QUALIDADE DE VIDA DAS MULHERES IDOSAS: A Influência da Participação em Grupos de Convivência TIÉLE MORGANA RISTOFF. 2014

June 1, 2017 | Autor: T. Ristoff | Categoria: Saúde Publica, Gerontologia, Enfermagem, Geriatria, Saúde Do Idoso
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TIÉLE MORGANA RISTOFF

QUALIDADE DE VIDA DAS MULHERES IDOSAS: A Influência da Participação em Grupos de Convivência

TRÊS DE MAIO 2014

TIÉLE MORGANA RISTOFF

QUALIDADE DE VIDA DAS MULHERES IDOSAS: A Influência da Participação em Grupos de Convivência

Trabalho de Conclusão do Curso Bacharelado em Enfermagem apresentado à Faculdade Três de Maio para obtenção do grau de Bacharel em Enfermagem

Orientador: Prof. Dr. Fauzi de Moraes Shubeita Coorientadora: Prof. Ms Carlice Maria Scherer

Três de Maio 2014

A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova o Trabalho de Conclusão de Curso

QUALIDADE DE VIDA DAS MULHERES IDOSAS: A Influência da Participação em Grupos de Convivência

Elaborado por TIÉLE MORGANA RISTOFF

Apresentado à Faculdade Três de Maio como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Enfermagem.

Três de Maio, 06 de dezembro de 2014 ________________________________ Prof. Beatriz Cavalheiro Bacharelado em Enfermagem Faculdade Três de Maio ________________________________ Prof. Carlice Maria Scherer Bacharelado em Enfermagem Faculdade Três de Maio ________________________________ Prof. Fauzi de Moraes Shubeita Bacharelado em Enfermagem Faculdade Três de Maio ________________________________ Prof. Gilberto Souto Caramão Bacharelado em Enfermagem Faculdade Três de Maio ________________________________ Prof. Paulo Fábio Pereira Bacharelado em Enfermagem Faculdade Três de Maio

Desenhos da família Ristoff, realizados pelas minhas sobrinhas Kálita e Micheli Ristoff. Dedico este trabalho a toda minha família e a todos que se dedicaram a mim durante todo este tempo. Em especial à minha mãe Ivete Ana Bonetti Ristoff.

AGRADECIMENTOS Agradecer a todos que me auxiliaram para que este trabalho fosse concluído não é tarefa fácil. O problema não é selecionar quem será incluso, mas sim, quem não será mencionado. Por isso é com imensa gratidão que me recordo de todos que me ajudaram de alguma maneira. À minha mãe Ivete Ana Bonetti Ristoff pelo exemplo, pela dedicação, pelo esforço imensurável para moldar meu caráter, me ensinar o certo e o “certo ao extremo” mas sempre me conscientizando de que também existe o errado, que por razões e emoções o que sou hoje devo a ti. Minha fonte de inspiração, que cuidou de mim e me fez perceber o quão importante é cuidar do próximo. A quem dedico não somente este trabalho mas sim minha profissão de enfermeira/cuidadora. Sem tua ajuda e compreensão nada disso seria possível, agradeço imensamente tudo o que fez e tudo o que ainda fazes por mim. Ao meu pai João Ristoff, que depois de muitas brigas a distância me fez perceber que somos tão diferentes e ao mesmo tempo tão iguais, agradeço por me ensinar a valorizar as coisas simples que a vida oferece e a ter admiração pelo serviço nos dias frios e chuvosos de domingo, pois é a dedicação que nos faz crescer. Ao meu irmão Márcio André Ristoff exemplo de responsabilidade, a quem desde criança tenho inspiração. Com suas exigências aprendi que o perfeccionismo não é somente por bel prazer, mas sim obrigação. Ao meu irmão Sávio Ristoff por me mostrar que a vida não precisa ser tão séria, mas que tudo é questão de escolhas. Ao meu namorado Guilherme Costenaro pela companhia, auxílio e compreensão.

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Aos meus sobrinhos Micheli Ristoff, Kálita Ristoff e Victor Ristoff, que aos finais de semana me mostram que também é preciso ser criança e deixar as responsabilidades para depois. A toda minha família que sempre me apoiou em tudo, me dando forças e contribuindo para que esta meta fosse alcançada. A todos os professores e enfermeiros por me deixar absorver sua sabedoria e pelo conhecimento que me proporcionaram no decorrer de minha jornada. Em especial à enfermeira Janete Dall´ago exemplo de profissional, que com sua simplicidade e paixão à profissão me inspirou a seguir seus passos no cuidado à vida. Aos amigos e colegas, em especial à Bruna Blum, Elisa Pavéglio, Eduardo Saggin, Geovana Gaspareto, Leonardo Werich, Marusi Kolling, Pamela Pisoni e Rovani Kolling que desde o início de minha trajetória em busca desta conquista estiveram ao meu lado ajudando direta e indiretamente, com palavras de apoio, trocas de conhecimentos, auxílios nas atividades acadêmicas, companhia, ou entendendo minha ausência durante todo este tempo. Ao meu mestre orientador Fauzi de Moraes Shubeita e minha co-orientadora Carlice Maria Scherer pelo acolhimento e aceite na orientação deste trabalho, pela credibilidade, confiança e incentivo na continuidade da busca de meus objetivos. À Arlete Dalpisol, coordenadora das atividades dos grupos e também à todas as idosas pela confiança e o entusiasmo com que me acolheram, sem elas nada seria possível. A todos aqueles que mesmo não estando citados aqui fizeram ou fazem parte da minha vida acadêmica e torcem ou contribuem para o meu progresso pessoal e profissional. MUITO OBRIGADA! E mesmo que por ventura a distância ou o tempo nos separem, vocês serão sempre especiais para mim.

“Juro livre e solenemente, dedicar minha vida profissional a serviço da pessoa humana, exercendo a Enfermagem com consciência e dedicação; guardar sem desfalecimento os segredos que me forem confiados; Respeitando a vida desde a concepção até a morte; não participar voluntariamente de atos que coloquem em risco à integridade física ou psíquica do ser humano; manter e elevar os ideais de minha profissão, obedecendo os preceitos da ética e da moral, preservando sua honra, seu prestígio e suas tradições”. Florence Nightingale

RESUMO Com o aumento da perspectiva de vida das mulheres, se faz necessário ampliar o conhecimento para proporcionar um envelhecimento de qualidade. Diante disso observa-se que os grupos de convivência têm influenciado positivamente na busca destes propósitos. Nesta perspectiva o presente estudo visou comparar a qualidade de vida de mulheres que participam de grupos de convivência com a das mulheres que não participam dos mesmos. Tratou-se de um estudo de abordagem quali-quantitativa, com procedimento comparativo de caráter exploratório descritivo, com dados coletados através de formulários semiestruturados, a amostra foi composta por dezoito idosas. Para avaliar a qualidade de vida foram utilizados testes em gerontologia e também através de relatos, a análise foi realizada a partir da análise de conteúdo proposta por Minayo (2010). Os resultados foram interpretados a partir de referenciais teóricos e apresentados em tabelas e quadros. Dos dezoito idosas entrevistadas observou-se que as que participam em grupos de convivência apresentaram escores significativamente melhores nos testes em geriatria e gerontologia, a partir das análises dos relatos observa-se que a inserção da população idosa em grupos de convivência tem contribuído para um envelhecimento de qualidade, saudável, ativo e prazeroso. Diante disso, os resultados sugerem que os grupos de convivência melhoram significativamente a qualidade de vida das mulheres idosas. Palavras-chave: Qualidade de Vida. Grupos. Convivência. Envelhecimento

ABSTRACT With the increase in women's life expectancy is needed to broaden the knowledge to provide quality aging. Thus it is observed that social groups have positively influenced at achieving these purposes. In this perspective the present study was to compare the quality of life of women participating in social groups with the quality of life of women who do not participate in such groups. This was a study of qualitative and quantitative approach, the procedure was comparative descriptive exploratory nature, with data collected through semi-structured forms, the sample consisted of eighteen elderly. To assess the quality of life, tests were used in gerontology and through reports, the analysis was performed from the content analysis proposed by Minayo (2010). The results were interpreted from theoretical references and presented in tables and charts. From eighteen respondents elderly, it was observed that those involved in social groups had significantly better scores, based on the analyzes of the interviews it was observed that the inclusion of the elderly in social groups has contributed to the quality of aging, healthy, active and pleasurable. Thus, the results suggest that social groups significantly improve the quality of life of older women. Keywords: Quality of Life. Groups. Acquaintanceship. Aging.

LISTA DE QUADROS Quadro 1: Conhecimento dos grupos de convivência ............................................... 63 Quadro 2: Motivos para participar ou não dos grupos ............................................... 68 Quadro 3: Atividades que os grupos desenvolvem ................................................... 73 Quadro 4: O que é preciso para ter qualidade de vida .............................................. 77 Quadro 5: Sua percepção sobre qualidade de vida .................................................. 82 Quadro 6: Percepção sobre sua saúde ..................................................................... 86 Quadro 7: Uso do Tempo .......................................................................................... 89 Quadro 8: Uso de medicamentos .............................................................................. 92 Quadro 9: Humor....................................................................................................... 95 Quadro 10: O que você diria para as idosas ............................................................. 99 Quadro 11: Escala de Avaliação das Atividades Básicas de Vida Diária ................ 128 Quadro 12: Escala de Avaliação das Atividades Básicas de Vida Diária ................ 129 Quadro 13: Escala de Avaliação do Equilíbrio e da Marcha de Tinneti. .................. 130 Quadro 14: Mini Exame do Estado Mental .............................................................. 132

LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Grupos de convivência para idosos ......................................................... 27 Tabela 2 - População feminina .................................................................................. 29 Tabela 3 – Amostra da Pesquisa .............................................................................. 30 Tabela 4 - Demonstrativo do cronograma do Projeto de Pesquisa ........................... 33 Tabela 5 – Características das idosas de faixa etária 1, perfil (a, b, c) ..................... 48 Tabela 6 – Características das idosas de faixa etária 2, perfil (r, s, t) ....................... 49 Tabela 7 – Avaliação em geriatria, faixa etária 1, perfil (a, b, c) ................................ 50 Tabela 8 - Avaliação em geriatria, faixa etária 1, perfil (r, s, t) .................................. 50 Tabela 9 - Características das idosas de faixa etária 2, perfil (d, e, f) ....................... 52 Tabela 10 - Características das idosas de faixa etária 2, perfil (u, v, w) ................... 52 Tabela 11 - Avaliação em geriatria, faixa etária 2, perfil (d, e, f) ............................... 53 Tabela 12 - Avaliação em geriatria, faixa etária 2, perfil (u, v, w) .............................. 53 Tabela 13 - Características das idosas de faixa etária 3, perfil (g, h, i) ..................... 55 Tabela 14 - Características das idosas de faixa etária 3, perfil (x, y, z) .................... 55 Tabela 15 - Avaliação em geriatria, faixa etária 3, perfil (g, h, i)................................ 56 Tabela 16 - Avaliação em geriatria, faixa etária 3, perfil (x, y, z) ............................... 57 Tabela 17 – Comparativo das faixas etárias ............................................................. 59 Tabela 18 – Comparativo das características ........................................................... 60 Tabela 19 - Uso de Medicações ................................................................................ 91

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABVD

Atividades Básicas de Vida Diária.

AIVD

Atividades Instrumentais de Vida Diária.

APAE

Associação de Pais e Amigos Excepcionais

CEP

Comitê de Ética em Pesquisa.

ESF

Estratégia Saúde da Família.

IBGE

Instituto Brasileiro Geografia e Estatística.

INPS

Instituto Nacional da Previdência Social.

INSS

Instituto Nacional do Seguro Social.

MEEM

Mini Exame do Estado Mental.

OMS

Organização Mundial em Saúde.

SESC

Serviço Social do Comércio.

SETREM

Sociedade Educacional Três de Maio.

TCLE

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

SUMÁRIO 1 ASPECTOS METODOLÓGICOS................................................................ 20 1.1 TEMA............................................................................................................20 1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA............................................................................20 1.3 OBJETIVOS................................................................................................. 20 1.3.1 Objetivo Geral ............................................................................................ 20 1.3.2 Objetivos Específicos: .............................................................................. 20 1.4 JUSTIFICATIVA........................................................................................... 21 1.5 PROBLEMATIZAÇÃO DA PESQUISA.........................................................22 1.6 HIPÓTESES:................................................................................................ 22 1.7 METODOLOGIA...........................................................................................23 1.7.1 Local da coleta de dados .......................................................................... 25 1.7.2 Técnica de coleta de dados ...................................................................... 28 1.7.3 População e Amostra ................................................................................ 29 1.7.4 Critérios de Inclusão ................................................................................. 30 1.7.5 Análise e Interpretação das Informações ................................................ 31 1.7.6 Considerações Éticas ............................................................................... 32 1.7.7 Cronograma ............................................................................................... 33 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................. 34 2.1 GRUPOS DE CONVIVÊNCIA...................................................................... 34 2.2 PROCESSO DE ENVELHECIMENTO E O IDOSO..................................... 35 2.2.1 A Feminização da Velhice ......................................................................... 36 2.3 ASPECTOS COGNITIVOS NA TERCEIRA IDADE..................................... 38 2.4 QUALIDADE DE VIDA................................................................................. 38 2.4.1 Qualidade de vida das mulheres idosas ................................................. 40 2.5 CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO IDOSO............................................... 41 2.6 POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE PARA OS IDOSOS.............................42 2.7 ..INSTRUMENTOS PARA AVALIAÇÃO EM GERIATRIA E GERONTOLOGIA...................................................................................................... 44 2.7.1 Avaliação das Atividades Básicas de Vida Diária .................................. 44 2.7.2 Avaliação das Atividades Instrumentais de Vida Diária ........................ 45 2.7.3 Avaliação do Equilíbrio e Marcha ............................................................ 46 2.7.4 Avaliação Cognitiva Mini Exame do Estado Mental ............................... 46 3 ANÁLISES E DISCUSSÕES SOBRE A QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES IDOSAS ............................................................................................... 48 3.1 COMPARATIVOS DA FAIXA ETÁRIA 1...................................................... 48 3.1.1 Perfil (A, B, C – R, S, T) ............................................................................. 48 3.1.2 Avaliação em Geriatria: Perfil (A, B, C – R, S, T)..................................... 50 3.2 COMPARATIVOS DA FAIXA ETÁRIA 2...................................................... 51

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3.2.1 Perfil (D, E, F – U, V, W)............................................................................. 52 3.2.2 Avaliação em Geriatria: Perfil (D, E, F – U, V, W) .................................... 53 3.3 COMPARATIVOS DA FAIXA ETÁRIA 3...................................................... 54 3.3.1 Perfil (G, H, I – X, Y, Z) ............................................................................... 55 3.3.2 Avaliação em Geriatria: Perfil (G, H, I – X, Y, Z) ...................................... 56 3.4 COMPARATIVO GERAL..............................................................................58 3.5 COMPARATIVOS DOS RELATOS DAS IDOSAS....................................... 61 3.5.1 Conhecimento dos grupos de conivência .............................................. 61 3.5.1.1 Grupo 1: Como você ficou sabendo dos grupos? ....................................... 61 3.5.1.2 Grupo 2: Você sabia que existem grupos de convivência? ......................... 62 3.5.1.3 Grupo 1 e 2: Comparativos ......................................................................... 62 3.5.2 Motivos para participar ou não dos grupos ............................................ 64 3.5.2.1 Grupo 1: Quais motivos as levam a participar dos grupos? ........................ 64 3.5.2.2 Grupo 2: Por quais motivos você não participa do grupo? .......................... 65 3.5.2.3 Grupo 1 e 2: Comparativos ......................................................................... 67 3.5.3 Atividades que os grupos desenvolvem ................................................. 69 3.5.3.1 Grupo 1: Quais atividades que o grupo desenvolve? .................................. 69 3.5.3.2 Grupo 2: Você sabe quais atividades o grupo desenvolve? ........................ 71 3.5.3.3 Grupo 1 e 2: Comparativo ........................................................................... 72 3.5.4 O que é preciso para ter qualidade de vida ............................................ 74 3.5.4.1 Grupo 1: O que é preciso para ter qualidade de vida? ................................ 74 3.5.4.2 Grupo 2: O que é preciso para ter qualidade de vida? ................................ 75 3.5.4.3 Grupo 1 e 2: Comparativos ......................................................................... 77 3.5.5 Percepção sobre sua qualidade de vida ................................................. 78 3.5.5.1 Grupo 1: Como você considerava sua qualidade de vida antes do grupo?. 78 3.5.5.2 Grupo 2: Como você considera sua qualidade de vida? ............................. 80 3.5.5.3 Grupo 1 e 2: Comparativos ......................................................................... 81 3.5.6 Percepção sobre sua saúde ..................................................................... 83 3.5.6.1 Grupo1: Como você considera sua saúde? ................................................ 83 3.5.6.2 Grupo 2: Como você considera sua saúde? ............................................... 84 3.5.6.3 Grupo 1 e 2: Comparativos ......................................................................... 85 3.5.7 Uso do tempo ............................................................................................ 87 3.5.7.1 Grupo 1: Na sua vida sobra tempo ou falta? ............................................... 87 3.5.7.2 Grupo 2: Na sua vida sobra tempo ou falta? ............................................... 88 3.5.7.3 Grupo 1 e 2: Comparativos ......................................................................... 88 3.5.8 Uso de medicamentos .............................................................................. 90 3.5.8.1 Grupo 1: Quantos medicamentos você utiliza? ........................................... 90 3.5.8.2 Grupo 2: Quantos medicamentos você utiliza? ........................................... 90 3.5.8.3 Grupo 1 e 2: Comparativos ......................................................................... 90 3.5.9 Humor ......................................................................................................... 93 3.5.9.1 Grupo 1: Você se considera bem humorada? ............................................. 93 3.5.9.2 Grupo 2: Você se considera bem humorada? ............................................. 93 3.5.9.3 Grupo 1 e 2: Comparativos ......................................................................... 94 3.5.10 O que você diria para o grupo oposto ..................................................... 96 3.5.10.1 Grupo 1: O que você diria para idosas do grupo 2? .................................... 96 3.5.10.2 Grupo 2: O que você diria para idosas do grupo 1? .................................... 97 3.5.10.3 Grupo 1 e 2: Comparativos ......................................................................... 98 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................... 100 REFERÊNCIAS ......................................................................................... 105 APÊNDICE A – ROTEIRO DA ENTREVISTA GRUPO 1 ......................... 117

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APÊNDICE B – ROTEIRO DA ENTREVISTA GRUPO 2 ......................... 117 APÊNDICE C – DIÁRIO DE BORDO..................................................... 117 APÊNDICE D – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO ...................................................................................................... 117 APÊNDICE E – TERMO DE CIÊNCIA DO ORIENTADOR .................... 117 APÊNDICE F – TERMO DE AUTORIZAÇÃO PARA PESQUISAR OS GRUPOS ................................................................................................................. 117 ANEXO A – ESCALA DE AVALIAÇÃO DE ATIVIDADES BÁSICAS DE VIDA DIÁRIA .......................................................................................................... 128 ANEXO B - ESCALA DE AVALIAÇÃO DE ATIVIDADES INSTRUMENTAIS DE VIDA DIÁRIA ...................................................................... 129 ANEXO C - ESCALA DE AVALIAÇÃO DO EQUILÍBRIO E DA MARCHA DE TINNETI ............................................................................................................ 130 ANEXO D: MINI EXAME DO ESTADO MENTAL..................................... 132

INTRODUÇÃO No Brasil, nas décadas de 50 e 60, as taxas de crescimento anual da população mantiveram-se altas. No entanto, a partir da década de 70, essa taxa mostrou significativa redução, acentuando-se na década de 80. Simultaneamente, a distribuição etária da população brasileira se alterou. E a partir disso, vem ocorrendo mudanças progressivas na pirâmide populacional, pois o número de pessoas com 60 anos ou mais está aumentando significativamente (CARVALHO; FORTI, 2008). Fatores como o decréscimo na taxa de mortalidade neonatal, uso de métodos contraceptivos, avanço da medicina, e a melhora da qualidade de vida estão diretamente relacionados com o aumento da população idosa. Entretanto, observa-se que a quantidade de mulheres idosas é relativamente maior que a de homens idosos, pois segundo Arantes; Côrte (2009), as mulheres se preocupam mais com o autocuidado. Visando essa parte específica da população, se faz necessário formar múltiplas alternativas, para ampliar a qualidade de vida das mulheres idosas e uma das opções são os grupos de convivência. Nesses grupos a mulher idosa encontra espaço para a busca de sentido para a vida, pois realiza diferentes atividades propostas pelo grupo, socializa informações e conhecimentos além de desenvolver trabalhos e manter o relacionamento interpessoal. Entretanto, algumas idosas gostam de permanecer em seu ambiente domiciliar e preferem não participar de nenhuma atividade de trabalho ou social, ou talvez não se integrem a estes grupos por não conhecerem as atividades que os mesmos realizam. A ideia de desenvolver um tema voltado à qualidade de vida dos idosos surgiu no decorrer do processo de envelhecimento dos pais da autora, onde percebeu que a

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cada ano as perspectivas vão modificando. Isso se expressa pela vontade de viajar todo final de semana que vai sendo substituída pela vontade de passar cada segundo com os filhos e com a família. Também a vontade de trabalhar é limitada pela capacidade física, onde ter dinheiro já não é mais o objetivo e sim ter saúde; em que praticar atividades físicas e ter uma alimentação saudável já não é mais questão de escolha e quando estar sozinho se torna triste e angustiante. Sabe-se que proporcionar um envelhecimento saudável se tornou um dos maiores desafios para a Enfermagem. O profissional deve se fazer presente nas diversas fases e mudanças da vida, para identificar as necessidades e proporcionar qualidade de vida a partir da prevenção de doenças e promoção de saúde. Sabe-se que a mulher idosa é mais participativa na busca ativa de saúde, e isso além de trazer benefícios para sua saúde, faz com que o enfermeiro tenha uma maior aproximação e maior vínculo. Através disso, o profissional pode ter participação ativa no envelhecimento das idosas, além de acompanhar o envelhecimento pode traçar estratégias para que este processo seja gratificante. Isso pode ser conseguido, auxiliando a idosa a manter sua capacidade física, estando presente orientando-a para manter e melhorar a qualidade de vida cada vez mais. Com o objetivo de poder proporcionar melhor qualidade de vida durante este processo, surgiu o interesse em saber o que as mulheres idosas consideram ser qualidade de vida e como é possível melhorá-la ainda mais. No entanto o que foi possível observar durante os estágios curriculares em saúde do idoso, é que as idosas que participam de grupos de convivência “aparentavam” serem mais felizes e bem humoradas. Daí surgiu a curiosidade de investigar se os grupos estão influenciando positivamente em suas vidas. A partir disso, obter respostas que contribuem no desenvolvimento como Enfermeira, como filha, e também como futura idosa. Apenas com o entendimento do significado de qualidade de vida, é que se torna possível traçar metas e desenvolver planos para poder melhorá-la a cada dia trazendo mais sentido de viver para cada mulher idosa, tornando o envelhecimento um processo saudável e prazeroso.

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Esta pesquisa constitui-se como sendo de caráter quali-quantitativo, do tipo descritivo. Teve como objetivo comparar a qualidade de vida das idosas que participam de grupos de convivência com a de idosas que não participam. O propósito desse trabalho foi saber se as idosas (pesquisadas) que participam de grupos de convivência possuem melhor qualidade de vida em relação as idosas que não participam. Para fins metodológicos, este trabalho está estruturado em três capítulos: Capítulo 1: enfatiza-se neste capítulo, a contextualização e os procedimentos metodológicos utilizados, onde estão descritas as ações realizadas no decorrer da pesquisa. A abordagem e a amostra selecionada para o estudo Capítulo 2: contempla-se o referencial teórico que busca o embasamento da pesquisa, referenciando os aspectos abordados por vários autores. Enfoca-se a influência dos grupos de convivência na qualidade de vida das mulheres idosas, sendo que para melhor compreensão do assunto, elucidou-se a questão dos grupos de convivência, o processo de envelhecimento, a feminização da velhice, os aspectos cognitivos na terceira idade, qualidade de vida, qualidade de vida para idosas, cuidados de Enfermagem ao idoso, políticas públicas de saúde ao idoso e alguns dos instrumentos utilizados para avaliação em geriatria. Capítulo 3: apresenta a análise e interpretação dos resultados obtidos a partir da coleta realizada com as idosas, destacando-se os resultados e confrontando os mesmos com demais pesquisas realizadas em contextos semelhantes. Finalizou-se o trabalho de conclusão de Curso com as considerações finais a respeito da pesquisa e apresentando-se as referências bibliográficas consultadas para a construção da mesma. Enfatiza-se que estudos dessa natureza fornecem subsídios para melhorar a qualidade de vida das mulheres idosas, além de reforçar a importância de desenvolver mais estudos e desenvolver estratégias voltadas a este perfil da população.

1 ASPECTOS METODOLÓGICOS

1.1 TEMA Saúde do Idoso.

1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA Esta pesquisa teve como foco comparar a qualidade de vida das idosas que participam de grupos de convivência, com a qualidade de vida das idosas que não participam. O projeto de pesquisa foi desenvolvido por uma estudante do nono período, do curso Bacharelado em Enfermagem da Faculdade Três de Maio (SETREM), no transcorrer do Componente Curricular de Projeto e Pesquisa em Enfermagem III. A pesquisa foi aplicada no segundo semestre de 2014, para fins da obtenção do título de Bacharel em Enfermagem, sendo desenvolvida em um município de médio porte do noroeste gaúcho tendo como participantes idosas que frequentam grupos de convivência e idosas que não frequentam nenhum grupo.

1.3 OBJETIVOS 1.3.1 Objetivo Geral Elencar, discutir e abordar as diferenças existentes entre a qualidade de vida de mulheres idosas que frequentam grupos em relação àquelas que não participam dos referidos grupos. 1.3.2 Objetivos Específicos: a) identificar a influência dos grupos na qualidade de vida das idosas;

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b) conhecer as atividades que os grupos realizam, e as atividades que as idosas gostariam que realizassem; c) entender como as atividades desenvolvidas nos grupos de idosos contribuem para uma melhor qualidade de vida; d) observar os motivos que às levam a participar dos grupos, e os motivos para que não participem; e) entender o que é qualidade de vida, pelo ponto de vista de cada uma;

1.4 JUSTIFICATIVA Vários estudos científicos abordam sobre a qualidade de vida dos idosos, sobre a necessidade de desenvolver atividades objetivando garantir melhor qualidade de vida. Silva (2011) afirma que não basta só viver muito, é preciso viver com qualidade. Estudar o envelhecimento torna-se cada vez mais importante, pois, conforme Assis; Martin (2010) “investigar a velhice de hoje é preparar as futuras gerações para uma velhice melhor” (p.57). A ideia de desenvolver um tema voltado à qualidade de vida dos idosos surgiu quando a autora do presente trabalho se deparou com o envelhecimento dos pais e a necessidade de querer intervir para proporcionar uma velhice de qualidade. O que motivou para escolha do curso, para poder implementar o conhecimento técnico e científico no cuidado para oferecer qualidade de vida aos idosos. E também pela necessidade e interesse de querer ampliar o conhecimento sobre o envelhecimento, para proporcionar um envelhecimento de qualidade ás futuras gerações. Silva (2009) descreve qualidade de vida como algo particular para cada ser humano. Portanto, devemos respeitar a opinião de cada um, pois o que é qualidade de vida para uma idosa, pode não ter o mesmo significado para outra. Entretanto, acredita-se que as idosas que participam de grupos de convivência possuam uma qualidade de vida melhor, pois os grupos servem de apoio para a busca de autonomia e sentido para a vida, além da interação social possibilitam

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ampliar suas capacidades e auxiliar uma à outra na busca de melhor qualidade para viver (MOREIRA, 2000). Sabe-se que este perfil da população teve melhora em sua perspectiva de vida, entretanto deve-se entender sob seu ponto de vista o que é qualidade de vida para cada uma, e o que fazer para torná-la melhor ainda. Pois assim, os resultados trarão ideias concretas da realidade, necessidades e das perspectivas das idosas, facilitando no desenvolvimento de futuros projetos em benefício desta parcela da população, além de contribuir para ampliar o conhecimento científico em relação aos grupos na qualidade de vida das idosas e no desenvolvimento da autora, como Enfermeira, filha e também como futura idosa.

1.5 PROBLEMATIZAÇÃO DA PESQUISA Quais as influências que a participação nos grupos de convivência tem sobre a qualidade de vida das idosas?

