Produção de peixes de água doce em sistema de viveiro escavado

May 23, 2017 | Autor: A. da Silva Macêdo | Categoria: AQUICULTURA, Zootecnia, Piscicultura
Share Embed


Descrição do Produto

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA DISCIPLINA: Tecnologia da Produção de Peixes PROFESSOR: Marcelo Luis Rodrigues

Produção de peixes de água doce em sistema de viveiro escavado

Alunos de Graduação em Zootecnia – UFPB-CCA Alberto Jefferson da Silva Macêdo 31214084 Pedro José Rodrigues Neto

31214094

Silas Bequer Bezerra Teotônio

31214083

Vinicius da Silva Santos

31214100

AREIA-PB 25 DE ABRIL DE 2016

Produção de peixes de água doce em sistema de viveiro escavado

Alunos de Graduação em Zootecnia – UFPB-CCA Alberto Jefferson da Silva Macêdo 31214084 Pedro José Rodrigues Neto

31214094

Silas Bequer Bezerra Teotônio

31214083

Vinicius da Silva Santos

31214100

Projeto de Piscicultura apresentado ao Prof. Dr. Marcelo Luis Rodrigues, como requisito para obtenção da nota referente ao segundo estágio da disciplina de Tecnologia da produção de peixes.

AREIA - PB ABRIL – 2016

1. INTRODUÇÃO

A piscicultura é uma atividade promissora que cresce no Brasil, pelo rápido ciclo de produção, elevada rentabilidade e por ser uma pratica sustentável, uma vez que os produtores são capazes de aproveitar efetivamente os recursos naturais locais, principalmente os hídricos, além de ter um retorno financeiro, em que este se dá pelo consumo da proteína animal de boa qualidade pela população. Na criação de peixes em tanques, pode-se controlar e selecionar as espécies que pretende criar, e eles ficam sempre acessíveis ao produtor, apresentando um ciclo rápido de produção. Outra consideração é que é possível fazer o uso eficiente de solos deficientes em nutrientes, preparando-os corretamente para a criação de peixes, dessa forma áreas disponíveis na propriedade podem ser exploradas. Uma das espécies mais escolhidas para criação de peixes é a tilápia por ser uma espécie precoce, de rápido crescimento e apresentar excelente desempenho em sistemas intensivos de produção, dessa forma o retorno econômico é rápido e apresenta uma boa eficiência de produção. A piscicultura possui grande importância a nível regional, nacional e mundial, pois a cada dia a demanda de alimentos para a humanidade aumenta, desta forma deve-se buscar meios para se conseguir produzir alimentos “proteína animal” com eficiência e sem agressão ao meio ambiente. Assim o presente projeto de piscicultura visa elaborar um sistema de produção de peixes de água doce em sistema de viveiro escavado, buscando atender os requisitos sociais, econômicos, culturais e ambientais.

2. OBJETIVOS GERAIS

a) Melhoria na renda e qualidade de vida dos piscicultores/agricultores familiares da região; b) Movimentação da economia, geração de empregos e produção de alimentos; b) Uso racional dos recursos disponíveis na propriedade com aproveitamento de recursos naturais; c) O estímulo a Organizações Não Governamentais – ONG e Governamentais de assistência técnica para mais um nicho de produção sustentável; d) Criação de vínculo com entidades que possam ter como unidade de demonstração, de convivência sustentável com o semiárido; 1 Alunos de graduação em Zootecnia

Projeto de Piscicultura

e) Convenio de comercialização dos produtos em diversos setores de comercialização;

2.1 Objetivos específicos a) Desenvolvimento de um projeto voltado para piscicultura viável capaz de gerar lucros; b) Utilização de todo o recurso financiado c) Abastecimento do mercado em diferentes meses ao longo do ano e obtenção de uma renda liquida em diferentes meses do ano d) Pagamento do projeto ainda no primeiro ano; e) Formular um calendário estratégico de ação para facilitar a gestão da produção;

3. METODOLOGIA E ESTRATÉGIA DE AÇÃO

3.1 Sistema de produção

3.1.2 Extensivo No sistema de criação de peixes extensivo os animais dependem do alimento natural presente no corpo de água, não sendo utilizados ração e suplementos alimentares. Geralmente não há renovação contínua de água nem maiores cuidados com a qualidade da água. A taxa de estocagem de peixes por viveiro é baixa, em torno de um peixe/5m², com produtividade média de até uma tonelada/ha/ano.

3.1.3 Semi-intensivo Nesse sistema, são construídos viveiros próprios para a criação comercial, permitindo o controle sobre o abastecimento e escoamento da água. São usadas a calagem e a fertilização para o incremento do alimento natural, tornando a água levemente esverdeada, juntamente com o fornecimento regular de ração balanceada e controle da qualidade da água. É comum a utilização de duas ou mais espécies com hábitos alimentares diferentes (policultivo) e dependendo da espécie, qualidade de ração, níveis de fertilização, dentre outros. A produtividade pode variar em torno de 8 mil a 10 mil quilos/ha/ano. Contudo, em regiões brasileiras com pouca incidência de chuva, como no caso do semiárido, é possível a criação de peixes em viveiros sem circulação de água, desde que tenha o mínimo para compensar as perdas por evaporação e infiltração. Desta forma, de acordo com essas perdas é recomendada a recomposição do nível normal da água do

2 Alunos de graduação em Zootecnia

Projeto de Piscicultura

viveiro. Nesse sistema, o volume de peixes no viveiro é menor em comparação ao sistema com renovação de água. É um sistema que exige muita atenção do produtor.

