Revitalização de comunidades do Vale do Rio Alcântara na Sicília, Itália

September 17, 2017 | Autor: Rogerio Ruschel | Categoria: Sustainable Tourism Development, Turismo Sustentável
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Revitalização de comunidades do Vale do Rio Alcântara na Sicília, Itália. Um Projeto de Desenvolvimento Sustentável de Base Local proposto pela VITAURBIS, em abril de 2005

Conteúdo Introdução Do pontual ao global

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Cenário A Sicília e sua importância cultural

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A região do Vale do Rio Alcântara

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O Projeto Uma pesquisa reveladora

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Um projeto de recuperação sócio-cultural

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Fase 1: Mobilização para o turismo de qualidade Fase 2: Definição de um Calendário Cultural Regional Fase 3: Implantação do Centro Cultural Universidade das Artes do Vale do Alcântara

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Parcerias necessárias

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Os autores

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Roteiros turísticos

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Teatro de Segesta

Porta Nuova, Palermo 3

Do pontual ao global A Europa, uma das regiões mais ricas do planeta, não vem propiciando benesses a todos os seus habitantes. Lá, os menos favorecidos estão, cada vez mais, sofrendo com os paradoxos da globalização. As facilidades de imigração, as aposentadorias em Euros, - que, de certa forma, desestimulam a criatividade - e cada vez menos oportunidades de trabalho para aqueles que não dispõem de uma educação de alto nível, são o fulcro da maioria dos problemas econômicos ainda a serem resolvidos. Como conseqüência desta situação, os jovens, no que tange este Projeto, se encontram frente a sonhos impossíveis de serem materializados. Para os que ficaram para trás na corrida pela globalização, resta a fuga da realidade e, conseqüentemente, o abandono de suas origens, na maioria dos vilarejos agrícolas, que ficam nas mãos dos idosos e aposentados. A Sicília - encruzilhada de grandes Civilizações, Ilha de incomparável beleza e importância histórica - encontra-se, por estas e outras razões, com sua economia fragilizada, já a caminho de visível decadência. Os esforços até agora desenvolvidos por um turismo direcionado não atingiram as regiões localizadas fora dos mais badalados pontos turísticos. Essa situação ignorou, por falta de novas idéias e incentivos, o aproveitamento da maioria dos atrativos baseados nas Tradições e Artesanato regionais – que, acreditamos, traria uma solução para a recuperação da economia Siciliana. O verdadeiro nativo, repositário de uma cultura milenar, está, por falta de motivação, perdendo sua História, e, conseqüentemente, parte também da nossa. Este Projeto, com novas abordagens, apresenta idéias e ações concretas, possíveis de reverter este quadro sombrio.

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Catedral de Ragusa 5

A Sicília e sua importância cultural Banhada pelos mares Tirreno, Jônico e Mediterrâneo, separada da Itália pelo Estreito de Messina, a Sicília faz parte da Itália e da Europa, sem contudo identificar-se com o Continente, porquanto sua história sofreu tantas influências, ainda marcantes na atualidade, que fazem desta Ilha, um mundo à parte. Ponto de encontro entre o Ocidente e o Oriente, cobiçada por todos os grandes conquistadores da história, e muitas vezes anteparo contra invasões orientais, a Sicilia sofreu, durante séculos, as mais variadas dominações e influências culturais que a transformaram em um tesouro Arqueológico, Arquitetônico e Cultural da Humanidade. Por toda a Ilha, refletindo-se tanto em sua arquitetura e monumentos quanto nos hábitos e costumes dos seus cidadãos, convivem nítidos vestígios das culturas Fenícia, Grega, Romana, Árabe, Normanda, Espanhola, Alemã, Francesa e outras, amalgamadas às origens perdidas no tempo dos primeiros siculanos. Sua riqueza é tão surpreendente, que lá existem mais monumentos da Grécia Antiga do que na própria Ática; lá está também a casa romana mais bem conservada do mundo, em Piazza Armerina, e o Vale dos Templos, em Agrigento, monumentos tombados como Patrimônio Histórico da Humanidade pela UNESCO. 6

A região do Vale do Rio Alcântara Muitos outros pontos de interesse histórico, cultural e turístico, ainda desconhecidos pela maioria dos visitantes, situam-se no interior da Ilha, em vilarejos e regiões montanhosas que conservam tradições reveladoras da verdadeira história da cultura Siciliana. No Vale do Alcântara na Província de Messina, Sicília Norte Oriental, ao pé do monte Etna, se destacam paisagens imponentes, típicas dos montes Peloritanos, e uma invejável riqueza agrícola. O Etna, o único vulcão ativo na Europa, com suas constantes erupções, malgrado a destruição que ocasionalmente acarreta, fertiliza o solo do Vale do Alcântara transformando-o no celeiro da Sicília, região de Vinhos famosos, Azeites extra-virgem da melhor qualidade e frutas de excepcional sabor. A economia, entretanto, não é florescente porque as propriedades estão subdivididas em pequenas glebas familiares, sem que haja organização suficiente para se obter os benefícios de ações coletivas. Além disso, as comunidades no Vale do rio Alcântara sofrem da ausência dos jovens que buscam nos grandes centros oportunidades de trabalho, restando as lides do campo aos mais idosos, que, assim sendo, breve não terão quem os substituam. A desagregação do núcleo familiar pela debandada das novas gerações levará, fatalmente, ao desaparecimento destes povoados. Os autores deste Projeto, em seu trabalho de campo, constataram casos cujas comunidades tiveram sua população reduzida a menos da metade, em apenas 10 anos. Este conjunto de problemas, com raízes sociais e econômicas, levará, fatalmente, à perda da identidade cultural destas comunidades, com consequências incalculáveis não só para a Sicília como também para a Itália e nossa cultura. Os autores deste Projeto têm a experiência de quem descobriu, na prática, que tomar a iniciativa de romper circulos viciosos num cenário como este fará uma enorme diferença para as futuras gerações. Sensibilizados, então, por este problema, decidiram-se por enfrentá-lo implantando nesta região um Projeto-piloto de recuperação integral de quatro destas comunidades, através de ações com perfil econômico, social e cultural. Que é o que está sendo apresentado, em linhas gerais, a seguir.

