O Século e o Império: tempo, história e religião no Segundo Reinado

O SÉCULO E O IMPÉRIO TEMPO, HISTÓRIA E RELIGIÃO NO

SEGUNDO REINADO

FELIPE ZIOTTI NARITA COLEÇÃO CIÊNCIAS SOCIAIS ISBN 978-85-8192-346-8 EDITORA PRISMAS | EDITORA APPRIS

2014

“Felipe Ziotti Narita trata da noção de história presente nos livros para a formação da infância entre os anos de 1860 e 1880, escritos pelo cônego Fernandes Pinheiro, importante intelectual romântico. Ele contribui para compreendermos a permanência do sagrado na cultura oitocentista brasileira e seu papel na construção da ordem imperial mediante a difusão de uma cultura educacional eminentemente moral.” Danilo José Zioni Ferretti Universidade Federal de São João Del-Rei (UFSJ)

“O trabalho que temos em mãos – O Século e o Império: tempo, história e religião no Segundo Reinado, de Felipe Ziotti Narita – soma aos demais, de modo instigante, dois elementos que, em seu conjunto, são expressivos com relação ao tema: ensino e religião. [...] Como o aprendizado do passado, ao conferir temporalidade e duração ao vivido, contribuía para solidificar os laços de pertencimento e continuidade entre gerações. Ou seja, a intenção de instruir em termos de conhecimento e educar em termos civilizacionais e moralizantes: demarcar a importância da formação moral, de que a religião constituía elemento fundamental, a ser buscada em termos de valores, hierarquia e comunhão de sentidos e sentimentos.” Marcia Regina Capelari Naxara Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp)

“Em seu livro, Felipe Ziotti Narita apresenta a investigação de algumas dimensões da concepção de história presentes em compêndios escolares do período imperial brasileiro, tomando como índices principais os livros do cônego Joaquim Caetano Fernandes Pinheiro (1825-1876), que foram largamente difundidos e utilizados nas escolas imperiais entre 1850 e 1870. Discute-se como as narrativas e reflexões históricas do cônego apresentavam aos jovens alunos leitores um tempo histórico para o Império, ratificador das virtudes do governo do presente. O tempo histórico é pensado como a projeção de uma origem virtuosa que se desdobra sobre um presente norteado por um governo político-moral formador da nação. Aqui, o autor pretende articular a história da historiografia como história do ensino de história, centrando-se também em hipóteses extralinguísticas ao referenciar processos sociais que teriam marcado a formação sociopolítica do Brasil imperial e interferido nos parâmetros de escolarização do Império que definiram escolhas sobre uma ética historiográfica para a história a ser ensinada nas escolas do Segundo Império.” Alexander Martins Vianna Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

“O Século e o Império: tempo, história e religião no Segundo Reinado propõe formas de entendimento para a história, a historiografia, o ensino e a religião no Brasil oitocentista: sobretudo no entrelaçamento de todos esses temas e conceitos, enfatizando, inclusive, a função da escrita e do livro. [...] Para balizar a abordagem e os argumentos desta pesquisa, aliás, convém não esquecer que até 1890 (decreto 119-A do Governo Provisório da República) o catolicismo era a religião oficial do Estado Imperial Brasileiro. Nesse sentido, está justificada a problemática central deste trabalho: sendo o catolicismo religião oficial, não é estranho que Narita busque exatamente os fundamentos católicos da educação oficial.” Ivan Aparecido Manoel Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp)

“A pesquisa investiga algumas dimensões da concepção de história presente em compêndios escolares do período imperial brasileiro. Tomando como eixo os textos do cônego Joaquim Caetano Fernandes Pinheiro (1825-1876), livros largamente difundidos e utilizados nas escolas imperiais entre os anos 1850 e 1870, o trabalho discute como as narrativas e reflexões históricas do cônego apresentavam aos jovens alunos-leitores um tempo histórico para o Império, fundamentando as virtudes do governo do presente.

Propondo abordagens marcadas pela centralidade da religião na formação do Império, os textos constroem o tempo histórico como projeção de uma origem virtuosa que é desdobrada como um continuum sobre um presente imperial necessário para o governo moral e político da nação. Trata-se, portanto, de articular a reflexão historiográfica a processos sociais que marcam a formação sociopolítica do Brasil imperial, analisando, por exemplo, o ‘arranque’ da escolarização do Império em estreita correlação com as estruturas do Estado imperial, situando a formação do ‘bom cidadão’ no horizonte político da construção de uma nação.” “Doutorando da Unesp publica livro sobre o Segundo Reinado” Síntese de matéria publicada no Portal Unesp – 01/10/2014 Assessoria de Comunicação e Imprensa da Unesp