O escultor Joaquim Gonçalves da Silva (1863-1912): a propósito da escultura funerária “A Dor”, no cemitério de Mafamude. (1.ª Parte).

June 1, 2017 | Autor: Susana Moncóvio | Categoria: History of Art
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1.º Encontro de História & Património de Mafamude. 16-05-2015. Resumo: Um estudo crítico sobre Joaquim Gonçalves da Silva (1863-1912) não pode escamotear as questões historiográficas relativas à emergência da denominada Escola de Escultura de Gaia. Um conceito avançado por António Arroio (1856-1934), em 1909, que coloca António Soares dos Reis (1847-1889) como o elo inicial da cadeia, seguido por Diogo de Macedo (1889-1959), em 1929 (publ. 1938), e materializado na exposição Escultores de Gaia, realizada na Casa-Museu Teixeira Lopes, em 1958. Não tendo sido incluído nesse grupo, podemos afirmar que os artigos publicados pelo Pe. Manuel Romero Vila (1912-1997), logo nos anos 60 do século XX, resgataram do esquecimento o nome de Joaquim Gonçalves da Silva e fixaram, em grande medida, a memória material do escultor. De forma complementar, conhecemos a sua fisionomia através do retrato desenhado por António Cândido da Cunha (1866-1926), atualmente na coleção da Junta de Freguesia de Santa Marinha.Metodologicamente, a nossa investigação atendeu aos estudos do Pe. Romero Vila e integrou novos achados, explorando aspetos da Cripto-História de Arte. Deste modo, evoluímos no conhecimento sobre o percurso formativo que empreendeu, aprofundamos as parcerias profissionais que estabeleceu, com o estatuário António Teixeira Lopes (1866-1942) ou com o arquiteto José Marques da Silva (1869-1947), o que nos permitiu sistematizar a obra do escultor, objetivando práticas, técnicas e modalidades de produção (desenho, pintura, gesso, mobiliário, faiança, mármore, bronze), não descurando o seu envolvimento na dinâmica artística da época, sensivelmente, entre o final do século XIX e início de XX. Por extensão, apreendemos o contexto e cunho pessoal do seu processo criativo, o qual pontua na escultura funerária em bronze, de 1910, - A Dor, para o jazigo da família de João Pinho e Costa (1865-1956), no cemitério de Santiago de Riba Ul; e que culmina em 1912, com a conceção da monumental escultura, em mármore, - A Dor, realizada para o jazigo de José Pinto Mourão (1848-1911), no cemitério da freguesia de Mafamude.
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