Paracoccidioidomicose em pacientes atendidos no Hospital Universitário Júlio Muller (HUJM), Cuiabá/MT: 2006 a 2011

July 22, 2017 | Autor: Hugo Hoffmann | Categoria: Medical Mycology, Paracoccidioides
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HOFFMANN-SANTOS, Hugo Dias1 | [email protected] SIMI, Walquirya Borges1 ANZAI, Mariana Caselli1 TAKAHARA, Doracilde Terumi1 DIAS, Luciana Basili1 TADANO, Tomoko2 HAHN, Rosane Christine3

1. Laboratório de Investigação/Micologia Médica - Faculdade de Medicina, UFMT 2. Hospital Universitário Júlio Muller – HUJM 3. Orientadora do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, UFMT

Figura 1. Frequência de pacientes acometidos por PCM em relação ao sexo A paracoccidioidomicose (PCM) é uma micose sistêmica cujo agente etiológico é o fungo termodimorfico Paracoccidioides brasiliensis que, em temperatura de 27◦C apresenta-se na forma miceliana e a 35◦C sua forma leveduriforme (REZENDE et al, 2011). A PCM interfere gravemente na qualidade de vida do paciente e é considerado um importante problema de saúde pública no Brasil (BRITO et al, 2011).

Este trabalho objetivou verificar o número de pacientes acometidos por paracoccidioidomicose no Hospital Universitário Júlio Muller – Cuiabá/MT (hospital considerado referência em Mato Grosso para atendimento em paracoccidioidomicose), através de levantamento retrospectivo, incluindo análise de dados laboratoriais referente ao período compreendido entre janeiro de 2006 a maio de 2011.

F 0%

M 100%

Figura 2. Frequência de pacientes acometidos por PCM em relação à faixa etária 49

Neste período, o laboratório de micologia médica do HUJM diagnosticou P. brasiliensis em 56 pacientes. Deste total, 100% pertenceram ao sexo masculino e 87,5% (n=49) estiveram inseridos na faixa etária entre 19 e 59 anos. Os materiais clínicos mais solicitados/examinados foram escarro (n=16; 28,6%) e raspado de mucosa oral (n=16; 28,6%), seguido de aspirado ganglionar (n=12; 21,4%). Com distribuição heterogênea em países da América latina (Colômbia e Venezuela), o Brasil destaca-se por possuir regiões continentais sendo consideradas como áreas endêmicas, como é o caso de Mato Grosso (FRANÇA et al, 2008). Talvez a alta prevalência de paracoccidioidomicose neste estado, mesmo considerando casos subnotificados, possam ser explicados pelas grandes extensões de florestas e cerrados de transição que são desmatados para alimentar a indústria do agronegócio, fator este que pode contribuir para disseminação de propágulos fúngicos deste fungo. Todos os pacientes dos quais foram isolados o agente etiológico apresentaram manifestações clínicas da doença. A paracoccidioidomicose é considerada uma doença de saúde pública e apresenta grande relevância para o estado de Mato Grosso. Entretanto, não é possível estimar o número exato de casos no estado devido à ausência de notificação compulsória da doença. Mais recentemente, através de estudos sorológicos publicados por nosso grupo, sabe-se que as cepas isoladas em Mato Grosso apresentam um perfil antigênico distinto de outras cepas brasileiras. Por este motivo, esforços têm sido envidados no intuito de estabelecer um programa na Secretaria Estadual de Saúde objetivando a obrigatoriedade da notificação compulsória para que seja possível o conhecimento da prevalência real desta infecção fúngica em Mato Grosso.

1

0

1

00 a 05

06 a 11

12 a 18

5

19 a 59

≥ 60

Figura 3. Frequência de pacientes acometidos por PCM em relação ao material clínico 16

16

12

7 4

BRITO, WA et al. Identification, characterization and regulation studies of the aconitase of Paracoccidioides brasilisensis. Fungal Biology, v. 115, p. 697-707, 2011. FRANÇA, DCC et al. Paracoccidioidomicose: relato de caso. Rev. Inpeo de Odontologia. v. 2, n. 2, p. 36-40, agodez, 2008.

1

REZENDE, TC et al. A quantitative view of the morphological phases of Paracoccidioides brasiliensis using proteomics. J. Proteomics, 3 set. 2011 [in press].

Aspirado Ganglionar

Biopsia

Escarro

LBA

Fragmento de pele

Raspado de Mucosa Oral

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