Palavra em Promoção ou A Obra de Arte da Era da Desmaterialização Digital

August 27, 2017 | Autor: Herman Schmitz | Categoria: Graphic Design, Walter Benjamin, Baudelaire, Lingüística, Letras, Artes Visuais, Filosofia, Artes Visuais, Filosofia
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Descrição do Produto

ou A Obra de Arte na Era da Desmaterialização Digital

Filosofia, literatura, design, ciências, críticas e viagens

HERMAN SCHMITZ

60 * 60

4h 00m

Vampiro

Cyberspace

Fotossíntese

* 55 Blade Runner

20

Fotografia

Inner Visions

* 50 30 30 A Bela e a Fera

Vitória

Cyber

Instinto

70 Dark

Vitoriano

Dada

Vida

Breaks

Blog

Death

Video

Futurismo

80

* 35

Garage Áudio

Internacional * 30

10

* 25

Galáxias Search

Web

Bizarro

Feminismo

Definições Visceral

* 20 Itália

Bondage

Inferninho

7h 00m

Degeneração

320 Gender

Voyeur Bizarro

Sinestesia Autenticidade

Beleza

Anúncio

Aux Armes

Desenho

Dimensões

20

*5

Industrial Frankfurt

Binário

350

Autoria

Autor

30

French House

Despedaçado

20

10

Desvalorização

Moral

MP3 TCP-IP

Stress Vulgar

8h 00m -20 Aristotélico

Escritor

*0

Informação

Taxionomia Sub-partículas

Free

* -5 -30 Simbolismo

Aqui e Agora

* -10

0 * -15 Branco

* -20

Black Music

Além

Bad

Diretor

Sabor

Diferença

Diabo

Black

Suicídio

date : Mar. 12, 2006 AD, 3:06:36 pm LST : 2:02 avant-garde Alt : 20°00', Az : 90°09' Bactéria Subculture lat : 337°29' long : 51°13' W

Azul Catódico

10

Moralismo Western

Taxi

Autoridade

Fome Design

Antropologia

Fósseis

Simplifique

Barroco

Mudança

0

340

sex symbol Movies

Apropriação

Beaux Arts

* 10 -10

330

Desejo

Beat

Beauty

Mulatas

Fine Art

Mecânico

Gay

Mulher

30

Taboo

* 15

Visual

310

Birmingham

Aura

Acadêmico

Estilo

Iconografia

Filosofia

Tape

north

Internet

Fobia

Food

Animação

Gangster Decadência

França

Aumente!

Vício

Body

120

110

Subversivo

Fucking

Decorativo

Derivativo

130

40

6h 00m

Blood

Realismo Fantástico

Fifties

100

Fotomontagem

Atualidade Audição

* 40 Intelectuais 20

Vinil

Instrumentos Freudiano

Amazonas Américas

60 Blasfêmia

Fluxus

140

* 45

5h 00m

50

Aberrante

50 Fetish

Amarcord

Instalação

Dance

40

Fiction

Sul Surrealismo

HERMAN SCHMITZ

PALAVRA emou PROMOÇÃO A Obra de Arte na Era da Desmaterialização Digital

Filosofia, literatura, design, ciências, críticas e viagens Copyright ₢ 2010 by Herman Schmitz

CyberGround SUB-REPTICIAL MÍDIA

Para Áurea Palhano, que acompanhou por mais de dez anos a gestação desse livro.

INTRODUÇÃO

é o r v i l e t s e ara p o t i c i l o s um que b l o i á g o o l r e u p o c i m n u O ú onheçam que ele não é ósito e um fim. op r p m que rec u , o ç e com m u m e t e e qu

