O futebol como epopeia: análise das crônicas de Nelson Rodrigues sobre a Copa do Mundo de Futebol de 1958

September 14, 2017 | Autor: Anna Diniz | Categoria: Identidades, Jornalismo Esportivo, Futebol
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O FUTEBOL COMO EPOPÉIA: ANÁLISE DAS CRÔNICAS DE NELSON RODRIGUES SOBRE A COPA DO MUNDO DE FUTEBOL DE 1958 Anna Carolina Paiva Diniz1 INTRODUÇÃO Copa do Mundo de Futebol. Isso para o brasileiro tem uma importância que ainda não se conseguiu medir o tamanho. É sagrado: de quatro em quatro anos os nascidos na pátria das chuteiras param para ver a seleção, hoje pentacampeã, entrar em cena e liquidar os adversários. Nem sempre isso acontece, mesmo assim a cada Copa as esperanças na seleção canarinho se renovam. Amor imortal. Apostando nessa devoção, as mídias esportivas têm investido cada vez mais no futebol. Basta abrirmos os jornais ou ligar a tevê após a rodada do campeonato brasileiro ou da Taça Libertadores da América para percebermos que a importância dada a esse esporte é muito maior que aos demais. É difícil remar contra a maré: o futebol sempre foi a menina dos olhos dos brasileiros, por isso somos bombardeados por analises táticas, destaques das rodadas, gols o fim de semana nos meios esportivos. Se todos falam da mesma coisa, é necessário sempre se reinventar. Os programas esportivos promovem debates com técnicos, ex-jogadores, ex-árbitros, contam também com a alta tecnologia das transmissões para saber se o jogador foi derrubado ou simulou, se a bola saiu ou se o jogador teve ou não intenção de colocar a mão na bola. A televisão modificou a forma de se ver o jogo. Antes dela, as partidas eram vistas a partir da narração dos radialistas. Aquele tom acelerado dava emoção até a mais entediante das partidas. Qualquer bola chutada ao gol perigava mudar o placar. Nomes como Nicolau Tuma, Rebelo Júnior (homem que inaugurou o grito de gol prolongado), Ary Barroso, Gagliano Neto, Geraldo José da Almeida entre outros, faziam com que as partidas ganhassem ares de espetáculo dramático. Aqueles que iam ao estádio acompanhar as partidas, o rádio era um grande companheiro. Até mesmo que escreviam sobre esportes levavam os seus. A imaginação abraçava os textos dos cronistas esportivos dando um ar dramático às partidas. Nesse estudo, veremos como Nelson Rodrigues, dentro deste contexto dos anos de 1950 – fortemente influenciado pela linguagem do rádio –, colocava em suas crônicas esportivas essa emoção dramática. *** Antes de partimos para a análise das crônicas esportivas rodriguianas, é preciso verificar a trajetória histórica desse gênero.

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Graduanda em Comunicação [email protected]

Social

habilitação

Jornalismo

pela

UFMA.

Ciências Humanas em Revista, v.7, n.2, São Luis/MA, 2009 - ISSN 1678-81

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Façamos um breve apanhado histórico: voltemos 500 anos. Quando os portugueses atracaram suas caravelas em território brasileiro, as crônicas já eram bastante difundidas nos países europeus que se dedicavam às navegações. Os relatos de viagem eram bastante comuns e recebiam o nome de crônica, pois tinham ar finalidade de resgatar o tempo. O mais famoso dos cronistas foi o português Fernão Lopes, que tinha por função registrar os feitos dos reis de Portugal. Outros como Colombo, que descreveu o novo mundo em seu diário, ou como Caminha que contou sua primeira impressão sobre o Brasil em carta ao rei de Portugal, deram os primeiros contornos ao que viria a se tornar, nos fins do XIX e inicio do século XX, um gênero bastante popular no Brasil. A crônica ganha nova forma com os folhetins: É exatamente como folhetim que a crônica surge no jornalismo brasileiro. Um espaço que os jornais reservam, semanalmente, para o registro do que aconteceu no período. Sua redação é confiada a escritores (poetas ou ficcionistas). Segundo Afrânio Coutinho, o folhetim começou com Francisco Otaviano, em 1852, no Jornal do Commercio do Rio de Janeiro. Ali, ele assinava o ‘folhetim semanal’. Seus continuadores são José de Alencar, Manuel Antonio de Almeida, Machado de Assis, Raul Pompéia, Coelho Neto, etc.”, (MELO, 1994: 151)

