Os fotógrafos no Arquivo do SNI. Um estudo de caso a partir de fotografias das ex-colónias portuguesas.

July 16, 2017 | Autor: Inês Vieira Gomes | Categoria: Colonial Photography
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WORKSHOP FOTOGRAFIA INVESTIGAÇÃO ARQUIVO

MUSEU NACIONAL DO TEATRO 7-8 MAIO 2014

Estrada do Lumiar, 10 1600-495 LISBOA Email: [email protected] Telefone: 217 567 410

NACIONAL DO

TEATRO

Workshop Fotografia-Investigação-Arquivo programa 7 de Maio Manhã 9h20 - Abertura dos Trabalhos

11h30 - José Oliveira

9h35 - José Carlos Alvarez

Doutorando em História da Arte Contemporânea (UNL-FCSH), bolseiro FCT e investigador do IHA da FCSH da UNL. Colaborador externo do CAMJAP da FCG e docente de fotografia e cultura visual no IADE. Co-fundador do projecto de curadoria independente “interface/arte contemporânea”, comissariando exposições.

Director do Museu Nacional do Teatro Artes do espectáculo e memória: a importância da fotografia no MNT A complexidade orgânica dos elementos que constituem um espectáculo cénico pode ressurgir através dos materiais, documentos e objectos que lhe sobrevivam. A fotografia tem um papel fundamental nesse processo porque, para lá do documental, possui uma dimensão de representação que profundamente se articula com a própria representação teatral, na pose e na imagem artística do actor. 9h45 - Clara Carvalho Professora auxiliar no Departamento de Antropologia do ISCTE-IUL (Lisboa), responsável pelo ramo de Saúde Global do Mestrado de Estudos de Desenvolvimento e diretora do Centro de Estudos Africanos do mesmo instituto (2007-2013) Género e Colonialismo nos arquivos fotográficos No caso português e, em particular, do colonialismo tardio (pós-1945), a imagem fotográfica revelou-se um elemento essencial na elaboração de um imaginário sobre a nação e o projecto colonial. Estas imagens encerram significantes expressivos da aplicação de um discurso de poder. Olhando para os arquivos coloniais, dois referentes surgem como óbvios, a classificação tipológica e racial, por um lado, e a diferenciação de género, por outro lado. Nesta comunicação procuram-se expor as continuidades encontradas nas fotografias coloniais sobre Africa nas útimas décadas do Estado Novo e questionar o seu papel na elaboração de um discurso sobre a diferença e alteridade. 9h55 - Inês Vieira Gomes Doutoranda em História no ICS da UL, com projecto de tese sobre fotografia em contexto colonial português. Investigadora bolseira no projecto “Conhecimento e Visão: Fotografia no Arquivo e no Museu Colonial Português (1850-1950)”. Licenciada e mestre em História da Arte, colaborou com o CAMJAP da FCG Os fotógrafos no Arquivo do SNI. Um estudo de caso a partir de fotografias das ex-colónias portuguesas O Arquivo Fotográfico do SNI possui c. 2000 fotografias das ex-colónias portuguesas. Pretende-se, a partir de uma visão de conjunto, abordar a autoria destas fotografias e questionar o papel que os fotógrafos tiveram na produção de uma propaganda colonial em imagens. 10h05 - Filomena Serra Doutorada em História da Arte Contemporânea, Membro integrado do Instituto de História da Arte FCSH-UNL Vitoriano Braga, homem de teatro e fotógrafo amador Vitoriano Braga (1888-1940) foi uma figura sobejamente conhecida pelos seus dramas teatrais, alguns dos quais como Octavio, mereceram os melhores elogios de Fernando Pessoa. Foi também tradutor e crítico de teatro, mas a sua faceta de apaixonado da fotografia é, talvez, a menos conhecida. Todavia, a ele se devem algumas das imagens fotográficas importantes do princípio do século XX ao ter retratado as principais figuras do grupo de Orpheu. É sobre essas imagens que incidirá a comunicação. 10h15 - Filomena Chiaradia Doutorada em Artes Cênicas com tese sobre Iconografia Teatral. Investigadora do Centro de Documentação e Informação/Fundação Nacional de Artes/ Ministério da Cultura do Brasil Uma experiência produtiva entre investigação e acervos fotográficos: a fotografia de cena para além do registo A fotografia de cena na escrita da narrativa historiográfica de companhias teatrais responsáveis pela constituição de coleções fotográficas e a oportunidade de organização de acervos em diálogo entre investigação científica e processamento técnico. 10h25 - Miguel Proença Fotógrafo independente, Lisboa. Mestre em História da Arte Contemporânea pela Universidade Nova com a dissertação, “Fernando Lemos: Eu sou a fotografia”. Doutorando na Faculdade de Belas Artes de Lisboa em Fotografia com projecto de tese: Fotografia e dispositivo Arte, Fotografia e Teatro versus dispositivo Se os dispositivos estabelecem e gerem relações, se são mecanismos de auto-controle, a finalidade da arte é des-naturalizar essa ação reguladora. Por via da fotografia e do teatro é proposta uma alternativa contrária à do dispositivo através da construção de algo de “artificial”. 10h35 - Debate 11h10 - Intervalo