1.6 HIPÓTESES: a) as mulheres idosas que frequentam grupos de convivência possuem qualidade de vida melhor em relação as que não participam de grupos; c) a convivência em grupo torna-as mais bem humoradas; d) idosas que participam do grupo observam que a qualidade de vida melhorou; e) recomendariam outras idosas a participarem; f) a dificuldade de acesso aos encontros faz com que as idosas acabem não participando; g) uso de medicamento é mais frequente por idosas que não participam de atividades grupais.

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1.7 METODOLOGIA O método de abordagem da pesquisa foi quali-quantitativa, já o método de procedimento, comparativo de natureza básica. Trata-se de uma pesquisa de campo de caráter exploratória descritiva, com procedimento técnico de coleta de dados através de formulários semi estruturados. Segundo Berto; Nakamo (2000) apud Martins (2011), as abordagens da pesquisa servem para aproximar e focar os problemas estudados. Sabendo que durante o processo de envelhecimento as idosas passam por uma série de transformações físicas, emocionais e sociais, e para conhecer melhor as pesquisadas, a melhor abordagem a ser utilizada é a qualitativa. Segundo Minayo (2010), a investigação qualitativa trabalha com o universo dos significados, motivos, crenças e valores considerando a fala um material fundamental para a pesquisa. Segundo Gerhardt e Silveira (2009) os pesquisadores que utilizam esta abordagem “buscam explicar o porquê das coisas” (p.32). “E o objetivo da amostra é de produzir informações aprofundadas e ilustrativas: seja ela pequena ou grande, o que importa é que ela seja capaz de produzir novas informações” (DESLAURIES, 1991, p. 58 apud GERHARDT; SILVEIRA, 2009). Através da pesquisa qualitativa Bonat (2009, p. 12) lembra “[..] que é impossível para um pesquisador manter-se neutro [...]”, pois através desta abordagem de pesquisa, o autor capta os aspectos subjetivos dos fenômenos pesquisados, que após a coleta de dados na análise sofre influência da interpretação do autor devido sua cultura, crenças e valores éticos e morais. Bonat (2009, p. 12) descreve que o que deve ser feito é “procurar analisar todas as esferas do conhecimento que interfiram na pesquisa e verificar a possibilidade de todos os resultados obtidos”. Pela necessidade de dados consistentes, além da pesquisa qualitativa aplicou-se também a pesquisa quantitativa, para quantificar dados concisos relacionados a qualidade de vida das idosas. Bonat (2009) Descreve que ela afasta a análise pessoal do autor, não acarretando em conclusões contraditórias. [...] Como as amostras geralmente são grandes e consideradas representativas da população, os resultados são tomados como se constituíssem um retrato real de toda a população alvo da pesquisa. A pesquisa quantitativa se centra na objetividade. Influenciada pelo positivismo,

24 considera que a realidade só pode ser compreendida com base na análise de dados brutos, recolhidos com o auxílio de instrumentos padronizados e neutros (FONSECA, 2002, p. 20).

Entende-se que a utilização conjunta de instrumentos quantitativos e qualitativos permitem recolher dados mais fidedignos do que se aplicados isoladamente. O método de procedimento foi comparativo; para Bonat (2009), este método consiste em examinar os dados a fim de obter diferenças ou semelhanças que possam ser constatadas. Já a natureza da pesquisa foi básica, conforme Gerhardt; Silveira (2009), “a pesquisa básica tem como objetivo de gerar novos conhecimentos para a ciência”. Sendo assim, os novos conhecimentos trouxeram respostas se os grupos influenciam positivamente ou não na qualidade de vida das mulheres idosas. Escolheu-se a pesquisa de campo que requer inicialmente a realização de uma pesquisa bibliográfica sobre o tema em questão para estabelecer um modelo teórico inicial (MARCONI; LAKATOS, 2006). Portanto, primeiramente foi realizado uma revisão bibliográfica em livros, artigos científicos, periódicos e teses sobre a qualidade de vida de idosas, esta revisão serviu para elucidar as investigações sobre o tema. Sabendo que a pesquisa foi exploratória-descritiva, salienta-se que a pesquisa exploratória proporciona maior entendimento do problema, nesse tipo de pesquisa, o pesquisador procura maior conhecimento sobre o tema em estudo (GIL, 2002). Estudos exploratórios são realizados quando uma nova área ou tópico está sendo investigado e os métodos qualitativos são especialmente úteis para exploração de fenômenos pouco entendidos. A pesquisa qualitativa exploratória destina-se a desvendar as várias maneiras pelas quais um fenômeno se manifesta, assim como os processos subjacentes (POLIT; BECK; HUNGLER, 2004, p.34).

A pesquisa descritiva descreve as características de determinada população através de técnicas padronizadas para a coleta de dados. Triviños (1987), afirma que os estudos descritivos exigem do pesquisador uma série de informações sobre o que se deseja pesquisar, pois pretende descrever com exatidão os fatos e fenômenos de determinada realidade.

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1.7.1 Local da coleta de dados A coleta de dados foi realizada em uma cidade de pequeno porte da região do Noroeste do Rio Grande do Sul. Para idosas que participam de grupos de convivência, foi agendada previamente uma data para que a pesquisadora participasse dos encontros dos grupos e com auxílio da coordenadora do grupo selecionou algumas idosas para a participação da pesquisa. Seguidamente, foi agendada uma data para que a pesquisadora fosse até a casa de cada idosa, ou outro ambiente em que se sentisse confortável, para dar seguimento à coleta de dados. Sabe-se que no município onde foi desenvolvido este trabalho, existem onze grupos de convivência para idosos registrados na assistência social. A assistência social possui responsabilidade de organizar e coordenar os grupos e as atividades que os mesmos desenvolvem: Grupo Sempre Alegre: possui um total de vinte e oito participantes sendo vinte e sete mulheres e um homem. Desenvolvem atividade física, artesanato e ginástica. O grupo realiza encontros mensais. Grupo Alegria de Viver: desenvolve suas atividades de bailinho semanalmente no turno vespertino. Conforme relatos do presidente do grupo, este é o maior e mais antigo grupo de convivência do município, tendo cerca de quinhentos idosos associados, sendo eles do município e também de outros municípios, relata também que muitos idosos se associam não para participar dos bailes mas sim, pelos benefícios que o grupo oferece, um deles é o plano de saúde. O mesmo possui clube próprio construído a partir de arrecadações da contribuição dos associados. Segundo o presidente do grupo, eles desenvolvem projetos e apresentam na prefeitura para conseguir auxilio transporte aos idosos do município que não possuem meio de condução. Relata também, que as contribuições dos associados são utilizadas em viagens para participarem dos bailes desenvolvidos por outros grupos em outros municípios. O Grupo Planalto: realiza seus encontros semanalmente nas terças a tarde. Possui em torno de vinte e nove participantes, sendo vinte e cinco mulheres e quatro homens, desenvolvem atividade física duas vezes por mês, fazem artesanato,

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dinâmicas, ginástica e assistem palestras. Conforme a coordenadora do grupo o mesmo possui desde mulheres mais jovens até idosas de oitenta anos. Grupo Viver Bem com Saúde: este grupo possui trinta participantes. Vinte e oito mulheres e dois homens, conforme relatos de uma idosa participante, este grupo existe há mais ou menos sete anos. As atividades são desenvolvidas semanalmente no turno vespertino, lá os idosos fazem artesanato, praticam ginástica, dinâmicas de grupo, jogam bingo e assistem palestras. Grupo Envelhecendo com Alegria: desenvolvem atividades de palestras, artesanato e jogos. O grupo realiza encontros mensais no turno vespertino contando com vinte sete participantes, sendo vinte mulheres e sete homens. Grupo Recordando o Passado: desenvolve palestras, artesanatos, atividades físicas e escolha de rainha, princesas e vovó simpatia, possui trinta e quatro participantes, vinte mulheres e quatorze homens. Alegria de Cantar na Melhor Idade: possui cerca de vinte participantes, sendo dezenove mulheres e um homem. Desenvolvem atividades de canto, os encontros ocorrem semanalmente no turno vespertino. O coral faz apresentações no município, em outros municípios e também em outros estados. Grupo Conviver: Possui cerca de 270 associados, entretanto nem todos participam das atividades que os grupos desenvolvem, os encontros para ginástica ocorrem em quartas-feiras e os bailes aos domingos. Anitas na Melhor Idade: possui vinte e duas participantes, todas do sexo feminino. Desenvolvem atividades de dança. Os encontros ocorrem semanalmente no turno vespertino, as participantes ganham seu vestido para as apresentações. E se apresentam no município, em municípios vizinhos e também em outros estados já tendo conquistado um troféu. Informática Para Idosos: possui quinze participantes, as atividades são realizadas semanalmente às quartas-feiras no turno vespertino, aprendem comandos básicos, pesquisar na internet, enviar e-mail, criar facebook e escrever textos. Conforme a coordenadora do grupo, este curso é oferecido para que os idosos também possam ser inclusos na era digital, afim de que eles se comuniquem com familiares e pessoas distantes.

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Grupo Hidroginástica para Idosos: desenvolvem suas atividades na APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) pois o ambiente possui piscina térmica, os idosos ao chegar (com transporte público que os deixa na porta de entrada) vestem seus trajes de banho e logo dão início as atividades na piscina. Fazem alongamento, aquecimento, brincadeiras, relaxamentos

e atividades

diferenciadas para que as atividades sejam sempre atrativas. O grupo é composto por trinta participantes são divididos em duas turmas e as atividades ocorrem duas vezes por semana. O encontro do grupo ocorre na segunda-feira no turno vespertino, e na sextafeira no turno matutino e vespertino. A coordenadora relata que desenvolvem diversas atividades com os idosos e vai modificando conforme a capacidade dos idosos vai melhorando. Tabela 1 - Grupos de convivência para idosos GRUPOS Sempre Alegre Alegria De Viver

ATIVIDADES Artesanato, ginástica Bailes

Grupo Planalto

Artesanato, dinâmicas, palestras, ginástica, atividade física Artesanato, ginástica, Viver Bem com Saúde dinâmicas, jogo de bingo, palestras Envelhecendo com Alegria Palestras, artesanatos e jogos Recordando o Passado Palestras, artesanato, atividade física Alegria de Cantar na Melhor Idade Cantos Conviver Bailes, ginástica Anitas na Melhor Idade Dança Informática para Idosos Editoração, internet Hidroginástica para Idosos Sessões de hidroginástica Total Geral: 11 grupos 14 atividades Fonte: Ristoff, Scherer, Shubeita, 2014.

MULHERES 27 ...

HOMENS 1 ...

TOTAL 28 500

25

4

29

28

2

30

20

7

27

20

14

34

19 ... 22 14 8

1 ... 0 1 2

20 270 22 15 30

183

32

1.005

Para idosas que participam de grupos de convivência, foram selecionadas aquelas que participam em pelo menos dois grupos distintos. Para idosas que não fazem parte de nenhum grupo de convivência, buscouse um contato prévio com as Estratégias de Saúde da Família (ESF) da cidade, para indicação de residências para a coleta de dados.

28

1.7.2 Técnica de coleta de dados Os dados foram obtidos individualmente com cada idosa através de formulários semiestruturados com perguntas abertas e fechadas (APÊNDICE A e APÊNDICE B), a mesma foi gravada para que as participantes pudessem ter liberdade de expressão e facilitasse a transcrição das informações. O formulário caracteriza-se pela aplicação de uma lista de perguntas destinada à coleta de dados, cujo preenchimento é feito pela própria investigadora para garantir a uniformidade dos dados coletados (GERHARDT; SILVEIRA, 2009). Durante a coleta de informações, foi utilizado um diário de bordo, nele foi registrado de forma descritiva, o local onde a atividade ocorreu, a data, o tempo de duração da atividade, o estado emocional, gestual e as expressões faciais das participantes (APÊNDICE C). E para averiguar a validade destes instrumentos (questionário e o diário de bordo), foi realizado um pré-teste em uma amostra aleatória do perfil da população, com os mesmos procedimentos técnicos e éticos da pesquisa definitiva para este estudo. Marconi; Lakatos (2006) descrevem que o pré-teste, consiste em testar os instrumentos da pesquisa sobre uma parte da amostra, antes de ser aplicado definitivamente, para garantir resultados isentos de erros. Precedente a aplicação do pré-teste e da coleta definitiva de dados, foi aplicado os seguintes formulários de avaliação em geriatria: Instrumento de Avaliação das Atividades Básicas de Vida Diária (ABVD) que avalia a autonomia do idoso para realizar atividades básicas de vida diária. Instrumento de Avaliação das Atividades Instrumentais de Vida Diária (AIVD), que permite avaliar o nível de independência nas atividades AIVD. Avaliação do Equilíbrio que classifica aspectos da marcha como a velocidade, distância do passo, simetria e o equilíbrio (APÓSTOLO, 2012) e o Mini Exame do Estado Mental que é um teste para rastreamento da perda cognitiva a fim de selecionar um perfil especifico e delineado de idosas para participarem da pesquisa (APÊNDICE D).

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1.7.3 População e Amostra O município onde foi desenvolvida esta pesquisa, em 2010 possuía uma população estimada de 24.471 habitantes, conforme senso de 2010 de dados do Instituto Brasileiro Geografia e Estatística – IBGE (2010). Destaca-se aqui que dessas 24.471 pessoas, 13.511 são mulheres. E deste total de mulheres, entre estas 1.937 são idosas a partir dos sessenta anos. Especificamente 1.127 são idosas com 60 a 69 anos, 753 são idosas com 70 a 79 anos, 389 são idosas que possuem 80 anos ou mais. Em 2013, não constam dados sobre a distribuição feminina por faixa etária, no entanto observa-se que a população total foi de 23.726 habitantes estimados. A seleção de idosas para a participação da pesquisa se deu a partir da aplicação dos formulários de avaliação em geriatria. Tabela 2 - População feminina POPULAÇÃO Total Total feminino Feminino 60-69 Feminino 70-79 Feminino 80 ou mais Fonte: Brasil, 2014.

2010 24.471 12.242 1.127 753 389

2011 23.695 12.243 1.150 774 408

2012 23.665 12.258 1.174 797 429

2013 23.726 ... ... ... ...

Sendo assim, o perfil da população estudada, foi composta por dois grupos, três faixas etárias e dezoito perfis, como pode ser observado na tabela 3. Os grupos são compostos pelo “Grupo 1” que caracteriza as idosas que participam de grupos de convivência, e o “Grupo 2” que são as idosas que não participam de grupos de convivência. Os grupos 1 e 2 de idosas foram divididos em três faixas etárias. Faixa etária (1): idosas de 60 à 69 Faixa etária (2): idosas de 70 à 79 Faixa etária (3):idosas de 80 ou mais Os perfis são caracterizados pelas letras alfabéticas A, B, C, D, E, F, G, H e I para as idosas que participam de grupos (GRUPO 1) e R, S, T, U, V, W, X, Y e Z (GRUPO 2) para idosas que não participam de grupos de convivência. Sendo assim, as idosas dos perfis A, B, C e R, S, T participam da faixa etária um e possuem idade de 60 a 69 anos. As idosas participantes dos perfis D, E, F e U,

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V, W estão inseridas na faixa etária dois dos 70 à 79 anos. Já as idosas dos perfis G, H, I e X, Y, Z participam da faixa etária três caracterizada pela idade de 80 anos ou mais. Esta metodologia de abordagem para identificação das participantes foi elaborada pela autora deste estudo. Tabela 3 – Amostra da Pesquisa GRUPO 1 Faixa etária Perfil 1 A B C 2 D E F 3 G H I Fonte: Ristoff, Scherer, Shubeita, 2014.

GRUPO 2 Faixa etária 1 2 3

R U X

Perfil S V Y

T W Z

A amostra foi determinada pela saturação de dados, onde Polit; Beck; Hungler (2004) asseguram que: Na pesquisa qualitativa o tamanho da amostra deve ser determinado a partir da necessidade de informações, isto é, amostrar até o ponto em que não é mais obtida nenhuma informação nova e é atingida a redundância, normalmente é possível chegar à redundância com um número relativamente pequeno de casos, se a informação de cada um tiver profundidade suficiente (p. 237).

A coleta foi finalizada a partir do momento que os dados apresentaram repetição, ou as informações fornecidas pelas participantes pouco acrescentavam ao material já obtido. Quando os dados começarem a apresentar repetição das informações, ou quando as informações fornecidas pelas participantes pouco acrescentar ao material já obtido será finalizada a coleta de dados. 1.7.4 Critérios de Inclusão Foram considerados os seguintes critérios de inclusão: Para idosas que participam de grupos de convivência: frequentar pelo menos dois grupos de convivência, ser do sexo feminino, residir na área urbana, com idade a partir de 60 anos. Os valores estipulados de inclusão a seguir, foram definidos pela autora com embasamento em leituras bibliográficas. Ser independente ou parcialmente dependente nas atividades básicas de vida diária. Obter um escore acima de 12 nas atividades instrumentais de vida diária. Receber acima de 19 no instrumento de avaliação do equilíbrio e da marcha.

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Com relação a avaliação do mini exame do estado mental, para idosas analfabetas; receber um escore acima de 10, para idosas com até 11 anos de estudo receber um escore acima de 17, para idosas com mais de 11 anos de estudo receber um escore acima de 22 e concordar em participar da pesquisa e assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Para idosas que não participam de grupos de convivência: ser do sexo feminino, idade a partir de 60 anos, residir na área urbana. Os valores estipulados de inclusão dos testes em geriatria e gerontologia foram estabelecidos pela autora com embasamento no material bibliográfico. Ser independente nas atividades básicas de vida diária com um escore de 5 a 6, somar um escore de 12 a 16 nas atividades instrumentais de vida diária. Receber acima de 19 no instrumento de avaliação do equilíbrio e da marcha. Com relação a avaliação do mini exame do estado mental, para idosas analfabetas; receber um escore acima de 10, para idosas com até 11 anos de estudo receber um escore acima de 17, para idosas com mais de 11 anos de estudo receber um escore acima de 22 e concordar em participar da pesquisa e assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). 1.7.5 Análise e Interpretação das Informações Após a obtenção dos dados, foi realizada a análise e interpretação dessas informações. Segundo Gerhardt e Silveira (2009), para analisar e interpretar um material qualitativo é preciso penetrar nos significados que os entrevistados compartilham de sua realidade. Sendo assim, foi utilizada a análise de conteúdo; para Minayo (2010) análise, é ir além do descrito, decompondo os dados e buscando uma relação entre as partes que foram decompostas. A partir disso, primeiramente foi realizada a leitura das falas por meio da transcrição das entrevistas coletadas. Neste contexto foi definida a análise temática, pois além de ser simples é mais apropriada para investigações qualitativas. Para Minayo (2007), “a análise temática consiste em descobrir os núcleos de sentido que compõe uma comunicação cuja presença ou frequência signifique alguma coisa para o objetivo analítico visado” (p.36).

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A mesma foi realizada em três etapas: a Pré-análise: onde o material a ser analisado foi organizado em quadros e tabelas no word, e realizado várias leituras do mesmo. A segunda etapa foi a exploração do material, em que os materiais foram codificados e contados para então serem agregados em categorias teóricas ou empíricas. E por fim, tratou-se os dados brutos, que foram trabalhados permitindo destacar as informações obtidas, estas posteriormente foram interpretadas. 1.7.6 Considerações Éticas O presente projeto seguiu todos os procedimentos éticos de pesquisa, respeitando as disposições da autonomia, beneficência, não maleficência, ética, equidade e justiça, cumprindo as “Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos” (466/2012) (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2012). Foi elaborado um termo de consciência do orientador (APÊNDICDE D). Antecedendo as visitas aos grupos foi contatado à assistente social para solicitar autorização, (APÊNDICE E), para realizar a coleta de dado, pois a mesma é responsável pelos grupos e suas atividades. Para proceder à coleta de dados, as idosas foram convidadas a participar da pesquisa, onde foram esclarecidos os objetivos e o caráter espontâneo de participação.

Após

concordância,

solicitou-se

a

assinatura

do

Termo

de

Consentimento Livre e Esclarecido, (APÊNDICE F), impresso em duas vias de igual teor, destinada uma à pesquisadora e outra, à participante. A participação foi de forma voluntária e o procedimento de coleta de dados acorreu através da aplicação de formulários semiestruturados com perguntas abertas e fechadas. Os benefícios foram diretos e indiretos, pois as informações coletadas forneceram subsídios para a construção de conhecimento em saúde e Enfermagem, bem como novos métodos a serem aprimorados para melhorar cada vez mais a qualidade de vida dos idosos. Para a pesquisadora trouxe benefícios, pois possibilitará implementar na prática estes conhecimentos como Enfermeira, filha e futura idosa. E para as participantes, acredita-se que, indiretamente, a participação na entrevista contribuiu

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para que elas refletissem sobre sua própria qualidade de vida, tornando-se agente desse processo. As informações fornecidas foram tratadas com padrões profissionais de sigilo, preservando a imagem das participantes. Caso seja solicitado, os resultados serão enviados à elas. Os dados ficarão armazenados pelo prazo de cinco anos e após este período serão destruídos. 1.7.7 Cronograma Tabela 4 - Demonstrativo do cronograma do Projeto de Pesquisa Atividades Previstas

Fev

Mar

Abr

Mai

jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Atividades Realizadas

Fev

Mar

Abr

Mai

jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Escolha do tema Revisão bibliográfica Elaboração do projeto Entrega parcial do projeto Entrega final do projeto Defesa do projeto Envio do projeto ao CEP Coleta dos dados Analise dos dados Orientações e ajustes Revisão e redação final Entrega da pesquisa Apresentação da pesquisa final Entrega definitiva Fonte: Ristoff, Scherer, Shubeita, 2014.

Dez

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 GRUPOS DE CONVIVÊNCIA O grupo geralmente é formado por um conjunto de pessoas que a partir das interações podem ampliar suas capacidades e seus comportamentos, fortalecendo uma ao outro para que a busca por qualidade de vida seja contínua. Os grupos de convivência para idosos brasileiros surgiram por meio de um projeto para desenvolver trabalhos com idosos elaborados por meio de uma equipe técnica do Instituto Nacional da Previdência Social (INPS) em 1977 (BENEDETTI; LOPES, 2009). O primeiro programa para a terceira idade surgiu na década de 70, por meio do Serviço Social do Comércio (SESC) de São Paulo. Desde então, os grupos de convivência para idosos vêm proliferando em clubes, paróquias, associações comunitárias, centros de saúde e instituições de ensino superior (COUTINHO; CARVALHO, 2005; FARIA JUNIOR, 2001, ARAÚJO apud LOPES, 2012).

Sabemos que a atenção em grupo facilita o exercício da autodeterminação e da independência, pois o grupo funciona como uma rede de apoio para que os idosos busquem autonomia e sentido para a vida (MOREIRA, 2000 apud MARIN, et al. 2008). Esses grupos realizam atividades variadas, de cunho recreativo, cultural, social, educativo e de promoção da saúde. Conforme Oliveira; Cabral (2004) os grupos de convivência, são espaços que possibilitam a sociabilidade do grupo populacional com mais de 60 anos. A abordagem grupal tem sido usada como estratégia para o atendimento em saúde desde o início do século XX, por evidenciar que a convivência com outras pessoas com igual condição clínica exerça influência benéfica ao tratamento. (MUNARI; FUREGATO, 2003; DIAS; SILVEIRA; WITT, 2009, apud NOGUEIRA, 2012).

Eles também facilitam a sociabilização e a manutenção de direitos e papeis sociais; auxiliam o idoso a lidar com perdas, mantém e adaptam pelo maior tempo possível a independência física, mental e social; estimulam o desenvolvimento da criatividade; reconstroem padrões de vida e atividades; avaliam o desempenho adaptativo do idoso como indicador de saúde (FERRARI, 2002, apud DIAS, 2012).

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Através dessas atividades os idosos participam de trabalhos sociais, comunitários e familiares, (re)construindo alternativas de participação social que atribuam sentido à sua existência.

2.2 PROCESSO DE ENVELHECIMENTO E O IDOSO Costa (1998) distingue a velhice e o envelhecimento, como processo evolutivo, um ato contínuo, que acontece a partir do nascimento do indivíduo até o momento de sua morte. E a velhice é o produto/resultado do processo do envelhecimento, é o estado de ser velho, resultado do processo de envelhecer que está presente em todos os seres vivos. Assim pode-se dizer que quando se refere a uma pessoa idosa, se fala de uma pessoa cujo processo de envelhecimento chegou ao seu produto, sua fase final, que é a velhice. Conforme Vilas Boas (2005): [...] a palavra idoso tem sua origem latina no substantivo aetas, aetatis (substantivo feminino que corresponde a idade, cujo caso acusativo aetatem, deu-se a existência a palavra “idade”. E idoso é o vocábulo de duas componentes: “idade” mais sufixo “oso”, que se refere á “abundância. (pp. 12).

Sendo assim, entende-se por “idoso”: cheio de idade, abundante em idade. O Estatuto do Idoso caracteriza como idosa a pessoa “com idade igual ou superior a 60 anos” (BRASIL, 2003). Pereira (2002), afirma que as pessoas entram na faixa da Terceira Idade aos 65 anos em países de primeiro mundo e aos 60 em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento. Conforme Timm (2006), o envelhecimento humano, salvo ocorrências abreviadoras, é inevitável e inerente. É um processo biológico natural, e não patológico caracterizado por uma série de alterações morfofisiológicas, bioquímicas e psicológicas que acontecem no organismo ao longo da vida. Sabe-se que vários fatores influenciam para que o número da população de idosos aumente significativamente, dentre eles: Kalache; Veras, Ramos (1987) afirmam que o aumento populacional ocorreu em decorrência do alto número de nascimentos durante as primeiras décadas do

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século XX, associado ao progressivo decréscimo das taxas de mortalidade neonatal e também o índice de nascimentos, enquanto isso a população jovem continua envelhecendo. Tendo esse mesmo pensamento, Carvalho; Forti (2008) descrevem que essa diminuição também começou a aparecer na medida em que as mulheres alcançaram níveis educacionais mais altos e iniciam o uso de métodos contraceptivos, reduzindo o número de filhos por família. Já a diminuição na taxa de mortalidade foi consequência do avanço da medicina, na melhoria da qualidade de vida (melhores condições de saneamento básico, urbanização das cidades, cuidados com a higiene pessoal e alimentação, maior acesso às informações sobre cuidados com a saúde, trabalho, habitação e industrialização) e controle sobre doenças infectocontagiosas, que matavam muitos indivíduos no passado (CARVALHO; FORTI, 2008). Do ponto de vista da saúde pública, é fundamental investir na qualidade de vida de idosos para mantê-los em uma situação de envelhecimento ativo, reduzindo a necessidade de investimentos em tratamentos, reabilitações e institucionalizações (BORGES et al., 2008 apud ALBUQUERQUE; CARVALHO, 2013). Pode-se dizer que vários fatores influenciam para o aumento da perspectiva de vida das pessoas, sabe-se que ela aumentou, pois a qualidade de vida também aumentou. Entretanto é necessário que ela aumente muito mais, mas para que isso ocorra é preciso identificar o que é qualidade de vida para esse perfil da população. 2.2.1 A Feminização da Velhice Conforme Nicodemo e Godoi (2010, p. 42) apud Freitas et al (2013) “no Brasil há predominância da população feminina entre os idosos, existem no mundo cerca de 302 milhões de mulheres e 247 milhões de homens com 60 anos de idade ou mais”, deixando evidente que está ocorrendo uma predominância das mulheres, fenômeno que vem sendo chamado de “feminização da velhice”. Em média, as mulheres vivem cerca de 7 anos a mais que os homens. Spirduso (2005) descreve que as mulheres vivem de 4 a 10 anos a mais que os homens, embora sabe-se que nascem mais meninos do que meninas; o número de abortos naturais, nascimentos prematuros e mortalidade neonatal ocorrem com

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maior frequência no sexo masculino. Na juventude os homens morrem mais em acidentes de transito e quando velhos as doenças crônicas não transmissíveis acometem em maior escala o sexo masculino, o uso de tabaco e álcool também é mais frequente pelo homem. As mulheres tem a vantagem da longevidade, no entanto por viver mais tempo acabam ficando sem seus parceiros, e passam a envelhecer só (BRASIL, 2005). O que muitas vezes ás levam a ser mais participativas em grupos de convivência. Silva (2009) explica que esta procura ocorre porque muitas foram privadas de muitas coisas em nome dos filhos e marido, no entanto agora conquistam sua independência. O envelhecimento da população brasileira e o aumento da população idosa composta por mulheres criou a necessidade de introduzir uma mudança significativa no atendimento em saúde, pois as mulheres procuram em maior escala os serviços de saúde. Freitas et al., (2013), descrevem que as mulheres idosas utilizam os serviços de saúde com maior frequência do que os homens idosos, isso fez com que o atendimento em saúde ampliasse e se direcionasse para este perfil, para satisfazer as necessidades e a demanda. Temos a considerar que, além de serem maioria, elas geralmente envelhecem sozinhas, sem a companhia do parceiro e, muitas vezes por ser mulher ainda têm a responsabilidade de cuidar seus familiares (FREITAS et al., 2013). Segundo Pacheco (2002), as mulheres vivem mais, pois após a aposentadoria, elas retornam, quase sempre ao trabalho. Primeiro que a natureza lhes impôs e continuam aptas a desenvolvê-lo como socialmente esperado. Isso possibilita às mulheres manter o sentimento de utilidade por toda a vida dentro do seu espaço doméstico. Observa-se, que quando se trabalha com a valorização do idoso, existe uma grande ausência de homens nos grupos de convivência, e isso é lamentável, pois estes só têm a perder, participando dos grupos eles seriam beneficiados com experiências junto às mulheres levando para seu mundo de homem vivências que os fazem menos solitários e mais ricos emocionalmente (FREITAS et al., 2013).

