resumo: Avaliação dos impactos decorrentes do lançamento de efluentes urbanos no rio São Mateus-ES: Resultados preliminares

November 13, 2017 | Autor: Aloísio Cotta | Categoria: Poluição Da água
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UNIVESIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO – UFES
CENTRO UNIVESITÁRIO DO NORTE DO ESPÍRITO SANTO – CEUNES
Avaliação dos impactos decorrentes do lançamento de efluentes urbanos no rio São Mateus – ES: Resultados preliminares
Maria Vittória Leite Guedes Vargas
[email protected]
Engenharia Química - 7º período

-OBJETIVO
O objetivo desse trabalho é relatar os resultados da caracterização inicial das águas dos Rios São Mateus e Abissínia, seu afluente, com intuito de verificar os impactos decorrentes do lançameto dos efluentes urbanos (constituídos em grande parte por esgoto doméstico não tratado) gerados pela cidade de São Matues, sobre a qualidade destas águas.

-INTRODUÇÃO
O oxigênio é o gás de maior relevância entre todos que se encontram no meio aquático (faz manutenção da vida aquática, é agente oxidante, previne odores). Em um ambiente equilibrado, todo OD consumido durante a degradação é rapidamente reposto pela reaeração natural da água, evitando assim déficits nos níveis de OD. Porém, reduções acentuadas no OD podem ocorrer, com implicações severas, quando grandes quantidades de matéria orgânica biodegradável (M.O.B.) são lançadas nos ambientes aquáticos (Braga 2005). Entretanto, é possível lançar despejos em ecossistemas aquáticos sem comprometer a dinâmica dos mesmos, para isso, basta que se lance a quantidade adequada, ou seja, a quantia de M.O.B. que o rio sozinho consegue absorver. Essa quantia é denominada taxa de autodepuração.
Sabendo que a cidade de São Mateus possui uma população superior a 100.000 habitantes e não dispõe de estação de tratamento de esgoto (por isso os despejos urbanos são diretamente lançados no rio), mediu-se os seguintes parâmetros de OD, DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio), pH, sólidos dissolvidos totais, turbidez, teor de Fósforo.
No teste da DBO o oxidante utilizado é o oxigênio e a oxidação requer a interferência de bactérias. Neste teste o resultado é obtido após 5 dias.

-METODOLOGIA
A avaliação da qualidade das águas e sua classificação hidroquímica se dará via a coleção de dados in-situ e pela análise de amostras tomadas na superfície dos corpos hídricos sob investigação (FIGURA 1). Perfis verticais dos parâmetros físico-químicos monitorados in-situ serão adquiridos e monitorados para os pontos amostrais.



FIGURA 1. Mapa da porção capixaba da bacia do rio São Mateus, com indicação dos pontos de amostragem de 1 a 8. (Fonte: http://www.meioambiente.es.gov.br/ default.asp).
Pontos: 1 e 2 rios Cotaxé e Cricaré. 3 e 6 rio São Mateus antes da cidade. 7 e 8 após a cidade de São Mateus. 4 e 5 córregos Ursuía e Bamburral, respectivamente.


Para a determinação do OD, utilizou-se o método de Winkler (método colorimétrico), que consiste em adicionar dois reagentes a 300 ml de amostra: 2 mL de sulfato de manganês e 2 mL de solução de iodeto de sódio 15%, hidróxido de sódio 40% e azida de sódio 1%. Esses reagentes são acrescentados individualmente abaixo da superfície da água, bem devagar, para evitar a exposição a oxigênio através de bolhas. A solução é invertida para misturar os reagentes com a água, e então 1 mL de ácido sulfúrico concentrado é acrescentado por cima da superfície da água. A solução completa é então titulada com gotas de tiossulfato de sódio até que ela produza uma cor de palha clara. Feito isso, cientistas adicionam 3 gotas de indicador de amido, que torna a mistura azul. Segue-se titulando lentamente essa nova solução até que ela se torne límpida, o que marca o fim do processo.

-RESULTADOS E DISCUSSÃO

No Brasil, a resolução CONAMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente) nº 357, de 17 de março de 2005, dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes. De acordo com o mesmo órgão, o rio São Mateus está classificado em Águas Doces – Classe 3 (águas que podem ser destinadas ao consumo humano, após tratamento convencional ou avançado; a irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras; a pesca amadora, entre outros).
Comparando os valores encontrados nas amostras com os valores permitidos na resolução do CONAMA.


TABELA 1- Comparação entre os padrões para lançamentos dos efluentes em corpos receptores e os valores encontrados
PARÂMETRO INORGÂNICO
VALOR MÁXIMO
VALOR ENCONTRADO
Fósforo Total (ambiente lêntico*) (mg/L P)
0,05
0,06-0,09 (antes da cidade)
Fósforo Total (ambiente intermediário com tempo de residência entre 2 e 40 dias, e tributários diretos de ambiente lêntico) (mg/L P)
0,075
3,6-4,5- (na cidade)
Fósforo Total (ambiente lótico** e tributários de ambientes intermediários) (mg/L P)
0,15
0,09-0,12 (depois da cidade)
DBO5,20 (mg O2/L)
10
1,5(antes da cidade)
42,3(na cidade)
2,6 (depois da cidade)


OD (mg O2/L)
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