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Santa Domenica Vittoria

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Vale do Alcântara, com o Vulcão Etna ao fundo

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Uma pesquisa reveladora No ano de 2004 a socióloga e antropóloga Marlene Porto Wentzler, brasileira de nascimento, mas com raízes na Sicília, visitou o Vale do Alcântara, conhecendo, na ocasião, os prefeitos das cidades do fundo do Vale - Malvagna, Mojo Alcantara, Roccella Valdemone e Santa Domenica Vittoria. Por sua condição de socióloga e antropóloga foram-lhe solicitadas sugestões de como reverter o quadro melancólico em que se encontram as cidades. Baseada em sua própria experiência de revitalização de regiões decadentes no estado de São Paulo, Brasil, e com com o apoio da administração pública, a Sra.Wentzler realizou pesquisa sociológica nas comunidades em questão, afim de dimensionar os problemas e propor as soluções mais adequadas. Nestas comunidades, com cerca de 10.000 almas no total, estão muitos tesouros culturais pouco conhecidos – desde uma capela bizantina de 700 d.C. a ruínas de um castelo medieval, passando por igrejas e convento dos séculos XVI, XVII e XVIII. A principal atividade econômica da região é a agricultura, com destaque para o plantio de oliveiras, uvas, várias outras frutas e citrus, cereais, legumes, verduras, mostarda, tomates, aspargos, castanhas, amêndoas, avelãs, nozes, pistaches, funghis, com os quais são produzidos azeites, vinhos, sucos e doces. A criação em pequena escala de bovinos, eqüinos, ovinos e suínos permite a produção de embutidos, de queijos especiais e doces típicos a base de ricota. Pescados do rio Mojo são muito conhecidos e respeitados em toda a Sicília. As tradições culturais – como a festa de Santa Anna, do Santíssimo Cucifixo, da Virgem Maria com Jesus e de Santo Antonio Abate, além de representações culturais como a da “fuga do Egito” em Mojo Alcantara e a “Sacra Rappresentazione del Venerdi Santo”, em Malvagna – são manifestações populares com degustação de queijos, vinhos e produtos da terra, música e cantigas seculares.

A agricultura é, reconhecidamente, uma das principais atividades da região.

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Foram entrevistadas cerca de 1.000 pessoas, e os principais resultados indicaram um profundo desencanto, tal a falta de crença no futuro – embora tenha sido detectado um recôndito desejo de que, um milagre, vindo de fora, alivie esta “depressão coletiva”. Os idosos estacionados no tempo não têm como reagir à estagnação, e os jovens, por sua vez, não vendo perspectivas de solução ou de um ganha-pão, aguardam a primeira oportunidade de partir, para, talvez, nunca mais voltar. Outros aspectos foram constatados: • Descrença na capacidade do poder público (prefeito e autoridades superiores) em tomar qualquer iniciativa que modifique o cenário • Desconfiança a respeito da inércia, ou boa utilização dos recursos públicos por parte das autoridades • Estado de espírito generalizado que poderia ser definido como apatia e “inércia cultural” - uma espécie de resignação • Valorização (e orgulho) dos valores ancestrais da comunidade, como as festas religiosas, a gastronomia, os hábitos e costumes • Interesse sentimental pela possibilidade de retomada do desenvolvimento econômico, através de um projeto de valorização dos recursos disponíveis • Interesse em propostas que promovam a visitação turística, desde que baseada na valorização dos costumes e produtos locais O resultado da pesquisa foi discutido com as autoridades locais, e a socióloga Marlene P. Wentzler recebeu total apoio dos prefeitos para, juntos, trabalharem na reversão do quadro retratado. Mais do que isso, as idéias da socióloga, divulgadas pela imprensa local, foram muito bem recebidas pela comunidade, gerando um estado de expectativa positiva, como mostra a reportagem ao lado, publicada no jornal La Sicilia, de 02 de dezembro de 2004.

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Um projeto de recuperação sócio-cultural Baseada neste cenário, a socióloga Marlene Porto Wentzler, através da ONG VITAURBIS está propondo a realização de um Projeto de Desenvolvimento Sustentável de Base Local, para o qual já conta com o apoio das comunidades. Este Projeto prevê a realização de um conjunto de ações que possam proporcionar renda e ocupação para os moradores, baseado no apoio às atividades econômicas atuais e no desenvolvimento de outras vocacionadas para o solo e o clima, e na valorização dos usos e costumes, do folclore, da gastronomia, das festas religiosas e das tradições comunitárias. O Projeto proposto tem 3 Fases: • Fase 1: Mobilização para o turismo de qualidade • Fase 2: Definição de um Calendário Cultural Regional • Fase 3: Implantação do Centro Cultural Universidade das Artes do Vale do Alcântara

Fase 1: Mobilização para o turismo de qualidade O Projeto está sendo iniciado pela intensificação de fluxo turístico de qualidade, porque o turismo tem perfil de atividade estruturante. Neste sentido a socióloga Marlene Porto Wentzler está investindo, com total apoio do ENIT – Ente Nazionale Italiano per il Turismo e da Câmara Italo-Brasileira de Comércio e Indústria, na definição de produtos turísticos específicos para a Sicília como um todo, incluindo de maneira estratégica o Vale do Rio Alcântara. Através da associação com uma empresa de turismo siciliano de grande porte e da parceria com agências e operadoras de turismo localizadas no Brasil, a socióloga pretende romper a inércia para mobilizar as comunidades para valorização de seus valores culturais.

