Relatório de bromatologia - Determinação da matéria seca

July 17, 2017 | Autor: S. Schwartz Custodio | Categoria: Animal Science
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RELATÓRIO 2 DETERMINAÇÃO DA MATERIA SECA

Relatório de aula prática da disciplina de Bromatologia. Prof.Dra. Fabiana Ramos dos Santos Aluno: Sergio Antonio Schwartz Custodio

Rio Verde-Go Abril, 2014

1.INTRODUÇÃO.........................................................................................................

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2.MATERIAL E METODOS........................................................................................

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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO..............................................................................

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4. CONCLUSAO.........................................................................................................

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5.REFERÊNCIA..........................................................................................................

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INTRODUÇÃO O objetivo prático de avaliação de alimentos é otimizar a eficiência de utilização de alimentos para animais, produção animal e, finalmente, o retorno financeiro ao produtor (CANESIM et al., 2012). Para tanto, a amostragem é o ponto de partida para o a obtenção de resultados válidos do valor nutritivo dos alimentos. Se ocorre erro nesta fase o resultado ficará comprometido. A determinação de matéria seca é um procedimento usual em laboratórios de nutrição animal. A matéria seca é a porção do alimento onde estão todos os nutrientes, sendo a massa total descontada a umidade. Forragens e rações em geral devem ser comparadas tomando por base o teor de matéria seca, porque a variação nos conteúdos de umidade dos alimentos pode mudar entre regiões e dificultar as comparações. O objetivo dessa aula foi compreender as metodologias usadas na determinação do teor de matéria seca dos alimentos para nutrição animal.

MATERIAL E MÉTODOS As amostras de cada uma das analises foram trazidas pelos alunos de cada grupo. As forrageiras, com alto teor de umidade foram pré-secadas antes de moer e após 72 horas foi feita a moagem definitiva em moinho tipo Wiley com peneira de 1 mm (Wiley Mill; Arthur H. Thomas, Philadelphia, PA). As amostras com teor de umidade menor que 80% foram moídas sem pré-secagem. O uso de peneiras grosseiras de 1mm se justifica por propiciar maior acurácia nas análise de FDN pela melhor extração do conteúdo celular pela ação do detergente neutro ( Valenete, et al. 2011). Amostra seca ao ar (ASA) É utilizada quando as amostras contem alto teor de umidade como gramíneas e silagens. É feita em estufa de circulação forçada com temperatura de 55°C para evitar a perda de nutrientes por volatilização ou alteração destes. O tempo de secagem varia de acordo com a umidade da amostra e pode durar até 72 horas. É importante que a secagem permita uma moagem perfeita. O material e o recipiente devem ser pesados antes de serem colocados na estufa. Após a secagem, o material é retirado da estufa e descansa por 1 hora, para que a sua umidade entre em equilíbrio com a do ambiente. Faz-se então a pesagem do recipiente mais a amostra seca ao ar (ASA). Amostra seca em estufa (ASE) Após a ASA a amostra é moída para a determinação da matéria seca em estufa (ASE). Esta análise é útil em amostras submetidas à pré-secagem ou que contenham mais de 80% de MS (rações fareladas, grãos, farelos, etc...). A umidade é eliminada da amostra pela secagem em estufa a uma temperatura de 105°C por 16 horas. A secagem definitiva é realizada a partir do material coletado, em duplicata, cada uma pesando aproximadamente 2,0g. Pesa-se as amostras em cadinho, previamente seco e procede-se a secagem em estufa a 105.ºC. Após o tempo determinado retira-se os cadinhos da estufa, colocando-os em dessecador durante 1 hora ou até esfriar. Pesa-se os cadinhos com amostra em balança analítica com precisão de 0,0001g obtendo-se a amostra seca em estufa (ASE). 3. Cálculos

Onde: P1=peso do recipiente em gramas P2=peso do recipiente + amostra (g) P3=peso do recipiente+ am. seca (g)

