o signo monetário universal: uma análise do cifrão na história da moeda de papel no brasil por Diego Maldonado, 2017 FAUUSP // disciplina: Memória Gráfica e Cultura Material professores orientadores: Marcos da Costa Braga & Priscila Farias
o signo monetário universal: uma análise do cifrão na história da moeda de papel no brasil Diego Maldonado
[email protected] Memória Gráfica e Cultural Material Professores Marcos da Costa Braga & Priscila Farias resumo Este artigo tem o intuito de observar o uso dos símbolos monetários cifrão e dollar no século 19 e início do século 20 nas moedas de papel brasileiras. Para caráter de análise, define-se aqui o cifrão como o caractere formado por um “S” cortado por duas barras verticais ($) e dollar como o “S“ cortado por apenas uma barra vertical (|). O intuito é estudar a evolução da forma e contexto dos caracteres a partir de 1810, data da mais antiga cédula, que foi encontrada no livro “Dinheiro no Brasil”, por TRIGUEIROS F.[1], e analisar também sua representação em texto até o atual modelo do Real (R$) criado em 1994. O artigo tem ainda intenção de levantar questionamentos em volta do símbolo do cifrão/dollar no Brasil em pontos não muito claros na história. palavras-chave: cifrão, numismática, tipografia, moeda no brasil
introdução: o cifrão Segundo GONÇALVES, no livro Casa da Moeda do Brasil: 290 Anos de História[2] o desenho do cifrão tem uma origem com relação mitológica. O que definimos como um S, na verdade representa o que na Grécia antiga era considerado um rio e hoje conhecemos como o estreito de Gibraltar – a porção de água que divide o Marrocos da Espanha. Na mitologia grega, Hércules teria utilizado uma maça (arma composta de uma haste com uma bola na ponta) para abrir as montanhas, assim permitindo o acesso do Mar Mediterrâneo ao Oceano Atlântico. Com este golpe, de um lado se formara um grande rochedo, hoje conhecido como Gibraltar, do outro, o Monte Acho, e, a leste a Ilha Ceuta. As duas colunas que se formaram com Gibraltar e o Monte Acho são conhecidas como as “Colunas de Hércules”. Elas são representadas pelos dois traços verticais que cortam o “rio S” no desenho do cifrão. Os símbolos monetários possuem uma direta relação com a história da moeda brasileira e em outros países. Ainda segundo Gonçalves, a palavra cifrão tem raiz etimológica no termo árabe “cifr” – o autor não informa em seu texto o significado da palavra ou a grafia em árabe (e a latinização da palavra também não parece estar da forma correta, ou pelo menos adequada às regras atuais), através de consulta a pessoas fluentes na língua, encontrou-se que o termo pode ser
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interpretado como “zero”( ) ْرفِص, o que não faz muito sentido no contexto monetário. Nesta mesma consulta outra palavra que possui fonética e grafia similar foi considerada “çufr” ( ) ْرفُص, esta pode ser interpretada como ”dinheiro” ou “bronze”, o que faz mais sentido no tema e também poderia ter originado o termo. Não é possível precisar o momento exato em que o símbolo aparece em documentos pela primeira vez, mas especula-se que o navegador muçulmano de origem incerta Ṭāriq ibn Ziyād ()دايز نب قراط, que segundo o site do Governo de Gibraltar[4], navegava pelas águas ao redor da região no ano de 711, tenha sido um dos primeiros a cunhar o termo, que inicialmente tinha a pretensão de ser o signo universal do dinheiro, acompanhado de uma ou mais letras que indicariam a moeda do vigente no país. Hoje podemos ver que esta pretensão não foi bem sucedida, visto que existem diversos símbolos monetários ao redor do mundo. A priori no Brasil, o cifrão era utilizado para a divisão de milhar nos valores de Réis, como por exemplo ≤50$000 (cinquenta mil réis), a partir do Cruzeiro (1942), ele passa a vir antes do valor monetário, assim indicando que aquele número se refere a dinheiro, por exemplo Cr$1.000 (mil cruzeiros), e com este intuito o cifrão ou dollar é utilizado até os dias de hoje. definições Os artefatos levados em conta para análises são moedas de papel, sendo elas cédulas e cheques que eram utilizadas para repasse, até início do século 19. Segundo TRIGUEIROS, 1987[2] pág. 22, “Moeda de papel é todo documento com poder aquisitivo, emitido pelo Estado, ou por sua autorização.” Ainda na mesma página, ele define três tipos de moeda de papel: “1 – Representativa: quando expressa quantidade de mercadorias ou de moeda metálica em depósito. É emitida sob a garantia de um lastro metálico correspondente ao valor nela expresso, sendo conversível à vista, à vontade do portador e tendo curso legal 2 – Fiduciária: quando contém a simples promessa de pagamento, com a particularidade de ser lastro metálico inferior ao valor total das cédulas emitidas. Sua aceitação depende da confiança inspirada pelo emitente. 3 – Papel-moeda: emitido pelo Estado e garantido pelo Patrimônio Nacional. Além do curso legal (capacidade de liberar dívidas), tem curso forçado, sendo inconversível em metal” Conclui-se então, que as cédulas analisadas são do tipo papel-moeda e os cheques do tipo representativa.