Ainda segundo Melo, “pouco a pouco o folhetim foi assumindo a característica que o tornaria um gênero autônomo no nosso jornalismo, desvencilhando-se da seção de variedades. Transformou-se em crônica” (MELO, 1994: 152). A partir da década de 1930 é que a crônica se consolida e ganha bastante aceitação nas páginas dos jornais brasileiros. Acho que foi no decênio de 1930 que a crônica moderna se definiu e consolidou no Brasil, como gênero bem nosso, cultivado por um número crescente de escritores e jornalistas, com os seus rotineiros e os seus mestres. Nos anos 30 se firmaram Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, e apareceu aquele que de certo modo seria o cronista, voltado de maneira praticamente exclusiva para este gênero: Rubem Braga. (MELO, 1994: 153)

Segundo Melo, essa aceitação se deve a alguns fatores chave: a Semana de Arte Moderna de 1922 que difundiu idéias de brasilidade – o tom coloquial dos textos atesta que não cabe mais um tom bacharelesco que não refletia a realidade nacional – e o desenvolvimento da imprensa que agora passa tomar rumos empresariais. Nesse contexto, o cronista se torna “um interprete das mutações que dão nova fisionomia à sociedade brasileira.” (MELO, 1994: 154). O Brasil, ao passo que começa a se conhecer, a partir da década de 1920, inicia um processo de valorização de suas qualidades. Antes do movimento modernista, o que víamos era uma tendência imitação dos valores europeus. Um dos aspectos que começam a germinar nas décadas seguintes é o futebol e é através dele que o brasileiro passa a ter um sentimento maior de brasilidade: A rápida difusão e o apelo popular cada vez maior despertaram o interesse de sociólogos, antropólogos e historiadores, que se empenharam em estudar as razões e os sentidos do futebol como manifestação cultural brasileira. O esporte se comportou como elemento importante, talvez essencial, da experiência de grupos sociais. Além disso, era reconhecido pelo domínio público dos brasileiros e de outros povos como expressão cultural tipicamente brasileira, que revelava o caráter e os costumes exclusivos deste povo. (COSTA, 2001: 16)

A década de 1950 foi importantíssima para essa consolidação do futebol como esporte símbolo do Brasil: o país sediou a Copa do Mundo de Futebol no ano Ciências Humanas em Revista, v.7, n.2, São Luis/MA, 2009 - ISSN 1678-81

de 1950 (perdendo para o Uruguai a final em pleno Maracanã) e conquistou seu primeiro titulo de campeão mundial em 1958 na Suécia. E para cobrir esse esporte, a mídia contava apenas com o radio e com as gazetas esportivas. Nestas destacavam-se grandes cronistas esportivos que tinham por função fazer a leitura das partidas – não só tática e técnica, mas também emocional – para o publico. Um dos que tiveram mais destaque nessa atividade foi o jornalista e dramaturgo Nelson Rodrigues. *** Nelson era pernambucano, mas mudou-se para o Rio de Janeiro antes de se apaixonar pelo Sport ou pelo Náutico. Era torcedor fanático do fluminense, mas nunca deixou de reverenciar as qualidades de craques de outros times. Antes dele, o irmão Mário Filho, já trazia inovações na forma de ler o esporte: Teria sido Mario Filho que, trazendo uma nova forma de escrita, um estilo mais simples, sepultou a escrita de fraque dos antigos cronistas esportivos. Seria ele a referência do nascimento da crônica esportiva, incorporando ao gênero, além da nova linguagem, respeitabilidade ao ofício da crônica. (COSTA, NETTO & SOARES, 2007: 17).

