Saída de Foster não resolve problemas da Petrobras, dizem analistas

August 28, 2017 | Autor: Filipe Corrêa | Categoria: Brazilian Politics
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05/02/2015

Saída de Foster não resolve problemas da Petrobras, dizem analistas | Economia | DW.DE | 04.02.2015

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Saída de Foster não resolve problemas da Petrobras, dizem analistas Para que petroleira recupere a credibilidade, novo presidente precisa combater com pulso firme a corrupção na estatal, avaliam especialistas. Transparência é fundamental, assim como a demissão de envolvidos em esquemas.

As denúncias de corrupção da Petrobras e o desempenho negativo da empresa culminaram com a saída de Graça Foster da presidência da estatal. Após um dia intenso de especulações, Foster e mais cindo diretores renunciaram nesta quarta­feira (04/02) a seus cargos. A mudança, no entanto, não resolve os problemas da Petrobras, avaliam especialistas ouvidos pela DW Brasil. Para analistas, a nova diretoria precisa fazer uma verdadeira limpa na estatal para que a empresa possa recuperar a credibilidade perdida com os escândalos. "Tirar qualquer pessoa que não atenda e satisfaça os acionistas é bom. Agora, não podemos ignorar que a Petrobras é uma empresa extremamente complexa de se administrar e que existem problemas enraizados na própria cultura da estatal", afirma o economista Samy Dana, da Fundação Getúlio Vargas. "Nesse sentido, tirar a Graça Foster não acaba com os problemas, ela não é o mal da Petrobras." Para José Matias­Pereira, professor de administração pública da UnB, a saída de Foster era necessária para que a petroleira volte a ter credibilidade, mas a estatal continua com um problema sério de corrupção. "O caso da Petrobras não se resolve com a indicação de um novo presidente e de uma nova diretoria", afirma. Diversos nomes são citados pela imprensa como possíveis candidatos a vaga de Foster. Entre eles estão Rodolfo Landim, ex­presidente da OGX e ex­diretor da Petrobras; Henrique Meirelles, presidente do Banco Central durante o governo Lula; Roger Agnelli, ex­presidente da Vale; Luciano Coutinho, presidente do BNDES; Antonio Maciel Neto, presidente do Grupo Caoa e ex­funcionário da Petrobras; Alexandre Tombini, presidente do Banco Central; e Nildemar Secches, ex­presidente da Perdigão; e até Murilo Ferreira, presidente da Vale. "O novo presidente da empresa deverá ter experiência para lidar tanto com a situação econômica desfavorável, quanto com a situação política delicada, o que faz com que a decisão do novo nome não http://www.dw.de/sa%C3%ADda­de­foster­n%C3%A3o­resolve­problemas­da­petrobras­dizem­analistas/a­18234799

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Saída de Foster não resolve problemas da Petrobras, dizem analistas | Economia | DW.DE | 04.02.2015

seja meramente técnica", avalia o cientista político Filipe Souza Corrêa, do Instituto Alemão de Estudos Globais e Regionais (Giga), em Hamburgo.

Desafios da nova diretoria O governo ainda não se posicionou, mas independente de quem seja o escolhido, a nova diretoria terá grandes desafios pela frente para recuperar não apenas a credibilidade, mas também o crescimento da Petrobras. "A recuperação da imagem da empresa no mercado internacional será certamente a principal tarefa do novo presidente, o que envolve medidas bastante claras a fim de sanar os problemas na gestão de contratos denunciados pela Operação Lava Jato", afirma Corrêa. "A principal delas é o fortalecimento da Diretoria de Governança, Risco e Divulgação de baixa de 88 bilhões de reais foi decisiva para

Conformidade, criada em 2014 em decorrência

renúncia

da aprovação da Lei Anticorrupção." O novo presidente deve ter pulso firme para

combater a corrupção na estatal e, para isso, demissões são necessárias, considera Dana. "Para recuperar a empresa é preciso demitir todas as pessoas envolvidas e que tenham evidências de participação em qualquer tipo de esquema. É uma limpeza total, e a empresa recomeça mais ou menos do zero", afirma. Matias­Pereira acrescenta ainda que, para conseguir credibilidade, transparência é fundamental. "É necessário que o indicado tenha a percepção clara de que é preciso dialogar com a sociedade, informar o que esta acontecendo dentro da empresa." A tentativa de retomar a credibilidade vem num momento difícil, devido ao preço baixo do petróleo no mercado internacional, o que diminui as receitas de exportação e emperra novos investimentos no setor.