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o contexto gráfico Segundo o livro Linha do Tempo do Design Gráfico no Brasil[6], a imprensa foi inaugurada em solo brasileiro no ano de 1808, com a impressão de um livro oficial pela primeira vez no Brasil. A impressão foi realizada Rio de Janeiro e reconhecido pelo Império. Antes disso, era proibida a impressão de todo tipo de material, porém impressões consideradas ilegais já aconteciam. Depois da oficialização da imprensa no Império do Brasil, rapidamente os jornais e revistas se espalharam pelo território nacional. Em 1833 com o surgimento do Troco de Cobre (fig. 01) define-se a primeira moeda de papel impressa no Brasil. Pouco tempo depois as cédulas passaram a ser impressas na Europa e nos Estados Unidos (fig. 02) pelo problema da facilidade de falsificações. No século 19, a Europa já possuía domínio de alto nível de impressão, o que trazia grande vantagem sobre o que estava acontecendo no Brasil assim deixando a cédula muito mais segura. O primeiro livro impresso em São Paulo, Questões Sobre Presas Marítimas, impresso pela Typographia de Costa Silveira data de 1836 (Fig. 03) e possuía o símbolo do cifrão sem o traço da curva superior impresso com tipografia de metal ao lado da folha de rosto.
Fig. 01 – Troco de Cobre Ficha pg 13
Fig. 02 – Cédula de ≤ 2$000 Ficha pg 15
Fig. 03 – Livro Questões Sobre Presas Marítimas, de Brotero, J. M. A. -4-
as moedas de papel O levantamento histórico das imagens das moedas de papel e seu contexto temporal foi feito através de pesquisas em livros e sites sobre numismática e design gráfico. A análise das moedas de papel utilizou fichas descritivas organizadas em ordem cronológica que relatam os seguintes quesitos divididos em duas partes: A. Moeda de papel de forma geral
1. Descrição
2. Período de circulação (início e final)
3. Símbolo monetário (cifrão ou dollar)
4. Moeda vigente
5. Representação abreviada
6. Emissor
7. Impressor
B. O cifrão/dollar
1. Número de cifrões/dollares
2. Estilo
3. Terminal
4. Colunas
5. Eixo de contraste
6. Eixo das colunas
7. Eixo do S
8. Curva superior
9. Curva inferior
10. Relação com os números
11. Função
12. Observações extras
A anatomia do cifrão/dollar foi analisada dividindo o símbolo nas partes: colunas, terminais, curvas superior e inferior, espinha e eixos de contraste. Alguns modelos de moeda de papel não tiveram todos os requisitos preenchidos, mas levar em conta estes fatores são relevantes para uma visão geral da evolução dos cifrão/dollar e o modelo pode ser aproveitado para pesquisas futuras em outros documentos. Além destes quesitos, para melhor visualização geral do desenho dos símbolos, foi feito uma interpretação vetorial. Como nem todas as imagens das moedas de papel encontradas possuem alta resolução, uma vetorização precisa não foi possível, por isso na ficha consta o termo interpretação.
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Foram observadas cédulas e cheques de 1810 até 1920. O símbolo monetário desaparece nas cédulas impressas pelo Tesouro Nacional a partir de 1889, mas ainda pode ser encontrado em moedas de papel produzidas por bancos ou outras instituições, ele também continua sendo utilizado em texto até os dias atuais pela representação de Reais (R$ ou R|).