Ernesto de Sousa: Fotografia, Escultura e Fenomenologia Uma abordagem à edição de Para o Estudo da Escultura Portuguesa (1965), de Ernesto de Sousa, que constitui uma obra de referência e pioneira na abordagem fenomenológica da utilização da fotografia no estudo e caracterização da escultura. 11h40 - Natasha Revez Mestre em História da Arte, com a dissertação “Os álbuns “Portugal-1934” e “Portugal 1940”. Dois retratos do país no Estado Novo”. Doutoranda em História da Arte na FCSH UNL Os álbuns Portugal 1934 e Portugal 1940, imagens do país no Estado Novo Os álbuns Portugal 1934 e Portugal 1940 como ponto de partida para uma reflexão sobre a necessidade de estudar as imagens fotográficas e sobre o significado de fazer a sua história no presente. 11h50 - Teresa Meruje Mestre em Património Europeu, Multimédia e Sociedade de Informação, com a dissertação “Porque são as Artes Donzelas?”. Doutoranda em História da Arte e investigadora do IHA da FCSH-UNL. Do auto-retrato da artista ao retrato da actriz – inclusão e asserção O auto-retrato feminino apresenta a artista, despojada de adereços, no exercício da sua profissão. O retrato da actriz traz, nos atavios, o encanto como aura dominante. Cotejaremos quanto, um e outro, denunciam o anseio de auto-afirmação e ganho de credibilidade. 12h00 - Nuno Borges de Araújo Arquitecto, doutorando em Ciências da Comunicação pela UM, com projecto de tese “Fotografia e cultura visual em Braga, 1853-1910”. Investigador do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, do Departamento de Ciências da Comunicação da UM. Tem várias obras sobre fotografia editadas e colaborou em diversas exposições de fotografia. As publicações ilustradas com retratos fotográficos e a renovação da iconografia oitocentista em Portugal As publicações ilustradas com retratos fotográficos colados, surgem em Portugal a partir da década de 1860, constituindo um caso particular da história da ilustração, contemporâneo de um período de expansão da técnica fotográfica. Tiveram o seu auge no final da década de 1870 e início da de 1880, desaparecendo gradualmente com o aparecimento de novas técnicas de ilustração. No caso das publicações periódicas, constituíram verdadeiras «galerias biográficas» que tiveram um papel importante na renovação da iconografia, na difusão de novos modelos e valores, durante a monarquia constitucional. Estas publicações constituem uma importante fonte de documentação iconográfica oitocentista, ainda hoje não inventariada e pouco acessível à consulta generalizada. 12h10 - Carmen Almeida Mestre em Museologia com a dissertação Objectos Melancólicos… Fotografia , Património e Construção da Memória, A Colecção do Grupo Pró-Évora (1890-1920). Doutoranda em História e Filosofia da Ciência no CHEFci-UE; projecto de dissertação “A Divulgação da Fotografia no Portugal Oitocentista-Protagonistas , Práticas e Redes de Circulação dos Saber”. A divulgação da fotografia no Portugal Oitocentista: Autonomia e dependência-protagonistas e primeiras participações em redes internacionais do saber Os primeiros casos de participação portuguesa em inventos ou redes internacionais de fotografia, na primeira metade do séc. XIX (1839-1860), foi efectivada quase inteiramente por fotógrafos/amadores ingleses ou de ascendência inglesa, se bem que se possam apontar alguns casos de fotógrafos portugueses ou franceses ou de outra nacionalidade residentes em Portugal, na sua maior parte, fotógrafos comerciais. Assim, Porto e Madeira, locais com fortes comunidades inglesas residentes, foram seguramente o cenário dos primeiros intercâmbios fotográficos com o exterior, de inserção em redes de comunidades fotográficas/científicas internacionalmente reconhecidas. Joseph James Forrester (Porto), durante a década de 1850, e Russel Manners Gordon (Ilha da Madeira), durante a década de 1860, constituem exemplos paradigmáticos da prática e aprofundamento do estudo do novo invento durante as décadas de 1840 a 1860, a maior parte das vezes desenvolvido à margem geográfica dos convencionais centros de saber. Paralelamente, Forrester e Gordon constituem exemplos concretos do paradigma de comunicação de ciência então vigente, aspecto determinante para entender a produção do saber fotográfico e o seu entendimento/apropriação popular. 12h10 - Debate 12h40 - Encerramento da sessão da manhã

Workshop Fotografia-Investigação-Arquivo programa 7 de Maio Tarde 14h15 - Alexandra Encarnação

15h55 - Guida Cândido

Responsável pelo Arquivo de Documentação Fotográfico da DGPC. Licenciada em História pela FCSH da UNL, especializou-se em conservação de fotografia com formação e estágio nos Arquivos Fratelli Alinari, Florença, Itália.

Coordenadora do Arquivo Fotográfico Municipal da Figueira da Foz, mestrando em Alimentação - Fontes, Cultura e Sociedade e licenciada em História da Arte pela FLUC. É responsável pelo estudo dos fundos fotográficos da coleção, organização de exposições, concursos, workshops e outras atividades culturais do Arquivo Fotográfico Municipal da Figueira da Foz. É autora de livros e publicações científicas na sua área de investigação em Alimentação e, com isso, alimenta o hiperespaço na condição de food blogger

Fotografia e Memória Patrimonial A Arquivo de Documentação Fotográfico da DGPC tem como missão o registo fotográfico e a sua salvaguarda documental dos bens móveis e imóveis dos Museus, Palácios, e outros imóveis da DGPC no Inventário Fotográfico Nacional. A ação do Arquivo articula-se em 4 eixos fundamentais: 1. Levantamentos fotográficos patrimoniais, segundo critérios técnicos internacionais; 2.Inventário, digitalização e disponibilização pública dos registos fotográficos, através de plataformas online; 3.Salvaguarda, conservação e estudo dos espólios fotográficos antigos à sua guarda; 4.Formação e aconselhamento técnico na área da fotografia técnica patrimonial e da conservação de fotografia. 14h25 - Luís Pavão e Paula Figueiredo Cunca Técnicos Superiores no AMLx/Fotográfico. Luís Pavão, fotógrafo e mestre em Conservação de Fotografia (Rochester/EUA), responsável pela Conservação e Restauro no AMLx/ Fotográfico e Paula Figueiredo Cunca, licenciada em Filosofia pela UCP/FCH e mestre em Comunicação, Cultura e Tecnologias da Informação (ISCTE) tem desenvolvido trabalhos de investigação sobre fotografia privada O Arquivo Municipal de Lisboa/Fotográfico - 20 Anos de portas abertas ao público O AMLx/Fotográfico celebra 20 anos de existência nas atuais instalações. Em 1994 apresentou um novo conceito de arquivo fotográfico, de portas abertas ao público com a exposição Provas Originais 1858 – 1910 - 20 anos depois, apresentamos um olhar retrospetivo sobre o trabalho desenvolvido a partir desta exposição.

A Figueira na “boca de cena”: O teatro na coleção do Arquivo Fotográfico Municipal da Figueira da Foz O Teatro Príncipe Carlos, reduzido a cinzas em 1914, não ditou o fim da actividade teatral na Figueira. Atores, alçados neste e noutros palcos, construíram o imaginário duma cidade com tradição nesta arte. Eis as imagens que contam essa história. Abram as cortinas! 16h05 - Abel Rodrigues Licenciado em História e mestre em História Moderna e Contemporânea de Portugal, pela UM. A concluir o curso de especialização em Ciências da Informação (variante Arquivos). Investigador em arquivos sociais e familiares e em história social e cultural. O Arquivo Fotográfico da Casa de Mateus (1844-2014) Apresentação do tratamento arquivístico que está a ser aplicado ao Arquivo Fotográfico da FCM, composto por 9806 imagens, que se encontra integralmente digitalizado. Trata-se de um acervo riquíssimo, no qual a História da Família, da Casa (monumento nacional) e da Fundação se confunde com a História do País 16h15 - Luísa Baeta e Anabela Bravo

Técnica superior no Arquivo Histórico Municipal do Porto. Licenciada em Filosofia e pós graduada com o Curso de Especialização em Ciências Documentais pela FLUC.

Técnicas da Widegris/ AFotMMontemor-o-Novo; Anabela Bravo é licenciada em Artes Plásticas, mestre em Arte Multimédia e pós-graduada em Arquivos. Desenvolve trabalho em arquivos de artista com enfoque na fotografia e nos audiovisuais; Luísa Baeta é antropóloga, com especialização em gestão do património e acção cultural e fotógrafa, mestre em arte multimédia

O Porto e os seus fotógrafos : o acervo do Arquivo Histórico Municipal do Porto

Começar pela Reforma Agrária

O arquivo fotográfico do AHMP detém um valioso acervo com interesse para a história do país no final do séc. XIX. e início do séc. XX. A sua divulgação permitirá realçar o contributo dos fotógrafos portuenses no desenvolvimento da fotografia em Portugal

Contribuir para que as estruturas estatais tratem, a nível arquivístico, o documento fotográfico com a mesma importância que o documento escrito. O fundo audiovisual sobre Reforma Agrária do Arquivo Fotográfico Municipal de Montemor-o-Novo.

14h45 - Ana Barata

16h25 - Teresa Barreto Borges

Bibliotecária de referência da Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian, mestre em História da Arte pela FCSH da UNL.

