!Lamentavél!

• Renan Silva Baderneiros(as) o pessoal comendo e esses badernistas fazendo zuera.

• Ricardo Alexandre Fala- se muito do constrangimento sofrido pelos homens travestidos. Mas alguém já parou para pensar no constrangimento que seria para as mulheres. Sem falar que o banheiro coletivo entram mulheres e crianças. Pergunta se um pai aceitaria tal aberração? Pensem, essa bagunça toda começou com o Lula e a Dilma. Só no Brasil.

• Bertin Não se nascer mulher, tornasse-a nunca.

• Marcelo Jacob O preconceito das pessoas aqui nos comentarios só reflete uma coisa: Se realmente existir inferno, os cristãos e sua moral, vão lotar todas as vagas.

• Carlos Júnior esses travesti vcs não são mulher e sim homem vestido de mulher ..vc acha que um pai vai deixar seus filha entrar

O CASO BRUNA

209 num banheiro feminino com um travesti..

• Gilmar Faustino Tá! Tudo bem...agora eu quero ver todas voces se manifetando contra o Haddad em frente da mansão dele cobrando dele a aprovação do baile funk em São Paulo, cobrar do governo o dinheiro que usaram para a construção do itaquerão e um montão de irregularidades. Quero ver, me chamem que eu vou sim e registrarei tudo com orgulho.

• Sandro Ferreira Banheiro é de uso por GENERO. Como uma menina de 8 anos vai usar o mesmo banheiro das que querem ser mulher e força. E brincadeira...

• Alexandro Lima Essa torcida do Curintias as Gayvotas estão descontrolada.

• Baiano ABERRAÇÃO!!!!!!!!!!!!

• Ricardo Ozi Abriram as portas do inferno olha que horror estes t/r/a/v/e/c/o/s deu muito medo,vão participar de um filme de terror.

• Edson O CASO BRUNA

210 Assim como se distribui camisinhas o governo deveria distribuir fraldas. Resolveria o problema..

• Rodrigo Na placa "Sou Travesti". Sério? Nem percebi, kkkkkkkkkk,nem precisava dessa placa npta-se a falta de feminilidade sem precisar de aviso.

• Andre Falcao Deus criou o Homen e a Mulher e quem ........ criou transexual?

• Bruno Souza Eu só tenho a dizer uma coisa, KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK KKKKKKKKKKKK. esqueci, chega de internet por hoje. KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK KKKKKKKKKKKKKK...

• Renata Relland Com tantos outros problemas mais sérios. As pessoas passando fome, mortes .... Sinceramente, isso n é prioridade........

• Carlos Nunes O CASO BRUNA

211 O Ronaldo adora isso ai kkkkkkk

• Thiago Domingues Abriram os portões do INFERNO!! Socoooooooorrrrrro!!!!!!!

• Henrique Lopes tem que morre tudo queimado

• Carlos Mendes 30 caras com tacos de baseball resolveria isso em 2 minutos.

• Alex Venancio Engraçado a foto do tiozão acima comendo kkkkk tipo: Fodase tô nem aí!!!!!!!

• Josias Barroso Acho que não pode mesmo pois algum homem pode aproveita e se vestir de mulher só para ir no banheiro feminino e mexer com as mulheres

• Ricardo Leão Agora esses pirokud0s querem ir no banheiro com garotinhas???!!! Até quando???!!!!

• Polly Me sentiria desconfortável, acho que esperaria terminar de usar para entrar.

O CASO BRUNA

212 • Thiago Domingues Onde está as "SS" quando precisamos deles.

• Edu Farias Podem fazer a cirurgia que quiserem . Nasceu homem morrerá homem, nasceu mulher morrerá mulher é questão de DNA. Coisa diabólica essas aberrações contra a lei de DEUS. Vão de retro satanás!

• Carlos Nunes Iscaupéla satanás! (Poderoso Castiga)

• Fernando Francisco primeiro vamos mudar nosso país na política... depois veremos a situação de vocês!