A intenção deste livro é promover a palavra acima de tudo. Inicio com uma abordagem dos eventos intelectuais que foram historicamente definitivos na compreensão da natureza do urbano. As grandes cidades geraram elementos inéditos no comportamento humano. O mundo rural e o das pequenas cidades impediam o anonimato, os únicos portadores desta identidade eram os viajantes estrangeiros. A mídia gera padrões de comportamentos. A maneira como são relacionados os produtos aos seus estratos sociais, os nichos de mercado que as agências de publicidade criam artificialmente baseadas no modelo da repetição intensa através do uso múltiplo em uma diversidade de canais, a abrangência e a riqueza destes moduladores comportamentais está na ordem proporcional à satisfação realizada. Eu como elemento relacionado a mídia, tanto a publicitária quanto a realizadora de produtos de arte, posso repensar as funções que são evidentes a cada peça determinante na cultura. Na minha cabeça rolaram pedras e montanhas, observei as mais diversas fontes de pensamento e de costumes, apreendi o sentido desses termos no confronto direto entre culturas onde cada qual tem a sua parcela de razão, sobrevivi a estes confrontos pela imparcialidade e por sempre procurar evidenciar a minha posição de espectador analítico e consciente. Deste patamar privilegiado que eu realizo este livro. Quero que outros entendam as novas linguagens e os novos meios de expressão por um exemplo palpável e auto-evidente. PALAVRA EM PROMOÇÃO é a visão de quem esteve muito tempo “fora de casa”…

Baudelaire foi o premonitório do moderno, do novo. Quando o poeta escorrega na lama da primeira avenida asfaltada e ninguém lhe acode, ali foi determinado o domínio público do artista. Ali na lama, o poeta não é mais divino, não é mais importante que um operário remexendo o piche, e esse trabalhador não tem nenhuma obrigação de recolher o poeta da sua lama, pois essa tarefa foge de sua ocupação. A aura do poeta afunda na lama. O poeta agora, destituído de sua aura imaginável, deve levantar-se, limpar suas roupas, olhar ao seu redor e assimilar esses novos valores.

A AURA DO POETA

C A I U

— Ei, o quê? Você aqui, meu caro? Você, num lugar desses! Você, o boêmio! Você, o artista, o intelectual! De verdade, há nisso qualquer coisa que me surpreende. — Meu caro, você conhece bem o pavor que eu tenho de cavalos e de veículos. Agora pouco, eu estava atravessando o boulevard e, ao pular a lama, nesse caos movimentado onde a morte avança a galope de todos os lados ao mesmo tempo, a minha auréola, num movimento brusco, caiu no lodo do macadame. Não tive coragem para a apanhar. Achei menos desagradável perder as minhas insígnias do que partir os ossos. E, depois, disse comigo mesmo: há males que vêm para o bem. Agora posso passear incógnito, fazer más ações, e entregar-me ao ócio como os simples mortais. E eis-me aqui, semelhante a você, como pode ver! — Você deveria ao menos fazer um anúncio da perda dessa auréola. — De jeito nenhum! Estou bem assim. Somente você me reconheceu. E tem mais: tanta dignidade me aborrecia. Também, penso com satisfação que algum outro poeta a irá encontrar e usá-la descaradamente. Fazer alguém feliz, que alegria! E, sobretudo, um feliz que me fará rir! Quem será? Ora, penso em X ou em Z! Heim! Como será divertido! Charles Baudelaire - Pequenos Poemas em Prosa

no asfalto

Walter Benjamin Baudelaire passa muito tempo reinvidicando a dignidade do poeta, mas não percebe que a sociedade não vê mais dignidade em nada.

A REPRODUTIBILIDADE criou a INDÚSTRIA DO BELO A reprodução só surge como autêntica quando se pensa na arte como um produto humano e imortal em oposição a temporalidade do artista. Toda reprodução se embasa na qualidade universal das artes. O que é humano deverá ser perpetuado, copiado e reproduzido ao esgotamento. Quando o próprio ser humano está prestes a ser copiado, reproduzido geneticamente, o que dizer da arte, das idéias… Quem criou, quem projetou, não é mais importante, está diluído na massa das pessoas que consomem. Hoje o termo criação talvez não seja mais o caso, é melhor pensar em termos de montagem e desmontagem, estamos desmontando o relógio das coisas, e esse mecanismo mostra-se surpreendentemente complexo para a criança demasiado curiosa.

Walter Benjamin em seu célebre ensaio chamado A Obra de Arte Na Era Da Reprodutibilidade Técnica define a aura como a única forma de existência de arte — de originalidade e de autenticidade. Qualquer reprodução esvazia o sentido da alma: separando o objeto do domínio da sua tradição e liquida o valor tradicional de toda herança cultural. O computador pessoal resgata essa essência no sentido de que a digitalização é uma desmaterialização da obra de arte.