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2.3 ASPECTOS COGNITIVOS NA TERCEIRA IDADE Cognição é o termo empregado que descreve o funcionamento mental das habilidades cognitivas, estas que são influenciadas por características pessoais como a idade, nível de escolaridade, saúde, atividades desenvolvidas, aspectos emocionais, sociais e culturais (BEZERRA, 2006). Freitas (2002) complementa que a cognição envolve a habilidade de sentir, pensar, perceber, lembrar, raciocinar e formar estruturas complexas de pensamento. Os idosos mantêm funções cognitivas (memória, atenção e percepção) preservadas ao longo da vida. Existem idosos que evoluem com alterações cognitivas podendo ser desde comprometimentos cognitivos leves à quadros demenciais graves, contudo nem todos idosos apresentam comprometimento das funções cognitivas com o envelhecimento (CARVALHO, 2006).

2.4 QUALIDADE DE VIDA Embora o termo qualidade de vida seja uma questão complexa e difícil de ser definida, existem autores que explicam o que ela pode significar. Wood-Dauphine (1999) apud Paschoal (2000) relata que o termo qualidade de vida foi mencionado pela primeira vez em 1920, por Pigou em seu livro sobre economia e bem-estar material, onde abordava o suporte governamental aos indivíduos de classes menos favorecidas e o impacto em sua vida. Após a Segunda Guerra Mundial, o conceito de “boa vida” estava diretamente relacionado à conquista de bens materiais: possuir casa própria, carro, aparelhos eletrônicos, ter aposentadoria, poder viajar. Os anos se passaram e este conceito ampliou, fazendo parte da qualidade de vida, a saúde, educação, moradia, transporte, lazer, trabalho, esperança de vida, nível de escolaridade, taxa de violência (suicídios, homicídios e acidentes), saneamento básico e nível de poluição (TIMM, 2006). Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), qualidade de vida é a percepção do indivíduo acerca de sua posição na vida, de acordo com o contexto cultural e sistema de valores com os quais convive e em relação a seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações (SILVA, 2009).

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Segundo o conceito de Medeiros (1999), qualidade de vida depende de múltiplos fatores que determinam a capacidade de produzir resultados, ser feliz e saudável. Minayo (2010) interpreta qualidade de vida como um termo com muitos significados, que reflete conhecimentos, experiências e valores de indivíduos e coletividades, para ele é uma construção social com a marca da relatividade cultural. Silva (2009) descreve que no Dicionário da Qualidade, o conceito de qualidade de vida se refere ao bem-estar, à segurança, à expectativa de vida, à paz de espírito e ao desfrute das condições essenciais do que o cidadão deve ter ao seu alcance (água, luz, higiene, telefone, etc.). Marchi (2000) afirma que qualidade de vida é uma questão de escolha, e está intimamente ligada ao estilo de vida. O autor relata também, que o estilo de vida saudável é essencial para o bem-estar físico, social e mental. Simões (2001) apud Silva (2009) afirma que a concepção de qualidade de vida vem mudando com o passar dos anos, e que neste final de milênio se fala em qualidade de vida aliada à obtenção de saúde, melhores condições de trabalho, aperfeiçoamento da moradia, boa alimentação, educação, liberdade política, proteção contra a violência, usufruir as horas de lazer, participar de atividades motoras e esportivas, necessidade de conviver com o outro ou então almejar uma vida longa, saudável e satisfatória. A partir do que foi descrito, pode-se perceber que ter qualidade de vida é estar bem em todos os aspectos da vida, de forma global, sendo eles: pessoal, familiar, social e profissional. Mesmo assim, a partir da década de 1960, perceberam que estes indicadores não eram suficientes para medir a qualidade de vida, foi então que ela passou a ser considerada a partir da avaliação subjetiva de cada indivíduo (TIMM, 2006). Tais concepções sobre qualidade de vida nos mostram o quanto é complexo e contraditório chegar a um consenso do que seria qualidade de vida para o ser humano. Nesse sentido, deve-se avaliar o significado subjetivo do ponto de vista de cada indivíduo sobre sua qualidade de vida.

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2.4.1 Qualidade de vida das mulheres idosas Pesquisas indicam que a expectativa de vida das pessoas está crescendo cada vez mais, porém de nada adianta valorizar os anos a mais se eles não possuírem qualidade (FREITAS, 2002). Identificar os fatores que assegurem uma boa qualidade de vida na velhice deve ser primordial tanto para os idosos quanto para profissionais que lidam com esses idosos. Segundo Neri (1993), a qualidade de vida na velhice implica na adoção de múltiplos critérios de natureza biológica, psicológica e socioestrutural. O processo de envelhecimento de qualquer pessoa é sempre diferente devido sua condição de vida, valores da sociedade, expectativas dos indivíduos, e também devido aos determinantes imutáveis como raça, sexo, ambiente social e familiar onde se nasce, e os modificáveis, como hábitos e estilos de vida, maneira de encarar a vida e o meio ambiente (PASCHOAL, 2000). Ressalta-se que o fator cultural, a carência de recursos e a falta de acesso às informações e cuidados podem ser fatores determinantes para acentuar as doenças associadas ao envelhecimento. De acordo com a observação de Simões (2001) apud Silva (2009) é difícil ter qualidade de vida numa sociedade tão desigual como a brasileira, onde as condições de vida estão praticamente impostas aos indivíduos, aos quais esses recursos são oferecidos de forma limitada. Compreende-se que qualidade de vida tem significados diferentes, para diferentes pessoas, em lugares e ocasiões diferentes, e cada indivíduo tem seu próprio conceito (PASCHOAL, 2000), podendo ser entendida e percebida de maneiras diversas, principalmente pelos idosos, pois nesta fase da vida eles passam por inúmeras limitações e o que consideravam qualidade de vida quando jovens, agora podem já não considerar mais. A partir de inúmeras leituras sobre a percepção de qualidade de vida conceituada pelos idosos a que mais se aproximou foi a de Freitas (2012, p. 79) em que a qualidade de vida possui dimensões físicas, psicológicas e sociais sendo que: “a saúde percebida e a capacidade funcional são variáreis importantes que devem ser avaliadas, assim como o bem estar subjetivo”, sendo assim, quem deve avaliar a

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qualidade de vida é o próprio ator de sua vida. Paschoal (2000) complementa que a qualidade de vida deve ser avaliada a partir da subjetividade humana. Esta concepção remete ao entendimento de que qualidade de vida é algo muito particular para cada ser humano e que chegar a velhice com saúde é privilégio de poucos, pois a longevidade é influenciada pela qualidade de vida e suas modificações ao longo dos anos (SILVA, 2009).

2.5 CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO IDOSO O profissional de enfermagem, bem como a equipe multidisciplinar de saúde, possuem papel essencial na construção de mecanismos em favor da qualidade da assistência prestada aos idosos, pois a grande demanda de busca de serviços de saúde, faz com que os profissionais possam captar as necessidade da população. Vale salientar que a equipe de saúde em sua rotina, atende às pessoas idosas e tem ainda o compromisso social de identificar, denunciar e intervir nos casos de discriminação, violação dos direitos pessoais, negligência, maus-tratos e todo tipo de violência praticada contra idosos, desenvolvendo atenção específica e perspicaz, porque infelizmente muitas dessas ações ofensivas são praticadas pelos próprios familiares de idosos (FREITAS, 2002, p. 1086).

Os profissionais também devem estar preparados para passar treinamento adequado, com vista no autocuidado tanto para o idoso quanto para seus familiares. Sabe-se que desde os primórdios a preservação da vida e a continuidade da espécie humana se deu graças ao cuidado, ao cuidar, ao cuidar-se. Freitas (2002) descreve que o cuidado não pertencia a nenhuma profissão, na atualidade a Enfermagem em sua profissão presta cuidado qualificado ao ser humano. Horta (1979) definiu cuidado em enfermagem o atendimento as necessidades básicas do ser humano em nível psicobiológico, psicossocial e psico-espiritual, onde cuidar é fazer pelo indivíduo o que ele não pode fazer por si próprio mantendo e elevando sua capacidade para assumir seu próprio autocuidado (apud FREITAS, 2002). Orem (1991) em sua teoria do autocuidado traz que cuidar, é a capacidade da enfermeira auxiliar o idoso a buscar ao máximo seu potencial para autocuidar-se, oferecendo apoio educacional para satisfazer as necessidades pessoais de ordem

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universal (ar, água, alimentos, eliminação, convívio, sono, repouso e desejo de ser saudável) (apud FREITAS, 2002). Já a teoria transcultural de enfermagem, de Leininger (1978) gira em torno do cuidado cultural, que representa valores, crenças e modos de vida aprendidos e transmitidos. Freitas (2002) descreve que o cuidado cultural sempre foi essencial à sobrevivência e ao desenvolvimento humano. Watson (1995) desenvolveu a teoria do cuidado transpessoal quebrem função de proteger, engrandecer e preservar a dignidade humana, pois quando a enfermeira adentra na subjetividade do paciente, é possível que ambos experienciam o mesmo sentimento, para o idoso é fundamental pois possibilita que viva com mais dignidade (FREITAS, 2002). Embora a Enfermagem tenha no cuidado profissional sua essência deve-se saber que este não é estático, e que o profissional deve analisar as necessidades do indivíduo para prestar um atendimento de qualidade que atenda estas necessidades.

2.6 POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE PARA OS IDOSOS No século XX a população brasileira passou a ter seus direitos de saúde garantidos com a promulgação da Constituição de 1988 no artigo 196, abrangendo desde direitos fundamentais até o estabelecimento de penas para os crimes mais comuns cometidos contra essas pessoas, “pois o idoso deve ser considerado uma pessoa e não simplesmente mais um indivíduo na população” (FREITAS, 2002, p. 1083). A saúde é direito de todos, e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação” (FREITAS, 2002, p. 1083).

Pois atualmente os idosos são percussores na busca de qualidade de vida. [...] emergem como novos agentes sociais, com sua maior presença e participação, acrescentando demandas nos cenários nacionais socioculturais sanitários e econômicos, revelando-se consequentemente, como novos atores políticos.

Frente a isso, há a necessidade de proporcionar um envelhecimento de qualidade, e para que isso se concretize é necessário considerar que a população idosa vem tendo modificações significativas em sua estrutura etária, caracterizada

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pela queda e redução da natalidade e aumento da expectativa de vida. Freitas (2002) descreve que existem condicionantes que vem melhorando a efetividade do envelhecimento, sendo eles: o acesso à informações de saúde, monitoramento da modificação de comportamento de risco, marcadores clínicos das doenças, acesso a serviços de saúde especializados, uso da tecnologia, entre outros. Freitas (2002, p. 1085) descreve que “No processo de identificar políticas para o idoso, é importante ouvir a voz dos idosos, tamisando suas manifestações (anseios e aspirações)”. Conforme a constituição de 1988, Artigo 230: “A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e seu bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida (FREITAS, 2002, p. 1085). Em 1976, aconteceu o primeiro Seminário Nacional de Estratégias de Política Social do Idoso que mobilizou centenas de pessoas para defender a causa, levar sugestões, indicadores e incentivar a mobilização nacional em torno do assunto (FREITAS, 2002). Somente em 4 de janeiro de 1994, que veio à luz do conhecimento que a Lei 8.842 sobre a Política Nacional do Idoso assegura os direitos sociais, autonomia, integração e participação efetiva na sociedade. Além de estabelecer idoso aquele que possui idade igual ou superior a 60 anos (FREITAS, 2002). A mesma autora, descreve que a lei 8.842 recomenda a criação de grupos de convivência além de estudos, pesquisas e publicações sobre a situação social dos idosos. Entretanto esta lei foi regulamentada somente dois anos depois através do Decreto –Lei 1948, de 3 de junho de 1996. Esta lei salienta que o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) deve atender prioritariamente os idosos beneficiários de aposentadoria, e que a preparação para aposentar-se seja feita por intermédio dos postos da Previdência Social. Determina também que o idoso deva ser estimulado a permanecer junto à comunidade, a família, desempenhando papel social ativo, com autonomia e independência (FREITAS, 2002). Freitas (2002) descreve que em 1990 foi criado o Código de Defesa do Consumidor através da Lei 8.078, e através do PROCON fiscalizar e proteger os

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direitos do consumidor, principalmente dos idosos que pagavam altos valores em medicamentos e planos de saúde. Atualmente observa-se que com a criação dos medicamentos genéricos os idosos tem sido muito beneficiados. Conforme a Lei nº 10.741 de 1º de outubro de 2003 art. 1º, o Estatuto do Idoso regula os direitos para pessoas idosas (BRASIL, 2006). Dentre os direitos, pode-se destacar o direito à vida, saúde, alimentação, moradia, educação, cultura, esporte, lazer, trabalho, liberdade, dignidade e à convivência familiar e comunitária. Observa-se que o aumento da expectativa de vida e da qualidade de vida, estão diretamente relacionados com a implementação de políticas públicas de saúde pública e de medicina preventiva, tais como vacinação e melhora do controle sanitário.

2.7 INSTRUMENTOS PARA AVALIAÇÃO EM GERIATRIA E GERONTOLOGIA Spirduso identifica cinco categorias hierárquicas que detectam os diferentes níveis de capacidade funcional em idosos: [...] o fisicamente dependente, o fisicamente frágil, o fisicamente independente, o fisicamente condicionado e a elite física [...] [...]essas categorias foram criadas para trazer alguma organização ao entendimento da função física em adultos de faixa etária muito idosa cujas capacidades diferem amplamente[...] (SPIRDUSO, 2005, p. 391).

Fisicamente dependentes são os idosos que não podem executar atividades básicas da vida diária (como vestir-se, tomar banho, comer) e que dependem de outros para suprir estas necessidades diárias.Fisicamente frágeis são os indivíduos que conseguem executar atividades básicas da vida diária, mas não todas as atividades instrumentais da vida diária. Os idosos fisicamente independentes realizam todas as atividades básicas e instrumentais da vida diária, mas são geralmente sedentários. Os fisicamente condicionados realizam exercícios regularmente e aparentam ser mais jovens que sua idade cronológica. E a elite física correspondem a pequena porcentagem da população, pessoas engajadas em atividades competitivas. 2.7.1 Avaliação das Atividades Básicas de Vida Diária O Índice de Atividades Básicas de Vida Diária (Katz et al., 1963), determina se as pessoas mais idosas tem capacidade de realizar atividades que são básicas

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para a sobrevivência. É apresentado em seis tarefas: “Alimentar-se, continência, transferir-se (p. ex. da cama para a cadeira), fazer o toalete, vestir-se e tomar banho” (SPIRDUSO, 2005, p. 383). Freitas (2013) se refere as ABVD, como independência funcional, que se refere à capacidade do indivíduo para realizar atividades inerentes a si mesmo como banhar-se, alimentar-se, ir ao banheiro, vestir se, mover-se na cama, passar da cama para cadeira e vice-versa, além de demonstrar controle dos esfíncteres urinário e anal. Duque et al., (2011) complementa, que a soma da pontuação das 6 ABVD varia entre 0 (dependente) a 6 pontos (independente). Considera-se independente para o banho quando necessita de auxílio para lavar apenas uma parte do corpo. Ex: extremidades. Considera-se dependente quando o idoso necessita de ajuda para lavar mais que uma parte do corpo (DUQUE et al., 2011). Considera-se independente para vestir-se, quando possui capacidade de escolher sua roupa e consegue vesti-la. É visto como dependente quando é incapaz de vestir-se. São avaliados como independente para utilização do sanitário quando não necessitam de auxílio para utilizar o sanitário e dependentes quando necessitam de subsídios. Idosos independentes para alimentar-se são aqueles que levam a comida do prato à boca sem auxílio, e dependentes aqueles que necessitam auxílio para comer (DUQUE et al., 2011). Considera-se independente para transferir-se se não necessitam de ajuda para sentar-se ou levantar-se da cadeira ou da cama. E dependentes quando precisam de ajuda para sentar, deitar ou levantar. Com relação a eliminação, considera-se independente aqueles que possuem controle completo da micção e defecação, e dependente caso tenha incontinência total ou parcial (DUQUE et al., 2011). Conforme Apóstolo (2013), quanto maior o escore, maior o grau de independência. Este instrumento se encontra em (ANEXO 1). 2.7.2 Avaliação das Atividades Instrumentais de Vida Diária Lawton e Brody desenvolveram em 1969 uma escala que permite avaliar o nível de independência da pessoa idosa no que se refere à realização das Atividades Instrumentais de Vida Diária (AIVD) que compreendem oito tarefas básicas para que possam sobreviver independentemente: usar telefone, fazer compras, preparação da

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alimentação, lidar na casa, lavagem da roupa, uso de transportes, preparar medicação e gerir o dinheiro, mediante a atribuição de uma pontuação segundo a capacidade do sujeito para realizar essas atividades (Araújo et al., 2008). Versão da Escala de Avaliação das Atividades Instrumentais de Vida Diária apresentada por Azeredo, Matos (2003) apud Apóstolo (2012), este instrumento se encontra em (ANEXO 2). Araújo et al., (2008) traz que quanto maior a pontuação, maior o grau de independência. 0 a 5 significa dependência grave ou total, 6 a 11 dependência moderada, 12 a 16 ligeira dependência ou independente. 2.7.3 Avaliação do Equilíbrio e Marcha O equilíbrio corporal é definido como uma postura particular do corpo com um mínimo de oscilação ou a manutenção da postura durante o desempenho de uma habilidade motora que tenda a perturbar a orientação do corpo (APÓSTOLO, 2012). Esta escala foi criada em 1986 por Tinetti, Williams e Mayewski (Abreu et al., 2008) apud (Apóstolo, 2012). Classifica aspectos da marcha como a velocidade, distância do passo, simetria e o equilíbrio (APÓSTOLO, 2012). É uma escala que não requer equipamento sofisticado e é confiável para detectar mudanças significativas durante a marcha. A utilização deste instrumento de avaliação tem importantes implicações na qualidade de vida dos idosos, uma vez que possibilita ações preventivas, assistenciais e de reabilitação, este instrumento se encontra em (ANEXO 3). Conforme o Ministério da Saúde (2007), quanto menor a pontuação maior o problema, pontuação menor que 19 indica índices de risco de quedas cinco vezes maiores. 2.7.4 Avaliação Cognitiva Mini Exame do Estado Mental Conforme Apóstolo (2012), com o passar dos anos, as células, órgãos e sistemas do corpo humano começam a apresentar déficits, havendo perdas no seu bom funcionamento. Sendo assim se faz necessário um estudo integral que avalie a linguagem, a coordenação

motora,

as

condições

perceptivas

sensoriais,

a

capacidade

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de abstração, o raciocínio, a atenção, a linguagem, o cálculo e a memória (Souza et al., 2007 apud Apóstolo, 2012). O Mini-Exame do Estado Mental (Folstein; Folstein; McHugh, 1975, traduzido e adaptado para a língua portuguesa por Bertolucci et al., 1994) é um teste utilizado em gerontologia, para rastreamento da perda cognitiva, e não de demência. O escore do Mini exame pode variar entre 0 e 30 pontos. Sendo que a pontuação varia conforme o grau de escolaridade. Escores acima de 26 pontos são considerados ótimos e refletem um funcionamento cognitivo normal. Para analfabetos o escore é até 15, idosas com até 11 anos de estudo o escore é até 22, idosas com mais de 11 anos de estudo o escore vai até 27, este instrumento se encontra em (ANEXO 4).

3 ANÁLISES E DISCUSSÕES SOBRE A QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES IDOSAS

3.1 COMPARATIVOS DA FAIXA ETÁRIA 1 Inicialmente são apresentadas as tabelas 5 e 6 que destacam o perfil das idosas entrevistadas. Na tabela 5 temos o Grupo 1, idosas que participam de grupos de convivência, as mesmas são identificadas pelas letras alfabéticas A, B, e C, todas pertencentes a faixa etária 1, idosas com idade entre 60 à 69 anos. Já a tabela 6 apresenta as características do Grupo 2, idosas que não participam de grupos de convivência, as mesmas são identificadas pelas letras alfabéticas R, S e T. E pertencem a faixa etária 1, idade entre 60 à 69 anos. Esses dois grupos respeitam os critérios estabelecidos pelo projeto de pesquisa. 3.1.1 Perfil (A, B, C – R, S, T) A seguir está descrito a análise das tabelas 5 e 6 relacionada às características das participantes dos grupos de convivência e das não participantes dos referidos grupos, destacando a idade, o estado civil, o nível de escolaridade, com que residem, quantos filhos possuem, qual idade que se aposentaram, sua profissão e a renda. Tabela 5 – Características das idosas de faixa etária 1, perfil (a, b, c)

Est. Ent. Idade Civil Escolaridade Reside Mora Filhos Aposent. Profissão Renda 1A 62 Casada 2 Urbana Familiares 2 48 Tec. Enf. 1 salário 1B 68 Viúva 2 Urbana Familiares 5 Não Do lar 1 salário 1C 61 Casada 1 Urbana Familiares 2 Não Do lar 6 salário MÉDIA 62 Casada 2 Urbana Familiares 2 48 Do lar 3,5 salário Fonte: Ristoff, Scherer, Shubeita, 2014.

49 Tabela 6 – Características das idosas de faixa etária 2, perfil (r, s, t)

Est. Ent. Idade Civil Escolaridade Reside Mora Filhos Aposent. Profissão 1R 68 Casada 2ºgrau Urbana Familiares 4 60 Secretária 1S 69 Viúva 1º grau Urbana Familiares 2 60 Do lar 1T 69 Casada 2ºgrau Urbana Familiares 2 Não Do lar MÉDIA 69 Casada 2ºgrau Urbana Familiares 2 60 Do lar

Renda 1 salário 2 salário 1 salário 2 salário

Fonte: Ristoff, Scherer, Shubeita, 2014.

Com relação ao grupo 1, faixa etária 1 e perfil A, B, C, pode-se observar na tabela 5, que a média de idade foi 62 anos, duas casadas e uma viúva. Com nível de escolaridade mais frequente até o 2º grau, as mesmas residem em zona urbana e moram com familiares. Possuem uma média dois filhos. Tendo profissões como técnica de enfermagem e do lar, a renda média é de 3,5 salários e duas mulheres ainda não estão aposentadas. “A aposentadoria foi criada por Bismark no final do século XIX, na Alemanha visando à assegurar a sobrevivência dos poucos trabalhadores que conseguiam chegar aos 70 anos”, desde então se tornou um direito aos idosos para a manutenção de sua vida (FREITAS, 2002). Já o grupo 2, faixa etária 1 e perfil R, S, T través da tabela 6, observa-se, que a média de idade foi de 69 anos, sendo duas casadas e uma viúva, as mesmas residem em zona urbana com familiares e possuem em média dois filhos. O nível de escolaridade prevalente foi o 2º grau, tendo exercido principalmente a função de dona de casa, as mesma se aposentaram com 60 anos, sendo que uma das entrevistadas a aposentadoria ainda está em andamento, recebem uma média dois salários. Marri; Wajnman; Andrade (2011) descrevem que a idade mínima para aposentadoria das mulheres que residem em zona urbana no Brasil é aos 60 anos tendo uma carência de 180 meses de contribuição mensal de trabalhadores urbanos ou aos que trabalham no campo, e ter contribuído no mínimo 35 anos não havendo idade mínima para aposentadorias integrais. As idosas que nunca contribuíram devem ter a idade mínima para se aposentar mas também terão que fazer uma carência de contribuição.

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3.1.2 Avaliação em Geriatria: Perfil (A, B, C – R, S, T) Nas tabelas 7 e 8 foram analisados, através de instrumentos de avaliação em geriatria e gerontologia os dados objetivos referentes a qualidade de vida das mulheres idosas com idade entre 60 a 69 anos. Tabela 7 – Avaliação em geriatria, faixa etária 1, perfil (a, b, c)

Ent. 1A 1B 1C MÉDIA

ABVD 6 6 6 6

AIVD 26 27 26 26

Equilíbrio 15 16 16 16

Mcha 12 12 12 12

MEDIA equilíbrio e marcha 27 28 28 27

MEEM 27 27 29 27

Fonte: Ristoff, Scherer, Shubeita, 2014. Tabela 8 - Avaliação em geriatria, faixa etária 1, perfil (r, s, t)

Ent. 1R 1S 1T MÉDIA

ABVD 6 6 6 6

AIVD 27 26 27 27

Equilíbrio Marcha 16 12 16 11 15 12 15,5 12

MEDIA equilíbrio e marcha 28 27 27 27

MEEM 30 24 21 24

Fonte: Ristoff, Scherer, Shubeita, 2014.

Com relação as AIVD, Araújo, et al., (2008) traz que quanto maior a pontuação, maior o grau de independência. Para as idosas que participam em grupos de convivência a média ficou em 26, conforme o autor, escores acima de 16 significa independência para as atividades instrumentais de vida diária. Já as idosas que não participam de grupos de convivência atingiram uma média de 27 pontos. Ferreira et al., (2008) traz que o processo de envelhecimento humano configura-se pela diminuição das suas funções fisiológicas, este processo inicia aos 30 anos, mas somente agrava-se a partir dos 70 anos. A média do equilíbrio e da marcha das idosas ficou em 17 pontos em ambos os grupos, entretanto vale ressaltar que as idosas que participam em grupos de convivência tiveram uma média do equilíbrio melhor que as que não participam dos referidos grupos. Conforme Shumway-Cook; Woollacott (2003) o equilíbrio postural está relacionado com a força gravitacional sob a força articular do corpo. E o declínio do equilíbrio postural se deve à diminuição da elasticidade dos músculos, redução da mobilidade e da força articular (apud ABREU; CALDAS, 2008).

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Silva (2012) traz que a força muscular e a flexibilidade são adquiridas principalmente por idosos que desenvolvem atividades físicas. Por atividade física, Mazo; Lopes e Benedetti (2004) entendem que é qualquer movimento corporal realizado pela musculatura esquelética voluntária resultando em gasto de energia acima dos níveis de repouso. Segundo o Ministério da Saúde (2007), quanto menor a pontuação do equilíbrio e da marcha maior o problema, pontuação menor que 19 indica índices de risco de quedas cinco vezes maiores. O MEEM varia conforme o grau de escolaridade, ambos os grupos estudados tiveram em média o 2º grau, referente a estudos do ensino médio (9 a 11 anos de estudo). Conforme Souza et al., 2007 apud Apóstolo (2012), a pontuação varia conforme o grau de escolaridade, idosas com até 11 anos de estudo o escore vai até 22. O que se pode observar nas tabelas 7 e 8, é que ambos os grupos atingiram uma pontuação acima do escore preconizado, entretanto as idosas que participam de grupos de convivência atingiram uma média de 27, e as que não participam em nenhum grupo alcançaram 24. Cordeiro et al., (2014), desenvolveram um estudo com idosos ativos e insuficientemente ativos, e observaram, que os idosos ativos apresentaram melhor memória do que os idosos insuficientemente ativos. Crariglione (2010), traz que idosos ativos são menos suscetíveis que idosos não ativos ao declínio cognitivo e demência em períodos mais avançados da vida.

