PROBABILIDADE DO PRIMEIRO EMPREGO NOS SETORES ECONÔMICOS: UMA ANÁLISE NO ESTADO DE SANTA CATARINA

July 15, 2017 | Autor: Magno Gomes | Categoria: Probability, Santa Catarina, Multinomial logit models, Getting Your First Job
Share Embed


Descrição do Produto

PROBABILIDADE DO PRIMEIRO EMPREGO NOS SETORES ECONÔMICOS: UMA ANÁLISE NO ESTADO DE SANTA CATARINA Magno Rogério Gomes Universidade Estadual de Londrina – UEL [email protected] Solange de Cassia Inforzato de Souza Universidade Estadual de Londrina – UEL [email protected] Katy Maia Universidade Estadual de Londrina – UEL [email protected] Aricieri Devidé Júnior Universidade Estadual de Londrina – UEL [email protected]

Resumo Este estudo tem por objetivo analisar a probabilidade do primeiro emprego, dadas as características dos trabalhadores, nos diferentes setores econômicos no estado de Santa Catarina em 2012. Para isso, utilizam-se os microdados da RAIS - Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do trabalho e o modelo logit multinomial. Os resultados mostram que os homens, em geral, ingressaram mais nos empregos dos setores da Indústria e da Agropecuária, já as mulheres ingressaram mais nos setores de Comércio e de Serviços. Este fato também foi observado entre os indivíduos que buscavam o seu primeiro emprego, ou seja, sem experiência profissional, com idades entre 18 a 24 anos, e com ensino médio. No entanto, para os indivíduos com nível superior, o setor de Serviços foi aquele que apresentou maior ingresso em suas vagas, para ambos os sexos. Verificou-se que com o aumento da escolaridade reduziram-se as diferenças de absorção ocupacional entre homens e mulheres nos setores da economia catarinense.

Palavras-chave: Primeiro Emprego. Setores econômicos. Santa Catarina.

Introdução A inserção dos brasileiros no mercado de trabalho, especialmente dos jovens, tem sido tema de estudos, seja pela utilização de seu potencial produtivo ou pela sua relevância como fator inibidor de práticas ilícitas diante das vulnerabilidades a que estão expostos na sociedade brasileira. A prática do trabalho tem papel central tanto na inserção social de cada indivíduo e na formação de sua identidade quanto na instituição e na sustentação da sociedade. A Declaração Universal dos Direitos Humanos documenta que toda pessoa tem direito ao trabalho, em condições favoráveis, a igual e justa remuneração por igual trabalho e à proteção contra o desemprego, sustenta Carvalho (2004). No entanto, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2012, IBGE (2013), a taxa de desemprego enfrentada pelos jovens de 15 a 17 anos de idade foi de 21% e para o jovem de 18 a 24 anos foi de 13,2%, sendo a média brasileira para todas as idades 6,1%. Outras pesquisas mostram que muitos jovens não estão trabalhando ou procurando emprego, nem estudando no Brasil. Os resultados da PNAD apontam que o total de jovens entre 15 e 29 anos pertencentes à classe dos “nem-nem” é de 9,6 milhões de indivíduos, o que corresponde a 19,6% da população brasileira dessa faixa etária, sendo na maioria mulheres 70,3% (IBGE, 2013). No estado de Santa Catarina, dos mais de 1,6 milhão da faixa etária de 15 a 29 anos, 9,8% não estavam no mercado de trabalho e não estudavam, de acordo com os dados do censo 2010, segundo Remy e Vaz (2014). A situação do “não trabalho” na juventude pode estar relacionada à decisão de oferta de trabalho, mas também à demanda de trabalho. A literatura empírica tem evidenciado que a escolha do trabalhador por parte do empregador leva em conta os fatores produtivos como a escolaridade, o treinamento, a experiência, como determinantes ou sinalizadores da produtividade de cada candidato ao emprego. Os perfis não produtivos também podem interferir, indicando possíveis discriminações de gênero e cor. De acordo com a teoria do capital humano, a produtividade e os rendimentos de um trabalhador aumentam em função da elevação da escolaridade e de suas habilidades adquiridas com a experiência BECKER (1962). Por outro lado, para Cacciamali (1978), do ponto de vista da teoria da segmentação do mercado de trabalho, cada tipo de emprego tem diferentes critérios de recrutamento e são preenchidos por diferentes grupos de trabalhadores

que constituem a força de trabalho. Segundo Doeringer e Piore apud Lima (1980), expoentes da teoria da segmentação, são as características pessoais dos indivíduos como escolaridade, cor, gênero, experiência que determinam o tipo de mercado em que eles serão inseridos. De acordo com Remy e Vaz (2014), além disso, outros fatores associados ao ciclo de vida e a origem socioeconômica do jovem são fundamentais, pois jovens de famílias mais pobres são propensos a procurar um trabalho e abandonar os estudos. No lado da demanda, segundo Casari (2012), os setores do mercado de trabalho podem atribuir demandas mais ou menos estáveis, e diferentes níveis tecnológicos exigem qualificações e habilidades mais gerais ou mais especificas dos indivíduos. Diante de tal complexidade, o objetivo desse artigo é verificar as características que contribuem estatisticamente e significativamente para que uma pessoa jovem em busca do primeiro emprego consiga ingressar em um emprego formal em um determinado setor econômico, no estado de Santa Catarina. Para isso, utilizam-se os microdados da RAIS Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do trabalho de 2012 – e o modelo logit multinomial para análise das informações. O trabalho está dividido em cinco seções, além desta introdução. Na segunda seção revisa-se a literatura sobre o assunto e na terceira apresenta-se a metodologia e base de dados. Na quarta seção descrevem-se as características dos primeiros empregos gerados no estado e discutem-se os resultados do modelo econométrico. Ao final, as conclusões são sumarizadas. 2 Demanda de Mão de Obra e Determinantes de Uma Contratação: Teoria e Evidências No estudo da demanda por mão de obra, segundo a teoria neoclássica, como o capital e a tecnologia de produção são fixos no curto prazo, uma decisão sobre o nível de emprego implica uma decisão sobre o nível de produção. Inversamente, uma decisão sobre a produção implica certo nível de emprego. Assim a demanda por mão de obra é derivada da função produção das empresas Y = A f(K, N), onde (A) representa o fator tecnológico, (K) o capital/máquinas e equipamentos e (N) mão de obra. Campos (1991) escreve que a análise neoclássica relaciona o salário ao montante de mão de obra que as empresas necessitam. Essa demanda é negativamente inclinada pelo fato de derivar da função de produção e, assim, quando o único fator de produção variável é a mão de obra, a demanda dos empregadores depende do valor dos salários e de sua produtividade.

Segundo Borjas (2012) os trabalhadores divergem em suas características produtivas e não produtivas e os demandantes avaliam tais aspectos. Os trabalhadores são muito heterogêneos, pois alguns deles têm graus universitários, enquanto outros não terminaram o ensino médio; alguns tem muita experiência no mercado de trabalho, e outro são novatos. Em resumo, alguns trabalhadores provavelmente farão uma contribuição muito maior para a produção da empresa do que outros (BORJAS,2012, p. 97).

No que se refere à teoria da segmentação do mercado de trabalho, para Doeringer e Piore apud Lima (1980), são as características pessoais dos indivíduos que determinam o tipo de mercado em que eles serão inseridos. Empregos com características distintas são associados a diferentes pessoas. Características de indivíduos, como raça, sexo, background social, anos de escolarização, experiência no emprego, experiência na firma, etc., irão determinar na sua gama de oportunidade de trabalho. Sua alocação em um emprego, por sua vez, irá condicionar a evolução futura de suas características pessoais (LIMA, 2010, p.237).