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Atividade em hotel de agriturismo em noites sicilianas

O desenvolvimento do turismo de qualidade deve iniciar-se com a oferta de três produtos turísticos inéditos no mercado brasileiro, que num segundo momento serão oferecidos também em outros países da América do Sul e no mercado dos Estados Unidos, levando-se em conta o interesse que já vem suscitando, baseado na grande influência italiana (siciliana) que a imigração gerou nas Américas. Os produtos – em fase final de definição – valorizam a arquitetura histórica da Sicília como um todo, mas apresentam três diferentes especializações – Gastronomia, Golfe, Arqueologia e Arquitetura Histórica – e terão versões para 08 e 12 dias.

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Cada uma das comunidades deverá ter um atrativo turístico diferenciado, inigualável, no contexto do Turismo Internacional. Por exemplo: • Por sua localização sobre uma montanha rochosa que apresenta um por-de-sol encantador, as casas do vilarejo Roccella Valdemone deverão ser pintadas integralmente em diferentes tons e sobre-tons de ocre, o que criará um impacto visual extraordinário, considerando-se que terá – como todas as demais comunidades -, o fumegante e imponente vulcão Etna como cenário de fundo. • Santa Domenica Vittoria poderá ser caracterizada por sua produção saborosa de queijos variados, transformando-se em um centro de atração gastronômica. • Mojo Alcântara, já famosa por suas frutas – especialmente pêssegos – poderá ser transformada em um centro de produção e processamento de pêssegos, incorporando visitas turísticas em todo o processo de plantio e industrialização. • Já Malvagna será posicionada como Cidade-Escola, uma vez que deverá sediar o Centro Cultural Universidade das Artes do Vale do Alcântara, atraindo professores e estudantes de todo o mundo. O desenvolvimento do turismo deverá receber investimentos em ações de qualificação do receptivo, tais como: • Realização de cursos para treinamento de lideranças locais, em convênio com entidades italianas • Realização de programas especiais sobre história e cultura sicilianas, para a formação de guias locais que trabalharão no turismo receptivo – atualmente em curso pela Universidade de Messina • Realização de Oficinas para orientar familias a receberem hóspedes em suas comunidades • Realização de investimentos de base para adequar as comunidades para o receptivo de turismo, tais como pintura, embelezamento, ajardinamento, paisagismo, limpeza de monumentos, estruturação de estacionamentos, criação de centros de informação turistica, montagem de palcos, produção de folhetos, contratação de profissionais das artes, etc. • Organização do “Receituário Gastronômico do Vale do Alcântara”, para organizar, qualificar, classificar e “certificar” os produtos e as receitas culinárias regionais • Organização de uma Associação Turística Comunitária entre as quatro cidades, para permitir a participação criativa dos moradores na definição de políticas públicas e atividades A Fase 1 exigirá esforços já iniciados em Novembro de 2004 e deverá se estender até Dezembro de 2005, exigindo recursos estimados em torno de US$ 1,000.000,00. Também na Fase 1 deverá ser institucionalizada a ONG VITAURBIS, através de parcerias locais e internacionais. 14

Fase 2: Definição de um Calendário Cultural Regional Nesta Fase, a iniciar-se em Janeiro de 2006, com previsão de 12 meses de atividades, estão previstos recursos da ordem de US$ 350,000.00. O eixo desta Fase é a definição de um Calendário Cultural Regional (atingindo outras comunidades do Vale do rio Alcântara) pela ONG VITAURBIS, de modo que o rico acervo das comunidades possa ter aproveitamento turístico durante todo o ano – atraindo visitantes em geral, assim como os imigrantes sicilianos. Com esta iniciativa, todas as formas de Cultura das comunidades serão valorizadas. Devem integrar o Calendário Cultural Regional: • Festas religiosas tradicionais (festas dos padroeiros) • Festas religiosas de época (Semana Santa, Natal) • A criação de montagens teatrais populares retratando aspectos da cultura e tradição local, com a participação da própria comunidade como atores, dirigidos por profissionais contratados • Festas populares ligadas à atividade agropecuária - como festas de colheita – transformados em atividades de interesse turístico participativo (turismo rural) • Organização de concursos culinários, com a participação de renomados chefs ou jornalistas de gastronomia como membros da Comissão Julgadora • Organização de saraus, concertos e recitais de músicos, compositores e intérpretes italianos, em um contexto de colaboração voluntária para gerar fundos para o desenvolvimento comunitário

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Fase 3: A solidificação das atividades - o Centro Cultural Universidade das Artes do Vale do Alcântara A partir da mobilização e qualificação das comunidades para a atividade turística, e da definição de um Calendário Cultural Regional, a ONG VITAURBIS deverá iniciar a Fase 3 que tem como eixo estruturante a implantação do Centro Cultural Universidade das Artes, como marco definitivo das mudanças de comportamento econômico-social-cultural das comunidades do Vale do Rio Alcântara. A proposta básica é a recuperação e transformação de um Mosteiro do século XIV, localizado em Malvagna, hoje em ruínas, em um centro cultural internacional, voltado para o ensino e aperfeiçoamento de Artes em geral. O Centro realizará cursos e workshops de alto nível, sobre todos os ramos da arte, para estudantes universitários de todo o mundo, em convênio com universidades italianas e de outros países. Um modelo semelhante vicejou com grande sucesso na cidade mexicana de San Miguel Allende, Guanajuato, transformando a pequena cidade em um dinâmico campus universitário, dando assim a oportunidade a seus habitantes de reabrirem suas portas e recuperarem a economia regional. A implantação do Centro Cultural Universidade das Artes do Vale do Alcântara terá um cronograma próprio, a ser definido na Fase 2 deste Projeto e está estimado em torno de US$ 2.000.000,00 – incluindo as obras de recuperação do mosteiro de Malvagna.