Seguindo os passos do irmão, mas sem imitá-lo, Nelson tecia suas crônicas com uma dramaticidade digna de um grande espetáculo. E era assim que este autor via o futebol: como um grande espetáculo, uma epopéia . Em seus textos, a destreza do jogador era exaltada e este muitas vezes ganhava o status de herói. Como comenta Morgado: Nelson inaugurou a participação no Jornal dos Sports, com uma crônica de título bastante significativo: A descoberta do Brasil, em que destacava a taça Jules Rimet, que anos mais tarde foi roubada da CBF. No texto de estréia, Nelson já traçava o percurso que iria seguir na carreira de cronista esportivo: resgatar o orgulho de ser brasileiro de uma forma inteligente, humorada e que rapidamente caiu no gosto popular. (MORGADO, 2007: 54)

Tomando por base a classificação de Beltrão (1980), a crônica esportiva de Nelson Rodrigues se encaixa, quanto à natureza do tema, como crônica especializada por tratar exclusivamente do futebol. Quanto ao tratamento dado ao tema, podemos classificá-la como crônica sentimental. Partiremos agora ao concreto: a análise de três crônicas escritas por Nelson Rodrigues para a o jornal Manchete Esportiva nas quais o autor se dedica a Copa do Mundo de Futebol de 1958. Complexo de Vira-latas Esta é a ultima crônica de Nelson antes da estréia do Brasil na Copa da Suécia. Nela o autor reflete acerca da frustração pela derrota para o Uruguai em 1950. O pessimismo do povo brasileiro em relação àquela seleção é lida por Nelson como medo de uma nova desilusão. E esse medo é fruto do que ele chama de “viralatismo”. Para Nelson, a falta autoconfiança do brasileiro foi a causa de várias derrotas brasileiras em copas anteriores: Por complexo de vira-latas entendo eu inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo. Isto em todos os setores e, sobretudo, no futebol. (...) em wembley, por que perdemos? Porque, diante do quadro inglês, louro e sardento, a equipe brasileira ganiu de humildade. Jamais foi tão evidente e, eu diria mesmo, espetacular o nosso vira-latismo. (ROBRIGUES, 1993: 52).

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Nelson tenta mostrar aos seus leitores que o mal do brasileiro é não confiar em si próprio. Vencido esse complexo, nada poderia deter o time brasileiro: A pura, a santa verdade é a seguinte: qualquer jogador brasileiro, quando se desamarra de suas inibições e se põe em estado de graça, é algo de único em matéria de fantasia, de improvisação, de invenção. Em suma: temos dons em excesso (ROBRIGUES, 1993: 52).

Percebemos que Nelson tenta resgatar a confiança evidenciando, melhor dizendo, exaltando as qualidades do futebol brasileiro. Para conquistar o leitor, ele lança mão do uso de uma linguagem simples, praticamente um diálogo com o seu publico. Com esses aspectos, a leitura se torna mais leve e solta, mas não podemos dizer descontraída. É importante destacar que Complexo de vira-latas, mesmo com toda a emotividade, é o texto com o tom sério e cauteloso, afinal trata de uma das maiores mágoas para os brasileiros: O tempo passou em vão sobre a derrota. Dir-se-ia que foi ontem, e não há oito anos, que, aos berros, Obdulio arrancou, de nós, o titulo. Eu disse “arrancou” como poderia dizer: “extraiu” de nós o titulo como se fosse um dente” (ROBRIGUES, 1993: 51).