A originalidade é o pré-requisito para a autenticidade.

Les

Num tempo muito diferente do nosso, e por homens cujo poder de ação sobre as coisas era insignificante comparado com o atual, foram instituidas as nossa Belas Artes e fixaram-se seus tipos e seus usos. Porém, a amplitude surpreendente do nosso tempo, a flexibilidade e a precisão que se alcança, as novas idéias e os novos costumes introduzidos, nos asseguram mudanças próximas e importantes na antiga indústria do belo.

Fleurs

Em todas as artes há uma parte física que não pode mais ser retratada como convinha, que já não pode substrair-se ao ataque do novo conhecimento e a essa força do moderno.

Nem a matéria, nem o espaço, nem o tempo são, desde os últimos anos, o que foram até então.

du

É preciso contar com novidades tão amplas que transformem toda a técnica das artes e modifiquem a sua concepção, chegando até mesmo a modificar de uma maneira maravilhosa a própria noção de arte.

PAUL VALÉRY, Pièces sur l'art (La conquête de l'ubiquité)

mal

PAUL LUTUS O computador pessoal surgiu de forma lógica, foi uma evolução natural e óbvia da eletrônica. Mas a idéia de transformar o computador pessoal em uma máquina de escrever sofisticada teve uma história singular e curiosa. Paul Lutus, conhecido também como o "ermitão do Oregon", começou a sua carreira como vagabundo, cantor folk e mochileiro. Foi trabalhar na Nasa e despedido em 1976, onde exercia a função de programador de computadores para dispositivos automatizados nos primeiros ônibus espaciais. Por algum motivo que desconheço, e se você quiser saber talvez ele te responda em ([email protected]), optou por morar em uma cabana de troncos, praticamente isolado da urbanidade em uma floresta do Oregon, vivendo com apenas 40 dólares ao mês. Isso para poder plantar os seus próprios legumes, escrever poesia e resolver jogos matemáticos.

Tudo sem eletricidade; somente com um velho motor a diesel. O anúncio do primeiro computador pessoal, em uma revista de eletrônica, chamou a sua atenção. Comprou somente pelo prazer em tê-lo. Mas, o computador em si não calcula e não joga, não interage, enfim, não faz nada. É somente uma ferramenta de oficina, uma chave inglesa encostada num canto da garagem. Um Apple II, um elemento virgem, em todas as suas potencialidades: um teclado para se comunicar, uma tela verde enfadonha com um pequeno travessão piscando intermitente, memória, capacidade de armazenar, de reproduzir, de calcular, de responder a qualquer questão devidamente codificada. Como acontece com toda mente aberta, a falta de programas instiga o programador, ao ponto dele escrever um programa para se poder escrever luminosamente, com a liberdade de ir e vir, sem digitações monstruosas e sem pausas inoportunas. E foi assim que se fez MAGIC WRITER, o ancestral de todos os words e writers da vida. Depois disso, tem viajado muito, o mundo todo, e neste mesmo reflexo, criou o conceito-atitude de CAREWARE, ou seja, o que você dá, você recebe.

Na minha opinião, a maior falha na educação americana, é que os estudantes não percebem a diferença entrecomo os símbolos e os objetos que lhe sãopela invenção da imprensa, Assim se reverencia Guttemberg atribuidos. devemos a Paul Lutus o primeiro processador de textos. Essa ferramenta Paul Lutus

maravilhosa que revolucionou a escrita, tanto quanto a passagem da iluminura para a prensa móvel.

Escreva com a luz Pontos brilhantes de conhecimento. Acredito numa palavra ancestral, uma palavra única que signifique em si mesma o já dito, uma palavra como essa, só pode ser escrita na areia de uma praia, ou num bastão de silício