Outro enfoque apresentado por Lima (1980) são os estudos de Barry Bluestone, de Bennet Harrison, e de Tomas Vietorisz e, neste sentido, a preocupação repousa sobre o comportamento da estrutura industrial, dando mais ênfase nas características dos postos de trabalho, das firmas e a interação entre os agentes. De acordo com Vietorisz e Harrison (1973) a segmentação surge pelas diferenças tecnológicas entre as atividades econômicas. Assim, os autores segmentam o mercado de trabalho entre atividades econômicas que investem em tecnologia e qualificação de mão de obra e atividades intensivas em mão de obra de baixa qualificação. A teoria dos mercados duais ou segmentados divide o mercado de trabalho em: mercado primário e secundário. O primário é caracterizado por grandes empresas oligopolistas, empregos estáveis, alta produtividade, intensivo em tecnologia, altos salários, em geral há planos de carreiras, investimentos em treinamento, trabalhadores sindicalizados e apresenta baixa rotatividade neste mercado. O mercado secundário é definido por pequenas empresas competitivas com baixos lucros, baixos salários, baixa produtividade, intensivo em mão de obra, alta rotatividade, estagnação tecnológica, má condições de trabalho, não existe plano de carreira, não há investimento em treinamentos, trabalhadores não sindicalizados etc. Empiricamente, vários estudos mostram as características produtivas e não produtivas que os empregadores levam em consideração na ocasião de uma contratação, pois Cada tipo de emprego caracteriza-se por diferentes critérios de recrutamento, seleção, treinamento e promoção de mão de obra, bem como apresenta diversas formas de supervisão, condições de trabalho e níveis salariais. São por outro lado, preenchidos por diferentes grupos de trabalhadores que constituem a força de trabalho. (CACCIAMALI, p.59, 1978)

Foster e Rosenzweig (1996) apud Casari (2012) estudaram a segmentação ocupacional

na agricultura das Filipinas para os anos de 1984-85 utilizando dados em painel. Segundo os autores, das características observadas dos trabalhadores provêm informações sobre sua produtividade quando não há informação completa para os empregadores. Kon (2004, 2011) destaca que as características do trabalhador como escolaridade, experiência, idade, gênero, raça, entre outras determinam a alocação dos indivíduos nos postos de trabalho no mercado primário ou secundário. Oya (2010) apud Casari (2012) argumenta que as ocupações são determinadas em termos de habilidades e aptidões, mas que, normalmente, a alocação dos trabalhadores tem caráter social e cultural, levando à diferenciação por gênero. Ainda segundo Casari (2012), os setores do mercado de trabalho podem atribuir demandas mais ou menos estáveis e diferentes níveis tecnológicos exigem qualificações e habilidades mais gerais ou mais especificas dos indivíduos. Cacciamali (1978) identifica certas características da mão de obra que preencherão os postos de trabalho, como status sócio econômico, idade, escolaridade, sexo e experiência, que irão determinar em qual tipo de emprego o indivíduo será alocado. Para Cacciamali, homens de maior escolaridade, experiência profissional e status sócio econômico obterão os melhores empregos, e os indivíduos homens e mulheres, entre os menos favorecidos da sociedade, desempenharão empregos secundários. Portanto, seguindo a teoria da segmentação, é de ser esperar que os jovens ingressantes no mercado de trabalho tendam a ser alocados nos empregos secundários, que normalmente são fornecidos por pequenas empresas competitivas, intensivas em mão de obra, com baixos salários, e sem planos de carreira. A situação é pior para jovens de condição socioeconômica desfavorecida, pois de acordo com Remy e Vaz (2014), jovens de famílias pobres tendem a abandonar os estudos e entrar no mercado de trabalho precocemente. Segundo Casari (2012) no estudo da segmentação do mercado de trabalho brasileiro, o maior volume de recrutamento de novos trabalhadores é para cargos em que o nível de habilidades exigida é baixo e, para os cargos demandantes de maiores habilidades, são promovidos funcionários que foram treinados ou que obtiveram o conhecimento necessário através de sua experiência anterior dentro do mercado de trabalho interno. Em estudo elaborado pelo DIEESE (2009), constatou-se que o mercado de trabalho brasileiro é caracterizado por desigualdades, principalmente no que se refere às características de cor e gênero. Na média geral, para todas as faixas de idade, as mulheres e os negros são valorados negativamente no mercado de trabalho, ao compará-los com os homens e os

brancos. A inserção ocupacional dos dois grupos citados está em grande proporção atribuída a cargos poucos qualificados e a salários baixos. Em suma, a literatura documenta uma dualidade existente no mercado de trabalho entre empregos primários e secundários e, neste último, prevalecem as empresas competitivas, intensivas em mão de obra e de baixos salários. Mulheres e jovens sem experiência seriam mais demandados nesse segmento. 2.1

Jovens e o Mercado de Trabaho

A problemática do primeiro emprego e da juventude no mercado de trabalho no Brasil foi tratada por vários autores. Em estudo para a década de 1990, Pochmann (2003) destaca que os jovens tinham dificuldades para conseguir trabalho e permanecer no mesmo porque além de serem inexperientes, havia poucas oportunidades. Isso se agrava para jovens de classes menos abastadas, uma vez que são incitados a agarrar a primeira oportunidade de ocupação para obter uma renda que possa contribuir para o sustendo da família e a própria sobrevivência, o que muitas vezes acaba por comprometer a formação escolar e uma maior qualificação profissional, e fadando esses jovens a empregos secundários. Segundo Carvalho (2004), a baixa qualificação dos trabalhadores os condenará a uma miséria permanente e à impossibilidade de promover o desenvolvimento nacional. Bousquat e Cohn (2003) no estudo sobre o mapa da juventude de São Paulo no ano de 2003, apresentaram que 31,9% dos jovens das regiões mais pobres da cidade estavam inseridos no mercado de trabalho, e para os jovens das regiões mais ricas este percentual era de 43,6%. Em uma análise por setor constataram que 16% dos jovens das regiões pobres trabalhavam na Indústria, enquanto para os jovens ricos este setor absorvia 4,4%. Já no setor de Serviços, 45% eram jovens de classes mais pobres e 51,5% eram jovens de classes mais ricas. No estudo de Carvalho (2004), o mesmo apontou que jovens negros tinham menor escolarização que os jovens não negros e estavam engajados em postos de trabalhos secundários, com baixa remuneração. Isso, segundo o autor, porque é mais fácil ser aceito em virtude do preconceito racial que é vítima. Portanto para Carvalho (2004) o jovem negro é duplamente excluído. Desde a Constituição Federal do Brasil de 1988, há leis, decretos, regulamentos e outros instrumentos legais que normatizam a relação do jovem com o mercado de trabalho. Com

relação à inserção no mercado de trabalho, o limite mínimo é de 14 anos para a condição de menor aprendiz, após os 18 anos de idade o trabalho do jovem é regulamentado como o dos trabalhadores adultos. Outro instrumento importante de inserção de jovens no mercado de trabalho são os Estágios. No Brasil, a lei que regulamenta esta modalidade é a Lei Federal 11.788/2008, que normatiza o seu exercício, como os deveres e direitos dos estagiários e dos contratantes. Esta lei tem como objetivo preservar a formação do contratado, como estipular jornada de trabalho que não seja sobreposta ao horário das aulas. Apesar de programas e projetos governamentais e institucionais para a inserção do jovem no mercado de trabalho brasileiro, ainda não há uma sinergia conjunta dessas ações, o que acaba deixando para o mercado de trabalho, o papel de promover a inserção desses jovens. Assim o jovem concorre com os demais indivíduos para o posto de trabalho, mas em condições econômicas desfavoráveis e a desigualdade social entres os jovens quebra o pressuposto de livre concorrência. Carvalho (2004) salienta que o empresário brasileiro não tem cultura de se comprometer com a função social de sua iniciativa privada, o que torna indispensável a criação de mecanismos para ampliar as oportunidades para os jovens brasileiros.