Descoberta de Garrincha Em 15 de junho de 1958, o Brasil jogou contra a temida Rússia que era apontada como uma das grandes favoritas ao titulo. No dia 21 de junho, Nelson escreveu a crônica Descoberta de Garrincha na qual nos relata, ao seu modo, como foi a partida. Para Nelson, o jogo foi decidido nos três primeiros minutos quando Garrincha resolveu driblar “até as barbas de Rasputin” (RODRIGUES, 1993: 53). O intuito de Nelson é mostrar a graça dos dribles, a graça de ser brasileiro e de fazer do futebol mais que uma competição: o futebol para Nelson é arte. E nesse jogo, Garrincha, o personagem da semana estava, segundo o autor, em “estado de graça.” Bastava ao Brasil o empate, mas o placar final foi 2 x 0 para nossa seleção. Mais uma vez, Rodrigues nos mostra que a autoconfiança é um fator decisivo para as partidas. Se Garrincha não tivesse a confiado que poderia driblar todo o time russo, o Brasil talvez tivesse sofrido durante o jogo. No trecho que segue, percebemos bem esse aspecto: Só Garrincha poderia fazer isso. Porque Garrincha não acredita em ninguém e só acredita em si mesmo. Se tivesse jogado contra a Inglaterra, ele não teria dado a menor pelota para a rainha Vitoria, o Lord Nelson e a tradição naval do adversário. Absolutamente. Para ele, Pau Grande, que é a terra onde nasceu, vale mais do que toda a Comunidade Britanica. Com esse estado de alma, plantou-se na sua ponta para enfrentar os russos. (RODRIGUES, 1993: 54)

Nelson quase esquece que a seleção é um grupo e não apenas um jogador. Sua crônica também não faz um panorama do que foi o jogo, apenas cita que aos dois minutos o Brasil já tinha feito um gol e colocado duas bolas na trave. Esse aspecto nos mostra mais uma vez que ele não se preocupa em mostrar ao leitor uma análise fria da partida, mas sim o destaque dos aspectos emocionais e psicológicos dos personagens do jogo. É chato ser brasileiro Essa crônica pode ser vista como uma resposta ao “vira-latismo” já visto aqui. Enquanto Nelson, em Complexo de Vira-Latas, pedia que o brasileiro tivesse Ciências Humanas em Revista, v.7, n.2, São Luis/MA, 2009 - ISSN 1678-81

mais fé em si, em É chato ser brasileiro ele coloca pra fora toda a sua alegria e orgulho em ser brasileiro. O Brasil vencera a Copa de 1958 com uma goleada em cima da Suécia. Com isso, somem os problemas do país: A vitoria na Copa da Suécia operou um milagre. Se analfabetos existiam, sumiram-se na vertigem do triunfo. A partir do momento em que o rei Gustavo da Suécia veio apertar a mão dos Pelés, Didis, todo mundo aqui sofreu uma alfabetização súbita. (RODRIGUES, 1993: 60)

O personagem dessa crônica é o placar de 5 x 2, mas bem que poderia ser o povo brasileiro. Aqui, Nelson mostra que não só de subdesenvolvimento era feito o Brasil da época: o futebol era nossa fonte de enobrecimento. Nas quatro linhas, ninguém era melhor que o Brasil, segundo o autor. Nelson já tinha trabalhando anteriormente a autoconfiança que, para ele, era fundamental para o bom funcionamento do time. Aqui, mais uma vez, ele trabalha essa questão, mas dessa vez, nos mostrando que com um futebol soberbo a humildade era algo dispensável. Os elementos emocionais conduzem a trama deste texto. Uma emoção que lembra muito as transmissões do rádio da época: O uso da linguagem do rádio para a impressa no jornalismo esportivo foi fundamental. A maioria dos profissionais que se destacava no rádio utiliza um vocabulário rico em gírias, em figuras de linguagem, como metáforas, antíteses, metonímias, eufemismos, e ainda empregava outros recursos, como rima, aliteração e ironia. Tudo muito proposital para agradar e atingir a qualquer classe de torcedor. Era bastante descontraído e, muitas vezes, polêmico. Mas sempre bem-humorado e expressivo. (MORGADO, 2007: 27)