Impacto no mercado O mercado interno reagiu bem à saída de Foster. Já nesta terça­feira, os rumores de uma possível saída da presidente da estatal fizeram as ações da Petrobras subirem 15%. Nesta quarta­feira, logo após o anúncio da renúncia, as ações começaram a operar em alta, mas acabaram recuando no decorrer do dia. Foster assumiu o comando da Petrobras em fevereiro de 2012, se tornando a primeira mulher do mundo a comandar uma empresa de petróleo de grande porte. Mesmo com a deflagração da Operação Lava Jato, em março de 2014, e o acúmulo de resultados negativos na petroleira, a presidente Dilma Rousseff vinha adiando o afastamento de Foster. No entanto, a divulgação de baixas nos ativos da empresa de aproximadamente 88 bilhões de reais na semana passada, referentes a perdas por corrupção e ineficiência da execução de projetos, foi a gota d'água para que Foster deixasse o controle da estatal. O conselho de administração da companhia se reúne nesta sexta­feira para a escolha dos substitutos da presidente e diretores.

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Saída de Foster não resolve problemas da Petrobras, dizem analistas | Economia | DW.DE | 04.02.2015

M AIS SOBR E ESTE ASSU N TO A Graça Foster renuncia, e Petrobras escolhe nova diretoria na sexta  SEM A N A  EM  IM A GEN S ( 2  A  8  D E FEVER EIR O D E 2 0 1 5 )

Estatal confirma saída da presidente e de mais cinco diretores em nota ao mercado financeiro. Especulações sobre substituto correm soltas, e oito nomes são citados, entre eles o de Henrique Meirelles. (04.02.2015)   A presidente da estatal e cinco diretores da empresa renunciaram aos cargos nesta quarta­feira, confirmando Graça Foster deixará comando da Petrobras informações divulgadas no dia anterior pela imprensa. Entre os nomes cotados para o substituto está o de Segundo agência de notícias Reuters e jornais brasileiros, a presidente Dilma Rousseff já teria acertado a saída de Henrique Meirelles, presidente do Banco Central durante o governo Lula. (04.02.2015) toda a diretoria da estatal. A decisão, no entanto, ainda não foi oficializada pelo Palácio do Planalto. (04.02.2015)  

Graça Foster deixa a Petrobras

Brasil precisa dar resposta rápida para escândalos na Petrobras, diz ONG Para Transparência Internacional, economia do país sofrerá impactos negativos caso não haja uma reação adequada. "Sob suspeita", empresas brasileiras podem ter dificuldades para fazer negócios. (12.12.2014)  

A semana em imagens (2 a 8 de fevereiro de 2015) 

  

Data 04.02.2015 Autoria Clarissa Neher Assuntos relacionados Dilma Rousseff Palavras­chave Petrobras, Lava Jato, corrupção, Graça Foster, Dilma Rousseff Compartilhar 

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Graça Foster deixará comando da Petrobras 04.02.2015

Operação Lava Jato pode travar investimentos em infraestrutura 18.11.2014

Estatal confirma saída da presidente e de mais cinco diretores em nota ao mercado financeiro. Especulações sobre substituto correm soltas, e oito nomes são citados, entre eles o de Henrique Meirelles.

Segundo agência de notícias Reuters e jornais brasileiros, a presidente Dilma Rousseff já teria acertado a saída de toda a diretoria da estatal. A decisão, no entanto, ainda não foi oficializada pelo Palácio do Planalto.

Grandes obras ameaçam ficar paradas ou não ser licitadas, afirmam especialistas. Escândalo teve impacto na Bolsa e nas ações da Petrobras e pode provocar rebaixamento da nota brasileira pelas agências de risco.

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