3 Metodologia e Base de Dados

Para a realização da investigação foram utilizados os microdados da RAIS - Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do trabalho de 2012, para o estado de Santa Catarina (SC). Essa fonte de dados é a principal no que tange às informações sobre o mercado de trabalho formal brasileiro, utilizada pelo governo em elaboração de políticas públicas de combate à desigualdade de emprego e renda. A análise contempla quatros setores econômicos no âmbito privado: em setor da Indústria (Construção Civil; Extrativo Mineral e Indústria de Transformação), setor do Comércio (Comércio), setor de Serviços (Serviços Industriais de Utilidade Pública e Serviços) e por fim o setor Agrícola (Agropecuária, Extrativo Vegetal, Caça e Pesca). A análise empírica foi realizada por meio do método the multinominal logit model, o modelo logístico multinominal, que nos fornece a probabilidade de um indivíduo estar empregado em um setor relativamente a outro setor, de acordo com suas características.

O modelo multinomial tem sido muito utilizado em pesquisas brasileiras, o que reforça a sua escolha neste trabalho. Exemplos de seu uso podem ser encontrados em Fernandes e Pichetti (1999), Oliveira, Scorzafave e Pazello (2009, Casari (2012, Silva e Kassouf (2002, Tomas (2007) e Mendonça et. al. (2012). 3.1

Modelo Logit Multinomial

De acordo com Long e Freese (2001); Barreiro, Ruzo and Losada (2004) e Fávaro, et. al (2014), o modelo de regressão logística consiste em que a variável dependente deva ter mais de duas categorias. A resposta tanto pode ser nominal quanto ordinal. As variáveis explicativas podem ser categóricas ou quantitativas. Em modelos multinomiais presume-se que as categorias (variáveis dependentes) tenham uma distribuição multinomial, o que, por sua vez, é uma generalização de uma distribuição binomial. Formalmente, o modelo logit multinomial em Greene (2012) supõe que há k categorias para variável independente, e a categoria 1 é tida como base; as probabilidades são dadas por: 1 1 + ∑𝑘𝑚=2 𝑒 (𝑥𝑗𝛽𝑚)

𝑝𝑖𝑗 = Pr(𝑦𝑗 = 𝑖) =

𝑒 (𝑥𝑗 𝛽𝑖 ) {1 + ∑𝑘𝑚=2 𝑒 (𝑥𝑗𝛽𝑚)

, 𝑠𝑒 𝑖 = 1 (1) , 𝑠𝑒 𝑖 > 1

Em que, i é o número de equações que são resolvidas para determinar a probabilidade; 𝑥𝑗 , é um vetor linha que compreende o conjunto de variáveis explicativas associada a observação j; e 𝛽𝑚 é o vetor de coeficientes das categorias. Os efeitos marginais podem ser expressos por:

∂ (𝑃𝑟(𝑦𝑗 = 𝑖|𝑋)) ∂𝑥𝑗

𝑘

= Pr[𝑦𝑗 = 𝑖|𝑋] (𝛽𝑖 ∑ 𝛽𝑘 𝑃𝑟[𝑦𝑗 = 𝑘|𝑋])

(2)

𝑚=2

Para este estudo o setor definido como base foi o setor de Serviços, na comparação com os demais. Uma abordagem alternativa de análise, é a chamada odds-ratio ou razão de risco relativo (RRR). Define-se a (RRR) como a probabilidade de dado evento ocorrer, em relação a outro. Assim, considera a probabilidade de ocorrência do evento e a probabilidade de não

ocorrência. Portanto, a razão de chance no modelo logit multinomial, segundo Mendonça (2012) é definida por: 𝑝𝑟(𝑌 = 𝑗 /𝑥 + 1) 𝑝𝑟(𝑌 = 𝑘 /𝑥 + 1) 𝑅𝑅𝑅 = 𝑝𝑟(𝑌 = 𝑗/𝑥) 𝑝𝑟(𝑌 = 𝑘/𝑥)

(1)

Para facilitar a interpretação, a odds ratio pode ser convertido em incremento percentual, o que vem a fornecer a probabilidade de mudança da categoria base para a categoria analisada em função das variações nas características dos indivíduos, da seguinte forma, segundo Powers e Xie (2000) apud Mendonça (2012): (𝑂𝑑𝑑𝑠 − 1) ∗ 100 3.2

Descrição das Variáveis do Modelo

Dependente categóricas Agricultura

Explicativas Salário Médio

Comércio

Raça/Cor – (Branco = 1; Não branco=0) – Excluídos indígenas e ignorados

Serviços

Gênero – (Homem=1; Mulher=0) Experiência – (Idade – Anos de estudo – 5) Para indivíduos que foram contratados no primeiro emprego a experiência foi atribuído (0) Experiência2

Indústria

Analfabeto - (menos de um ano de estudo) Primário - (igual ou menos que 5 anos de estudo) Ensino fundamental - (igual ou menos que 9 anos de estudo) Ensino Médio - (Variável omitida) Ensino Superior - (Graduação, Mestrado e Doutorado) Idade15 a 17 Idade18 a 24 - (Variável omitida) Idade25 a 29 Idade30 a 39 Idade40 a 49 Idade50 a 64 Nota1: Os níveis de escolaridade foram agregados, exceto analfabeto, níveis completos e incompletos. Nota2: Nas faixas de idade foram excluídos indivíduos maiores de 65 e menores de 14 anos de idade. Nota3: Os indivíduos pertencentes à Administração Pública e Domésticas foram excluídos Nota4: Foram considerados apenas indivíduos contratados pelo setor privado no ano de 2012.

(4)

4 4.1

Resultados e Discussão Características dos Empregos Gerados em Santa Catarina, em 2012

No que tange os empregos gerados no ano de 2012, empregados pela primeira vez e reempregados, a região sul contribuiu com mais de 18%, do total de aproximadamente 14 milhões gerados no Brasil. As primeiras oportunidades corresponderam a 13,67% das contratações no ano (2.529.370). Em uma análise por setores e por gênero para o primeiro emprego na região (Tabela 1), pode-se afirmar que os homens tiveram maior oportunidade ao primeiro emprego, pois dos mais de 345 mil postos de trabalho, mais de 54% foram preenchidos por indivíduos do sexo masculino, e aproximadamente 46% pelo sexo feminino. O maior ingresso feminino no primeiro emprego foi no setor de Serviços, com mais de 53% em comparação com o sexo masculino. Tabela 1 - Primeiro emprego por gênero nos setores econômicos, na região sul no ano de 2012 Setores Econômicos

Mulher

%

Gênero % Homem

28,85 Agrícola 3.602 8.885 48,94 Comércio 54.851 57.225 53,39 Serviços 60.517 52.828 36,76 Indústria 39.690 68.278 45,87 Total 158.660 187.216 Fonte: Elaborado pelos autores, a partir dos dados da RAIS/MTE, 2012.

