O Jornalismo e a Internet: como tem o Jornalismo conseguido adaptar-se à Era da Informação?

July 23, 2017 | Autor: Sara Sampaio | Categoria: Web 2.0, Jornalismo, Redes Sociais, Tecnologia
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Faculdade de Letras da Universidade do Porto Mestrado em Ciências da Comunicação Variante em Estudos de Média e Jornalismo Estudos de Jornalismo

O Jornalismo e a Internet: como tem o Jornalismo conseguido adaptar-se à Era da Informação?

Ensaio Académico

Docente: Hélder Manuel Ferreira Bastos Discente: Sara Maria Catarino Vilela Sampaio [email protected]

fevereiro de 2014

Resumo1 É certo que a ascensão da Era da Informação veio causar mudanças no contexto social. Desde o seu aparecimento, o uso dado à Internet tem tido vários propósitos, mas no início do novo século, com o aparecimento da Web 2.0, a Internet passou a ser utilizada de modo completamente novo, particularmente com fins interativos. Surgiram novos serviços, como é o caso dos Participatory Media, que por sua vez, impulsionaram o aparecimento de uma nova tendência: o Citizen Journalism. São várias as questões que convém colocar sobre os efeitos que a tecnologia tem tido no Jornalismo tradicional: Como tem esta profissão conseguido adaptar-se às mudanças que têm surgido? Que novas ferramentas têm os profissionais dos media ao seu dispor e quais as suas vantagens? Será a Internet vista como uma aliada ou uma ameaça para o jornalismo? Palavras-chave Jornalismo, Web 2.0, Journalism 2.0, Redes Sociais, Informação, Novas Tecnologias, Redes Sociais. Abstract It is a fact that the Information Age caused changes in the social context during its rising. Since its appearance, the Internet has had several purposes, but at the beginning of the new century, with the development of Web 2.0, it started being used in completely different ways, particularly for interactivity. New services have emerged, namely Participatory Media, which in turn were one of the aspects behind the beginning of another trend: Citizen Journalism. There are several issues that should be exposed on the effects that technology has had on traditional journalism: How has this occupation been able to adapt to the changes that came with this revolution? What new tools have the media professionals at their disposal and what are their advantages? Is the Internet seen as an ally or a threat to journalism? Key Words Journalism, Web 2.0, Journalism 2.0, Social Networks, Information, New Technologies, Social Networks.

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Nota: O texto está redigido segundo o Novo Acordo Ortográfico.

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1. Breve História da Internet Antes de me debruçar sobre o impacto da Internet sobre o jornalismo tradicional, tomei a liberdade de abordar uma breve história das suas origens, bem como do seu impacto na sociedade. O aparecimento da Internet remonta aos anos 60 com origem nos Estados Unidos da América (EUA), durante a época da Guerra Fria. Após a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) ter lançado o satélite Sputnik, o Departamento de Defesa resolveu criar a Advanced Ressarch Projects Agency (ARPA), que visava introduzir ideias inovadoras de pesquisa que tivessem impacto tecnológico. A ARPA apresentou em 1967 o primeiro plano real de uma rede de comunicação por pacotes. Em 1969 nascia aquela que seria considerada a “mãe” da Internet: a ARPANET - a primeira rede operacional de computadores desenvolvida com o propósito de permitir a partilha de determinados recursos entre investigadores. Em 1983, a ARPANET, e todas as outras redes ligadas à mesma, adotaram o protocolo de comunicação TCP/IP (COHEN-ALMAGOR, 2011; PINHO, 2003). Nos anos 80, esta rede começou a entrar numa fase mais comercial, apesar de nessa altura ser mais utilizada para fins de pesquisa. Foi nos anos 90, após a introdução da World Wide Web (invenção de Tim Berners-Lee), que este sistema começou a expandir-se, crescendo de ano para ano o número dos seus utilizadores: em 1995 existiam cerca de 16 milhões de utilizadores, aumentando para aproximadamente 36 milhões no ano seguinte. Em 2000 (início de um novo século) já existiam cerca de 361 milhões de internautas, número esse que cresceu para 513 milhões no ano seguinte (COHEN-ALMAGOR, 2011). À medida que o número de utilizadores ia crescendo, a Internet começou a ser utilizada com outros propósitos (além dos investigativos). Hoje em dia, a Internet constitui um elemento informativo essencial que integra o dia-a-dia da grande maioria da população mundial. Como refere COHEN-ALMAGOR (2011), a Internet tornou-se num fenómeno global, pois eram cada vez mais os países que aderiam e os horizontes desta plataforma expandiam-se notavelmente. Com o desenvolvimento da Internet, a informação começou a ser manipulada e divulgada de forma mais rápida e revolucionária. Uma citação de GATES (1995) chamou-me a atenção durante as minhas leituras para este fenómeno ao afirmar que:

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“ (…) Este período da História irá caracterizar-se pelas formas completamente novas e cada vez mais rápidas que surgirão para alterar e manipular informação. A diminuição do custo e o aumento da velocidade do processamento e transmissão de dados digitais através do computador irão transformar os dispositivos de comunicação convencionais em lares e escritórios (…) ” (GATES 1995: 24-25)

A meu ver GATES (1995) não se enganou, na medida em que surgiram (e continuam a surgir) maneiras completamente novas e rápidas para a manipulação da informação. Foram várias as empresas tradicionais de comunicação que migraram para esta rede mundial com o objetivo de fornecer aos internautas conteúdos informativos durante 24h por dia (PINHO, 2003). Contudo, será realmente o fim para os meios de comunicação convencionais como os conhecemos?

2. Novas Tendências: Participatory Media e Citizen Journalism

Para mim, sem dúvida que a Internet é um meio de comunicação revolucionário. Neste ambiente cibernético surgiu aquilo que é entendido para muitos como sendo uma nova Internet, mais especificamente a Web 2.0. Este termo, referido pela primeira vez pela empresa americana O’Reilly Media em 2004, está relacionado com uma segunda geração de serviços na Internet com ênfase na participação dos internautas. BRIGGS (2007) menciona que a Web 2.0 se refere aos websites que conseguem obter algum do seu valor através das ações dos seus utilizadores. Aliás, a participação dos internautas é aquilo que mais dá vida e diversidade à Internet. A citação que se segue, a meu ver, reflete a forma como a Internet se tornou num meio aberto a toda a comunidade: “(…) The phenomenal growth in broadband during the last decade has meant millions more potential readers have access to high-speed internet. Services allow them not only to receive Information but to partake in a medium that allows them to set up websites for free, upload and share digital photos, respond to journalists via comments fields, create and add to wikis, and send mobile phone text, images, sound and video that can be seen around the world in a matter of minutes (…)”

(BRADSHAW E ROHMAA 2011: 12)

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Mais especificamente, a Web 2.0 permitiu que a Internet se sustente com informações que são partilhadas e até criadas pelo comum dos cidadãos. Ocorreu-me, portanto, uma nova questão: Que tendências daí surgiram? O conceito de Participatory Media, refere-se às formas de comunicação de media nas quais qualquer indivíduo tem oportunidade de as utilizar de participar nas mesmas. Os consumidores dos novos media não se podem caracterizar como “passivos”, visto que atualmente procuram, adotam e inventam maneiras de participação na produção cultural e não só (RHEINGOLD, 2008). Neste contexto, como exemplos de Participatory Media, existem os fóruns, as redes sociais, os blogs, os wikis, os podcasts, entre outros serviços. Atualmente qualquer indivíduo pode criar o seu próprio blog ou website e influenciar as agendas noticiosas com esses conteúdos (BRASDSHAW e ROHMAA, 2011). Para mim este conceito acaba por estar relacionado com o aparecimento de uma tendência conhecida como Citizen Journalism. A ascensão desta modalidade é essencialmente um resultado da tecnologia (KELLY, 2009). Antigamente a relação entre os media e o seu público era meramente a de produtor e consumidor; agora nota-se que esta relação não é tão inflexível. Claro que nem todos estão interessados em experimentar o papel de jornalista, mas aqueles que estão de facto interessados em assumir este papel, têm, atualmente, acesso às ferramentas de produção de informação e aos meios de distribuição existentes (RHEINGOLD, 2008). KELLY (2009) enumera uma série de razões que podem levar um cidadão a praticar Citizen Journalism: o lucro, o desejo de reconhecimento, a exposição, o ativismo, o engendrar de uma sensação de comunidade (em que várias pessoas com interesses em comum interagem entre si) ou, simplesmente, o prazer de criar conteúdos (o indivíduo passa de observador a criador de conteúdos). Na minha opinião estes dois conceitos acabam por se interrelacionar, na medida em que, graças aos Participatory Media, a prática de Citizen Journalism é acessível a um público vasto. Convém referir que alguns dos recursos que podem ser utilizados pelos Citizen Journalists também podem ser usados pelos profissionais da comunicação. Sendo assim, que benefícios têm os jornalistas com o uso destes meios?