Abadia do século XIV, em Malvagna, futuro Centro Cultural Internacional, voltado para o ensino e aperfeiçoamento de Artes em geral.

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Parcerias necessárias Um Projeto com este perfil requer parcerias em vários níveis. • Entidades governamentais italianas poderão contribuir através de apoio institucional e facilitação burocrática. • Universidades públicas e privadas poderão alocar recursos intelectuais e organizacionais. Empresas privadas poderão direcionar recursos financeiros, através de incentivos fiscais, para tarefas de maior fôlego, bem como fornecer apoio especifico pontual. • Organizações não lucrativas internacionais poderão incluir o suporte a partes deste Projeto em seus programas de trabalho, uma vez que o Projeto oferece oportunidades nas áreas de Educação, Cultura, Turismo, Juventude, Idosos e outras. Os recursos necessários a este Projeto poderão ser recebidos na forma de convênios de transferência de know-how e/ou tecnologia, doações em espécie a fundo perdido, doações de materiais como tintas, materiais e equipamentos, veículos, cenários para as montagens teatrais, contratação de professores, monitores e especialistas, etc. Os recursos serão captados através da ONG VITAURBIS, que, como gestora do projeto, se responsabilizará pelo planejamento e execução – com equipe própria ou terceirizada - remunerando-se por um percentual do valor arrecadado. Todas as atividades serão demonstradas periódicamente aos colaboradores e apoiadores, que terão a garantia de uma auditoria externa do processo de gerenciamento financeiro feito por empresa internacional. A importância histórica, cultural, sociológica e econômica do Projeto deverá, certamente, suscitar este apoio de entidades, organizações empresariais e personalidades ligadas à cultura, interessadas na manutenção de um patrimônio universal e no desenvolvimento de um Projeto-piloto de revitalização social. Os colaboradores deste Projeto poderão utilizar-se de sua colaboração em seu marketing institucional.

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Os autores A ONG VITAURBIS surge a partir da experiência de sua idealizadora, a socióloga e antropóloga Marlene Porto Wentzler, presidente da ONG “YCMD - Sociedade Brasileira de Ajuda Mútua”, com sede no Brasil e também co-fundadora da ONG “YCMD - You Can Make a Difference”, com sede nos Estados Unidos. A ONG “YCMD - You Can Make a Difference”, fundada em 1991 por Richard Mondio e Sandra Lucia Kaiser realizou, por vários anos, projetos de apoio a comunidades carentes nos Estados Unidos, especialmente no Hawaí. As atividades incluíam conseguir residências e melhores condições de vida para moradores de rua, encaminhamento para trabalho fixo e combate a vícios. A ONG “Sociedade Brasileira de Ajuda Mútua” , criada nos moldes da YCMD norte-americana, foi fundada em 1992 com a finalidade de idealizar e executar projetos de sustentação a comunidades pobres do Brasil. Na favela Heliópolis, em São Paulo – a maior do Brasil – a “Sociedade Brasileira de Ajuda Mútua” operou durante dois anos no treinamento de monitores para orientação de jovens e no combate ao uso de drogas e a crimes em geral. Paralelamente realizou projetos pioneiros como a troca de armas por alimentos (que o governo brasileiro, dez anos depois, está hoje copiando); propôs a criação de um modelo de recuperação de detentos na forma de Prisões Agrícolas auto-suficientes - atualmente, muitos anos depois, em estudo formal pelo governo brasileiro.

Jornal de São Paulo/SP, Brasil, de 07 de abril de 1994, que documenta o lançamento da campanha de troca de armas de fogo por alimentos, de autoria de Marlene Wantzler (2ª a direita na foto). 18

A “Sociedade Brasileira de Ajuda Mútua” também trabalhou em Projetos de revitalização de comunidades, como as de Guareí, Capão Bonito e EmbuGuaçu, no estado de São Paulo. Estes Projetos, realizados no período 19921999, baseavam-se na recuperação da auto-estima dos moradores, através da implantação de núcleos educacionais, culturais e artesanais que renderam-lhes resultados financeiros substanciais. Em Guareí, por exemplo, montou-se um Centro Artesanal de produção de tapetes e tapeçarias de qualidade internacional, que chegaram a ser exportados para a Europa e Estados Unidos, tendo propiciado à maioria de sua população fundos que subsidiaram a educação superior de práticamente toda uma geração de jovens da cidade. Em outros projetos culturais, a socióloga e antropóloga Marlene Porto Wentzler redigiu, produziu e dirigiu montagens teatrais ao ar livre, baseadas em contos das 1001 Noites, com a participação da população local. Marlene Porto Wentzler é autora de inúmeros artigos e estudos sociais e antropológicos e de vários livros editados, entre os quais “Os brasileiros, uma Tragicomédia”, estudo sociológico do povo brasileiro; “Cícero - Cartas a Marco”; “A Testemunha – Diário de uma Essenia”, e “Gélon – Déspota de Siracusa”, todos romances históricos. Marlene Porto Wentzler, criadora da ONG VITAURBIS, residiu e estudou em vários países da Europa e nos Estados Unidos e domina seis idiomas.

