Organização e Cultura organizacional e sua significação além do dicionário

October 16, 2017 | Autor: Rodrigo de Carvalho | Categoria: Organizational Culture
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Organização e Cultura organizacional e sua siginificação além do dicionário. por Rodrigo de CARVALHO1 - 26 novembro 2014

Tratar das organizações e de sua cultura é trabalho complexo por haver interposição de um conceito sobre o outro. Começamos por destacar a diferença entre Organização e Estrutura Organizacional, antes de entrarmos no complexo contexto da Cultura Organizacional. Organização pode ser definida como a união de pessoas, idéias, ideologias, e recursos para atingir objetivos. A Estrutura Organizacional trata da forma como essa organização será racionalizada, ou seja, dos métodos de ação para estruturação da organização. Parece simples ao pensarmos que “a organização é um sistema planejado de esforço cooperativo no qual cada participante tem um papel definido a desempenhar e deveres e tarefas a executar”. (CURY, 2000, p. 116). Entretanto, a complexidade que envolve o alcance dos objetivos de uma organização surge quando avaliamos que "a organização é um artefato que pode ser abordado como um conjunto articulado de pessoas, métodos e recursos materiais, projetado para um dado fim e balizado por um conjunto de imperativos determinantes (crenças, valores, culturas, etc.)." (MEIRELES, 2003, p. 46). No ambiente globalizado, turbulento, onde as interações sociais ocorrem entre pessoas de diferentes regiões e países, a palavra cultura emerge como uma das variáveis fundamentais para a compreensão do fenômeno organizacional. A Cultura Organizacional manifesta-se como poderoso elemento de influência sobre a eficiência, eficácia e efetividade das organizações. Conceitualmente, encontramos afinidade com a definição de cultura apresentada por PIRES-MACEDO em seu artigo Cultura Organizacional em Organizações Públicas no Brasil, publicado na Revista de Administração Pública: "A cultura é um dos pontos-chave na compreensão das ações humanas, funcionando como um padrão coletivo que identifica os grupos, suas maneiras de perceber, pensar, sentir e agir. Assim, mais do que um conjunto de regras, de hábitos e de artefatos, cultura significa construção de significados partilhados pelo conjunto de pessoas pertencentes a um mesmo grupo social."(1) 1 Arquiteto e Urbanista (UFV-MG), atuante na Secretaria de Desenvolvimento da Prefeitura Municipal de Vitória; Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho (FIJ-RJ) e aluno do curso de Especialização em Gestão Pública pelo IFES – Pólo Pinheiros – ES.

Em

adição

a

esse

conceito, concordamos

com

Fleury

e

Fischer

quando propõem que "a cultura é concebida como um conjunto de valores e pressupostos básicos, expresso em elementos simbólicos, que em sua capacidade de ordenar, atribuir significações, construir identidade organizacional, tanto age como elemento de comunicação e consenso, como oculta e instrumentaliza as relações de dominação." (FLEURY-FISCHER, 1989, p. 117). No que tange às organizações públicas, a luta de forças se manifesta entre o "novo e o velho", isto é, a proposição de transformações e inovações, advindas de novos conceitos organizacionais e estruturais contemporâneos, predestinadas a enfrentar as dinâmicas e a burocracia impregnadas na cultura organizacional. Também

as

organizações

públicas anseiam

pelo novo,

tanto

em

aspectos

administrativos, quanto no campo político. Indo além, necessitam integrar aspectos políticos e técnicos de modo criativo, por se tratarem de elementos fundamentais à ação no campo público. Esses conflitos de forças nos conduzem à reflexão de que o debate e aprimoramento do serviço público se faz necessário para que obtenhamos as melhores estratégias aplicáveis às organizações públicas, para que estas se tornem capazes de atingir seus objetivos: oferecer serviços eficientes à sociedade.

REFERÊNCIAS: (1) PIRES, José Calixto de Souza; MACÊDO, Kátia Barbosa. Cultura organizacional em organizações públicas no Brasil. RAP Rio de Janeiro 40: páginas 81-105, Jan./Fev. 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rap/v40n1/v40n1a05.pdf. Acessado em 24/11/2014. (2) FLEURY, Maria Tereza Leme. O desvendar da cultura de uma organização - uma discussão metodológica *(Resenha). In: FLURY, Maria Tereza Leme; FISCHER, Rosa Maria (Org.). Cultura e poder nas organizações. São Paulo: Atlas, 1989. Disponível em:

http://www.mpanerevista.kinghost.net/ojs-

2.2.4/index.php?journal=gppd&page=article&op=viewFile&path[]=17&path[]=38. Acessado em 24/11/2014. (3) COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de direito comercial. São Paulo: Saraiva, 2004. Citado

em:

http://www.administradores.com.br/artigos/tecnologia/organizacoes-

conceito-e-classificacao/25629/. Acessado em 25/11/2014.

(4) CURY, Antonio. Organização e métodos: uma visão holística. – 7. ed. rev. E ampl. –

São

Paulo:

Atlas,

2000.

Citado

em:

http://www.administradores.com.br/artigos/tecnologia/organizacoes-conceito-eclassificacao/25629/. Acessado em 25/11/2014. (5) MEIRELES, Manuel. Teorias da administração: clássicas e modernas. São Paulo: Futura,

2003.

Citado

http://www.administradores.com.br/artigos/tecnologia/organizacoes-conceito-eclassificacao/25629/. Acessado em 25/11/2014.

em:

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