Processos Interativos em Arte Educação (ABCiber 2010)

June 24, 2017 | Autor: A. Moreira Caetano | Categoria: Distance Education, Art Education, Arts Education and Pedagogy
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Processos interativos em arte/educação1 Alexandra Cristina Moreira Caetano2 MídiaLab – VIS/IdA - UnB

Resumo Este artigo apresenta o sistema de tutoria, a formação do professor/tutor e sua importância dentro da educação a distância, pensando está formação direcionada para a mediação em cursos de artes visuais, especialmente na formação de arte/educadores. A tutoria é fundamental para que a aprendizagem seja significativa para o aluno, em especial nos cursos de graduação, sendo que a área de formação deste professor-tutor, torna-se chave para que os processos sejam efetivados de forma criativa, construtiva e colaborativa. Palavras-chave Arte/educação, professor-tutor, educação a distância, interação, artes

Introdução

A significativa expansão da Educação a Distância, EaD no Brasil e no mundo tem provocado um aumento da demanda por cursos online. Nesse contexto, torna-se necessário investir na formação dos profissionais que estejam diretamente envolvidos tanto com o desenvolvimento dos cursos e disciplinas quanto com o contato direto com os alunos. A EaD é vista como solução tanto para a formação e atualização de profissionais, proporcionando economia de tempo e espaço, além de possibilitar maior aproveitamento dos estudos ajustando-os à disponibilidade destes recursos. É também uma modalidade educativa em constante expansão devido ao desenvolvimento de tecnologias, especialmente na área de informática e telecomunicações. Vincula-se aos recursos comunicacionais que facilitem a transmissão de conteúdos e a comunicação entre as partes interessadas, visto que faz uso destes recursos para compartilhar conhecimentos e 1

Artigo científico apresentado ao eixo temático “Educação, Processos de Aprendizagem e Cognição”, do IV Simpósio Nacional da ABCiber. 2010, Rio de Janeiro/RJ. Anais do IV Simpósio Nacional da ABCiber. 2 Alexandra Cristina Moreira Caetano é Pedagoga pela FUMEC/MG. Mestre em Artes, na linha de Arte e Tecnologia_UnB, com pesquisa em INTERFACES: processos criativos em arte computacional. Especialista em Artes Visuais pelo SENAC-DF, pesquisa em Objetos de aprendizagem em artes visuais. Especialista em Educação a Distância pelo SENAC-DF. Atua como tutora na UAB_UnB no Curso de Artes Visuais. [email protected] 1 IV Simpósio Nacional ABCiber - Dias 01, 02 e 03 de Novembro de 2010 - ECO/UFRJ

informações buscando a mediação do processo de ensino-aprendizagem. Segundo Torres (2004) a comunicação bidirecional síncrona e assíncrona entre todos os agentes envolvidos na construção do conhecimento apóia-se em recursos multimídias, propiciando a cooperação e colaboração entre eles. É a ação dialógica do professor-tutor, mediando os processos interativos nos ambientes virtuais de aprendizagem que garante um melhor aproveitamento dos processos de aprendizagem. Para Corrêa (2006, p.28), “o estudo à distância é uma inovação dentro da educação formal”. Permitindo o acesso à educação continuada, ou a especializações, a pessoas que encontram nesta modalidade sua única opção para continuar a estudar e a se atualizar. Esta modalidade educativa caracteriza-se essencialmente por oferecer estudos autônomos, com flexibilidade de tempo e espaço para que os alunos optem por quando e onde aprender, e isso sem falar na maior diversidade de informações que podem ser veiculadas e trocadas com a utilização de recursos tecnológicos. A EaD surge como uma opção inclusiva para todos os que se reconhecem como sujeitos ativos, participativos, colaborativos e modificadores dentro dessa nova realidade. Nesta modalidade de ensino, é possível que pessoas dispersas geograficamente e em horários distintos cumpram o programa e o cronograma proposto utilizando-se de ferramentas de comunicação síncronas e assíncronas para interação com o professor-tutor e com os colegas. Assim, o domínio de tecnologia como mediador neste tipo de aprendizagem torna-se essencial, bem como a formação dos profissionais que atuam ou pretendem atuar educacionalmente com estas tecnologias. Não é a tecnologia que garantirá a qualidade desta modalidade educativa, mas a combinação entre o domínio das tecnologias da comunicação e da informação (TICs), o domínio das tecnologias educacionais (TE) e o domínio do conteúdo que está sendo ensinado por meio destas tecnologias é o ponto de partida para o alcance desta qualidade. O