Linha do tempo da moeda no Brasil
1942 – 1967 Cruzeiro (Cr$)
1970 – 1986 Cruzado (Cz$)
1990 – 1993
volta o Cruzeiro (Cr$ ou ₢$)
1994 – Real (R$)
séc. 16 – 1942 1967 – 1970 1989 – 1990 1993 – 1994
Réis (Rs. ou ≤ o $ é usado como separação de milhar)
Cruzado Novo (NCz$)
Cruzeiro Novo (NCR$)
Cruzeiro Real (CR$)
questionamentos Alguns pontos são levantados após esta pesquisa, o principal deles é que culturalmente o cifrão ainda é bastante utilizado de forma vernacular, o seu desuso formal (sendo substituído pelo dollar) é uma questão técnica da falta do glifo na tipografia digital, uma opção dos designers/escritores ou ambos? Ainda em meados do século 20, era possível encontrar o cifrão e o dollar em catálogos de fotocomposição e linotipo em famílias tipográficas clássicas. Em que momento as tipografias deixaram de possuir o primeiro caractere em seu conjunto? O cifrão nestes casos era feito para o mercados específicos ou de maneira global? Anteriormente, no século 19, os tipos de metal que vinham da Europa, para o Brasil possuíam o caractere ou ele era feito por fundidoras nacionais? Outros países, como os Estados Unidos, também reconhecem o cifrão além do dollar como símbolo monetário. Inclusive é possível encontra-lo em escritas manuais e vernaculares atuais, assim como no Brasil. Quando, ou o que, separa o cifrão do dollar nas terras norte-americanas? É a mesma questão brasileira? No final do séc. 19 início do séc. 20, os periódicos e publicações relevantes nacionais utilizavam qual tipo de símbolo monetário para seus preços de capa e para os textos internos?
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Fig.04 – Foto de pichação, tirada na Av. Paulista, São Paulo
Fig. 05 Lousa em bar no bairro de Pinheiros, São Paulo
Fig. 06 – Reprodução da série Black Mirror de origem inglesa/americana
Fig.07 – Futura Book com o símbolo do cifrão no Catálogo de Fotocomposição, s/d, da Tipograph – pg. 7
Fig.08 – Catálogo Linotype one-line-specimens, 1958, pg. 218 – A Linotype definia o cifrão como Milreis
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conclusão Após a análise de doze cédulas produzidas ao longo pouco mais de um século, pode-se observar uma evolução de forma do signo monetário que tem a ver com a evolução das técnicas de impressão. Nas figuras 09 e 10, referentes às cédulas de 1810 e 1828, pode-se ver que o cifrão ainda é claramente caligráfico, feito com uma pena de bico e até de certa forma ornamentado, existia um cuidado especial com o caractere, talvez por uma questão estética, talvez como forma de destaque para facilitar a leitura do valor numérico. Com o passar dos anos e influências tipográficas, pode-se notar estilos com desenho de contraste de expansão derivados de formas como as famílias tipográficas Bodoni e Didot, onde a racionalidade, a máquina, tem mais projeção do que a mão do calígrafo. Existem alguns fatos especialmente curiosos, um deles na cédula 05 onde o cifrão aparece espelhado, mais curioso ainda o fato que ele aparece espelhado apenas em duas cédulas desta série 1833 emitida pelo Tesouro Nacional, as de ≤20$000 e de ≤50$000. Este tipo de cifrão espelhado também foi encontrado em publicações subsequentes como “O Arlequim” de 1867 e “O Mosquito”, com os preços da assinatura desenhados a mão, levanta-se aqui então se um possível erro no desenho do signo nas cédulas não teria influenciado publicações posteriores. O dollar aparece em alguns momentos quando já temos uma difusão maior das tipografias no Brasil (Fig. 11 e 12) , quando então começam a surgir os “vales”, ou cheques, onde comerciantes passam a criar a própria moeda de papel com valor de repasse, que eram parcialmente impressos, parcialmente preenchidos a mão, hoje a prática parece completamente inconcebível, mas era o início dos cheques que temos hoje feito de maneira oficial pelos bancos, que estão cada vez mais caindo em desuso.