Ofício do Governo do Estado de São Paulo/SP, Brasil, documentando o interesse pelo projeto de criação de prisões agrícolas auto-suficiente. 19

Roteiros turísticos (em implantação) Sugestões de roteiros para a mobilização para o turismo de qualidade – Fase I Roteiro “Enogastronomia com História e Arquitetura” Básico: 8 dias - Gate: Catania Na Sicilia come-se e bebe-se maravilhosamente bem. A gastronomia é variada, com pratos campestres, com muitos temperos e ervas, pastas e, é claro, frutos do mar. Da mesma forma, o vinho vem sendo feito na Itália há muitos séculos e a Sicília, por sua posição geográfica de local de encontro entre o Ocidente e o Oriente, teve a oportunidade de aprimorar processos de cultivo e de industrialização diferenciados. A partir de castas de uvas como Inzolia, Grecanica, Nero d' Avola, Perricone, Frappato, Nerello Mascalese e Catarrato, a Sicília produz em torno de 237 milhões de galões de por ano, sendo a a segunda maior produtora de vinhos da Itália. Este roteiro procura mostrar um pouco da cultura enogastronômica, sem perder de vista as atrações históricas e arquitetônicas.

1º. dia: Catania Chegada em Catania. Do aeroporto seguimos para o Hotel de Agriturismo La Conca dell’Etna, em Castiglione di Sicilia, distante cerca de 50 Km, pela auto-estrada, passando pela região de Taormina. Recepção e relax da viagem.

Catedral de Catania, dedicada à Santa Ágata

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Região do vale do Etna.

2º. dia: região do vulcão Etna e Taormina. 9:00 hs: saida do hotel La Conca dell’Etna para passear pela região do vulcão Etna, visitando comunidades e vilas do Vale do rio Alcantara, Randazzo e Linguaglossa, além de um vinhedo neste que é o mais fértil vale da Sicília. Almoçamos no Parque do Etna - o maior vulcão da Europa, com 3.345 metros e um dos mais ativos do mundo seguindo para Taormina, com chegada prevista para as 15:30 hs. Taormina é uma cidade medieval, onde faremos um passeio a pé pela Piazza del Duomo com sua fonte barroca guardada pela Cattedrale di San Nicoló e pelo Palazzo Comunale. Jantaremos no Vale do Alcântara e após o jantar retornamos ao hotel La Conca dell’Etna. 3º. dia: Tindari e Randazzo – culinária sofisiticada 9:30 hs: saida do hotel La Conca dell’Etna em direção a Tindari pela região montanhosa Peloritani, uma bela viagem por estrada asfaltada com duração de 1:00, com direito a paradas para fotos imperdíveis, incluindo-se parreirais. Passaremos a manhã em Tindari. Fundada em 396 a.C., Tindari tem belos prédios históricos, entre os quais o Santuário de la Madonna e o Teatro Greco, que visitaremos. Uma vista imperdível é o Promontorio, um espetáculo natural de rara beleza. Almoçamos em Tindari. De Tindari seguimos para Randazzo onde aprenderemos segredos da culinária siciliana nais refinada, com receitas baseadas em funghis. Ao fim do dia jantamos em Randazzo e retornamos para Castiglione di Sicilia e para o hotel La Conca dell’Etna. 4º. dia: Catania e Piazza Armerina 10:00 hs: Saimos do hotel La Conca dell’Etna com as malas e seguimos para Catania, pela auto-estrada margeando o Mar Jonico. Construida com pedras vulcânicas pelos gregos no ano de 729 a.C, Catania foi sendo abalada pelo vulcão Etna e reconstruida ao longo dos séculos, mas ainda é uma das cidades mais charmosas da Itália. Faremos um passeio pelo centro velho para conhecer o Castello Ursino, do ano 1.250, a famosa Cattedrale dedicada a Santa Ágata (onde está o túmulo do compositor Bellini), o Pallazzo Biscari e o Teatro Bellini. Almoçamos em um simpático restaurante, no centro. 22

Após o almoço seguimos para Piazza Armerina, uma das mais fascinantes localidades de interesse arqueológico da Sicilia. A viagem, por si só uma atração, será feita por vales e montanhas, passando por vilarejos de surpreendente beleza e simplicidade. Na chegada nos hospedaremos no Hotel Gigliotto – implantado em um convento medieval - e teremos o final da tarde livre para um passeio na região rural de Piazza Armerina. Jantar especial no Hotel Gigliotto. Piazza Armerina

5º. dia: Piazza Armerina – culinária campestre siciliana 10:00 hs: Saimos do Hotel Gigliotto para um passeio pelos olivais da região e pelo centro de Piazza Armerina (cidade com visivel influência árabe e maravilhosos mosaicos romanos), onde visitaremos a Villa del Casale, ruínas romanas do século XVIII, que apresentam o mais bem conservado painel de mosaicos romanos do mundo, tombada como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Almoçamos em Piazza Armerina e em seguida retornamos ao Hotel Gigliotto onde aprenderemos truques da culinária campestre siciliana com o chef de cuisine. 6º. dia: Caltanisetta e Agrigento 9:00 hs: Saimos do hotel Gigliotto com as malas e seguimos para Caltanissetta, onde vamos conhecer o Muro Medieval, as ruinas das minas de enxofre, do século XV, a Piazza Garibaldi e a Igreja de São Sebastião, de estilo barroco. Seguimos para Agrigento, fundada pelos gregos, conquistada pelos romanos em 210 A.C. e que ao longo dos séculos foi ocupada por bárbaros, bizantinos e normandos. Terra do escritor e teatrólogo Luigi Pirandello (Prêmio Nobel de Literatura de 1934), e denominada pelo poeta grego Píndaro “a cidade mais bonita dos mortais”. Em Agrigento vamos visitar a Catedral e Museu Diocesano, a Piazza Vittorio Emanuele (onde almoçamos) e a propriedade da Vinícola Morgante, na região de Grotte, onde são produzidos vinhos finos da casta Nero D’Avila, sob os cuidados do enólogo Riccardo Cotarella. O tinto Don Antonio, da Morgante recebeu 90 pontos e o seguinte comentário da revista “Wine Spectators”: "Attractive aromas of crushed berries, flowers and cinnamon. Lots of smoke. Full-bodied, with a solid core of fruit and medium fine tannins. Fruity finish. Well done." E 92 pontos com o seguinte comentário da revista “The Wine Advocates”: "The finest wine I have ever tasted from the nero d'Avola grape". Teremos um jantar especial de frutos do mar e relaxaremos em um hotel em na região de Agrigento.