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3. “Journalism 2.0” Após as leituras mencionadas anteriormente coloquei uma nova questão: Quais as características que definem “Jornalismo Online”? Para mim, o jornalismo digital difere do jornalismo tradicional pela forma de tratamento dos dados e pelas relações que são articuladas com os utilizadores, conforme refere PINHO (2003). As notícias são partilhadas através de hyperlinks e outras plataformas digitais. A Internet torna-se, portanto, numa plataforma para as histórias dos jornalistas (BRADSHAW e ROHUMAA, 2011). Atualmente, a Internet representa um campo novo e promissor de renovação para as práticas e técnicas do jornalismo (PINHO, 2003). Na minha perspetiva, os profissionais de comunicação da atualidade têm ao seu dispor várias ferramentas que lhes poupam trabalho e permitem a introdução a novas formas de partilha de informação. Aliás BRIGGS (2007) refere que não poderia existir melhor altura para se ser jornalista. No seu livro (“Journalism 2.0”) refere algumas ferramentas bastante práticas que hoje em dia estão não só ao alcance de todos os cidadãos, mas também dos profissionais de comunicação. Existem atualmente dispositivos de armazenamento de dados (nomeadamente, Flash Drives e Memory Cards) que, apesar do seu tamanho pequeno, conseguem armazenar uma quantidade considerável de dados de vária índole (e que serão abordados um pouco mais adiante). Além disso, multiplicam-se os aparelhos eletrónicos que permitem um acesso cada vez mais ilimitado à Internet (como por exemplo, os smartphones, ou os computadores portáteis que permitem o acesso a ligações à Internet via wireless). Por forma a usufruir destas ferramentas, o profissional de comunicação deverá ter conhecimento de alguns dispositivos muito simples, mas que o permitam tornar-se “digitalmente literado”. Além da menção aos aparelhos úteis que os profissionais têm ao seu alcance, o autor explica que os jornalistas têm também a oportunidade de fazer notícia através de outros métodos. Elementos de Multimédia (tais como, fotos, áudio e vídeo) poderão ser utilizados com o objetivo de dar outra dinâmica às notícias. Estes assumem um papel relevante neste meio, assim como programas próprios que permitam a edição deste tipo de conteúdos. As notícias escritas também têm importância no meio digital: estas devem ser redigidas com uma linguagem simples e direta, por forma a comunicar a informação eficazmente. Além disso, os indicadores de tempo numa notícia permitem ao jornalista atualizar a notícia de hora a hora à 6

medida que a mesma vai evoluindo. A originalidade das headlines é também um elemento que funciona a favor da notícia, até no meio virtual. O meio online também permite a existência de um elemento que sem dúvida promove o fator da Interatividade. Este meio não só aumenta o interesse da comunidade por tópicos importantes, mas também aumenta o prestígio de um órgão comunicativo, proporcionado a sensação de que este tem em conta as opiniões da sua audiência (FOUST, 2005). Aproveito para referir o conceito de UGC (User Generated Content, também conhecido como “User Created Content ou “Consumer Generated Media”), que se refere a recursos que permitem aos internautas não só acederem a conteúdos, mas também possibilitar a sua criação; este tipo de meios são responsáveis por uma revolução no modo como a informação é criada e distribuída (OCHOA e DUVAL, 2008). A sua importância é salientada por BRADSHAW E ROHMAA (2011): “(…) On news websites UGC has become part of the furniture, whether it’s a comment box on news stories, or YouTube video section, to streaming Twitter updates on an event into your website and providing fully fledged social networks (…)”

(BRADSHAW E ROHMAA 2011: 139)

Partindo desta perspetiva, entendo que UGC tem vantagens que devem ser aproveitadas pelos jornalistas da atualidade, uma vez que permite que a informação chegue a um público-alvo mais alargado, dando oportunidade a esse mesmo público de participar de várias formas. Outro dos aspetos hoje em dia associados à Internet é o seu uso como plataforma para comunicação social (KÜNG et al, 2008). Aqui refiro uma série de meios que são utilizados por audiências globais, como é o caso das redes sociais (também conhecidas como social media). BASTOS e ZAMITH (2012) mencionam que estes meios têm utilidade não só para colaboração, mas também para a difusão de informação e para a construção de novos valores sociais. Atualmente é habitual que um órgão de comunicação social contrate uma pessoa ou uma pequena equipa para gerir a distribuição nestes meios: há aplicações no facebook que permitem a exibição das headlines e também várias páginas de notícias têm soluções “quick-click” que ajudam na partilha das mesmas (BRIGGS, 2010). Tendo em conta as informações referidas anteriormente, não tenho dúvidas de que a Internet trouxe muitas vantagens para os meios de comunicação social. Contudo 7