Fig. 09 – Cédula de ≤20$000 – Ficha pg 12
Fig. 11 – Cédula de ≤100$000 – Ficha pg 23
Fig. 10 – Cédula de ≤50$000 – Ficha pg 13
Fig. 12 – Cédula de ≤100$000 – Ficha pg 20
Fig 13 – Detalhe da revista O Arlequim, retirado do livro Linha do Tempo do Design Gráfico no Brasil, pg 46 -8-
bibliografia [1] TRIGUEIROS, Florisvaldo dos Santos. Dinheiro no Brasil. 2ª ed. Rio de Janeiro: Léo Christiano Editorial, 1919/1987 [2] GONÇALVES, Cleber Baptista. Casa da Moeda do Brasil: 290 Anos de História. Rio de Janeiro: Imprinta Gráfica e Editora, 1984. [3] REZENDE, Eduardo. Cédulas do Brasil. Disponível em: . Acesso em: 12/11/2016. [4] Governo de Gibraltar. História. Disponível em . Acesso em 21/12/2016. [5] WAECHTER, Hans; FINIZOLA, Maria de Fátima W. A Cara e a Coroa da Moeda Brasileira: uma análise gráfica do papel moeda no Brasil. 7º P&D, Paraná, 2006. [6] HOMEM DE MELO, Chico; RAMOS, Elaine (Org.). Linha do tempo do Design Gráfico no Brasil. São Paulo: Cosac Naify, 2011; [7] LAGO, Pedro Corrêa. (Org.). Brasiliana Itaú: uma grande coleção dedicada ao Brasil. [2. ed.] rev. e ampl. Rio de Janeiro: Capivara, 2014; [8] MEGGS, Philip; PURVIS, Alston W. História do Design Gráfico. São Paulo: Cosac Naify, 2009. [9] DE JONG, C. W.; PURVIS A. W.; THOLENAAR, J. (Orgs.). A Visual History of Typefaces and Graphic Styles. Alemanha: Taschen GmbH, 2009; [10] TIPOGRAPH FOTOCOMPOSIÇÃO. Catálogo de fotocomposição. São Paulo: Laborgraf, s/d. [11] ARAGÃO, ISABELLA RIBEIRO. Tipos móveis de metal da Funtimod: contribuições para a história tipográfica brasileira – São Paulo, 2016.
Nota: Esta discussão foi levantada de maneira informal por Crystian Cruz onde ele questiona o fato que o cifrão perdeu sua força ao longo do tempo e propõe como exercício casual a criação de um novo símbolo monetário para o Real, atual moeda brasileira. -9-
o signo monetário universal: uma análise do cifrão na história da moeda de papel no brasil por Diego Maldonado, 2017 FAUUSP // disciplina: Memória Gráfica e Cultura Material professores orientadores: Marcos da Costa Braga & Priscila Farias
fichas de análise
- 10 -
o cifrão Definições de anatomia do cifrão para análise
espinha
terminais
curvas superior & inferior
{
colunas
eixo de contraste
(vertical e diagonal)
- 11 -
detalhes do cifrão - ficha de observações
O Cifrão
Geral
Ficha: 01 – fonte da imagem: TRIGUEIROS, F. DOS SANTOS. Dinheiro no Brasil. 1987. pg. 94
Interpretação vetorial
Descrição
Cédula de ≤20$000
Período de circulação
1810 - ?
Símbolo monetário
Cifrão (?)
Moeda vigente
Réis
Representação abreviada
≤
Emissor
Banco do Brasil
Impressor
?
Número de cifrões
1
Estilo
caligráfico, pena de bico, humanista, itálico
Terminal
caudal
Colunas
não visíveis na imagem
Eixo de contraste
diagonal
Eixo das colunas
não visível na imagem
Eixo do S
diagonal
Curva superior
ornamentada
Curva inferior
finaliza com volta circular
Relação com os números
consideravelmente mais leve
Função
divisão de milhar
Observações extras
difícil leitura na imagem
- 12 -
detalhes do cifrão - ficha de observações
O Cifrão
Geral
Ficha: 02 – fonte da imagem: http://4.bp.blogspot.com/-xPDCN86PIq8/UVCwAwVuANI/AAAAAAA ABZM/QC-Yj9N0__Y/s1600/2_ce_0499.png
Interpretação vetorial
Descrição
Cédula de ≤50$000 para o Troco do Cobre na Província da Bahia
Período de circulação
1828 – ?