Coordenadora do Centro de Documentação e Informação da Cinemateca Portuguesa. Licenciada em Comunicação Social pela FCSH da UNL, pós-graduada em Ciências Documentais pela FLUL.

14h35 - Maria do Rosário Guimarães

As colecções fotográficas da Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian Apresentação e caracterização das colecções fotográficas da Biblioteca de Arte; recuperação da informação, formas de acesso e disponibilização 14h55 - Paulo Simões Rodrigues Director do CHAIA e professor auxiliar da UE A Operacionalidade da Fotografia ou a Fotografia como Arte da Memória A Arte da Memória, ou Ars Memoriae, ou Ars Memorativa, remonta à antiga retórica grega e consistia num conjunto de técnicas de memorização e de organização de ideias e palavras através da sua associação a imagens. A imagem fotográfica, enquanto produto de civilização, é essencialmente mnemónica. Uma das valências da fotografia é a preservação da memória da imagem dos índividuos, das paisagens, dos edifícios e das mais variados manifestações da acção produção humana. Tendo como exemplos as colecções fotográficas da BA-FCG, focar-nos-emos na abordagem do registo fotográfico enquanto fonte documental da investigação da memória da imagem em áreas relacionadas com o património cultural e arquitectónico. Isto é, de uma memória que, quando fixada, não se quis neutra, mas visualização de uma determinada ideia acerca de uma determinada realidade, configuradora de uma determinada inteligibilidade. 15h05 - Debate 15h35 - Intervalo

O caso da UFA: fotografias de cena e de rodagem de filmes com múltiplas versões Descrição do trabalho de indexação de provas fotográficas de filmes produzidos em multiversões linguísticas pela UFA (Universum Film AG) no início dos anos 30. Identificação da versão retratada (fotografias de cena e de rodagem) a partir dos elementos presentes na imagem. 16h35 - Beatriz Neves e Paulo Baptista MNTeatro. Beatriz Neves é licenciada em História Contemporânea de Portugal ISCTE A vida nos palcos: Palmira Bastos, projecto de fotobiografia (1890-1915) Processos de investigação fotobiográfica no Museu Nacional do Teatro. Alguns aspectos e imagens da actividade teatral em Portugal através da carreira de uma das mais destacadas intérpretes, Palmira Bastos, e do seu percurso em palco de 1890 a 1915. 16h45 - Carmen Almeida Coordenadora do Arquivo Fotográfico da Câmara Municipal de Évora desde 2000•. O Arquivo Fotográfico da Câmara Municipal de Évora – 12 Anos de actividade O Arquivo Fotográfico da CME foi aberto ao público em Novembro de 2001. Possui actualmente mais de 450 000 espécies fotográficas para além de um pequeno “ núcleo museológico”. O seu acervo reúne as colecções dos mais importantes fotógrafos locais dos séculos XIX e XX de Évora , permitindo documentar os aspectos mais diversos da vida local e regional. Doze anos depois apresenta-se uma reflexão sobre o trabalho desenvolvido, identificando as principais potencialidades e debilidades. 16h55 - Debate 17h20 - Encerramento da sessão da tarde • Ver detalhes comunicação 7 Maio Manhã

Workshop Fotografia-Investigação-Arquivo programa 8 de Maio Manhã 9h30 - Pedro Aboim Borges

11h10 - Ana Duarte Rodrigues

Doutorado em História da Arte Contemporânea (Fotografia e Património) e mestre em História da Arte (Fotografia) pela FCSH da UNL. Professor-adjunto na Escola Superior de Turismo e Hotelaria do Estoril.

Professora Universitária, Doutorada em História da Arte pela FCSH da UNL, investigadora do CHAIA da UE e do CHAM da FCSH da UNL, Investigadora (Fellow) na Universidade de Harvard (2013). Editora da revista Gardens & Landscapes. Autora de numerosos livros e artigos científicos sobre jardins e paisagem e escultura.

O Arquivo Marques Abreu O arquivo do fotógrafo e editor José Antunes Marques Abreu, funcionário da DGEMN (Monumentos do Norte) documenta sobretudo a arquitectura românica, mas também a arquitectura gótica, renascentista e barroca, e mesmo a pintura e a escultura. Comporta provas e negativos fotográficos, equipamento fotográfico, correspondência, documentação técnica e divide-se por dois espólios, o de Marques Abreu pai e o de Marques Abreu Jr., que acompanhou o pai em múltiplas campanhas para prossecução dos projectos editoriais. É um arquivo imprescindível para o entendimento da historiografia sobre a Arte Românica em Portugal e determinantn e para o estudo da edição e da protecção patrimonial entre 1900 e 1935. 9h40 - Jorge Custódio Doutorado pela UE, investigador integrado do IHC e docente de Arqueologia Industrial e de Museologia Industrial na FCSH da UNL. Dirigiu o Projecto Municipal Santarém a Património Mundial (1994-2002), o Convento de Cristo (2002-2007) e o Museu Nacional Ferroviário (2009-2011). A Fotografia como Documento da Rede Ferroviária Nacional: O caso de Emílio Biel Análise do modelo descritivo de levantamento da estrutura ferroviária portuguesa por via do registo fotográfico sistemático da circulação de material circulante e de obras de arte das primeiras linhas ferroviárias portuguesas, nomeadamente do Leste e do Douro, do Minho, da Beira Alta e do Vouga, trabalhos de excelência de Emílio Biel. Significado da publicação das imagens da ferrovia no desenvolvimento do turismo em Portugal, chamando a atenção, por via da fotografia, da litografia ou da impressão fotográfica para a paisagem que o turista podia observar circulando pelas regiões atravessadas pelos caminhos-de-ferro. 9h50 - Filipe Figueiredo Investigador do CET (FL/UL), integra o projecto OPSIS, doutorando em Estudos Artísticos – fotografia de teatro (bolseiro FCT). O arquivo de fotografia e a construção da memória A partir da análise dos Livros de Registo de Repertório da companhia Rey Colaço–Robles Monteiro (1821-1974), na Biblioteca-Arquivo do TNDM II, esta comunicação visa abordar a possibilidade de construção da memória através da colecção de fotografias. 10h00 - Paulo Baptista Investigador do MNT, doutorando em História da Arte Contemporânea, Investigador do IHA da FCSH-UNL, co-editor da revista Gardens & Landscapes of Portugal. O retrato modernista: a contribuição da fotografia A fotografia desempenhou um papel fundamental na afirmação da imagem moderna em Portugal. O estudo sistemático do espólio da Fotografia Brasil (Arquivo Fotográfico da DGPC/Museu Nacional do Teatro) contribuiu, de forma determinante, para um entendimento formal e cronológico dessa afirmação modernista no retrato fotográfico. 10h10 - Cosimo Chiarelli Historiador da fotografia italiana, especialista das relações entre fotografia e teatro. Docente de Historia da Fotografia na Universidade de Pisa, actualmente a investigar as coleções do Departamento das Artes do Espectáculo da Biblioteca Nacional Francesa. É director do “Centro per la fotografia dello spettacolo di San Miniato” (Pisa) e organizador (até 2011) do “Occhi di scena”, o único Festival Europeu dedicado à fotografia do espectáculo, com mostra de exposições originais de arquivos teatrais. Corpo, imagem, arquivo: a fotografia e o mimo Uma investigação sobre as relações entre fotografia e mimo, realizada nos arquivos da Biblioteca Nacional Francesa: materiais, perguntas, resultados e perspectivas. (intervenção em língua inglesa). 10h20 - Debate 10h50 - Intervalo