3.1.4 Intensivo Neste sistema de produção os viveiros apresentam maior taxa de renovação de água, podendo utilizar aeração suplementar. Normalmente, a opção é pelo monocultivo, com densidades mais elevadas, podendo chegar a mais de 20 mil alevinos por hectare, utilizando-se ração de qualidade superior e maior frequência de alimentação. Este sistema permite atingir produtividade acima de 20 mil quilos por hectare/ano.

3.1.5 Superintensivo Neste sistema, são utilizadas altas densidades de peixes por m³ e alimentação intensiva. Portanto, é necessária alta taxa de renovação de água para permitir a eliminação das fezes e metabólitos excretados pelos peixes. Para suportar o alto fluxo de renovação de água necessária são utilizados tanques de concreto ou de fibra de vidro com aproximadamente 30 m³ de água, sistema conhecido como raceway.

3.2 Tipos de Criação São três os tipos de criação de peixes: o monocultivo, o policultivo e a criação consorciada. O monocultivo é caracterizado pela criação de apenas uma espécie de peixe no viveiro. Geralmente, esse tipo de criação é utilizado nos sistemas intensivo e superintensivo. Uma desvantagem é a subutilização dos alimentos naturais não consumidos pela espécie escolhida. O policultivo é caracterizado pela criação de duas ou mais espécies de peixe no viveiro, com hábitos alimentares diferentes, explorando melhor as fontes naturais de alimento existentes. Este tipo de criação é mais utilizado em criações extensivas e semiintensivas. O consórcio é a criação de peixes associada com outras espécies animais ou com vegetais, como a aquaponia e a fertirrigação.

3.3 Qualidade da água O aumento da carga de matéria orgânica na água, causado pelos restos de ração, fezes e metabólitos excretados pelos peixes, pode desencadear uma série de consequências, comprometendo o equilíbrio químico, físico e biológico da água. Isso leva 3 Alunos de graduação em Zootecnia

Projeto de Piscicultura

ao crescimento de organismos indesejáveis à piscicultura, ao equilíbrio no pH, à redução dos níveis de oxigênio e até a morte de peixes. O manejo da piscicultura deve ser feito de modo a reduzir ao máximo as perdas de ração para o meio ambiente e é preciso monitorar constantemente as variáveis de qualidade da água.

3.3.1 Análises de Rotina A qualidade da água deve ser avaliada antes, durante e depois do desenvolvimento da atividade de piscicultura. Entretanto, durante a atividade a frequência de monitoramento irá variar dependendo do tipo e do sistema de criação. As criações semiintensivas e intensivas exigem análises diárias de algumas variáveis a fim de fornecer dados para o melhor manejo dos viveiros. Sendo os principais parâmetros ou variáveis de qualidade da água que necessitam ser analisados frequentemente pelos piscicultores: a temperatura, a transparência da água, o pH, o oxigênio dissolvido e o nível de amônia.

3.4 Temperatura Os peixes não apresentam a capacidade de manter a temperatura corporal constante, por isso a temperatura da água é uma das variáveis mais relevantes na piscicultura, exercendo influência direta nos processos fisiológicos, como a taxa de respiração, assimilação do alimento, crescimento, reprodução e comportamento. Valores de temperatura da água muito elevados podem acarretar dificuldades nos processos digestórios relacionados à incapacidade de absorver nutrientes, diminuindo assim a taxa de crescimento dos peixes ou possibilitando a mortalidade. Outra consequência importante, sobre o aumento da temperatura, é a diminuição do oxigênio dissolvido na água, o que dificulta o processo de respiração dos peixes. No entanto, baixas temperaturas podem provocar redução das atividades metabólicas, diminuindo a imunidade, facilitando o aparecimento de doenças. Nas estações mais quentes do ano, o consumo de alimento aumenta, assim como a taxa de crescimento dos peixes. A temperatura ideal para o desenvolvimento de peixes tropicais em viveiros de engorda situa-se entre 25 °C e 32 °C. A aferição da temperatura da água dos viveiros deve ser feita diariamente, com um termômetro comum, digital ou termômetro de máxima e mínima instalado no local. Nos meses quentes, se a temperatura atingir valores acima dos níveis máximos ideais deve-se intensificar a renovação da água dos viveiros, aumentando a entrada e saída de água, além da oxigenação. Nesse caso, a alimentação deve ser reduzida ou até mesmo interrompida e deve-se evitar manejar os peixes. 4 Alunos de graduação em Zootecnia

Projeto de Piscicultura

Durante o inverno, com baixas temperaturas da água, os peixes ficam estressados, o que diminui sua imunidade e favorece o aparecimento de doenças causadas, principalmente, por bactérias e fungos. Nessa situação, manusear os peixes somente no período mais quente do dia.