Símbolo monetário
Cifrão
Moeda vigente
Réis
Representação abreviada
≤
Emissor
Tesouro Nacional
Impressor
Província da Bahia
Número de cifrões
4, todos semelhantes
Estilo
caligráfico, pena de bico, humanista, itálico
Terminal
caudal
Colunas
inclinadas acompanhando o eixo, não tocam a curva superior
Eixo de contraste
diagonal
Eixo das colunas
diagonal
Eixo do S
diagonal
Curva superior
ultrapassa colunas formando ornamento
Curva inferior
finaliza com volta circular
Relação com os números
consideravelmente mais leve
Função
divisão de milhar
Observações extras
- 13 -
detalhes do cifrão - ficha de observações
O Cifrão
Geral
ref: 03 – fonte da imagem: TRIGUEIROS, F. dos Santos. Dinheiro do Brasil – pg 88
Descrição
Cédula de ≤300$000
Período de circulação
1830 – ?
Símbolo monetário
Cifrão (?)
Moeda vigente
Réis
Representação abreviada
≤
Emissor
Banco do Brasil
Impressor
?
Número de cifrões
1
Estilo
tipográfico, didoni, alto contraste
Terminal
gota
Colunas
diagonais
Eixo de contraste
diagonal
Eixo das colunas
diagonal
Eixo do S
diagonal
Curva superior
sem observações
Curva inferior
sem observações
Relação com os números
ligeiramente mais alto e mais pesado, ligeiramente inclinado
Função
divisão de milhar
Observações extras
por conta da qualidade da imagem não é possível ver com clareza a segunda coluna, mas considerando a posição da primeira, faz sentido a existência de uma outra.
Interpretação vetorial - 14 -
detalhes do cifrão - ficha de observações
O Cifrão
Geral
Ficha: 04 – fonte da imagem: http://moedasdobrasil.com.br/moedas/c_catalogo.asp?s=23&c=117
Descrição
Cédula de 2$000
Período de circulação
1833 – ?
Símbolo monetário
Cifrão
Moeda vigente
Réis
Representação abreviada
≤
Emissor
Tesouro Nacional
Impressor
Perkins, Bacon & Petch
Número de cifrões
1
Estilo
tipográfico, pena de bico, vazado, volume
Terminal
caudal
Colunas
diagonais
Eixo de contraste
diagonal
Eixo das colunas
diagonal
Eixo do S
diagonal
Curva superior
sem observações extras
Curva inferior
sem observações extras
Relação com os números
ligeiramente maior
Função
divisão de milhar
Observações extras
números e tipografia com eixo horizontal, colunas passam por frente e por trás do S
Interpretação vetorial - 15 -
detalhes do cifrão - ficha de observações Ficha: 05a – fonte da imagem: http://moedasdobrasil.com.br/moedas/c_catalogo.asp?s=20&c=157
1 6
7
5
2
8 3
2
Os Cifrões → 1 a 6
Geral
1
4
Descrição
Cédula de ≤20$000
Período de circulação
1833 – ?
Símbolo monetário
Cifrão
Moeda vigente
Réis
Representação abreviada
≤
Emissor
Tesouro Nacional
Impressor
?
Número de cifrões
8
Estilo
tipográfico, alto-contraste, pena de bico
Terminal
sem serifa
Colunas
diagonais
Eixo de contraste
diagonal invertido
Eixo das colunas
diagonal
Eixo do S
diagonal invertido
Curva superior
sem observações
Curva inferior
sem observações
Relação com os números
consideravelmente mais leve
Função
separação de milhar
Observações extras
Nesta nota e na de ≤10$000 da mesma série os cifrões aparecem invertidos. Os cifrões são ligeiramente diferentes entre si, mas todos estão dentro de um mesmo estilo
Interpretação vetorial - 16 -
detalhes do cifrão - ficha de observações Ficha: 05b – fonte da imagem: http://moedasdobrasil.com.br/moedas/c_catalogo.asp?s=20&c=157
1 6
7
5
2
8 3 4 8
Geral
7
8
Os Cifrões → 7 e 8
7
Descrição
Cédula de ≤20$000
Período de circulação
1833 – ?
Símbolo monetário
Cifrão
Moeda vigente
Réis
Representação abreviada
≤
Emissor
Tesouro Nacional
Impressor
?
