psicologia da forma

June 3, 2017 | Autor: Bernardino Maloa | Categoria: Maputo, Mozambique, Psicologia Da Forma
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Introdução
O presente trabalho, intitulado "psicologia de forma ou dos gestalts" e da "teoria de campo ou espaço", com objectivo de discernir acerca dos contributos assim como das posições dos psicólogos destas teorias com que diz respeito ao fenómeno aprendizagem. A aprendizagem é vista com os gestaltistas como uma mudança comportamental permanente que resulta da experiencia (repetição, pratica, estudo ou observações) em lugar da hereditariedade, maturação ou mudanças fisiológicas consequentes.
Por esta e outras razoes as experiências são diferentes mesmo dentro dos gestalts. Após a sua emigração aos EUA por motivo do advento do nazismo que se esperava na Alemanha, montam seus laboratórios com objectivo de responder as questões relacionado com o fenómeno de aprendizagem. Para eles só se pode aprender aquilo que se compreende. Duma e outra maneira o que eles têm em comum pode ser o desprezo pelo método de memorização. Não só, o trabalho também foca assuntos relacionados com a psicologia topológica ou teoria de campo.
Para a elaboração deste trabalho recorreu-se a leitura e interpretação bibliográfica em prova disso, no seu desenvolvimento apresenta citações das ideias de alguns autores e que também constam na usa referida bibliografia. Portanto, como estrutura, o trabalho segue a seguinte ordem:
Introdução;
Desenvolvimento;
Conclusão e
Bibliografia.