3.5 Transparência O monitoramento da transparência da água do viveiro é importante, principalmente quando não se dispõe de medidores de oxigênio e nem de sistemas de aeração para eventuais emergências, porque permite acompanhar a concentração da população planctônica. Assim, o produtor pode prever e evitar possíveis diminuições na concentração de oxigênio dissolvido na água, principalmente no período noturno, quando o fitoplâncton cessa o processo de fotossíntese e consequentemente para de produzir oxigênio. A baixa transparência pode indicar excesso de matéria orgânica, plâncton, matéria em suspensão decorrente de chuvas ou revolvimento do fundo, o que impede a penetração da luz, diminuindo a produção de oxigênio realizada pelas microalgas. Contudo, a alta transparência indica falta de plâncton, que pode ocasionar grande variação de pH ao longo do dia. Isso traz consequências prejudiciais à produção, além de favorecer o aparecimento de algas e plantas aquáticas que dificultam o manejo no momento da despesca. A medição da transparência é feita utilizando-se um instrumento denominado Disco de Secchi. Esta ferramenta, de uso bastante prático e de baixo custo, consta de um disco pintado de branco e preto, com diâmetro variando de 20 a 30 cm, suspenso por uma corrente ou cordão graduado de 10 em 10 cm, contendo um peso que permite ao disco afundar com facilidade quando imerso na água. O Disco de Secchi pode ser substituído por outro objeto que permita estabelecer visualmente a medida da penetração de luz na água, quando afundado no viveiro. Como exemplo, um prato raso pintado de branco suspenso por uma fita métrica. A análise deve ser procedida em dias ensolarados entre as 12 e 14 horas, afundando-se o disco e verificando até que profundidade ele pode ser visto. O ideal para a criação de peixes é que o disco possa ser visto entre 30 e 60 cm de profundidade, indicando a existência de quantidade adequada de plâncton. Se o disco desaparecer da visão antes da profundidade de 30 cm, a indicação é de baixa transparência, devendo-se cessar a adubação do viveiro, diminuir o arraçoamento e aumentar o fluxo de água, a fim

5 Alunos de graduação em Zootecnia

Projeto de Piscicultura

de trocar parte da água do viveiro. Nesta condição, corre-se o risco dos peixes morrerem por falta de oxigênio no período noturno, principalmente. Contudo, quando se pode enxergar o disco a profundidades superiores a 60 cm, a indicação é de elevada transparência, sendo recomendado incrementar a fertilização do viveiro e reduzir o fluxo de água ao mínimo possível até a transparência retornar ao valor adequado.

3.6 Oxigênio dissolvido A concentração de oxigênio dissolvido é o parâmetro mais importante para a piscicultura, sendo medido por meio do aparelho Oxímetro ou kits de análise facilmente encontrados em lojas especializadas. Esse gás está presente na água devido, especialmente, a ação dos ventos, que permite a transferência do oxigênio presente no ar para a água, e ao processo de fotossíntese realizado pelas microalgas do plâncton, que também liberam oxigênio para o meio aquático. A solubilidade do oxigênio na água é afetada pela temperatura, salinidade e pressão atmosférica. Sabe-se que quanto maior a temperatura e a salinidade, menor é a concentração de oxigênio na água. À noite, quando as microalgas cessam a produção de oxigênio, devido à interrupção do processo de fotossíntese, a concentração de oxigênio dissolvido diminui, atingindo níveis críticos durante a madrugada. A partir do início da manhã, os valores de oxigênio dissolvido aumentam e as maiores taxas ocorrem no período da tarde, como resultado da retomada do processo de fotossíntese pelo fitoplâncton. A concentração de oxigênio dissolvido mais indicada para a produção de peixes tropicais é acima de 5 mg/litro. Abaixo desse valor, pode haver diminuição das taxas de crescimento se a exposição for muito prolongada, e, se o valor ficar abaixo de 1 mg/litro, os animais podem morrer. Desta forma, recomenda-se o monitoramento diário do oxigênio dissolvido para prever a ocorrência de níveis críticos.

3.7 Potencial hidrogeniônico O pH é a medida utilizada para determinar o quanto o meio é ácido ou básico. A medida do pH é obtida por meio de papel indicador de pH, kits colorimétricos ou com pHmetro. Os valores de escala do pH variam de 0 a 14, sendo 7 considerado pH neutro. A faixa ótima para a criação de peixes situa-se entre 6,5 e 9,0. Águas com pH abaixo de 6,5 e acima de 9,0 são prejudiciais ao crescimento e reprodução dos peixes. 6 Alunos de graduação em Zootecnia

Projeto de Piscicultura

O pH da água muda, conforme a temperatura, o poder tamponante da água, os processos de respiração dos peixes e a fotossíntese das microalgas, sendo menor desde o início do anoitecer até a madrugada, aumentando com a luz do dia. No final da tarde são observados os valores mais elevados, que podem potencializar a ação tóxica da amônia presente na água do viveiro. Em altas concentrações podem levar à mortalidade dos peixes. Portanto, recomenda-se o monitoramento do pH diariamente, de preferência ao final da tarde.

3.8 Amônia A amônia não ionizada é um parâmetro de elevada importância na piscicultura. Em níveis elevados pode levar os peixes à morte. A potencialização da sua toxidez é devida ao alto pH e a alta temperatura da água. Por isso, é importante renovar parte da água do viveiro em criações intensivas para a retirada do excesso dessa amônia. A amônia (NH3 e NH4+) tem várias origens no meio aquático, principalmente sendo pela decomposição da matéria orgânica, pelos excrementos dos peixes, decomposição da proteína contida nas sobras de ração e pela morte de microalgas, quando estas crescem excessivamente. A concentração de amônia ideal para a criação de peixes é abaixo de 0,05 mg/litro.