desenvolvimento

das

TICs

permitiu

a

maior

acessibilidade

ao

conhecimento/saber por parte de um maior número de pessoas. A aproximação das pessoas distantes no espaço e a comunicação em tempo real transformaram em realidade a sociedade globalizada. O aproveitamento desses recursos na EaD passou a ser de fundamental importância para garantir rapidez no acesso e feedback dos dados recebidos e enviados, facilitando a comunicação entre as partes interessadas, além de possibilitar a implementação de novos sistemas que venham a promover uma qualidade maior para os cursos ministrados à distância. 2 IV Simpósio Nacional ABCiber - Dias 01, 02 e 03 de Novembro de 2010 - ECO/UFRJ

Litwin (2001, p.79) afirma que “adaptar-se aos desenvolvimentos tecnológicos resulta na capacidade para identificar e pôr em prática novas atividades cognitivas”. A diversidade de ferramentas e recursos disponibilizados nos ambientes virtuais de aprendizagem permite elaborar aulas criativas e materiais instrucionais que auxiliem o estudante em seu processo de aprendizagem. A utilização da internet foi uma conseqüência natural do desenvolvimento das novas tecnologias de informação e da aplicação destas em cursos a distância. O que não é natural e necessita de investimento é a formação, ou melhor, a preparação dos profissionais para o uso da TICs especialmente quando estas tecnologias estão aplicadas ao ensino/aprendizagem de conteúdos específicos. A educação a distância ocorre em ambientes virtuais de aprendizagem (AVA). Os AVAs foram estruturados para que os estudantes tenham acesso ao conteúdo instrucional, acompanhados por um professor-tutor que irá mediar a aprendizagem, orientando-lhes e abrindo caminhos para que aprendizagem significativa. A necessidade de um professortutor que acompanhe constantemente os usuários da plataforma demonstra a importância que tem os profissionais da área dominarem as tecnologias e os conteúdos com as quais operam. Nos cursos a distância, adota-se o princípio da aprendizagem colaborativa, que se constrói a partir da interação, das trocas e das colaborações entre os participantes ativos do processo de ensino aprendizagem. O objetivo é tornar a aprendizagem significativa para o aluno, ou seja, segundo Ausubel (apud MOREIRA, 2006, p.14), “um processo pelo qual uma nova informação se relaciona, de maneira substantiva (não literal) e não arbitrária, a um aspecto da estrutura cognitiva do indivíduo”. Por meio da colaboração e da interação o aluno capacita-se para compreensão e construção do conhecimento. Em EaD, a aprendizagem é centrada no aluno, mediada por uma tutoria ativa e motivada pelas interações entre os participantes.

Sistema de Tutoria

Ao se pensar num sistema de tutoria e nos processos de interação que ocorrem em função da ação deste professor-tutor, torna-se necessário caracterizar os elementos no processo ensino-aprendizagem (aluno, professor-tutor e ambiente colaborativo), que neste artigo foram caracterizados segundo Onrubia (1998): 3 IV Simpósio Nacional ABCiber - Dias 01, 02 e 03 de Novembro de 2010 - ECO/UFRJ

