Quando a viagem artística se cruza com a viagem pessoal

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O sucesso do romance gráfico "Portugal" (publicado em França em 2011) de Cyril Pedrosa serve de pretexto para a reflexão que aqui propomos sobre o significado da viagem - ou de uma determinada viagem - na obra do artista que a empreende. Ao escrever (e desenhar) "a viagem importante" da sua vida, Cyril Pedrosa "transforma a experiência em consciência" (André Malraux). Como é que a prática da viagem e a deslocação a um país estrangeiro - descoberto ou redescoberto - orientam a percepção do artista? Como é que esta experiência do saber de si e do mundo se prolonga no plano artístico e quais são, por sua vez, os efeitos produzidos pela obra criada a partir dessa experiência? Entrar na geografia de um escritor, de um pintor, de um desenhador, de um realizador é entrar na própria matéria do seu olhar, significa compreender a partir de que lugares ele cria e inventa. A reflexão sobre a obra gráfica de Cyril Pedrosa é a resposta ao convite que nos foi dirigido é a resposta ao convite que nos foi dirigido para participar no colóquio Arte e Viagem, mas assume nesta publicação - que precede o próprio colóquio - um carácter ainda exploratório. Ela enquadra-se na exploração das linhas com que se cose toda uma geração de autores, filhos de portugueses emigrados em França durante o Estado Novo, entre os quais destacaremos a fotógrafa Aurore de Sousa, o escritor Carlos Batista e o realizador José Vieira.
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