3.9 Construção dos viveiros

3.9.1 Limpeza da Área Os viveiros devem ser construídos em locais livres de vegetação, de rochas e de formigueiros, pois estes dificultam a operação das máquinas e favorecem a infiltração da água, comprometendo a operação de enchimento do viveiro e a qualidade da água.

3.9.2 Viveiros O formato do viveiro deve ser definido de acordo com o bom senso do projetista, de modo que ocupe a maior área possível, tendo por objetivo o deslocamento mais prático entre os viveiros. Vale ressaltar que as ações desenvolvidas no dia a dia da cultura, como a despesca, o arraçoamento, a análise da água e o carregamento de peixes. Sempre que o terreno permitir, deve-se presar pela construção de viveiros retangulares que representam praticidade. O estabelecimento do tamanho do viveiro leva em consideração o sistema de produção a ser praticado na propriedade. Pode-se fazer a fase de cria e as fases de recria e engorda em viveiros separados ou fazê-las todas em um único viveiro. Para o primeiro 7 Alunos de graduação em Zootecnia

Projeto de Piscicultura

caso, recomenda-se viveiros menores para receberem as pós-larvas ou os alevinos pequenos (de 1 a 2 cm) para se fazer a cria, sendo os animais posteriormente transferidos a viveiros maiores, para se fazer a recria e a engorda, quando alcançam o peso ideal para o abate. No segundo caso, recomenda-se a construção de viveiros maiores, de até 1000 m². A construção de diversos viveiros pequenos é mais cara e exige maior área que a construção de um viveiro grande. Contudo, visando facilitar o manejo, pode-se adotar os seguintes tamanhos para a criação: fase de alevinagem, viveiros de 300 a 500 m²; e as fases de recria e terminação, viveiros de 1000 a 5000 m². Os taludes são as paredes laterais inclinadas dos viveiros. A sua construção deve ser livre de matéria orgânica e a compactação feita em lâminas de terra de espessura inferior a 20 cm, utilizando equipamentos adicionais para a compactação, caso seja necessário, como o rolo compactador e o pé de carneiro. A inclinação do talude varia em razão do material de aterro, garantindo na parte interna do talude uma inclinação mais suave por conta do efeito erosivo das ondas. A tabela 1 mostra a inclinação recomendada do talude para cada tipo de solo. A largura da extremidade mais alta do talude, denominada de crista, deve ser adequada às dimensões do viveiro, garantindo o tráfego seguro de pessoas e veículos. Na prática a recomendação é a seguinte: taludes principais, largura mínima da crista de 3 a 4 m para permitir a passagem de veículos; taludes secundários, largura da crista deve permitir o tráfego de veículos e a roçada mecanizada; e os taludes pequenos, a largura da crista pode ser igual à altura do talude. O fundo dos viveiros deve ser bem compactado para controle da infiltração e favorecimento da despesca. A escavação deve ser feita de forma a permitir uma inclinação longitudinal em torno de 0,5 a 2% no sentido do escoamento da água. Esta inclinação permitirá o escoamento total da água por gravidade na despesca dos peixes. A profundidade do viveiro não deve ser menor a 80 cm nem maior que 1,8 m. Em ambientes rasos há o favorecimento do crescimento de plantas aquáticas e algas filamentosas indesejáveis à piscicultura, podendo tomar conta de todo o viveiro, com redução da área útil. Na prática, recomenda-se: 0,8 a 1,2 m na parte mais rasa e 1,5 a 1,8 m na parte mais profunda. Entre o nível máximo da água e a crista do talude deve haver uma borda livre ou de segurança entre 30 e 40 cm para viveiros de até 5000 m², de forma a se evitar o transbordamento da água, principalmente no período chuvoso. Quanto maior o viveiro, maior deverá ser a borda livre. Após o término da construção, devem ser adotadas 8 Alunos de graduação em Zootecnia

Projeto de Piscicultura

práticas de contenção de encosta, como o plantio de gramas ou braquiárias. Isso é importante tanto entre os viveiros quanto nas cristas, assim como em todos os taludes externos e internos, até o nível da água, com a finalidade de evitar erosões. Nos taludes e cristas deve ser evitado o plantio de árvores, pois estas favorecem a infiltração da água. Na extremidade oposta, de preferência, a entrada da água haverá o dreno (monge), podendo ser construída uma estrutura adicional denominada de caixa de despesca ou caixa de coleta. Ela não é obrigatória, mas ajuda na captura dos últimos peixes que escapam da rede de arrasto. O método mais comum de construção é o rebaixamento do fundo, em torno de 30 cm, próximo ao talude, bem compactado, com paredes e fundo em alvenaria, preferencialmente em formato retangular, ocupando no máximo 5% da área total do viveiro.

