Resumo de Teorias da Comunicação de Ilana Polistchuk e Aluizio Ramos Trinta

July 23, 2017 | Autor: Carlos Orellana | Categoria: Mass Communication, Comunication and New, Teorias Da Comunicação
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Teorias da Comunicação





Ilana Polistchuk


Aluizio Ramos Trinta





























Campus, 2003, Rio de Janeiro.





Capítulo 1





Curso de Comunicação Social





No fim dos anos de 1960, o progresso tecnológico, em intima associação com
uma definição mais clara dos meios de comunicação como produtores de uma
cultura de massa, foi responsável por consideráveis transformações na
esfera da comunicação. No Brasil, tornaram-se maiores e mais fortes as
agências de publicidade e propaganda, iniciou-se a regulamentação da
profissão de relações públicas e os antigos cursos de jornalismo passaram a
integrar escolas de comunicação social.


O comunicador social passou ser dada uma educação universitária. Em sua
trajetória universitária, o futuro comunicador caminha ao longo de três
eixos de formação. Nestes se dispõem disciplinas de fundamentação teórica,
seguem-se os estudos de comunicação em um contexto amplo. Ao terceiro eixo
e agregam disciplinas profissionalizantes. Ficou demonstrado que, em sua
formação acadêmica, o comunicador adquire conhecimentos especializados que
se referem ao campo da comunicação.





Entre Teoria e Prática


É conhecida e vem de longa data a polêmica em torno da preponderância da
teoria em relação à prática ou, inversamente, da prática sobre a teoria.
Teoria e prática são indissociáveis. Em sentido estabelecido, o filósofo
grego Aristóteles teorizar corresponde retirar algo de sua realidade
imediata, abstraindo-o, e proceder a um exercício de raciocínio lógico. Tem-
se então que a palavra teoria, em sua origem, quer dizer contemplação
atenta, admiração pelo pensamento. Teorizar é uma forma de agir, unindo
experiência e sentimento ao pensamento, assim contemplar atentamente
fundamenta uma atitude.


O ato teórico plano se realiza em referência a uma prática, e toda prática
bem-sucedida evidencia uma teoria a ela subjacente. A aparente disjunção
entre teoria e prática é ideologicamente produzida, servindo a propósitos
pertinentes à divisão social do trabalho. Teorias influenciam em práticas
porque permitem a abstração e a projeção; práticas verificáveis, por seu
turno, provêem categoricamente os fundamentos sobre os quais as teorias se
erguem.


A valorização da prática recebe o rótulo filosófico de pragmatismo. A
superioridade outorgada à teoria conduz a um pensamento idealista.
Idealismos costumam separar realidade da racionalidade.









Estudando Comunicação Social





A educação de nível universitário encerra um propósito fundamental, tem por
finalidade a contribuição para o aperfeiçoamento de profissionais de
comunicação, seja em seus aspectos técnicos, científicos e éticos. Nos
últimos vinte anos, surgiram domínios profissionais inéditos para o
comunicador social. Isso significa que a esfera de atividades a serem
desenvolvidas pelo comunicador social está em rápido processo de mutação a
partir do novo modelo econômico mundial e as transformações culturais
proporcionadas pelos meios de comunicação. Em última instância, o
profissional de comunicação deve possuir disposição inata para detectar,
identificar e resolver problemas surgidos em seu trabalho diário.








Ciência





Por ciência, entende-se a observação cuidadosa, a descoberta, a invenção;
assim também é declarada cientifica a pesquisa experimental que adota um
método. A ciência reúne teoria e prática para a produção regrada de
saberes. Ciência e prática se definem como sistemas bem organizados de
definições e conceitos, que se prestam à produção de enunciados referentes
a dado campo do saber. A abstração conduz à formulação de hipóteses, e
estas, verificadas por procedimentos empíricos, podem instruir a
experiência prática.


Há métodos (caminhos em grego) que são descritos, respectivamente, como
indutivo e dedutivo. Percebemos que a descrição do que há no mundo requer
ainda a intuição, o uso de imaginação, chega a solicitar a sensibilidade
artística.