esta é apenas um ramo do desenvolvimento das tecnologias digitais nas áreas de comunicação e media. Existem outras tecnologias digitais (algumas das quais foram mencionadas anteriormente), que têm fortes implicações no desenvolvimento das mesmas áreas (KÜNG et al, 2008), o que, na minha opinião, se podem revelar como oportunidades abertas para as empresas de mass media tradicionais. Ainda assim sou de opinião que, apesar destas novas ajudas e formas de praticar jornalismo, há determinados métodos que não devem ser esquecidos para que os meios de comunicação social ainda tenham um propósito existencial. Hoje em dia é possível uma interação com as audiências através de diversos modos, mas existem determinadas responsabilidades que o jornalista tem no seu trabalho, devendo-se este orientar por determinadas regras éticas e deontológicas (BASTOS e ZAMITH, 2012). “In journalism, no matter how much the world changes, some things should never change, among them, checking facts rigorously; relying on reputable, known sources; presenting facts impartially; asking tough questions; and adhering to the highest ethical standards(…)” (PAVLIK 2001: 193)

Para mim, as práticas mencionadas na citação acima são elementos que dão credibilidade e integridade ao trabalho dos jornalistas. Sabendo que atualmente os profissionais de comunicação têm ao seu dispor uma variedade de ferramentas úteis, formas novas de fazer notícias e ainda uma maior interatividade com o público (em parte graças a UGC), ocorreram-me novas questões: que tipo de perceção têm os profissionais da comunicação relativamente à Internet? Será que a veem como uma vantagem ou como um risco na sua profissão?

4. Internet: aliada ou inimiga do Jornalismo?

Curiosamente, BASTOS et al. (2013), orientados por uma questão similar àquelas colocadas anteriormente, avaliam as opiniões de vários jornalistas portugueses relativamente à influência da Internet na sua profissão. De um modo geral estes consideram que a Internet teve e tem uma influência positiva sobre o jornalismo. Uma das razões apontadas é o facto de este meio de comunicação ser útil para ter acesso a determinado tipo de informação (documentos oficiais e empresariais, por exemplo), e também na atualização de informação. É também prática comum para a divulgação de 8

notícias com maior rapidez e para o estabelecimento de um contacto mais próximo com o seu respetivo público-alvo. Aliás, BRIGGS (2007) menciona que nunca houve uma época como a de agora que fornece várias maneiras (poderosas) para relatar histórias e informar vários leitores; aliás quem adora jornalismo, gosta de ter à sua disposição mais ferramentas, de ter maior interação com as audiências e não ter tantos constrangimentos de tempo e espaço. Concordo com esta perspetiva, na medida em que este meio traz consigo vários benefícios aos órgãos de comunicação social que optem por uma estratégia que envolva o meio digital. Por outro lado, neste estudo, os jornalistas inquiridos também reconhecem defeitos no uso da Internet, nomeadamente, a contribuição para um “jornalismo sedentário”, a dificuldade em distinguir conteúdos credíveis, a diminuição do rigor da notícia no meio online e uma certa limitação dos temas informativos. (BASTOS et al., 2013). Existem portanto prós e contras na utilização deste meio, contudo acho que as vantagens se destacam mais. Tendo em conta as opiniões desse estudo, acho que há algo importante a ser tido em consideração na prática do jornalismo atual que foi salientado por KROTOSKI (2011): o facto de a Internet ser de facto uma ferramenta valiosa, mas apesar disso as práticas de imprensa “à moda antiga” poderem ainda assim ser melhores.

5. Considerações Finais

Uma das minhas conclusões refere-se ao facto de que a Internet trouxe consigo uma série de benefícios, não só para o cidadão comum, mas também para profissionais de várias áreas, incluindo a área da comunicação. Como referi nos pontos 2 e 4 deste ensaio, a Internet despoletou tendências que podem ser prejudiciais ao jornalismo tradicional. Ainda assim, na minha opinião, a tecnologia oferece aos profissionais da comunicação muitas vantagens, apesar de existirem certos factos relativos ao jornalismo como o conhecemos que não devem mudar por forma a manter-se alguma integridade nesta profissão. Convém também recordar o facto de a Interatividade ser um elemento-chave para o sucesso do jornalismo online; aliás este fator é importante para os que querem dirigir mensagens e informações específicas a diferentes públicos (PINHO, 2003).

