I- Conferência Nacional dos Advogados
Redes Sociais Numa Democracia Emergente Prof. Doutor Celestino Joanguete E-mail:
[email protected]
Bilene, 13-14 de Novembro de 2015
Abordagens
1. Sistemas Democráticos e a Comunicação II. Democracia e as Redes Sociais III. Novas Formas de Participação Política IV. Democracia Monitorizada pelas Redes Sociais V. Redes Sociais e as Democracias Emergentes
Os sistemas democráticos e a comunicação
Os sistemas democráticos e a comunicação tiveram uma relação muito extreita As suas engrenagens estavam conectados por múltiplos vínculos que se necessitavam mutuamente.
Sistemas Democráticos e a Comunicação (2)
A democracia e a comunicação estão afectados por fenómenos de mudança, que vão desde questionamento dos mecanismos representativos políticos a emergência de novos movimentos sociais nas redes da Internet, que resultam das inovações tecnológicas.
Democracia e as Redes Sociais (1)
As Redes Sociais da Internet estão impor a sua presença na vida cotidiana do cidadão e da política. O seu carácter transformador está propiciar a redefinição das relações e os vínculos entre a democracia e a comunicação (Castells, 2009).
Democracia e as Redes Sociais (2)
As Redes Sociais da Internet podem contribuir para solucionar os problemas actuais da democracia ou pode criar novos conflitos.
Democracia e as Redes Sociais (3)
O surgimento dos movimentos sociais, meados do Sec. XX, que contribuiram para o auge de um novo tipo de organizações (ONG, por exemplo), com impulso dos meios de comunicação e a criação de opinião pública partilhada, marcaram o inicio de Séc. XXI
Novas Formas de Participação Política (1)
A erupção das Redes Sociais da Internet são acompanhadas pela multiplicação de novas formas de expressão e participação política: manifestações, surgimento de plataformas de escrutínio digitais, meios de comunicação alternativos, plataformas cidadãs de defesa de serviços públicos, iniciativas legislativas populares, petições on line, etc.
Novas Formas de Participação Política (2) Ferramentas de monitoria política em África Ushahidi Ushahidi, que significa "testemunho" em suaíli, foi desenvolvido para mapear os relatos de violência no Quênia após a violência pós-eleitoral em 2008. Desde então, milhares de pessoas têm usado as nossas ferramentas de crowdsourcing
Novas Formas de Participação Política (3) Trata-se de uma inovação da sociedade civil na observação eleitoral, sob mentoria de quatro organizações, nomeadamente: Observatório Eleitoral, Ordem dos Advogados de Moçambique, Associação Olho do Cidadão e Centro de Aprendizagem e Capacitação da Sociedade Civil.
Novas Formas de Participação Política (4) Narrativas Independentes, Jornalismo e Acção (NINJA).
Novas Formas de Participação Política (5)
Occupy Wall Street
Novas Formas de Participação Política (6)
Primavera Árabe
Novas Formas de Participação Política (7)
Activistas Sociais Angolanos ( Os Revus)
Novas Formas de Participação Política(8)
Muitas destas iniciativas tem explorado as potencialidades oferecidas pelas Redes Sociais da Internet para a monitorização das actividades dos governos e mobilização social.
Portanto, estamos perante uma democracia monitorizada, politica filmada, denúncia cívica, denúncia anónima, vigilância, petição,
Democracia Monitorizada pelas Redes Sociais da Internet (1)
A democracia monitorizada significa que os sistemas democráticos representativos encontram, face a erupção de novas dinámicas, desafios que alteram a arquitectura de governos fechados, que perdem certo protagonismo frente aos actores periféricos que exercen monitoria e avaliação sobre os centros do poder.
Democracia Monitorizada pelas Redes Sociais da Internet (2)
Destacadas redes sociais como Facebook, blogs,Twitter, youtube, Skype, e outras adquirem uma crescente presença no nosso dia a dia.
Democracia Monitorizada pelas Redes Sociais da Internet (3)
Vivemos numa era revolucionária de abundância comunicativa, na qual há numerosas inovações de media e ferramentas de comunicação digital: conexões de Banda Larga, Smatphone, Tablets, livros electrónicos, etc.