Técnica e Tecnologia





A ciência descobre, a tecnologia aplica, a indústria produz, a sociedade
adota. As inovações não se dissociam de seu contexto originário e dos seus
usos ideológicos possíveis. O conceito de técnica aceita várias definições,
mas podemos resumir em três categorias: modalidade de investigação prática,
criação ordenada e ação produtiva em meio natural. A existência de técnica
é indispensável à vida material de qualquer sociedade humana.


A história da comunicação registra a revolução proporcionada pelo eficiente
funcionamento da técnica, o começo da revolução nos meios de comunicação
esteve no funcionamento eficiente dos tipos móveis criado por Gutenberg.
Toda técnica conforma uma mentalidade (crenças, maneiras de pensar,
disposições psíquicas). Quando um instrumento técnico parece ganhar
autonomia, como se dispusesse de uma vida própria, nasce uma tecnologia.
Uma tecnologia provém do conhecimento cientifico e logo passa fazer parte
da cultura, impregnando o imaginário social. Tecnologias permitem ampliar
as potencialidades do ser humano, estender seus sentidos, e controlar o
meio natural e social em que vive. Não há uma só tecnologia que tenha
surgido e prosperado em situação de vazio social e histórico. Tecnologias
são causa e efeito do progresso material alcançado por uma civilização.









Novas Tecnologias





Essas novas tecnologias não são novas pelo seu grau de sofisticação, elas o
são por seu caráter social, pelo enorme impacto cultural que provocam, pelo
fato que sua implementação obedece as normas do mercado corporativo
transnacional. As novas tecnologias consolidam a interdependência global, e
representam o declínio das formas tradicionais de mediação político-
institucionais.








Comunicação e Informação em Novas Tecnologias





As novas tecnologias dizem respeito aos aparelhos de produção e de
transmissão de imagens, bem como aparatos de transmissão de informações e
dados. Essas tecnologias são distribuídas por indústrias da cultura e
organizações de comunicação em âmbito nacional e em escala planetária. Do
modo sintético, as novas tecnologias são todos os aparatos que permitem
coletar, armazenar, fazer circular, à escala planetária, grandes
quantidades de informação.


O aparecimento de redes motivou uma extraordinária expansão dos sistemas
comunicacionais. O impacto dessas formas de tecnologia é sensível em todos
os domínios da vida social e da cultura.








Capítulo 2





Paradigmas, Teorias e Modelos


Paradigma supõe ordenação, série organizada de apontamentos, conjunto de
formulações genéricas. Em plano filosófico, um paradigma serve à afirmação
de uma identidade, a qual, sem renegar diferenças possíveis, opõe-se e
contrasta, por ser unitária e uniforme, a toda dispersão pela
multiplicidade.


Adotar um paradigma significa firmar um ponto de vista, pelo qual se
determina o modo pelo qual vai ser exercido o olhar. O paradigma definidos
como quadros de referências dados como aptos a compor conjuntos de teorias.
A aceitação de um paradigma fornece uma paisagem mental pelo qual os fatos
do mundo serão dispostos.


Em resumo, o paradigma consiste em uma mistura de pressupostos filosóficos,
de modelos teóricos, de conceitos-chave passando a constituir um universo
de pensamento.


Uma teoria é um sistema de caráter dedutivo pelo qual se vinculam, de
maneira consistente, uma ou mais hipóteses, a observação regrada e um
inventário das conseqüências verificadas. Uma teoria remete a um campo de
investigação cientifica, estabelece uma perspectiva e dispõe seus
enunciados de acordo com uma estratégia expositiva. Uma teoria assinala uma
redução de manejo de um paradigma.


O modelo é um instrumento organizador que simula tal realidade. É o modo
pelo qual é possível observar e classificar os fatos observados de acordo
com certo sistema de referências. O modelo atende a finalidades práticas,
retém aspectos e relações para a referida teoria.


Um campo estrutura relações estabelecidas, constitutivas de uma totalidade.
Todo campo se deixa perceber por uma racionalidade própria. Cada campo
empreende uma iniciativa de produção de sentido, obedientes a lógicas
próprias a cada um.