Número de cifrões
8
Estilo
caligráfico, alto-contraste, pena de bico
Terminal
sem serifa
Colunas
7 - verticais 8 - diagonais
Eixo de contraste
7 - vertical 8 - diagonal invertido
Eixo das colunas
vertical
Eixo do S
7 - vertical 8- diagonal invertido
Curva superior
sem observações
Curva inferior
sem observações
Relação com os números
ligeiramente mais largo
Função
separação de milhar
Observações extras
Nesta nota e na de ≤10$000 da mesma série os cifrões aparecem invertidos. Pode-se dizer que o cifrão 8 é uma versão itálica do 7
Interpretação vetorial - 17 -
detalhes do cifrão - ficha de observações Ficha: 06a – fonte da imagem: TRIGUEIROS, F. dos Santos. Dinheiro do Brasil – pg 70
1 6
7
5
2
8
3
4 1
3
Os Cifrões → 1 a 6
Geral
4
Descrição
Cédula de ≤50$000
Período de circulação
1833 – ?
Símbolo monetário
Cifrão
Moeda vigente
Réis
Representação abreviada
≤
Emissor
Tesouro Geral da Casa da Fazenda
Impressor
?
Número de cifrões
8
Estilo
tipográfico, didoni, alto contraste
Terminal
sem serifa
Colunas
verticais
Eixo de contraste
vertical
Eixo das colunas
vertical
Eixo do S
vertical
Curva superior
volta remetendo à caligrafia
Curva inferior
volta remetendo à caligrafia
Relação com os números
consideravelmente mais leve
Função
divisão de milhar
Observações extras
Apesar de ligeiras diferenças entre os seis cifrões, eles estão todos dentro de um mesmo estilo
Interpretação vetorial - 18 -
detalhes do cifrão - ficha de observações Ficha: 06b – fonte da imagem: TRIGUEIROS, F. dos Santos. Dinheiro do Brasil – pg 70
1 6
7
5
2
8
3
Geral
4
7
Os Cifrões → 7 e 8
8
Descrição
Cédula de ≤50$000
Período de circulação
1833 – ?
Símbolo monetário
Cifrão
Moeda vigente
Réis
Representação abreviada
≤
Emissor
Tesouro Geral da Casa da Fazenda
Impressor
?
Número de cifrões
8
Estilo
caligráfico, pena de bico, humanista, itálico
Terminal
caudal
Colunas
diagonais
Eixo de contraste
vertical
Eixo das colunas
diagonal
Eixo do S
diagonal
Curva superior
sem observações
Curva inferior
sem observações
Relação com os números
(7) ligeiramente mais larga; (8) números sem preenchimento e com volume, cifrão com traço padrão
Função
divisão de milhar
Observações extras
entre os exemplos 7 e 8, apesar dos números mudarem radicalmente de estilo, os cifrões não mudam. Pode se dizer que os exemplos 7 e 8 são uma versão itálica dos 1 a 6
Interpretação vetorial - 19 -
detalhes do cifrão - ficha de observações
O Dollar
Geral
Ficha: 07 – fonte da imagem: TRIGUEIROS, F. dos Santos. Dinheiro do Brasil – pg 88
Descrição
Cédula de ≤100$000
Período de circulação
1851 – 1855
Símbolo monetário
Dollar
Moeda vigente
Réis
Representação abreviada
≤
Emissor
Banco Commercial do Maranhão
Impressor
?
Número de dollares
2
Estilo
tipográfico, médio contraste
Terminal
sem serifa
Coluna
vertical
Eixo de contraste
vertical
Eixo das colunas
vertical
Eixo do S
vertical
Curva superior
sem observações
Curva inferior
sem observações
Relação com os números
ligeiramente mais largo e mais contrastado
Função
divisão de milhar
Observações extras
Diferentemente da maioria das cédulas da época, esta é uma das poucas que possui o dollar ao invés do cifrão.
Interpretação vetorial - 20 -
detalhes do cifrão - ficha de observações
O Cifrão
Geral
Ficha: 08 – fonte da imagem: Casa da Moeda do Brasil 1ª edição, 1984, pg. 129
Descrição
Cédula de ≤200$000
Período de circulação
1854 – ?
