Participatório: O observatório participativo da juventude - parte IV

Share Embed


Descrição do Produto

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA-GERAL

PROJETO: Participatório: O observatório participativo da juventude Consultoria UNESCO – Produtos Previstos

Produto 04 Documento técnico contendo recomendações de tecnologias ao ambiente virtual das estações de juventude, proposição de integração e utilização do Participatório para participação dos interagentes nos eixos definidos para o projeto Estação Juventude, bem como formas de integração dos sistemas e metodologias das Estações no ambiente do Participatório

Brasília, fevereiro de 2012 Este documento pretende atender aos objetivos do contrato SA-60/2012, de referência BOC: 914BRZ3044 – AGENDA JUVENTUDE BRASIL, que visa suprir as necessidades do projeto “Participatório: O observatório participativo da juventude“ relacionados à tecnologias 2.0 de comunicação e interação diante às possibilidades de utilização da internet como rede de formulação de políticas públicas, acompanhamento e troca de informações entre interagentes interessados nos temas da Secretaria. Desse modo, a consultora abaixo subscrita vem, por meio deste, apresentar o primeiro produto da consultoria técnica contendo: “Documento técnico contendo recomendações de tecnologias ao ambiente virtual das estações de juventude, proposição de integração e utilização do Participatório para participação dos interagentes nos eixos definidos para o projeto Estação Juventude, bem como formas de integração dos sistemas e metodologias das Estações no ambiente do Participatório”. Preferencialmente focado no público alvo de gestores de juventude, pesquisadores da temática e jovens. No presente relatório as sessões estão divididas por tópicos, apresentando-se em quatro partes cada um: recomendações técnicas para a integração do Participatório ao Estações PARTE 1: sistemas e softwares; Recomendações PARTE 2: metodologias de participação. Os eventuais anexos seguem em arquivos .pdf em separado e estarão referenciados em imagens menores. O arquivo digital deste se encontrará em pasta a determinar na Secretaria responsável.

Na certeza de poder colaborar, sistematicamente, para o cumprimento das ações propostas, coloco-me a disposição para quaisquer esclarecimentos.

Atenciosamente,

__________________________ Yasodara Maria Damo Córdova Consultora técnica UNESCO

PARTE 1: TECNOLOGIAS AO AMBIENTE VIRTUAL DAS ESTAÇÕES DE JUVENTUDE, PROPOSIÇÃO DE INTEGRAÇÃO E UTILIZAÇÃO DO PARTICIPATÓRIO PARA PARTICIPAÇÃO DOS INTERAGENTES NOS EIXOS DEFINIDOS PARA O PROJETO ESTAÇÃO JUVENTUDE

Recomendações de tecnologias ao ambiente virtual das estações de juventude. “As estações vão garantir o acesso a serviços, políticas e programas locais. A ideia é que possam funcionar em uma casa, uma sala ou um centro. Vamos incentivar, ainda, a criação de estações móveis, que podem ser uma alternativa para áreas rurais” Severine Macedo, Secretária Nacional de Juventude “Se você não sabe pra quê serve o software que você está usando, então você está sendo usado por ele” Douglas Rushkoff, programador de computadores O programa Estações Juventude é uma resposta à necessidade da juventude brasileira de participar de forma ativa da formulação de políticas públicas no país. O programa pretende distribuir até 2015 até trezentas estações, com a possibilidade de entregar também estações móveis que possam atender os setores rurais. Assim, os computadores são a ponta de um sistema que pretende conectar e oferecer aos jovens a oportunidade de se inserirem no contexto da comunicação 2.0. A interação entre o ser humano e a internet tem por intermediárias as máquinas. Celulares, desktops ou notebooks, os computadores são a porta de entrada da rede, que é a sede das informações a que se quer dar acesso no programa. Todo computador precisa de um Sistema Operacional, que é um conjunto de programas que inicializa a parte física (hardware) e apresenta a interface para que o computador seja controlado por quem o utiliza de modo mais amigável. Existem vários tipos de sistema operacional e sua principal função é facilitar a vida do usuário controlando rotinas corriqueiras e executando tarefas comandadas pelo usuário. A escolha do sistema operacional para as máquinas que serão entregues nas estações pode definir como se dará a cultura de uso das máquinas, estabelecendo padrões de relacionamento baseados na