3.2 COMPARATIVOS DA FAIXA ETÁRIA 2 A seguir estão apresentadas as tabelas 9 e 10 que destacam o perfil das idosas entrevistadas. Na tabela 9 temos o Grupo 1, idosas que participam de grupos de convivência, as mesmas são identificadas pelas letras alfabéticas D, E, e F, todas pertencentes a faixa etária 1, idosas com idade entre 60 à 69 anos. A tabela 10 apresenta as características do Grupo 2, idosas que não participam de grupos de convivência, as mesmas são identificadas pelas letras alfabéticas U, V e W. E

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pertencem a faixa etária 1, idade entre 60 à 69 anos. Esses dois grupos respeitam os critérios estabelecidos pelo projeto de pesquisa. 3.2.1 Perfil (D, E, F – U, V, W) A seguir foram analisadas as tabelas 9 e 10 que conferem às características das participantes dos grupos de convivência e das não participantes dos referidos grupos, destacando a idade, o estado civil, o nível de escolaridade, com que residem, quantos filhos possuem, qual idade que se aposentaram, sua profissão e a renda. Tabela 9 - Características das idosas de faixa etária 2, perfil (d, e, f)

Est. Ent. Idade Civil Escolaridade Reside Mora Filhos Aposentadoria Profissão Renda 2D 73 Casada 2º grau Urbana Familiares 4 56 Do lar 1 2E 78 Casada 1º grau Urbana Familiares 4 65 Costura 1 2F 70 Casada 3º grau Urbana Familiares 2 59 Professora 3 MÉDIA 73 Casada Urbana Familiares 3 59 1 Fonte: Ristoff, Scherer, Shubeita, 2014. Tabela 10 - Características das idosas de faixa etária 2, perfil (u, v, w)

Est. Ent. Idade Civil Escolaridade Reside Mora com Filhos Aposent. Profissão Renda 2U 71 Casada 2ºgrau Urbana Familiares 5 60 Professora 1 salário 2V 76 Casada 1º grau Urbana Familiares 2 55 Do lar 1 salário 2W 72 Casada 1º grau Urbana Familiares 3 Não Do lar 1 salário MÉDIA 72 Casada 1º grau Urbana Familiares 3 57,5 Do lar 1 salário Fonte: Ristoff, Scherer, Shubeita, 2014.

Observa-se que dentro desta faixa apenas uma idosa possui nível superior. Borges (2009) relata que até o ano de 1879, as mulheres não podiam cursar cursos de nível superior, algumas conseguiam ter educação fundamental, mas sua busca por estudos era dificultada. As mulheres casadas "são incapazes, relativamente, a certos atos ou à maneira de o exercer". Assim afirmava o Código civil Brasileiro de 1917, colocando a mulher casada no mesmo nível do menor. E essa proposição absurda resistiu a todas as transformações ocorridas na sociedade brasileira durante quase cinquenta anos, só sendo revogada em 1962 [...] (BORGES, 2009, p. 20).

A cultura da época trazia a mulher como esposas, mãe e dona de casa e somente com a constituição de 1988 trouxe uma nova visão sobre a igualdade entre os gêneros. A partir daí que as mulheres passaram a ganhar seus primeiros direitos dentro da Sociedade Brasileira. Através da tabela 10, observa-se, que a média de idade das idosas que não participam em grupos de convivência foi de 72 anos, todas casadas, residem com

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familiares e possuem em média três filhos. O nível de escolaridade prevalente foi o 1º grau e a função frequentemente exercida por estas idosa foi dona de casa. A idade média de aposentadoria aos 57 anos e meio. 3.2.2 Avaliação em Geriatria: Perfil (D, E, F – U, V, W) Nas tabelas 11 e 12 foi possível visualizar a coleta de dados objetivos por meio de instrumentos de avaliação em geriatria, referentes a qualidade de vida das mulheres idosas com idade entre 70 a 79 anos. Tabela 11 - Avaliação em geriatria, faixa etária 2, perfil (d, e, f)

Ent. 2D 2E 2F MÉDIA

ABVD 6 6 6 6

AIVD 27 24 27 27

Equilíbrio Marcha 15 12 15 12 16 12 15 12

MEDIA equilíbrio e marcha 27 27 28 27,5

MEEM 26 24 30 26

Fonte: Ristoff, Scherer, Shubeita, 2014. Tabela 12 - Avaliação em geriatria, faixa etária 2, perfil (u, v, w)

Ent. 2U 2V 2W MÉDIA

ABVD 6 6 6 6

AIVD 27 26 26 26

Equilíbrio Marcha 16 12 13 11 15 12 15 12

MEDIA equilíbrio e marcha 28 24 27 27

MEEM 26 26 25 26

Fonte: Ristoff, Scherer, Shubeita, 2014.

Com relação as AIVD, a média ficou em 26 pontos, Araújo et al., (2008) traz que um escore acima de 16 significa independência para as atividades. Quanto maior a pontuação, maior o grau de independência. Para Lourenço (2011), “[...]independência significa que a função é realizada sem supervisão, direção ou ajuda, sendo essa avaliação baseada na situação real e não na capacidade do sujeito” (p.35). A média do equilíbrio e da marcha ficou em 27,5 pontos para idosas que participam em grupos e 27 para as que não participam dos grupos. Segundo o Ministério da Saúde (2007), quanto menor a pontuação maior o problema, pontuação menor que 19 indica índices de risco de quedas cinco vezes maiores. Observa-se que as idosas que frequentam grupos de convivência tiveram uma melhor pontuação com relação ao equilíbrio e a marcha. Exercícios direcionados à força, flexibilidade e capacidade aeróbica têm se mostrado eficientes na melhora do controle postural, sendo fundamental para que as

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idosas possam realizar suas tarefas diárias além de diminuir o risco de quedas (TONIOLLI, 2012). Sundstrup et al., (2010) comparou idosos praticantes de futebol e idosos sedentários e observou que a função muscular e o equilíbrio postural estavam melhor preservadas em idosos que realizavam a atividade, além de proporcionar maior capacidade para neutralizar as perturbações do equilíbrio (et al., TONIOLLI, 2012). Figliolino et al., (2009) concluíram que as atividades físicas trazem benefícios a qualidade de vida dos idosos. O Mini-Exame do Estado Mental varia conforme o grau de escolaridade. Sendo assim as idosas que participam de grupos possuem 1º grau, 2º grau e 3º grau de escolaridade e foi utilizado como média o 2º grau de escolaridade para este grupo, equivalente ao ensino médio. Já as idosas que não participam em grupos de convivência possuem em média o 1º grau, equivalente ao ensino fundamental. Conforme Souza et al., (2007) apud Apóstolo (2012), para idosas com até 11 anos de estudo o escore vai até 22 pontos. Observou-se que ambos os grupos atingiram uma pontuação de 4 pontos acima do escore estabelecido. Uma consideração importante a se fazer é que mesmo uma das idosas que participa dos grupos de convivência sendo portadora da doença de Alzheimer, a mesma obteve uma pontuação acima do escore estabelecido. Sabe-se que esta doença causa o declínio da memória, da orientação no tempo e espaço, Rosenfeld (2002) descreve que idosos que realizam atividades regulares, possuem os tecidos cerebrais mais resistentes a esta doença, pois as atividades fazem com que o fluxo sanguíneo para o cérebro aumente, trazendo benefícios para os portadores da doença. A OMS (2005) recomenda e incentiva a prática de atividades relacionadas à saúde mental. Desenvolver atividades que estimulam a concentração e o raciocínio diminui a incidência de demências (LOURENÇO, 2011).

3.3 COMPARATIVOS DA FAIXA ETÁRIA 3 As tabelas 13 e 14 destacam o perfil das idosas entrevistadas. Na tabela 13 observa-se o Grupo 1, idosas que participam de grupos de convivência, as mesmas

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são identificadas pelas letras alfabéticas G, H, e I, todas pertencentes a faixa etária 1, idosas com idade entre 60 à 69 anos. Já a tabela 14 apresenta as características do Grupo 2, idosas que não participam de grupos de convivência, as mesmas são identificadas pelas letras alfabéticas X, Y e Z. E pertencem a faixa etária 1, idade entre 60 à 69 anos. Esses dois grupos respeitam os critérios estabelecidos pelo projeto de pesquisa. 3.3.1 Perfil (G, H, I – X, Y, Z) Através das tabelas 13 e 14 foi possível observar as características das participantes e não participantes dos grupos de convivência, destacando a idade, o estado civil, o nível de escolaridade, com que residem, quantos filhos possuem, qual idade que se aposentaram, sua profissão e a renda. Tabela 13 - Características das idosas de faixa etária 3, perfil (g, h, i)

Est. Ent. Idade Civil Escolaridade Reside Mora Filhos Aposentadoria Profissão Renda 3G 80 Viúva 1º grau Urbana Sozinha 4 57 Do lar 1 3H 84 Viúva 1º grau Urbana Familiares 2 70 Do lar 1 3I 87 Viúva 1º grau Urbana Sozinha 6 60 Do lar 2 MÉDIA 84 Viúva 1º grau Urbana Sozinha 4 60 Do lar 1 Fonte: Ristoff, Scherer, Shubeita, 2014. Tabela 14 - Características das idosas de faixa etária 3, perfil (x, y, z)

Est. Ent. Idade Civil Escolaridade Reside Mora Filhos Aposent. Profissão Renda 3X 86 Viúva 1º grau Urbana Familiares 4 60 Empresaria 2 salário 3Y 92 Viúva 1º grau Urbana Cuidadora 3 84 Do lar 1 salário 3Z 91 Viúva 1º grau Urbana Cuidadora 4 74 Do lar 2 salário MÉDIA 91 Viúva 1º grau Urbana Cuidadora 4 74 Do lar 2 salário Fonte: Ristoff, Scherer, Shubeita, 2014.

Através das tabelas 13 e 14, observa-se, que a média de idade foi de 84 anos para idosas que participam de grupos de convivência e 91 para as que não participam dos referidos grupos. Todas idosas pesquisadas dessa faixa etária são viúvas, Roos (1991) apud Rosa et al., (2003), trazem que a viuvez pode influenciar negativamente a capacidade funcional do idoso. De acordo com Lima-Costa, Camarano (2008) apud Lourenço (2011), o aumento do número de idosas viúvas dentro desta faixa etária está ligado à maior longevidade das mulheres que tendem a permanecer sozinhas, enquanto, os homens procuram por um novo casamento. Assim, as mulheres passam os últimos anos de suas vidas viúvas.

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As idosas que participam de grupos de convivência trabalharam como donas de casa, se aposentando em média aos 60 anos, recebendo em torno de um salário mínimo e moram sozinhas, possuindo em média 4 filhos Já as idosas que não participam em grupos de convivência moram com cuidadoras e recebem em média 2 salários, se aposentando aos 74 anos e possuindo 4 filhos. Leite et al., (2008) traz, que o fato de morar só, para o idoso, tem sido associado a um decréscimo na qualidade de vida, constituindo um indicador de risco de mortalidade. Descreve ainda que embora a família seja a alternativa no sistema de suporte informal aos idosos, nem todos podem contar com este auxílio. Existem idosos que não têm família, assim como há outros cujas famílias são muito pobres ou seus familiares precisam trabalhar, não podendo abandonar o mercado de trabalho para assumir tal responsabilidade, fazendo com que haja um aumento bastante considerável no número de idosos que vivem sozinhos. (LEITE et al., 2008 apud DIAS; CARVALHO; ARAÚJO, 2013).

Devemos ter em mente, que o fato das idosas morar sozinhas não necessariamente seja resultado de abandono pelos familiares, e sim como uma escolha particular. Em um estudo no México, foram recrutadas 120 idosas, e 11% escolheram viver sozinhas (DIAS, 2003). Nem todas idosas, querem viver ou morar com seus familiares. “[...] viver só pode ser um estágio temporário do ciclo da vida e pode estar refletindo preferências” (FREITAS, 2002, p. 61). Nunes, et al (2010), descrevem que morar sozinha traz benefícios na capacidade funcional dos idosas, pois elas acabam desenvolvendo as atividades em seu domicilio de maneira independente. 3.3.2 Avaliação em Geriatria: Perfil (G, H, I – X, Y, Z) Nas tabelas 15 e 16 foi possível identificar dados objetivos da qualidade de vida das idosas que participam em grupos de convivência e das idosas que não participam dos referidos grupos, através de instrumentos de avaliação em geriatria, sendo que as mesmas possuem faixa etária de 80 anos ou mais. Tabela 15 - Avaliação em geriatria, faixa etária 3, perfil (g, h, i)

Ent. 3G 3H 3I MÉDIA

ABVD 6 6 6 6

AIVD 27 26 26 26

Equilíbrio Marcha 16 12 16 12 15 12 16 12

MEDIA equilíbrio e marcha 28 28 27 28

MEEM 26 26 29 26

57 Fonte: Ristoff, Scherer, Shubeita, 2014. Tabela 16 - Avaliação em geriatria, faixa etária 3, perfil (x, y, z)

Ent. 3X 3Y 3Z MÉDIA

ABVD 6 5 6 6

AIVD 24 21 17 21

Equilíbrio Marcha 15 12 12 11 9 10 12 11

MEDIA equilíbrio e marcha 27 23 19 23

MEEM 26 26 27 26

Fonte: Ristoff, Scherer, Shubeita, 2014.

Ao avaliar as ABVD na figura 16, pode-se observar que todas as participantes atingiram o escore máximo para as atividades básicas de vida diária. Com relação as AIVD, a média ficou em 26, Araújo et al,. (2008), traz que um escore acima de 16 pontos significando independência para as atividades. A média do equilíbrio e da marcha ficou em 28 pontos. Segundo o Ministério da Saúde (2007), quanto menor a pontuação maior o problema e pontuação menor que 19 indica índices de risco de quedas cinco vezes maiores. O MEEM varia conforme o grau de escolaridade, este perfil de idosas em média possui o 1º grau, referente a estudos do ensino fundamental (1 a 4 anos de estudo). Conforme Souza et al., (2007) apud Apóstolo (2012), para idosas até 11 anos de estudo o escore vai até 22 pontos. O que se pode observar nas tabelas 15 e 16, é que as idosas atingiram uma média muito acima do escore estabelecido para seu nível educacional, totalizando em 26, quatro pontos acima do estabelecido. Ao avaliar as ABVD da tabela 16, pode-se observar que nem todas as participantes atingiram o escore máximo para as atividades básicas de vida diária. Costa; Nakatani; Bachion (2006), descreve que o comprometimento das ABVD depende das condições gerais ao longo da vida e no contexto que as mesmas estão inserida. Estudo sobre a dependência de idosos, aponta que cerca de 40% dos indivíduos com 65 anos ou mais de idade precisam de algum tipo de ajuda para realizar pelo menos uma tarefa instrumental da vida diária como: fazer compras, cuidar das finanças, preparar refeições e limpar a casa. Enfatiza que a transição demográfica e a transição epidemiológica apresentam, cada vez mais, um quadro de sobrevivência de idosos na dependência de uma ou mais pessoas que suprem as suas incapacidades para a realização das atividades de vida diária. (NERI, 2004 apud LEITE et al., 2008).

Com relação as AIVD, a média ficou em 21 e Araújo et al., (2008), traz que um escore acima de 16 pontos significa independência para as atividades. Vale aqui

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ressaltar que a idosa 3 Z obteve um escorre de 17, é importante destacar para que não venha decair mais, pois a incapacidade para realizar as atividades instrumentais prejudica a vida social da idosa (COSTA; NAKATANI; BACHION, 2006). A média do equilíbrio e da marcha ficou em 23 pontos e segundo o Ministério da Saúde (2007), quanto menor a pontuação maior o problema. Pontuação menor que 19 pontos indica índices de risco de quedas cinco vezes maiores. Na tabela 16, podemos observar que a participante 3 Z teve uma pontuação limite sobre o equilíbrio e a marcha. Tendo em vista que a capacidade funcional pode declinar com a idade, assim, se faz necessário planejar estratégias para promover a melhoria da força muscular e das articulações (COSTA; NAKATANI; BACHION, 2006). O Mini-Exame do Estado Mental varia conforme o grau de escolaridade, este perfil de idosas em média possui o 1º grau, referente a estudos do ensino fundamental (1 a 4 anos de estudo). Conforme Souza et al., (2007) apud Apóstolo (2012), para idosas até 11 anos de estudo o escore vai até 22. O que se pode observar na tabela 16, é que as idosas atingiram uma média muito acima do escore estabelecido para seu nível educacional, totalizando em 26, quatro pontos acima do estabelecido.

3.4 COMPARATIVO GERAL Ao comparar as médias gerais das idosas que participam em grupos de convivência com as idosas que não participam de grupos de convivência observou-se que as características dos perfis destas mulheres são semelhantes. Todas residem em zona urbana, com uma média de 73 e 74 anos. Em ambos perfis o estado civil prevalente foi casada residindo com familiares tendo em média quatro filhos e escolaridade de 1º grau.

59 Tabela 17 – Comparativo das faixas etárias

FAIXA ETÁRIA 1 FAIXA ETÁRIA 2 FAIXA ETÁRIA 3 MÉDIA GERAL MÉDIA GERAL

Médias Idade Participam 62 Não Participam 69 Participam 73 Não Participam 72 Participam 84 Não Participam 91 Participam 73 Não Participam 74

Est. Civil Escolaridade Reside Mora com Casada 2º grau Urbana Familiares Casada 3º grau Urbana Familiares Casada 1º,2º e 3º Urbana Familiares Casada 2º grau Urbana Familiares Viúva 1º grau Urbana Sozinha Viúva 1º grau Urbana Cuidadora Casada 1º grau Urbana Familiares Casada 1º grau Urbana Familiares

Filhos 2 2 3 3 4 4 4 4

Fonte: Ristoff, Scherer, Shubeita, 2014.

“Ter um nível educacional elevado contribui, substancialmente, para impactos positivos na redução de fatores de risco relacionados à incapacidade funcional” (ANGELIN, 2010 apud FREITAS, 2013 p. 28). A média de filhos de ambos os grupos foram quatro e vale ressaltar que com a evolução da área da saúde, educação e métodos contraceptivos, o número de filhos por família foi reduzindo gradualmente. Em contrapartida, com as melhores condições de vida, as pessoas passaram a viver mais tempo. Outro fator interessante foi a escolaridade, pois observa-se que a média de escolaridade foi o 1º grau. Monte (2011), explica que a partir de 1940 as mulheres começaram a adentrar no mercado de trabalho de maneira mais intensa, e essa entrada foi marcada por fatores como a queda da taxa de fecundidade, a urbanização e o aumento do nível de escolaridade. A média do estado civil foi de mulheres casadas. Freitas (2013) descreve que a idosa casada, ou que mantém alguma relação conjugal estável, apresenta menos chance de declínio funcional, no entanto pelo que se evidencia na tabela 17, as idosas envelhecem sozinhas pois, os filhos seguem suas vidas, geralmente o marido falece antes que a mulher, e a mesma acaba ficando sozinha ou com uma cuidadora para lhe fazer companhia.

60 Tabela 18 – Comparativo das características

FAIXA ETÁRIA 1 FAIXA ETÁRIA 2 FAIXA ETÁRIA 3 MÉDIA GERAL MÉDIA GERAL

Médias Participam Não Participam Participam Não Participam Participam Não Participam Participam Não Participam

AVD 6 6 6 6 6 6 6 6

AIVD 27 27 27 26 26 21 26 26

Equilíbrio e Marcha 27 27 27,5 27 28 23 28 27

MEEM 27 24 26 26 26 26 27 25,5

Fonte: Ristoff, Scherer, Shubeita, 2014.

Através da tabela 18 do comparativo das médias nos testes de atividades básicas de vida diária, atividades instrumentais de vida diária, equilíbrio, marcha e mini exame do estado mental, observa-se que as idosas obtiveram médias de escores iguais sobre as ABVD e AIVD. Entretanto, conforme as idosas vão envelhecendo sua pontuação vai reduzindo, que significa que suas capacidades para estas atividades também vão decaindo conforme o envelhecimento, sendo que para idosas que não participam de grupos ocorre de maneira mais acentuada. Freitas (2013) traz que o envelhecimento modifica a capacidade funcional, força, equilíbrio, flexibilidade, agilidade e coordenação motora, assim como as alterações neurológicas e musculares, que deixam a idosa mais vulnerável e dependente. O mesmo autor descreve em sua pesquisa que a idade se destacou como o principal influenciador da incapacidade funcional. Apresenta que a incapacidade aumenta conforme os anos vão se passando, entretanto podemos observar que pessoas da terceira idade que realizam algum tipo de atividade física logo no início do envelhecimento, essas incapacidades funcionais são minimizadas. Com relação ao MEEM, observou-se que as idosas que participam de grupos obtiveram um escore superior as que não participam. Estudos epidemiológicos confirmam que pessoas ativas têm menos riscos de serem acometidas por disfunções mentais do que pessoas sedentárias, demonstrando que os grupos de convivência melhoram consideravelmente as funções cognitivas (ACSM, 1998; KESANIEME et al., 2001; SHEPHARD, 2001). Com relação ao equilíbrio e a marcha, as idosas que participam de grupos de convivência obtiveram melhores notas na avaliação. Em idosos sedentários, a

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mobilidade geralmente é diminuída, pois leva a diminuição da flexibilidade (COSTA; NAKATANI; BACHION, 2006).

3.5 COMPARATIVOS DOS RELATOS DAS IDOSAS Foram realizadas diversas perguntas para as idosas que participam dos grupos de convivência e para as idosas que não participam dos referidos grupos, estas respostas foram analisadas e agrupadas em quadros e posteriormente foram comparadas. 3.5.1 Conhecimento dos grupos de conivência As idosas foram questionadas sobre seu conhecimento dos grupos de convivência, para as idosas do Grupo 1, questionou-se como ficaram sabendo dos grupos de convivência. Já as idosas dos Grupo 2 foram argumentadas se possuem conhecimento da existência dos referidos grupos. Posteriormente as respostas foram agrupadas no quadro 1 foi realizado o comparativo. 3.5.1.1 Grupo 1: Como você ficou sabendo dos grupos? Ao serem questionadas sobre como souberam dos grupos, observou-se que a maioria passam a ter conhecimento e a participar dos grupos por intermédio, incentivo ou convite de vizinhos e familiares “Minha irmã me conto, ela participava daí eu fui me inscreve” (2 D); amigos e profissionais da saúde também contribuem convidando idosas a participar dos grupos “As amiga me conta, a agente de saúde, todo mundo” (1 B). Outra idosa ainda relata o seguinte: “Na verdade foi a gente que começo o primeiro grupo” (1 C). Outra traz que residir na área urbana facilitou o acesso aos grupos “Quando viemo mora na cidade daí uma vizinha conto, daí ela me ajudo pra vim aqui” (2 E). Profissionais da saúde e idosas que já participam a mais tempo tem papel fundamental para disseminar as atividades e atuar como percussoras na busca de novos integrantes para os grupos, bem como na criação de grupos, seja para jogar cartas, tomar chimarrão ou para conversar.

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3.5.1.2 Grupo 2: Você sabia que existem grupos de convivência? Ao questionar as idosas que não participam de grupos, se elas sabiam da existência dos mesmos, as mesmas relatavam que sim. “Sim, até nós somos sócio de um de bailinho, mas a gente acaba não indo” (1 T). Algumas idosas até já ouviram falar entretanto não frequentam “Já ouvi fala, até as enfermeira ensinaram, mas eu não fui, mas diz que é muito bom [...]”. Já uma minoria trazem que não possuem nenhum conhecimento “Não conheço, nunca ouvi fala” (2 W). Não há estudos que trazem os motivos do desconhecimento das idosas sobre os grupos, entretanto acredita-se que a falta de interação social por parte das idosas e até mesmo a precariedade da divulgação dos grupos nas mídias sejam os fatores. 3.5.1.3 Grupo 1 e 2: Comparativos Quando questionados as idosas do Grupo 1 e o Grupo 2 perfil (A, B, C) e perfil (R, S, T), faixa etária (60 aos 69 anos), respectivamente de como ficaram sabendo dos grupos de convivência e se sabiam da existência dos grupos de convivência as mesmas relataram que haviam tido conhecimento por intermédio de amigas, ACS e que auxiliaram na fundação dos grupos. As idosas que não participam dos grupos comentam que sabem da existência dos mesmos. Ao comparar as respostas das idosas do Grupo 1 perfil (D, E, F) e Grupo 2 perfil (U, V, W), faixa etária 2 (70 aos 79 anos), as idosas que participam dos grupos relataram que ficaram sabendo da existência dos grupos através de parentes, amigos e vizinhos, já as que não participam relatam que já ouviram falar. Ao comparar as respostas das idosas do Grupo 1 e Grupo 2 perfil (G, H, I) e perfil (X, Y, Z), faixa etária 3 (80 anos ou mais), observou-se que as idosas que participam de grupos ficaram sabendo dos grupos principalmente por meio das amigas. As idosas que não participam de grupos, relatam que sabem da existência dos mesmos. Ao avaliar as respostas das idosas que participam de grupos de convivência observou-se que geralmente são convidadas pela equipe de saúde, vizinhas, amigas ou familiares para participar das atividades e que estas tem importante função na disseminação dos grupos.

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Já as que não participam de grupos, quando questionadas sobre o conhecimento dos mesmos, as idosas davam respostas objetivas quanto ao conhecimento, podendo indicar que sabem da existência, mas não estão a par das atividades ou não possuem conhecimento suficiente, ou até mesmo por possuírem fatores pessoais quanto a isso. Também observou-se que existem aquelas que desconhecem da existência. Quadro 1: Conhecimento dos grupos de convivência Quadro 1: Comparativo do conhecimento e participação que as idosas possuem dos grupos de convivência GRUPO 1 GRUPO 2 Faixa etária 1 1A

1B 1C

Faixa Etária 1:

Eu tenho uma amiga, que ela fez daí ela disse vai te inscreve. Mas eu so muito, o que eu posso faze, se tive algum cursinho, alguma coisa assim eu adoro, é muito bom a gente aprende muita coisa, olha a maravilha que é. E depois que aprende faze dá pra faze em casa. Eu sempre so a primeira a sabe, as amiga me conta a agente de saúde, todo mundo. Na verdade foi a gente que começo o primeiro grupo lá por perto de casa.

1R

Sim.

1S

Sim.

1T

Sim, até nós somos sócio de um de bailinho, mas a gente acaba não indo.

Faixa Etária 2:

Faixa Etária 2:

2D

Minha irmã me conto, ela participava e daí fui me inscreve.

2U

2E

Quando viemo mora na cidade daí uma vizinha conto, daí ela me ajudo pra vim aqui.

2V

2F

Por intermédio das minhas pessoas me avisavam.

2W

amigas,

Sim, eu nunca frequentei mas conheço o ultimo que abriu, um aqui perto e outro que é mais longe. Já ouvi fala, até as enfermeira ensinaram, mas lá pra baixo eu não fui, mas diz que é muito bom. E no início muitos não conseguem nem ergue a perna porque falta o treino. Não conheço, nunca ouvi fala.

Faixa Etária 3: A nossa agente de saúde que veio fala e daí como ela fazia a visita, daí nós comecemo, daí a gente começo a participa de palestra e depois se junta uma vez por semana, num salão depois em outro salão, e depois eles cederam um lugar pra nós, e depois abriram um monte de grupo de física. 3H Primeiro comecei a física, depois o coral, daí no alegria de viver, a agente falo, as amiga convidava. 3I Eu no que fiquei sabendo, as amiga e as da saúde falavam e daí eu comecei. Fonte: Ristoff, Scherer, Shubeita, 2014. Fonte: Ristoff, Scherer, Shubeita, 2014.

Faixa Etária 3: 3X

Sim.

3Y

Sim, são os bailinho.

3Z

Não, na verdade não.

3G

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3.5.2 Motivos para participar ou não dos grupos As idosas do Grupo 1 foram argumentadas quais os motivos que as levaram a participar dos grupos de convivência. E para as idosas do Grupo 2 questionou-se quais os motivos para que não participem dos grupos. Posteriormente as respostas foram agrupada na tabela 2 e realizado o comparativo das respostas. 3.5.2.1 Grupo 1: Quais motivos as levam a participar dos grupos? Ao serem questionadas das razões que as levam participar dos grupos, observou-se a busca por melhores condições de saúde, amizades, por se identificar com as atividades desenvolvidas, o conhecimento e a companhia. Uma das participantes relata que o principal motivo que a fez participar é “A saúde, eu so gordinha [...] ninguém faz milagre se tu não se ajuda” (1 A). Nos estudos de Victor et al., (2007), frequentemente a busca pelos grupos de convivência está relacionada com as necessidades de melhoria da saúde, em contrapartida os grupos trazem benefícios nas relações sociais, vínculos e troca de experiências. Outra idosa traz o conhecimento e satisfação por poder desenvolver as atividades “Um motivo é o aprendizado, o outro motivo é que pra mim é um prazer participar pois os professores sabem muito” (2 F). Observa-se a necessidade contínua de aprendizado ao longo da vida através de atividades educativas para aprimorar os conhecimentos e as aptidões. Segundo Morais (2010), “o envelhecimento é uma fase com muitas possibilidades de aprendizagem e de conhecimento”, fato corroborado neste estudo e também no estudo de Nogueira (2012), “no qual os idosos apesar de toda a bagagem de conhecimento e de experiências vividas, referem aprendizado importante, lições de vida obtidas no cotidiano do grupo”. (apud NOGUEIRA, 2012, p. 62) A idosa (1 B) traz que já tinha interesse nas atividades realizadas pelo grupo, mas não havia iniciado por medo de não conseguir aprender “Eu queria muito participa pra dança, daí eu fui, eu pensei, é agora que eu vo, nem que é difícil [...], mas nem é difícil” (1 B). “Primeira coisa que eu vim participa foi pra encontra as amiga, e outra, que é boa pra saúde, é o movimento na água, isso e aquilo, é bom pra cabeça, é bom pra tudo” (1 C).

