Periodização da História da América Portuguesa (1500-1822). Síntese dos conteúdos principais trabalhados na disciplina História do brasil I. UFU, 2005-2009.

August 5, 2017 | Autor: Guilherme Luz | Categoria: Colonial Brazil, América Portuguesa
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Periodização da História da América Portuguesa (1500-1822) ... – 1500: fase pré-cabraliana. . História dos povos indígenas dos troncos lingüísticos macro-jê e tupi-guarani, principalmente, de suas redes migratórias e de sua cultura material; . História de supostas “civilizações perdidas” da “Antigüidade” do continente sul-americano; . Estudos marcados por tradições científicas arqueológicas, bioetnográficas e lingüísticas; . História dos supostos contatos da América com povos de outros continentes anteriores ao descobrimento português: Fenícios, Vikings e Chineses. . O que se faz aqui, no caso, não é História da América Portuguesa, mas de povos que habitavam o território daquilo que viria a ser a América portuguesa e, posteriormente, o Brasil; . História da expansão marítima portuguesa nos séculos XIV e XV e das disputas marítimas com a Espanha. 1500 – 1530: fase de reconhecimento e posse do território. . História do achamento, da guarda e do reconhecimento das novas terras e mares descobertos na costa sul-americana pelos portugueses; . História do tráfico de pau-brasil e das primeiras relações entre portugueses, franceses e índios; . História da incorporação do Brasil na “Carreira da Índia”. 1530 – 1549: fase de definição do modelo de colonização do Brasil. . Contexto de crise do comércio asiático e da recuperação das rotas mediterrâneas; . Estudo a respeito das experiências de modelos de administração régia e de administração particular do Brasil; . História da introdução das culturas de gado e de cana-de-açúcar no Brasil; . História da definição do sistema das Capitanias Hereditárias e da instalação do Governo Geral; . História da instalação da Igreja no Brasil e do início das atividades missionárias evangelizadoras entre os povos indígenas. 1549 – 1580: fase de “desenvolvimento” da sociedade açucareira. . Estabelecimento e desenvolvimento do sistema administrativo do Governo Geral e suas variantes; . Resistência indígena à presença portuguesa: Capitanias atacadas (inviabilizadas) e Confederação dos Tamoios; . Desenvolvimento da sociedade açucareira e introdução da mão-de-obra escrava africana nas Capitanias do Nordeste especialmente (Bahia e Pernambuco); . História das primeiras experiências missionárias jesuíticas junto aos índios e o estabelecimento do plano dos “aldeamentos”; . Expulsão dos franceses da Bahia de Guanabara e endurecimento do combate ao contrabando; . Consolidação do modelo de exploração colonial com base na monocultura do açúcar.

1580 – 1640: fase da União Ibérica. . Apogeu da sociedade açucareira; . Franceses no Norte e Holandeses no Nordeste; . Reestruturação Administrativa; . Intensificação do tráfico de africanos para o Brasil; . Criação do Estado do Grão Pará: colonização da Amazônia, questão indígena e as drogas do sertão; . Visitações do Santo Ofício: heresias, criptojudaísmo e feitiçarias; . Início das rebeliões escravas e da formação de Quilombos. 1640 – 1690: fase da Restauração Brigantina e de crise da economia açucareira. . Guerras de expulsão dos Holandeses; . Crise econômica e política do Império Português no Oriente, no Reino e na América; . Perda do monopólio do açúcar; . Revigoração do papel do Brasil na Carreira da Índia; . Constituição de um eixo direto de comunicação inter-colonial, Brasil-Angola, no “atlântico sul-escravista”; . Renegociações do pacto colonial e das redes de poder local; . Criação do Conselho Ultramarino; . Conflitos entre Colonos e Jesuítas no Maranhão e Grão Pará; . Enfrentamento de rebeliões escravas e indígenas em diversos pontos da colônia; . Endividamento português com a Inglaterra; . Busca por alternativas econômicas viáveis na colônia: incentivo e revitalização das procuras por metais preciosos. 1690 – 1725: fase de transição do eixo da economia colonial para as Capitanias do centro-sul. . Descobrimento das minas de ouro, crise demográfica e de abastecimento, fluxo migratório e reordenação da administração colonial; . Crises de autoridades locais e choque com o poder metropolitano: Mascates, Emboabas, Revolta de Vila Rica... . “Racionalização” da exploração mineradora nos quadros do mercantilismo; . Interiorização da colônia e a interligação de suas regiões; . Constituição da sociedade mineradora. 1725 – 1777: fase de consolidação da transição do eixo econômico e políticoadministrativo para o centro-sul da colônia. . Apogeu da economia mineradora e a exploração de diamantes; . Centralização administrativa progressiva da região mineradora; . Urbanização da região mineradora; . Transferência da sede administrativa da colônia de Salvador para o Rio de Janeiro; . Desenvolvimento da agricultura e da pecuária no centro-sul e no sul da colônia; . Expansão territorial nas fronteiras do norte, do oeste e do sul da colônia: região amazônica e colônia do sacramento – Tratado de Madri; . As reformas pombalinas e a perseguição dos jesuítas; . Guerras guaraníticas; . Formação de uma elite letrada ilustrada na colônia: a elite coimbrã.

1777 – 1822: fase da “crise do Antigo Sistema Colonial”. . Expansão de idéias sedicionistas na colônia e os movimentos da Bahia, Minas e Pernambuco; . A contradição do sistema de monopólios na época que se sucedeu à Revolução Industrial; . Difusão de idéias iluministas e de notícias sobre os processos revolucionários e independentistas nos EUA, na França e na América Espanhola; . A crise da Europa Napoleônica e a transferência da corte portuguesa para o Rio de Janeiro; . A “interiorização” da metrópole e a consolidação do poderio político do centrosul; . As reformas urbanas do Rio de Janeiro, as novas práticas econômicas e sociais da corte do Rio de Janeiro e o desenvolvimento das ciências, das letras e das artes; . A manutenção da corte no Rio de Janeiro pós 1815 e a crise política do Absolutismo português; . A abertura dos portos e as expedições científicas estrangeiras.

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