3.10 Sistemas de Abastecimento e Drenagem A água pode ser proveniente de córregos, rios ou açudes, ou poços artesianos, porém com quantidade e qualidade para a piscicultura, conforme descrito posteriormente neste trabalho. Utilizar a gravidade no abastecimento dos viveiros reduz custos com eletricidade ou combustível para o bombeamento. Por isso, ao se projetar os viveiros é importante verificar a localização da fonte de água e aproveitar a topografia do terreno. Caso seja interessante, recomenda-se construir uma barragem de forma a promover a elevação do nível da água para distribuí-la por gravidade até os viveiros. Para se captar água por gravidade, precisa-se: que o sistema permita o controle total sobre o volume a ser captado; que a captação seja feita por meio de canal aberto ou por tubulação; que a dimensão do canal de abastecimento possibilite a vazão média de 15 litros de água por segundo por hectare de lâmina d’água no período de estiagem da região; e que a captação da água, na represa, seja feita na parte mais próxima da superfície. Antes da distribuição da água, é conveniente a construção de um sistema de filtragem para impedir a entrada de resíduos e espécies indesejáveis para a piscicultura. O sistema deve permitir a limpeza periódica ou ser projetado de maneira a promover a retrolavagem. É conveniente também a construção de uma caixa de alvenaria para controle da quantidade de água destinada a cada viveiro. É possível praticar a piscicultura por bombeamento, quando a fonte de água encontra-se abaixo do nível da água dos viveiros, em poços, represas ou riachos. Uma outra variante é o bombeamento da água para um reservatório encontrado acima dos viveiros para posterior abastecimento destes por gravidade.

9 Alunos de graduação em Zootecnia

Projeto de Piscicultura

O tamanho do viveiro vai influenciar no tipo e proporções de seu sistema de escoamento, podendo ser por monge ou cotovelo/cachimbo. Esse sistema deverá possibilitar a drenagem total da água do viveiro, ser construído na área mais profunda, assentado em terreno firme, evitando desvios ou rupturas que possam afetar o talude. Os principais sistemas de drenagem de viveiros são: monge, constituídos por uma caixa de secção, geralmente retangular, construída em alvenaria, placas de concreto ou em madeira, com altura correspondente ao nível da crista do talude. Essa estrutura favorece que a água usada saia do fundo do viveiro, o que possibilita sua renovação. No fundo dessa caixa é acoplada a tubulação de escoamento, situada na base do talude. Internamente as paredes possuem ranhuras ou canaletas de metal, com 2 a 3 cm de abertura, posicionadas verticalmente, paralelas e distanciadas em torno de 20 cm uma da outra, onde são sobrepostas tábuas que se encaixam promovendo a vedação com enchimento de terra ou pó de serragem entre as tábuas paralelas. O nível da água do viveiro será controlado pela sobreposição ou retirada das tábuas. Na base do monge deve ser instalada uma tela de contenção, compatível com o tamanho dos peixes, impedindo assim a sua fuga; cotovelo/cachimbo, são assentados no interior do viveiro. Como o monge, é dotado de tela, a fim de se evitar o escape de peixes do viveiro e deve ter dimensão compatível com o tamanho do viveiro. O tubo de esgotamento da água determinará a altura da lâmina de água do viveiro e deve possuir o mesmo diâmetro do tudo aterrado, diminuindo o tempo de esvaziamento do viveiro. Na despesca, o tubo de esgotamento deverá ser trocado por outro menor, permitindo a descida parcial da água. Para a coleta final dos peixes, esse tubo deve ser retirado, permitindo o esvaziamento total do criadouro; e o canal de drenagem, tem função de conduzir os efluentes da piscicultura até o destino final, a lagoa de decantação, e deve ser dimensionado para receber toda a água dos viveiros da piscicultura. Pode ser construído a céu aberto, escavado no solo ou em alvenaria, devendo apresentar declividade mínima de 0,5% e permitir limpezas periódicas.

3.11 Estruturas Básicas para Tratamento dos Efluentes Os nutrientes provenientes dos resíduos orgânicos oriundos da decomposição das fezes dos peixes e sobras de ração estimulam a produção de plâncton, conjunto de organismos que vivem na água. Contudo, é na despesca que ocorre o agravamento da qualidade da água devido a suspensão de matéria orgânica depositada no fundo do viveiro para a coluna de água. Por isso, a água dos criadouros não deve ser descartada

10 Alunos de graduação em Zootecnia

Projeto de Piscicultura

diretamente no ambiente, sendo obrigatória a construção das lagoas de decantação, sob pena de punição dos órgãos ambientais caso não seja construída. Na lagoa de decantação deve-se colocar plantas aquáticas, pois estas utilizam os nutrientes dissolvidos, diminuindo sua concentração. Também é importante manter, sem fornecimento regular de ração, alguns exemplares adultos de peixes de espécies nativas, como piscívoros, filtradores e onívoros para o consumo dos peixes que escaparam dos viveiros, do plâncton e da matéria orgânica, melhorando assim a qualidade do efluente, podendo então ser direcionado ao ambiente.

3.12 Estrutura Complementares Além da construção dos viveiros, dos sistemas de abastecimento e da drenagem, precisa-se de instalações complementares necessárias ao desenvolvimento da atividade, como local para guardar equipamentos, almoxarifado, depósito de rações, escritório, alojamento com banheiros, garagem, dentre outros.