71,15 51,06 46,61 63,24 54,13

Total

%

12.487 112.076 113.345 107.968 345.876

100 100 100 100 100

A grande divergência de contratação de mão de obra sem experiência entre os gêneros está no setor Agrícola, no qual 71,15% das vagas foram preenchidas por homens e 28,85% por mulheres. Em outras palavras, para cada 2,46 homens empregados neste setor o mesmo empregava apenas uma mulher. Outro setor que aparentemente apresentou uma característica de preferência pelo sexo masculino foi o setor da Indústria, no qual dos postos de trabalho gerados 63,24% ficaram com os homens e 36,76% com as mulheres, uma diferença percentual de mais de 26% em favor dos homens. No estado de Santa Catarina, dos mais de 90 mil novos primeiros empregos gerados, o setor industrial empregou 34,97%, seguido do setor dos Serviços, 31,93%

e Comércio

30,37%. No que tange a ocupação por gênero dos primeiros empregos, para o estado,

mostram que o setor Agrícola, Comércio e Indústria apresentaram um resultado semelhante ao da região, há divergência na alocação da mão de obra sem experiência em favor dos homens para estes três setores; e o setor de Serviços é que priorizou a contratação das mulheres, (Tabela 2). A maior diferença percentual está no setor Agrícola, em que dos poucos mais de 2,4 mil primeiras oportunidades geradas no setor , 63,85% foram preenchidas por homens e 36,15% por mulheres. Outro setor que apresentou uma diferença percentual significativa foi o setor da Indústria que priorizou o sexo masculino com 60,13% dos mais de 31,5 mil oportunidades de primeiro emprego; a mulher ficou com 39,87% deste total de empregos gerados. Tabela 2 - Primeiro emprego por gêneros nos setores econômicos no estado de SC, em 2012 Setores Econômicos

Mulher Contratados

Agrícola

891

Comércio

Homem %

Contratados

36,15

1.574

13.408

48,89

Serviços

15.357

Indústria

12.591

Total %

Contratados

%

63,85

2.465

2,73

14.018

51,11

27.426

30,37

53,25

13.485

46,75

28.842

31,93

39,87

18.990

60,13

31.581

34,97

90.314

Fonte: Elaborado pelos autores, a partir dos dados da RAIS/MTE, 2012.

Na região Sul, indivíduos contratados pelo primeiro emprego com ensino médio foram os que mais ingressaram no mercado de trabalho, 67,38%, seguido pelos de ensino fundamental, com 17,59%. As pessoas com graduação, que conseguiram o primeiro emprego foi 10,62% do total da região. Os setores que mais empregaram trabalhadores com ensino fundamental no estado de Santa Catarina foram a Indústria, Serviços e Comércio, respectivamente em 45,42%, 24,90% e 24,09% Para a faixa de escolaridade de ensino médio, Santa Catarina apresentou o maior percentual relativo de trabalhadores empregados no Comércio, seguido pela Indústria e Serviços, com 34,98%, 33,89% e 29,09% respectivamente.

Gráfico 1- Primeiro emprego por nível de escolaridade e setores econômicos, em SC, 2012 70,00

Milhares

60,00 50,00 40,00 30,00

20,00 10,00 0,00 Agricola

Comércio

Serviços

Industria

Analfabeto

Primário

Ensino fundamental

Graduação

Mestrado

Doutorado

Total

Ensino Médio

Fonte: Elaborado pelos autores, a partir dos dados da RAIS/MTE, 2012.

No que se refere aos empregados com graduação, mais de 61% destes trabalhadores tiveram sua primeira oportunidade de emprego formal no setor de Serviços. A Indústria contribuiu para a absorção de aproximadamente 19% desta mão de obra; e o Comércio com 18,6% das oportunidades de um primeiro emprego. No que se refere à idade dos trabalhadores que foram contratados pela primeira vez no estado de Santa Catarina, no ano de 2012, os resultados estão apresentados na Tabela 3. Para o estado e para a região como um todo os indivíduos que pertencem à faixa etária de 18 a 24 anos foram os priorizados na oportunidade do primeiro emprego (pouco mais de 42% para a região e 41,05% para SC). Outra faixa etária que apresentou mais de 21% dos contratados na região foram indivíduos que tinham idade ente 15 a 17 anos. Tabela 3 - Faixa etária dos contratados na Região Sul do Brasil e em Santa Catarina, 2012 Faixa Etária

SC

Total - Região

22412

% 24,82

74579

% 21,56

15 a 17 anos 18 a 24 anos

37071

41,05

146295

42,3

25 a 29 anos

10051

11,13

40208

11,62

30 a 39 anos

11987

13,27

48622

14,06

40 a 49 anos

6089

6,74

24738

7,15

50 a 64 anos

2704

2,99

11434

3,31

Total

90314

100

345876

100

%

26,11

100

Fonte: Elaborado pelos autores, a partir dos dados da RAIS/MTE, 2012

Na contratação por estado, o mesmo seguiu a tendência da região como um todo, sendo mais de 60% dos contratados, pertencentes à faixa de 15 a 24 anos de idade. Um fator

determinante para esse percentual pode ser os programas governamentais que visam dar a primeira oportunidade para os jovens como: o Programa Nacional do Primeiro Emprego (PNPE) e também a “Lei do Aprendiz”, Lei Federal 10.097/2000; esta lei determina que empresas de médio e grande porte são obrigadas a contratar numa proporção de 5% a 15% jovens aprendizes no seu quadro de colaboradores. No que se refere ao porte das empresas, seguindo o critério do SEBRAE (2013), por número de empregados, na Tabela 4, observa-se o seguinte: as Micro e Pequenas Empresas da Indústria, Comércio e Serviços, na região Sul, juntas correspondem a 48,18% dos novos empregos gerados. Referente aos primeiros empregos gerados em Santa Catarina 48% foi gerado pelas Micro e Pequenas Empresas. Portanto, aparentemente os jovens sem experiência que buscam uma oportunidade na região Sul do Brasil, são requeridos pelo mercado secundário, corroborando a teoria da segmentação, onde os empregos são gerados por pequenas empresas e baixos salários.

Tabela 4 - Absorção do primeiro emprego por porte de empresas, na Região Sul e em Santa Catarina, 2012 Porte das Empregas Micro - Indústria Pequena - Indústria Média - Indústria Grande - Indústria Micro - Comercio/Serviços Pequena - Comercio/Serviços Média - Comercio/Serviços Grande - Comercio/Serviços Outras Total

SC 6034 8828 6984 523 11948 16527 7868 1646 10435 90314

% 6,68 9,77 7,73 5,79 13,23 18,3 8,71 18,23 11,55 100

Total - Região 20598 29832 25003 17824 48327 67868 33419 63537 39468 345876

% 5,96 8,63 7,23 5,15 13,97 19,62 9,66 18,37 11,41 100

Fonte: Elaborado pelos autores, a partir dos dados da RAIS/MTE, 2012. Nota 1: Micro/Indústria (1 a 19 funcionários); Pequena/Indústria (20 a 99 funcionários); Média/Indústria (100 a 499 funcionários); Grande/Indústria (500 ou mais funcionários). Nota 2: Micro/Comércio-Serviços (1 a 9 funcionários); Pequena/Comércio-Serviços (10 a 49 funcionários); Média/Comércio-Serviços (50 a 99 funcionários); Grande/Comércio/Serviços (100 ou mais funcionários).

No que tange as remunerações a Região Sul, a média de salários pagos aos ingressantes no primeiro emprego foi de R$ 988,33, sendo que o setor de Serviços pagou R$ 1163,00 em média, seguido do setor da Indústria, R$ 961,69, Agrícola, R$ 891,90, e o setor do Comércio, R$ 848,08. No estado de SC, o salário médio pago aos iniciantes no mercado de trabalho foi de R$ 1.000,22. Para os setores o estado segue as mesmas características da Região: o setor de Serviços é o setor que melhor remunera os indivíduos que engajaram em seu primeiro emprego, com uma média salarial para o setor de R$ 1.133,33.

