Saída de Foster não resolve problemas da Petrobras, dizem analistas
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05/02/2015
Saída de Foster não resolve problemas da Petrobras, dizem analistas | Economia | DW.DE | 04.02.2015
NOTÍCIAS / ECONOMIA
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Saída de Foster não resolve problemas da Petrobras, dizem analistas Para que petroleira recupere a credibilidade, novo presidente precisa combater com pulso firme a corrupção na estatal, avaliam especialistas. Transparência é fundamental, assim como a demissão de envolvidos em esquemas.
As denúncias de corrupção da Petrobras e o desempenho negativo da empresa culminaram com a saída de Graça Foster da presidência da estatal. Após um dia intenso de especulações, Foster e mais cindo diretores renunciaram nesta quartafeira (04/02) a seus cargos. A mudança, no entanto, não resolve os problemas da Petrobras, avaliam especialistas ouvidos pela DW Brasil. Para analistas, a nova diretoria precisa fazer uma verdadeira limpa na estatal para que a empresa possa recuperar a credibilidade perdida com os escândalos. "Tirar qualquer pessoa que não atenda e satisfaça os acionistas é bom. Agora, não podemos ignorar que a Petrobras é uma empresa extremamente complexa de se administrar e que existem problemas enraizados na própria cultura da estatal", afirma o economista Samy Dana, da Fundação Getúlio Vargas. "Nesse sentido, tirar a Graça Foster não acaba com os problemas, ela não é o mal da Petrobras." Para José MatiasPereira, professor de administração pública da UnB, a saída de Foster era necessária para que a petroleira volte a ter credibilidade, mas a estatal continua com um problema sério de corrupção. "O caso da Petrobras não se resolve com a indicação de um novo presidente e de uma nova diretoria", afirma. Diversos nomes são citados pela imprensa como possíveis candidatos a vaga de Foster. Entre eles estão Rodolfo Landim, expresidente da OGX e exdiretor da Petrobras; Henrique Meirelles, presidente do Banco Central durante o governo Lula; Roger Agnelli, expresidente da Vale; Luciano Coutinho, presidente do BNDES; Antonio Maciel Neto, presidente do Grupo Caoa e exfuncionário da Petrobras; Alexandre Tombini, presidente do Banco Central; e Nildemar Secches, expresidente da Perdigão; e até Murilo Ferreira, presidente da Vale. "O novo presidente da empresa deverá ter experiência para lidar tanto com a situação econômica desfavorável, quanto com a situação política delicada, o que faz com que a decisão do novo nome não http://www.dw.de/sa%C3%ADdadefostern%C3%A3oresolveproblemasdapetrobrasdizemanalistas/a18234799
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seja meramente técnica", avalia o cientista político Filipe Souza Corrêa, do Instituto Alemão de Estudos Globais e Regionais (Giga), em Hamburgo.
Desafios da nova diretoria O governo ainda não se posicionou, mas independente de quem seja o escolhido, a nova diretoria terá grandes desafios pela frente para recuperar não apenas a credibilidade, mas também o crescimento da Petrobras. "A recuperação da imagem da empresa no mercado internacional será certamente a principal tarefa do novo presidente, o que envolve medidas bastante claras a fim de sanar os problemas na gestão de contratos denunciados pela Operação Lava Jato", afirma Corrêa. "A principal delas é o fortalecimento da Diretoria de Governança, Risco e Divulgação de baixa de 88 bilhões de reais foi decisiva para
Conformidade, criada em 2014 em decorrência
renúncia
da aprovação da Lei Anticorrupção." O novo presidente deve ter pulso firme para
combater a corrupção na estatal e, para isso, demissões são necessárias, considera Dana. "Para recuperar a empresa é preciso demitir todas as pessoas envolvidas e que tenham evidências de participação em qualquer tipo de esquema. É uma limpeza total, e a empresa recomeça mais ou menos do zero", afirma. MatiasPereira acrescenta ainda que, para conseguir credibilidade, transparência é fundamental. "É necessário que o indicado tenha a percepção clara de que é preciso dialogar com a sociedade, informar o que esta acontecendo dentro da empresa." A tentativa de retomar a credibilidade vem num momento difícil, devido ao preço baixo do petróleo no mercado internacional, o que diminui as receitas de exportação e emperra novos investimentos no setor.
Impacto no mercado O mercado interno reagiu bem à saída de Foster. Já nesta terçafeira, os rumores de uma possível saída da presidente da estatal fizeram as ações da Petrobras subirem 15%. Nesta quartafeira, logo após o anúncio da renúncia, as ações começaram a operar em alta, mas acabaram recuando no decorrer do dia. Foster assumiu o comando da Petrobras em fevereiro de 2012, se tornando a primeira mulher do mundo a comandar uma empresa de petróleo de grande porte. Mesmo com a deflagração da Operação Lava Jato, em março de 2014, e o acúmulo de resultados negativos na petroleira, a presidente Dilma Rousseff vinha adiando o afastamento de Foster. No entanto, a divulgação de baixas nos ativos da empresa de aproximadamente 88 bilhões de reais na semana passada, referentes a perdas por corrupção e ineficiência da execução de projetos, foi a gota d'água para que Foster deixasse o controle da estatal. O conselho de administração da companhia se reúne nesta sextafeira para a escolha dos substitutos da presidente e diretores.
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Data 04.02.2015 Autoria Clarissa Neher Assuntos relacionados Dilma Rousseff Palavraschave Petrobras, Lava Jato, corrupção, Graça Foster, Dilma Rousseff Compartilhar
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