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Nas palavras de Leite et al., (2002) apud Oliveira (2011) em uma pesquisa realizada foi constatado que “a necessidade de convivência grupal é uma característica de todo ser humano” e é um dos fatores que motivam os idosos a participar, podendo ser observado através da seguinte fala “eu comecei a participa pra sai de casa, por que eu tava só em casa, eu não conhecia ninguém [...]” (3 G). Observa-se também, que as idosas tem consciência de seu estado de saúde, e buscam no grupo melhores condições para o progresso em seu bem estar. “eu tava doente daí não podia mais trabalha mas daí pra fica boa eu comecei a vim aqui” (2 E). Moreira (2001) apud Oliveira (2011) relata que os grupos desempenham um papel importante nesta fase da vida, pois um convívio saudável com grupos, familiares e amigos retarda o envelhecimento. Uma das idosas conta orgulhosa que vai fazer quinze anos que participa nos grupos “Eu gostava muito, daí me associei pra participa, isso vai faze quinze anos agora (3 H), pela frequência nos grupos, percebe-se que a participação é prazerosa para fazer com que as idosas participem efetivamente por um longo período de tempo. Para os profissionais da saúde é de suma importância saber os fatores motivacionais que levaram estas idosas a participar dos grupos, pois assim as atividades podem ser adequadas aos interesses das mesmas, trazendo satisfação no desenvolvimento das atividades e menores índices de desistência. 3.5.2.2 Grupo 2: Por quais motivos você não participa do grupo? Não foram encontrados estudos anteriores investigando os motivos que levam as idosas a não participar de grupos de convivência. Nesta pesquisa os motivos relatados pelas entrevistadas foram diversos, entre eles, a falta de tempo, não gostar das atividades, preguiça, indiferença, não ter companhia, falta de interesse e cuidado com familiares doentes. Nascimento (2002) descreve que “[...] o aposentado tem tanto tempo livre que se sente inútil, fica perdido sem ter o que fazer, e acaba se isolando dos amigos e da família” (Nascimento, 2002, p. 9). O censo comum e a autora acima caracterizam o envelhecimento como uma fase em que o idoso possui tanto tempo disponível que acaba se sentindo inútil.

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Entretanto a fala de algumas idosas que não participam de grupos de convivência contradizem a autora. Ferrari (2002) apud Dias (2012) aponta que não são todos dessa faixa etária que têm tempo livre, pois tem aqueles que se doam à atividades sociais ou mesmo aos cuidados da casa e da família. “[...] eu trabalho com os deficiente visuais e ajudo na pastoral[...]” (2 U). Através disso, observa-se que mesmo não frequentando grupos as mesmas procuram se manter ocupadas, modificando o paradigma de inutilidade que por diversas vezes é associado ao idoso. Sabe-se que as mulheres vivem mais que os homens, conforme Marcelino e Borges (2010, p. 54) vivem “entre cinco a dez por cento mais que os homens”. As mulheres vivem mais não só em função de fatores biológicos e genéticos, mas por que são menos propensas a riscos de acidentes em geral, consomem menos tabaco e álcool, têm maior consciência dos seus sintomas e doenças, procuram mais os serviços de saúde (MARCELINO; BORGES, 2010, p. 60).

E o fato de geralmente casarem com homens mais velhos as levam a ser cuidadoras de seus esposos, que podemos observar na seguinte fala “A eu não participo, porque não tem como deixa meu marido sozinho, e paga não dá, e não é qualque um que quer cuidar” (2 W). Com relação a isso, os profissionais devem estar atentos para que estas idosas não deixem de viver suas vidas em detrimento dos cuidados de seu companheiro. Devemos ter conhecimento dos fatores que levam as idosas a não participar das atividades, pois assim é possível adequá-las conforme as preferências estabelecendo interesse das mesmas pelas atividades. Uma das idosas pesquisadas relata que sente-se desconfortável em meio à multidão, e que a dez anos não sai de casa, conta também que não pede ajuda pois não quer perturbar seus familiares. Rosa et al., trazem que as idosas veem como incomodo pedir ajuda, e muitas vezes isso as leva a se isolar, sendo um fator predisponente para um quadro depressivo. “Já faz uns dez ano que eu não saio de casa por causa disso, e eu não gosto de ta pedindo pros filho” (3 Z).

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Observa-se também que a dificuldade de locomoção acaba sendo um motivo para que não participem dos grupos. Pena, Santos (2006) complementam que a saúde do idoso está diretamente relacionada com sua capacidade de locomoção. Quanto menos os idosos se movimentam, menos eles poderão se mover conforme forem envelhecendo, pois terão menos capacidade física e menos resistência e quanto menos capacidade física tiverem, menos disposição para se tornarem ativos novamente. Muitas vezes o preconceito em relação a idade pressiona muitos idosos se tornarem inativos (SPIRDUSO, 2005, p. 400). Neri (2001, p. 11) descreve que A vida sedentária estabelece um conjunto de eventos fisiológicos que acabam intensificando a diminuição da capacidade aeróbia máxima, da força muscular, das respostas motoras, da capacidade funcional geral. Acarreta redução da aptidão física, em todas as faixas etárias. Em conjunto, esses aspectos acabam por resultar não somente em diminuição da capacidade física, como também em aumento das despesas com os cuidados de saúde. Além disso, provocam diminuição na disposição para as tarefas diárias, influindo na duração e na qualidade de vida dos indivíduos (ACOUR JUNIOR, 1995; HUSNG et al., 1998; KOO, ROHSN, 1999).

Pelas falas de algumas idosas percebe-se que as mesmas gostariam de participar das atividades, entretanto as dificuldades de acesso as impossibilitam de participar, para isso, seria interessante que as atividades fossem adaptadas e criados ambientes que facilitassem seu acesso. 3.5.2.3 Grupo 1 e 2: Comparativos Ao comparar as idosas do Grupo 1 perfil (A, B, C) e perfil (R, S, T), faixa etária (60 aos 69 anos), sobre os motivos que as levam participar ou não dos grupos, percebe-se que as do Grupo 1 trazem como motivos a saúde, o desejo de participar e as amizades. Já as que não participam relatam que não frequentam os grupos por não ter tempo, não gostar das atividades, em detrimento dos cuidados ao esposo e até mesmo por preguiça. Ao comparar as respostas das idosas do Grupo 1 (D, E, F) e Grupo 2 perfil (U, V, W), faixa etária 2 (70 aos 79 anos), as idosas que participam dos grupos, relatam que no início tinham receio com relação as atividades, e que a busca pelos grupos se deu pela aquisição de conhecimento e melhora da saúde. Já as que não participam, trazem que desenvolvem outras atividades.

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O fato das atividades acontecer longe da residência também foi fator que as impossibilitasse de participar, bem como o cuidado com familiares doentes. Ao comparar as respostas das idosas do Grupo 1 e Grupo 2 perfil (G, H, I) e perfil (X, Y, Z), faixa etária 3 (80 anos ou mais), observou-se que as idosas que participam de grupos relatam que começaram a participar, pois sentiam-se muito sós, a busca de conhecimento também foi um fator que as motivou a participar. Já os motivos que levam as idosas desta faixa etária não participar, é principalmente pela dificuldade de acesso aos grupos. De um modo geral, as idosas que participam dos grupos preocupam-se com sua saúde, seu bem estar e o convívio social. Já as que não participam trazem a falta de tempo, a falta de interesse e a dificuldade de acesso. Quadro 2: Motivos para participar ou não dos grupos Quadro 2: Comparativo dos motivos que levam ou que impeçam as idosas de participar em grupos de convivência GRUPO 1 GRUPO 2 Faixa Etária 1:

Faixa Etária 1:

1A

A saúde, eu so gordinha e eu gosto de come, daí tem que se preocupa. Ninguém faz milagre se tu não se ajuda.

1R

1B

Eu queria sempre que meus filho participassem das coisa, era meu desejo que eles dançassem como gaúcho, mas daí eles não queria daí eu queria muito participa da dança, daí fui, eu pensei é agora que eu vo nem que é difícil, mas não é difícil. Primeira coisa é encontra as amiga, e outra que é boa pra saúde, é o movimento na água, isso e aquilo, é bom pra cabeça, é bom pra tudo.

1S

1C

1T

Faixa Etária 2:

Nós aqui não tem muito tempo, o serviço é uma coisa muito imprevista né, a gente tem uns amigos que de vez em quando se reúne faz almoço, janta, mas esse negócio de bailinho não so muito, meu marido também não é. e tem que gosta, já não faz muito meu tipo. Essa da saúde sempre que pra gente participa, mas a gente não vai, eu até deveria mas tenho preguiça.

As vez vem visita, daí tem outras coisa pra faze, bem dize não dá mais pra i.

Faixa Etária 2:

2D

Eu achei que era ruim tava com medo nunca tinha pegado num pincel, mas o professor é muito bom.

2U

2E

Eu tava doente daí não podia mais trabalha, mas daí pra fica boa eu comecei a vim aqui.

2V

Eu não participo porque meu marido não quer participar ele é de outra religião, e eu i sozinha eu acho meio chato, ele não me proíbe eu posso i não tem problema nenhum, mas por enquanto eu não fui ainda, mas eu vo i, vo entra num grupo. Por enquanto eu trabalho com os deficiente visuais e ajudo na pastoral, odeio fica dentro de casa. Eu nunca me interessei, o da ginástica na piscina deve se muito bom. Eles fazem num salão lá em cima, mas lá é longe, até passa

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2F

Um motivo é o aprendizado e outro motivo é que pra mim é um prazer participar pois os professores sabem muito.

2W

ônibus mas eu nunca peguei ônibus, dai se quero i o vo tem que me leva. A eu não participo, porque não tem como deixa meu marido sozinho, e paga não dá, e não é qualque um que quer cuidar.

Faixa Etária 3:

Faixa Etária 3:

3G

Eu comecei a participa pra sai de casa, por que eu tava só em casa, eu não conhecia ninguém, e daí as vizinha uma levo a outra, e ainda hoje uma leva a outra, umas sai outras entram.

3X

3H

Eu gostava muito, daí me associei pra participa, isso vai faze quinze ano agora.

3Y

3I

Eu comecei daí eu gostei, e aprende bastante aqui.

3Z

E eu e meu marido, quando ele era vivo nós ia e os filho que tinham que pedir pra nos i embora, porque nós ficava até os musico i embora i depois ele ficou com um problema no coração, ai a gente parou porque ele não podia sai mais. É uma coisa que não me faz falta, mas eu acho muito bonito, esses dias me deu uma trombose na perna era natal e minha neta pediu se podia assar um peru lá em casa porque o forno dela já tava cheio, mas eu como mãe, mania de quere ajuda levantei e fui lá de pé descalço pra tira a forma e derramo um pouco de gordura no chão e eu me fui, o peru ta voando até hoje. Me derramo nas perna nos dedo, a cabeça eu achei que tinha arrebentado tudo, isso no dia da ceia de natal. Teve uma época que eu queria participa dai meu marido não queria, depois ele queria participa, mas nós já tava velho e tinha que te sempre alguém pra leva e busca. E agora também tem que depende que alguém e eu não enxergo mais direito. Pra caminha dentro de casa eu consigo, mas em lugar diferente eu não enxergo daí não tem como caminha onde não conheço, e o médico falo que não adianta faze cirurgia porque como é catarata e que já afetou bastante, daí nós eu e minhas filha achamos melhor deixa assim. A se eu vo em lugar que tem muita gente eu fico tonta, e pra caminha quando ve da essa tontura, já faz uns dez ano que eu não saio de casa por causa disso. E eu não gosto de ta pedindo pros filho.

Fonte: Ristoff, Scherer, Shubeita, 2014. Fonte: Ristoff, Scherer, Shubeita, 2014.

3.5.3 Atividades que os grupos desenvolvem As idosas do Grupo 1 foram questionadas quais as atividades realizam nos grupos, se tem alguma atividade que não há no grupo mas que gostariam que tivesse e qual atividade mais gostam de desenvolver. Já as idosas do Grupo 2, foram questionadas se conheciam as atividades que os grupos desenvolvem. 3.5.3.1 Grupo 1: Quais atividades que o grupo desenvolve? Ao questioná-las sobre as atividades que os grupos desenvolvem, a autora perguntou às participantes de quais atividades elas mais gostam e quais gostariam de

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desenvolver. Nos relatos, as idosas citam que participam de atividades diversificadas, como a dança, ginástica, aeróbica, coral, palestras, hidroginástica, fazem artesanato, jogam loto, canastra, bingo, fazem física, curso de informática e pintura, conforme as falas abaixo observa-se que as idosas estão bastante satisfeitas com as atividades que são realizadas. “A pra mim tanto faz, tudo eles, por que aqui tem regras e não pode falta, ou tu vem sempre, ou tu não vem, senão tu tira o lugar de outra” (3 G). A eu não sei do que eu gosto mais, eu gosto de tudo, eu gosto muito do coral, das Anita, quando comecei canta parecia que saia voando, ai eu adoro, adoro, adoro. Quero aprende cada vez mais, eu adoro se prenda, minha nossa é lindo, lindo. Eu gosto de tudo os grupo, mas o que eu mais gosto é canta e dança, gosto muito do grupo da saúde, gosto de faze os trabalho, todos. Ginastica e a hidro, eu adoro a hidro, quem diria eu sempre sonhava em faze mas daí não tinha dinheiro, e aqui é tudo de graça, mas também não falto” (1 B).

Aguiar e Gurgel (2009, p. 341) se referem a hidroginástica como uma atividade relaxante e de baixo impacto [...]. [...] melhora a qualidade de vida relacionada ao domínio físico, a força e a flexibilidade, contribuindo dessa forma com a prevenção de lesões e a independência.

Além de ser uma atividade divertida, eficaz, estimulante e segura pois a idosa pode atingir sua capacidade física ao máximo sem se preocupar tanto com lesões e quedas. Uma idosa relata que “[...]na sexta vou na hidro, coisa boa ir na hidro, eu adoro, adoro, adoro[...]” (1 C). “A eu participo em todos os que dá, Hidro, ginástica, artesanato, canto, física, Anitas. Eu faço pintura, curso de internet, a gente joga carta. No da informática eu já formei e agora to fazendo reforço” (1 C). Salvador (2004) apud Pinto (2008) traz que a dança faz com que a pessoa extravase, demonstre suas emoções, sentimentos e desejos. Chiarion (2007), complementa ainda, que ela faz com que diminua o risco de doenças cardiovasculares, reduzindo problemas do aparelho locomotor, sedentarismo, depressão e ansiedade, além de melhorar a elasticidade, a circulação sanguínea e os movimentos articulares. Marcelino, Borges (2010) complementam que a dança faz aumentar a autoestima e contribui na redução de situações limitadoras da qualidade de vida. Sabe-se que atividades intelectuais com exercícios de memória, palavras cruzadas, bingo e canastra contribuem para a manutenção da memória, além de

71

desenvolver o raciocínio lógico, despertam a atenção e a capacidade de concentração. Já o artesanato estimula a criatividade além de poder ser uma fonte de renda. “I eu participo de todos os que tive, ai eu adoro [...] é minha alegria, a gente faz de tudo, canta, dança, tem o grupo da saúde que faz palestra, palestra cantada, ginástica, hidro, jogamo loto, jogamo canastra, bingo, jogo da memória” (1 B).

Os grupos desenvolvem também iniciativas de inclusão digital na terceira idade, que insere as idosas dentro do contexto da geração jovem, além de proporcionar aprendizado, interação e entretenimento. Eu faço informática eu tenho face me procura pra gente conversa [...] olha eu so assim, bem ativa, eu adoro essas coisa de proveito. A gente não pode fica parada em casa não (1 A).

Através destas atividades a idosa é capaz de aprender e de se adaptar as novas exigências da vida, o que difere é o ritmo de aprendizado (OLIVEIRA, 2001). Segundo Novaes (2000) durante a idade longeva existe uma seleção daquilo que nós devemos fazer e gostamos de fazer. Neste sentido, as idosas que utilizam os recursos sociais na comunidade estão fazendo tal opção. Estão participando mais das atividades que gostam e com as quais se identificam como, por exemplo, as atividades físicas, de lazer e de grupos de convivência (apud LOPES, 2012). 3.5.3.2 Grupo 2: Você sabe quais atividades o grupo desenvolve? Não existem estudos anteriores que abordam sobre o conhecimento das atividades desenvolvidas em grupos de convivência por idosas que não frequentam grupos. O que pode se observar através desta pesquisa, é que o conhecimento está focado principalmente em atividades físicas, ginásticas e bailes. “Olha que eu sei, é difícil te responde. Eu sei que eles vão nos baile, não sei se eles tem alguma atividade, isso eu não sei” (2 U). “Pois é, esses grupos de idosos que eu sei [...] uns alongamento só mais, eu acho, porque pelo que elas falam” (1 R). Observa-se que as idosas abordam bastante o conhecimento sobre a ginástica e os bailes que os grupos desenvolvem. “Ginástica, essas coisa” (1 S). “Tem janta, ginástica” (1 T). “Faz artesanato, ginástica não se se fazem comida se coziam” (2 V). “Dançam, cantam se encontram pra faze ginástica pra conversa” (2 W). “Á eles dançam, fazem bailinho e ... Dança” (3 Y).

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Acredita-se que as idosas associam estas atividades pelos benefícios que elas oferecem. Leal; Haas (2006) descrevem que a dança modifica a vida do idoso, fazendo com que vivam melhor. Marcelino; Borges (2010) complementam que a dança é uma das atividades de lazer mais procuradas pela terceira idade, pois além de ser uma ótima atividade corporal ela contribui na qualidade de vida e para um envelhecimento mais saudável. Já as atividades físicas trazem diversos benefícios no organismo da pessoa idosa, segundo Veras (1999), os efeitos são os mesmo que em indivíduos jovens submetidos a um programa de atividade física regular (apud MARCELINO, BORGES 2010). Algumas idosas relataram que não possuem conhecimento das atividades que são desenvolvidas, acredita-se que isso ainda ocorra pela divulgação ineficaz da existência dos grupos. 3.5.3.3 Grupo 1 e 2: Comparativo Ao comparar as atividades que as idosas Grupo 1 perfil (A, B, C) desenvolvem nos grupos, com o conhecimento das atividades que as idosas que não participam, perfil (R, S, T), pode-se observar que as idosas que participam dos grupos desenvolvem diversas atividades, informática, bailes, palestras, hidroginástica, jogam loto, canastra, bingo cantam no coral, participam da dança, fazem ginástica, artesanato, pintura. Entretanto o conhecimento das idosas que não participam dos grupos é limitado ás atividades de bailinho, ginástica, artesanato e canto, e algumas relatam que não conhecem as atividades que os grupos desenvolvem. Ao comparar as respostas das idosas do Grupo 1 (D, E, F) e Grupo 2 perfil (U, V, W), faixa etária 2 (70 aos 79 anos), as idosas que participam dos grupos, relatam que realizam pintura, hidro, informática, ginástica, canto, música. Já as idosas que não participam dos grupos relatam que não sabem descrever exatamente as atividades, mas tem conhecimento da existência dos bailes, ginástica e artesanato. Ao comparar as respostas das idosas do Grupo 1 e Grupo 2 perfil (G, H, I) e perfil (X, Y, Z), faixa etária 3 (80 anos ou mais), observou-se que as idosas que participam de grupos relatam que os grupos desenvolvem atividades de ginástica, canto, reza, física, verificação de sinais vitais e que estão satisfeitas com estas

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atividades. Já as que não participam trazem que acreditam que os grupos desenvolvem principalmente atividades de canto e dança. Em uma visão global percebe-se que as idosas que participam dos grupos estão bastante satisfeitas com as atividades, algumas sugerem incluir nas atividades dos grupos o teatro, fisioterapia, dança de salão, além de outras atividades como o zumba. Já as idosas que não participam dos grupos possuem um conhecimento limitado sobre as atividades que os grupos desenvolvem. Sendo relevante a divulgação das atividades com objetivo de ampliar o conhecimento das mesmas. Quadro 3: Atividades que os grupos desenvolvem Quadro 3: Comparativo do conhecimento das idosas sobre as atividades que os grupos de convivência desenvolvem GRUPO 1 GRUPO 2 Faixa Etária 1: 1A

1B

1C

Eu faço informática eu tenho face me procura pra gente conversa, vo num monte de coisa, nas palestra eu não vo, mas quando tem algum cursinho alguma coisa. Olha eu so assim, bem ativa, eu adoro essas coisa de proveito. A gente não pode fica parada em casa não, Eu gosto de todas, não dá pra dizer qual é o melhor. Eu queria faze dança de salão, até ia começa a faze uma mas daí tinha que paga daí acabei desistindo. Tu já penso que gasto eu e meu marido ia te pra paga. I eu participo de todos os que tive, ai eu adoro, é pra ve todo mundo se apavora quando vo nos baile, tudo me abraça, e isso é minha alegria, a gente faz de tudo, canta, dança, tem o grupo da saúde que faz palestra, palestra cantada, ginástica, hidro, jogamo loto, jogamo canastra, bingo, jogo da memória. A eu não sei do que eu gosto mais, eu gosto de tudo, eu gosto muito do coral, das Anita, quando comecei canta parecia que saia voando, ai eu adoro, adoro, adoro. Quero aprende cada vez mais, eu adoro se prenda, minha nossa é lindo, lindo. Eu gosto de tudo os grupo, mas o que eu mais gosto é canta e dança, gosto muito do grupo da saúde, gosto de faze os trabalho, todos. Ginástica e a hidro, eu adoro a hidro, quem diria eu sempre sonhava em faze mas daí não tinha dinheiro, e aqui é tudo de graça, mas também não falto. Meu desejo é que eles criam um grupo de teatro, eu adoro, eu adoro. Artesanato, física, ginástica, dança, joga bingo, canto e na sexta vou na hidro, coisa

Faixa Etária 1: 1R

Pois é, esses grupos de idosos que eu sei, até tenho algumas amigas que participam, mas é uma, sei lá, como que vo te dize, uns alongamento só mais, eu acho, porque pelo que elas falam.

1S

Ginástica, essas coisa.

1T

Tem janta, ginástica.

74 boa ir na hidro, eu adoro, adoro, adoro. Mas eu acho que tem as que eu gosto. Faixa Etária 2: 2D

2E

2F

Faixa Etária 2:

Eu faço pintura, curso de internet, na sexta vou na hidro, coisa boa ir na hidro, a gente joga carta. No da informática eu já formei e agora to fazendo reforço. Eu gosto de tudo. Fisioterapia, pilates eu gostava se tivesse, tem que faze porque é uma coisa muito boa, eu faço pela Unimed, mas ia se bom se tivesse de graça. A ginastica, e fazem muito trabalho, vo no coral, na hidromassagem e no Oasi. Eu gosto de canta. Eu não sei, que que eu vo dize, aprende no computador, eu podia tenta de novo por que da outra vez não me acertei.

2U

Olha que eu sei, é difícil te responde. Eu sei que eles vão nos baile, não sei se eles tem alguma atividade, isso eu não sei.

2V

Faz artesanato, ginástica não se se fazem comida se coziam.

Alegria de Viver, Cantar na melhor Idade, Clave de Sol, Etnia Alemã, informática, hidroginástica, zumba e Oasi, canto, hidro, várias, várias. Gosto de cantar e tocar. Música com instrumento.

2W

Não sei.

Faixa Etária 3: 3G

A dai eles medem a pressão, faz ginástica, canta... A pra mim tanto faz, tudo eles, por que aqui tem regras e não pode falta, ou tu vem sempre, ou tu não vem, senão tu tira o lugar de outra. O que tem pra faze tudo a gente faz. 3H Reza, canta, ginastica, mede pressão, faz artesanato, eu também to no coral, na hidro no Oasi, faz tudo que a gente pode, se não pode a gente não faz. Mas eu gosto de tudo. Eu nem sei. 3I Cantamo, fazemo de tudo, física, hoje é o canto, hidroginástica, Oasi, de tudo. Eu gosto de canta. Eu gosto de tudo, não precisa mais. Fonte: Ristoff, Scherer, Shubeita, 2014. Fonte: Ristoff, Scherer, Shubeita, 2014.

Faixa Etária 3: 3X

Dançam, cantam se encontram pra faze ginástica pra conversa. Minha sogra começo a i, ela tava tudo dura e depois até os osso fico mais forte. Eu acho que deve se muito bom.

3Y

Á eles dançam, fazem bailinho e ... Dança.

3Z

Não.