No geral, considerando todas as faixas de idade e a cor de pele, homens e mulheres, assim como branco e não branco, foram remunerados de formas distintas em 2012, como é observado na tabela 5. As mulheres admitidas em seu primeiro emprego ganhavam menos que os homens, bem como indivíduos de cor preta e parda, do mesmo gênero, receberam em média menos que os indivíduos amarelos e brancos. A pior situação foi da mulher preta que recebeu a pior remuneração; o homem preto foi o que menos recebeu na comparação do seu gênero, entretanto, sua remuneração ainda é maior que a da mulher branca, o que sinaliza maior discriminação salarial no primeiro emprego entre os gêneros do que entre a raça/cor.

Tabela 5 - Média salarial do primeiro emprego dos trabalhadores, por cor e gênero, na região Sul, em 2012 Cor

Mulher

Homem

Amarela

968,63

1.061,95

Branca

880,14

1.020,58

Parda

794,07

945,54

Preta

771,58

903,65

Fonte: Elaborado pelos autores, a partir dos dados da RAIS/MTE, 2012.

Os rendimentos médios dos primeiros empregos formais gerados em Santa Catarina, no ano de 2012, por setor e gênero, estão descritos na Tabela 6. O setor que melhor remunerou a mulheres que ingressaram no mercado de trabalho foi o setor de Serviços, R$ 1.030,23. O setor Agrícola foi o que apresentou a menor remuneração média para as mulheres R$ 772,93. Tabela 6 - Rendimentos médios por setor e gênero, em Santa Catarina, 2012 Setores

Mulher

Homem

Diferença -%

Agricultura

772,93

888,82

14,99

Comércio

866,67

903,94

4,30

Serviços

1.030,23

1.250,75

21,40

Indústria

883,79

1.060,54

20,00

Fonte: Elaborado pelos autores, a partir dos dados da RAIS/MTE, 2012.

Para os indivíduos do sexo masculino, o setor que apresentou a maior remuneração inicial para quem ingressou no mercado de trabalho formal no estado foi o setor de Serviços, R$ 1.250,75. O setor que menos remunerou o indivíduo do sexo masculino em seu primeiro emprego, em Santa Catarina, foi o Agrícola, em média R$ 888,82. Em uma breve análise das diferenças salariais entre os gêneros para os trabalhadores do primeiro emprego, percebe-se que o setor de Serviços, apesar de ser o setor que tenha melhor remunerado ambos os sexos, foi o que apresentou a maior diferença de salários médios em

favor dos homens,21,4%. O setor que aparentemente menos discriminou os salários por gênero foi o setor do Comércio, 4,3% em favor dos homens.

4.2

Resultados da Regressão Logit Multinomial e Discussão

Nos resultados da regressão Logit Multinomial apresentados na Tabela 7, identificam-se as chances de um determinado indivíduo estar empregado pela primeira vez, nos setores Agrícola, Comércio e Indústria, comparados com o setor omitido, Serviços, dada as suas características produtivas e inatas. Apresentou-se como categoria base (omitida) o setor de Serviços, por ser a classe, “em vantagem”, que apresentou a melhor remuneração para os indivíduos que conseguiram um emprego formal pela primeira vez e por ser uma das que mais empregou esta mão de obra.

4.2.1 Possibilidades do primeiro emprego no Setor Agrícola, em Santa Catarina

Na análise dos coeficientes, observa-se que o aumento do salário médio reduz a chances de o indivíduo ingressar no setor da Agricultura comparado com o de Serviços. Para as variáveis binárias referentes à cor (Branca-categoria base, Parda, Preta), ser da cor preta, reduz a chance fazer parte desta categoria em 43,56% comparada aos brancos. Em relação às variáveis binárias referentes ao nível de escolaridade (Analfabeto, Primário, Fundamental, Médio-categoria base, e Superior), ser Analfabeto, com ensino Primário, e ensino Fundamental, aumentam as chances de estar na Agricultura em 7,2; 5,9 e 3,6%, respectivamente, quando comparados à categoria base. Ter o nível superior reduz esta chance em 70,5%. Nas comparações entre as faixas de idade (de 15 a 17 anos, de 18 a 24 anos – categoria base, de 25 a 29 anos, de 30 a 39 anos, 40 a 49 anos, de 50 a 64 anos) pode-se dizer que ter idade superior à faixa da categoria base, aumenta em 9.2%; 26,3%; 47,9% e 55,6% a chance do indivíduo de estar na Agricultura, mas pertencer à faixa etária de 15 a 17 anos, reduz a chance em 0,9% de fazer parte da Agricultura. Na análise por gênero, o homem, tem 2,78 a mais de chance de ser contratado no setor Agrícola, relativamente à mulher. Os resultados apresentados neste estudo confirmam os encontrados por Casari (2012), para o setor agropecuário e não agropecuário, no Brasil para os anos de 2004 a 2009. A autora

mostrou que com o aumento na idade e ser do sexo masculino aumentam a probabilidade do indivíduo ter uma ocupação agrícola, ser da cor parda também contribui para o aumento dessa probabilidade, comparativamente com os indivíduos da cor branca, ser preto reduz a probabilidade de estar neste setor comparativamente a ser branco, Inversamente, a escolaridade reduz a probabilidade de o indivíduo estar ocupado no setor agrícola. 4.2.2 Possibilidades do primeiro emprego no Setor de Comércio, em Santa Catarina

Como o setor omitido foi o de Serviços, todas as análises apresentarão a chance de um indivíduo que pertence ao setor omitido fazer parte do setor analisado, o de Comércio. Assim, observa-se que o aumento do salário médio, reduz a chances do indivíduo entrar neste setor de Comércio. Além disso, os dados mostram que para pretos e pardos é menor a chance de fazer parte do Comércio, 39,1% e 27,8% respectivamente. Em relação ao gênero, a variável apresentou um aumento das chances de estar no setor de Comércio se a pessoa for do sexo masculino, 6,0% a mais do que se fosse do sexo feminino. Na análise das variáveis binárias referentes ao nível de escolaridade (Analfabeto, Primário, Fundamental, Médio-categoria base, e Superior), todas os níveis comparativamente à categoria base, ensino médio, reduzem a chances de o indivíduo ingressar no setor de Comércio, 49,8%; 63,6%; 26,4% e 57,2% respectivamente. Nas comparações das faixas etárias dos indivíduos (de 15 a 17 anos, de 18 a 24 anos – categoria base, de 25 a 29 anos , de 30 a 39 anos, de 40 a 49 anos ,de 50 a 64 anos), pode-se afirmar que ter idade superior à faixa da categoria base, entre 18 e 24 anos, reduz em 20.9%; 29,2%; 31,3% e 31,7% a chance do indivíduo fazer parte do Comércio, mas pertencer à faixa etária de 15 a 17 anos aumenta a chance em 53,5% de passar para o setor do Comércio. 4.2.3 Possibilidades do primeiro emprego no Setor Indústria, em Santa Catarina

Como o setor omitido foi o de Serviços, todas as análises apresentarão a chance de um indivíduo que pertence ao setor omitido fazer parte do setor analisado, o de Indústria. Os microdados da RAIS mostram que os aumentos do salário médio reduzem a chance do indivíduo pertencer ao setor da Indústria em 16,8%, em relação ao de Serviços. O indivíduo ter a cor de pele parda reduz suas chances em 11,7 do indivíduo fazer parte da Indústria. Ter a cor de pele preta, reduz suas chances em 22,8% em relação a indivíduos

brancos de fazer parte deste setor. Indivíduos do sexo masculino, tem 65,7% de chances a mais, de estar na categoria da Indústria, comparados com as mulheres. Na análise das variáveis binárias referentes ao nível de escolaridade (Analfabeto, Primário, Fundamental, Médio-categoria base, e Superior), ser analfabeto, ter o ensino primário e fundamental, comparativamente à categoria base, ensino médio, aumenta as chances de o indivíduo pertencer ao setor da Indústria, 88,2%; 37,1%; 56,5%. O nível de ensino superior reduz esta chance em 60,7%, comparativamente ao setor de Serviços; a indústria tem preferências para indivíduos que tenham um nível de escolaridade igual ou menor que o de ensino médio. Nas comparações das faixas etárias das pessoas, percebe-se que ter idade fora da categoria base, de 18 a 24 anos, reduz em 10,5%; 17,2%; 22,2%; 22,2% e 30,9% respectivamente as chances de o indivíduo estar no setor da Indústria. Este resultado demonstra que entre as faixas etárias, o setor Industrial tende a dar mais preferências a indivíduos que tenham idade entre 18 a 24 anos. Tabela 7 – Resultados da regressão Logit Multinomial, Santa Catarina, 2012 Agricultura Setor/Variáveis

Comércio

Indústria

RRR

Std. Err.