RESULTADOS E DISCUSSÃO Os teores de matéria seca dos alimentos testados na aula ( silagem de milho, farinha de vísceras, marandú, girassol, ervilha, capim estrela, milho em grão e soja em grão) estão apresentados na tabela 1. Amostra ASA% ASE% MS TOTAL % Silagem de milho 36,15 93,23 33,71 Farinha de vísceras 93,09 93,09 Marandú 22,47 94,44 21,22 Girassol 94,74 94,74 Ervilha desidratada 86,72 86,72 Capim estrela 23,97 93,23 22,35 Milho 88,40 88,40 Farelo de Soja 88,76 88,76 Tabela 1- Composição química da Matéria Seca. (MS %). Os resultados da silagem de milho se apresentaram semelhantes aos dados da literatura (30 a 35%) citados por Deminicis et al. (2009). Já os teores de matéria seca da silagem de girassol foram inferiores aos citados por HENRIQUE et al. (1998), que encontraram valores ao redor de 25%. O teor de MS do grão de milho nesse trabalho teve resultados superiores aos trabalhos realizados por Valadares Filho et.al., 2006. Esta diferença foi discreta, não representando grande importância. CARVALHO et al, 2014 trabalhando com capim estrela observou que na primavera o teor de matéria seca foi maior, o que foi parecido com o resultado desse trabalho com 23,35%. O resultados da farinha de vísceras estão de acordo com FARIA et al (2002) que trabalhou com farinha de vísceras de aves em rações para alevinos Filho et al. (2010) trabalhando com girassol observou valores de matéria seca inferior a esse trabalho. Estudos comparando farelo de soja (FS) produzidos em diferentes países indicaram que sua composição química e valor energético são variáveis (VAN KEMPEN et al., 2002; KARR-LILIENTHAL et al., 2005). Nesse trabalho o teor de MS foi semelhante a média dos resultados da literatura. CONCLUSÃO Foi possível compreender as técnicas de determinação do teor de Matéria seca dos alimentos analisados. Os resultados foram compatíveis com a literatura o que indica que as análises foram feitas corretamente.

REFERENCIAS . CARVALHO, R, R; CARVALHO,C,A,B; ZANELLA, P,G; FILHO, S, T,C; DUARTE, F, O; SANTANA, G, L. Teores de matéria seca, proteína bruta e matéria mineral de pastos de capim-estrela (Cynodon nlemfuensis cv. Florico) manejados sob frequências e severidades de desfolha na primavera e verão. Congresso Brasileiro De Zootecnia. 2014. DEMINICIS, B. B. et al. Silagem de milho: características agronômicas e considerações. REDVET. Revista electrónica de Veterinaria. v.10, n 2., 2009. FARIA, A,C,E,A; HAYASHI,C; SOARES,C,M. Farinha de Vísceras de Aves em Rações para Alevinos de Tilápia do Nilo, Oreochromis niloticus (L.) R. Bras. Zootec., v.31, n.2, p.812-822, 2002. FILHO, N,T,A; OLIVEIRA, F,A; RODRIGUES, A F; MANESES E, F; VIANA, E,P,T; SILVA, P,V. PRODUÇÃO DE MATÉRIA SECA E EVAPOTRANSPIRAÇÃO DA CULTURA DO GIRASSOL (Helianthus annus L.), SUBMETIDA A DIFERENTES DOSAGENS DE FERTILIZANTES IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB – 2010. HENRIQUE, W. et al. Silagem de milho, sorgo, girassol e suas consorciações. II. Composição bromatológica, 1998. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 1998, Botucatu. Anais... Botucatu : Sociedade Brasileira de Zootecnia, 1998 p.379–381. KARR-LILIENTHAL, L.K. et al. Amino acid, carbohydrate, and fat composition of soybean meals prepared at 55 commercial U.S. soybean processing plants. Journal of Agricultural and Food Chemistry, v.53, n.6, p.2146-2150, 2005. VAN KEMPEN, T.A.T.G. et al. Regional and processor variation in the ileal digestible amino acid content of soybean meals measured in growing swine. Journal of Animal Science, v.80, n.2, p.429-439, 2002.

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