• Auro Sakai O dia que um homem que faz uma cirurgia para se tornar mulher, e desenvolver útero, óvulos e ter um ciclo menstrual, pode dizer que é uma mulher, do resto, continua sendo homem em corpo transformado.

• José Franca SE NÃO TIVESSE ACABADO O INDULTO DE FIM DE ANO TERIA MUITO MAIS CORINTHIANOS AÍ, MAS INFELIZMENTE TIVERAM QUE VOLTAR PRA TRÁS DAS GRADES. VAI GAYVOTAS!!!

• Renilson Júnior A maioria aqui alimenta seus preconceitos com mentiras e

O CASO BRUNA

213 fantasias. Vamos lá: o risco de uma mulher ser estuprada em banheiros femininos é maior caso a agressora fosse uma mulher homossexual (que, evidentemente, sente atração por outras mulheres) do que se a agressora fosse uma mulher transexual (que, provavelmente, sente atração sexual por homens). Se vocês defendem a exclusão de mulheres transexuais em banheiros femininos também deveriam defender a exclusão de mulheres homossexuais nestes.O problema é que abuso sexual de mulheres homossexuais ou transexuais contra mulheres aqui é uma ilusão

• Thiago Domingues Bando de pervertidos só querem se prostituir para se drogarem.

• Gilberto Lopes PARABENS AO SENADO PELA REJEIÇÃO DO PLC 122 ..... PLC 122 JAMAIS !!!!!!

• Jonathan Souza ah na boa...num f...ode ( pra essa noticia)

• Andre L Os miseráveis , fim dos tempos mesmo , o ser humano ta doente

• Lúcia Dias Por que será que essas criaturas não protestam por

O CASO BRUNA

214 'SEGURANÇA', que é algo que toda população precisa? Me poupe esses protestos sem noção, e outra: "SE NASCE MULHER, SIM! ", mas isso só as mulheres de verdade podem dizer isso. Não se cansam de tanta inutilidade para aparecerem, PALHAÇADA!!!!!

• Renan Duarte quer usar o banheiro feminino ? Sem problema algum, só precisa ser do sexo "feminino", o proprio nome ja diz... ou entao, cria-se um novo bbanheiro com uma nova categoria para "transexuais" ai tudo nos conformes.

• Raquel Rodrigues O hetero não pode dizer nada para um gay por que ai já é homofobia, agora querem o banheiro feminino, depois vão querer fazer campanha de cancer de mama. Agora me diga, não seria melhor cada um ficar no seu quadrado?. O respeito e pra todos, então deixe o banheiro feminino em paz!!! pronto falei....

• Roseli Dark Está sendo criada a cultura do HETEROFOBIA, ou seja, se você diz que é heterossexual isso desperta a ira de alguns que te esculacham e querem te arrebentar e prender. Daqui a pouco será obrigatório ser gay.

• Estamosnobrasil onde vai parar esse seculo?

• Paulo Silva O CASO BRUNA

215 RENILSON,NÃO EXISTE MULHER TRANSEXUAL,O QUE EXISTE É FALTA DE CARÁTER QUE A CLOBO ENFIA NA CABEÇA DA GAROTADA DIZENDO QUE ISTO É NORMAL,NÃO E NORMAL É UMA ANOMALIA QUE DEVE SER COMBATIDA,É UMA EPIDEMIA DE CARÁTER UMA FALTA DE VERGONHA.

• Edson lembra the walking dead. A ficção tornando-se realidade.

• Henrique Cara que aberração! Porque não prendem?

• Igor Lima ABERRAÇÕES

• Cintia Santos Eu sempre vejo comentários de paulistas dizendo que são os mais desenvolvidos desse país, que SP carrega esse país nas costas, que o resto do Brasil é um lixo, blá blá blá... O que eu vejo é que são os mais atrasados, mais hipócritas e preconceituosos do país. O que é isso? Quanto maior o desenvolvimento econômico, menor é o cérebro?

