RioTumblr: Novas lógicas e plataformas para o movimento Riot Grrrl

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RIOTumblr: Novas lógicas e plataformas para o movimento Riot Grrrl

Gabriela Gelain

As três ondas do feminismo Primeira onda do feminismo: Iniciou durante século XIX avançando pelo começo do século XX. ● Ativismo e contestavam a questão do poder político ● O voto foi permitido no Reino Unido a partir de 1918 ● Direito pelo corpo, sentimentos e desejos (contestam o casamento) ● Ainda não há um grande debate sobre o aborto

Segunda onda do feminismo ● 1960 até a década de 1980 ● Esse segundo movimento durou até a década de 1980 e recebeu o slogan “O pessoal é político”, que foi criado pela feminista Carol Hanisch. ● Em 1964 também aparece a frase “Liberação das Mulheres” nos EUA. ● Esta fase identificava o problema da desigualdade em questões culturais e políticas

Terceira onda feminista ● Tem início em 1990 ● Abordagens micropolíticas ● Questionamento do padrão branco de classe média-alta das feministas ● Redefenição de estratégias ● Olhar crítico para o próprio movimento ● “Feminismo da Diferença”

Donna Haraway, em O Manifesto Ciborgue “A consciência de classe, de raça ou de gênero é uma conquista que nos foi imposta pela terrível experiência histórica

das

realidades

sociais

contraditórias

capitalismo, do colonialismo e do patriarcado.”

do

Pós-feminismo ● Conceito que apresenta variantes na sua definição ● Encontra-se próximo do discurso do pósmodernismo, na medida em que ambos têm por objectivo desconstruir/desestabilizar o gênero enquanto categoria fixa e imutável.

Pós-feminismo O pós-feminismo enfatiza a escolha das mulheres, mas esta escolha é geralmente emoldurada nas denifições de feminilidade e nos comerciais imperativos. (NEELY, 2012)

Angela McRobbie sobre o “pós feminismo mascarado” ● Há um retorno das noções tradicionais de feminilidade combinadas com uma percepção de independência.

O manifesto ciborgue e a visão de Haraway sobre o feminismo ● Fragmentação entre as feministas tem feito com que o conceito de mulher se torne escorregadio ● Este conceito acaba funcionando como uma desculpa para a matriz das dominações que as mulheres exercem umas sobre as outras. ● Há uma busca por uma nova unidade essencial. “Existe também um reconhecimento crescente de uma outra resposta: aquela que se dá por meio da coalizão - a afinidade em vez da identidade.”

Manifesto Ciborgue (Donna Haraway) ● Há uma crítica da persistente tendência, entre as feministas contemporâneas, de diferentes “momentos” ou “versões”do feminismo ● Taxonomização do movimento feminista

RIOT GRRRL: feministas do punk ● Washington, 1990 ● Fanzines ou grrrlzines ● Bandas (Bratmobile, Bikini Kill, Babes in Toyland, L7)

Ativismo das Riot Grrrls ● Proposta diferente de conceitualizar o feminismo militante. O foco não era nas tradicionais passeatas e comícios: o ativismo cultural foi voltado para a criação de arte, cinema, música e fanzines. ● Não há uma hierarquia no movimento

Fanzines Feministas/ Grrrlzines ● Os primeiros fanzines eram revistas de fãs que tratavam de temas relacionados a ficção científica e histórias em quadrinhos. ● Anos 30 x anos 70 ● Já os fanzines feministas aparecem pela primeira vez nos EUA (país pioneiro e maior produtor, seguido da França).

Riot Grrrl Manifesto ●

Escrito por Kathleen Hanna, em 1991 para o fanzine Bikini Kill #1.

PORQUE nós não estamos dispostas a permitir que nossa raiva real e válida seja espalhada e/ou jogada contra nós via sexismo internalizado, como nós temos visto no ciúme entre garotas e comportamentos auto-destrutivos. PORQUE vendo nosso trabalho como sendo conectado com as vidas reais e as políticas das nossas amigas é essencial que entendamos estamos impactando, refletindo, perpetuando ou ROMPENDO com o status quo.

Riot Grrrl Manifesto PORQUE nós garotas desejamos fazer discos e livros e fanzines que falem a NÓS e que NÓS nos sentimos incluídas e possamos entender isso de nossas próprias maneiras. PORQUE nós queremos facilitar para garotas verem/ouvir o trabalho uma das outras, para que a gente possa compartilhar estratégias e criticaraplaudir umas às outras.

As comunidades online das riot grrrls de hoje ● Kate Nash no The Guardian em 13/02/2015.

Tumblrs: do íntimo ao público

Zines e Tumblrs

A plataforma Tumblr a favor do feminismo Assim como as publicações das Riot Grrrls surgiram da sua inconformidade, do âmbito íntimo para o público, as meninas produzem textos com impressões e frustrações pessoais. O Tumblr surge como espaço, no meio digital, para os novos manifestos das representantes da terceira onda do feminismo.

Referências HARAWAY, D. Um manifesto para os ciborgues: ciência, tecnologia e feminismo socialista na década de 80. In: HOLLANDA, H. B. Tendências e impasses. O feminismo como crítica da cultura. RJ: Rocco, 1994. MONEM, N (Ed.). Riot Grrrl: revolution girl style now! London: Black Dog, 2007. NASH, K. Kate Nash's Girl Gang: the online community for today's riot grrrls. Online, 2015. Disponível em: http://www.theguardian. com/music/2015/feb/06/kate-nashs-girl-gang- the-online-community-for-todaysriot-grrrls Acesso em 27/05/2015.

Referências NEELY, S. Making bodies visible: Post-feminism and the pornographication of Online Identities. In: GUNKEL, D.; GOURNELOS, T. (Ed). Transgression 2.0 Media, culture and the politics of the digital age. NYC: Continuum, 2012. TRIGGS, T. Fanzines: The DIY Revolution. São Francisco: Chronicle, 2010.

Obrigada :)

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