- Aluno: é ativo no processo, pois participa, envolvendo-se com sua aprendizagem de maneira significativa e responsável. Ele constrói e reformula o aprendizado, incorporando esse conhecimento para novas experiências; - Professor/tutor: atua como mediador do processo de aprendizagem. Ele estimula, incentiva e elabora atividades que desafiam o aluno. Procura motivar o aluno, sugerindo atividades que explorem diferentes ferramentas comunicacionais. Propõe textos focados na temática de interesse geral. Para isso o professor deverá, na medida do possível, flexibilizar o seu planejamento a fim de adequar metodologias e recursos visando ao alcance do objetivo do aprendizado. Deve buscar manter sempre o respeito mútuo e estabelecer a colaboração entre os alunos e destes consigo mesmo, para isso busca estabelecer diálogo. As atividades propostas devem propiciar a criação de sentidos para o conteúdo ministrado, para que a aprendizagem seja significativa. O professor/tutor deverá estar atento às diferenças individuais e às necessidades de cada aluno em particular, além de propiciar o contato entre os participantes do curso. Além disso, deverá avaliar constantemente e continuamente o planejamento e sempre que necessário modificá-lo conforme as necessidades levantadas nessa avaliação. Para tanto, torna-se necessário o planejamento de várias estratégias possibilitando ao aluno possa (re)construir seu conhecimento ao longo do processo. As ações do professor-tutor pressupõem um planejamento criterioso que seja do conhecimento do aluno e que possa ser flexibilizado permitindo adaptações necessárias ao perfil da turma ingressa. - Ambiente cooperativo: deve ser criado dentro do ambiente do curso um clima de cooperação estimulando aos alunos para que possam se manifestar, verbalizando e justificando suas posições frente aos conteúdos, possibilitando a reflexão sobre suas certezas e dúvidas.

O ambiente cooperativo possui ferramentas e recursos que permitem a alunos e professores/tutores realizarem diferentes formas de interação visando à efetivação da aprendizagem do aluno. A interatividade no ambiente cooperativo, aliada à comunicação bidirecional é importante para que se mantenha os alunos motivados, além de tornar possível obter um feedback mais preciso e imediato acerca das satisfações, insatisfações e dificuldades destes alunos em relação ao ambiente ou em relação ás atividades propostas. Para o sucesso dos sistemas de tutoria, nos cursos de graduação, é necessária a presença de uma tutoria ativa. A tutoria ativa acompanha o desenrolar do processo, observa as dificuldades individuais, estabelece uma comunicação bidirecional que leve ao rompimento do processo de conflito e que estabeleça a busca de soluções. Empenha-se em estabelecer uma rede colaborativa, para que todos se sintam motivados a participar. Para tanto, espera-se que o tutor estabeleça boa comunicação com seus alunos, esteja acostumado à realização de trabalho cooperativo/colaborativo, tenha organização, criatividade e iniciativa. O diálogo amistoso é o ponto de partida para o estabelecimento de uma relação de cooperação. Espera-se que o tutor precisa saiba intermediar os conflitos e ansiedades dos alunos durante o processo. 4 IV Simpósio Nacional ABCiber - Dias 01, 02 e 03 de Novembro de 2010 - ECO/UFRJ

Segundo Silva (2001), para que haja interatividade é preciso garantir duas disposições basicamente: 1. A dialógica que associa emissão e recepção como pólos antagônicos e complementares na co-criação da comunicação; 2. A intervenção do usuário ou receptor no conteúdo da mensagem ou do programa, abertos a manipulações e modificações. (SILVA, 2001, p.3)