• Sérgio Rêgo Mulher de tromba em banheiro feminino? Nem pensar. Façam outro banheiro.

O CASO BRUNA

216 • José Franca Do mesmo jeito que eu não gostaria de encontrar uma MULHER-MACHO tipo a Tammy Gretchen no banheiro masculino também não quero que minha esposa encontre homens vestidos de mulher no banheiro dela, A solução é criar um terceiro banheiro.

• Edinei Tacla Tadinha das bibinhas querem fazer xixi no banheiro feminino? Cadê um homem bomba numa hora dessas!

• Ricardo Santos Nasceu menino, morre menino. Fato!

• Edinei Tacla Tadinha das bibinhas querem fazer xixi no banheiro feminino? Cadê um homem bomba uma dessas!

• Medrado Santos Rapaz...Não se nasce mulher?...kkkkkkk pra falar a verdade,ele nem parece uma...Mulher é única,não existe coisa melhor no mundo,e nunca um homem vai se tornar uma mulher,o máximo q vc parece é com a caricatura de sátanas.

• Carlos Mendes Na segunda foto, mostra uma garota sentada, olhando de lado, veja o charme a naturalidade que ela mostra sua feminilidade e sensualidade, Isso é uma mulher, não essas aberrações transvestidas de monstros.

O CASO BRUNA

217 • Stanley Viana Nessas horas queria ter só meio litro de sarin ou zyclon B...

• Marcio Gianotti O tiozão só quer saber de comer kkk

• Neto Silva Só 50? A torcida do corintians já foi maior que isso.

• Maria Sugahara deviam criar banheiros para os trans...simples...

• Williamalves olha que quantidade de curinthiano.

• Daniel Castro imagina essas dai na rua a noite,seria o pesadelo,o verdadeiro filme de terror.

• Carlos Mendes Deus fez o Homem e a Mulher, o resto é coisa do santanas.

• Ricardo Barros Não! E olha aquele monstro da primeira foto!!! Se encontro aquilo na rua a meia noite corro ate gastar meus sapatos

• Carlos Mendes O CASO BRUNA

218 Travestis nem frequentar lugares públicos deveria, já acho um absurdo as pessoas terem que conviver com esse tipo de gente, e ainda querem forçar a todos a aceita-los como se fossem mulheres, Ah vai a me%$&

• Eduardi Abar Renilson Júnior em que país vc está? Na Holanda ou no brasil um dos campeões mundiais de estupros??????

• Marcelo Júnior Não é simplesmente permitir ao transsexual o uso do banheiro feminino.. já pensou se isso ocorre? Mesmo eles sendo trans, quantas mulheres mesmo assim ainda se sentiriam constrangidas? Para o caso de transsexuais, a melhor solução seria criar um banheiro para o gênero, ou ampliar o número de banheiros unisex.

• José Cruz Ser gay é uma coisa,se mutilar para tentar ser um outro sexo é outra coisa.Como é que funciona? Se é homem corta, se é mulher implanta um membro, acho que alguns médicos querem brincar de DEUS. A especie humana conseguiu chegar ao fundo.Tudo isso é muito TRISTE.

• Carlos Lopes Nossa que vergonha, é uma pena esse comportamento!!!

• Wildes Ataides o brasil ta indo para um caminho sem volta!!!!pode fazer um teste nestes monstros aloprados que 99.9% dessas

O CASO BRUNA

219 criaturas tem doenças tramissiveis!!!!isso e uma vergonha!!!!

• Daniel Nada mais do q natural na cidade da maior parada gay do mundo.kkk

• Leonardo Quando travesti começar a usar banheiros feminino principalmente em lugares pobres, vai ser uma onde de roubos a céu aberto! A maioria fuma crack e normalmente pratica roubos! Agora imagina um homem dentro do banheiro feminino, com uma faca na mão? Vai cometer vários crimes com ajuda da lei? Quer ser travesti então tem que ter banheiro reservado, neste caso correto, ao contrário ajudar criminoso!

