Qualidade da vinculação à mãe e à educadora

QUALIDADE DA VINCULAC~OA MAE E A EDUCADORA' Manuela Verfssimo, Ilidia Duarte, Lfgia Monteiro, Antbnio J. Santos e Alda Meneses

Resumo Embora, desde o infcio da formula~loda teoria da vinculaclo com Bowlby e Ainsworth, se tenha reconhecido a existencia de figuras alternativas de vinculaclo, a maioria das investigacaes realizadas tern-se centrado na relaclo de vinculaclo entre a crianca e a figura de vincula~Boprivilegiada: a mle. A incluslo de diferentes pessoas que regularmente cuidam e interagem com a crianca, nomeadamente a educadora, no estudo das relacaes de vincula(;lo,veio, segundo Howes, Hamilton e Philipsen (1998), colocar novas questaes de carlcter te6rico e empirico na investigaclo da vinculaclo. Este estudo procura comparar a qualidade da vincula~loh mle e h educadora no sentido de melhor clarificar a organiza~lo das vlrias representacties das relacties de vinculaclo no modelo interno dinlmico da crianca. Participaram neste estudo 50 diades, mle-crianca e educadora-crianga. Assinalou-se uma mCdia de idades de aproximadamente 41 meses para as crian~as,32 anos para as mles e 42 anos para as educadoras de infancia. Poi aplicado As mles e Bs educadoras de infancia o questionlrio Attachment Q-Sort (Vaughn &Waters, 1990).Atraves da andlise de clusters, e corn base nas descriq5es das mles, foram identificados tres grupos: grupo 1(seguro e independente), grupo 2 (inseguro e dependente) e grupo 3 (inseguro e independente). As educadoras distinguem as criancas apenas com base no critbrio da seguranca e na escala de "interacelo suave", e consideram que as criancas que mais interagem com elas slo as que apresentam maior seguranca na relaclo. Este estudo reafirma a qualidade da vincula~locomo uma caracteristica da relaclo e nlo da crianca. Ou seja, nlo existem criancas seguras ou inseguras, mas criancas corn relacties seguras ou inseguras com determinadas figuras. Palavras-chave Vinculaclo, figuras alternativas Be vinculacilo, modelo interno dinbmico.

Com o aumento crescente, que se tem verificado desde o infcio d o sCculo XX, d o ntimero d e mulheres que trabalham fora de casa, a configuraq80 tradicional d a Manuela Verisdmo, Professora associada, ISPA, Lisboa, unidade de investigastio em pskologia cognitiva do desenvolvimento e da educastio;llfdia Duarte, Discente do mestrado de psicologia Educaclonal, ISPA, Lisboa; unidade de investigqtio em psicologia cognitiva do desenvolvimentoe da educaglo; Ligia Montefro, Doutoranda; unidade de investigastioem psicologia cognitiva do desenvolvimentoe da educactio, ISPA; Ant6nio J. Santos, professor AsBociado, ISPA. Usboa. unidade d; inv&tigagtio em psicologia cognitiva do dest?nvolvimento e da.educacl6 Alda Meneses, Di~centedo mestrado de psicologia educational, ISPA, Lisboa; unidade de investlgagtioem psicologia cognitiva do desenvolvimento e da educssao. PSICOLOGIA, Vol. XVII (2), 2003, pp. 453-469