A interatividade deverá ocorrer por meio da utilização das ferramentas de comunicação síncrona e assíncrona disponíveis no ambiente virtual de aprendizagem (AVA). Sendo que a interatividade entre tutor/alunos se dará principalmente por meio das discussões nos fóruns, nos chats agendados previamente, nas comunicações realizadas através dos emails pessoais, e pela ferramenta de mensagem dentro da plataforma. Já a comunicação entre alunos, visando a socialização, a troca de conhecimentos e informações e a construção colaborativa ocorrerá especialmente nas discussões temáticas nos fóruns, nos chats, através da utilização da ferramenta de mensagens na plataforma e nas atividades em grupo com utilização do wiki (viabilizando as construções colaborativas). A outra forma de interatividade prevista é a do aluno/máquina (ferramentas e recursos da tecnologia educacional), por meio da qual o aluno terá acesso às informações sobre o curso, poderá comunicar-se com tutor e com seus colegas, enviar tarefas, realizar atividades colaborativas e cumprir toda a programação prevista para o curso. Sabendo da importância que se tem a formação do professor/tutor para a qualidade das interações, durante o processo de aprendizagem a distância, e considerando que a modalidade a distância ainda carece de regulamentações mais precisa, é que se busca alertar para a necessidade de se investir na formação e seleção do professor-tutor, tanto quanto se investe na formação e escolha do professor-autor. Eis uma das razões pelas quais se defende que o professor-tutor deve não apenas dominar o conteúdo que irá mediatizar, mas deve também ter formação compatível com o curso em que irá atuar. Para Amaral, Gonçalves e Silva (2006), o professor/tutor fornece informações que só terão significado para o aluno se forem elaboradas. A aprendizagem significativa se processa no aluno na medida em que o professor/tutor agrega significado ao diálogo que estabelece com o aluno. Afinal, ele incentiva, orienta a elaboração do plano de estudos, assinala direções, acompanha e avalia a aprendizagem. O professor/tutor deve estimular a aprendizagem autônoma do aluno, para isso deve acompanhar, motivar e orientá-lo no AVA, utilizando-se de metodologias e meios adequados 5 IV Simpósio Nacional ABCiber - Dias 01, 02 e 03 de Novembro de 2010 - ECO/UFRJ

para facilitar este modelo de aprendizagem. Segundo Souza et all (2004), o professor/tutor assume função estratégica por meio de diálogos, de confrontos, da discussão entre diferentes pontos de vista, das diversificações culturais e do respeito entre formas próprias de se ver e de se portar frente aos conhecimentos. Para que se tenha uma aprendizagem dinâmica, a tutoria deve caracterizar-se pelo seu caráter interativo, possibilitando o relacionamento entre todos os participantes do processo. O aluno precisa sentir que os professores-tutores estão sempre presentes, como se o contato fosse presencial e em tempo real. É essencial, portanto, que o profissional atuando como professor/tutor, possua entre outras qualidades a facilidade de comunicação, dinamismo, criatividade, liderança e iniciativa para realizar com eficácia o trabalho de facilitador, junto ao grupo de alunos sob sua tutoria. Souza (2004) defende que No exercício da arte de seduzir pedagogicamente, o professor/tutor deve buscar a autenticidade dos seus atos pedagógicos e pessoais, já que é visto como um todo, devendo zelar pela verdade, já que esta, no campo pessoal e intelectual, simboliza o caminho para exercício da confiança, da criatividade e da liberdade dentro do grupo e fora dele.

Assim sendo, o professor-tutor é sempre alguém que possui duas características essenciais: domínio do conteúdo técnico-científico e, ao mesmo tempo, habilidade para estimular a busca de resposta pelo participante. É importante que o tutor interaja também com os professores-autores, de modo a conhecer profundamente o material didático que será seu principal instrumento. Esse contato também é válido para que o professor-tutor, baseado em suas avaliações e pesquisas diagnósticas, aponte ao autor possíveis ambigüidades ou pontos obscuros, de forma a tornar o material didático cada vez mais auto-instrucional. O professor/tutor investe na construção de uma relação de respeito e confiança fazendo com que o aluno desperte-se para o conteúdo, visando a superação dos obstáculos encontrados. A cooperação e a colaboração não se restringem às relações estabelecidas entre os discentes. Os professores/tutores também participam da socialização do conhecimento, desafiada pela proposta do aluno autônomo, responsável pelo seu processo de aprendizagem. As interações entre colegas de turma, a diversidade de opiniões frente às informações, a reflexão, o debate possibilitam que os conhecimentos possam ser construídos e reconstruídos numa ação pró-ativa dos participantes do grupo. A interatividade assume um papel importante na aprendizagem colaborativa, pois ela destaca a participação ativa e a 6 IV Simpósio Nacional ABCiber - Dias 01, 02 e 03 de Novembro de 2010 - ECO/UFRJ

interação de todos os atores envolvidos no processo de aprendizagem, tais como alunos, professores, tutores. Souza et all (2004), afirma que o perfil do professor/tutor deve incluir: • • • • •

Saber lidar com os ritmos individuais diferentes dos alunos; Apropriar-se de técnicas novas de elaboração do material didático impresso e do produzido por meios eletrônicos; Dominar técnicas e instrumentos de avaliação, trabalhando em ambientes diversos daqueles já existentes no sistema presencial de educação. Ter habilidades de investigação; Utilizar técnicas variadas de investigação e propor esquemas mentais para criar uma nova cultura, indagadora e plena em procedimentos de criatividade.