4. APLICAÇÃO DO PROJETO A piscicultura possui grande importância a nível regional, nacional e mundial, pois a cada dia a demanda de alimentos para a humanidade aumenta, desta forma deve-se buscar meios para se conseguir produzir alimentos “proteína animal” com eficiência e sem agredir o meio ambiente. Assim o presente projeto de piscicultura visa elaborar um sistema de produção de peixes de água doce em sistema de viveiro escavado, buscando atender os requisitos sociais, econômicos, culturais e ambientais. O presente sistema de produção será implantado na zona rural de Mamanguape-PB é um município do estado da Paraíba, no Brasil. É sede da Região Metropolitana do Vale do Mamanguape, tem sua área distribuída em 349 km² quilômetros quadrados de área. Apresenta uma pluviosidade média de 1230 milímetros ao ano, com temperaturas médias em torno de 23ºC, apresenta uma altitude de 54 metros acima do nível do mar e relevo pouco acidentado e com predominância de planaltos e planícies (IBGE, 2006). O município apresenta boa disponibilidade hídrica sendo cortado pelos rios Mamanguape e Camaratuba além de diversos córregos, cursos d´água e diversas fontes de água subterrânea, é característico dessa região apresentar água de qualidade com baixos teores de sódio. A propriedade que será executado o projeto possui área total de 10 hectares e destes a área de implantação do projeto será inicialmente de 1,5 hectares, podendo futuramente ser ampliado, sendo usado uma fonte de água subterrânea, o reservatório após ampliado possuirá uma área média de 1500² metros quadrados com 11 Alunos de graduação em Zootecnia

Projeto de Piscicultura

uma profundidade média de 5 metros e capacidade de armazenar em torno de 7500³ metros cúbicos de água, com ainda uma constância apresentada pela fonte de água por uma vazão média diária de 330³ metros cúbicos. A espécie escolhida para ser cultiva é a Tilápia (Oreochromis niloticus). Espécie exótica, originária da África, foi difundida em todo o mundo. Atualmente, é a espécie mais criada em cativeiro no Brasil e uma das mais criadas no mundo. As tilápias são de fácil reprodução, resistentes a doenças, tolerantes a baixos teores de oxigênio, aceitam altas densidades no viveiro, têm carne saborosa e poucos espinhos. Adapta-se a diferentes sistemas de criação e aceita grande variedade de alimentos naturais ou ração. Para evitar a reprodução no criadouro, na criação comercial são utilizados alevinos revertidos sexualmente para machos, pois atingem o peso de comercialização mais rapidamente em contrapartida as fêmeas. Existe boa estrutura de oferta de alevinos de tilápias em todo o país para a produção em escala comercial, sendo o sistema semi-intensivo o mais utilizado. No Brasil, o peso aceito pelo mercado é acima de 600 gramas. Para produzir peixes com 800 gramas a 1 quilo são necessários cerca de 8 a 12 meses de criação, no sistema anteriormente citado. Na área designada para execução do projeto serão construídos quatro viveiros escavados nas proximidades do reservatório, cada viveiro terá 20 metros de largura por 50 metros de comprimento e 1,5 metros de profundidade, sendo considerado 20 centímetros de borda, a despesca ocorrerá duas vezes ao ano para cada viveiro, o sistema de renovação de água será o de baixa renovação, a renovação de água que será estipulada em torno de 10% ao dia por viveiro. Será realizado o monitoramento da água com auxílio de um pHmetro, um oxímetro e um disco de Secchi, bem como a realização de outras análises conforme as necessidades e o acompanhamento adequado dos animais durante toda a fase de produção. Os animais serão comprados na fase de juvenis, o preço é mais elevado em comparação a se comprar alevinos, mas o custo benefício nesse caso específico apresenta-se viável, levando em consideração a área de cada viveiro será colocado uma densidade de 3,5 peixes por metro quadrado, considerando 15% de mortalidade. Conforme as fases na produção se realizará biometria dos animais sendo estes divididos em duas fases e com alimentação três vezes ao dia na fase de juvenil e duas vezes ao dia na fase de crescimento e terminação, em função de se trabalhar com uma densidade próxima de quatro peixes/m² e uma taxa de mortalidade de 15% durante o período de criação será utilizado a técnica dos 15 minutos durante os arraçoamentos para avaliar a estimativa de consumo dos animais e promover ajustes ao longo do tempo. 12 Alunos de graduação em Zootecnia

Projeto de Piscicultura

O abastecimento dos viveiros ocorrerá através da água presente no reservatório com o uso da gravidade, como também a despesca ocorrerá sem o auxílio de bombas de sucção, pois o terreno possui uma certa declividade que facilitará esses processos. Após cada viveiro atingir o tempo de despesca esses peixes serão destinados a serem comercializados em restaurantes e feiras da região metropolitana de João PessoaPB, conforme contrato prévio com os possíveis compradores a um preço pago pelo quilograma do peixe a sete reais.