A exposição teórica articula quatro pólos:


1- pólo epistemológico- construção do objeto de conhecimento.


2- pólo teórico – organizam hipóteses e conceitos.


3- pólo retórico – modalidade de discurso.


4- pólo técnico – investigação, explicitação das estratégias e coleta de
dados.

















Capítulo 3


Modernidade e Meios de Comunicação





A Idade Moderna teria seu início em 1492, com a descoberta da América,
vindo a terminar, em 1789, com a Revolução Francesa. A noção de modernidade
se sustenta em pelo menos três núcleos:


1. significação cultural – racionalista, filosofia iluminista, certeza do
progresso, desenvolvimento das ciências e das grandes narrativas.


2. significação econômica – os processos de industrialização e urbanização,
sob a égide do capitalismo.


3. significação política – surgimento do estado-nação e a democracia como
tipo ideal.


A modernização se oferece como face material da modernidade; o modernismo
como proposição artística e experiência espiritual.




















Capítulo 4





Paradigma Funcionalista-Pragmático


No período entre 1900 e 1930, ganhou corpo e relevo a convicção de que os
seres humanos obedeciam a automatismos comportamentais. Acentuo-se o
sentimento de que os meios de comunicação possuíam um poder incontrastável,
absoluto. As cidades grandes, densamente povoadas, passavam a formar o
cerne da mass society, em que se anulavam diferenças individuais.


A mídia que ensaiava seus primeiros passos foi tida como único meio de
comunicar algo aquela massa, composta por indivíduos completamente
isolados. O modelo da agulha hipodérmica punha em extrema vantagem a fonte
emissora, relegando o receptor a uma condição de integral passividade.


O funcionalismo-pragmático tem por pátria os Estados Unidos (1940 e 1960)
por solo filosófico, tem o positivismo e o pragmatismo; tem, por método, a
investigação empírica. O funcionalismo busca explicar




Teoria Hipodérmica
 
Historicamente, a teoria hipodérmica coincide com o período das duas
grandes guerras mundiais e com a difusão em larga escala das comunicações
de massa. Segundo este modelo, uma mensagem lançada pelos meios de
comunicação é imediatamente aceita e espalhada entre todos os receptores,
em igual proporção. Os métodos de experimentação e observação das ciências
naturais e biológicas são a base desses primeiros estudos, o seu objetivo é
o estudo da eficácia das mensagens no comportamento humano. A unidade
estímulo/resposta exprime a teoria hipodérmica. A Teoria Hipodérmica,
também chamada de Teoria da bala mágica ou, ainda mass communication
research. 
 
 
Modelo de Laswell
 
Elaborado nos anos de 1930 como aplicação de um paradigma de análise
sociopolítica, tenta superar a teoria hipodérmica segundo três diretrizes:
a primeira e a segunda centradas em nas abordagens empíricas de tipo
psicológica experimental; a terceira representada pela abordagem funcional.
Esta teoria diferentemente da teoria hipodérmica defende que os efeitos das
mensagens dos meios de comunicação são distintos de indivíduo para
indivíduo, mas representa uma estrutura lógica muito semelhante ao modelo
mecanicista anterior.

 
Quem- Diz o Quê- Através de que Canal- Com que Efeito (síntese do modelo
de Laswell)
 
 
Modelo Estrutural Funcionalista
 
A teoria funcionalista descreve uma estrutura conceitual que deveria
permitir ver a complexas ligações entre os meios de comunicação e a
sociedade. A questão de fundo já não são os efeitos, mas as funções
exercidas pelos meios de comunicação, o que a distancia das teorias
precedentes. Consiste, resumidamente, em definir a problemática dos mass
media a partir do ponto de vista do funcionamento da sociedade e da
contribuição que os mass media dão a esse funcionamento. Dessa forma, a
Teoria funcionalista representa uma importante etapa na crescente e
progressiva orientação sociológica. O seu objetivo é articular as funções e
disfunções dos meios de comunicação com a sociedade em que atua.
 