Se como professor/tutor, o profissional precisa ter perfil que lhe possibilite o exercício da tutoria ativa, colaborativa e participativa. O que diferencia o sistema de tutoria em artes visuais.

Tutoria em Artes Visuais

O ensino de artes a distância oferece muitos desafios, em função da adequação entre o que é desejável, o que é possível e o que é exequível. Na Web, encontram-se cursos que exploram ferramentas e recursos presentes nos ambientes virtuais de aprendizagem, adaptando-os às necessidades de cunho teórico e prático do campo das artes. Neste sentido, existem cursos experimentais ministrados por artistas (docência online independente), cursos organizados e oferecidos por professores universitários (regra geral associados à disciplina ministrada presencialmente), e cursos com certificação realizados por instituições de ensino (extensão, graduação e pós-graduação). Antes de discutir sobre o sistema de tutoria em artes visuais, refletiu-se sobre as questões mais amplas que permeiam o ensino da arte: (1) Como os alunos aprendem arte; (2) O que é importante ser ensinado em artes; (3) Como os conteúdos de aprendizagem em arte podem ser organizados. Estas questões norteiam a estruturação do curso, em qualquer modalidade de ensino. Mas privilegiando neste momento a educação a distância, entende-se que a Abordagem Triangular do Ensino de Arte pode ser aplicada a um ambiente virtual de aprendizagem – AVA, a sala de aula virtual de um curso a distância. A Abordagem Triangular do Ensino de Arte é adequada a EaD por compartilhar com esta

modalidade

características

como

ser

construtiva,

interacionista,

dialogal, 7

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multiculturalista. Segundo Rizzi (2008, p.337), a Abordagem Triangular “postula que a construção do conhecimento da arte acontece quando há o cruzamento entre experimentação, codificação e informação”.

Este cruzamento ocorre a partir das ações básicas a serem

realizadas no relacionamento com a arte: fazer arte, contextualizar e ler obras de arte. A autora explica que esta abordagem permite uma interação dinâmica e multidimensional entre as partes e o todo e vice-versa, do contexto do ensino da arte, ou seja, possibilita o inter-relacionamento das três ações básicas: ler, fazer e contextualizar e o interrelacionamento das ações decorrentes: decodificar, experimentar, refletir e informar. Baseada na proposta diferenciada defende-se que os professores/tutores devem antes ser arte/educadores, pois desta forma dominam não apenas a linguagem específica dos conteúdos a serem trabalhados, mas também a forma de abordagem e a proposta pedagógica e poética do fazer artístico. Ensinar artes a distância não requer simplesmente domínio de ferramentas e recursos tecnológicos ou mesmo pedagógicos, requer conhecimento da poética, da estética e da linguagem própria que permeiam os processos criativos. É preciso que o professor/tutor trafegue pela diversidade de linguagens e mídias que dialogam no ensino de artes e nas tecnologias contemporâneas aplicadas à arte/educação. É necessário promover a reflexão no aluno, para que ele se torne crítico de seu próprio processo de criação, para que ele descubra a cosntrução dialógica entre prática e teoria. A formação do professor-tutor, que venha a atuar em cursos de graduação deve ser fundamentalmente voltada para a área em que atua, visto que o sem o domínio teórico e prático, que o torna um mediador ativo no processo de interlocução, a qualidade de seu processo de mediação acaba por ser prejudicado e mostrar-se incompleto. O professor-tutor colabora com a cosntrução do aprendizado na medida em que apreende os processos que tornam a aprendizagem significativa para o aluno. Auxiliando-o pelos caminhos que conduzem à aprendizagem efetiva e criativa. Dominar todos os processos permitem uma ação mais consciente e positiva, possibilitando uma interação cosntrutiva com os alunos.

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