O Visconde da Azenha e o Morgado da Golpilheira

July 3, 2017 | Autor: Miguel Portela | Categoria: Genealogia, Historia, Historia Regional y Local, Historia Local, Leiria, Nobreza
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Jornal da Golpilheira

. sugestões de leitura . história .

Agosto de 2015

Câmara apresenta livro

Relatório sobre prevenção de incêndios

“Relatório: Essencial dos Resultados dos últimos anos: 2013-2015 GNR – GIPS – BRESALCARIA” é o título do livro que será apresentado no próximo dia 27 de Agosto, às 11h00, no auditório municipal da Batalha. Trata-se de uma obra que apresenta o resultado do trabalho de prevenção de incêndios e identificação de irregularidades na limpeza de espaços urbanos e rurais, levada a cabo pelo Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro da Guarda Nacional Republicana, da base de Alcaria. A obra é da autoria de Mário Pereira Januário e a sessão contará com a presença do comandante-geral da GNR, tenentegeneral Manuel Mateus Costa da Silva Couto.

Alguém está a esconder alguma coisa

– O que aconteceu ao Voo 370 da Malaysia Airlines?

Richard Belzer, George Noory e David Wayne Oficina do Livro | Leya Este é um daqueles casos em que a realidade ultrapassa a ficção. No dia 8 de Março de 2014, um avião da Malaysia Airlines, com 239 pessoas a bordo, desapareceu durante um voo entre Kuala Lumpur e Pequim. O Boeing 777 nunca chegou ao destino. Porquê? Caiu? Onde? Ninguém sabe. Ou, se sabe, não diz. Sucederam-se as teorias acerca do que teria acontecido, mas cada uma delas levantava ainda mais questões. O avião caiu no mar – então e não há destroços? Foi abatido por um míssil – e ninguém deu por nada? Houve uma emergência e os sistemas de comunicação falharam – e falharam todos, ao mesmo tempo? Num mundo cada vez mais monitorizado, em que é difícil a um simples cidadão passar despercebido, um avião destes desaparece dos ecrãs do radar e ninguém no planeta sabe nada acerca do assunto? A única coisa que se sabe é que já passou muito tempo e todas as perguntas continuam sem resposta. A começar pela mais desconcertante: onde está o avião? Este livro é sobre tudo aquilo que não bate certo nesta história.

.história.

Paulus Editora

. Espiritualidade .

“Feira de Verão” Até final de Agosto, ainda pode aproveitar a “Feira de Verão” das livrarias Paulus (Lisboa, Fátima, Covilhã, Ponta Delgada, Tomar) ou do sítio da internet www.paulus.pt. Anualmente, a editora promove descontos consideráveis por esta altura de férias, proporcionando a toda a família “leituras de qualidade e que comunicam valores, a preços imbatíveis”. São títulos para todos os gostos e para todas as idades a 1, 2 e 5 euros, bem como descontos de 50 % em muitas colecções, sempre com oferta dos portes de correio para todas as encomendas nacionais. As dezenas de títulos que a campanha abarca destinam-se a todos os públicos e abordam temas que vão da família, à igreja, passando pela catequese, espiritualidade, infantil, entre muitos outros.

Só Se Ama Uma Vez Johanna Lindsey ASA | Leya Regina Ashton já recusou tantos pretendentes que a alta-sociedade londrina a considera uma “snobe” sem coração. Não podiam estar mais enganados. Órfã desde cedo, Regina é a sobrinha superprotegida de Lord Edward e Lady Charlotte Malory, a quem é muito difícil agradar. Aos olhos dos tios, nenhum dos jovens candidatos é suficientemente bom. Cansada de tão infrutífera busca, a jovem sai de casa numa noite escura, decidida a informá-los de que não pensa casar... nunca! Mas o seu plano coloca-a no sítio errado à hora errada, e é raptada por engano. A sua ira perante a arrogância do raptor, Nicholas Eden, vai inesperadamente dar lugar a sentimentos contraditórios de paixão e vergonha. Aquela noite não mais lhe sairá da cabeça. O Visconde Nicholas Eden também tinha um plano: dar uma lição à sua amante descontente, raptando-a ao abrigo da noite. Não contava enganar-se na pessoa e arruinar a reputação de uma menina de família. Mas agora, movido pelo desejo mais desenfreado que alguma vez sentiu, é a custo que reconhece que nunca poderá casar com Regina, apesar do escândalo que paira sobre eles. Implacável, é o destino que os uniu a afastá-los irremediavelmente...