• Daniel Brandão PRONTO, DITADURA GAY! Agora, as mulheres que se sentirem constrangidas por terem MULHERES DE TROMBA no mesmo banheiro, terão que SE LIXAR?! Ou seja, uma MINORIA (travestis) quer ter mais privilégio que uma MAIORIA (mulheres)??? O mundo tá de cabeça pra baixo mesmo....

• Wilhian Secco Já falo logo TUDO CURINTIANO!

• Dayse Cristina O CASO BRUNA

220 porque sempre eles travesti, gays, trans, tentam OBRIGAR a população aceitar isso? Vivemos em um mundo que nem todo mundo é obrigado a aceitar a opção sexual dos outros, basta RESPEITAR!

• Elias Junior Isso é uma aberração da natureza não gente!!!

• Ricardo Barros Meu Deus, agora inventaram a TRANSFOBIA....

• Eduardi Abar Antes os estupradores agarravam as mulheres à força ou davam doces para as meninas para poder abusar delas. Agora, basta se vestir de mulheres para adentrar tranquilamente no momento em que elas estão no momento mais desprotegidas. Agora pergunto: a quem interessa essa "reivindicação" ?????

• Alexandre Guimaraes é correto crianças no banheiro , e entra uma aberraçao desta e tira as calças ?

• Alexandre Guimaraes que lixo !!!!!!!

• Daniel complete a frase:Dentista cuida dos dentes e paulista cuida dos...

• Wilhian Secco O CASO BRUNA

221 O RONALDO FENÔMENO PIRA! KKKKKKKKKKKKKKKKK

• Renilson Júnior O problema aqui é simplesmente um: o preconceito! Transsexuais são demonizadas pela sociedade, sendo vistas simplesmente como bandidas, violentas, brutas, mau caráter, que só pensam em sexo. Será que a grande maioria das transsexuais vê a prostituição como o único caminho de vida apenas porque tem um desejo irrefreável por sexo ou porque, historicamente, nossa sociedade nunca aceitou que essas pessoas tivessem uma vida considerada normal? Vamos, eu quero ver quem tem a cara de pau de dizer que aceitamos essas pessoas como qualquer outra em todos os âmbitos de nossa vida social!

• Renilson Júnior O problema aqui é simplesmente um: o preconceito! Transsexuais são demonizadas pela sociedade, sendo vistas simplesmente como bandidas, violentas, brutas, mau caráter, que só pensam em sexo. Será que a grande maioria das transsexuais vê a prostituição como o único caminho de vida apenas porque tem um desejo irrefreável por sexo ou porque, historicamente, nossa sociedade nunca aceitou que essas pessoas tivessem uma vida considerada normal? Vamos, eu quero ver quem tem a cara de pau de dizer que aceitamos essas pessoas como qualquer outra em todos os âmbitos de nossa vida social!

O CASO BRUNA

222 • Christiano Fraga a uma pia de louça pra lavar hein.

• Lorenço Silva isso aqui esta virando a sucursal do Inferno. como será que vai acabar ?????

• Leandro Souza Que se explodam.

• Jose Neto São paulo é persguida por imundicies, é muito azar muito azar.

• Jane Martins Que cara! horrivel!

• Regina Lopes cambada de desocupado.

• Regina Lopes vão arrumar o que fazer!

• Paulo Eduardo Absurdo. Cada um tem a opção sexual que quiser, mas querer forçar os demais a concordar, e aceitar que filhas, esposa, mãe, irmã use o mesmo banheiro é o cúmulo. Esta "minoria" busca supremacia, vingança, superioridade. É hora de revermos os conceitos e de estabelecermos os limites em defesa dos direitos dos que não concordam

O CASO BRUNA

223 com isto.