3.5.4 O que é preciso para ter qualidade de vida Ambos os grupos foram questionados sobre o que precisavam para que tivessem qualidade de vida. Compreende-se que qualidade de vida tem significados diferentes, para diferentes pessoas, em lugares e ocasiões diferentes, e cada indivíduo tem seu próprio conceito (PASCHOAL, 2000). 3.5.4.1 Grupo 1: O que é preciso para ter qualidade de vida? Umas das idosas entrevistada relata “Mas eu acho que é te uma saúde boa, uma vida boa, não precisa ta numa casa chique se tu ta alegre, ta feliz” (1C). Outras

75

Idosas relatam que: “Qualidade é tudo, amizade e saúde o resto dexa [...]” (1 B), também que, “Se tem saúde já ta boa” (3 H). Segundo o conceito de Medeiros (1999) sobre qualidade de vida, esta depende de múltiplos fatores que determinam a capacidade de produzir resultados, ser feliz e ser saudável. “Pra mim, pra te qualidade tem que se junta com os amigo, dança, canta faze tudo isso que diverte” (3 I). Marchi (2000) afirma que qualidade de vida é uma questão de escolha, e está intimamente ligada ao estilo de vida. Uma das participantes traz que “[...] tem que viver com prazer, se alimentar corretamente, tomar pouco remédio químico [...]” (2 F). O autor relata também, que o estilo de vida saudável é essencial para o bem-estar físico, social e mental. Paiva (2008) complementa que ter prazer de viver e dar sentido à vida são os chavões da longevidade. O que pode-se perceber, é que as idosas deram diferentes significados para qualidade de vida, como ter saúde, companhia dos amigos, se alimentar corretamente, fazer uso de pouca medicação e se divertir, devemos observar que a qualidade de vida envolve diversos fatores relacionados à subjetividade de cada participante. 3.5.4.2 Grupo 2: O que é preciso para ter qualidade de vida? Já as idosas que não participam de grupos de convivência relatam que para ter qualidade de vida é preciso estar se sentindo bem, estar feliz, ter saúde, ter condições financeiras para seu sustento e não ter depressão. Uma das pesquisadas traz que pra ter qualidade é preciso “[...]não te depressão” (3 Z). Outra conta que “É levanta de manhã, tá feliz, eu as vez levanto meio faceira as vez meio triste” (2 W). Freire (2006) ressalta que o risco de desenvolver depressão diminui através das relações sociais, segundo ele “a satisfação de interagir com os grupos da mesma idade promove alegria e satisfação” (apud MAGALHÃES, 2009). Sendo assim, para que esta idosa pudesse continuar com uma boa qualidade de vida, seria interessante o incentivo à interação com outras idosas de mesma faixa etária. Através dos relatos de algumas idosas pode-se observar que elas trazem a alimentação como uma fator essencial para ter qualidade de vida, “eu tenho uma

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saúde boa, nunca me falto comida, nunca me falto ropa” (3 Y). Outra relata que é “. Pode se alimenta bem, pode se diverti, te amizade, isso é qualidade de vida” (1 T). “A alimentação exerce um impacto muito grande na qualidade de vida dos idosos, pois através dela o corpo tem a capacidade de proteger-se contra doenças e produzir energia” (SCHWANTES, NOVAK, 2010). Para Busnello (2007) a nutrição pode tornar o envelhecimento saudável ou não, sendo assim entende-se que hábitos alimentares corretos trazem maior e melhor perspectiva de vida, em contrapartida hábitos alimentares incorretos deixam o indivíduo vulnerável à patologias. A questão econômica é relatada como um fator irrelevante para a qualidade de vida “Eu não preciso de muita coisa, até eu acho que se eu fosse rica não ia dá” (3 Y), “Não precisa te muito, é te saúde da risada” (2 V), “Pra mim não me faz falta bens, eu tenho o que comer tenho o que vestir, lógico que precisa dinheiro, mas não que tu tem que ter dinheiro pra ser feliz” (3 X). Lima Costa et al., (2003), descrevem em sua pesquisa que idosos com maior renda domiciliar possuem uma saúde melhor que os com renda menor, trazem também que idosos com menores condições econômicas possuem maior dificuldade para acessar os serviços de saúde. Nunes et al., (2010) acrescenta que “Um estudo têm revelado que a maioria dos idosos ainda possui renda igual a um salário mínimo e gasta em média um quarto em medicamentos, e isso acaba interferindo na qualidade de vida” (NUNES et al., 2010). Quando questionada do que é preciso para ter qualidade de vida, uma das idosas que não participa de grupos de convivência respondeu: “Me considero realizada, porque tudo me querem muito bem, os filhos os netos e os bisnetos. Os netos têm adoração por mim, e eu acho a maior riqueza” (3 X). Corteletti; Casara e Herédia (2004), trazem que a família “[...] exerce um papel fundamental na saúde do idoso quando lhe proporciona condições de satisfazer suas necessidades físicas, psíquicas e sociais [...] A vida no grupo familiar garante ao idoso a qualidade de vida”. (p. 33) Ruipérez; LLorent (1996) complementam que a proximidade com a família proporciona conforto e companhia para a idosa, à medida que a idade avança

77

aliviando a sensação de abandono e isolamento (apud PENA, SANTO, 2006, p. 21). Paiva (2008) complementa que a relação estreita com os netos afasta das idosas os sentimentos de solidão, sendo que estas estão mais propensas ao sentimento de solidão e isolamento. 3.5.4.3 Grupo 1 e 2: Comparativos Ao comparar o que as idosas Grupo 1 e Grupo 2 perfil (A, B, C) e perfil (R, S, T), faixa etária (60 aos 69 anos), consideram ser necessário para que tenham qualidade de vida, as que participam de grupos relataram que é preciso ter saúde, amizades, um lar. Já as que não participam relataram que é preciso estar de bem consigo, se alimentar bem, poder trabalhar, ter a família saudável. Ao comparar as respostas das idosas do Grupo 1 (D, E, F) e Grupo 2 perfil (U, V, W), faixa etária 2 (70 aos 79 anos), as idosas que participam dos grupos relatam que é preciso cuidar na alimentação, aprender coisas novas. Já as que não participam dos grupos mencionam que é preciso ter saúde e ser feliz. Ao comparar as respostas das idosas do Grupo 1 e Grupo 2 perfil (G, H, I) e perfil (X, Y, Z), faixa etária 3 (80 anos ou mais), observou-se que as idosas que participam de grupos alegam que é não adoecer, cuidar da saúde, encontrar os amigos e se divertir. Já as que não participam de grupos mencionam a família, a alimentação e a saúde. Comumente percebe-se que as idosas que participam de grupos trazem a interação social, os amigos como aspectos positivos para ter uma boa qualidade de vida. As que não participam relatam que os bens matériais não são tudo e trazem a importância da família como fator primordial e benéfico à sua qualidade de vida. Quadro 4: O que é preciso para ter qualidade de vida Quadro 4: Comparativo sobre o que as idosas acreditam ser necessário para que tenham qualidade de vida GRUPO 1 GRUPO 2 Faixa Etária 1:

Faixa Etária 1:

1A

Tem que te saúde pra te qualidade e pode faze as coisa.

1R

1B

Qualidade é tudo, amizade e saúde o resto dexa. Mas eu acho que é te uma saúde boa, uma vida boa, não precisa ta numa casa chique

1S

1C

1T

Sei lá, eu acho que preciso ta de bem comigo mesma, preciso tá me sentindo bem, de ta feliz, tá tranquila, sabe que os filho tudo tão bem, de vez em quando dá uma viajada, uma espairecida. Eu podia até come melhor, mas tem que poupa numas coisa pra paga em médico É pode trabalha. Pode se alimenta bem, pode se diverti, te amizade, isso é qualidade de

78 se tu ta alegre, ta feliz, gosta das pessoa, trata as pessoa bem.

vida, i bem com os filho, é se senti bem com o que tu faz, com o que tu pode faze.

Faixa Etária 2:

Faixa Etária 2:

2D

É se cuida, cuida na comida, no sal, é isso é te saúde.

2U

2E

Eu acho que qualidade é ensino é vim aqui aprende.

2V

2F

Viver com prazer, se alimentar corretamente, tomar pouco remédio químico, opto sempre por remédios naturais, e bebidas só natural.

2W

Faixa Etária 3:

Faixa Etária 3:

3G

É não fica muito doente, não precisa i no médico toda hora, mas tem que se cuida.

3X

3H

Se tem saúde já ta boa.

3Y

3I

Pra mim, pra te qualidade tem que se junta com os amigo, dança, canta faze tudo isso que diverte. Fonte: Ristoff, Scherer, Shubeita, 2014. Fonte: Ristoff, Scherer, Shubeita, 2014.

É aquela que tu sente bem, te o que precisa, não te falta nada, tem os filhos com saúde, tranquilo. Só me preocupo com minha saúde espero que melhore, mas mesmo assim eu não fico trancada. Eu vo ocupa a cabeça, vo joga baralho. Não precisa te muito, é te saúde da risada, nem que ta uma coisa doi ali, outra doi lá, mas vai por cima, vai de novo É levanta de manhã, tá feliz, eu as vez levanto meio faceira as vez meio triste.

3Z

Me considero realizada, porque tudo me querem muito bem, os filhos os netos e os bisnetos. Os netos têm adoração por mim, e eu acho a maior riqueza. Tu não pode ter rancor, raiva, inveja, guardar algum sentimento, isso não presta e eu então vivo muito feliz por isso. Pra mim não me faz falta bens, eu tenho o que comer tenho o que vestir, lógico que precisa dinheiro, mas não que tu tem que ter dinheiro pra ser feliz. Eu não preciso de muita coisa, até eu acho que se eu fosse rica não ia dá, porque eu acho que as pessoa podiam faze mais, eu tenho uma saúde boa, nunca me falto comida, nunca me falto ropa, eu tenho minhas filha bem. A eu não sei, é tá bem não te problema, não te depressão.

3.5.5 Percepção sobre sua qualidade de vida 3.5.5.1 Grupo 1: Como você considerava sua qualidade de vida antes do grupo? Quando argumentadas sobre como consideravam sua qualidade de vida antes de participar nos grupos, as mesmas relataram que levavam uma vida “Bem parada, bem monótona, bem sem graça, por que senão eu tava em casa, mas depois que eu comecei a participa eu mudei” (1 C). “Era uma vida monótona, eu aprendi muito aqui” (1 A). Percebe-se que, ao iniciar as atividades, esses indivíduos geralmente gostam e passam a frequentar o grupo, tendo uma avaliação positiva em relação aos

79

resultados proporcionados em suas vidas. “Eu sempre fiz o que eu gostei, mas quando eu comecei eu era atrofiada nos dedo e olha agora como melhorou” (2 F). Sabe-se que o envelhecimento provoca alterações orgânicas, reduzindo a capacidade da idosa, impedindo-a de realizar atividades cotidianas, e a partir do momento que as idosas começam a frequentar os grupos de convivência, elas observam que ocorrem mudanças significativas em relação a sua saúde. “Eu não podia mais trepa na árvore, agora to trepando, antes minha bunda parecia pesada mas agora não é mais nada. Minha nossa mudo da noite pro dia, eu tava em casa muito triste, tinha dias que me dava tristeza, eu ia lá deitava e chorava, em vez agora não dá tempo de pensa em tristeza. Os idosos se ficam parados e eles não crescem, eles não desenvolvem [...] minha saúde é boa.” (1 B).

A possibilidade de conhecer novas pessoas, construir amizades, viajar acompanhando o grupo, fazer exercícios físicos, divertir-se, dentre outras razões, são mudanças apontadas pelas entrevistadas que ás levam a continuar participando do grupo e a estimular outras pessoas para iniciar a frequentar. As idosas relatam que a participação trouxe a interação social, esta que fez com que as mesmas não se sentissem sozinhas. “Só a idade tá um pouco...mas enquanto pode eu vo, assim é melhor porque daí a gente não ta mais tanto em casa sozinha” (3 I). “Eu sentia muito sozinha em casa, porque os filho tudo casaram, isso ajudo muito” (2 G). “Ai eu tava só em casa, nunca saía, e depois melhoro muito” (3 H). Almeida et al., (2010) trazem que um dos fatores que influenciam diretamente na qualidade de vida é a socialização, descrevem que “Masuchi e Kishi relataram que a socialização é um fator muito importante na determinação da qualidade de vida do idoso” (ALMEIDA et al., 2010, p.440). Neri (2007) traz que a avaliação subjetiva que cada pessoa faz sobre sua qualidade de vida, é o conteúdo primário de sua qualidade de vida percebida. Os relatos comumente observados foram que as mesmas consideram sua saúde boa, acrescida de alguns problemas de saúde, no entanto estes não foram fatores decisivos para interferir no ponto de vista de seu bem estar. “Eu so muito esquecida, mas eu acho minha saúde bem bom, porque eu to saudável, daí acho boa, por que ainda por enquanto eu tenho saúde eu posso caminha, com essa idade eu caminho, tenho que me cuida, mas tudo mais tá ótimo” (2 E).

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As idosas percebem a melhora em sua saúde através dos benefícios dos grupos, como pode-se observar na seguinte fala, “A saúde ta boa, eu sinto dor nas perna nos braço, e na nuca, mas a gente faz física pra isso” (3 H). Segundo Neri (2007), ao envelhecer deparamos com novos desafios relacionados às mudanças físicas, e a aquisição de hábitos saudáveis ajuda a atingir a longevidade com mais qualidade e saúde. Almeida et al., (2010), discute que os idosos de sua pesquisa que participam em grupos de convivência apresentaram melhor qualidade de vida em seu componente físico, pois relatam melhora em sua saúde após a participação nos grupos. Pena e Santos (2006), também evidenciaram em sua pesquisa que a vivência em grupos favorece na melhora da qualidade de vida dos idosos, bem como no aumento da perspectiva de vida. Ao observar a frase citada pela idosa (3 I), “Só a idade tá um pouco...mas enquanto pode eu vo, assim é melhor porque daí a gente não ta mais tanto em casa sozinha”, observa-se que: “[...]na velhice, a idéia da morte não pode ser mais negada. Idosos com boa qualidade de vida sabem que tem que aproveitar a vida e sorvê-la porque seu final está cada vez mais próximo” (NETO; GAUER; FURTADO, 2003, p. 262) Quando as idosas percebem seu envelhecimento, eles valorizam mais a vida, pois reconhecem que morrer faz parte do ciclo vital da vida e todos devem estar preparados para esta fase. 3.5.5.2 Grupo 2: Como você considera sua qualidade de vida? As idosas consideram sua qualidade de vida como boa, e fazem relação com sua saúde, alimentação, lazer, trabalho. “Eu acho que minha vida é de qualidade, porque assim ó, a gente sei lá, eu vivo bem, sou uma pessoa tranquila, saudável, (1 R)”. “É de qualidade, porque eu faço tudo que eu gosto de faze, me alimento bem, a gente se diverte, não tem o que se queixa, a gente consegue trabalha (1 T)”. Uma das idosas relata que para ter qualidade é preciso ser feliz, manter suas crenças pois a felicidade é uma conquista diária. “Porque se tu acha que tem uma qualidade boa e não é feliz não tem qualidade de vida e as vez quando eu to muito pra baixo eu faço uma oração ... isso tudo pra mim é uma qualidade de vida boa, eu acho que a

81 qualidade de vida é a gente mesmo que tem que faze não adianta espera pelos outros, defeito cada um tem (3 X)”.

As idosas (2 U), (3 Y) e (2 V) atentam que apesar da idade avançada e das entrelinhas sobre sua saúde ainda consideram sua qualidade de vida boa. “Esses dia eu achei que me ia de tanto que me ataco os nervo da coluna, por que o velho é pesado pra mim levanta, mas eu considero ela boa ainda por cima, mais antes tu fica véio mais antes tu fica doente” (2 W). “Olha minha vida é boa, eu não so ansiosa, não sou olho grande, me contento com o que tenho” (2 U). “Mas olha nessa idade que eu to eu nem sei mais. Eu to bem, eu so feliz, eu não fico pensando em coisa ruim, eu acho que to muito bem” (3 Y). “É boa, tem que te prazer de viver, nem que ta uma coisa dói ali, outra dói lá, mas vai por cima, vai de novo” (2 V). Uma das pesquisadas além de abordar a saúde, relata a importância de estar de bem com os filhos e com os vizinhos para manter uma boa qualidade de vida. “Eu acho que é pode passa de saúde, te o necessário ta em paz com a vida ta bem com as filhas com os vizinho, com o mundo” (3 Z). A idosa (1 S), traz que poderia manter uma alimentação com mais qualidade para melhorar sua qualidade de vida, entretanto direciona este dinheiro aos medicamentos que faz uso. “É boa, eu tenho o que come, eu tenho o que vesti, As vez eu podia até come melhor, mas tem que guarda pras consulta, pros remédio” (1 S). 3.5.5.3 Grupo 1 e 2: Comparativos Ao comparar a qualidade de vida das idosas do Grupo 1 e Grupo 2 perfil (A, B, C) e perfil (R, S, T), faixa etária (60 aos 69 anos), observou-se que as idosas do grupo 1, relatam que ela melhorou muito depois que começaram a frequentar os grupos, passaram a ter uma vida mais ativa e menos solitária. Já as idosas que não participam de grupos referem que possuem uma vida de qualidade pois mantém uma boa alimentação. Ao comparar as respostas das idosas do Grupo 1 (D, E, F) e Grupo 2 perfil (U, V, W), faixa etária 2 (70 aos 79 anos), as idosas que participam dos grupos trazem sua qualidade de vida como boa e revelam que o grupo vem ajudando para melhorar. Em relação as que não participam de grupos, relatam que é de qualidade.

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Ao comparar as respostas das idosas do Grupo 1 e Grupo 2 perfil (G, H, I) e perfil (X, Y, Z), faixa etária 3 (80 anos ou mais), observou-se que as idosas que participam de grupos trazem que antes de participar dos grupos sentiam-se muito sozinhas e que a participação nos grupos contribuiu para que não se sentissem tão sós. Já as idosas que não participam de grupos expõem que tentam não pensar em coisas ruins, alegam que tem que estar de bem com a vida, com a família e com os vizinhos. Sendo assim, em uma análise geral dos relatos, observa-se que ambos os grupos, consideram sua qualidade de vida boa, entretanto as idosas que participam dos grupos de convivência perceberam que ela melhorou depois que começaram a frequentar os grupos. Quadro 5: Sua percepção sobre qualidade de vida Quadro 5: Comparativo da percepção das idosas sobre sua qualidade de vida GRUPO 1

GRUPO 2

Faixa Etária 1:

Faixa Etária 1:

1A

Era uma vida monótona, eu aprendi muito aqui.

1R

1B

Eu não podia mais trepa na árvore, agora to trepando. Antes minha bunda parecia pesada mas agora não é mais nada. Minha nossa mudo da noite pro dia, eu tava em casa muito triste, tinha dias que me dava tristeza, eu ia lá deitava e chorava, em vez agora não dá tempo de pensa em tristeza. Os idosos se ficam parados e eles não crescem, eles não desenvolvem [...] minha saúde é boa. Bem parada, bem monótona, bem sem graça, por que senão eu tava em casa, mas depois que eu comecei a participa eu mudei.

1S

1C

1T

Faixa Etária 2: 2D

2E

2F

É de qualidade, porque eu faço tudo que eu gosto de faze, me alimento bem, a gente se diverte, não tem o que se queixa, a gente consegue trabalha. Faixa Etária 2:

2U “Eu so muito esquecida, mas eu acho minha saúde bem bom, porque eu to saudável, dai acho boa, por que ainda por enquanto eu tenho saúde eu posso caminha, com essa idade eu caminho, tenho que me cuida, mas tudo mais tá ótimo. Eu sempre fiz o que eu gostei, mas quando eu comecei eu era atrofiada nos dedo e olha agora como melhorou.

Eu acho que minha vida é de qualidade, porque assim ó, a gente sei lá, eu vivo bem, sou uma pessoa tranquila, saudável. É boa, eu tenho o que come, eu tenho o que vesti, As vez eu podia até come melhor, mas tem que guarda pras consulta, pros remédio.

2V

2W

Olha minha vida é boa, eu não so ansiosa, não sou olho grande, me contento com o que tenho. É boa, tem que te prazer de viver, nem que ta uma coisa dói ali, outra dói lá, mas vai por cima, vai de novo.

Esses dia eu achei que me ia de tanto que me ataco os nervo da coluna, por que o velho é pesado pra mim levanta, mas eu considero

83 ela boa ainda por cima, mais antes tu fica véio mais antes tu fica doente. Faixa Etária 3:

Faixa Etária 3:

3G

A saúde ta boa, eu sinto dor nas perna nos braço, e na nuca, mas a gente faz física pra isso, antes eu sentia muito sozinha em casa, porque os filho tudo casaram, isso ajudo muito.

3X

3H

Ai eu tava só em casa, nunca saía, e depois melhoro muito.

3Y

3I

3Z

Porque se tu acha que tem uma qualidade boa e não é feliz não tem qualidade de vida. E as vez quando eu to muito pra baixo eu faço uma oração, faço todos os dias a novena do divino pai eterno que eu sou associada e tomo aquela agua benta. Isso tudo pra mim é uma qualidade de vida boa. Eu acho que a qualidade de vida é a gente mesmo que tem que faze não adianta espera pelos outros, defeito cada um tem. Mas olha nessa idade que eu to nem sei mais. Eu to bem, eu so feliz, eu não fico pensando em coisa ruim, eu acho que to muito bem. Eu acho que é pode passa de saúde, te o necessário ta em paz com a vida ta bem com as filhas com os vizinho, com o mundo.

Fonte: Ristoff, Scherer, Shubeita, 2014. Fonte: Ristoff, Scherer, Shubeita, 2014.

3.5.6 Percepção sobre sua saúde 3.5.6.1 Grupo1: Como você considera sua saúde? Ao questioná-las sobre como percebem sua saúde observa-se que frequentemente as mesmas trazem aspectos positivos em relação a sua saúde, como pode-se observar através das falas: “Mas eu acho minha saúde bem bom” (2 D); “A saúde tá boa, eu caminho, eu me viro, tenho que me cuida, mas tudo mais tá ótimo” (2 E); “A super bem” (2 F); “Eu não vo muito no médico, só se precisa” (3 G); “A saúde ta boa” (3 H); “Boa demais, tá ótima, o grupo ajuda muito” (1 B). Muitos fatores contribuem para a longevidade e a qualidade de vida, manterse ativo, mais do que nunca, passou a ser um dos fatores mais determinantes para a promoção de saúde dos idosos (MAZO; LOPES; BENEDETTI, 2009; MATSUDO, 2009; FARINATTI, 2008; LANUEZ; JACOB; FILHO, 2008 apud LOPES, 2012). A percepção positiva da própria saúde pode ser evidenciada mesmo em portadores de patologias “Meu problema é crônico, mas eu considero de qualidade, podia faze mais coisa mas as vezes não consegue chega lá” (1 A) “Ta boa, eu só tomo bastante remédio” (3 I); “Eu tava ruim do coração, o coração não queria trabalha, daí coloquei um marca-passo, mas agora to boa, posso i até na roça trabalha. Fiquei boa que não sinto mais nada” (1 C).

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Alguns estudos realizados por Najman; Levine (1981), demonstram que embora as idosas tenham problemas de saúde, elas estão satisfeitas com sua vida. Ferraz e Peixoto (1997) complementam que embora a saúde seja um indicador de qualidade de vida, quando os problemas não levam a limitações sociais e individuais a interpretação subjetiva do indivíduo sobre sua saúde é positiva. 3.5.6.2 Grupo 2: Como você considera sua saúde? Ao serem questionadas de como consideram sua qualidade de vida, uma das idosas traz que é boa e que não tem do que se queixar. “Eu acho a qualidade boa, porque eu me cuido, eu sei o que eu devo e o que eu não devo, o que dá e o que não dá, eu me considero bem, não posso me queixa Eu acho que é se cuida e se feliz, tem que procura se feliz” (3 X).

Algumas idosas relataram que é boa, entretanto os problemas de saúde e uso de medicações surgem como indicadores que trazem prejuízos a sua saúde. “A é boa, eu tomo remédio e eu sofro bastante da coluna” (2 V).“É muito boa, eu consigo faze minhas coisa, só meu olho que não ta bom, eu tenho dor no joelho, mas isso até gente nova tem dor, mas eu me cuido e graças a deus eu to bem” (3 Y).“Mas eu assim, graças a Deus to bem, o meu problema é a tireoide e eu sou hipertensa, tomo medicamento, mas o resto, negócio de colesterol, glicose, essas coisa, ta tudo normal” (1 R). O fenômeno da dor ainda é pouco compreendido, Freitas (2002) descreve que em idosos a sensação de dor acaba sendo reduzida devido as alterações nas vias neurais envolvidas na nocicepção, entretanto as dores nas articulações são intensificadas, “[...]A osteoartrite é, sem dúvida, o distúrbio doloroso mais comum no idoso” (FREITAS, 2002, p. 511). A idosa (1 T) conta que mesmo tendo problemas de saúde, os mesmos não a impossibilita de fazer o que lhe traz prazer. “Eu tenho problemas, mas nada que me impede de faze tudo que eu gosto de faze, eu sempre digo que doença é isso que dá e não tem cura, tudo passa” (1 T), sabe-se que a função imune do organismo acaba declinando devido o envelhecimento, trazendo repercussões negativas na saúde da idosa, tornando-as mais susceptíveis a infecções. Já outras idosas trouxeram os aspectos negativos de sua saúde “Por dentro eu não tenho nada, só assim, a pressão alta e a coluna, a diabete oscila” (2 W). “Eu

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sempre fui meio fraquinha do estomago, mas uns dez anos pra cá que piorou” (3 Z). “Não é boa, eu tenho problema de coração” (1 S). “Minha saúde não ta boa nem um pouco, eu to com problema na cabeça to fazendo tratamento e to com um desgaste no quadril e na coluna que não me deixa faze quase nada praticamente. Eu fico muito pior me sinto mal, outro dia fiquei tão chateada de não pode faze as coisa de não pode sai. Chego uma época que eu não podia anda duas quadras que me tonteava dava muita falta de ar, mas isso da cabeça ta me incomodando. Eu me perco, daí quero me lembra onde eu to, o que eu tenho que faze, como tenho que faze, daí minha cabeça começa doe, não é frequente que me dá, mas me incomoda” (2 U).

Yokoyama; Carvalho; Vizzotto (2006), trazem que em seu estudo os idosos relatam que uma má qualidade de vida está relacionada a falta de saúde, ser doente, não ter alimentação adequada, depender de outrem para atividades diárias, não possuir bom vínculo familiar. Em ambos os casos correlaciona-se a influência da saúde sobre a percepção das idosas com relação ao seu bem estar. 3.5.6.3 Grupo 1 e 2: Comparativos Ao comparar as respostas das idosas do Grupo 1 e Grupo 2 perfil (A, B, C) e perfil (R, S, T), faixa etária (60 aos 69 anos), observou-se que as idosas do Grupo 1 relatam que consideram sua vida de qualidade boa apesar dos problemas de saúde, e que o grupo contribui bastante para melhorar cada vez mais. Com relação as idosas do Grupo 2, que não participam dos grupos de convivência, as mesmas trazem que suas patologias acarretam em malefícios em sua qualidade de vida, apesar disso procuram manter-se da melhor forma possível. Ao comparar as respostas das idosas do Grupo 1 (D, E, F) e Grupo 2 perfil (U, V, W), faixa etária 2 (70 aos 79 anos), foi possível identificar que as idosas que participam de grupos percebem sua saúde como boa, já as idosas que não participam dos grupos manifestaram com frequência a prevalência de patologias. Ao comparar as respostas das idosas do Grupo 1 e Grupo 2 perfil (G, H, I) e perfil (X, Y, Z), faixa etária 3 (80 anos ou mais), analisou-se que idosas participantes de grupos, mencionam que possuem uma boa saúde, uma delas relata que vai ao médico somente se precisa e a outra comenta que faz uso de bastante medicação.

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Quando questionadas as que não participam de grupos, as mesmas trouxeram sua saúde como boa apesar das patologias que causam alguns desconfortos. De maneira geral, observa-se que todas idosas que participam de grupos consideram sua saúde boa. Já as idosas que não participam de grupos trazem com frequência que suas patologias acabam interferindo em sua saúde. Wichmann et al., (2013) justificam que a autoavaliação da saúde, com o passar dos anos, não se deteriora porque os idosos avaliam a saúde como boa quando ela é suficiente para viver. Quadro 6: Percepção sobre sua saúde Quadro 6: Comparativo da percepção das idosas sobre seu estado de saúde GRUPO 1

GRUPO 2

Faixa Etária 1:

Faixa Etária 1:

1A

Meu problema é crônico, mas eu considero de qualidade, podia faze mais coisa mas as vezes não consegue chega lá.

1R

1B 1C

Boa demais, tá ótima, o grupo ajuda muito. Eu tava ruim do coração, o coração não queria trabalha, daí coloquei um marcapasso, mas agora to boa, posso i até na roça trabalha. Fiquei boa que não sinto mais nada.

1S 1T

Faixa Etária 2:

Faixa Etária 2:

2D

Mas eu acho minha saúde bem bom.

2U

2E

A saúde tá boa, eu caminho, eu me viro, tenho que me cuida, mas tudo mais tá ótimo” A super bem.

2V

2F

2W

Faixa Etária 3: 3G

Eu não vo muito no médico, só se precisa.

Mas eu assim, graças a Deus to bem, o meu problema é a tireoide e eu sou hipertensa, tomo medicamento, mas o resto, negócio de colesterol, glicose, essas coisa, ta tudo normal. Não é boa, eu tenho problema de coração. Eu tenho problemas, mas nada que me impede de faze tudo que eu gosto de faze, eu sempre digo que doença é isso que dá e não tem cura, tudo passa.

Minha saúde não ta boa, nem um pouco. Eu to com problema na cabeça to fazendo tratamento e to com um desgaste no quadril. e na coluna que não me deixa faze quase nada praticamente, eu fico muito pior me sinto mal, outro dia fiquei tão chateada de não pode faze as coisa de não pode sai. Chego uma época que eu não podia anda duas quadras que me tonteava dava muita falta de ar, mas isso da cabeça ta me incomodando. Eu me perco, daí quero me lembra onde eu to, o que eu tenho que faze, como tenho que faze, daí minha cabeça começa doe, não é frequente que me dá, mas me incomoda. A é boa, eu tomo remédio e eu sofro bastante da coluna. Por dentro eu não tenho nada, só assim, a pressão alta e a coluna, a diabete oscila. Faixa Etária 3:

3X

Eu acho a qualidade boa, porque eu me cuido, eu sei o que eu devo e o que eu não devo, o que dá e o que não dá, eu me considero bem, não posso me queixa.

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3H

A saúde ta boa.

3Y

3I

Ta boa, eu só tomo bastante remédio.

3Z

Eu acho que é se cuida e se feliz, tem que procura se feliz. É muito boa, eu consigo faze minhas coisa. Só meu olho que não ta bom, eu tenho dor no joelho, mas isso até gente nova tem dor, mas eu me cuido e graças a deus eu to bem. Eu sempre fui meio fraquinha do estomago, mas uns dez anos pra cá que piorou.

Fonte: Ristoff, Scherer, Shubeita, 2014. Fonte: Ristoff, Scherer, Shubeita, 2014.

3.5.7 Uso do tempo Ambos os grupos, Grupo 1 e Grupo 2, foram questionados se no dia a dia estava sobrando ou faltando tempo para realizar as atividades. 3.5.7.1 Grupo 1: Na sua vida sobra tempo ou falta? O envelhecimento traz mudanças na vida das pessoas, com a aposentadoria a pessoa idosa tem a escolha de continuar trabalhando por prazer, ou então se aposentar já que a mesma terá por direito garantido um valor para se sustentar. Caso opte pela aposentadoria, o tempo antes que destinava ao trabalho poderá ser utilizado conforme suas preferências. Rizzolli e Surdi (2010), trazem que: O tempo que antigamente era transformado em trabalho hoje se torna disponível à procura de ocupações, e na maioria das vezes os idosos não sabem o que fazer para ocupar o tempo livre. Diante disto, surgem os centros de convivência para terceira idade como um lugar onde os idosos têm oportunidade de realizar diferentes atividades, ocupando o tempo livre (RIZZOLLI; SURDI, 2010, p. 231).