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7º. dia: Agrigento – culinária de frutos do mar 10:00 hs: Saimos do hotel em Agrigento e passamos a manhã visitando a cidade, com dedicação especial para o Valle dei Templi (o Vale dos Templos), um conjunto de templos romanos e gregos com mais de 25 séculos. Após o almoço vamos fazer nosso terceiro curso de culinária – desta vez aprendendo os truques dos sicilianos para preparar pescados e frutos do mar. Jantamos em Agrigento onde pernoitamos. 8º. dia: Siracusa e Catania 8:00 hs: Saimos de Agrigento com as malas e seguimos para Siracusa e Catania, por uma auto-estrada que margeia dois oceanos: o Mar Mediterrâneo e o Mar Jônico. Passamos a manhã e parte da tarde em Siracusa visitando o Templo de Apollo, o Palazzo Greco e o Museo Archeologico Regionale Paolo Orsi. No fim da tarde seguimos para Catania, por rodovia ao longo do Mar Jônio, um passeio de 30 minutos. Em Catania terminam nossos serviços. Para um roteiro de 12 dias, acrescentar: • De Agrigento, dois dias a mais em Sambuca di Sicilia visitando a cantina Torrevecchia e em Marsala, Trapani, visitando a cantina histórica da Donnafugata • De Marsala um dia a mais em Palermo e Corleone • No fim do programa, um dia a mais em Catania, visitando Siracusa e Noto

Templo de Apollo, em Siracusa

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Roteiro “Arquitetura Histórica” Básico: 8 dias Gate: Catania A Sicília pode ser considerada um “parque de diversões” para os apreciadores da arte, cultura e arquitetura históricas, porque a fantasia se mistura com a realidade. A ilha italiana oferece atrativos construídos ao longo de vários séculos, arquitetônicamente divididos em três grandes períodos: o de influência grega (especialmente templos e teatros dóricos, jônicos e corintios); o período medieval, que conviveu com influências bizantinas, árabes e normandas; e a partir do século XVI o barroco italiano – que de tão rico ficou conhecido como o “barroco siciliano” – que se expressa especialmente nas igrejas. Este roteiro foi planejado para permitir o conhecimento das bases da arquitetura histórica da Sicilia através de algumas de suas principais manifestações.

1º. dia: Catania Chegada em Catania. Do aeroporto seguimos para o Hotel de Agriturismo La Conca dell’Etna, em Castiglione di Sicilia, distante cerca de 50 Km, pela auto-estrada, passando pela região de Taormina. 2º. dia: região do vulcão Etna e Taormina. 8:00 hs: saida do hotel La Conca dell’Etna para passear pela região do vulcão Etna, visitando comunidades e vilas do Vale do rio Alcantara, Randazzo e Linguaglossa. Almoçamos no Parque do Etna - o maior vulcão da Europa, com 3.345 metros e um dos mais ativos do mundo – e seguimos para Forza D’Agró (40 minutos), onde visitaremos a Igreja onde foi filmado o casamento de Don Corleone no filme “O Poderoso Chefão”. A viagem segue para Taormina, com chegada prevista para as 15:30 hs. Taormina é uma cidade medieval, onde faremos um passeio a pé pela Piazza del Duomo com sua fonte barroca guardada pela Cattedrale di San Nicoló e pelo Palazzo Comunale. Jantaremos na praça e após o jantar retornamos ao hotel La Conca dell’Etna.

Via dos Arcos, em Randazzo

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Castelo de Frederico de Milazzo

3º. dia: Tindari, Milazzo e Messina 8:00 hs: saida do hotel La Conca dell’Etna em direção a Tindari pela região montanhosa dos Peloritani, uma bela viagem por estrada asfaltada com duração de 1:30, com direito a paradas para fotos imperdíveis. 9:30: chegada em Tindari. Fundada em 396 a.C., Tindari tem belos prédios históricos, entre os quais o Santuário de la Madonna e o Teatro Greco, que visitaremos. Uma vista imperdível é o Promontorio, um espetáculo natural de rara beleza. De Tindari seguimos para Milazzo (15 minutos de viagem), cidade à beira-mar, onde visitaremos o Castelo de Frederico II, Capo Milazzo (onde almoçamos) e o Il Duomo. 17:00 hs: retornamos para Castiglione di Sicilia com uma pequena parada para conhecer o Duomo de Messina. Chegada no hotel La Conca dell’Etna às 19:30hs 4º. dia: Catania e Piazza Armerina 8:00 hs: Saimos do hotel La Conca dell’Etna com as malas e seguimos para Catania, pela auto-estrada margeando o Mar Jonico. Construida com pedras vulcânicas pelos gregos no ano de 729 a.C, Catania foi sendo abalada pelo vulcão Etna e reconstruida ao longo dos séculos, mas ainda é uma das cidades mais charmosas da Itália. Faremos um passeio pelo centro velho para conhecer o Castello Ursino, do ano 1.250, a famosa Catedral dedicada a Santa Ágata (onde está o túmulo do compositor Bellini), o Pallazzo Biscari e o Teatro Bellini. Almoçamos em um simpático restaurante, no centro. As 15:00 hs seguimos para Piazza Armerina, uma das mais fascinantes localidades de interesse arqueológico da Sicilia. A viagem, por si só uma atração, será feita por vales e montanhas, passando por vilarejos de surpreendente beleza e simplicidade. Na chegada nos hospedaremos no Hotel Gigliotto – implantado em um convento medieval - e teremos o final da tarde livre para um passeio na região rural de Piazza Armerina. Jantar especial no Hotel Gigliotto. 26