 

Modelo Matemático da Comunicação ou Modelo da Informação
 
A origem do modelo está nos trabalhos de engenharia das telecomunicações. A
teoria da informação tem o objetivo de melhorar a velocidade de
transmissão, diminuir as distorções e aumentar o rendimento do processo de
comunicação. Os méritos do modelo matemático são a concepção dos conceitos
de ruído e código (inexistente nos modelos anteriores). O modelo
informacional teve sucesso ao esquematizar os principais elementos em que
se desenvolve a comunicação (o que tornou o modelo vigente por muitos
anos).

 
 
Dos Usos e Gratificações
 
Passa-se do que os meios fazem com as pessoas para o que as pessoas fazem
com os meios. A mensagem mais potente não pode influenciar um indivíduo que
não faça uso dela no contexto sociopsicológico em que vive. As mensagens
são interpretadas e adaptadas ao contexto subjetivo das experiências,
conhecimentos e motivações. dos usos e satisfações implica um deslocamento
da origem do efeito do conteúdo da mensagem, para todo o contexto
comunicativo. A atividade seletiva e interpretatva do destinatário, baseada
sociologicamente na estrutura das necessidades do indivíduo, passa a
constituir parte estável do processo comunicativo, formando uma dos seus
componentes.
 
 
A Indústria Cultural ou Teoria Crítica
 
O termo Indústria Cultural foi utilizado pela primeira vez por Adorno e
Horkheimer na Dialética do Iluminismo, no qual se descreve a transformação
do progresso cultural no seu contrário. A teoria crítica da comunicação
identifica-se com o grupo de investigadores que frequentou o Institut für
Sozialforschung, a chamada Escola de Frankfurt. A indústria cultural refere-
se ao mercado de massas que estandartização, ao gosto do público impõe
esteriótipos e baixa qualidade e reapresentação de algo que é sempre igual.
Os produtos da indústria cultural paralisam a imaginação e a
espontaneidade. Assemelha-se em tudo a um questionário de múltipla escolha:
quem o preenche está limitado a alternativas muito precisas e previamente
fixadas.
Um dos erros da Escola de Frankfurt são a exclusão da investigação e
verificação empírica, a indeterminação de uma dimensão operativa e
explicativa.
 
 

O modelo teórico da dependência

O conceito de dependência pressupõe uma relação de subordinação entre
países que integrem um sistema econômico de talhe capitalista. Haverá um
país de economia central e um ou mais países que se encontrem na periferia
econômica. De acordo com os teóricos desse modelo, os Estados Unidos há
muito tempo vêm ocupando o centro; a América Latina, a borda externa do
sistema. Países de economia dependente um dia foram colônias e tiveram seu
desenvolvimento tardio. Passaram a depender da chegada de capitais e de
aportes tecnológicos, sobretudo de proveniência americana. Financiamentos e
construção de parques industriais não foram, porém, suficientes para que em
tais países se produzisse um desenvolvimento autônomo. Uma vez
estabelecido, o vínculo de subordinação impede que sejam tomadas a adotadas
decisões nacionais autonômas.


O modelo teórico neomarxista

Foi o filósofo francês Louis Althusser quem cunhou a expressão 'aparelho
ideológico de estado' para designar instituições sociais como a igreja, a
escola, as forças armadas, o judiciário, a comunicação e seus órgãos. Todas
reproduzem incessatemente ideologias representativas do capitalismo, mas
para isso os 'aie' devem ser autônomos em relação a toda forma de controle
por parte das classes dominantes.
Althusser refletiu sobre as formas pelas quais a mídia cria um quadro
imaginário das condições reais de produção, ocultando com sutileza, a
perversa realidade de sua exploração.