1.Psicologia de Forma ou gestalts
1.1.Conceitos Básicos
De facto, hoje em dia, alguns psicólogos acreditam que temos dois modos separados de aprendizagem e de memória. A aprendizagem declarativa que armazena informações sobre nomes, datas, acontecimentos passados e factos, ao passo que a aprendizagem de procedimentos é constituída por padrões e condicionamentos motores, (SPRINTALL & SPRINTALL, 1990:206). Esta teoria utiliza-se para explicar porque que as vítimas da doença de Alzheimer se conseguem lembrar de padrões motores, como a atar os sapatos, andar de bicicleta ou dar uma tacada numa bola de golfe, mais não conseguem activar memórias declarativas como os nomes dos seus próprios filhos.
Segundo SHAFFER (2005:216), "aprendizagem é uma mudança comportamental relativamente permanente que resulta da experiencia (repetição, pratica, estudo ou observações) em lugar da hereditariedade, maturação ou mudanças fisiológicas consequentes a lesões".
A forma mais simples da aprendizagem é a habituação, processo no qual o bebe passa a reconhecer e deixa de responder a um estimulo apresentado repetidamente. Apesar de a habituação ser possível antes mesmo do nascimento, essa forma inicial de aprendizagem melhora radicalmente durante os primeiros meses de vida.
É importante entender o crescimento das habilidades perpetuais e as maneiras pelas quais os seres humanos aprendem, porque a percepção e a aprendizagem são processos cognitivos e fundamentais e centrais para o desenvolvimento humano.
1.2.Psicologia de Forma/Gestalts
Gestalt ou psicologia de forma é uma corrente psicológica surgida na mesma altura que o behaviorismo e que teve como principais representantes Max Wertheimer, Kurt Koftka e Wolfgang Kohler todos eles alemães que vieram a imigrar para os Estados Unidos.
O termo gestalt identifica-se na língua do seu mentor, isto é, do alemão "Forma". Corrente que se opões ao associassionismo, atomismo cujo teóricos vêem aprendizagem como resultado de conexões ou associações entre estímulos e respostas. Eles achavam que a aprendizagem requeria de pensamento e discernimento, (BOCK, 1999:33).
Para os teóricos cognitivistas, ensinar as crianças de cor é como treinar um bando de papagaio. As crianças só aprendem realmente quando descobrem as soluções por si próprias, só quando "compreendem".
A gestalt influenciou o rumo da psicologia ao pôr em causa o modelo atomista ou estruturalista de explicação, herdado das concepções associativistas e que vigorava desde a fundação da psicologia experimental. Esta corrente vai propor uma nova abordagem e uma nova concepção da realidade psíquica, tendo como núcleo a gestalt, isto é, a forma ou configuração significava de um fenómeno psíquico, (CAMPOS, 2004:61).
O ponto de partida dinâmico desta teoria é a afirmação de primado de todo sobre as partes que o constituem: o todo não se reduz a uma simples soma das partes. Trata-se de abarcar os fenómenos na sua complexidade, evitando reduzir o complexo ao simples, o superior ao inferior. Esta consideração da complexidade do fenómeno psíquico na sua especificidade própria leva aos psicólogos da gestalt a centrarem a sua atenção nos fenómenos da inteligência, nomeadamente no estudo da percepção, solução de problemas, e pensamento.
A gestalt nega decompor a consciência nos seus elementos mais elementares, nega a concepção e métodos que descendem deste estudo e que tendem a uma teoria elementista. Os psicólogos da gestalts estudam em particular os processos cognitivos em particular a percepção visual e o pensamento. Contudo, o conceito fundamental do psicólogo da forma é o aforisma: "o todo é mais das somas das partes".
1.3.Teoria Gestaltista da aprendizagem na visão de Wolfgang Kohler: o insight
Wolfgang Kohler, também alemão emigrado aos Estados Unidos, realizou os seus estudos com animais mais famosos da psicologia das gestalt. Arranjou a jaula de um chimpanzé com bananas penduradas de cima de duas caixas no chão. Para as bananas, o chimpanzé tinha de colocar uma caixa em cima da outra e subir. "A solução que o chimpanzé arranjou para este problema não pareceu a Kohler uma das tentativas e erro as cegas. Em vez disso chimpanzé tentava avaliar a situação e depois, quase como um relâmpago compreendia o problema e via a solução", (SPRINTALL & SPRINTALL, 1990:213).
Kohler nas suas experiências escolhe chimpanzé porque apresentava aquilo que ele chamou de discernimento (insight), assim ele achava que isto era mais típico da aprendizagem, especialmente da aprendizagem humana.
Noutra experiencia, Kohler colocou bananas fora da jaula, de modo a que o chimpanzé não as conseguisse alcançar. Dentro da jaula havia contudo alguns paus. Primeiro os chimpanzés atiravam os paus a comida. Depois percebiam que utilizando o pau como uma espécie de ferramenta, podiam alcançar a banana e arrasta-la para dentro da jaula. Um chimpanzé particularmente inteligente foi capaz de juntar dois paus para arrastar a comida.
Segundo MESQUITA & DUARTE (1997:209), "o conceito insight tornou-se muito popular e também aplicável ao homem, por expressar a capacidade, perante novas situações, de descobrir por si próprias soluções para problemas com que anteriormente não se havia confrontado".
Todavia, para Kohler a questão era saber se os animais se comportavam inteligentemente em condições óptimas quando todos os componentes da solução fossem visíveis.
1.4.Teoria gestaltista da aprendizagem na visão de Kurt Koftka
Kurt Wolfgang emigrado para os Estados Unidos juntamente com Werthemer e Kohler com o advento do nazismo, efectuou estudos sobre a percepção, a memória, a psicologia infantil, psicologia social e a da aprendizagem.
Segundo KOFTKA apud MESQUITA & DUARTE (1997: 208), "a aprendizagem explica-se através das leis gestalt, nomeadamente da organização das formas, do isomorfismo, da relatividade e da transposição, ou seja, do dinamismo do campo perceptivo".
Para ele, toda aprendizagem realiza-se como formação de traços mnésicos no celebro, os quais se estruturam segundo as leis referidas. Neste caso, produz-se ao nível do cérebro uma modificação dos traços de excitação que tendem a constituir uma boa forma, certos traços perdem-se e outros persistem.
1.5.Teoria gestaltista da aprendizagem na perspectiva de Max Wertheimer
Max Wertheimer fundou a escola da psicologia chamada gestaltismo ou configuracionismo. Ele insistia que era inútil estudar pequenas partes dos conceitos psicológicos, como a percepção ou aprendizagem. Estudar partes isoladas não se justificava pois modificar uma parte necessariamente modifica o todo. Para este, "o todo deve ser mais do que a simples soma das suas partes". Para compreender esta concepção do movimento tinham de se estudar todas as partes em conjunto na sua gestalt particular, a palavra alemã que significa todo, ou na sua totalidade ou configuração.
Wertheimer preocupava-se com a forma como as crianças aprendem em especial na escola. Era contra o uso da memorização, particularmente quando parecia ser um fim si mesmo. Acima de tudo queria que as crianças alcançassem a compreensão, conseguissem discernir a natureza do problema.
Explicou que existem duas espécies de soluções para os problemas, as de tipo A e as de tipo B. as soluções do tipo A são as que utilizam originalidade e o discernimento, ao passo que as de tipo B são as que fazem uso das associações passadas de uma forma rígidas e não apropriadas. Ele utilizou o exemplo de ensinar uma criança a encontrar a área de um paralelogramo, (MESQUITA & DUARTE, 1997:207).
Primeiro ensinou a criança a encontrar a área de um rectângulo, não partindo da memorização da fórmula, mas sim da compreensão de como a fórmula funciona. O rectângulo foi dividido em quadrados mais pequenos e a criança viu que a área total era composta pelo números de quadrados a multiplicar pelo número de filas. Ele, cortou um paralelogramo desenhado em papel e pediu as crianças para determinar a sua área. Algumas crianças continuavam a multiplicar a largura pela altura, uma solução do tipo B. Outras utilizavam soluções do tipo A, como cortar um dos lados triangulares e encaixa-los no lado oposto. Nesta altura a criança tinha criado um rectângulo e podia correctamente utilizar a fórmula previamente apreendida. Outra solução do tipo A envolvia dobrar o paralelogramo em argola, com os dois extremos angulares a tocarem e, em seguida fazer um corte vertical que também criava uma solução do tipo A tinha obviamente criado uma verdadeira relação geométrica.
Segundo SARAIVA (s/ano:147) "na concepção da Gestalt, a aprendizagem exige a compreensão, só se aprende o que se compreende".