Miguel Portela Investigador

O Visconde da Azenha e o Morgado da Golpilheira

Bernardo Correia de Morais e Castro, filho segundo de Martinho Correia de Morais Sá e Castro e de sua esposa D. Gracia Xavier de Almada Leite Machado de Almada, neto paterno de Bernardo de Morais Madureira de Almada e de D. Maria Josefa Correia de Castro e materno de Inácio Leite Pereira de Almada e de D. Catarina Flávia Machada de Mello e Castro, nasceu em 30 de outubro de 1803, tendo sido batizado na Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira de Guimarães em 7 de novembro desse ano pelo Reverendo Manuel de Gusmão (Doc. 1). Seu pai, Martinho Correia de Morais Sá e Castro, Capitão de Cavalos do Regimento de Chaves, natural de S. João de Tarouca, foi o primeiro Visconde da Azenha, tendo sido agraciado com esse título em 1823 (Gazeta de Lisboa, n.º 157, datada de 5 de julho de 1823, p. 1185, Ministério dos Negócios do Reino, Despachos publicados no dia 3 de julho de 1823. Arquivo Municipal Alfredo Pimenta (A.M.A.P.), Livro de Batismos da Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira (Guimarães), P-374, 1808, fl. 24). Bernardo Correia de Morais e Castro foi o segundo Visconde da Azenha, tendo sido «Coronel de Voluntarios Realistas desta villa de Guimaraens, e Commendador da Ordem de Christo, Condecorado com a Medalha Heroica Fidelidade Transmontana, e Real Effigie de Sua Magestade o Senhor Dom Miguel Primeiro, com a Ordem de Flor de Liz, e Cavalleiro da Milicia de Ouro» (Doc. 2). Casou em 29 de setembro de 1830 na Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira de Guimarães com Dona Maria Custódia de Sousa Vasconcellos e Gouveia Coutinho, de São Pedro de Freixo de Numão, filha legítima de José Inácio Pais Pinto de Sousa e Vasconcellos, Fidalgo da Casa Real, e de Dona Maria Benedita de Gouveia Coutinho Almeida e Vasconcellos (Doc. 2). No século XIX, a Golpilheira era caracterizada por uma economia agrária tradicional, tal como a maioria das freguesias e concelhos limítrofes, onde a posse de bens determinava a relevância e o lugar do indivíduo na sociedade, fazendo com que a terra e a sua organização social constituíssem agentes determinantes de produção e de renovação económica, social e política. Nessa época, justamente em 18 de fevereiro de 1842, sabemos que o Visconde da Azenha assegurava, numa escritura pública lavrada nessa data, que havia arrendado os bens que compunham o Morgado da Golpilheira, dos

quais era pleno senhor e administrador, ao marido de Luísa de Jesus, e que, justamente nessa data, sendo esta viúva, lhe arrendava os mesmos «com todas suas pertenças serventias activas passivas e logradouros» pelo período de dez anos (Doc. 3). Sabemos, através desta escritura, que se arrendaram todos «os sobredictos bens, e todos os pertençes do dicto Morgado, citos no destricto da Golpilheira, pelo persizo tempo de dez annos», com início a 1 de janeiro de 1842 e findando a trinta e um de dezembro 1851, pelo valor de «renda e penção em cada um anno trinta e tres mil e seiscentos reis», sendo «paga em duas prestações, a primeira no principio de cada um anno que será metade da renda, e a segunda, resto da renda pelo dia de Sam Miguel de cada um anno». Bernardo Correia de Morais e Castro veio a falecer em 21 de dezembro de 1869 na Casa do Arco da Rua de Santa Maria, em Guimarães, tendo sido sepultado na Igreja de São Francisco dessa cidade (Doc. 4). A Golpilheira ficou para sempre associada à Casa dos Viscondes e Condes da Azenha como Morgadio da Golpilheira, demonstrando ser uma terra apetecível, com enormes potencialidades agrícolas e demonstrando ser uma apreciável fonte de rendimentos para todos aqueles que acreditaram e continuam a acreditar na riqueza e nas gentes desta região.