O Extranho Caso do Livro que Desapareceu A escrita já foi um entalhe na rocha. Para os romanos: um risco na cera. Para os monges: um signo de iluminação na escuridão medieval. Por fim, surge a tinta e o papel. Hoje a escrita é luminosa: lumens, pixels, fósforos, cátodos e dígitos se entrelaçam nesse processo. A tela rasa, o cursor intermitente, o LED dos dispositivos que nos indicam o fim das tarefas, o armazenamento tranquilo, a informação guardada, gravada, registrada, de maneira conveniente à mão. Na era da imprensa, a posse de um livro representava-se por sua peça de papel, por

uma materialidade aparente em seu lugar na estante e no tempo. Com a Digitalização ocorre uma espécie de desmaterialização, e de certa maneira, também um retorno do objeto à sua forma original: a de conceito puro, de idéia! O transporte da obra não depende mais do esforço físico, de atravessar fronteiras e aduanas. Agora o elemento livro, desmaterializado no instante em que se escaneriza, é teletransportado a muitos mais leitores que o seu antecessor de papel. E se você está lendo isso, não há como negar…

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ã ç u d o r rep m e linguag

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a imagem retina da reprodução sem sentimento

A

d s I é

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Ah! As idéias são seres vivos… Villers d’isle-adam

Ah! As imagens também são seres vivos…

Toda grande idéia se estabelece por si mesma e nisso é dotada de uma vida eterna. Toda forma conceitual criada pelo homem é imortal; porque todo conceito é independente da matéria. Todos os escritores de ficção começam reconhecendo que a consciência cotidiana é trivial e limitada. As pessoas somente vêem o que está defronte seus olhos. O propósito do escritor é transmitir a sua própria visão de uma realidade mais ampla e, portanto, mais verdadeira. Até que ponto é exato descrever a arte como uma descida ao nosso próprio interior? Se estou lendo um livro de poesia, seria mais exato dizer que estou vagando pelo mundo dos poemas. Não estou explorando nenhum mundo exterior, apenas algo da mente do poeta. Este mundo das palavras e das idéias é uma espécie de terceiro mundo. O filósofo Karl Popper foi o primeiro a declarar que as idéias tem uma existência independente. Se uma catástrofe universal de alguma espécie destruísse nossas bibliotecas ou a memória humana, a espécie humana necessitaria de milhões de anos para alcançar o nosso nível cultural; entretanto, se o nosso conhecimento fosse preservado, poderiam consegui-lo em poucas gerações. O mundo que está oculto nos livros, tem uma existência própria, independente. Colin Wilson

Um meme é a unidade básica da evolução cultural. Um meme é a menor unidade de cultura. Memetics foi inventado por Richard Dawkins, e é uma teoria para se entender a distribuição dos padrões de informação (idéias). O palavra meme é um paralelo a gene, que é uma metáfora para a continuidade das idéias ao nível da preservação genética. Nesta metáfora, as idéias por serem consanguíneas aos vírus infectam os anfitriões em um estado simbiótico. wikipedia Declaro que esses tais memes precisam das pessoas para se reproduzirem.

A F L A A I G R E N E A a

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A C I BÉT

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DISTÂNCIA TEMPORAL O poder de uma mensagem supera a todos os seus mensageiros.

A escrita é uma estrada entre as épocas.

SOMENTE RELEMOS O QUE NOS FAZ

VIBRAR!

EXPERIÊNCIA PARA A TUA MENTE SEGUIR-ME SOLITÁRIA NESTE CORREDOR DE PALAVRAS Pronto! Agora vamos percorrer uma certa dimensão do

Quando você está lendo, você é um fantasma do escritor.

espaço pelo simples impulso das palavras: — SEMPRE a

O momento da leitura faz do leitor um escritor ao nível da imagem

linguagem foi MOVIMENTO. As mensagens há muito que vêm

lida, e em cada nova leitura, revivemos a tentação de sermos,

escoando pelas linhas que se arrastam em cada frase, e

desta forma, aquele que agora escreve. Cada idéia que nos faz sentido, nos transforma em um ser

continuarão carregando seus sentidos para o futuro, inexoravelmente. Cada frase arrasta a imaginação como se esta interligasse uma longa fibra, viva e nervosa, que se espalha por todo o corpo. As crianças tropeçam nas primeiras letras, depois caminham tropegamente nas frases e por fim corremos como atletas de palavras, gráficos e sinais. Bom, já estamos em contato, a cada fonema eu vou levando a tua mente neste passeio rumo à imprevisibilidade da palavra. Há uma direção invisível que lhe faz devorar estas linhas, cada vez mais inusitadas. Cada progresso seu, é um passo quase físico em direção a liberdade da palavra. Partilhamos agora o PRAZER de ler, pois o prazer da leitura é a alegria de escrever.

novo. Na repercussão de uma única imagem fonética há o despertar da criação na imaginação do leitor. Todo o entendimento se produz nesse fio tênue que nos encadeiam as frases. Aquele que escreve, escreve o que conhece,— mesmo que não tenha nenhum sentido —, e nesse momento transcende, pois dá nome ao que conhece, e quando se lê, temos a experiência secular dessas vozes encapsuladas no tempo. Preservamos o pensamento do mundo à cada nova palavra escrita. E lida…

As imagens são uma espécie de energia po r serem dota das de uma autonomia conceitual.