RRR

Std. Err.

RRR

Std. Err.

Ln (Salário médio) Preta Parda Homem Experiência Experiência2 Analfabeto Primário Fundamental Superior Idade15_A_17 Idade25_A_29 Idade30_A_39

0,157* 0,564* 1,037ns 2,781* 0,995ns 1,000* 7,277* 5,890* 3,576* 0,295* 0,991ns 1,092* 1,263*

0,005 0,032 0,036 0,055 0,003 0,000 0,687 0,174 0,077 0,019 0,045 0,034 0,041

0,704* 0,609* 0,722* 1,060* 1,000ns 1,000* 0,502* 0,364* 0,736* 0,428* 1,535* 0,791* 0,708*

0,007 0,015 0,013 0,008 0,002 0,000 0,044 0,008 0,007 0,005 0,026 0,010 0,010

0,832* 0,772* 0,883* 1,657* 0,999ns 1,000* 1,882* 1,371* 1,565* 0,393* 0,895* 0,828* 0,778*

0,008 0,015 0,013 0,012 0,001 0,000 0,108 0,021 0,013 0,005 0,016 0,009 0,010

Idade40_A_49 Idade50_A_64 _cons

1,479* 1,556* 0,550*

0,063 0,107 0,030

0,687* 0,683* 2,157*

0,015 0,025 0,039

0,778* 0,691* 1,447*

0,015 0,021 0,024

Fonte: Elaborado pelos autores a partir dos resultados da pesquisa. Nota1: Categoria base: Serviços; * significância de 1%;** significância de 5%; *** significância de 10 %; ns: não significativo Nota2: Foram feitos teste de Hausman1 e Teste Wald2 1

Foi elaborado: Teste de Hausman, ver Long e Free (2001), ver de Independência das Alternativas Irrelevantes (IIA), Segundo Long e Free (2001), o modelo Logit Multinomial se baseia no pressuposto de independência de alternativas irrelevantes – Independence of Irrelevant Alternatives, (IIA). Para as categorias omitidas, os resultados dos qui-quadro (Chi2), foram negativos, o que segundo Hausman & McFedden (1984) apud Long e Free (2001), um resultado negativo é evidencia de que a hipótese de que a IIA, não foi violada. 2 Foi elaborado: Teste Wald, – “Combinação entre as categorias”, ver Long e Free (2001), os valores de P>Chi2, foram significativos a 1% de significância, o que indica que se rejeita a hipótese nula, portanto não é aconselhável que se combine as categorias.

4.3 Efeitos Marginais

Os efeitos marginais de cada variável, obtidos em seus respectivos pontos médios estão apresentados na Tabela 8. No que tange a cor da pele: ser de cor preta, reduz as chances de ser contratado no setor Agrícola, Comércio e Indústria em 0,4%; 6,2% e 1,6% respectivamente. Para o setor de Serviços, o efeito é positivo em 8,3%. Ser da cor parda, reduz a chance de ser contratado apenas no setor do Comércio, 4,7%. Os resultados também evidenciam que se os indivíduos forem do sexo masculino, tudo o mais mantido constante, reduz-se a probabilidade destes indivíduos pertencerem aos setores de Comércio e de Serviços em 4,2% e 7,74% respectivamente. Em relação aos setores Agrícola e da Indústria, se o trabalhador for do sexo masculino contribuirá para aumentar sua probabilidade do indivíduo fazer parte desses setores em 1,2% e 10,7%, respectivamente. Observou-se que o setor de Serviços é o que mais admite trabalhadores do sexo feminino, e o setor da Indústria é o que mais admite os do sexo masculino. Com relação às faixas de escolaridade (ensino médio – variável omitida), os resultados sugeriram que a probabilidade de que pertença à categoria Agrícola tornou-se maior quando o indivíduo é analfabeto (7,3%), tenha o ensino primário (6,8%) ou fundamental (2,6%); tornase menor quando tem o nível superior (0,9%). A mesma característica é assumida para o setor da Indústria. Para os níveis, analfabeto (16,6%), primário (11,9%) ou fundamental (12,5%) há um aumento da probabilidade de pertencer ao setor, e reduz para indivíduos que tenham nível superior (13,7%). Para o setor de Comércio, ser analfabeto (15,7%), ter cursado o primário (17,3%), fundamental (10,2%) ou superior (7,3%), reduz a probabilidade de fazer parte deste setor, comparado com o ensino médio. O setor de Serviços, segue as mesmas características do setor de Comércio, exceto para o nível superior que tem o sinal oposto: ser analfabeto (8,3%), primário (1,4%) ou fundamental (4,8%) reduz a probabilidade de pertencer o setor analisado, e indivíduos que tenham nível superior de escolaridade são mais propensos a fazer parte do setor de Serviços, em 21,8%.

Tabela 1 - Efeitos Marginais para as Equações dos setores, Agricultura, Comércio, Serviços, Indústria – Santa Catarina, 2012 Variáveis

Setores – Santa Catarina

Ln (Salário médio)

Agrícola -0,0269*

Comércio -0,0407*

Serviços 0,0652*

Indústria 0,0024ns

Preta

-0,0049*

-0,0621*

0,0828*

-0,0158*

Parda

0,0028*

-0,0468*

0,0446*

-0,0006ns

Homem

0,0126*

-0,0419*

-0,0774*

0,1068*

ns

ns

ns

-0,0001ns

Experiência

-0,0001

0,0001

Experiência2

-0,0000*

0,0000*

0,0000*

-0,0000*

Analfabeto

0,0730*

-0,1566*

-0,0826*

0,1663*

Primário

0,0676*

-0,1732*

-0,0138*

0,1194*

Fundamental

0,0256*

-0,1018*

-0,0485*

0,1247*

Superior

-0,0088*

-0,0728*

0,2183*

-0,1367*

Idade15_A_17

-0,0015*

0,1006*

-0,0288*

-0,0703*

Idade25_A_29

0,0037*

-0,0260*

0,0456*

-0,0234*

Idade30_A_39

0,0074*

-0,0412*

0,0628*

-0,0290*

Idade40_A_49

0,0115*

-0,0470*

0,0641*

-0,0285*

Idade50_A_64

0,0145*

-0,0393*

0,0811*

-0,0563*

0,3436

0,3876

Média 0,0162 0,2526 Fonte: Tabela elaborada pelos autores a partir dos resultados da pesquisa. Nota2: *significância 5%; ns: não significativo