Documento 1 1803, novembro, 7, Nossa Senhora da Oliveira de Guimarães - Registo de batismo de Bernardo Correa de Morais e Castro. A.M.A.P., Livro de Batismos da Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira (Guimarães), P-374, 1803, fls. 6v.-7. [fl.6v.] (lateralmente e do lado direito está escrito «Nasceo a 30 de outubro de 1803 em o Campo da Feira. (a) Ferreira»). Aos sete de novembro de mil oitocentos e tres nesta Insigne e Real Collegiada de Nossa Senhora da Oliveira de Guimarães de minha licença baptizou e pôs os Santos Oleos o Reverendo Conego Magistral Manoel de Gusmão a Bernardo primeiro filho deste nome e segundo do primeiro matrimonio do Illustrissimo Martinho Correa de Moraes Sa e Castro, baptizado em S. João de Tarouca e de sua molher Illustrissima D. Gracia Xavier de Almada Leite Machado, baptizada na freguesia de S. Tome de Vitarães comarca do Porto; neto paterno de Bernardo de Moraes

Madureira de Almada e D. Maria Josefa Correa de Castro; materno do Illustrissimo Inacio Leite Pereira de Almada e da Illustrissina D. Catherina Flavia Machada de Mello e Castro. Forão padrinhos o Illustrissimo e Reverendissimo Fr. Joze de Moares Esmoler Mor, tio do pai do baptizado, levando por alvara de procuração por elle o // [fl. 7] Illustrissimo Joze Leitão Pereira de Almada, tio do baptizado e a Illustrissima D. Gracia Pereira de Castro e Lira, bisavó do baptizado, pela qual tocou com procuração o Illustrissimo Lopo Correa de Sa e Castro. Do que para constar fiz este termo que assignei dia e era ut supra, Insigne Collegiada de Guimarães. (a) O Cónego Cura Vicente Ferreira.

Documento 2 1830, setembro, 29, Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira de Guimarães - Registo de casamento de Bernardo Correa de Morais e Castro com Maria Custódia de Sousa Vasconcellos e Gouveia Coutinho. A.M.A.P., Livro de Casamentos da Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira (Guimarães), P-391, 1830, fls. 52v.-53. [fl.52v.] O Illustrissimo Bernardo Correa de Moraes e Castro e a Illustrissima Dona Maria Custodia de Souza Vasconcellos e Gouvea Coutinho. Aos vinte e nove dias do mez de setembro de mil oitocentos e trinta annos por especial comissão do Illustrissimo e Reverendissimo Senhor Vigario Capitular deste Arcebispado Primaz, e precedendo despença do mesmo senhor de todos os proclamos e certidoens do estillo, e não havendo inconveniente, nem impedimento algum, e guardada a forma do Sagrado Concilio Tridentino, e Constituiçõens deste Arcebispado, assistio o Reverendo Miguel Joaquim de Sá, Abbade de São Miguel das Caldas na sua Egreja ao matrimonio que em sua presença, e das testemunhas abaixo nomeadas celebrarão por palavras de presente o Illustrissimo e Excellentissimo Bernardo Correa de Moraes, e Castro, segundo Visconde da Azenha, Coronel de Voluntarios Realistas desta villa de Guimaraens, e Commendador da Ordem de Christo, Condecorado com a Medalha Heroica Fidelidade Transmontana, e Real Effigie de Sua Magestade o Senhor Dom Miguel Primeiro, com a Ordem de Flor de Liz, e Cavalleiro da Milicia de Ouro, natural e baptizado neste freguezia de Nossa Senhora da Oliveira, filho legitimo do Illustrissimo e Excellentissimo Martinho Correa de Moraes e Castro, Primeiro Visconde da Azenha, Marechal de Campo, Comendador das Ordens de Christo, e Torre Espada, e Condecorado com

Jornal da Golpilheira

. entrevista . história .