Símbolo monetário
Cifrão
Moeda vigente
Réis
Representação abreviada
≤
Emissor
Tesouro Nacional
Impressor
Casa da Moeda, RJ
Número de cifrões
1
Estilo
caligráfico, itálico
Terminal
gota
Colunas
2
Eixo de contraste
diagonal
Eixo das colunas
diagonal
Eixo do S
diagonal
Curva superior
inexistente
Curva inferior
sem observações extras
Relação com os números
proporcional
Função
divisão de milhar
Observações extras
curva de baixo na espinha do S com altura mais elevada do que o normal
Interpretação vetorial - 21 -
detalhes do cifrão - ficha de observações
O Cifrão
Geral
Ficha: 09 – reprodução: Casa da Moeda do Brasil 1ª edição, 1984, pg. 129
Descrição
Cédula de ≤30$000
Período de circulação
1854 – ?
Símbolo monetário
Cifrão
Moeda vigente
Réis
Representação abreviada
≤
Emissor
Tesouro Nacional
Impressor
Casa da Moeda, RJ
Número de cifrões
1
Estilo
tipográfico, didoni, vazado, volume
Terminal
gota
Colunas
verticais, atravessam fundo em negativo
Eixo de contraste
vertical
Eixo das colunas
vertical
Eixo do S
vertical
Curva superior
inexistente
Curva inferior
sem observações extras
Relação com os números
proporcional
Função
divisão de milhar
Observações extras
curva de baixo na espinha do S com altura mais elevada do que o normal
Interpretação vetorial - 22 -
detalhes do cifrão - ficha de observações
O Dollar
Geral
Ficha: 10 –fonte da imagem: TRIGUEIROS, F. dos Santos. Dinheiro do Brasil – pg 135
Descrição
Vale de ≤1$000
Período de circulação
1866
Símbolo monetário
Dollar
Moeda vigente
Réis
Representação abreviada
≤
Emissor
Fazenda de S. Joaquim
Impressor
?
Número de dollares
1
Estilo
tipográfico, baixo contraste
Terminal
gota
Coluna
vertical
Eixo de contraste
vertical
Eixo das coluna
vertical
Eixo do S
vertical
Curva superior
sem observação
Curva inferior
sem observação
Relação com os números
ligeiramente mais largo e baixo
Função
divisão de milhar
Observações extras
Diferentemente da maioria das cédulas da época, esta é uma das poucas que possui o dollar ao invés do cifrão.
Interpretação vetorial - 23 -
detalhes do cifrão - ficha de observações
O Cifrão
Geral
Ficha: 11 – fonte da imagem: http://www.mises.org.br/images/articles/2015/Outubro/c%C3%A2mbio /Conto_de_R%C3%A9is_caixa_de_convers%C3%A3o.jpg
Interpretação vetorial
Descrição
Cédula de 1:000$000 - um conto de réis
Período de circulação
1906 – 1920
Símbolo monetário
Cifrão
Moeda vigente
Conto de Réis
Representação abreviada
?
Emissor
Caixa de conversão
Impressor
?
Número de cifrões
1
Estilo
tipográfico, romano, médio contraste
Terminal
sem serifa
Colunas
verticais
Eixo de contraste
vertical
Eixo das colunas
vertical
Eixo do S
vertical
Curva superior
sem observações
Curva inferior
sem observações
Relação com os números
ligeiramente mais largo
Função
divisão de milhar
Observações extras
uso do : como divisão de milhão
- 24 -
detalhes do cifrão - ficha de observações Ficha: 12 – fonte da imagem: TRIGUEIROS, F. dos Santos. Dinheiro do Brasil – pg 135
Espécime da Kabel provido pelo Letterform Archive
O Cifrão
Geral
Kabel como tipo de metal Descrição
Cheque de Cr$0,20
Período de circulação
1955 – ?
Símbolo monetário
Cifrão
Moeda vigente
Cruzeiro
Representação abreviada
Cr$ ou ₢$
Emissor
Banco Crédito e Comercio de Minas Gerais, S.A.
Impressor
?
Número de cifrões
1
Estilo
tipográfico, geométrico fonte Kabel, 1928
Terminal
Sem serifa
Colunas
verticais
Eixo de contraste
inexistente
Eixo das colunas
vertical
Eixo do S
vertical
Curva superior
sem observações
Curva inferior
sem observações
Relação com os números
harmônica
Função
determinação de moeda vigente
Observações extras
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