5º. dia: Piazza Armerina, Caltagirone e Morgantina 9:00 hs: Saimos do Hotel Gigliotto para um passeio pelos olivais da região e pelo centro de Piazza Armerina (cidade com visivel influência árabe e maravilhosos mosaicos romanos), onde visitaremos a Villa del Casale, ruínas romanas do século XVIII, que apresentam o mais bem conservado painel de mosaicos romanos do mundo, tombada como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Depois do almoço seguimos para Caltagirone para visitar o famoso Museu da Cêramica e a Scalinata di Santa Maria del Monte, uma escadaria com 142 grades ornados por cerâmicas dos anos Setecentos. De Galtagirone vamos a Morgantina onde conheceremos o Teatro Greco e seu projeto de reconstrução, de onde retornamos para Piazza Armerina. 6º. dia: Caltanissetta, Agrigento e Sellinunte 8:00 hs: Saimos do hotel Gigliotto com as malas e seguimos para Caltanissetta, onde vamos conhecer o Muro Medieval, as ruinas das minas de enxofre, do século XV, a Piazza Garibaldi e a Igreja de São Sebastião, de estilo barroco. Seguimos para Agrigento, fundada pelos gregos, conquistada pelos romanos em 210 A.C. e que ao longo dos séculos foi ocupada por bárbaros, bizantinos e normandos. Terra do escritor e teatrólogo Luigi Pirandello (Prêmio Nobel de Literatura de 1934), e denominada pelo poeta grego Píndaro “a cidade mais bonita dos mortais”. Em Agrigento vamos visitar a Catedral e Museu Diocesano, o Convento di Santo Spirito, a Piazza Vittorio Emanuele (onde almoçamos) e o Valle dei Templi (o Vale dos Templos), um conjunto de templos romanos e gregos com mais de 25 séculos. No fim da tarde seguimos por uma auto-estrada com vista para o Mar Mediterrâneo para Sellinunte, onde nos hospedaremos no Hotel Garzia, local de nosso jantar e pernoite. 7º. dia: Sellinunte, Marsala e Trapani 8:00 hs: Saimos do hotel Garzia com as malas e passamos a manhã visitando a Acrópole e os Templos “C” e Porto de Trapani “D” de Sellinunte, onde almoçamos. Após o almoço seguimos para Erice, por rodovia ao longo do Mar Mediterrâneo, conhecendo as cidades de Marsala e Trapani, um passeio de 1 hora. Em Erice faremos um passeio por esta cidade de origem antiquíssima, cercada por muralhas medievais, repleta de prédios de inestimável valor arqueológico como o Castello Peppoli e Venere, de origem normanda. No fim da tarde seguimos (15 minutos) para o hotel Duca di Castelmonti, na peninsula San Vito lo Capo, onde jantamos e dormimos.

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8º. dia: Palermo e Monreale 8:00 hs: Saimos do hotel Duca di Castelmonti com as malas e seguimos para Palermo, a capital da Sicília (80 kms), pelo litoral Tirreno. Passamos o dia em Palermo, visitando o Palazzo Abatellis, la Gancia, a Catedral – de 1.184, com diferentes estilos arquitetônicos - a belíssima Capella Pallatina e o Duomo com seus afrescos bizantinos em Monreale. No fim da tarde seguimos para Catania (180 Km), por uma auto-estrada que corta a Sicília, onde chegaremos as 20:00 horas para jantar e dormir. Ou embarque, dependendo do horário dos vôos. 9º. dia: Catania Dia livre para passeios e compras, até o embarque. Para um roteiro de 12 dias, acrescentar: • Um dia a mais em Palermo e Corleone • Um dia a mais em Erice, visitando Segesta e Capo San Vito • Um dia a mais em Catania, visitando Siracusa, Noto e Ragusa • Um dia mais em Catania e arredores

Fonte Pretória, em Palermo

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Roteiro “Golfe, cultura e história” Básico: 8 dias Gate: Catania A ilha italiana oferece atrativos construídos ao longo de vários séculos, arquitetônicamente divididos em três grandes períodos: o de influência grega (especialmente templos e teatros dóricos, jônicos e corintios); o período medieval, que conviveu com influências bizantinas, árabes e normandas; e a partir do século XVI o barroco italiano – que de tão rico ficou conhecido como o “barroco siciliano” – que se expressa especialmente nas igrejas. Este roteiro foi planejado para permitir o conhecimento das bases da arquitetura histórica da Sicilia através de algumas de suas principais manifestações, associado ao prazer de jogar golfe em um belíssimo e muito acolhedor campo de 18 buracos, na região de Castiglione di Sicilia.

1º. dia: Catania Chegada em Catania. Do aeroporto seguimos para o Hotel de Agriturismo La Conca dell’Etna, em Castiglione di Sicilia, distante cerca de 50 Km, pela auto-estrada, passando pela região de Taormina. Recepção e acomodação. 2º. dia: região do vulcão Etna e Golfe 8:00 hs: saimos do hotel La Conca dell’Etna e seguimos para o Il Picciolo Golf Club, em Castiglione di Sicilia, onde passamos a manhã e almoçamos. Para os acompanhantes que não jogam golfe será organizada uma visita ao Parque do Etna. Após o almoço vamos passear pela região do vulcão Etna o maior vulcão da Europa, com 3.345 metros e um dos mais ativos do mundo – visitando comunidades e vilas do Vale do rio Alcantara, Randazzo e Linguaglossa. Ao final do dia retornamos ao hotel La Conca dell’Etna para um jantar especial e pernoite. 3º. dia: Tindari 8:00 hs: saida do hotel La Conca dell’Etna para o Il Picciolo Golf Club, em Castiglione di Sicilia, onde passamos a manhã e almoçamos. Para os acompanhantes que não jogam golfe será organizada uma visita a produtores de frutas na região. Após o almoço seguimos em direção a Tindari pela região montanhosa dos Peloritani, via Naso e Capo D’Orlando, uma bela viagem por estrada asfaltada com Castiglioni di Sicilia duração de 1:00, com direito a paradas para fotos imperdíveis. Passamos a tarde em Tindari. Fundada em 396 a.C., Tindari tem belos prédios históricos, entre os quais o Santuário de la Madonna e o Teatro Greco, que visitaremos. Uma vista imperdível é o Promontorio, um espetáculo natural de rara beleza. Jantamos no Vale do Alcântara e retornamos ao hotel para pernoitar. 29