Sintra’s privileged picturesque landscapes offered by 19th century photography Sintra’s landscape photography in the 19th century clearly remains encoded within academic painting composition. In this paper I seek to analyze the construction of Sintra’s landscapes idealized image through a comparative approach with other media. (intervenção em língua portuguesa). 11h20 - João Paulo Machado Técnico Superior da DGPC, exerce funções na Divisão de Património Imóvel, Móvel e Imaterial, gestor do Sistema de Informação “Matriz”. Licenciado em História, foi técnico de documentação fotográfica do arquivo da DGEMN e técnico responsável pelo estudo do espólio San Payo do AFDGPC. A Persistência da memória: retratos da Coleção San Payo A coleção de retratos de San Payo como exemplo de espólio de atelier fotográfico. Chamar a atenção para a sua fragilidade de suportes e dificuldade de identificação. A abordagem arquivística. A urgência do levantamento dos espólios fotográficos na luta contra a perda da memória. A necessidade de digitalização como forma de preservar e divulgar para auxiliar na identificação. 11h30 - Fernando Costa e Paulo Tremoceiro Técnicos do Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Documentos fotográficos na Torre do Tombo: tratamento e acesso I Condições de acesso: O acervo fotográfico do Arquivo Nacional da Torre do Tombo (ANTT) foi enriquecido com a fusão do ex. - Arquivo de Fotografia de Lisboa em 2007. Tornou-se, assim, num acervo bastante diversificado e com uma grande multiplicidade de tipologias documentais. Dada a sua magnitude, apenas parte da documentação fotográfica se encontra, atualmente, disponível aos mais variados utilizadores. A pesquisa fotográfica obedece a determinadas especificidades que a tornam singular dentro do ANTT. Não obstante, o acesso às imagens poderá ser condicionado pelas restrições de comunicabilidade previstas na lei. 11h40 - Fátima Ó Ramos e Paulo Leme Técnicas do Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Documentos fotográficos na Torre do Tombo: tratamento e acesso II Tratamento técnico e apresentação de conteúdos: A fotografia, enquanto documento de arquivo, toma sentido no contexto documental a que pertence. Ela apresenta, todavia, características muito próprias, que se refletem na sua descrição, instigando, a todo momento, o diálogo interativo entre as diferentes normas disponíveis. O estado da questão no ANTT. 11h50 - Anabela Ribeiro e Carla Lobo Técnicas do Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Documentos fotográficos na Torre do Tombo: tratamento e acesso III Conservação, transferência de suporte e disponibilização. No ANTT, seguimos uma metodologia de identificação dos processos fotográficos, estado de conservação e proposta de intervenção. O nível de tratamento nestes materiais depende de um conjunto de fatores. Contudo, a intervenção é sempre mínima, o suficiente para garantir o acesso ao documento original, bem como à reprodução em segurança. No âmbito da política de disponibilização online e de preservação, os documentos fotográficos depois de tratados do ponto de vista físico e intelectual, são reproduzidos/digitalizados de acordo com normas internacionais para serem associados aos registos descritivos. 12h00 - Debate 12h30 - Encerramento da sessão da manhã

Workshop Fotografia-Investigação-Arquivo programa 8 de Maio Tarde 14h15 - Marina Figueiredo

16h00 - Luís Montalvão

Técnica do Arquivo Histórico Parlamentar.

Técnico superior, bibliotecário e documentalista do MNAA.

Estratégias para a incorporação nos arquivos fotográficos digitais: o caso do Arquivo Fotográfico Parlamentar

O arquivo fotográfico do MNAA

Caracterização do acervo fotográfico do Arquivo Fotográfico Parlamentar e o problema da incorporação de fotografia digital num cenário de aumento exponencial da produção de documentos fotográficos que carateriza o contexto digital”. 14h25 - Leonor Sá Directora do Museu de Polícia Judiciária, doutoranda na FCH da Universidade Católica. O Arquivo Histórico Fotográfico do Museu de Polícia Judiciária O Arquivo Histórico Fotográfico do Museu de Polícia Judiciária: desafios passados, presentes e futuros. 14h35 - Susana Rodrigues, Tânia Marques e Vasco Duque Susana Rodrigues, técnica superior do Arquivo da PR. Licenciada em História e pósgraduada em Ciências Documentais, variante Arquivo, pela UAL e pós-graduada em Ciências Documentais, variante Biblioteca, pela FLUL.; Tânia Marques, técnica superior do Arquivo da PR. Licenciada em Estudos Europeus pela FLUL. Pós-Graduada em Ciências Documentais pela ULHT. Mestre em Ciências Documentais, pela ULHT; Vasco Duque, técnico superior do Arquivo da PR. Licenciado em Design e Produção Gráfica – ISEC. A fotografia institucional no Arquivo Histórico da Presidência da República O Arquivo Histórico da Presidência da República está a proceder à integração e tratamento da documentação fotográfica produzida pela instituição. Trata-se de um conjunto documental composto por milhares de fotografias, ilustrativo da atividade presidencial e, como tal, incontornável para o estudo da História Contemporânea Portuguesa. 14h45 - Ana Marta Lopes Guerreiro Técnica superior do Arquivo do Museu da PR. Anteriormente foi responsável pelo levantamento do arquivo da Valorsul. Mestre em Ciências da Informação e Documentação (arquivo) pela FCSH da UNL. Licenciada em Estudos Portugueses pela FLUL. Formadora da BAD em Norma internacional para a descrição de funções (2012). A indexação como estratégia para a recuperação de informação nos arquivos fotográficos: os arquivos do órgão de soberania, o Presidente da República As coleções fotográficas do Museu da Presidência da República representam um testemunho único para o estudo da história contemporânea. A criação de uma lista especializada de assuntos para indexação é fundamental como estratégia para uma política de acesso documental. 14h55 - Catarina Miranda Basso Marques Mestre em História da Arte, é investigadora do CITCEM e doutoranda na UM (bolseira FCT) com o projecto de tese “Usos privados e públicos da fotografia na sociedade bracarense (1910-1945)”. Fotografia & Investigação Histórica – estudo de caso do Arquivo Aliança.

