O papel da afetividade no funcionamento cognitivo de idosos institucionalizados

June 7, 2017 | Autor: Sara Moitinho | Categoria: Cognitive Science, Aging, Affect/Emotion, Cognitive Neuroscience, Affectivity and the Emotions
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27ª Reunião - 28 e 29 de Junho de 2012 Hotel Vila Galé - Coimbra SUBMISSÃO DE TRABALHO TÍTULO DO TRABALHO O papel da afetividade no funcionamento cognitivo de idosos institucionalizados AUTORES Helena Espirito-Santo1, Inês Torres-Pena1, Luísa Caldas1, Fátima Rodrigues1, Sara Moitinho1, Ana Lídia Pinto1, Carla Susana Neves1, Vanessa Vigário1, Vera Pascoal1, Laura Lemos1 e Daniel Falcão2 AFILIAÇÕES 1Instituto Superior Miguel Torga, Coimbra 2Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Unidade de Sobral Cid AUTOR PARA CORRESPONDÊNCIA Helena Espirito-Santo, 239488030, R. Augusta, 46, 3000-061 Coimbra, [email protected] RESUMO A afetividade está relacionada com o declínio cognitivo, mas não é conhecido o impacto da afetividade positiva e da afectividade negativa no declínio cognitivo. Neste estudo procuramos examinar a prevalência de declínio cognitivo e o papel potencial da afetividade negativa e positiva no funcionamento cognitivo de idosos institucionalizados, controlando o papel potencial de fatores demográficos e emocionais. Foi efetuada uma investigação transversal com uma amostra de idosos institucionalizados saudáveis participantes no Projeto Trajetórias do Envelhecimento do Concelho de Coimbra. Foram inquiridos 412 idosos saudáveis com uma média de idades de 80,38 anos (DP = 7,24) usando o Positive and Negative Affect Schedule (PANAS), o Mini-Mental State Examination (MMSE), a Geriatric Depression Scale (GDS) e o Geriatric Anxiety Inventory (GAI). As variáveis demográficas (76,9% de mulheres, 14,3% com mais de 4 anos de educação formal, 99,1% com ocupações manuais, 82,2% sem conjugue) e outros fatores autorrelatados foram tidos em conta (Média da GDS = 14,30 ± 6,31; média do GAI = 12,49 ± 5,93).

A prevalência de declínio cognitivo foi de 66,6% (idosos mais novos: 1,4%; idosos novos: 24,7%; idosos velhos: 36,5%; idosos mais velhos: 3,9%). Verificámos que o afeto positivo estava significativamente relacionado com o MMSE (r = 0,22). A análise logística múltipla mostrou que a afetividade positiva era preditora do declínio no desempenho cognitivo (OR = 0,96; CI 95% = 0,93-0,98; p < 0,001). Estas relações são significativas mesmo depois de controlar os sintomas depressivos e os sintomas ansiosos, a idade, a educação e a ocupação. Estes resultados sugerem que a afetividade positiva é uma variável a ter em consideração quando se avalia o funcionamento cognitivo em idosos institucionalizados.

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