Percepção sintética e industrialização do não-olhar em Harun Farocki (draft)

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O facto de Harun Farocki se dedicar igualmente a teorizar sobre a imagem no contexto da cultura visual e da ecologia dos media nas sociedades contemporâneas, faz do seu processo criativo uma espécie de metacinema (Elsaesser, 2008: 37), onde os métodos de produção e a inclusão de novas categorias de imagem são questionados em termos do que pode ser considerado um cinema-ensaio, regrado por uma montagem dialéctica que o cineasta designou como Verbund (composto). Harun Farocki não foi somente realizador, artista, teórico dos media, filósofo da imagem, mas também escritor e professor.  A apresentação da sua obra não se confinou apenas ao espaço das salas de cinema, espaço cada vez mais exíguo num contexto de mercado dominado por salas de exibição comercial. A sua primeira instalação em galerias de arte e museus data de 1995, com o projecto Schnittstelle  comissariado pelo Lille Museum of Modern Art, onde examina a questão de saber o que significa trabalhar com imagens já existentes em vez de produzir as suas próprias novas imagens1. Posteriormente, já no ano 2000, desenvolveu três instalações multi-canal: Eye / Machine, Music-Video e I Thought I was seeing Convicts.
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