O arquivo fotográfico do MNAA documenta a evolução do Museu, desde 1882, até as obras de 1992. É também um inventário fotográfico das colecções do MNAA, e um repositório de imagens de obras de arte de colecções portuguesas e estrangeiras. 16h10 - Sandra Garrucho Mestre em Fotografia – perfil Conservação de Fotografia, Escola Superior de Tecnologia de Tomar/Instituto Politécnico de Tomar . Intervenção sobre uma Coleção Fotográfica do Arquivo Histórico Ultramarino - Conservação e Acesso A documentação fotográfica, depositada no AHU, era constituída por vários tipos de suporte (vidros, películas, provas em papel e álbuns fotográficos). Referia-se a várias missões do Instituto de Investigação Científica Tropical (nomeadamente a Missão Geográfica de Cabo Verde, 1926-1932 e a Missão de Delimitação de Fronteira LusoBelga em Angola, 1901), à Sociedade Agrícola Colonial (referente à Roça Porto Real na Ilha de Príncipe) e a Companhias coloniais (p.ex. Companhia da Zambézia, Moçambique, 1892-1920). O núcleo fotográfico é de enorme importância dos pontos de vista histórico, cultural e patrimonial. O objetivo da intervenção visou a preservação e o tratamento da documentação fotográfica, tornando-a acessível ao público. 16h20 - Teresa Alexandra da Silva Ferreira Laboratório HERCULES, Herança Cultural, Estudos e Salvaguarda, professora auxiliar da UE. Caracterização material de fotografias e negativos: casos de estudo Caracterização material de fotografias e negativos: casos de estudo. 16h30 - Ana David Mendes Técnica superior do M|i|mo (museu da imagem em movimento). Responsável pela “Qualidade, Certificação e Redes”, coordenadora da gestão das colecções. Foi coordenadora do museu até 2013. Arquivos fotográficos: o que se esconde dentro da Caixa? Os arquivos são memorias escondidas no tempo. Pequenas descobertas, grandes avanços. Do numero do chapa ao titulo do envelope - como se revela a informação, como se comunicam conteúdos, e como podem decorrer os processos de apropriação, como uma forma de valorização? O M|i|mo integrou a RPM em 2004 e teve uma nomeação honrosa para “melhor museu do ano” em 2010. 16h40 - Mafalda Lourenço e Paulo Baptista Museu Nacional do Teatro. Mafalda Lourenço é pós-graduada em Jardins e Paisagem pela FCSH da UNL e licenciada em Agronomia pelo ISA. Fotografia e movimento Bailarinos, dançarinos e fotografia de espectáculo (1890-1930) na colecção fotográfica do Museu Nacional do Teatro e na imprensa periódica ilustrada portuguesa.

O Arquivo Aliança compreende o espólio de um estúdio fotográfico, a Photographia Alliança, que existiu em Braga entre 1910-1980. A comunicação centra-se na abordagem do arquivo fotográfico como forma de aceder ao universo da fotografia e ao conhecimento da realidade histórica que dele transparece.

16h50 - Alexandre Pomar

15h05 - Debate

A Exposição-Feira de Angola 1938, a exposição como mecanismo de investigação e conhecimento

15h40 - Intervalo

Jornalista, crítico de arte e galerista da fotografia, tem numerosos artigos e escritos sobre fotografia contemporânea e História da Fotografia

A partir da recentíssima exposição da Pequena Galeria, intitulada Exposição-Feira de Angola 1938, reflecte-se ácerca de um enigmático objecto da História da Fotografia em Portugal e do processo de investigação/aprendizagem multidisciplinares que a referida exposição constituiu 17h00 - Debate 17h30 - Encerramento da sessão da tarde

Workshop Fotografia Investigação Arquivo Museu Nacional do Teatro 7-8 Maio 2014

Ficha Técnica Coordenação José Carlos Alvarez (Director do Museu Nacional do Teatro) Paulo Baptista Paulo Simões Rodrigues (CHAIA U\Évora)

Secretariado Mafalda Lourenço Manuela Gomes dos Santos Sofia Patrão

Apoio Maria Ascensão Martinho Sónia Dias Rui Mourão

Design e Paginação Francisco Baptista

Os fotógrafos no Arquivo do SNI. Um estudo de caso a partir de fotografias das ex-colónias portuguesas. Inês Vieira Gomes ISBN 978-989-8052-86-5

Resumo O Arquivo Fotográfico do SNI possui c. 2000 fotografias das ex-colónias portuguesas. Pretende-se, a partir de uma visão de conjunto, abordar a autoria destas fotografias e questionar o papel que os fotógrafos tiveram na produção de uma propaganda colonial em imagens. Artigo No âmbito do Projecto de Investigação “Conhecimento e Visão: Fotografia no Arquivo e no Museu Colonial Português (1850-1950)”, coordenado por Filipa Lowndes Vicente e financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), do qual fiz parte enquanto investigadora bolseira, procedeu-se à identificação e ao levantamento de documentos fotográficos em contexto colonial em arquivos nacionais. O projecto, que decorreu entre 2012 e 2013, tinha como um dos principais objectivos contactar com os diferentes arquivos nacionais no intuito de conhecer as suas colecções. Após um primeiro contacto exploratório na identificação das respectivas colecções fotográficas, procedeu-se a um mapeamento e um inventário sumário dos documentos fotográficos produzidos em contexto colonial no período supracitado. Este primeiro inventário, mesmo que não exaustivo, pretendeu mapear os documentos fotográficos existentes em colecções públicas em Portugal, como um primeiro passo para o estudo da fotografia como parte integrante da cultura material que o Império Colonial Português produziu. Embora os arquivos possuam colecções heterogéneas e proveniências tão distintas, pretendeu-se, também, inscrever o projecto numa tendência internacional, que remonta sensivelmente à década de 90 do século XX, de analisar a fotografia em contexto colonial, como um dos resultados mais evidentes do legado histórico para estudar o colonialismo. Pretende-se com este artigo exploratório analisar um conjunto de documentos fotográficos produzidos em contexto colonial do Arquivo Fotográfico do SNI revelando, a partir de uma investigação paralela que tem sido desenvolvida pela própria autora, esboçar algumas considerações sobre a génese do Arquivo Fotográfico do SNI e enumerar alguns problemas que podem condicionar um estudo centrado em fotografia1. O Arquivo Fotográfico do Secretariado de Propaganda Nacional (SPN), pensado em 1933, iniciou funções à data da criação do SPN. O Arquivo Fotográfico constituía uma das partes integrantes do SPN/SNI, auxiliando este organismo na propaganda do Estado Novo. O SPN, organismo habilitado a definir a estética do regime, nas diferentes manifestações artísticas, formalizava a “Política do Espírito” definida pelo seu primeiro Director, António Ferro (1895-1956). Logo no orçamento de Outubro de 1933 surge uma alínea dedicada ao Arquivo Fotográfico que recebeu quarenta ampliações fotográficas do Presidente do Conselho2. Embora no primeiro mês o Arquivo Fotográfico servisse exclusivamente para albergar um conjunto de cópias de um retrato de António Oliveira Salazar, possivelmente para distribuir aos diferentes organismos do Estado, paulatinamente o Arquivo Fotográfico começou a receber dezenas de fotografias sobretudo de Portugal Continental e Ilhas. 1 A autora agradece a constante disponibilidade e esclarecimentos de Fernando Costa, responsável pelas colecções fotográficas do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, assim como de Paulo Tremoceiro. 2 Cf. Arquivo Nacional da Torre do Tombo (ANTT), Fundo SNI, Caixa 2295.

