Os Painéis da Rainha

September 5, 2017 | Autor: M.Lourdes Cidraes | Categoria: Iberian Studies, Christian Iconography, Portuguese Art History
Share Embed


Descrição do Produto

Adenda p. 29 - Data do documento de nomeação dos procuradores de D. Dinis. Data do casamento de D. Dinis e D. Isabel, "por palavra de presente", em Barcelona. A primeira biografia é omissa quanto às datas do envio dos procuradores de D. Dinis e do casamento realizado em Barcelona. Os dois códices da Crónica de D. Dinis, de Rui de Pina, apresentam discrepâncias. As datas indicadas no livro foram propostas na Monarquia Lusitana por Francisco Brandão, que consultou documentos da chancelaria de D. Dinis e di arquivo de Alcobaça. No entanto, creio que devem ser revistas de acordo com a investigação de Fernando Félix Lopes ("Data e circunstâncias do casamento da Rainha Santa Isabel", in Colectânea de Estudos de História e Literatura, vol. III, Lisboa, Academia Portuguesa de História, 1997, texto publicado pela 1ª vez em Itinerarium, ano X, n.º 40). O erudito investigador considera erro de copista a data da nomeação dos procuradores, passada por D. Dinis na vila de Estremoz e de que existe uma cópia, inserida na acta do casamento do rei com D. Isabel que se conserva no Livro 1º da Chancelaria de D. Dinis com o título Carta dos esposoyros del Rey Dom Denis e da Reyna Donna Isabel (fl. 41-c-42, ANTT). Assim não terão sido o dia 12 de Novembro de 1281, data em que o rei se encontrava na região da Guarda, mas o mesmo dia do ano anterior, em que o monarca despachou na vila alentejana. O mesmo investigador corrige a data do casamento, realizado por "palavras de presente" em Barcelona, para 11 de Fevereiro de 1281. Segundo Féliz Lopes, o ano que consta da referida carta de casamento, Mº. CCº. LXXXII, corresponde de facto ao ano de 1281, uma vez que a chancelaria da Coroa de Aragão usava a era cristã no estilo da Encarnação. p. 41 (Nota 51) e p. 50 - A Rainha Santa Isabel não professou como clarissa e também não foi terceira franciscana, como se pode ver pelas suas declarações sobre a tomada de hábito. Só no séc. XVII, com base nas crónicas do séc. XVI e traduzindo o parecer da Congregação dos Ritos a instâncias da Ordem dos Frades Menores da Observância, o papa Urbano VIII viria a reconhecer a profissão da Rainha Santa na Ordem terceira de S. Francisco (Vd. A. R. Vasconcelos, op. cit., vol. I, p. 1045). p. 51 (Nota 76) – A autoria desta tábua, que integra um grande retábulo dedicado a Cristo e à Mãe de Deus datado de 1464-65, cabe ao importante pintor Jaume Huget. Encontra-se actualmente no local de origem, a capela de Santa Ágata ou capela do Condestável D. Pedro do Paço Real de Barcelona, hoje Museu d’História de la Ciutat. Pertence à Generalitat de Catalunya e ao M H C B e está inventariada como representando Santa Isabel da Hungria. Torna-se assim necessário rever a identificação de José de Bragança. A importância desta pintura faz com que esta questão mereça ser discutida e aprofundada. Por outro lado, a tábua existente no Museu Nacional d’Arte de Catalunya, onde se conserva em depósito, faz parte de outro grande retábulo da mesma época, dedicado a Santiago. A rainha nele representada, ao lado de Santa Catarina, é Santa Isabel da Hungria. p. 63 - O milagre da Arrifana, ou a cura da criança cega, foi também divulgado na gravura em pagelas devocionais a partir de uma conhecida estampa de 1730, de Sebastianus Conca (des.) e H. Rossi (grav.). Nas festas da Arrifana sai na procissão um andor com um grupo escultórico moderno, representando a Rainha a impor as mãos nos olhos da criança.

Lihat lebih banyak...

Comentários

Copyright © 2017 DADOSPDF Inc.