O Realismo no Brasil

June 30, 2017 | Autor: M. Oliveira Junior | Categoria: Portuguese and Brazilian Literature, Portuguese Studies, Realism
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E.E. PROF.ª LEONOR GUIMARÃES
Marcelo de Oliveira, 2º Ano EJA, 2014.

Marcelo de Oliveira, 2º Ano EJA, 2014.




Índice:

Introdução.......................................................................................................3
Realismo no Brasil.........................................................................................4
Machado de Assis romancista......................................................................5
Conclusão/Bibliografia...................................................................................6





INTRODUÇÃO


O Realismo, assim como outras escolas literárias, estabeleceu com a produção estética anterior e posterior um frutífero diálogo marcado por influências e recusas das mais diversas ordens. De certa maneira, o Realismo foi buscar, na tradição da prosa ocidental, formas de narrar que se diferenciassem das utilizadas pela prosa romântica: havia agora um novo foco de interesse que passaria a ocupar o centro da representação romanesca – a sociedade – e, portanto, uma escrita adequada a essa temática se fez necessária. Entre as características formais dessa escrita temos um diálogo por vezes direto com o leitor, capítulos mais curtos, e atenção para o desenvolvimento das ações de personagens secundárias à trama central.
A questão social e a realidade do ser humano tiveram como principal característica, deste movimento possuía um forte caráter ideológico, marcado por linguagem política e de denúncia dos problemas sociais como, por exemplo, miséria, pobreza, exploração, corrupção entre outros.
O Realismo manifestou-se principalmente na pintura, onde as obras retratavam cenas do cotidiano das camadas mais pobres da sociedade. Na literatura brasileira o Realismo destacou-se na prosa. Os romances realistas tornaram-se instrumentos de crítica ao comportamento burguês e às instituições sociais. Muitos escritores românticos começaram a entrar para a literatura realista.
O intuito deste trabalho é aprofundar o último quarto do século XIX, cujo movimento articula o mais essencial fato da sociedade desde sua criação, o valor de denunciar problemas que envolvem a humanidade.









O último quarto do século XIX foi marcado por vários acontecimentos importantes nas esferas política e social do país. Ocorre a Abolição da Escravatura, o fim da Monarquia e o início da era republicana. É também um período de grande produção intelectual: além da ficção, surgem de modo mais sistemático, a crítica literária, os estudos históricos e o pensamento filosófico culturalista, que analisa os fenômenos individuais e coletivos a partir dos traços da cultura.
De certa maneira, o Brasil acompanha a série de transformações que ocorreram na Europa e que desencadearam o abandono progressivo da estética romântica e a ascensão do Realismo. A influência crescente do positivismo, os avanços nas ciências e os debates sobre formas democráticas de governo passaram a integrar o repertório dos intelectuais brasileiros afinados com os centros europeus. O diálogo entre o Brasil e parte da Europa se faz de modo cada vez mais intenso, ora funcionando como um referencial para a nossa cultura, ora servindo de modelo imitado pelas elites, que se sentiam "modernas" ao adotar posturas intelectuais que não condiziam com a realidade social brasileira.
Conflitos, como a Guerra do Paraguai (1864-1870), provocam focos de insatisfação com a política monarquista e acabam por fortalecer ideias republicanas. Ao mesmo tempo, cresce o clamor pela libertação dos escravos. A abolição da escravidão não é mais somente uma necessidade de ordem moral. As mudanças nos meios de produção resultantes do processo de industrialização requereriam do Brasil um novo modelo de gestão da mão de obra.
Essas crises foram acompanhadas pela reorientação das formas de representação da realidade: a literatura e as artes em geral começavam a registrar o mundo de maneira mais objetiva, em contraposição ao subjetivismo anterior; a preocupação se volta para o presente, para as relações sociais que caracterizam os acontecimentos contemporâneos e para o cotidiano, deixando de lado a idealização de um passado histórico e glorioso.
A SOCIEDADE VISTA POR DENTRO
A circulação de informações, as novidades provindas de países europeus e as divergências de pontos de vista sobre os caminhos a serem seguidos pelo povo brasileiro tomavam conta das rodas de conversa, dos jornais e dos demais espaços sociais. O cotidiano político e cultural do país inflamavam-se cada vez mais em meio a debates e polêmicas.
Ataques que confrontavam abertamente a figura de Dom Pedro II foram se tornando comuns até a proclamação da República. Não era mais possível ignorar a desigualdade de direitos e a supressão da liberdade que marcavam a sociedade da época.
Armados de um olhar atento, os escritores souberam transpor para o contexto da literatura, muitas vezes de modo cômico e mordaz, os impasses vivenciados pela sociedade. A imagem de uma elite que adaptava as ideologias progressistas e seus próprios interesses constitui um dos maiores alvos da crítica do Realismo brasileiro. É o que se percebe no fragmento do conto a seguir, em que um rico proprietário assume o ideal do republicanismo, mas na prática mantém a lógica do mando e da escravidão, tornando-se um exemplo típico de que as ideias do liberalismo europeu se encontram fora do lugar em terras brasileiras.
MACHADO DE ASSIS romancista: as duas pontas da vida
Considerado pela crítica o maior escritor brasileiro de todos os tempos, Machado de Assis escreveu romances, peças de teatro, poesias, contos e crônicas, além de ter tido a importante participação no jornalismo. Suas primeiras obras de ficção caracterizam-se pela adesão à estética romântica: acontecimentos da Corte misturam-se à vida familiar das classes alta e média, ao mesmo tempo em que intrigas amorosas e disputas por prestígio e poder mobilizam heróis e heroínas.
A grande transformação na literatura machadiana, contudo, ocorreu com a publicação de Memórias póstumas de Brás Cubas, obra de 1881, marco inicial do Realismo literário no Brasil. Escrito de forma inovadora se comparado a romances anteriores publicados no país, Memórias póstumas traz a figura inusitada do defunto Brás Cubas a relatar episódios de sua vida.
Logo na abertura do romance, momento em que o narrador-personagem tece considerações sobre o modo como irá contar sua história, evidencia-se uma das tônicas da escrita realista de Machado de Assis: a ironia.



Conclusão:


Em suma, o movimento realista trouxe uma visão mais profunda e crítica na sociedade. Contemporânea da literatura realista, a psicanálise constituiu uma das maiores contribuições para o conhecimento da psicologia humana.
Retrata-se de uma ideia que denuncia e põe explicitamente recusas das mais diversas ordens, foi também um marco literário em que o romanesco se torna um estilo estético de produção caracterizado pelas influências numa linguagem mais direta envolvendo capítulos mais curtos para o leitor.















BIBLIOGRAFIA:
GONÇALVES BARRETO, Ricardo. Ser Protagonista: São Paulo
Edições SM, 2010






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