Apenas em 1939 o Arquivo Fotográfico foi concebido tal como hoje o conhecemos, ou seja, através de uma estruturada organização das fotografias em fichas de arquivo. Essas fichas de arquivo em cartão com um respectivo espaço para colar as respectivas fotografias detinham ainda espaços em branco para serem preenchidos com os seguintes campos: número de chapa; classificação; fotógrafo; observações e legenda, tal como podemos ver na Figura 1. Através das fichas de arquivo é possível obter grande parte da informação sobre as respectivas fotografias, nomeadamente o local, a identificação do fotógrafo, quando apliFigura 1: S. Tomé – Queda de Água Blu-Blu. S. D’Almeida, cável, e em casos excepcionais a sua datação, como veremos s.d. PT/TT/SNI/ARQF/DO/031/54208. Imagem cedida mais à frente. pelo ANTT. Para a organização das fotografias, o Arquivo Fotográfico pagou, em 1939, a Mário Novais pela colagem de 2117 fotografias em fichas do arquivo3. Através da consulta dos orçamentos mensais deste Organismo, é possível identificar, numa alínea intitulada Revisão do Arquivo Fotográfico e Ficheiros da Expedição, tarefas semelhantes com a colaboração de Elmano Cunha e Costa4 durante os anos de 1951, 1952, 1953 e 1954 e a colaboração de Júlio Alberto Lopes durante os meses de Fevereiro, Março, Abril, Maio e Junho de 19545. Através da consulta de correspondência recebida e expedida do próprio Arquivo Fotográfico, consultável, também, no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, é possível chegar a algumas considerações: (1) que chegavam os mais diversos pedidos de reprodução de imagens, desde professores residentes em Portugal, nas colónias ou em outros países, associações recreativas, editoras, entre outros; (2) que os pedidos provinham, também, de instituições tais como Casas de Portugal espalhadas pelo Mundo; embaixadas ou Centros de Informação e Turismo, afectos ao Ministério das Colónias; (3) a existência de uma relação institucional entre o SNI e a Agência Geral das Colónias/Agência Geral do Ultramar; (4) e a articulação entre o SNI e a Imprensa, relação essa bastante evidente, por exemplo, com a imprensa brasileira. Sobre a relação com a imprensa brasileira, que se destaca na correspondência face aos contactos estabelecidos com a imprensa nas colónias, veja-se por exemplo a relação entre o SPN/SNI com o jornal “Voz de Portugal”, ao serviço da comunidade luso-brasileira, desde 1936, e com a meritória acção (...) na defesa da colónia portuguesa do Brasil e de tudo a que Portugal se refere. Numa carta datada de 1966 dirigida aos Serviços de Informação do SNI é referido a entrega semanal, através do Arquivo Fotográfico, de uma colecção de fotografias enviada à redacção do jornal, sendo publicada profusamente6. Este exemplo evidencia a estrita relação entre o Arquivo Fotográfico do SNI e a Imprensa. O SPN/SNI articulava-se com a Imprensa nacional e estrangeira, assumindo-se como o principal Organismo apto a ceder reproduções das mais diversas fotografias pedidas. Contudo, quando os pedidos incidiam em fotografias dos territórios coloniais, o Arquivo Fotográfico do SNI, remetia, geralmente, os pedidos para a Agência Geral das Colónias / Agência Geral do Ultramar (AGC/AGU), por não possuir tais fotografias. Sobre a interligação entre o Arquivo Fotográfico do SPN/SNI e o Arquivo Fotográfico da AGC/AGU tome-se como exemplo um pedido que a Legação de Portugal em Berna, Suíça, enviou em 1949, solicitando documentação fotográfica sobre os Açores, Madeira, Guiné, S. Tomé, Príncipe, Angola, Moçambique, Índia Portuguesa, Macau e Timor. A este pedido o SNI responde: tenho a honra de anunciar remessa, em volume separado, de 16 fotografias sobre as 3 Cf. ANTT, Fundo SNI, Caixa 1528. 4 Elmano Cunha e Costa (1892-1955) advogado de formação e profissão, fotografou exaustivamente aspectos de Angola, entre 1935 e 1938, no âmbito da “Missão Fotográfica em Angola” que contou com a colaboração do Padre Carlos Estermann, Superior das Missões Católicas da Província de Huíla. Dessa Missão resultou uma colecção fotográfica de cerca de 10.000 fotografias (hoje no espólio do Arquivo Histórico Ultramarino) e a realização de três exposições de fotografia do próprio autor na sede do SPN/SNI: “Exposição de Fotografias de Angola”, em 1938; “Exposição de Etnografia Angolana”, em 1946 e “Exposição de Penteados e Adornos Femininos das Indígenas de Angola”, em 1951. Sobre as referidas exposições veja-se o artigo da própria autora “Imagens de Angola e Moçambique. Exposições de fotografia no Palácio Foz (1938-1960)” in Filipa Lowndes Vicente (ed.) O Império da Visão. Fotografia no Contexto Colonial Português (1860-1960), Lisboa: Edições 70, 2014 5 Cf. ANTT, Fundo SNI, Caixa 173, Orçamento de 1954. 6 Cf. ANTT, Fundo SNI, caixa 4486.