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Igreja de Nossa Senhora da Oliveira em Guimarães segundo uma fotografia de Jean Laurent, in O Occidente: Revista Illustrada de Portugal e do Extrangeiro, Lisboa, 15.º Ano, Volume XV, n.º 469 datada de 1 de janeiro de 1892 Lisboa.

as medalhas da Heroica Fidelidade Transmontana, e Real Effigie de Sua Magestade o Senhor Dom Miguel Primeiro, e natural da villa de Tarouca, Commarca e Bispado de Lamego e da Excellentissima Dona Grácia Xavier Leite Pereira de Almada, Primeira Viscondessa da Azenha e Dama da Real Ordem de Santa Izabel, natural desta freguezia de Nossa Senhora da Oliveira com a Excellentisima Dona Maria Custodia de Souza Vasconcellos e Goveia Coutinho, nascida e baptizada na freguezia de São Pedro da Villa de Freixo de Numão, Commarca de Trancoso, Bispado de Lamego, filha legitima do Excellentissimo Joze Ignacio Pais Pinto de Sousa e Vasconcellos, Professo na Ordem de Christo Fidalgo da Caza Real e Caza do Porto, natural da freguezia de São Lourenço de Souza, termo de Villarinho da Castanheira, Commarca de Moncorvo e Arcebispado de Braga, e de sua mulher e Excellentissima // [fl. 53] Excellentissima Dona Maria Benedita de Goveia Coutinho Almeida e Vasconcellos, natural da villa de Fonte Arcada, Commarca de Trancoso, Bispado de Lamego, receberão as Bençãos: forão padrinhos o Illustrissimo Vicente Machado de Mello Pinheiro, e sua mulher a Excellentissima Dona Carlota Correa Leite de Almada Moraes e Castro irmã do Excellentissimo contraente e forão testemunhas o Excellentissimo João Pacheco Pereira, Mosso Fidalgo com exercicio na Caza Real Comendador, e Alcaide Mor da villa de Rei, e Senhor Donatario da villa de Vellozo, e condecorado com a Real Effigie; o Excellentissimo João Gaudencio Torres Dezembargador do Senado, Provedor da Saude, Commendador da Ordem de Christo e do Conselho de Sua Magestade, e o Illustrissimo Fortunato Cardozo de Menezes Barreto, Coronel Aggregado de Voluntarios Realistas desta villa, Professo na Ordem de Christo, he que o mesmo dito

Reverendo Abbade escreveo em seu respeito livre e competente termo, por todos assigando, cuja copia me remeto na conformidade da determinação do mesmo Senhor Vigario Capitular certificando-me de todo o referido neste assento que della extrahi; e em fé de verdade me assigno. Insigne e Real Collegiada de Guimaraens tres de outubro de mil oitocentos e trinta.O Conego Cura José Joaquim d’Abreu

Documento 3 1842, fevereiro, 18, Batalha - Escritura de arrendamento dos bens do Visconde d’Azenha, por tempo de dez anos, a Luísa de Jesus, viúva, da Golpilheira. Arquivo Distrital de Leiria, Livro Notarial da Batalha, Dep. V-33-E-3, fls. 162v.-163v. [fl.162v.] Escritura de arrendamento pelo tempo de dez annos dos bens do Excellentissimo Visconde d’Azenha que estão no destricto da Golpilheira a Luiza de Jezus viuva do mesmo logar deste julgado. Saibão quantos este publico instromento de arrendamento pelo tempo certo de dez annos cumpridos e acabados e mais não, virem que sendo no anno do Nascimento de Nosso Senhor Jezus Christo de mil oitocentos quarenta e dois aos dezoito dias do mez de fevereiro do dicto anno nesta villa de Nossa Senhora da Victoria da Batalha e meo escriptorio, forão presentes de uma parte o Illustrissimo Joaquim de Salles Simões Carreira solteiro e de maior idade morador n’esta villa em casa de seos pais em nome e como procurador substabellecido do Excellentissimo Visconde d’Azenha Bernardo Correa de Moraes e Castro, residente em Guimaraes, e que me fez