As idosas mencionam que se envolvem tanto com o compromisso das atividades dos grupos que o dia parece ser curto. “A gente tem tanta coisa pra faze que acaba faltando tempo” (1 A). “Falta, e ainda de noite eu fico fazendo minhas coisinha em casa” (1 B). “É corrido” (1 C). E mesmo o tempo sendo curto, as mesmas ainda conseguem passear. “Não é fácil, é currido, das vez falta e das vez sobra e daí eu vo passea. Faço o serviço de manhã e daí de tarde eu saio, não dá pra fica parada” (2 D). “Eu não faço mais coisa, porque senão tu não tem nem um dia a mais por semana, com essa idade é demais coisa, por que tem dias que falta tempo, era pra mim faze computação, mas não dá tempo” (3 G). “Falta, sempre tem umas coisa, eu quase nunca to em casa” (2 E). “Várias vezes falta horas, várias vezes me convidaram pro artesanato, mas não sobra tempo” (2 F). “Ta sobrando porque segunda, sexta e sábado eu fico em casa, o resto eu sempre saio” (3 H). “Das vez sobra, daí eu saio nas vizinha” (3 I)

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E observa-se que esta falta de tempo se torna benéfica para a qualidade de vida das mesmas, pois não ficam em casa isoladas, nem ociosas, estão sempre em atividade. Portela reforça que os grupos melhoram visivelmente a qualidade de vida. 3.5.7.2 Grupo 2: Na sua vida sobra tempo ou falta? Uma das idosas informa que está sempre em função de alguma atividade “Não tem tempo, eu to sempre fazendo alguma coisa” (1 T). “Olha, da pra faze tudo que eu quero, mas não assim que sobra” (1 R). Já as demais pesquisadas trazem que possuem tempo sobrando em seu dia a dia. “Sobra tempo, pode se que não sobrasse esse eu fosse faze tudo como precisa se feito” (2 U). “A pra mim sobra, mas dá pra faze tudo que eu quero” (2 V). “Ta sobrando” (1 S). A idosa (2 W), relata que possui tempo disponível, entretanto tem consciência de que precisa iniciar a pratica de caminhadas para manter uma saúde de qualidade. “Sobra, mas eu tinha que i caminha” (2 W). Observa-se também que as idosas mais longevas selecionam as atividades que irão desenvolver, fazendo aquilo que gostam e que lhes dá prazer. “Gosto de me arruma, gosto de sair, agora eu faço o que eu tenho vontade de faze, mas quase sempre sobra tempo” (3 X). “[...] iiii sobra tempo, eu faço tudo as coisinha que eu gosto, eu que lavo roupa mas é porque so enjoada com as roupa, eu faço minha comidinha, arrumo a casa, so quem passa pano é a guria que mora comigo” (3 Y). “Sobra, eu pouco faço. Eu lavo minha ropinha, faço meu cafezinho, varro a casa” (3 Z). Observa-se que a maior parte das idosas, realizam suas atividades e mesmo assim possuem tempo sobrando em seu dia a dia. 3.5.7.3 Grupo 1 e 2: Comparativos Ao comparar as respostas da questão da falta ou sobra de tempo no dia a dia no Grupo 1 e Grupo 2 perfil (A, B, C) e perfil (R, S, T), faixa etária 1 (60 aos 69 anos) observou-se que no Grupo 1 todas trazem que o tempo é curto, em relação ao Grupo 2 duas trazem que falta tempo e uma delas relata que sobra. Ao comparar as respostas das idosas do Grupo 1 e Grupo 2 perfil (D, E, F) e perfil (U, V, W), faixa etária 2 (70 aos 79 anos), as idosas do grupo 1 relatam que falta

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tempo, e se sobra as mesmas saem para passear, já o Grupo 2 trouxe que sobra tempo. Analisando no contexto geral conclui-se que as idosas que participam de grupos de convivência ocupam mais o seu tempo em relação aquelas que não participam de grupos. A chegada à terceira idade traz algumas limitações sobre um corpo já muito vivido. Nessa fase já não se tem a mesma vitalidade, a mesma rapidez nos movimentos, o mesmo raciocínio rápido e a mesma coordenação motora da época da juventude. Quadro 7: Uso do Tempo Quadro 7: Comparativo de como as idosas estão ocupando seu tempo livre GRUPO 1

GRUPO 2

Faixa Etária 1: 1A 1B 1C

A gente tem tanta coisa pra faze que acaba faltando tempo. Falta, e ainda de noite eu fico fazendo minhas coisinha em casa. É corrido.

Faixa Etária 1: 1R 1S 1T

Faixa Etária 2: 2D

2E 2F

Não é fácil, é currido, das vez falta e das vez sobra e daí eu vo passea. Faço o serviço de manhã e daí de tarde eu saio, não dá pra fica parada. Falta, sempre tem umas coisa, eu quase nunca to em casa. Várias vezes falta horas, várias vezes me convidaram pro artesanato, mas não sobra tempo.

3H

3I

Não tem tempo, eu to sempre fazendo alguma coisa. Faixa Etária 2:

2U

Sobra tempo, pode se que não sobrasse esse eu fosse faze tudo como precisa se feito.

2V

A pra mim sobra, mas da pra faze tudo que eu quero. Sobra, mas eu tinha que i caminha.

2W

Faixa Etária 3: 3G

Olha, da pra faze tudo que eu quero, mas não assim que sobra. Ta sobrando.

Faixa Etária 3:

Eu não faço mais coisa porque senão tu não tem nem um dia a mais por semana, com essa idade é demais coisa, por que tem dias que falta tempo, era pra mim faze computação, mas não dá tempo. Ta sobrando porque segunda, sexta e sábado eu fico em casa, o resto eu sempre saio.

3X

Gosto de me arruma, gosto de sair, agora eu faço o que eu tenho vontade de faze, mas quase sempre sobra tempo.

3Y

Das vez sobra, daí eu saio nas vizinha.

3Z

IiiIi sobra tempo, eu faço tudo as coisinha que eu gosto, eu que lavo roupa mas é porque so enjoada com as roupa, eu faço minha comidinha, arrumo a casa, so quem passa pano é a guria que mora comigo. Sobra, eu pouco faço. Eu lavo minha ropinha, faço meu cafezinho, varro a casa.

Fonte: Ristoff, Scherer, Shubeita, 2014. Fonte: Ristoff, Scherer, Shubeita, 2014.

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3.5.8 Uso de medicamentos Ambos os grupos de idosos foram questionados sobre a quantidade de medicamentos que fazem uso. Foi realizado também um comparativo para observar quais dos grupos pesquisados fazem uso de mais medicamentos. 3.5.8.1 Grupo 1: Quantos medicamentos você utiliza? Quando questionadas sobre a quantidade de medicamentos que as idosas que participam de grupos de convivência fazem uso pode-se observar que fazem uso de 1,8 em média dois medicamentos por dia para cada idosa. Dentre os medicamentos utilizados sistema circulatório 9, sistema nervoso (antidepressivo, ansiolítico, memória) 3, sistema gastrointestinal 2, sistema endócrino 2, sistema urinário 1. 3.5.8.2 Grupo 2: Quantos medicamentos você utiliza? Quando questionadas sobre a quantidade de medicamentos que as idosas que não participam de grupos de convivência fazem uso constatou-se que em média utilizam 3,3 três medicamentos por idosa. Dentre eles sistema circulatório 15, sistema nervoso (antidepressivo, ansiolítico, memória) 6, sistema nervoso analgésicos 4, sistema endócrino 5, sistema urinário 1, sistema osteomuscular 1. 3.5.8.3 Grupo 1 e 2: Comparativos Não foram encontrados estudos sobre o índice de uso de medicamentos por idosas que frequentam grupos com as que não frequentam, entretanto Aguiar et al., (2008), descrevem que os idosos são os principais consumidores de medicamentos devido ao aumento da prevalência das doenças crônicas nessa idade, o que faz com que as pesquisas sobre o uso da medicação se voltem para este perfil da população. Segundo Mosegui et al., (1999), o maior uso de medicamentos em idosos está relacionado a alta incidência de doenças crônicas. Sebastião et al., (2008), complementam que as mulheres idosas, independentemente de sua faixa etária utilizam mais medicamentos que os homens. Ao comparar as respostas das idosas do Grupo 1 e Grupo 2 perfil (A, B, C) e erfil (R, S, T), observou-se que as idosas do Grupos 1 utilizam cerca de cinco medicamentos, enquanto as do Grupo 2 utilizam doze.

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Ao comparar as respostas das idosas do Grupo 1 e Grupo 2 perfil (D, E, F) e perfil (U, V, W), faixa etária 2 (70 aos 79 anos), observou-se que as idosas do Grupo 1 fazem uso de oito medicamentos enquanto as do Grupo 2 usam seis fármacos. Ao comparar as respostas das idosas do Grupo 1 e Grupo 2 perfil (G, H, I) e perfil (X, Y, Z), faixa etária 2 (80 anos ou mais), observou-se que as idosas do grupo 1 fazem uso de quatro medicamentos enquanto as do Grupo 2 utilizam doze fármacos. Sendo assim, observa-se que o Grupo 2 utiliza em torno de 32 medicações, enquanto as do grupo 1 utilizam 17, vale aqui observar que no Grupo 1 existem idosas que não fazem uso de nenhum tipo de medicação, e no Grupo 2 todas fazem uso de fármacos. Tabela 19 - Uso de Medicações GRUPO 1 Qnt Medicações 9 Sistema Circulatório 3 Sistema Nervoso (antidepressivo, ansiol.) 0 Sistema Nervoso Analgésico 2 Sistema Gastrointestinal 2 Sistema Endócrino 1 Sistema Urinário 0 Sistema Osteomuscular 17 TOTAL Fonte: Ristoff, Scherer, Shubeita, 2014.

Qnt 15 6 4 0 5 1 1 32

GRUPO 2 Medicações Sistema Circulatório Sistema Nervoso(antidepressivo, ansiolítico) Sistema Nervoso Analgésico Sistema Gastrointestinal Sistema Endócrino Sistema Urinário Sistema Osteomuscular TOTAL

Através da tabela 20 é possível observar que o medicamento mais frequentemente utilizado pelas idosas deste estudo são os que agem no sistema circulatório. Para Brunner e Suddarth (2002, p.144) “A doença cardíaca é uma causa importante de morte no idoso. As válvulas cardíacas tornam-se mais espessas e rígidas, e o músculo cardíaco e as artérias perdem sua elasticidade”. Descreve ainda que com a idade 50% dos indivíduos com mais de 65 anos tendem a desenvolver alterações cardíacas. O segundo medicamento mais utilizado pelas idosas deste estudo foram os que agem no sistema nervoso atuando como ansiolítico, antidepressivo e medicação para memória. Brunner e Suddarth (2002) descrevem que por diversas causas os distúrbios do humor são comuns em determinado momento da vida dos idosos. Nesta pesquisa não foi explorado a questão dos transtornos psíquicos das idosas, observa-se que o uso de medicamentos para o sistema nervoso central é mais frequente em idosas que não participam de grupos de convivência, entretanto, sugere-

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se uma exploração mais minuciosa que possa estar comparando e refletindo sua relação com a qualidade de vida. O terceiro medicamento mais utilizado pelas participantes deste estudo, foram os que agem no sistema endócrino, seguido por analgésicos, medicamentos para o aparelho gastrointestinal, urinário e osteomuscular. É importante ressaltar que as idosas estão recebendo cada vez mais um número maior de medicações, entretanto recebem pouca orientação quanto ao uso, necessidade e efeitos dos medicamentos (SILVA et al., 2003). Sendo assim é necessário que sejam implementadas estratégias que ofereçam orientações sobre o uso correto, no horário correto e o armazenamento correto, visando assim evitar iatrogênias. Quadro 8: Uso de medicamentos Quadro 8: Comparativo da quantidade de medicamentos que as idosas fazem uso GRUPO 1

GRUPO 2

Faixa Etária 1: 1A 1B 1C

Faixa Etária 1:

(3) Uso três, anticoagulante, antidepressivo e diurético. (1) Só tomo um pra pressão.

1R

(2) Um pra pressão e pra tireoide.

1S

(1) Eu tenho que tomar todo dia um pra tireoide.

1T

(5) Tomo cinco, pra tireoide, pra pressão, pro sangue pra gota d’água e pra coluna. (5) São cinco hipertensão, sangue, depressão, colesterol e triglicerídeo e pra dormi.

Faixa Etária 2:

Faixa Etária 2:

2D

(5) Tomo cinco, duas qualidade pro estomago, duas pra pressão, e um pro colesterol.

2U

2E

(3) Três, um pro coração, pro colesterol e pra memória. (0) Nenhum.

2V

2F

2W

Faixa Etária 3: (0) Nenhum, só tomo chá as vezes.

3X

3H

(1) O da pressão.

3Y

(3) Três. Um pra tireoide, pressão alta e pra dormi. Fonte: Ristoff, Scherer, Shubeita, 2014.

(2) Dois, o da pressão, diabete e pra coluna quando dói. Faixa Etária 3:

3G

3I

(1) Tomo um pra cabeça, memória, pra relaxa o corpo e as vezes pra tira a dor, e pra dormi, mas esse eu parei porque tava viciada demais, eu já não tava dormindo direito, eu vo deita é 12:30 e eu não tenho sono. (3) Tomo três, pra dor, cálcio e o da tireoide.

3Z

(4) To tomando quatro, esse do cardiologista, se não era só um pra afina o sangue, por causa da trombose, pra pressão e o AAS e eu ainda tenho que opera as varizes, mas não sei eu vou falar com o médico pra ve se dá pra i levando, porque corta as perna com essa idade não é muito bom. (4) Tomo quatro, pra despacha agua, pra dormi, pra pressão e pro coração. (4) São uns quatro; labirin, captopril, rivotril estrogeron e o laxante a cada 2 dias.

93 Fonte: Ristoff, Scherer, Shubeita, 2014.

3.5.9 Humor Ambos os grupos foram questionados como consideram seu humor, também foi realizado um comparativos das respostas para identificar se idosas que participam de grupos ou idosas que não participam de grupos são mais bem humoradas. 3.5.9.1 Grupo 1: Você se considera bem humorada? Ao serem questionadas, se consideravam-se bem humoradas a maioria das idosas relataram que sim. “[...] a eu to sempre feliz, não dá tempo de fica pensando em coisa ruim” (1 B). “Mas ta loco, eu me comparando com outras, eu sempre to feliz, eu me sinto feliz” (2 F). “A eu sempre so alegre” (3 G). Outra idosa relatou que “Tem dias que tem os alto e baixo, mas todo mundo tem, tem meu marido que é bipolar daí as vezes eu fico mal por causa dele, mas daí eu venho no grupo pra me distraí” (1 A). Conforme Arent; Landers; Etnier (2000) apud Lopes (2012), as atividades regulares trazem melhoras significativas no humor da pessoa idosa. Segundo Chacra (2002), os grupos de convivência além de melhorar a autoestima, a qualidade de vida, melhoram também o senso de humor, como podemos observar através das falas, “...bastante humorada, não tenho do que reclama” (1 C). Outra relata que: “Eu me considero, não sei se os outro me considera. Eu to sempre feliz não quero fica triste. O médico me falo que eu tinha estresse, mas estresse do que, mas era tudo problema do coração, daí eu fiz a cirurgia e melhorei” (2 D).

Existem poucos estudos que abordam sobre o humor das idosas que participam dos grupos de convivência, mas observa-se que neste estudo as mesmas consideram-se bem humoradas. 3.5.9.2 Grupo 2: Você se considera bem humorada? “Eu sim, pra mim não tem, eu to aqui pra se alegre e pra deixa os outro bem, que que adianta ta mal humorado deixa todo mundo mau, tanta gente precisa de um sorriso, de uma alegria, a gente tem que ta bem humorado e i levando a vida” (1 T).

Esta idosa traz a importância do bom humor a si própria e também ao próximo. Já a idosa (2 V) relata que quando esta acompanhada, seu humor fica melhor “Eu sim,

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as vez eu to quieta, mas quando vem gente eu do risada e proseio, eu fico feliz da vida (2 V)”. Outra idosa, traz que sua relação familiar influenciou em seu humor. “Eu era uma pessoa extremamente divertida, mas depois eu casei o meu marido tem a vida mais fechada, então eu fui acostumando, mas nunca achei falta, mas eu penso assim, a gente podia aproveita i num barzinho i num cinema, isso eu acho falta” (2 U).

Elas trazem que é importante manter o bom humor. “Eu tento ta sempre feliz, porque não dá pra fica triste, porque não resolve nada (3 Y)”. Sabe-se que da mesma forma que o bom humor contagia, o mau humor também. “Eu faço o possível pra se bem humorada por que não gosto de gente carrancuda (3 X). “Eu faço o possível, mas de repente a gente sai da casinha, eu faço o possível pra fica o mais animada (3 Z)”. “As vez eu me incomodo com o marido, mas depois passa (2 W)” .Mais ou menos, eu so bem humorada, mas eu so meio pavio curto, se eu me incomoda eu desço do salto, eu desço da tamanca, eu não so de guarda, o que eu acho que não ta certo eu falo (1 R) As autoras Cruz; Ferreira (2011), observaram que os idosos são caracterizados com expressões negativas pois ainda existem estereótipos de que o envelhecimento traz apenas prejuízos tornando o idoso doente, dependente, chato, rabugento, teimoso, implicante e cheio de manias. Cabe ressaltar que uma pessoa bem humorada não se tornará uma idosa mau humorada apenas pelo fato de ter envelhecido, pois a personalidade é construída diariamente. As autoras reforçam, citando Zimerman (2005). [...]observa no cotidiano que também há jovens rabugentos, ranzinzas, chatos, tristes, cansados e doentes. A personalidade das pessoas não se constrói na velhice, mas se mantém ou se acentuam as características que já possuíam antes (CRUZ; FERREIRA, 2011 p., 149).

3.5.9.3 Grupo 1 e 2: Comparativos Ao comparar as respostas das idosas do Grupo 1 e Grupo 2 perfil (A, B, C) e perfil (R, S, T), observou-se que ambos os grupos possuem uma perspectiva positiva sobre seu humor. Ao comparar as respostas das idosas do Grupo 1 (D, E, F) e Grupo 2 perfil (U, V, W), faixa etária 2 (70 aos 79 anos), observou-se que as idosas do Grupo 1 se consideram bem humoradas, entretanto trazem as doenças e algumas atividades como fatores que alteram seu humor. Com relação ao Grupo 2 as mesmas trazem

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que seu humor já foi bom outras descrevem que existem fatores que lhe incomodam, um deles é sentir-se só. Ao comparar as respostas das idosas do Grupo 1 e Grupo 2 perfil (G, H, I) e perfil (X, Y, Z), faixa etária 3 (80 anos ou mais), observou-se que as idosas do Grupo 1 se consideram felizes, entretanto estar sozinha traz sentimento de tristeza. Com relação ao Grupo 2 as mesmas contam que fazem o possível para ficar bem humoradas. Observou-se que as idosas que participam de grupos de convivência se consideram bem humoradas, entretanto trazem as doenças e algumas atividades como fatores que alteram seu humor. Já as que não participam de grupos de convivência trazem que seu humor já foi bom, outras relatam que existem fatores que lhe incomodam, um deles é sentir-se só. Sendo assim, através de uma análise global da informações, as idosas que participam de grupos trazem com menor frequência aspectos negativos de seu bom humor, e com maior frequência respostas 100% positivas. Quadro 9: Humor Quadro 9: Comparativo da percepção do humor que as idosas descrevem GRUPO 1

GRUPO 2

Faixa Etária 1: 1A

1B 1C

Tem dias que tem os alto e baixo, mas todo mundo tem. Tem meu marido que é bipolar daí as vezes eu fico mal por causa dele, mas daí eu venho no grupo pra me distraí. A eu to sempre feliz, não dá tempo de fica pensando em coisa ruim. A sim, bastante humorada, não tenho do que reclama.

Faixa Etária 1: 1R

1S 1T

Faixa Etária 2: 2D

2E

Eu me considero, não sei se os outro me considera. Eu to sempre feliz não quero fica triste. O médico me falo que eu tinha estresse, mas estresse do que, mas era tudo problema do coração, dai eu fiz a cirurgia e melhorei. Eu sim, enquanto eu não podia faze nada eu não me sentia bem, eu não gosto de joga carta, mas aqui tem um monte de coisa que eu gosto. Eu não so triste, eu

Mais ou menos, eu so bem humorada, mas eu so meio pavio curto, se eu me incomoda eu desço do salto, eu desço da tamanca, eu não so de guarda, o que eu acho que não ta certo eu falo. Eu sim, as vez se a gente se incomoda fica meio ruim, mas assim. Eu sim, pra mim não tem, eu to aqui pra se alegre e pra deixa os outro bem. Que que adianta ta mal humorado deixa todo mundo mau, tanta gente precisa de um sorriso, de uma alegria, a gente tem que ta bem humorado e i levando a vida. Faixa Etária 2:

2U

2V

Eu era uma pessoa extremamente divertida, mas depois qeu casei o meu marido tem a vida mais fechada, então eu fui acostumando, mas nunca achei falta, mas eu penso assim, a gente podia aproveita i num barzinho i num cinema, isso eu acho falta. Eu sim, as vez eu to quieta, mas quando vem gente eu do risada e proseio, eu fico feliz da vida.

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2F

tenho meus loro, meus cachorrinho que daí eu me divirto. Mas ta loco, eu me comparando com outras, eu sempre to feliz, eu me sinto feliz.

2W

As vez eu me incomodo com o marido, mas depois passa.

Faixa Etária 3:

Faixa Etária 3:

3G

A eu sempre so alegre.

3X

3H

Sim, sempre feliz.

3Y

3I

A sim, sim, tenho morada, so feliz. Se eu fico sozinha fico triste.

3Z

Eu faço o possível pra se bem humorada por que não gosto de gente carrancuda. E tento ta sempre feliz, porque não dá pra fica triste, porque não resolve nada. Eu faço o possível, mas de repente a gente sai da casinha, eu faço o possível pra fica o mais animada, pra não dá serviço pros filho, pra não incomoda os vizinho.

Fonte: Ristoff, Scherer, Shubeita, 2014. Fonte: Ristoff, Scherer, Shubeita, 2014.

3.5.10 O que você diria para o grupo oposto As idosas que participam de grupos foram convidadas a dizer livremente uma mensagem ou o que pensam sobre as idosas que não participam de grupos. O mesmo processo foi repetido com as idosas que não participam de grupos, para que elas dissessem uma breve mensagem ou observação sobre as idosas que participam dos grupos. 3.5.10.1 Grupo 1: O que você diria para idosas do grupo 2? “Eu sempre digo pras pessoa que podem participa, que participem, em qualquer grupo, em qualquer reunião de mulher, dá uma auto estima parece que tu fica se achando” (1 C). Areosa; Ohlweiler (2000) apud Almeida et al., (2010, p. 441), “afirmam que a inserção nos grupos de convivência, causa satisfação pessoal, aumento de relacionamentos e o reconhecimento do outro diante do grupo”. Através das falas percebe-se a satisfação das participantes por estarem inseridas nos grupos, vendo que os mesmos lhe oferecem oportunidades de serem valorizadas pelo que fazem, de conhecer lugares novos, viajar, aprender e dar um novo sentido para a razão de viver. “Eles tão perdendo, nós fomos visitar gramado, a gente se apresento conheceu, tem até troféu (2 E)”. “Que é bom, que vale a pena (1 A)”. Relatam que aquelas que não participam estão perdendo muitas oportunidades “Tao perdendo muito, (3 G). “Que é muito bom, aprende bastante coisa (2 D)”.

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O turismo para Foster (1992), traz benefícios à qualidade de vida das idosas, pois liberta da rotina monótona, concretizando um sonho e possibilitando que usufruam melhor sua vida. As idosas atuam como investigadoras de novas participantes para os grupos, além de disseminar os benefícios que as atividades proporcionam em suas vidas. “Ai eu convido todo mundo, convido e insisto porque é muito bom, faz muito bem (1 B)”. “Elas que deem um jeito de participar, quatro paredes só mata, quatro paredes não tem vida, tem que viver nos grupos, quem se aposenta e fica em casa é uma frustração (2 F)”. “Pois e eu não sei, mas não devem se alegre se ficam só em casa, a gente pode caminha tudo, mas isso porque a gente se ajuda (3 I)”. Apesar de seu esforço, sabem que existem aquelas que preferem ou estão impossibilitadas de participar. “A eu fico sentida que eles não vem, eles podiam vim também, mas eles não querem daí a gente não pode faze nada (3 H)”. Guimarães (2013) desenvolveu uma pesquisa que questionava os idosos sobre “o que achavam que sua família pensava sobre sua participação nos grupos”. E constatou que os familiares observam as mudanças na saúde, na qualidade de vida e na inclusão social trazendo benefícios em todos os aspectos. Nesta pesquisa evidenciou-se os benefícios na qualidade de vida através dos relatos das participantes e sua motivação para participar e convidar outras idosas a participar. 3.5.10.2 Grupo 2: O que você diria para idosas do grupo 1? Não existem estudos anteriores que abordam sobre a visão que as idosas que não participam dos grupos possuem em relação aquelas que participam, entretanto neste estudo pode-se observar que estas idosas percebem que os grupos trazem influências positivas na vida das mulheres. Aspecto que pode ser observado através das falas. “É muito bom esses grupo, tem que continua (1 T)”. “Que faz muito bem (2 V)”. “Que é muito legal (3 X)”. Uma das idosas relata que não possui muito interesse nas atividades mas apoia as que participam à continuar a participar “A pra quem gosta tem que aproveitar, mas eu não sinto falta (1 R)”.

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Já as idosas (2 U) e (2 W), expressam que por alguns fatores não podem participar, entretanto reforçam que acham bom que aquelas que podem frequentar estão participando. “Eu digo que bom, se eu pudesse eu também ia (2 U).”; “Eu digo que bom, se eu pudesse também ia, é bunito quem pode participa (2 W)”. Idosas mais longevas acrescentam que as idosas aproveitem ao máximo. “Ai que bom, tem que i mesmo, enquanto pode tem que aproveita, Eu tenho uma amiga que vai e acho bom porque a gente precisa se diverti, se distrai (3 Y)”. “Aproveitam até que podem, até que dá, por que depois quando se entregam aí não tem mais (3 Z)”. Observa-se que em todas as falas as idosas que não participam dos grupos de convivência trazem aspectos positivos da participação, fator positivo, pois mesmo não participando as mesmas tem consciência da função dos grupos em sua qualidade de vida. 3.5.10.3 Grupo 1 e 2: Comparativos Ao comparar o que as idosas que participam de grupos de convivência diriam para as que não participam e o que as que não participam de grupos diriam às que participam, foi possível observar que as idosas que participam, perfil (A, B, C) trazem aspectos positivos da participação nos grupos, e convidam aquelas que não participam a frequentar. Já as idosas do Grupo 2, que não participam, perfil (R, S, T), uma delas trouxe que tem que gostar, já a outra incentiva para que as que participam continuem participando. Ao comparar as respostas das idosas do Grupo 1 (D, E, F) e Grupo 2 perfil (U, V, W), faixa etária 2 (70 aos 79 anos), observou-se que as idosas do grupo 1 relatam que aprendem muito nos grupos, além de ter a possibilidade de viajar e conhecer outros lugares bem como a convivência com outras idosas. Já as idosas que não participam gostariam de participar, entretanto existem fatores que as impossibilitam. Ao comparar as respostas das idosas do Grupo 1 e Grupo 2 perfil (G, H, I) e perfil (X, Y, Z), faixa etária 3 (80 anos ou mais), as idosas que participam de grupos relatam que as que não participam estão perdendo muito por não participarem dos grupos, elas fazem sua parte ao convidar, mas sabem que a vontade não depende somente delas. Já as idosas que não participam dizem para aquelas que participam

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para continuar até que podem, pois sabem que lá elas se distraem se divertem, o que torna o envelhecimento mais saudável. De um modo geral, observou-se que as idosas que participam de grupos estão satisfeitas e sabem dos benefícios dos grupos e por isso convidam e incentivam outras idosas a participarem trazendo mensagens motivacionais para que se sintam acolhidas pelos grupos, já as idosas que não participam dos referidos grupos possuem seus motivos para não participar, entretanto têm consciência do quão benéfico são os grupos e as atividades que eles desenvolvem, e incentivam para que aproveitem ao máximo as atividades. Quadro 10: O que você diria para as idosas Quadro 10: Comparativo do ponto de vista das idosas sobre o grupo oposto GRUPO 1

GRUPO 2

Faixa Etária 1:

Faixa Etária 1:

1A

Que é bom, que vale a pena.