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nossas colónias, e ainda informar que nesta mesma data transmitimos à Agência Geral das Colónias o pedido de V. Ex.ª, solicitando-lhe o envio da documentação fotográfica julgada útil ao objectivo indicado7. Paralelamente, o SNI envia uma carta à Agência Geral das Colónias referindo: Em nome do Exmo. Secretário Nacional, tenho a honra de levar ao conhecimento de V. Ex.ª que a Legação de Portugal em Berne nos pediu, a fim de satisfazer pedidos que lhe foram dirigidos por vários jornais ilustrados suíços, uma ampla documentação fotográfica sobre as nossas Colónias. Este Organismo apressou-se a enviar as poucas fotografias que tinha e muito agradece a V. Ex.ª. se digne providenciar no sentido de ser facultada àquela nossa representação diplomática os elementos que julgar úteis a tão louvável objectivo8. O SPN/SNI e a AGC/AGU detinham uma relação institucional estabelecida em 1942, através da criação de um cargo de Delegado no Secretariado de Propaganda Nacional, nomeado pelo Ministério das Colónias, a fim de coordenar as informações de propaganda colonial entre as duas instituições9. Dois anos depois, o Secretariado de Propaganda Nacional deu lugar ao SNI – Secretariado Nacional da Informação, Cultura Popular e Turismo. O Decreto-Lei n.º 33.545 de 23 de Fevereiro que legisla as funções do SNI reforça, dois anos depois, a necessidade do SNI juntamente com a Agência Geral das Colónias elaborar um programa de expansão turística em que se incluam os territórios ultramarinos do Império Português10. Esta mudança institucional, pode dar-nos pistas para melhor compreender a existência de fotografias das ex-colónias neste Arquivo. Embora existisse uma relação institucional entre o SNI e a AGU, os Arquivos Fotográficos eram autónomos e com diferentes coleções fotográficas. Possivelmente, a aquisição de fotografias por parte da AGU é anterior à incorporação de fotografias das ex-colónias pelo SNI, facto esse justificado, em parte, pela génese da AGU e os seus próprios objectivos. Possivelmente, as fotografias das ex-colónias existentes no Arquivo Fotográfico do SNI foram adquiridas entre as décadas de 50 e 70. Já na década de 60 o SNI formulou alguns pedidos junto do Centro de Informação e Turismo de Angola, solicitando o envio de algumas fotografias no formato 18x24 com aspectos etnográficos, obras realizadas, trabalhos de exploração e vistas das cidades e vilas mais importantes da Província de Angola. Destinam-se essas fotografias ao nosso Arquivo Fotográfico, pelo que espero de V. Ex.ª a sua melhor colaboração11. Foi remetido um pedido análogo ao Centro de Informação e Turismo de Moçambique solicitando fotografias com os mesmos aspectos pedidos a Angola12. Embora, até à data, não se consiga identificar o conjunto de fotografias enviadas por Angola e Moçambique relativamente a estes pedidos em concreto, esta documentação ajuda-nos a perceber o processo paulatino de construção deste Arquivo Fotográfico. O número de fotografias das ex-colónias portuguesas no Arquivo do SPN/SNI é exímio tendo em conta todo o espólio fotográfico. O Arquivo, composto por 67.500 documentos fotográficos, possui 1830 fotografias, representando 2,7% do total dos documentos fotográficos existentes, uma ínfima expressão neste Arquivo Fotográfico. Dentro do universo estudado, o número de fotografias correspondente a cada ex-colónia oscila variavelmente. Num total de 1830 fotografias, o número de fotografias de cada ex-colónia distribui-se da seguinte forma: Angola com 672 fotografias; Moçambique com 623 fotografias; Índia com 202 fotografias; Timor com 115 fotografias; Guiné com 89 fotografias; Macau com 61 fotografias; Cabo Verde com 46 fotografias e São Tomé e Príncipe com 22 fotografias. A esse número acrescem 683 fotografias da secção do Arquivo Fotográfico intitulada “Reportagem Política”, onde se pode associar 180 fotografias com aspectos das Viagens Presidenciais do Presidente da República General Óscar Carmona às colónias, e 503 fotografias do Presidente da República Craveiro Lopes, também em territórios coloniais. Nesse vasto conjunto de fotografias, nem sempre é possível identificar os territórios coloniais, 7 Cf. ANTT, Fundo SNI, Caixa 890. 8 Cf. ANTT, Fundo SNI, Caixa 890. 9 Cf. José Luís Campos de Lima GARCIA, Ideologia e Propaganda Colonial no Estado Novo: da Agência Geral das Colónias à Agência Geral do Ultramar, 1924-1976, Tese de Doutoramento. Faculdade de Letras – Universidade de Coimbra, 2011, p. 152. 10 Cf. Projecto-Lei da Constituição do Secretariado Nacional da Informação, Cultura Popular e Turismo, Artigo 25º. ANTT, Arquivo Salazar, AOS/CO/PC-12E, Pt. 11. 11 Cf. ANTT, Fundo SNI, Caixa 1372. 12 Cf. ANTT, Fundo SNI, Caixa 1372.

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razão pela qual se optou por não incorporar na Tabela 1. Analisando as fichas de arquivo onde se encontram as respectivas fotografias é possível obter algumas informações no que se refere, sobretudo, à autoria dos fotógrafos, cuja identificação é sintetizada a seguir (Tabela 1). É importante ressalvar que parte considerável das fotografias não tem qualquer identificação do fotógrafo, encontrando-se esse espaço em branco, ou com a designação Reprodução. Nestes casos, ao que tudo indica, corresponde ao envio de fotografias por organismos estatais nas colónias para a Metrópole sem qualquer identificação dos fotógrafos locais, secundarizando as suas autorias e estando, ainda hoje, os seus nomes por revelar13.

Tabela 1: Relação do número de fotografias por colónia e fotógrafo

Ao visualizar a Tabela 1 percebemos rapidamente que grande parte das fotografias não tem um autor / fotógrafo associado. A questão autoral pode ser um dos problemas num estudo centrado na análise de documentos fotográficos. A não identificação dos fotógrafos nas fichas de arquivo do SNI leva-me a questionar se a autoria seria assim tão importante neste Arquivo Fotográfico ou em outro Arquivo institucional. Percebe-se, logo à partida, que a autoria das fotografias não era uma preocupação na época, pois estas não eram, geralmente, creditadas. Que papel os fotógrafos detinham? Seriam, apenas, meros produtores de imagens, desconhecendo o destino final das fotografias? Será que se deve relegar para segundo plano os fotógrafos e valorizar todo o contexto em que as fotografias foram produzidas no âmbito de um contexto institucional? Sobre este assunto, tome-se como exemplo um conjunto de fotografias com aspectos da Viagem Presidencial do General Óscar Carmona às colónias, entre 1938 e 1939, na secção “Reportagem Política” do próprio Arquivo Fotográfico, como foi já referido anteriormente. As fichas que acompanham as fotografias detém muito poucas informações acerca das mesmas, incluindo a não inclusão do nome do(s) fotógrafo(s). Contudo, algumas das fotografias foram reproduzidas nos álbuns Viagens Presidenciais às Colónias, 1938-1939, publicados pela Agência Geral das Colónias. Um desses exemplos é reproduzido no presente texto (Fig. 2). A Fig. 2, que se encontra no Arquivo Fotográfico do SNI, foi reproduzida no primeiro volume dos álbuns Aspectos das Viagens Presidenciais às Colónias, 1938-1939, dedicado às colónias de S. Tomé e Príncipe e Angola. 13 Essa situação é idêntica, por exemplo, no Arquivo Fotográfico do Jornal O Século, que se encontra atualmente no Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Com um Ficheiro Central composto por fotografias de várias cidades das ex-colónias portuguesas, as fotografias eram enviadas para o Jornal por fotógrafos ou casas fotográficas locais. Haverá todo um trabalho de fundo a fazer para resgatar nomes de fotógrafos ou identificar casas fotográficas nas colónias e as suas ligações com a Metrópole, seja pela forma institucional, por exemplo, com o SPN/SNI, mas também a ligação com a imprensa escrita.