interface1 que vão determinar elementos importantes sobre a inclusão do indivíduo no ciberespaço. As estações que serão entregues também vão promover a inclusão digital das pessoas que se relacionarão com as máquinas. Desse modo a participação desde a construção da platforma onde atuarão pode funcionar como uma ferramenta poderosa de inserção no ciberespaço e também como ferramenta de inclusão econômica, vide produto 1 desta consultora: “Jovens que se envolvem em comunidades de código tem em comum a paixão por desenvolver softwares. A atividade preenche várias necessidades psicológicas dos jovens, tais como a busca por desafios e a necessidade de investigar (curiosidade). No final das contas, acaba se tornando uma atividade de responsabilidades, podendo ser até remunerada. O retorno social também é grande, uma vez que os jovens fazem amigos durante o processo e podem se tornar bastante conhecidos nos ambientes onde participam virtualmente. Todo código de software pode ser melhorado ou construído com base no próprio código. Isso significa que o que está escrito em um determinado código é também um guia para que outros desenvolvedores. Esse “metaaprendizado” só é possível porque se baseia no compartilhamento de conhecimento. Existe uma quantidade infinita de tutoriais, guias e textos onde os desenvolvedores ajudam-se uns aos outros com o objetivo de melhorar os softwares desenvolvidos e esclarecer dúvidas de forma a superá-las para que outros desafios possam ser destrinchados.” Desse modo, recomenda-se como ambiente ideal de interação primária com a máquina, no caso o Sistema Operacional, a instalação do Sistema Debian, que é o nome de um sistema operacional não comercial livre amplamente utilizado. Também chamado de Debian GNU/Linux, é especialmente conhecido pelo seu sistema de gestão de pacotes, o APT que permite: atualizações relativamente fáceis a partir de versões realmente antigas; instalações quase sem esforço de novos pacotes e remoções limpas dos pacotes antigos. O Debian vem com mais de 29000 programas diferentes2. Todos livres e gratuitos. Além disso este sistema operacional tem suporte da comunidade na rede, que responde de modo não linear os problemas levantados pelos usuários, sendo mais eficaz na resposta e suporte do que aqueles dos sistemas operacionais proprietários. A utilização do sistema Debian nas máquinas do Estações Juventude vem a contemplar os objetivos de integração com o Participatório, que pode oferecer conexões via plugin com o sistema operacional, o que pode possibilitar a publicação de arquivos direto do desktop, por exemplo, ou mesmo o desenvolvimento de aplicações para o Estações a partir do Participatório que possam conectar os conteúdos ao status do usuário no sistema.

1 LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999. 2 http://www.debian.org/distrib/packages

PARTE 2: FORMAS DE INTEGRAÇÃO DOS SISTEMAS E METODOLOGIAS DAS ESTAÇÕES NO AMBIENTE DO PARTICIPATÓRIO

As tecnologias de integração do Participatório prevêm, segundo seu projeto original (disponível na Secretaria Geral), os seguintes itens:



uma API (“Application Programing Interface”) para acesso ao conteúdo público do site como características dos perfis, publicações por temas, metadados etc. O conteúdo deverá ser exportado em formatos abertos como XML, ATOM ou JSON;



uma API para desenvolvimento de plugins. É desejável que grande parte das funcionalidades do site também seja desenvolvida dessa forma;



As funcionalidades da plataforma devem ser desenvolvidas através de plugins de forma que a comunidade de desenvolvedores nascente possa aprimorá-los ou construir novas opções que poderão, a qualquer momento, ser assimiladas pelo ambiente. O programa Estações tem como objetivo o acesso a serviços, políticas e programas locais

através de relatórios de gestão, conteúdos e outras ações de mobilização promovidas. Tendo essas características em vista, recomenda-se a separação do ambiente para gestores do Estações do ambiente para o acesso a serviços. Sugere-se a utilização do Participatório como repositório de conteúdos do Estações no âmbito de serviços e políticas, com a preservação das características que serão aproveitadas pelos gestores. Abaixo, gráfico que exemplifica essa interação.

Blogs, veículos

Estações Participatório API

Interagentes

Estações

Recomenda-se que também sejam preservadas as capacidades de gerenciamento de interação do Programa Estações com a possibilidade de limitar a resposta dentro do ambiente do Participatório, de modo a permitir que os conteúdos inseridos na plataforma tenham o nível adequado de interação, de modo a não prejudicar o programa Estações em sua presença na rede.

Lihat lebih banyak...

Comentários

Copyright © 2017 DADOSPDF Inc.