A imagem e a vaidade Como oposição à linguagem O significado visual implantando-se com a tecnologia da reprodução A r e p r od u ç ã o s ó s u r g e com o autêntica, quando se pensa na arte como um produto humano e imortal em oposição à temporalidade do artista. Toda reprodução se embasa na qualidade universal das artes. O que é humano deverá ser perpetuado, copiado e reproduzido ao esgotamento. Quando o próprio ser humano está prestes a ser c o p i a d o , r e p r o d u z i d o

geneticamente, o que dizer da arte, das idéias. Quem criou, quem projetou, não é mais importante, está diluído na massa das pessoas que a consomem. Criação talvez não seja o caso, é m e l hor pe n s a r e m m o n ta g e m , estamos desmontando o relógio das coisas, e esse mecanismo mostrou-se complexo demais para a criança curiosa.

Agora você pode reproduzir a si mesmo

Na mesma medida da supremacia da imagem, a linguagem torna-se mais e mais ininteligivel, e passa a sobreviver, em certas circunstâncias, como um mantra, como uma repetição salmodiada de um conteúdo obscuro, mas ainda assim importante.

A mídia eletrônica apresenta uma nova realidade, ela oferece interatividade, ela permite uma classe de escolha num universo

REPRODUZ

A repetição

REPETE A época REFLETE

Fa l a !!! Pa r a Q u e Eu L h e Po s s a V e r !?

A fala e a escrita são até hoje práticas mágicas, feitiçaria evocatória, pois no falar a alma se expressa e na escrita se exprime. O cão obedece o dono.

O meio não é a mensagem

O meio é uma ilusão os meios são linguagens

A multiplicidade dos meios artísticos atuais permite que uma obra possa ser realizada independentemente da sua forma final; ou seja: uma boa história pode servir tanto para a literatura quanto para o cinema ou o teatro; cada vez mais transpõe-se obras de uma forma à outra: do livro ao filme, da pintura à musica, do teatro à dança, e assim por diante. Nestes novos formatos, nem sempre se mantém a coerência necessária. Portanto, é importante localizar em cada manifestação artística o seu potencial de representatividade, os eventos que lhe são mais adequados, os temas que lhe são próprios e a abrangência natural de cada arte.

Prazer do consumo: eternizar um prazer. Todos os produtos de consumo anseiam por tornarem-se as nossas Obsessões Cotidianas. O Consumo é o mito do eterno retorno, — sempre aqui e agora, — no artigo que lhe faz súbito;

Esse eterno retorno faz parte da nossa constelação cotidiana coisa que não podemos mais evitar são tantos produtos, tantas novidades e tantos objetos Nos pedindo para serem eternos — enquanto durem…

Arte

A obra de ar te se reproduz cada vez mais com as novas invenções. O conceito de qualidade da obra de arte, na maioria dos segmentos artísticos, está vinculado à qualidade técnica de sua reprodução. Não basta um músico tocar bem, o seu produto deve estar dentro de determinados parâmetros técnicos mínimos exigidos pela indústria.

&

A tecnologia é um vetor de massificação da arte, pois ela retém o conteúdo estético dentro de suas limitações, ao mesmo tempo em que permite a duplicação até o esgotamento de seu interesse ainda que mantendo o formato original da obra. A informática se revelou como uma nova ferramenta para dominar a natureza.