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Assumindo a autoria das fotografias a Firmino Marques da Costa, atribuição dada por António Sena14, estas fotografias que no Arquivo Fotográfico não têm a identificação do fotógrafo, serão, certamente, de Firmino Marques da Costa. Não se sabe ao certo, tal como quase todas as fotografias deste Arquivo, como chegaram. Este exemplo é representativo da mobilidade inerente ao próprio documento fotográfico e a capacidade de reprodução do mesmo. Ou seja, a capacidade de reprodução da fotografia, aliado à capacidade de mobilidade, facilitou a divulgação de imagens. Uma mesma fotografia (Fig. 2) com diferentes usos e fins: por um lado, resguardado no arquivo Figura 2: Sem Título, autor não identificado, s.d. PT/TT/ como prova documental e, por outro, reproduzida num álSNI/ARQF/RP/001/54624. Imagem cedida pelo ANTT. bum fotográfico, como objecto que dá a ver a um público 15 específico . Para além do mais, a fotografia reproduzida (Fig. 2) é também ela particularmente interessante por enquadrar na composição fotográfica vários fotógrafos, possivelmente foto-jornalistas; fotógrafos da administração colonial, itinerantes, estrangeiros ou locais, com finalidades distintas, dando diferentes usos à fotografia, uns como forma de propaganda, e outros explorando os usos privados da fotografia, questões que devem ser tidas em conta num estudo centrado na fotografia produzida em contexto colonial. Um outro problema que se pode identificar no estudo das fotografias do Arquivo Fotográfico do SNI prende-se com a datação das mesmas, onde apenas 83 fotografias num total de 1830 estão datadas16. A associação de nomes de fotógrafos nos respectivos orçamentos do SNI não é suficiente para criar balizas cronológicas. Tematicamente, pode afirmar-se que neste corpus fotográfico uma das preocupações mais evidentes foi o de captar as influências da presença portuguesa nos territórios coloniais, dando primazia às obras públicas, ou seja a colonização dos territórios e respectiva administração, assim como a subsequente “civilização” dos nativos. São sobretudo fotografias como um instrumento documental, ou seja, como parte integrante de um inventário social e antropológico. Ainda em relação aos autores das fotografias, destacam-se alguns fotógrafos: Alfredo Cunha (1953-), que começou como fotógrafo no jornal O Século e que em 1975 viajou por África realizando uma reportagem sobre o processo da descolonização; Alberto Gouveia, editor e proprietário de uma casa de postais na Guiné-Bissau; Santos d’Almeida, proprietário do Laboratório Industrial Fotográfico Santos de Almeida, um laboratório que funcionou em Lisboa, na Rua das Amoreiras, fundo esse hoje sob tutela do Arquivo Nacional da Torre do Tombo (as fotografias associadas a Santos d’Almeida podem ser de sua autoria ou simplesmente terá revelado os negativos) e Armando de Aguiar, jornalista do Diário de Notícias. Armando de Aguiar que fotografou todas as ex-colónias africanas, pertencia aos quadros do SPN/SNI e, por isso, era um colaborador assíduo. O Arquivo Fotográfico do SNI possui, pelo menos, 162 fotografias de sua autoria identificadas. Autor de diversas monografias, entre elas Oliveira Salazar. O Homem e o Ditador: a sua vida e a sua obra (Rio de Janeiro: Civilização Brasileira), publicado em 1934; Portugueses do Brasil (Lisboa: Imprensa Nacional de Publicidade), publicado em 1945; O Mundo que os Portugueses Criaram (Lisboa: Imprensa Nacional de Publicidade), publicado em 1951 e em 1954; e Guiné, Minha Terra (Lisboa: Agência Geral do Ultramar), publicado em 1964. 14 Em 1987 António Sena, que dirigia a Galeria Ether, em Lisboa, identificou Firmino Marques da Costa, fotógrafo do jornal “Diário de Notícias” que acompanhou o Presidente Óscar Carmona, como sendo o autor das fotografias reproduzidas nos álbuns Aspectos das Viagens Presidenciais às Colónias, publicados entre 1939 e 1940. Cf. António SENA, História da Imagem Fotográfica em Portugal 1839-1997, Porto: Porto Editora, 1998, p. 254. 15 Sobre esta questão veja-se o artigo de Filipa Lowndes VICENTE “Fotografia e Colonialismo” in O Império Colonial em Questão (Sécs. XIX e XX), (org. Miguel Bandeira Jerónimo), Lisboa: Edições 70, pp. 423-454. 16 Geograficamente, a datação das fotografias distribui-se da seguinte forma: Angola: 1 fotografia datada de 1952; 5 fotografias datadas de 1955; 4 fotografias datadas de 1961 e 3 fotografias datadas de 1975. Guiné tem 4 fotografias datadas de 1974 e 16 fotografias datadas de 1979. Índia tem, apenas, 2 fotografias datadas de 1961 e 2 fotografias datadas de 1980. Macau com 1 fotografia datada de 1970 e 17 fotografias de 1979. Moçambique tem 7 fotografias datadas de 1973; 14 fotografias datadas de 1974 e 6 fotografias datadas de 1975. S. Tomé e Príncipe tem, apenas, 1 fotografia datada de 1975. As ex-colónias de Cabo Verde e Timor não têm nenhuma fotografia datada.

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Armando Aguiar terá viajado por África pelo menos duas vezes: uma em 1939 para preparar uma obra de grande envergadura “Império Africano” – monografia que até à data não foi possível confirmar se foi publicada – e, em 1949, que em missão especial (...) anda a colheita de elementos para a grandiosa obra que foi encarregue de escrever: «O Mundo que os Portugueses criaram»17. Dessa vasta obra “O Mundo que os Portugueses criaram” destaca-se a Fig. 3 que reproduz uma fotografia existente no Arquivo Fotográfico do SNI e publicada, também, na monografia citada. Mais uma vez, foi possível encontrar correspondência Figura 3: Zambézia – Indígenas aguardando a abertura do Mercado. Armando Aguiar,formato 6 x 9, s.d. PT/TT/SNI/ARQF/DO/034/008/00962. Imagem cedida entre uma fotografia existente no Arquivo pelo ANTT. Fotográfico do SNI e uma publicação. Este tipo de cruzamento é crucial num estudo centrado na análise de fotografias em contexto colonial, permitindo aferir não só os documentos depositados num determinado arquivo, mas também as imagens que se elegeram numa determinada obra, reflectindo um certo tipo de saber e conhecimento organizado que se pretendia dar a conhecer. Considerações Finais A constituição de um arquivo pode ser resumido como um processo quase aleatório de acumulação de saberes: o arquivo partilha então com a fotografia o estatuto de ‘memento mori’, funcionando como destilações do tempo e materializações da memória, ambos possuem uma dimensão funérea, nostálgica, aliada a uma dose de anacronismo inerente, e embora contribuam para um ‘corpus’ de conhecimento e saber, convertem-se também e em pouco tempo em espaços de devoção ao passado18. A fotografia, enquanto objecto e documento, foi entendida como um meio de divulgar imagens e contribuir para a construção visual de uma memória. O corpus fotográfico existente no Arquivo do SNI é representativo do período colonial tardio e reflecte aquilo que a máquina administrativa quis enquadrar e registar num determinado momento: uma encenação e demonstração de poder(es) em contexto colonial. Embora não se saiba completamente quando e por quem foram tiradas as fotografias nas ex-colónias existentes no Arquivo Fotográfico do SNI, é evidente que os fotógrafos locais tiveram importância na produção de imagens com vista a anular a distância entre metrópole e império e a mostrar as colónias e os seus habitantes àqueles que eram “colonizadores” mas não podiam ver ou conhecer os espaços que colonizavam através de outros meios19. Neste texto introdutório fica por desvendar a biografia dos fotógrafos e o contexto em que as fotografias foram produzidas: partiram de alguma encomenda? De onde vieram? Qual o fim que tiveram? Em que contexto é que foram vistas? Pretendeu-se com o presente texto lançar algumas pistas sobre o Arquivo Fotográfico do SNI e levantar algumas questões que devem estar presentes num estudo centrado na fotografia em contexto colonial. Inês Vieira Gomes Doutoranda em História no ICS da UL, com projecto de tese sobre fotografia em contexto colonial português. Investigadora bolseira no projecto “Conhecimento e Visão: Fotografia no Arquivo e no Museu Colonial Português (1850-1950)”. Licenciada e mestre em História da Arte, colaborou com o CAMJAP da FCG. 17 Cf. “Armando de Aguiar” in O Brado Africano, 24 de Dezembro de 1949, p. 1 18 Ruth ROSENGARTEN, Entre Memória e Documento, Colecção Sem Título, Lisboa: Museu Berardo, 2012, p. 16. 19 Cf. VICENTE, op. cit., 2012, p. 426.

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