0,0001

No que tange às faixas de idade, omitida a dummy (18 a 24 anos), nota-se que, com exceção da faixa entre 15 a 17 anos, pertencer a uma faixa de idade superior à omitida, corrobora para que os indivíduos façam parte do setor Agrícola, o mesmo ocorre para o setor de Serviços. Para o setor de Comércio, a característica é oposta, isto é, fazer parte de uma faixa etária superior a 18 a 24 anos de idade reduz a chance de pertencer ao setor de Comércio, já para a faixa inferior o sinal é positivo indicando um aumento da probabilidade. Por fim, para o setor da Indústria todas as faixas etárias apresentaram sinais negativos, indicando que indivíduos que não estejam entre 18 a 24 anos de idade, tem menos probabilidade de fazer parte deste setor. Na média geral um indivíduo tem a probabilidade de 1,6% de fazer parte do setor Agrícola, 25,3% de estar no setor do Comércio, 34,35% de pertencer ao setor de Serviços. Assim para o setor da Indústria a probabilidade de um indivíduo fazer parte deste setor foi de 38,75% no estado de Santa Catarina em 2012. Essas informações sinalizam a importância das características do trabalhador, como

destacado por Kon (2004) e outros estudiosos, na alocação nos postos de trabalho e, mais especificamente tratado nesta pesquisa, nos setores econômicos em Santa catarina. O próximo passo foi analisar as probabilidades pontuais de absorção nos setores econômicos, para homens e mulheres, dadas as características de cor, faixas etárias de 18 a 24 anos, e 25 a 29 anos de idade e para os níveis de escolaridade ensino Médio e Superior. As figuras que seguem mostram as probabilidades pontuais de indivíduos estarem em um determinado setor econômico no estado de Santa Catarina, dadas as suas características, sendo (HB – homem branco), (HP – homem pardo), (HN – homem negro), (MB – mulher branca), (MP – mulher parda), (MN – mulher negra) e (Dif. H-M) – diferença entre homem e mulher. As probabilidades são para indivíduos sem experiência em postos de trabalhos formais. Para indivíduos com características de ensino médio, de 18 a 24 anos, homens e brancos tem maior probabilidade de encontrar o primeiro emprego na Indústria, 43,12%. Para homens pardos esse percentual aumenta, 44,01%, já homens negros esse percentual reduz, 42,9%. Para as mulheres brancas da faixa etária de 18 a 24 anos e com ensino médio, a maior probabilidade de encontrar o primeiro emprego está no setor do Comércio( 35,9%). Para mulheres não brancas com a mesma característica, a maior probabilidade é de ingressar no setor de Serviços. Ao analisar as diferenças entre homens e mulheres sem distinção de cor e com as mesmas características, os setores de Comércio e Serviços mostram-se mais propensos a admitir trabalhadores do sexo feminino, e a Indústria mais trabalhadores do sexo masculino. No setor de Serviços, Santa Catarina prioriza em 6,22% em favor do sexo feminino; no Comércio, a probabilidade de contratar mulher é de 5,3% a mais do que homens. Para os setores Agrícola e Indústria a preferência é pelos indivíduos do sexo masculino (probabilidade de 10,71% em comparação com o sexo feminino). O setor da Agricultura foi o mais homogêneo, tanto para a região como para o estado, apresentando menor diferença de absorção de homens e mulheres.

Probabilidades de ingresso nos setores econômicos, em Santa Catarina: Figura 1 - Ensino médio de 18 a 24 anos

Figura 2 - Ensino superior de 18 a 24 anos

70

70

60

60

50

50

40

40

30

30

20

20

10

10

0

0

-10

-10

Agricola

Comércio

Serviços

Agricola

Industria

Figura 3 - Ensino médio de 25 a 29 anos

70

60

60

50

50

40

40

30

30

20

20

10

10

0

0

-10

-10

Comércio

Serviços

Industria

Serviços

Industria

Figura 4 - Ensino superior de 25 a 29 anos

70

Agricola

Comércio

Agricola

Comércio

Serviços

Industria

Fonte: Elaborado pelos autores, com resultados dos efeitos marginais. Nota 1: Ensino médio (completo e incompleto); Ensino Superior (completo e incompleto) Nota 2: Indivíduos sem experiência e média de salários

Para indivíduos com a mesma faixa etária, porém com ensino superior, o setor que apresentou maior probabilidade de inserção dessas pessoas no mercado de trabalho formal foi o setor de Serviços. No estado de Santa Catarina, homens brancos entre 18 a 24 anos com nível superior tinham mais de 45% de probabilidade de fazer parte do setor de Serviços. Para os homens negros, o percentual superou os 53% no estado. Para as mulheres, o percentual de chance das mulheres brancas se engajarem numa oportunidade neste setor foi superior a 52,3%, para as mulheres negras, esse percentual foi superior a 61%. No que tange as diferenças sexuais, os setores de Comércio e Serviços

também apresentam preferências para o sexo feminino. Um ponto importante a destacar é que para o nível de escolaridade, ensino superior, as diferenças no Comércio, foram menores do que para o ensino médio, o setor apresentou apenas 2,2% de probabilidade a favor do sexo feminino. No que se refere à figura dos indivíduos com ensino médio, entre 25 a 29 anos de idade, sem experiência, destacou-se o setor da Indústria como demandador de pessoas do sexo masculino. Em relação à etnia, destes trabalhadores do sexo masculino no estado de Santa Catarina, nota-se uma homogeneidade nas probabilidades de absorção. No que se refere à mão de obra feminina, com ensino médio e idade entre 25 a 29 anos, o setor que tem maior probabilidade de fornecer um primeiro emprego com essas características foi o de Serviços. Neste setor em Santa Catarina, mulheres brancas com tais características tem uma probabilidade de conseguir um primeiro emprego de 35,7%, já as mulheres pardas têm 40,8% e as mulheres negras uma probabilidade de 44,7%. Ao verificar as diferenças por gênero, as características também são semelhantes à Figura 1, os setores Agrícola e Indústria, dão preferência ao sexo masculino, já os setores do Comércio e Serviços, tendem a contratar mais mão de obra feminina. Na Indústria, a diferença é de 10,5% a favor do sexo masculino. Nos setores de Comércio e de Serviços a diferença é em favor do sexo feminino, 4,6% e 6,9% respectivamente para o estado. Para indivíduos com 25 a 29 anos de idade, porém com ensino superior (Figura 4), o setor que apresentou maior probabilidade de primeira inserção no mercado de trabalho foi o de Serviços, semelhante à Figura 2; os homens brancos apresentaram uma probabilidade superior a 50% de serem contratados neste setor. Para os homens pardos a probabilidade de um primeiro emprego foi de 55,09%; para os homens negros a probabilidade de um primeiro emprego neste setor foi de mais de 58,9%. No estado, no que tange as mulheres brancas, a probabilidade foi de 57,9% de ser inserida no setor de Serviços, já para as de cor parda a chance em ingressar em um primeiro emprego neste setor foi superior a 62%. Para as mulheres negras, a probabilidade de fazer parte do setor foi de 66,5%, comparando-se com os demais setores. No que refere às diferenças por gênero, os setores de Comércio e de Serviços também apresentaram preferências ao sexo feminino. Um ponto importante, semelhante ao observado na Figura 2, é que para indivíduos com ensino superior, as diferenças no Comércio foram menores do que para os de ensino médio. Em Santa Catarina, o Comércio apresentou uma probabilidade de 1,7% a favor da contratação de mão de obra feminina.