Tecnologia

É a ferramenta mais avançada da história humana, enquanto a roda é uma extensão dos nossos pés e a alavanca extensão dos nossos

braços, a informática surge como uma extensão do nosso cérebro, que é o centro vital do ser humano até este momento. Não podemos pensar que esses programas todos tenham sido necessariamente criados para a arte ou para os artistas, seus usos se estendem a inúmeras aplicações práticas de meros pontos luminosos na tela do computador. Dessa maneira eles são mais do que ferramentas artísticas, são extensões para a criatividade e inventividade em qualquer área de interesse humano.

arte como ilustração da realidade Se eu comparasse a humanidade com uma mulher, não pensaria que sua juventude esgotou-se, ou que aproxima-se da velhice. Mas sim que o seu espírito muda sempre em sentido do melhor. Assim o ideal da poesia mudará. As tragédias, os sonetos, as elegias, deixarão de prevalecer. Sobreporá a frieza da máxima! (…) Graças a algumas luzes dispersas, desde alguns anos, olhando as revistas, os prospectos, que eu mesmo sou capaz de prever. Conde de Lautreamont O homem construiu um mundo tão artificial, que a arte necessariamente se torna artificial, o que o impede de apreciar o mundo real.

Arte

&

Massa

O poder da indústria cultural é definir padrões de ideologia, cultura, comportamento e reflexos subliminares.

No mundo da moda há uma contradição: quando compramos um produto validamos um já visto, uma experiência sentida ou desejada portanto a própria experiência individual torna-se parte de um padrão alegórico e essa repetição transformou-se no que vivemos na nossa época na nossa cultura. — Quem vê primeiro, vê o quê?

Todo comércio é infame porque ele faz da própria honestidade um lucro.

A moda persiste à custa da repetição

São tantos riscos, traços, marcas, hieróglifos… tão difíceis de decifrar São tantas coisas escritas para se entender…

Deuses criam-se pelo poder do verbo…

Tantos livros antigos e importantes para se ler… O Livro Tibetano dos Mortos, os Vedas, o Tao-Te-Ching, Aristóteles, Platão, a Retórica Romana… O Gênesis, o Novo Testamento, O Corão, o Talmude, e os poemas homéricos .... São tantas palavras… De Confúcio, Lao-Tsé, Zaratustra, Buda, Jesus, Shakespeare, Newton ou Joyce… São tantas confissões… De Agostinho, de Rouseau, De Quincey…

No começo era o verbo, e o verbo estava com deus E o verbo era deus Todos os mantras secretos que conhecem os ocultistas não são mais que sílabas algumas letras espalhadas…

São tantas Declarações, direitos e manifestos… Tratados, Leis, Exposições Intenções e Elocubrações… O Contrato Social, O Discurso do Método O Pilgrim's Progress de Bunyan... São tantas palavras… Tantas… Tanta palavras amigas ou indiferentes, Altas, nervosas, irritantes e frias gritando na madrugada São tantas Palavras repetidas, que ecoam, que recitam — poesias, salmos, mantras Palavras que suplicam, que pedem que se despedem; amargas choramingantes, abusivas, insinuantes insultantes São tantas palavras imorais palavras imortais, inesquecíveis simpáticas, suaves ou roucas Todas combinações intermináveis de novas combinações de palavras… Todas tão vivas e orgânicas como os germes e as algas…

Palavras isoladas Na linguagem da Iluminação

LAVRA A PA Ninguém haverá de pronunciá-la sem que essa pronúncia não a faça encarnar-se a si mesma

ÀQUELE QUE SABE A PALAVRA DÁ PODER

oS artistaS

DeveM retomaR parA si

o processO artísticO seM perdeR a transcendênciA as inquietações da SUA épocA

e a própriA artE

Sobre o Autor:

Natural de Curitiba-PR e reside em Londrina desde 1991. Herman Schmitz iniciou a sua carreira literária com poemas, esquetes de teatro e contos, há mais de 20 anos. Como dramaturgo, escreveu os seguintes textos, Avantpirada – Prelúdio Monetário para um Conserto Urbano (1982), Sinfonia Desconcertante (1983) e Gutemberg Blues (1983), montados pelo Grupo de Teatro 3,1416 e o texto ainda inédito Quando a Música está Alta. Publicou, através da Feira do Poeta, em Curitiba, o livro de poemas O Olho da Câmera, em 1984. Como publicitário, começou fazendo o marketing para a marca Waikiki no já extinto O Pasquim. Foi redator freelancer para a agência Mercúrio em Curitiba. Foi produtor executivo das emissoras de rádio Caiobá e Ouro Verde FM da mesma cidade. Em Londrina, lançou o livro de poemas Os Maracujás, desenvolveu o evento Segunda sem TV no Espaço Cultural Berimbau na Cidadania, ministrou a Oficina Literária Terça Eu Livro do projeto Um dedo de prosa poesia e outras artes. Atualmente trabalha como Design Gráfico e Suporte Técnico em Informática Desenvolve o trabalho de música e poesia com o grupo Radicais Livres, recentemente contemplado com a Bolsa Funarte de Circulação Literária, edição 2010, juntamente com o trabalho dos grupos Benditos Energúmenos e a banda Bonus Trash. Além disso, trabalha na produção, agenda, designer gráfico e promoção de eventos na Vila Cultural Cemitério de Automóveis.