• Lorenço Silva O Diabo ta solto mesmo, esses caras querem o que, Paz !!!!!!!!!!!!!!!!!??????????? vão se tratar.

• William Homens querendo usar o banheiro público? Agora se eu não deixar isso eu posso ser preso. Esse Negócio de preconceito está sendo usado para quebrar paradigmas tradicionais da sociedade. Vamos dizer que estamos sofrendo preconceitos para os transexuais usaram banheiros femininos, para podem beijar dentro das igrejas e para distribuir Kit Gay nas escolas. Nunca permitiria que minha filha entrasse em um banheiro que tenha um homem usando, precisamos ter mais respeito pelas mulheres e pela privacidade delas nos banheiros públicos. Sinceramente esse preconceito está sendo usado para invadir o direit

• Rafael Pessuti O q esses caras estão fazendo ali no meio!!! Ah ta loko!!! Ta tudo ao contrario...

• Eduardi Abar Pessoal, observem que é apenas um travesti que faz "o protesto" e a reportagem dá a entender que é a classe toda que está protestando, "uma multidão de indignados......

O CASO BRUNA

224 • Marcos Ficarelli Que gente horrível!

• Rodrigo Santos Demônios.

• Juliano Carniel E depois falam dos gaúchos ainda...kkkkk

• Sergio Leal ratos do inferno

• Maria Mello Olha são homens o que vão fazer em banheiro de mulher...eu não concordo que queiram agir e comportar como mulher.

• Ricardo Sartori PAREM DE CONTAMINAR AS PESSOAS E ROUBAR NAS RUAS QUE TUDO MUDARIA PARA A FAVOR DE VOCÊS.. FAÇAM UMA CAMPANHA CONTRA A AIDS E USO DA CAMISINHA SERIA UM TAPA NA CARA DOS HETEROS QUE NÃO USAM MAIS E AINDA CULPAM OS GAYS E TRANS DE SEREM PORTADORES DO HIV QUANDO O MUNDO GAY ENTRAR FORTE NA CAMPANHA E USAREM CAMISINHA TUDO VAI MUDAR PARA MELHOR NO BRASIL.

• Alex Dias O CASO BRUNA

225 lixos da pior especie

• Eduardi Abar Vcs deixariam suas esposas, irmãs e filhas dentro de um banheiro com um homem travestido de mulher????

• Mauricio Ferraresi pq não vão urinar no rio logo? retardados, ainda querem banheiro?

• Gibran Jensen SIMPLES PARA RESOLVER ESTE PROBLEMA, CRIA-SE UM TERCEIRO TIPO DE SANITÁRIOS INDICADO PARA OS CIDADÃOS QUE POSSUEM UM OUTRA OPÇÃO DE CONDIÇÃO SOCIAL E SEXUAL, ISTO NÃO INTERFERIRIA NO DIREITO DOS DEMAIS CIDADÃOS, SERIA MAIS JUSTO ACREDITO E DEMOCRÁTICO. POIS HOMOSSEXUAL É ALGO QUE NÃO PODE SER NEGADO NEM NEGLICENCIADO MAS TAMBÉM ELES TEM QUE RESPEITAR OS DEMAIS, TUDO É POSSÍVEL CHEGAR A UM CONSENSO BASTA DESEJAR ISTO....

• Rodrigo Mantovanelli Nasceu homem e sempre será homem ... podem se travestir de qualquer coisa mas no fundo é homem esse ai com seus modos indecentes ofendem a Deus terrivelmente.

O CASO BRUNA

226 • Ricardo Sartori ESPEITO SE CONQUISTA COM ATITUDES POSITIVAS PARA QUE A SOCIEDADE MUDE O CONCEITO E PENSAMENTO...,MAS A MAIORIA DAS TRANS SÓ FAZEM .E.R.D.A.

• Marcos Silva e trabalhar vcs querem???