Conclusões

Em 2012, o estado de Santa Catarina criou oportunidades para 90.314 indivíduos que buscaram emprego pela primeira vez, o que corresponde a 26,11% do total dos primeiros empregos gerados na região. Os setores que mais deram oportunidades para indivíduos sem experiência em Santa Catarina foram: Indústria (34,87%), Serviços (31,93%), Comércio (30,37%). Indivíduos que pertenciam à faixa etária de 18 a 24 anos foram priorizados na oportunidade do primeiro emprego, pois mais de 41,5% dos contratados pela primeira vez estavam nesta faixa etária. Um fator que pode estar vinculado a este percentual pode ser as políticas públicas para o primeiro emprego. As Micro e Pequenas Empresas no estado juntas correspondem no estado a aproximadamente 48,% das primeiras oportunidades de emprego formal geradas, o que aparentemente determina que esta classe de trabalhadores esteja segmentada no mercado de trabalho secundário de acordo com a teoria da segmentação. O setor que melhor remunerou homens e mulheres sem experiência de trabalho no estado foi o de Serviços, mas também foi o que apresentou a maior diferença de salários médios em favor dos homens. O setor que apresentou menor desigualdade salarial por gênero foi o de Comércio cuja diferença de salários entre homens e mulheres foi de 4,3%. No que tange a probabilidade de inserção nos setores, os homens sem experiência, que estavam na faixa etária entre 18 e 24 anos, com o ensino médio, tiveram mais probabilidade de encontrar um primeiro emprego no setor da Indústria. Já as mulheres pardas e negras, tiveram a maior probabilidade de engajar um emprego no setor de Serviços; para as mulheres brancas a maior probabilidade foi também na Indústria. Considerando o nível de escolaridade para o superior, para ambos os sexos, o setor que forneceu a maior probabilidade de inserção foi o setor de Serviços. Entre as probabilidades de inserção no mercado de trabalho de indivíduos sem experiência, com 25 a 29 anos de idade, com ensino médio, no geral, o setor que se destacou foi o da Indústria. Para o sexo feminino o setor que apresentou maior chance de absorção foi o setor de Serviços. Em relação ao nível de escolaridade, o de ensino superior destacou-se, para ambos os sexos, no setor de Serviços, com as maiores probabilidades de absorção de mão de

obra. No geral, os setores de Comércio e de Serviços, deram mais chances aos trabalhadores do sexo feminino, e os setores Agrícola e da Indústria aos do sexo masculino. Quanto maior a escolaridade menor são as diferenças por gênero. O Comércio é o que apresentou a menor desigualdade de contratação entre homens e mulheres. Quando comparadas as faixas de escolaridade, quanto maior o nível de ensino menores são as diferenças

de primeira

contratação entre os gêneros e cor, o que pode vir a reforçar as políticas de incentivo a educação. Por fim, este estudo vem contribuir com a sociedade, especialmente catarinense, pois indivíduos que se encaixam em tais características poderão, de uma forma racional, analisar onde estão as maiores chances de conseguir um emprego. O presente trabalho também será de grande relevância para estudos futuros, uma vez que apresenta várias peculiaridades das características do mercado de trabalho no estado de Santa Catarina.

Referências BARREIRO, J.; RUZO, E.; LOSADA, F. Modelo Logit Multinomial: una aplicación regional al sector lacteo. Regional and Sectoral Economic Studies, v. 4, n. 1, 2004. BORJAS, George. Economia do Trabalho-5. 6. ed. Porto Alegre: McGraw Hill Brasil, 2012. BOUSQUAT, A.; COHN, A. A construção do mapa da juventude de São Paulo. Lua Nova, v. 60, p. 81-96, 2003. CAMPOS, S. H. A questão dos determinantes dos salários nas teorias clássicas, marxista e neoclássica. Ensaios FEE, Porto Alegre, v.12., n.1., 131 – 157, 1991. CASARI, P. Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo, 2012. CACCIAMALI, M. C. S,. Mercado de trabalho: abordagens duais. Revista de Administração de Empresas, v. 18, n. 1, p. 59-69, 1978. CARVALHO, J. D. Alguns Aspectos da Inserção de Jovens no Mercado de Trabalho no Brasil: concepções, dados estatísticos, legislação, mecanismos de inserção e políticas públicas. São Paulo, 2004. Disponível em: http://www.usp.br/nce/wcp/arq/textos/146.pdf. Acesso em 13 de janeiro de 2015 _________. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm. Acesso em: 12 jan. 2015. DIEESE. Desigualdade de Raça e Gênero no Mercado de Trabalho Formal na Região Metropolitana de Campinas. Observatório do trabalho de campinas. Nov/2009b EHRENBERG, R., SMITH, R. A Moderna economia do tabalho. 5 ed.. São Paulo: Makron Books Hucitec, 2000. FÁVARO, L. P,. BELFIORE, P., TAKAMATSU, R.T;. SUZART, J. Métodos quantitativos com STATA. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. FERNANDES, R.; PICCHETTI, P. Uma análise da estrutura do desemprego e da inatividade no Brasil metropolitano. Pesquisa e Planejamento Econômico, v. 29, n. 1, p. 87-112, 1999.

GREENE, W. H. Econometric Analysis. 7th ed. Upper Saddle River, NJ: Prentice Hall. 2012. IBGE. Síntese de Indicadores Sociais: Uma Análise das Condições de Vida da População Brasileira. Estudo & Pesquisa Informações Demográficas e Socioeconômicas, Rio de Janeiro ,n. 32, 2013. KON, A. Segmentação ocupacional dos trabalhadores brasileiros segundo raça. XIV Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, p. 20-24, Set/2004 KON, A.; LEITE, M. G.; MARQUES, R. M. Determinantes das mudanças ocupacionais no mercado de trabalho brasileiro e impactos sobre o balanço previdenciário. Ciclo de debates em economia industrial, trabalho e tecnologia – PUC-SP (2011) LIMA, R. Mercado de trabalho: o capital humano e a teoria da segmentação. Pesquisa e Planejamento Econômico, v. 10, n. 1, p. 217-272, 1980 Long, J. S., & Freese, J. Regression models for categorical dependent variables using Stata. College Station,. (2001). MENDONÇA, G. M. et al. Determinantes da Inserção de Mulheres Jovens no Mercado de Trabalho Nordestino. Revista de Economia do Nordeste, v. 43, n. 4, p. 161-174, 2012. M.T.E. Ministério do Trabalho e Emprego: Nota Técnica MTE 091/2013. Disponivel em: Acesso em 26/06/2012 OLIVEIRA, P. R.; SCORZAFAVE, L. G.; PAZELLO, E. T. Desemprego e inatividade nas metrópoles brasileiras: as diferenças entre homens e mulheres. Nova Economia, v. 19, n. 2, p. 291-324, 2009. POCHMANN, Márcio. (Org.). Outra cidade é possível: alternativas de inclusão social em São Paulo. São Paulo: Cortez, 2003. REMY, M.A.P.A.; VAZ, D.V. Determinantes que impactam na probabilidade de o jovem não participar do mercado de trabalho e simultaneamente não estudar. XIX Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, realizado em São Pedro/SP – Brasil, de 24 a 28 de novembro de 2014. SEBRAE. Anuário do trabalho na micro e pequena empresa: 2013. 6ed. Brasília: DIEESE, 2013. SILVA, N. D. V. & KASSOUF, A. L. A exclusão social dos jovens no mercado de trabalho brasileiro. Revista Brasileira de Estudos de População, v.19, n.2, p. 99-115, jul/dez. 2002. TOMÁS M. C. O ingresso dos jovens no mercado de trabalho: uma análise das regiões metropolitanas brasileiras nas últimas décadas. Belo Horizonte – MG. Universidade Federal de Minas Gerais/Cedeplar 2007. Dissertação de Mestrado. Centro de Desenvolvimento e planejamento regional da Faculdade de Ciências Econômicas – UFMG. _________. Unidos pelos direitos humanos. Documento oficial declaração universal dos direitos do homem. Disponível em: http://www.humanrights.com/pt/what-are-humanrights/universal-declaration-of-human-rights/articles-21-30.html. Acesso em: 12 jan. 2015.

Lihat lebih banyak...

Comentários

Copyright © 2017 DADOSPDF Inc.