certo pelo procuração que lhe foi substabellecida a qual me foi apresentada e ao diante será copiada; e de outra parte o estava tambem prezente Luiza de Jezus, viuva, pessoas conhecidas de mim tabellião e das testemunhas ao diante nomeadas e assignadas que dou minha fé serem os proprios e logo na prezença das mesmas pelo primeiro outorgante me foi pedido que seo constituinte e sobredicto Excellentissimo Visconde d’Azenha entre os bens que compõem seo Morgado de que he administrador bem assim o he tambem de algumas propriedades no destricto da Golpilheira, pertença do mesmo Morgado os quaes á annos tem trazido como rendeiro o marido da segunda outorgante e esta depois de seo falecimento, e da mesma sorte que os tem trazido com todas suas pertenças serventias activas passivas e logradouros que em direito lhe pertencem pelos poderes que lhe são conferidos na sua procuração, pela prezente escriptura e na milhor forma de direito em nome de seo constituinte, arrenda os sobredictos bens, e todos os pertençes do dicto Morgado, citos no destricto da Golpilheira, pelo persizo tempo de dez annos, que tiveram no principio no dia primeiro de janeiro do corrente anno e acabarão no dia trinta e um de dezembro do anno futuro de mil oitocentos cincoenta e um com as clauzulas e condições seguintes: Que ella inclina rendeira será obrigada a pagar ao sobredicto administrador, Excellentissimo Visconde seo constituinte ou seos sucessores de renda e penção em cada um anno trinta e tres mil e seiscentos reis metal moeda corrente neste reino, paga em duas prestações, a primeira no principio de cada um anno que será metade da renda, e a segunda, resto da renda pelo dia de Sam Miguel de cada um anno, andando metade sempre adiantada sem falta ou deminuição alguma sem que para deixar de pagar possa em tempo algum alegar esterillidades annos infructiferos seccos ou inundações por que com // [fl. 163] contudo quanto acontecer possa sempre o dicto pagamento será prompto o effectivo durante o arrendamento: Que será obrigado a bem amanhar as dictas propriedades arrendadas de forma que não vão em diminuição, e sempre haja quem por ellas dê a mesma renda e por esta forma ha em nome de seo constituintes este arrendamento por feito e acabado e o prometta por si depor pelos bens e rendas do mesmo cuja procuração e substabellecimento he do teor seguinte = Logar de sello = Credito Publico quarenta reis = Publica forma = O Visconde d’Azenha, Bernardo Correa de Moraes e Castro, Commendador das Ordens de Christo e de Melicia de Ouro, etcetra pelos presentes constituo meo procurador bastante com faculdade de substabellecer, do Illustrissimo Senhor Pedro de Souza Guedes Aguiar d’esta villa, para que possa em meo nome contractar o arrendamento do meo Morgado e pertenças da Gopilheira pelo preço e annos que ajustar e com as clauzulas e condições que lhe parecer isso necessarias, cobrar e receber o imposto das rendas, ou adianta ou seo vencimento, marcando épocas, passados competentes recibos assignar onde convier e em tudo obrar com geral e livre administração: para o que lhe concedo amplos poderes, e todo haverei por forma por meos bens e rendas = Guimaraes vinte cinco de septembro de mil oitocentos quarenta e um = Visconde da Azenha = Reconhecimento = Reconheço a assignatura supra do Excellentissimo Visconde da Azenha Guimaraes vinte e seis de septembro de mil oitocentos quarenta e um annos = Signal Publico = Em testemunho de verdade, o tabellião = Nicoláo Teixeira de Abreo = Não continha mais em a dicta procuração, que eu Jozé Maria Lopes de Carvalho tabellião de Nottas n’esta villa de Guimaraes bem e fielmente fis extrair em publica forma e em poder do appresentante que