• Eduardo Santos não concordo;faz um banheiro plural em anexo e ai usa quem quiser,mais homem é homem,mulher é mulher e trans é trans,pois trans não é homem nem mulher.

• Tio Patinhas Protesto por isso? Me poupe, né!? Que tirem a água do joelho antes de ir ao shopping!

• Pedro Silva tá lá na segunda foto o cara comendo a sua feijoada e um berreiro de loucas querendo mijar em pé no banheiro feminino, triste época da ditadura do politicamente correto

• Alfredo Silva até eu vou vestir de mulher e vou entrar no banheiro pra ver elas mijando.

• Eder Vargas Olha as arrombadas ai gente. kkkk

O CASO BRUNA

227 • Fabio Luiz Usa o esgoto

• Pedro Brito a turma protestando e o tio mandando na feijoada com batata frita....hahahahaha

• Sociedade Corrompida ainda tem quem defende essas aberrações esse mundo fede cada dia mais, nem almoçar com a familia no shopping pode mais...

• Rafael Alves Simples, transexuais usam banheiro feminino, heteros frequentam outros locais, quero ver quem tem mais força.

• Danilo Ribeiro Se minha filha entrasse em um banheiro e se deparasse com uma cena dessa não sei o q faria.Se eles querem os direitos deles então primeiro aprendam a respeitar os direitos alheios.Tão deturpando o significado da palavra respeito.

• Eduardi Abar Renilson Júniorhá wm

• Mauricio Rafael sem preconceito mas na boa se eu fosse mulher nao me sentiria confortavel em usar um banheiro feminino com

O CASO BRUNA

228 um homem disfarsado de mulher e caso ele nao fosse um transsexual e sim um golpista disfarsado de mulher para estuprar a mulherada eu tenho mulher e filhas estou pensando nelas para sua segurança ou entao que eles tenham um banheiro exclusivo assim todos ficam em paz.

• Renilson Júnior E outra: historicamente a divisão de banheiros por sexo (masculino, feminino) foi criada principalmente e sobretudo para evitar estupros e crimes de cunho sexual contra mulheres. Se a pessoa não se reconhece como homem, mas sim como mulher, provavelmente ela não sente atração sexual por outras mulheres, não havendo risco de crimes sexuais contra as outras mulheres. Dizer que homens irão se passar por transexuais para abusar mulheres é ridículo e muito fraco para alguém realmente levar a sério.

• Marcos Lima Agora que a moda é protestar contra tudo e todos, vamos nos unir e protestar pelo fim do "SUTIÃ DE BOJO" chega de ser enganado, abaixo esse Golpe enganação total vamos derrubar essa farsa!!

• Eduardi Abar quantos tarados e pederastas irão se vestir de mulher para entrar nos banheiros e sabe lá o que fará lá dentro com mulheres e meninas...............

O CASO BRUNA

229 • Renilson Júnior Os estudos de gênero já deixaram claro que ninguém realmente nasce mulher ou homem, pois estes são construções culturais. O que existe naturalmente é apenas macho e fêmea, porém, o papel que cada um deve desempenhar nada tem a ver com seu sexo biológico. Assim, dizer que algo é "coisa" de homem ou papel de mulher é apenas uma construção, uma invenção social, não encontrando respaldo na natureza. Ademais, o ser humano é muito mais complexo que um cachorro ou um pássaro, sendo ingenuidade comparar de forma absoluta o comportamento do restante dos animais com o nosso.

• Genilson Souza Acredito que devemos respeitar todas as pessoas de bem, honestas, não importando sexo, religião, ou raça...mas também não podemos priorizar ninguém, e nem colocar uns contra os outros...

• Enzo Beraldo É o cúmulo do ridículo mesmo né!. Não são mulheres e ponto final. Monta um banheiro só pra vcs, simples!.

O CASO BRUNA

Inspirada em tirinha de Laerte Coutinho. Desenvolvida pelo autor.

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