4º. dia: Forza D’Agró e Taormina 8:00 hs: saida do hotel La Conca dell’Etna em direção ao Il Picciolo Golf Club, em Castiglione di Sicilia, onde passamos a manhã e almoçamos. Os acompanhantes que não jogam golfe terão a manhã livre para relaxar. Após o almoço seguimos para Forza D’Agró, passando por Taormina (40 minutos). Em Forza D’Agró visitaremos a igreja onde foi filmado o casamento de Don Corleone no filme “O Poderoso Chefão”. Em seguida vamos para Taormina (15 minutos) onde visitaremos o Palazzo Corvaja (construção normanda do século XV com influência árabe) e o Museu de Arte Popular e jantaremos na Piazza del Duomo, guardada pela Cattedrale di San Nicoló e pelo Palazzo Comunale. Ao final do dia retornamos ao hotel La Conca dell’Etna para pernoitar. 5º. dia: Catania e Piazza Armerina 8:00 hs: Saimos do hotel La Conca dell’Etna com as malas e seguimos para Catania, pela auto-estrada margeando o Mar Jonico. Construida com pedras vulcânicas pelos gregos no ano de 729 a.C, Catania foi sendo abalada pelo vulcão Etna e reconstruida ao longo dos séculos, mas ainda é uma das cidades mais charmosas da Itália. Faremos um passeio pelo centro velho para conhecer o Castello Ursino, do ano 1.250, a famosa Cattedrale dedicada a Santa Ágata (onde está o túmulo do compositor Bellini), o Pallazzo Biscari e o Teatro Bellini. Almoçamos em um simpático restaurante, no centro. As 15:00 hs seguimos para Piazza Armerina, uma das mais fascinantes localidades de interesse arqueológico da Sicilia. A viagem, por si só uma atração, será feita por vales e montanhas, passando por vilarejos de surpreendente beleza e simplicidade. Na chegada nos hospedaremos no Hotel Gigliotto – implantado em um convento medieval – e teremos o final da tarde livre para um passeio na região rural de Piazza Armerina. Jantar especial no Hotel Gigliotto. Castelo Ursino em Catania 6º. dia: Piazza Armerina, Caltagirone e Morgantina 9:00 hs: Saimos do Hotel Gigliotto para um passeio pelos olivais da região e pelo centro de Piazza Armerina (cidade com visivel influência árabe e maravilhosos mosaicos romanos), onde visitaremos a Villa del Casale, ruínas romanas do século XVIII, que apresentam o mais bem conservado painel de mosaicos romanos do mundo, tombada como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Depois do almoço seguimos para Caltagirone para visitar o famoso Museu da Cêramica e a Scalinata di Santa Maria del Monte, uma escadaria com 142 grades ornados por cerâmicas dos anos Setecentos. De Galtagirone vamos a Morgantina onde conheceremos o Teatro Greco e seu projeto de reconstrução, de onde retornamos para Piazza Armerina para jantar no Hotel Gigliotto 30

7º. dia: Caltanisetta e Agrigento 8:00 hs: Saimos do hotel Gigliotto com as malas e seguimos para Caltanissetta, onde vamos conhecer o Muro Medieval, as ruinas das minas de enxofre, do século XV, a Piazza Garibaldi e a Igreja de São Sebastião, de estilo barroco. Seguimos para Agrigento, fundada pelos gregos, conquistada pelos romanos em 210 A.C. e que ao longo dos séculos foi ocupada por bárbaros, bizantinos e normandos. Terra do escritor e teatrólogo Luigi Pirandello (Prêmio Nobel de Literatura de 1934), e denominada pelo poeta grego Píndaro “a cidade mais bonita dos mortais”. Em Agrigento vamos visitar a Catedral e Museu Diocesano, o Convento di Santo Spirito, a Piazza Vittorio Emanuele (onde almoçamos) e o Valle dei Templi (o Vale dos Templos), um conjunto de templos romanos e gregos com mais de 25 séculos. Nos hospedaremos em um hotel em Agrigento.

Abadia do Espírito Santo em Caltanissetta

8º. dia: Agrigento, litoral Mediterrâneo, Siracusa e Catania 8:00 hs: Saimos do hotel com as malas e e seguimos para Siracusa via Gela, uma viagem de 90 minutos com belas paisagens ao longo do litoral Mediterrâneo. Passamos a manhã e parte da tarde em Siracusa visitando o Templo de Apollo, o Palazzo Greco e o Museo Archeologico Regionale Paolo Orsi. As 16:00 horas seguimos para Catania, por rodovia ao longo do Mar Jônio, um passeio 30 minutos. Em Catania terminam nossos serviços. Para um roteiro de 12 dias, acrescentar: • Um dia a mais em Palermo e Corleone • Um dia a mais em Erice, visitando Segesta e Capo San Vito • Um dia a mais em Catania, visitando Siracusa e Noto • Um dia mais em Catania e região

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Mais Informações A VITAURBIS agradece o interesse de organizações interessadas em colaborar com este Projeto. Para mais informações, por gentileza entre em contato com: [email protected]

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