Agradecimentos:

Este livro completa uma década de planejamento, discussões e elucubrações e já teve várias versões finais, das quais esta é versão ultra light, fechada especificamente para a internet. Obviamente, muitos amigos me ajudaram com conselhos úteis, com astral e com apoio, entre eles quero destacar o meu amigo Fernando Martinez por ter feito a direção de arte de inúmeras páginas, muitas das quais resistiram até aqui. Agradeço também ao pessoal do PROMIC, em especial a Solange e o Donizete; ao André Galvão, Luciano Bittencourt, Dentinho e Bernardo Pellegrini pelo apoio na época. Ao pessoal da Vila Cultural Cemitério de Automóveis, a Christine Vianna, Edra Morais, Cely Norder, Isabela Bortolloto, Heloisa, Ricardo Carioca, Cobra e Thatyana Mariah. Ao pessoal da Gráfica Aquarela, Douglas, Mauro e em especial ao Clovis Micheletti e a Jaqueline Heinzl. E finalmente aos brothers da casa como o Zé Ricardo, Lindamary, Gerson Palhano, Maria Angélica Abramo, Mumu, Jeca, Agenor Evangelista, Reinaldo Henrique (in memoriam), Julio Delalo, André Bartalo, Renato Alves, Edu Batistela, e a todos os que contribuíram de uma forma ou de outra. Valeu Pessoal!

DJs

* 60 Sociologia

Acredite!

30

Chip

Eiffel

Leitmotif

40

Arte

AIDS

* 55

Labels

Alternativo

Alucinação

* 50

Carro CDs Acido

Canon Cadeira Elétrica

20

Sixties

Mona Lisa

Drogas

30

Alma Mater

Social

Jazz

* 40

Alto Astral

Átomo

Jeans

230

* 35 Campainha Buraco Negro

Acadêmico

160

Casablanca

170

Além

200 * 30

190

Arte Degenerada

10 170

160

20

190

Sozinho

Excêntrico

Álbum

210

Psicologia

200

Ásia

Change Canibalismo

* 25

Alienígena Alien Além-túmulo

Alma

Assunção

10 Absoluto

* 20

Jupiter

Moderno

Atomismo

Action Panting

Links

Arte Moderna

Artificial

Quadrinhos

* 15

Ecletismo

Música Valor

Pulp

Proibido

Juke Box

Arte de consumo

0

Natal Solaris

Significado

Tango América

Música Pop Solar

Moda

-10

Cartografia

Profano

Latino

*5

Disco

-10

Filme

* 10

Natureza

Despedaçado Capitalismo

Capeta

south

Princípio do prazer

0

Printing

230

220 150

Japanese Bondage

Kitsch

Monster

Arquitetura

Quântico

Dor

Japão

* 45

Carbono

Sofrimento

Absurdo

Canabutter

Alice

Art Deco

Acidente Linguagem

Jetsons

Punk Eufemismo

*0

Economia

Jornal Nacional Afro beat

Carnaval Dinheiro

* -5

Preço Produção

Butantã

Music Halls

-20

-20

DNA

* -10

Dólar

Snob

Censura Chic Caro

Cadeado

Naked

Ação

Caricatura

Psycho

date : Mar. 12, 2006 AD, 3:06:36 pm LST : 2:02 Alt : 20°00', Az : 180°09' Show Dominação lat : 337°29' long : 51°13' W

s

HERMAN SCHMITZ

PALAVRA em PROMOÇÃO

Fim?

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