Nesta ultima crônica, a vitoria é narrada com forte teor de dramaticidade. A forma como o autor reconstrói a entrega da taça aos campeões, assim como a retratação do consumo das mídias impressas pelo público após a vitória, nos leva a crer que esta conquista foi algo muito festejado. Em resumo, a linha da narrativa é a seguinte: num primeiro momento, entrega-se a taça aos jogadores brasileiros – neste momento o país é revestido de uma nobreza inquestionável –, em seguida o Brasil explode em comemorações e reconquista a auto-estima. CONSIDERAÇÕES FINAIS As crônicas esportivas ainda hoje têm espaço garantido nos jornais. Mesmo com o a transmissão dos jogos na tevê a partir da década de 1970, elas não foram deixadas de lado, mas sofreram algumas mudanças. Hoje em dia, elas tendem mais aos comentários com análises de aspectos táticos e técnicos das partidas. A partir do momento em que o grande público pode ver as partidas e não somente ouvi-las, a tendência foi a emotividade dramática perder espaço. Os programas esportivos se tornavam as novas vedetes do publico. Em resumo, as crônicas da década de 1950, em especial as de Nelson Rodrigues, eram reflexo de seu tempo: através do rádio que os torcedores tinham acesso aos jogos e essa linguagem acabava influenciando a escrita cheia de emoção.

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REFERÊNCIAS BELTRÃO, Luiz. Jornalismo opinativo. Porto Alegre: Sulina-ARI, 1980. COSTA, Felipe Rodrigues, FERREIRA NETO, Amarílio, SOARES, Antonio Jorge Gonçalves. Crônica esportiva brasileira: histórico, construção e cronista. Em www.revistas.ufg.br/index.php/fef/article/.../198 Acessado em 24/08/09. MARQUES, José Carlos. A literatura invade a grande área: a crônica durante as copas do mundo de futebol. Disponível em: http://www.rbceonline.org.br/revista/index.php/RBCE/article/viewFile/14 7/156 Acessado em 24/08/09 MEDEIROS, Vanise Gomes. Discurso cronístico: uma “falha no ritual” jornalístico. Disponível em: http://www3.unisul.br/paginas/ensino/pos/linguagem/0501/7%20art%205.p df Acessado em 24/08/09. MELO, José Marques. A opinião no jornalismo brasileiro. Petrópolis: Vozes, 1994. RODRIGUES, Nelson. À sombra das chuteiras imortais. São Paulo: Companhia das Letras, 1993. MORGADO, Andrêya Garcia da Paixão. Um bate bola entre futebol e história da literatura brasileira. In: CELLI – Colóquio de Estudos Lingüísticos e Literários 3, 2007. PINA, Patrícia Kátia da Costa. Crônica, jornalismo e leitura: as armadilhas do impresso. Disponível em: http://www.alb.com.br/anais16/sem07pdf/sm07ss11_06.pdf Acessado em 24/08/09. TUZINO, Yolanda Maria Muniz. Crônica: uma Intersecção entre o Jornalismo e Literatura. Disponível em: http://www.bocc.ubi.pt/pag/tuzino-yolandauma-interseccao.pdf Acessado em 24/08/09

RESUMO: Este artigo tem por objetivo analisar o trabalho do jornalista e dramaturgo Nelson Rodrigues como cronista esportivo através de três crônicas escritas para o jornal Manchete Esportiva. São elas: Complexo de vira latas, Descoberta de Garrincha e Triunfo do homem. Em conjunto, esses textos nos trazem um panorama do que foi o campeonato mundial de futebol de 1958. Para que este estudo seja completo, serão abordados alguns conceitos de crônicas bem como a inserção deste tipo de texto no jornalismo brasileiro.

ABSTRACT: This article aims to analyze the work of the journalist and playwright Nelson Rodrigues as a sportswriter in three chronicles written for the newspaper Headline Sports. They are:

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Mongrel Complex, Garrincha´s Discovery and Triumph of Man. Together, these texts bring us a picture of what was the World Cup in 1958. For completing this study, some concepts of chronic will be discussed as well as the insertion of this type of text in the newspaper.

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