Portugal Futurista [DESIGN PORTUGUÊS]

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Descrição do Produto

1900/1919 . MARIA HELENA SOUTO . 1

DESIGN PORTUGUÊS

Design Português Copyright © 2015 Verso da História e autores Reservados todos os direitos para esta edição

Agradecimentos Ana Isabel Ornellas Ana Lopes Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian Bordallo Pinheiro Casa-Museu Leal da Câmara Elsa Rebelo Família de Alfredo Roque Gameiro Grupo Visabeira Inês Nepomuceno

Coordenação José Bártolo Textos Maria Helena Souto; Joana Santos; José Bártolo; Luís Ferreira; Rúben Dias D tipográfico da capa Hugo D’Alte Direcção de arte Rute Carvalho Assistente de arte Margarida Antunes Pesquisa e selecção de imagens José Bártolo Revisão Mariana Guimarães

João Mota (Um Porto Gráfico) João Alpuim Botelho Maria João Barros Museu Bordalo Pinheiro

Pré-impressão ESAD IDEA Investigação em Design e Arte Impressão e acabamento Lidergraf – Artes Gráficas, SA Fonte Mafra [DSType] · Flama [Mário Feliciano] Papel CLK Kraft 240 gr. · Cyclus offset 115 gr.

Museu da Cidade de Aveiro Nuno Coelho Pedro Braga Sérgio Afonso

ISBN [Verso da História] 978-989-8657-94-7 ISBN [ESAD] 978-989-99060-2-0 Depósito Legal 389011/15 Verso da História – Edição e Conteúdos, SA Rua 10 de Junho, 54N, 4485-010 Vila do Conde, Portugal Tel. + 351 229 967 567 · Linha de apoio 800 180 022 [email protected] www. versodahistoria.pt ESAD - Escola Superior de Artes e Design Avenida Calouste Gulbenkian 4460-268 Senhora da Hora, Matosinhos, Portugal www.esad.pt Chancela Ano do Design Português http://designportugues.pt/

APOIO

Portugal Futurista

A Portugal Futurista foi um projecto de Santa-Rita Pintor ("1889-1918"), que tinha colaborado activamente na Orpheu 2 e trazia de Paris a vontade de publicação dos manifestos dos futuristas italianos e lançamento do futurismo em Portugal. A revista foi publicada em Lisboa em Novembro de 1917, tendo saído um número único que foi apreendido pela polícia por ordem do poder político. Uma publicação que surgiu após o escândalo que ainda ecoava da “Primeira Conferência Futurista” de José de Almada-Negreiros, realizada sete meses antes no Teatro da República em Lisboa. Nela colaboraram alguns dos mais importantes nomes da “geração de Orpheu”, somando-se transcrições de textos de Guillaume Apollinaire, Blaise Cendrars, Valentine de Saint-Point e Filippo Marinetti, e ainda uma síntese de alguns manifestos dos futuristas italianos. Entre os textos nacionais, destaca-se a publicação de alguns importantes manifestos da vanguarda nacional, evidenciando uma intenção de esclarecimento programático do futurismo em Portugal. Ainda que a sua circulação tenha sido impedida na saída da oficina tipográfica – possivelmente devido à agressividade dos textos –, esta revista é considerada como o auge da expressão literária, plástica e gráfica, no sentido teórico e prático, do futurismo em Portugal. O discurso gráfico apresentado na revista, produzida com recursos modestos, procurou uma aproximação às formas de expressão ideológica e estética do futurismo. Contudo, no seu grafismo apenas foi aplicado um pequeno conjunto de opções tipográficas alinhadas com os princípios futuristas. O recurso à tipografia de chumbo impunha mais restrições que liberdades e dificilmente se produziram rupturas na composição ortogonal. Nesse contexto, o afastamento à abordagem tipográfica tradicional apenas se nota nos textos de Almada-Negreiros, Saltimbancos e Mima-Fatáxa, verificando-se nestes uma aproximação às explorações tipográficas definidas por Marinetti em Rivoluzione tipográfica ("1913"). Textos onde a intenção de “provocar de sensações” foi atingida literária e visualmente por uma ruptura formal com a “velha sintaxe”, surgindo como uma manifestação mais acabada da inovadora expressão poética e das concepções visuais-gráficas futuristas. Textos que apresentaram vestígios de uma ruptura gráfica-tipográfica que, sem embargo, quase se diluíam na totalidade do corpo da revista e se restringiram à individualidade daquele artista. Indícios de uma forma de expressar adequada ao processo de percepção dinâmica da verdadeira sensibilidade futurista, definida por Marinetti, e característica da experiência moderna.

!1917"

Luís Ferreira

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