O modelo teórico-cultural

A teoria culturológica européia, que teve entre seus adeptos sociólogos,
como Edgar Morin, semiólogos, como Roland Barthes e estudiosos da cultura,
como Umberto Eco. Eles consideram a mass media peculiar e inerente à
atmosfera cultural que marcou as últimas três décadas do séc. XX. Confere
maior relevância às produções significativas da indústria cultural, como
filmes, revistas especializadas, histórias em quadrinhos. A culturologia
corrige a teoria crítica, ao situar-se no âmbito da antropologia cultural e
da análise estrutural, podendo ser considerada, sob certos aspectos,
precusora de um modelo teórico de recepção.


Os Estudos Culturais
 
Os estudos culturais centram-se na análise de uma forma específica de
cultura no processo social relativa à distribuição de sentido à realidade,
as transformações de uma cultura, as práticas sociais partilhadas. Os
estudos culturais subdividem-se em como a mídia é determinante para a
elaboração da cultura e da imagem da realidade e outro sobre consumo da
mídia enquanto espaço de negociação de práticas comunicativas. Muitos
estudiosos dos estudos culturais empregaram métodos de análise marxistas,
explorando as relações entre as formas culturais e da economia política. 
Os pesquisadores dos estudos culturais concentram-se em como um determinado
fenômeno se relaciona a questões de ideologia, nacionalidade, etnia, classe
e gênero.
 
Agenda Setting
 
A compreensão que as pessoas tem de grande parte da realidade social lhes é
fornecida, por empréstimo, pela mídia. Considera-se que os meios de
comunicação são dotados de um poder de influência, mas essa influência é
exercida mais no sentido do que pensar do que como pensar. A capacidade de
influência dos meios de comunicação sobre o conhecimento daquilo que é
importante varia segundo os temas e os meios em que a mensagem é veiculada.
Há três tipos de agendamento: intrapessoal (individal), agenda interpessoal
(entre os sujeitos) e agenda de percepção do estado da opinião pública.
 
Gatekeeper
 
A teoria do gatekeeper foi elaborada por Kurt Lewin em 1947 sobre a
dinâmica que age no interior dos grupos sociais e White (1950) utilizou
este conceito para estudar o fluxo de notícias dentro dos orgãos de
comunicação, e sobretudo, para entender os portões (gates) que se
estabelecem para que a notícia passe ou seja rejeitada. Essas decisões de
ser ou não notícia são tomadas em relação aos critérios profissionais,
organizativos, como eficiência, produção da notícia e rapidez.
 
 
Newsmaking
 
O newsmaking articula-se dentro de dois limites: a cultura profissional dos
jornalistas e a organização do trabalho e dos processos produtivos. O
newsmaking considera que a notícia é o produto de um processo organizado
que implica uma gama de argumentos do que pode ou não ser notícia. A
noticiabilidade depende das necessidades dos órgãos informativos e dos
jornalistas. A noticiabilidade definida como conjunto de elementos através
dos quais o orgão controla e gera a quantidade e o tipo de acontecimento.
Os valores noticia são um componente da noticiabilidade.
Os valores-notícia devem permitir que a seleção do material seja executada
com rapidez e de modo automático que se caracterize por um certo grau de
flexibilidade. Os valores-notícia tem um caráter dinâmico, isto é, mudam
com o tempo.
























Capítulo 5


Pós-Modernidade e Meios de Comunicação











O MODELO TEÓRICO-MEDIATIVO


Passar dos meios de comunicação às suas potencialidades de mediação
(articular práticas de comunicação a movimentos sociais) constitui um dos
motivos condutores da obra de Jesus Martin Barbero. Por julgar inaceitáveis
as análises dos meios de comunicação que façam passar sob silêncio
conflitos, contradições, formas de dominação e de transformação em meio
social. Barbero propôs que se observasse o espaço que medeia entre fonte e
destinatário. nesse intervalo, encontram-se múltiplas variáveis, fazendo
com que a mensagem emitida pelo emissor não seja a mesma captada pelo
receptor. Esse modelo tem seu eixo nas leituras (individuais ou coletivas)
que cada um faz do que é destinado a todos, bem distinto da tradição dos
estudos dos efeitos provocados pela comunicação midial.





Capítulo 6


Novos Modelos Teóricos de Comunicação


Paradigma Horizontal-Interacionista
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