a recebeo com a qual esta conferi e concertei e vai na verdade = Guimaraes vinte nove de fevereiro de mil oitocentos quarenta e dois, e eu Jozé Maria Lopes de Carvalho tabellião publico de nottas o subescrevi = Signal Publico = Em testemunho de verdade Jozé Maria Lopes de Carvalho = Concertado comigo tabellião Antonio Joaquim Pedro = Substabellecimento = Substabeleço aos poderes d’esta no Senhor Joaquim de Salles Simoes Carreira da freguesia e villa da Batalha, tão somente para em nome de mim e seo constituinte contractar o arrendamento, o arrendamento a que a mesma procuração se refere, pelo tempo somente de dez annos, e pela quantia de trinta tres mil seiscentos reis metal em cada anno, sendo metade desta paga, logo no principio de cada anno e a outra metade no dia de Sam Miguel, por que só com estas condições e declarações e auctoria = Guimaraes, trinta e um de janeiro de mil oitocentos quarenta e dois = Pedro de Sousa Guedes Aguiar = Reconhecimento = Reconheço a letra e assignatura do substabellecimento supra e retro Guimaraes trinta e um de janeiro de mil oitocentos e quarenta e dois = Signal Publico = Em testemunho de verdade = O tabellião = Joze Maria Lopes de Carvalho = E não se continha mais na dita procuração e substabellecimento que o que dicto fica que aqui copiei fielmente e o proprio me reporto na mão do appresentante que a tornou a receber e assignou. E por a segunda outorgante foi dicto que aceitei este arrendamento como nelle se contem e ao cumprimento de suas condições tambem obriga seos presentes e foturos e no mais bem parado delles, em fé e testemunho de verdade assim o disserão outorgarão pedirão e acceitarão e eu tabellião por quem tocar ausente e forão a tudo testemunhas presentes que com os outorgantes // [fl. 163v.] outorgantes assignarão, o Illustrissimo João Rodrigues Antunes casado e morador no Casal da Faniqueira, e Manoel Govea alfaiate d’esta villa assignando esta de cruz por não saber escrever depois de lida na presença de todos por mim tabellião Antonio Maria de Sousa Sampaio que o escrevi e assignei. (a) Luiza de Jezus (a) Antonio Maria de Sousa Sampaio Como procurador recebi a procuração (a) Joaquim de Salles Simões Carreira (b) Da testemunha Manoel + Govea (a) João Rodrigues Antunes

Documento 4 1869, dezembro, 21, Nossa Senhora da Oliveira de Guimarães - Registo de óbito de Bernardo Correa de Morais e Castro. A.M.A.P., Livro de Óbitos da Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira (Guimarães), P-401, 1869, fl. 36. [fl.36] Aos vinte e um dias do mez de dezembro de anno de mil oitocentos e sessenta e nove pelas cinco horas da tarde e na caza do Arco da Rua de Santa Maria desta freguezia de Nossa Senhora da Oliveira desta Cidade de Guimarães, concelho da mesma, Arcebispado de Braga, falleceo com todos os Sacramentos da Sancta Madre Igreja um individuo do sexo masculinho por nome Excellentissimo Bernardo Correa de Moraes e Castro, Conde de Azenha, filho do Excellentissimo Martinho Correa de Moraes e Castro e da Excellentissima Dona Gracia Leite de Almada Machado e Mello Viscondes do mesmo titulo, e foi sepultado na Igreja de São Francisco desta cidade no dia vinte e dous pelas duas horas e meia da tarde digo vinte e dous do dito mes, fes testamento e deixou filhos. E para constar fiz este assento em duplicado que assigno. Era ut supra.

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