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A ideia principal que pretendo transmitir com este ensaio é o facto de que o meio digital pode valer uma série de oportunidades para os órgãos de comunicação atuais. Uma citação de Martha L. Stone, referida num artigo recente do jornal Expresso (7 de dezembro de 2013), para mim reflete a importância de os media tradicionais investirem no meio digital:

“ (…) As atuais marcas de media só continuarão a ser importantes se adotarem uma estratégia mais agressiva no digital, em complemento ao que já fazem (…) ”.

(NOBRE 2013: 28)

Assim, convém que os meios de comunicação social continuem a investir no meio digital como uma forte aposta comunicativa, adotando estratégias comunicativas que os beneficiem. Acho que os jornalistas não podem estar indiferentes às mudanças que surgiram com a revolução provocada pela tecnologia; esta época é a ideal para a inovação e transformação. Nesta Era nunca houve tanto “apetite” por informação (KAUL, 2013). Acho então que é importante definir uma estratégia para a divulgação de informação para que a profissão se desenvolva, sem que sejam esquecidos os fatores anteriormente mencionados por PAVLIK (2001) no ponto 3. Em suma, na minha opinião, o jornalismo poderá não sobreviver nem inovar se não aproveitar as oportunidades que lhe são apresentadas com a Internet. Resta esperar para ver as inovações que ainda estarão para surgir e de que forma vão os órgãos de comunicação social tirar partido dos prós (e contras) que lhes serão apresentados.

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Bibliografia BASTOS, H., LIMA, H., MOUTINHO, N., E REIS, I. (2013). Os Jornalistas e a Internet: Como os Profissionais Avaliam o Impacto da rede no Jornalismo. In: Jornalismo&Jornalistas 54: 10-16. BASTOS, H., ZAMITH, F., Ciberjornalismo. Modelos de negócio e redes sociais. Porto: Edições Afrontamento, 2012. BRADSHAW, P., ROHUMAA, L., The Online Journalism Handbook. Essex: Pearson Education Limited, 2011. BRIGGS, M., Journalism 2.0: How to Survive and Thrive; A digital literacy guide for the information age, J-Lab: The Institute for Interactive Journalism, University of Maryland Philip Merril College of Journalism, Maryland, 2007. BRIGGS, M., JournalismNext: a Practical Guide to Digital Reporting and Publishing. Washington: CQ Press, 2010. COHEN-ALMAGOR, R., Internet History. In: International Journal of Technoethics, 2(2), 2011, 45-64. FOUST, J. C., Online Journalism: Principles and Practices of news for the Web. Arizona: Holocomb Hathaway, Inc., 2005. GATES, B., Rumo ao Futuro. Alfragide: McGRAW HILL DE PORTUGAL, LDA,1995. KAUL, V., Journalism in the Age of Digital Technology. In: Online Journal of Communication and Media Technologies, 3(1), 2013, 125-143. KELLY, J., Red Kayaks and the Hidden Gold: The rise, challenges and value of citzen journalism, Reuters Institute for the Study of Journalism, University of Oxford, Oxford, 2009. KROTOSKI, A., What effect has the internet had on journalism?. Disponível em: http://www.theguardian.com/technology/2011/feb/20/what-effect-internet-onjournalism (Consultado em 25 de dezembro de 2013). KÜNG, L., PICARD, R. G., TOWSE, R., The Internet and the Mass Media. London: SAGE Publications Ltd., 2008. 11

NOBRE, A. (2013). Marcas de informação precisam de “mais agressividade” no digital. In: Expresso 2145:28. OCHOA, X. and DUVAL, E. (2008) Quantitative analysis of user-generated content on the Web. pp. 19-26. In: Proceedings of the First International Workshop on Understanding Web Evolution (WebEvolve2008), 22 Apr 2008, Beijing, China. ISBN 978 085432885 7. PAVLIK, J. V., Journalism and New Media. New York: Columbia University Press, 2001. PINHO, J. B., Jornalismo na Internet: planejamento e produção da informação on-line. 2.ª edição. São Paulo: Summus Editorial, 2003. RHEINGOLD, H., Using Participatory Media and Public Voice to Encourage Civic Engagement. Cambridge, MA: The MIT Press, 2008, 97–118.

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