4.1 Custo de Implantação e manutenção: Insumos ou serviços

Valor Uni

Ano 2

Ano 3

Valor Total

(R$)

(R$)

(R$)

400

-

-

400

40

3.200

-

-

3.200

16

50

267

267

267

800

40

180

7.200

-

-

7.200

8

50

400

-

-

400

96.600

0,50

16.100

16.100

16.100

48.300

1,60

45.543,68

45.543,

45.543,6

68

8

36

1.200

14.400

14.400

14.400

43.200

Metros

100

2

200

-

-

200

Unidade

6

20

120

-

-

120

Uni

Quant

Horas

4

100

Metros

800

Horas

Horas

(R$)

Ano 1 (R$)

Limpeza do terreno trator de esteira Drenagem (canos) Limpeza ao redor dos viveiros Retroescavadei ra (horas) Plantio de grama ao redor dos viveiros Aquisição de juvenis Ração

Tratador/Vigilan te

Horas/ homem/ dia unidade

kg

85.394 ,400

136.631,04

Mês trabalhad o

Energia elétrica (cabos) Lâmpadas

13 Alunos de graduação em Zootecnia

Projeto de Piscicultura

Postes de

Unidade

10

10

100

-

-

100

Unidade

1

50

50

-

-

50

Unidade

1

2.000

2.000

-

-

2.000

Litros

50

2,80

140

-

-

140

Unidade

1

600

600

-

-

600

Balança

Unidade

2

100

200

-

-

200

Balde

Unidade

10

5

50

-

-

50

Unidade

2

100

200

-

-

200

Tarrafa

Unidade

2

50

100

-

-

100

Puça

Unidade

2

10

20

-

-

20

Metro

200

20

4.000

-

-

4.000

PHmetro

Unidade

1

800

800

-

-

800

Oxímetro

Unidade

1

1.000

1.000

-

-

1.000

Unidade

1

-

-

-

-

-

Unidade

1

2.000

2.000

-

-

2.000

Total/ano

-

-

-

99.090,68

Total geral

-

-

-

madeira Carrinho-demão Bomba a diesel Diesel Roçadeira mecânica

Rede de despesca

Vala abast

Disco de Secchi Aerador

251.711,00

Após a apresentação da tabela sobre investimento e manutenção, se observa que de um recurso financeiro de R$: 100.000,00 reais que deve ser investido no projeto restaram apenas R$: 10,32 reais, praticamente foi investido tudo, obteve-se de custo total R$: 99.090,68 reais no primeiro ano, adiante veremos a seguir a produção em quilogramas nos dois ciclos do ano, o custo de produção e a rentabilidade do negócio. Sobre o cronograma de atividades é necessário compreender que o quanto mais rápido iniciar o ciclo mais rápido irá se fazer a despesca, levando em consideração dois ciclos por ano e tendo quatro viveiros torna-se possível obter a despesca de um viveiro a cada quatro meses, se fosse utilizado alevinos necessitaria de seis meses de criação, mas como serão criados a partir de juvenis com média de 30 gramas de peso vivo esse

14 Alunos de graduação em Zootecnia

Projeto de Piscicultura

tempo diminui, tendo um total de oito despescas por ano, basta seguir um cronograma bem definido e não ocorrer imprevistos.

4.2 Cronograma de Atividades (1ª Ano) Atividade / Mês Limpeza do terreno Construção dos viveiros Plantio do capim Correção/adubação caso necessite Enchimento do 1 viveiro Despesca do 1 viveiro e depois em sequência os outros viveiros

J x x x x x

F

M A

M

J

J

A S O N D

D1

Seguindo a mesma lógica do primeiro ano fica nítido neste segundo cronograma a disposição dos viveiros em relação aos meses do ano, levando em consideração que já no primeiro ano os viveiros foram manejados de forma semelhante a esse segundo ano que também obteve-se dois ciclos por ano.

4.3 Cronograma de Atividades (2ª Ano) Atividade / Mês Enchimento/despesca do 1 viveiro Enchimento/despesca do 2 viveiro Enchimento/despesca do 3 viveiro Enchimento/despesca do 4 viveiro

J x

F

M A

M J J A S O N D D1 15x D2 D1 15x D2 D1 15x D2 D1 15x

x x x

De acordo com o cronograma do terceiro ano apenas exemplifica como deverá ficar o planejamento da criação nos anos seguintes, podendo ocorrer pequenas modificações como por exemplo: vazio sanitário, limpeza de viveiros, correção/adubação etc.

4.4 Cronograma de Atividades (3ª Ano) Atividade / Mês Enchimento/despesca do 1 viveiro Enchimento/despesca do 2 viveiro Enchimento/despesca do 3 viveiro Enchimento/despesca do 4 viveiro

J x

F

M A

x

M

J

J X

A S O N D x

x

x x

x

15 Alunos de graduação em Zootecnia

Projeto de Piscicultura

5. RESULTADOS E IMPACTOS ESPERADOS a)

Melhoria na renda e qualidade de vida dos piscicultores/agricultores familiares da

região; b) Movimentação da economia, geração de empregos e produção de alimentos; b) Uso racional dos recursos disponíveis na propriedade com aproveitamento de recursos naturais; c) O estímulo a Organizações Não Governamentais – ONG e Governamentais de assistência técnica para mais um nicho de produção sustentável; d) Criação de vínculo com entidades que possam ter como unidade de demonstração, de convivência sustentável com o semiárido; e) Convenio de comercialização dos produtos em diversos setores de comercialização;

5.1 Produção Prod./kg peixe/ano

1ª Ano

2ª Ano

3ª Ano

kg peixe

21.896

21.896

21.896

Preço kg

7,00

7,00

7,00

Total R$:

153.272,00

153.272,00

153.272,00

Total geral em

459.816,00

reais em 3 anos

5.2 Demais valores, cada linha corresponde ao ano de cultivo respectivamente 1ª, 2ª e 3ª ano: Apurado por ano com a

Custo de produção ao

Renda Líquida ao final do

venda dos peixes em R$.

final do ano em R$.

ano em R$.