1R

1B

Ai eu convido todo mundo, convido e insisto porque é muito bom, faz muito bem. que participem, em qualquer grupo, em qualquer reunião de mulher, dá uma auto estima parece que tu fica se achando.

1S

1C

1T

Faixa Etária 2: Que é muito bom, aprende bastante coisa.

2U

2E

Eles tão perdendo, nós fomos visitar gramado, a gente se apresento Elas que deem um jeito de participar, quem se aposenta e fica em casa é uma frustração.

2V 2W

Faixa Etária 3: 3G 3H

Tao perdendo muito, A eu fico sentida que eles não vem, eles podiam vim também, mas eles não querem daí a gente não pode faze nada. 3I Pois e eu não sei, mas não devem se alegre se ficam só em casa, a gente pode caminha tudo, mas isso porque a gente se ajuda. Fonte: Ristoff, Scherer, Shubeita, 2014. Fonte: Ristoff, Scherer, Shubeita, 2014.

É muito bom esses grupo, que tem que continua. Faixa Etária 2:

2D

2F

A pra quem gosta tem que aproveitar, mas eu não sinto falta. Não sei.

Eu digo que bom, se eu pudesse eu também ia. Que faz muito bem. Eu digo que bom, se eu pudesse também ia, é bunito quem pode participa. Faixa Etária 3:

3X 3Y

Que é muito legal. Ai que bom, tem que i mesmo, enquanto pode tem que aproveita.

3Z

Aproveitam até que podem, até que dá, por que depois quando se entregam aí não tem mais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS Este estudo procurou comparar a qualidade de vida das mulheres idosas que participam de grupos de convivência com a qualidade de vida de mulheres idosas que não participam de grupos de convivência. A escolha por este gênero específico da população se deu pelo fato das mulheres serem mais participativas no cuidado de sua saúde fato que corrobora a serem mais participativas em grupos de convivência. Com esta pesquisa pode-se observar que o conhecimento sobre os grupos de convivência pelas idosas que participam ocorre principalmente através de informações e orientações dos agentes comunitários de saúde, reafirmando a importância dos profissionais da saúde como percussores na divulgação dos grupos e das atividades que eles desenvolvem, bem como dos benefícios à saúde que os mesmos trazem. Ao observar os motivos que levam as idosas a participar ou a não participar dos grupos, ressaltasse que o principal motivo que as levam a participar é a preocupação com a saúde e observa-se que depois que iniciam a frequentar os grupos as idosas não faltam aos encontros e também dificilmente desistem, pois desenvolvem atividades que atendem suas necessidades, as deixam satisfeitas, além de perceber os benefícios à sua saúde e seu bem estar. Já à não participação nos grupos de convivência se dá devido à dificuldade de acesso, que também foi uma das hipóteses comprovadas, pois algumas idosas não participam por não ter um meio de condução até o grupo, fator que poderia ser modificado para facilitar este acesso, seja através da disponibilidade de transporte ou também pelo desenvolvimento de práticas de saúde migrativas, que possam se descolar até a residência da idosa ou próximo a ela. Entretanto outras relatam que não participam devido à falta de interesse e também pelos cuidados com familiares

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doentes, neste caso é necessário mais pesquisas acerca dos interesses das idosas que não participam de grupos. O uso de medicamento ser mais frequente por idosas que não participam de grupos de convivência foi uma das hipóteses comprovadas, pois neste estudo todas idosas que não participam de grupos de convivência faziam uso de algum tipo de fármaco. Idosas que participam de grupos de convivência também fazem uso de medicamentos, entretanto em menor quantidade, sendo que algumas delas não utilizam nenhum. Umas das necessidades foi conhecer as atividades que os grupos realizam, e as atividades que as idosas gostarias que realizassem. As idosas que participam de grupos de convivência reforçam que estão muito satisfeitas com as atividades que os grupos desenvolvem relatam participar de atividade de artesanato, ginástica, canto, dança, hidroginástica, bingo, informática, viagens e diversas outras atividades e sentem-se à vontade em sugerir atividades que o grupo não realiza, como dança de salão, teatro, zumba e fisioterapia, fator muito importante em conhecer, pois assim as atividades podem ser remanejadas conforme o interesse das idosas mantendo a frequência da participação sempre elevada. Estas atividades que os grupos desenvolvem contribuem na melhora da qualidade de vida através da interação social, das atividades musculares que proporcionam força, equilíbrio, ativam a memória a coordenação motora, além de manter as idosas sempre ativas. Já as idosas que não participam de grupos de convivência apresentaram conhecimento limitado sobre a existência e as atividades dos grupos, observa-se que este conhecimento está focado em atividade de bailes e ginásticas trazendo uma imagem limitada das atividades que os grupos desenvolvem, o que leva a acreditar que seja um dos fatores para que não participem dos grupos. Ressaltasse a importância da intensificação do estímulo para que comecem a participar, é muito importante levar ao conhecimento da população as atividades que os grupos desenvolvem para que as mesmas possam conciliar com seus interesses. Ampliar a divulgação da existência dos grupos na rádio, televisão e também por intermédio da equipe de saúde, facilitar o acesso das idosas através de transportes gratuitos também contribuirá para maior participação.

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Uma das hipóteses era de que idosas que participam de grupos de convivência são mais bem humoradas que idosas que não participam, esta hipótese foi comprovada pois as idosas que participam de grupos em todas as falas relataram manter o bom humor, já as idosas que não participam relataram que nem sempre estão bem humoradas, mas que fazem o possível. Vale ressaltar que o humor não modifica com o envelhecimento, idosas bem humoradas não se tornarão mal humoradas apenas por que envelheceram, mas reforçasse que o grupo influencia positivamente no bom humor, pois nos grupos as idosas compartilham suas histórias e percebem que existem outras pessoas passando pela mesma situação, ou diversas vezes por situações piores, e isto faz com que as mesmas passem a valorizar a simplicidade de viver. Já as idosas que não participam de grupos não possuem com quem compartilhar suas experiências e isto traz angústias pois acreditam que são as únicas passando por dificuldades o que as levam a crer que não possuem uma vida tão boa quanto as outras idosas e isto acaba interferindo diretamente em seu humor. Outra hipótese comprovada é que idosas que participam de grupos de convivência possuem uma saúde melhor, poias além de estarem satisfeitas com sua saúde, frequentemente abordam que os grupos vem ajudando a melhorar cada vez mais a qualidade de vida, já as idosas que não participam de grupos de convivência relatam seus problemas de saúde com mais frequência fator que poderia ser melhorado através da participação em grupos de convivência. Cada idosa possui uma avaliação sobre o que necessitam para ter qualidade de vida, e observa-se que a interação social é um fator primordial para as idosas que participam de grupos de convivência pois faz com que as idosas não se sintam sozinhas tendo com quem compartilhar seus medos, angústias e conquistas. Para as que não participam de grupos de convivência observam a importância do apoio da família, e frequentemente possuem pouca interação social, os familiares são seus principais vínculos, geralmente o que se observa é que normalmente existe uma diferença de idade entre as idosas e seus familiares A diferença de idade entre as idosas e seus familiares traz dificuldade de interesses, pois idosas que não participam de grupos de convivência costumam ter mais tempo livre e querem preencher este tempo compartilhando suas angústias e

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suas conquistas, e muitas vezes seus familiares não conseguem satisfazer estas necessidades pois estão envolvidos com o trabalho e a necessidade de sustentar sua família. E este tempo viável de idosas que não participam de alguma atividade quando não é bem direcionado pode leva-las ao sentimento de inutilidade, fato que poderia ser revertido com a participação em grupos de convivência pois assim teriam maior interação social com pessoas de mesma faixa etária e com interesses semelhantes. Outra hipótese comprovada foi que idosas que não participam de grupos de convivência possuem mais tempo disponível que idosas que participam dos referidos grupos, com a comprovação desta hipótese é importante ficar atento para que estas idosas ocupem seu tempo disponível em outras atividades para evitar o sentimento de inutilidade. A problematização desta pesquisa foi entender quais as influências que a participação nos grupos de convivência trazem para a qualidade de vida das idosas, e através deste estudo observou-se que a participação traz diversos aspectos positivos, as mesmas não se sentem sós, pois possuem pessoas com os mesmos interesses que podem estar compartilhando suas vivências além de ocupar seu tempo disponível em atividades benéficas a sua saúde que os grupos desenvolvem. A satisfação com os benefícios que as atividades trazem na melhoria da saúde, menor necessidade de uso de medicamentos. E observa-se que o grupo traz influências positivas, pois as idosas convidam e incentivam aquelas que não participam de grupos para começar a participar. Outra hipótese é que idosas que participam de grupos de convivência recomendam outras idosas a participar, esta hipótese foi comprovada pelas que participam de grupos de convivência e reafirmada pelas idosas que não participam dos grupos, pois as mesmas tem consciência dos benefícios e relatam que aquelas que participam não devem deixar de participar. A principal curiosidade desta pesquisa esteve direcionada em identificar se idosas que participam de grupos de convivência possuem melhor qualidade de vida, ou idosas que não participam dos referidos grupos. Para esta avaliação foi levado em consideração a subjetividade de cada idosa, e o que pode-se observar é que independentemente da idade elas frequentemente consideram boa sua qualidade de vida, entretanto idosas que participam de grupos de convivência traziam aspectos

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mais positivos em suas falas do que as idosas que não participam de grupos de convivência. Apenas a avaliação subjetiva de cada idosa sobre sua qualidade de vida não seria suficiente para produzir dados minuciosos sobre a qualidade de vida, para isso foram utilizados diversos testes e analisados todos os instrumentos de pesquisa para que as mesmas pudessem ser avaliadas de maneira congruente. O que foi possível identificar, é que idosas que participam de grupos de convivência apresentaram melhores pontuações em todos os testes aplicados, bem como através de seus relatos pode-se perceber que as mesmas são frequentemente mais bem humoradas, utilizam menos medicamentos e estão mais satisfeitas com sua saúde. Em suma, pode-se concluir, através dos resultados apontados, que as idosas que participam de grupos de convivência apresentam melhor qualidade de vida em comparação a idosas que não participam dos referidos grupos. Desta forma ressaltasse a importância do incentivo à participação nos grupos a fim de contribuir para uma qualidade cada vez melhor, com mais autonomia e independência tornando o envelhecimento cada vez mais prazeroso.

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APÊNDICES

APÊNDICE A – Roteiro da Entrevista Grupo 1 APÊNDICE B – Roteiro da Entrevista Grupo 2 APÊNDICE C – Diário De Bordo APÊNDICE D – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido APÊNDICE E – Termo de Ciência do Orientador APÊNDICE F – Termo de Autorização para Pesquisar os Grupos

APENDICE A – Roteiro da Entrevista Grupo 1

Você está sendo convidada a responder este formulário que é completamente anônimo. Ele faz parte da coleta de dados da pesquisa “Qualidade de vida das mulheres idosas: a influência da participação em grupos de convivência”, sob responsabilidade dos pesquisadores Prof MS. Fauzi De Moraes Shubeita e Profª Carlice Maria Scherer (SETREM). Caso você concorde em participar da pesquisa, você será esclarecida da seguinte: a) que você é livre para, a qualquer momento, recusar a responder às perguntas que ocasionem constrangimentos de alguma natureza; b) que você pode deixar de participar da pesquisa e não precisa apresentar justificativas para isso; c) que sua identidade será mantida em sigilo; f) que caso você queira, poderá ser informada de todos os resultados obtidos, independente do fato de mudar seu consentimento em participar da pesquisa. PERFIL DOS IDOSAS QUE PARTICIPAM DE GRUPOS DE CONVIVÊNCIA 1- Idade:_____ 2- Estado Civil:

( )solteira

( )casada

3- Grau de escolaridade: ( )1º grau

( )2º grau

( )viúva

( )divorciada

( )3º grau

4- Reside: ( )Zona rural ( )Zona urbana 5- Possui familiares próximo de onde reside?: ( )sim

(

)não

6- Mora sozinha ou com familiares?_______________________________________ 7- Quantos filhos vivos possui?___________________________________________ 8- Com que idade se aposentou?_________________________________________

119

9- Qual sua profissão?__________________________________________________ 10- Qual sua renda atual: ( )não possui renda ( )1 salário min. ( )2 salários min. ( )3 salários min.

( )Superior a 3 salários min.

11- Possui auxílio financeiro de outros familiares: ( )sim ( )não Quem?__________ 12- Você ajuda financeiramente algum familiar: ( )sim ( )não (se sim, Quantos?___)

IDOSAS QUE PARTICIPAM DE GRUPOS DE CONVIVÊNCIA 1. Como você ficou sabendo do grupo? 2. Quais motivos te levaram a participar do grupo? 3. Quais atividades o grupo desenvolve, você frequenta mais que um grupo, que atividades do grupos você mais gosta e qual atividade você gostaria que tivesse? 4. O que você acredita ser preciso para ter qualidade de vida qualidade? 5. Como você considerava sua qualidade de vida antes dos grupos? 6. Qual sua percepção sobre sua saúde? 7. No seu dia a dia sobra tempo ou falta tempo para fazer o que precisa? 8. Quantos medicamentos você utiliza por dia, e pra que? 9. Você se considera bem humorado? 10. O que você diria para idosas que não participam de grupos de convivência?

APENDICE B – Roteiro da Entrevista Grupo 2

Você está sendo convidada a responder este formulário que é completamente anônimo. Ele faz parte da coleta de dados da pesquisa “Qualidade de vida das mulheres idosas: a influência da participação em grupos de convivência”, sob responsabilidade dos pesquisadores Prof MS. Fauzi De Moraes Shubeita e Profª Carlice Maria Scherer (SETREM). Caso você concorde em participar da pesquisa, você será esclarecida da seguinte: a) que você é livre para, a qualquer momento, recusar a responder às perguntas que ocasionem constrangimentos de alguma natureza; b) que você pode deixar de participar da pesquisa e não precisa apresentar justificativas para isso; c) que sua identidade será mantida em sigilo; f) que caso você queira, poderá ser informada de todos os resultados obtidos, independente do fato de mudar seu consentimento em participar da pesquisa. PERFIL DOS IDOSAS QUE NÃO PARTICIPAM DE GRUPOS DE CONVIVÊNCIA 1- Idade:_____ 2- Estado Civil:

( )solteira

( )casada

3- Grau de escolaridade: ( )1º grau ( )2º grau

( )viúva

( )divorciada

( )3º grau

4- Reside: ( )Zona rural ( )Zona urbana 5- Possui familiares próximo de onde reside?: ( )sim

(

)não

6- Mora sozinha ou com familiares?_______________________________________ 7- Quantos filhos vivos possui?___________________________________________ 8- Com que idade se aposentou?_________________________________________

121

9- Qual sua profissão?__________________________________________________ 10- Qual sua renda atual: ( )não possui renda ( )1 salário min. ( )2 salários min. ( )3 salários min.

( )Superior a 3 salários min.

11- Possui auxílio financeiro de outros familiares: ( )sim ( )não Quem?__________ 12- Você ajuda financeiramente algum familiar: ( )sim ( )não (se sim, Quantos?___)

IDOSAS QUE NÃO PARTICIPAM DE GRUPOS DE CONVIVÊNCIA

1. Você sabia que existem grupos de convivência de idosos? 2. Por quais motivos você não participa dos grupos? 3. Você sabe quais atividades o grupo desenvolve? 4. O que você acredita ser preciso para ter qualidade de vida qualidade? 5. Como você considera sua qualidade de vida? 6. Qual sua percepção sobre sua saúde? 7. No seu dia a dia sobra tempo ou falta tempo para fazer o que precisa? 8. Quantos medicamentos você utiliza por dia, e para que? 9. Você se considera bem humorado? 10. O que você diria para idosas que participam de grupos de convivência?

APENDICE C – Diário de Bordo

Título da pesquisa: Qualidade de vida dos idosos: a influência da participação em grupos de convivência Pesquisadora: Tiéle Morgana Ristoff. Professor orientador: Fauzi de Moraes Shubeita Local:: _____________________________________________________________ Data: ___/____/_______ Hora:_______________

Inicio:

fim:

Estado emocional: ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ Expressões marcantes: ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ __________________________________________________________________

APENDICE D - Termo de Ciência do Orientador

APENDICE E – Termo de Autorização para Pesquisa aos Grupos

Título da pesquisa: Qualidade de vida das mulheres idosas: a influência da participação em grupos de convivência

125

APENDICE F – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Título da pesquisa: Qualidade de vida das mulheres idosas: a influência da participação em grupos de convivência Pesquisadora: Tiéle Morgana Ristoff. Professor orientador do projeto: Paulo Fábio Pereira Professor orientador do TCC: Fauzi De Moraes Shubeita Professora co-orientadora do TCC: Carlice Maria Scherer

Você está sendo convidada como voluntária a participar da pesquisa: “Qualidade de vida das mulheres idosas: a influência da participação em grupos de convivência. Sob execução da acadêmica/pesquisadora Tiéle Morgana Risttoff, sob responsabilidade dos orientadores Fauzi De Moraes Shubeita e Carlice Maria Scherer. Vários estudos abordam sobre a necessidade de desenvolver atividades com os idosos objetivando garantir melhor qualidade de vida, pois, conforme Assis e Martin (2010) “investigar a velhice de hoje é preparar as futuras gerações para uma velhice melhor” (p.57). Sendo assim, o objetivo deste projeto é comparar a qualidade de vida das mulheres idosas que participam de grupos de convivência, com a qualidade de vida das que não participam para garantir qualidade de vida do envelhecimento das futuras gerações. Você terá em qualquer etapa do estudo, acesso à pesquisadora responsável para esclarecimento de eventuais dúvidas, bem como a possibilidade de retirar seu consentimento da participação na pesquisa, sem nenhuma penalidade ou perda de benefícios aos quais tenha direito. Objetivo da pesquisa: a finalidade desta pesquisa é comparar a qualidade de vida dos idosas que participam de grupos de convivência com a qualidade de vida de idosos que não participam de grupos.

126

Procedimentos: sua participação nesta pesquisa consistirá em participar de forma voluntária para responder algumas questões referentes à sua qualidade de vida. O procedimento de coleta de dados acorrerá através da aplicação de um formulário semiestruturados com perguntas abertas e fechadas, a mesma será gravada para facilitar a transcrição dos dados, entretanto sua imagem será preservada. Benefícios: os benefícios serão diretos e indiretos, pois as informações coletadas fornecerão subsídios para a construção de conhecimento em saúde e enfermagem, bem como novos métodos a serem aprimorados para melhorar cada vez mais a qualidade de vida das idosas. Para

a

pesquisadora,

possibilitará

implementar

na

prática

estes

conhecimentos como futura enfermeira, como filha e também como futura idosa. E para a participante, acredita-se que, indiretamente, a participação na entrevista possa contribuir para que reflita sobre sua própria qualidade de vida, tornando-se agente desse processo. Riscos: você, a princípio, não sofrerá risco. E caso venha a sentir desconforto, ou invasão de sua individualidade a pesquisa será interrompida. Sigilo: as informações fornecidas por você serão tratadas com padrões profissionais de sigilo tendo sua privacidade garantida pela pesquisadora responsável, e você não será identificado em nenhum momento. Os resultados serão enviados para você, caso desejar. Seu nome ou o material que indique a sua participação não será liberado sem sua permissão. Todas as informações obtidas neste estudo serão de propriedade da pesquisadora e ficarão armazenadas pelo prazo de cinco anos, após este período os dados serão destruídos. Os dados após tabulados e analisados serão utilizados para desenvolvimento do Trabalho de Conclusão de Curso, podendo, ainda, aproveitar os resultados para construção de artigos para publicação em revistas científicas ou apresentação em eventos científicos. Despesas: não haverá despesas para vocês com a pesquisa. Também não há compensação financeira relacionada à sua participação.

127

Eu_____________________________________________fui informada a respeito do que li ou do que foi lido para mim, quais serão os propósitos do estudo, os objetivos e métodos da coleta de dados, sobre minha participação, seus benefícios, desconfortos e riscos, as garantias de confidencialidade e de esclarecimentos permanentes, sei que em qualquer momento poderei solicitar novas informações e modificar minha decisão se assim o desejar. Sendo assim, declaro que concordo em participar deste estudo. Recebi uma cópia deste termo de consentimento livre e esclarecido e me foi dada a oportunidade de ler e esclarecer minhas dúvidas.

_________________

_______________

___/___/___

Nome da participante

Assinatura

Data

_________________

_______________

___/___/___

Tiéle Morgana Ristoff

Assinatura

Data

ANEXO A – Escala de Avaliação de Atividades Básicas de Vida Diária

Escala das Atividades Básicas de Vida, Modificado de Katz S, Downs TD, Cash HR et al. Gerontologist, 1970; 10:20-30. (FREITAS, 2002). Quadro 11: Escala de Avaliação das Atividades Básicas de Vida Diária , Atividade

Independente

1. Banho

Não recebe ajuda ou somente recebe ajuda para uma parte do corpo Pega as roupas e se veste sem qualque ajuda, exceto para amarrar os sapatos Vai ao banheiro, usa o banheiro, veste-se e retorna sem qualquer ajuda (pode usar andador ou bengala) Consegue deitar na cama, sentar na cadeira e levantar sem ajuda (pode usar andador ou bengala) Controla completamente fezes e urina Come sem ajuda (exceto para cortar carte ou passar manteiga no pão)

2. Vestir-se 3. Higiene Pessoal 4. Transferência 5. Continência 6. Alimentação

Escore: 6 pontos = independência 4 pontos = dependência parcial 2 pontos = dependência importante

Fonte: Apóstolo, 2012.

Sim

Não

ANEXO B - ESCALA DE AVALIAÇÃO DE ATIVIDADES INSTRUMENTAIS DE VIDA DIÁRIA

Escala de Avaliação das Atividades Básicas de Vida Diária, Modificado de Katz S, Downs TD, Cash HR et al. Gerontologist, 1970; 10:20-30. (FREITAS, 2002). Quadro 12: Escala de Avaliação das Atividades Básicas de Vida Diária Atividade 1

A Sra consegue usar o telefone?

2

A Sra consegue ir a locais distantes, usando algum transporte, sem necessidade de planejamentos especiais?

3

A Sra consegue fazer compras?

4

A senhora consegue preparar suas próprias refeições?

5

A senhora consegue arrumar a casa?

6

A senhora consegue fazer trabalhos manuais domésticos, como pequenos reparos?

7

A senhora consegue lavar e passar sua roupa?

8

A senhora consegue tomar seus remédios na dose e horários corretos?

9

A senhora consegue cuidar de suas finanças?

Total:____________

Fonte: Apóstolo, 2012.

Avaliação Sem ajuda Com ajuda parcial Não consegue Sem ajuda Com ajuda parcial Não consegue Sem ajuda Com ajuda parcial Não consegue Sem ajuda Com ajuda parcial Não consegue Sem ajuda Com ajuda parcial Não consegue Sem ajuda Com ajuda parcial Não consegue

3 2 1 3 2 1 3 2 1 3 2 1 3 2 1 3 2 1

Sem ajuda Com ajuda parcial Não consegue Sem ajuda Com ajuda parcial Não consegue Sem ajuda Com ajuda parcial Não consegue

3 2 1 3 2 1 3 2 1

ANEXO C - ESCALA DE AVALIAÇÃO DO EQUILÍBRIO E DA MARCHA DE TINNETI

Escala de Avaliação do Equilíbrio e da Marcha de Tinneti: Adaptado de Tinetti M. Journal of the American Geriatric Society, 1986;34:119-126. (FREITAS, 2002). Quadro 13: Escala de Avaliação do Equilíbrio e da Marcha de Tinneti. EQUILIBRIO Comece a avaliação com a pessoa idosa sentada em uma cadeira sem braços. As seguintes manobras serão testadas: Equilíbrio sentado Escorrega 0 1 Equilibrado 1 Incapaz 0 2 Levantar Utiliza os Braços como apoio 1 Levanta-se sem apoiar os braços 2 Incapaz 0 3 Tentativas para levantar Mais de uma tentativa 1 Tentativa Única 2 Desequilibrado 0 4 Assim que levanta (primeiros 5 segundos) Estável mas utiliza suporte 1 Estável sem suporte 2 Desequilibrado 0 5 Equilíbrio em pé Suporte ou pés afastados >12 cm 1 Sem suporte e base estreita 2 Teste dos três campos (o examinador Começa a cair 0 6 empurra levemente o eterno da pessoa Garra ou balança os braços 1 idosa que deve ficar com os pés juntos) Equilibrado 2 Desiquilibrado 0 7 Olhos fechados (pessoa idosa em pé, com Instável 0 os pés juntos) Equilibrado 1 Passos descontínuos 0 8 Girando 360º Instável (desequilíbrio) 1 Equilibrado 2 Inseguro (erra a distância, cai na cadeira) 0 9 Sentado Utiliza os braços ou movimentação abrupta 1 Seguro, movimentação suave 2 Pontuação do Equilibrio: ________/16

MARCHA A pessoa idosa deve estar em pé, caminhar pelo corredor ou pela sala no passo normal, depois voltar com passos rápidos, mas com segurança usando o suporte habitual (bengala, andador).

131

10

Início da marcha

11

Comprimento e altura dos passos

12

Simetria dos passos

13

Continuidade dos passos

14

Direção

15 Tronco

16

Distância dos tornozelos

Hesitação ou várias tentativas para iniciar Sem hesitação a) Pé direito: Não ultrapassa o pé esquerdo Ultrapassa o pé esquerdo Não sai completamente do chão Sai completamente do chão b) Pé esquerdo: Não ultrapassa o pé direito Ultrapassa o pé direito Não sai completamente do chão Sai completamente do chão Passos diferentes Passos semelhantes Paradas ou passos descontínuos Passos contínuos Desvio nítido Desvio leve ou moderado ou uso de apoio Linha reta sem apoio (bengala ou andador) Balanço grave ou uso de apoio Flexão dos joelhos ou dorso ou abertura dos braços enquanto anda

0 1

Sem flexão, balanço, não usa os braços nem apoio

2

Tornozelos separados Tornozelos quase se tocam enquanto anda

0 1

Pontuação da Marcha:________/12

PONTUAÇÃO TOTAL: (equilíbrio + marcha) = ______/28

Fonte: Ministério da Saúde, 2007

0 1 0 1 0 1 0 1 0 1 0 1 0 1 2 0 1

ANEXO D: MINI EXAME DO ESTADO MENTAL

Versão do MEEM (Bertolucci et al., 1994.) Mini exame do estado mental (Folstein, Folstein &McHugh, 1975). (FREITAS, 2002) Quadro 14: Mini Exame do Estado Mental

1. orientação temporal

Em que dia estamos?

2. orientação espacial

Onde estamos?

3. repita as palavras

Peça ao idoso para repetir as palavras depois de dizê-las repita os objetos até que o entrevistado o aprenda (máximo 5 repetições)

4. cálculo

A senhora faz cálculos

4a calculo

Se de R$ 100,00 fossem tirados R$7,00 quanto restaria. E se tirarmos mais R$ 7,00 (total 5 subtrações)

4b. Soletre a palavra MUNDO de trás para frente

4a calculo

Se de R$ 100,00 fossem tirados R$7,00 quanto restaria. E se tirarmos mais R$ 7,00 (total 5 subtrações)

5. memorização

Repita as palavras que disse a pouco

6. linguagem

Mostre um relógio e uma caneta e peça ao idoso para nomeá-los

Ano Semestre Mês Dia Dia da semana Estado Cidade Bairro Rua Local Caneca Tijolo Tapete

1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Sim (vá para 4a) Não (vá para 4b) 93 86 79 72 65 O D N U M

1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Caneca Tijolo Tapete Relógio

1 1 1 1

Caneta

1

133

7. linguagem

Repita a frase:

8. Linguagem

Siga uma ordem de três estágio

9. linguagem

Escreva em um papel: “feche os olhos”. Peça ao idoso para que leia a ordem e execute

10. linguagem

Peça ao idoso para escrever uma frase completa.

NEM AQUI, NEM ALI, NEM LÁ Pegue o papel com a mão direita Dobre-o ao meio Ponha-o no chão Feche os olhos

1 1 1 1 1

1 1

11. linguagem

Copie o desenho

Fonte: Apóstolo, 2012

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