Democracia Monitorizada pelas Redes Sociais da Internet (4)
As mudanças nos movimentos sociais estão relacionadas com as transformações importantes na estrutura social moderna. Têm acontecido muitas mudanças notáveis a medida que o auge da globalização neoliberal transformou as estruturas sociais, a vida social quotidiana e os sistemas de comunicação. (Giddens, 1991; Bauman, 2000; Giles Lipovetsky).
Democracia Monitorizada pelas Redes Sociais da Internet (5) O cidadão
da actualidade é responsável pela criação e distribuição de informação pelas redes sociais. Exemplo: O YouTube tem mais de um bilhão de usuários, quase um terço dos usuários da Internet e, a cada dia, as pessoas assistem a milhões de horas de vídeos no YouTube e geram bilhões de visualizaçõe.
Redes Sociais e as Democracias Emergentes (1)
Desafios politicos
Face ao desenvolvimento da massa crítica potenciada pelas redes sociais da Internet, alguns governos sentem dificuldades em controlar os seus cidadão (Schimidt e Cohen, 2013). Outros governos consideram demasiado arriscado terem milhares de cidadãos em situação de anonimato, indetectáveis e impossível de policiar. (ibdem, 2013)
Redes Sociais e as Democracias Emergentes (2)
Desafios nos sistemas de justiça
Delinquência informática e a cibercriminalidade Llinares (2012), a cibercriminalidade configura-se na categoria de delitos informáticos, ou seja, é comportamentos delitivos realizados através de processos electrónicos que apresentam características atípicas, tanto pelo meio utilizado como pelo objecto sobre o qual recai o crime.
Redes Sociais e as Democracias Emergentes (3) Será que os cibercrimes requerem uma modificação das penas existentes para sua adaptação as novas realidades informáticas ou a criação de novas medidas penais que responde a novo tipologia de crime? Ao fim e ao cabo, a Internet é a rede sobre a qual se realizam todos os ciberdelitos ( Hackers, Crackers, Frickers) agrupados na categoria de delitos informáticos, “Deep Internet” o meio apropriados onde ocorrem a maioria destes cibercrimes.
Redes Sociais e as Democracias Emergentes (4)
Desafios aos media tradicionais
O rápido crescimento das taxas de penetração da Internet, as redes sociais da Internet, a massificação das plataformas como os Smartphones, Tablets e outros dispositivos móveis, trouxeram o conceito de Crossmedia, que vai alterar a forma de distribuição de informação.
Crossmedia significa “cruzar” – ou “atravessar” – os media, ou seja, levar o conteúdo além de um meio apenas.
Redes Sociais e as Democracias Emergentes (5)
Reaproveitando as potencialidades das Redes Sociais da Internet, algumas democracias sairão mais reforçadas, mais seguras e com maior influência, beneficiando de fortes alianças e do uso inteligente do poder digital.
Conclusão (1)
Canais de participação ampliados ajudam a romper com ideias paternalistas sobre o Estado e visões românticas de que cabe ao governo resolver tudo.
Conclusão (2)
Reaproveitando as potencialidades das Redes Sociais da Internet, algumas democracias emergentes sairão mais reforçadas e com maior influência, beneficiando de fortes alianças e do uso inteligente do poder dos novos media.
Conclusao (3) O que exigem o ciberactivismo social nas redes sociais?
Demanda por transparência governativa. Divulgação ampla dos dados gerados pelo governo. Prestação de contas
Conclusão (4)
Se as democracias emergentes resistem mudanças comunicacionais hipermodernidade, então, aumentará desconfiança, suscitará dùvidas sobre legitimidade dos seus sistemas.
às da a a
MUITO
OBRIGADO
Bibliografia de referência
Schimidt, Eric, Cohen Jared, 2013, a Nova Era Digital, Ed. Dom Quixote, Lisboa www.knigtcenter.utexas.edu Guisnel, Jean, 1997, Espionagem na Internet, Ed. Difusão Cultural, Lisboa Llinares, Fernando. 2012. el cibercrimen Fenomenología y criminología de la delincuencia en el ciberespacio, https://www.marcialpons.es/static/pdf/9788415664185.pdf, 10.11.15 Zartarian,Vahé & Noel, Emile, 2002, Cibermundo, Ed. Ambar, Lisboa
Bibliografia de referência
Gutiérrez–Rubí, Antoni. 2011. La política vigilada, http://www.gutierrez-rubi.es/la-politica-vigilada/, 10.11.15