153.272,00

99.090,68

54.181,32

153.272,00

76,310,68

76.961,32

153.272,00

76,310,68

76.961,32

Rendimento ao final dos 3

Gastos totais ao final dos

Lucratividade ao final dos

anos com a venda dos

3 anos em R$.

3 anos em R$.

5.3 Lucratividade:

peixes em R$. 208.103,87

251.711,00

208.103,96

16 Alunos de graduação em Zootecnia

Projeto de Piscicultura

5.4 Renda mensal e demais valores, cada linha corresponde ao ano de cultivo respectivamente 1ª, 2ª e 3ª ano: Renda líquida ao mês R$

Custo de prod./ 1 ciclo

Lucratividade/ciclo

4.515,11

49.545,34

27.090,66

6.413,44

38.155,34

38.480,66

6.413,44

38.155,34

38.480,66

Com a apresentação dessas informações é possível afirmar que o projeto de piscicultura é viável e apenas a título de informação que efetuou-se uma simulação trabalhando-se com 20% de mortalidade e o projeto também se mostrou viável diminuindo a margem de lucro, mas conseguindo fechar com saldo positivo, dessa forma busca-se um bom manejo da criação para aumentar a eficiência produtiva e com isso aumentar a margem de lucro e consequentemente a rentabilidade do negócio.

6. RISCOS E DIFICULDADES Em criações em tanques escavados é preciso ter atenção a alterações na água, sobretudo em relação a temperatura uma vez que em períodos noturnos a temperatura pode reduzir e acabar comprometendo a criação, uma vez que peixes são sensíveis a baixas temperaturas, dessa forma o cronograma deve ser seguido para que ocorra uma renovação de água eficiente de forma a impedir tais transtornos. Outro ponto a ser considerado é com relação a roubo ou vandalismo, uma vez que criações de peixes apresentam uma tendência a haver saques principalmente noturnos, dessa forma a segurança é um aspecto a ser considerado para diminuição dos riscos. Com relação a outros fatores que podem ser considerados riscos para a produção podem ser citados algumas doenças causadas por parasitas, a predação por aves, outras espécies indesejáveis que possam vir a habitar o ambiente aquático, dessa forma é preciso uma boa gestão da produção, onde o planejamento fica sempre em primeiro plano, atividades como vazio sanitário e observação dos animais (controle zootécnico) são imprescindíveis para uma boa produção de peixes.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao termino deste trabalho, podemos aferir que este projeto se constitui como uma alternativa viável para os piscicultores da região, sobre tudo atende a princípios ambientais não promovendo desequilíbrio na fauna e flora, gera empregos e

17 Alunos de graduação em Zootecnia

Projeto de Piscicultura

movimentando a economia local, o retorno financeiro é satisfatório caso os parâmetros técnicos estabelecidos sejam seguidos.

8. REFERÊNCIAS Aquicultura no Brasil: bases para um desenvolvimento sustentável. Brasília: CNPq, 2000. 399 p.moderna aquicultura. Canoas: ULBRA, 2001. p.149-189. BOYD, C.E. Manejo do solo e da qualidade da água em viveiro para aquicultura. Campinas: Associação Americana de soja, 1997. 55p. Disponível em: 25/04/2015.



Acessado

em:

Disponível em: 25/04/2015.



Acessado

em:

Disponível em: Acessado em: 25/04/2015. Disponível em: Acessado em: 25/04/2015. Disponível em: Acessado em: 25/04/2015. Disponível em: Acessado em: 25/04/2015. Disponível em: Acessado em: 25/04/2015. Disponível em: Acessado em: 25/04/2015. Disponível em: Acessado em: 25/04/2015. Disponível em: 25/04/2015.



Acessado

em:

Disponível em: Acessado em: 25/04/2015. Disponível em: Acessado em: 25/04/2015. Disponível em: Acessado em: 25/04/2015.

18 Alunos de graduação em Zootecnia

Projeto de Piscicultura

Disponível em: Acessado em: 25/04/2015. Disponível em: em:

Disponível em: Acessado em: 25/04/2015. FARIA, R. H. S.; MORAIS, M.; SORANNA, M. R. G. S.; SALLUN, W. B. Manual de piscicultura. Brasília: Codevasf, 1993. 71 p. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). em: Acessado em: agosto de 2015.

Disponível

REVISTA GLOBO RURAL. Rio de Janeiro: Globo, 2015. SOUZA, M. L. R. Industrialização, comercialização e perspectivas. In: MOREIRA, H. L. M. et. al. Fundamentos da VALENTI, W. C. SOUZA, M.L.R. Efeito de sistemas de aeração e densidades de estocagem sobre o desempenho e características de carcaça da Tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus Linnaeus, 1757). 1996. 138 p. Dissertação (Mestrado em Concentração Animal) Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal, SP. WOYNAROVICH, E. Manual de piscicultura. Brasília: Codevasf, 1993. 71 p. ZIMERMANN, S.; RIBEIRO, R. P.; VARGAS, L.; MOREIRA, H. L. M. Fundamentos da moderna aquicultura. Canoas: Ed. ULBRA, 2001. 200 p.

19 Alunos de graduação em Zootecnia

Projeto de Piscicultura

Lihat lebih banyak...

Comentários

Copyright © 2017 DADOSPDF Inc.