2.Teoria de campo ou espaço
A teoria de campo também chamado de psicologia topológica de Vector deve-se a Kurt Lewin, tomando como base de que "o todo, a estrutura é mais do que a soma das suas partes". Ele afirma que toda actividade psicológica e também aprendizagem se realiza num campo de acção em que um conjunto de factores interfere e condicionam o comportamento da pessoa numa determinada situação. Assim, aprendizagem influenciada pelo campo vital que os indivíduos ocupam no contexto linguístico, geográfico, sócio cultural.
Segundo LEWIN apud BOCK (1999:34), "a compreensão dos processos psicológicos influencia no contexto do individuo, da experiencia, dai que o professor deve considerar as experiencias, as vivencias dos alunos no processo do ensino e da aprendizagem".
2.1.Teoria de Campo
A teoria de campo defende que toda a actividade psicológica, e a aprendizagem, realiza se num campo de acção em que um conjunto de factores interferem e condicionam o comportamento de uma pessoa numa determinada situação.
Exemplo: uma actriz pode decorar mais versos duma poesia do que um médico porque decorar enquadra se na actividade profissional técnica de memorização para a actriz e ao médico não faz parte do seu "campo' profissional.
Para os psicólogos da teoria do campo, a aprendizagem não se baseia em associações do tipo estímulo - resposta, mas sim mudança na estrutura cognitiva do sujeito ou na forma como percebe, selecciona e organiza os objectos e os acontecimentos e atribui lhes o significado.
Assim, pode se afirmar que o educando não é um ser passivo, puro receptor de estímulos exteriores, mas um agente activo, capaz de criar o seu meio e de evolução contínua como resultado da experiência que vai adquirindo.
Segundo TAVARES & ALARCÃO (2005:100-101), "Estas teorias consideram que a aprendizagem deve assentar em três condições fundamentais: intuição (insight), finalidade e estrutura. Uma vez que o sujeito defina o fim que deseja atingir, apercebe-se de como há-de estruturar a sua aprendizagem de maneira a conseguir".
Conclusão
Como conclusão, a compreensão dos processos psicológicos influencia no contexto do individuo, da experiencia, dai que o professor deve considerar as experiencias, as vivencias dos alunos no processo do ensino e da aprendizagem.
As experiencias realizadas pelos gestaltistas concluíram que a forma mais simples da aprendizagem é a habituação, este processo no qual o bebe passa a reconhecer e deixa de responder a um estimulo apresentado repetidamente. Apesar de a habituação ser possível antes mesmo do nascimento, essa forma inicial de aprendizagem melhora radicalmente durante os primeiros meses de vida.
É importante entender o crescimento das habilidades perpetuais e as maneiras pelas quais os seres humanos aprendem, porque a percepção e a aprendizagem são processos cognitivos e fundamentais e centrais para o desenvolvimento humano. Sendo assim, toda aprendizagem realiza-se como formação de traços mnésicos no celebro, os quais se estruturam segundo as leis referidas. Neste caso, produz-se ao nível do cérebro uma modificação dos traços de excitação que tendem a constituir uma boa forma, certos traços perdem-se e outros persistem.










Bibliografia
BOCK, Ana Maria Bahia, at all, "Psicologia: uma introdução ao estudo da psicologia", 12ᵃ edicao, Saraiva editora, São Paulo, 1999.
CAMPOS, Dinah Martins de Sousa, "Psicologia de aprendizagem", 33ᵃ edicao, Editora vozes, Petropoles, 2004.
MESQUITA, Raul & DUARTE, F; "Psicologia:12ᵒ ano", 1ᵃ edicao, Platano editora, Lisboa, 1997.
SARAIVA, A; "Psicologia", 2ᵃ edicao, Platano editora, Lisboa, sem ano.
SHAFFER, David R, "Psicologia de desenvolvimento: infância e adolescência", 6ᵃ edicao, São Paulo, 2005.
SPRINTHALL, N.A & SPRINTHALL, R.C; "Psicologia educacional: uma abordagem desenvolvimentista", Mcgraw-Hill, Lisboa, 1990.
TAVARES, José et ALARCÃO, Isabel; "Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem"; 6ª ed., Edições Almeida, Coimbra, 2005.









Indice
Introdução 3
1.Psicologia de Forma ou gestalts 4
1.1.Conceitos Básicos 4
1.2.Psicologia de Forma/Gestalts 4
1.3.Teoria Gestaltista da aprendizagem na visão de Wolfgang Kohler: o insight 5
1.4.Teoria gestaltista da aprendizagem na visão de Kurt Koftka 6
1.5.Teoria gestaltista da aprendizagem na perspectiva de Max Wertheimer 6
2.Teoria de campo ou espaço 8
2.1.Teoria de Campo 8
Conclusão 9
Bibliografia 10








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